nosso campus #6 - dezembro 2013

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NOSSO Informativo mensal do Câmpus Salvador campus Dez 2013 Ano 1 N° 6 Incluir é preciso Palestras discutem modelos e perspectivas educacionais Torneios de conhecimento e esporte premiam estudantes Divulgado parecer final sobre o refeitório IMAGEM: SXC.HU

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Informativo mensal do IFBA Câmpus Salvador

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Page 1: Nosso Campus #6 - Dezembro 2013

NOSSOInformativo mensal do Câmpus Salvador

campusDez 2013 Ano 1 N° 6

Incluir é preciso Palestras discutem modelos e perspectivas educacionais

Torneios de conhecimento e esporte premiam estudantes

Divulgado parecer finalsobre o refeitório

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2 NOSSOcampus Dezembro 2013

Com a palavra...

Reitora Aurina Santana, Diretor Geral em exercício do Câmpus Salvador João Alfredo Barros, Coordenadora de Comunicação Social Andréa Costa-- DRT BA 1962, Jornalista Responsável Verusa Pinho - DRT BA 3546, Reportagem Gabriela Cirqueira e Verusa Pinho, Projeto Gráfico Gustavo Pontas, Diagramação Felippe Moura e Lilian Caldas, Revisão Andréa Costa, Apoio Administrativo Valdinice Alcântara, Impressão Grasb | Periodicidade Mensal, Tiragem 1.000 exemplares, Circulação Campus de Salvador e Reitoria | Endereço Rua Emídio dos Santos, s/n, Barbalho - Salvador/BA, CEP: 40301-015 | Telefone (71) 2102-9509 | Facebook IFBA_Salvador_Oficial | Site www.ifba.edu.br | Email [email protected]

EXPEDIENTE

Na educação cabem sectarismos?

Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, encontra-mos dois artigos que favorecem a liberdade de pensamento e de opinião: o XVIII e o XIX. Ambos discorrem sobre a liberdade de expressão, bem como o livre-ar-bítrio de consciência e religião, incluindo o direito de mudar de crença e de manifestá-la em pú-blico ou em particular.

Fomos educados com senti-dos medianos de acreditação na construção de valores ético-reli-giosos e morais, derivando, daí, uma clausura de identidade para entendimento de outras verten-tes filosóficas, científicas ou com-portamentais. Admiro quando a determinação e a vontade de su-perar obstáculos se sobrepõem à angústia do desejo, buscando o saber para superar paradigmas em lugar de verdades absolutas.

Todos nós buscamos, em al-gum tempo de nossas vidas, algo que possa nos beneficiar ou trans-gredir a inércia contida em nos-sas práticas habituais. Mas não me parece um caminho louvável e responsável a atitude daqueles que usam sua convicção religiosa

como benefício para descumprir obrigações concernentes ao exer-cício da profissão.

Ser professor é apontar cami-nhos, deixando que o aluno crie o seu próprio. Ser aluno é renunciar fanatismos em prol do conheci-

cega, como o próprio nome indi-ca, tudo aceita sem verificação, tanto o verdadeiro quanto o falso, e pode, obviamente, a cada pas-so, chocar-se com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Assentada no erro, cedo ou tarde, desmorona.

Não estamos em uma escola confessional ou particular. A edu-cação precisa rever as suas regras jurídicas e éticas para não formar-mos escolas especialistas em pro-fessores e/ou discentes com argu-mentos sectários, que não trazem contribuições para uma educação transformadora.

A reflexão filosófica inserida na Teoria do Conhecimento nos faz refletir e abordar sobre lingua-gens e tendências para enfrentar-mos a capacidade de conhecer as verdades e, a partir da possibilida-de de acerto, compreender, efeti-vamente, o saber, o que é certo ou errado e a capacidade de levar a efeito alguma coisa.

Helder Leite Professor de música e doutor em educação

[email protected]

mento, o que ajudará na forma-ção profissional e humanística sem nenhuma ostentação equi-vocada de privilégios religiosos ou sectários. “Educar é crescer e crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra”, já dizia Anísio Teixeira.

Não nascemos sábios ou for-mados em princípios religiosos; aprendemos com o tempo. A fé

“Não me parece um caminho louvável e responsável a atitude daqueles que usam sua convicção religiosa como benefício para descumprir obrigações”

Envie o seu artigo, de 30 a 40 linhas, ou sugestão de pauta para [email protected], com nome completo, curso ou setor, além de contatos telefônicos. Serão desconsideradas as produções de caráter político-partidário e/ou religioso, bem como conteúdos preconceituosos e depreciativos a grupos e/ou pessoas.

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NOSSOcampus Dezembro 2013 3 NOSSOcampus Dezembro 2013 campus Dezembro 2013 campus 3

Canal do Estudante

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Alunos ganham prêmios em competições do conhecimento

Um dos principais fatores que refletem as mudanças no Brasil em revalorização da produção científica nacional está no investimento anual em jovens talentos, para um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Diante desse cenário, um diferencial dos cursos do Câmpus Salvador do IFBA é oferecer aos alunos diversas atividades, reflexões e ensinamentos, que visam formar profissionais capaci-tados para qualquer desafio.

O estudante Thiago Matheus Rios, 3º ano do curso técnico de quí-mica, conquistou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Quími-ca (OBQ) 2013, destinada a alunos do ensino médio de todo o país. Ele também ganhou medalha de bronze na XIX Olimpíada Norte/Nordeste de Química (ONNeQ). A cerimônia de premiação dessas competições foi realizada no dia 29 de novembro, em Fortaleza, Ceará. “Pode parecer um paradoxo, mas não houve nenhuma preparação específica em sala de aula para essas Olimpíadas. O curso técni-co integrado já é tão completo por si que possibilita nossa participação em qualquer competição. Além disto, os professores estão sempre disponíveis para sanar dúvidas sobre assuntos que, muitas vezes, nem estão no con-teúdo programático”, ressaltou o estu-dante.

Até chegar a etapa nacional (OBQ), alunos de instituições públicas e privadas precisaram obter um bom resultado na Olimpíada Baiana de Quí-mica, em 2012. O jovem Luiz de Paulo Santana, do 3º ano do curso de quími-

ca, foi eleito o aluno destaque dessa competição, dentre 14 mil alunos de instituições públicas, o que também garantiu sua participação e premia-ção na XIX ONNeQ e OBQ 2013, com medalhas de ouro e prata, respecti-vamente. “Antes das competições, dedicava algumas horas de estudo a mais para resolver provas de anos an-teriores e pude contar com uma dis-ponibilidade excelente de livros na bi-blioteca. Além desses fatores, a ajuda dos professores no ensino da matéria foi essencial para que eu conseguisse compreender o quanto a química é curiosa e instigante”, destacou Luiz.

De acordo com o professor de química, Carlos Daniel Silva, o diferen-cial do IFBA está em desenvolver em sala de aula as aptidões já existentes em seus estudantes. “Não há apenas um momento exclusivo para treinar ou capacitar alunos para qualquer competição. Simplesmente, somos bastante criteriosos e exigentes du-rante as aulas, no que tange à com-preensão das explicações, resolução de exercícios, discussões sobre os conteúdos e sua aplicação adequada, o que possibilita grande amadureci-mento dos estudantes e, consequen-temente, o êxito nas competições em que participam”, ressaltou.

RobóticaE as disputas não pararam por

aí. Mais de 200 mil estudantes, de 70 países, tiveram de propor soluções inovadoras sobre o tema “Fúria da Natureza”, no Torneio de Robótica First Lego League (FLL). O IFBA foi

representado, na etapa regional da competição, pela equipe Autobot, formada por estudantes do curso de automação do Câmpus Salvador, que apresentaram projeto para a redução dos deslizamentos de terra que ocor-rem constantemente em morros da capital baiana.

Sob a supervisão da professora Andréa Bitencourt, em parceria com o docente Justino Medeiros, os jo-vens foram premiados com o troféu Estrela Iniciante, dentre equipes dos estados de Pernambuco, Sergipe e Maranhão, além da Bahia. “A partici-pação em torneios de robótica como esse proporciona um grande aprendi-zado e motivação para os estudantes desenvolverem trabalhos na área de ciência e tecnologia, com entusiasmo e diversão. A premiação visa destacar o potencial da equipe e os resultados obtidos na sua primeira participação no evento”, destacou Andréa.

Para o professor Justino, o tor-neio ampliará possibilidades para o curso. “Essa etapa inicial abrirá uma nova área para a automação no IFBA e fará com que novos alunos participem de atividades de extensão, que visam o crescimento do curso”, concluiu o docente.

Alunos ganham prêmios em Alunos ganham prêmios em competições do conhecimentocompetições do conhecimento

representado, na etapa regional da competição, pela equipe Autobot,

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Luiz e Thiago conquistam ouro

em olimpíadasde química

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Capa

O desafio diário da inclusão educacional

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

“Unir-se, parti cipar, fazer parte de” são alguns signifi cados para a palavra “inclusão” em di-versos dicionários da língua por-tuguesa. Os conceitos reafi rmam, na teoria, o direito de integração de cidadãos a qualquer ambiente social. Na práti ca, pessoas com necessidades específi cas tentam conviver com as limitações de espaços que ainda não se adap-taram ao senti do real da inclusão.

No que se refere à educa-ção, o problema tem reacendi-do anti gas discussões públicas, como a que se refere à meta nº 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), que previa, inicialmente, o atendimento universal na rede regular de ensino, para alunos de 4 a 17 anos de idade com de-fi ciência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilida-des ou superdotação. O debate atual aponta para a garanti a da inclusão preferencial em escolas regulares sem, entretanto, des-considerar o direito de estudan-tes e seus familiares optarem por escolas especiais. A proposta é baseada nas difi culdades encon-tradas por muitas escolas da rede regular de ensino em adaptar sua infraestutura às necessidades desses alunos.

Possibilidade de alteração no PNE reforça a importância do debate e da qualificação de ações institucionais

No Câmpus Salvador do IFBA, a implantação de programas e políti cas voltados para o acesso e a permanência de estudantes é feita de forma contí nua, com o sistema de reserva de 5% das va-gas para estudantes com neces-sidades educacionais específi cas, aquisição de equipamentos adap-tados - elevadores com sinteti za-dores de voz e rampas de acesso para cadeirantes -, e atendimento educacional especializado, que se confi gura pela tradução de provas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), fi scais ledores, transcri-tores para cegos ou com difi cul-dade motora e prova ampliada para candidatos com baixa visão.

Os benefí cios educacionais oferecidas pelo Insti tuto leva-ram o estudante Rodrigo Soares a cursar a formação técnica de eletrônica no Câmpus Salvador. “Mesmo com problemas pon-tuais - pequena quanti dade de banheiros adaptados e falta de elevadores nos blocos B e D [an-ti gos pavilhões 1 e 2] -, o IFBA tem oferecido um modelo edu-cacional inclusivo e evoluído no que diz respeito a questões de acessibilidade. Quanto ao ensino e relacionamento com professo-res e colegas, também não tenho

encontrado problemas”, comenta Rodrigo.

Para o estudante, a mudança na meta nº 4 do PNE trará pro-blemas futuros no que se refere à inclusão em outros ambientes sociais, além da escola. “Pessoas com necessidades específi cas, sejam elas quais forem, não po-dem ser isoladas do ‘mundo real’, afi nal, futuramente, quando en-

Para Rodrigo, mudança no PNE pode acarretar problemas futuros de inclusão4 NOSSOcampus Dezembro 2013

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Programação do ciclo de palestras 2014

6jan - Tecnologia assisti va para promoção do aluno com defi ciência, Prof. Dr. Teófi lo Galvão (UFBA)20jan - O ensino bilíngue para surdos, Profª Nanci Bento (UFBA)3fev - Soft ware educati vo para aprendizagem do aluno surdo e formação de professores, Prof. Me. Luiz Machado (IFBA)

17fev - Conhecendo práti cas do atendimento educacional especializado em escolas de educação básica (Salvador), Profª. Drª. Nelma Galvão (UFBA)10mar - Inclusão por meio do esporte adaptado, Prof. Dr. Danilo de Oliveira (UEFS)Informações: (71) 2102-9574 ou napnee@ifb a.edu.br

trarem no mercado de trabalho, precisarão aprender a conviver e lidar com pessoas sem defi ciên-cia. Uma ati tude viável é melho-rar a qualidade das escolas regu-lares, no que se refere à estrutura e equipe responsável pelo ensi-no”, conclui o jovem.

Sessão NapneA fi m de discuti r os desafi os

da inclusão, o Núcleo de Atendi-mento às Pessoas com Necessi-dades Educacionais Específi cas (Napne) do câmpus realiza quin-zenalmente, desde novembro de 2013, um ciclo de palestras, mi-nistradas por professores do IFBA, de outras insti tuições de ensino do estado e estrangeiras, além de integrantes do Centro de Surdos da Bahia (Cesba) e do Insti tuto de Cegos da Bahia (ICB). “O foco desse projeto, inti tulado Sessão Napne, é a discussão de temas para qualifi car nossas ações na insti tuição. Outra ati vidade, ini-ciada no mesmo período, porém desti nada à comunidade interna- servidores e estudantes do Insti -tuto - merece destaque: um curso básico de libras, ministrado pelo docente Erivaldo Marinho. Am-bos estão sendo fi nanciados com recursos da Pró-Reitoria de Exten-são (Proex) do IFBA”, esclarece a pedagoga Telma Brito, coordena-dora do ciclo de palestras.

As mudanças do Brasil em questões referentes à inclusão, pautadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9.394/1996, tem se baseado em modelos de outros países, como a Itália. De acordo com o professor Anderson Spavier, um dos pales-trantes do evento e ex-estudante do curso de edifi cações da anti ga Escola Técnica Federal da Bahia (ETFBA), o modelo das escolas italianas é baseado na convivên-cia de estudantes - com ou sem qualquer ti po de defi ciência - em classes regulares. “A grande dife-rença do sistema italiano para o brasileiro está centrada na exis-tência do professor de apoio que ati va os processos de inclusão ne-cessários para os estudantes com necessidades específi cas. É fun-

“É preciso assegurar a quem é diverso a acessibilidade e a garantia de convivência em espaços coletivos, como é a escola”

damental que no Brasil existam mais investi mentos na formação, não apenas do professor, que na comunidade escolar não é o úni-co agente responsável pelo pro-cesso educati vo, e, sim, de toda comunidade acadêmica, em uma relação efeti va com a família e en-ti dades governamentais”, explica.

Para o docente, é essencial dialogar com outras culturas e verifi car de que modo as práti cas relacionadas à educação inclusiva podem ser adotadas no Brasil. “É preciso assegurar a quem é diver-so, não apenas no ponto de vista da defi ciência, mas em todos os senti dos, seja de gênero, orienta-ção sexual ou religião, a acessibi-lidade e a garanti a de convivência em espaços coleti vos, como é a escola”, fi naliza.

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6 NOSSOcampus Dezembro 2013

Curta

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As equipes masculinas de handebol e basquete do Câmpus Salvador do IFBA, formadas por estudantes dos cursos técnicos integrados, foram campeãs nas etapas fi nais dos Jogos Estudanti s da Rede Pública (Jerp). As competi ções ocorreram nos dias 9 e 27 de novembro, no ginásio de esportes do câmpus e no estádio Itaipava Arena Fonte Nova. Os estudantes disputaram o primeiro lugar com quatro equipes e foram premiados com medalhas de ouro e troféus. A equipe masculina de voleibol fi cou no honroso terceiro lugar, ganhando bronze. Organizada pela Secretaria da Educação do estado da Bahia, por meio das 33 Diretorias Regionais de Educação, a competi ção envolve, anualmente, estudantes e professores das escolas públicas em torno de diferentes modalidades esporti vas.

Ouro em jogos estudantis

MensagemMensagem

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Equipe de basquete do Câmpus Salvador na etapa final

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

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Institucional

Desde o início de setembro, uma Comissão de Sindicância foi instaurada no Câmpus Salvador do IFBA, a fim de apurar o ocor-rido com bolsistas do Programa de Assistência e Apoio aos Estu-dantes (Paae), após almoçarem no refeitório da instituição, ad-ministrado pela empresa Recan-to Santa Rita de Cássia, e apre-sentarem sintomas de infecção alimentar.

O fato aconteceu no dia 28 de agosto e, na manhã do dia 29, ao chegaram ao Instituto, alguns estudantes deram entra-da no Serviço Médico e Odon-tológico (SMO) do câmpus. Na ocasião, amostra da refeição foi

enviada para análise do labora-tório de farmácia da Universi-dade Federal da Bahia (UFBA), referência na área, mas não foi constatada nenhuma contami-nação. “O laudo avaliou a quan-tidade de micro-organismos, que, caso presentes, poderiam causar desde um desconforto gastrointestinal à internação prolongada. Paralelo a isso, o Instituto solicitou também aná-lise da água - incluindo parâme-tros como pH, turbidez, cor e presença de bactérias -, além do controle de pragas, a empresas especializadas. Ressaltamos que essas análises já são efetuadas semestralmente e os resultados

apresentaram faixas de referên-cia de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) e do Minis-tério da Saúde”, explicou a nu-tricionista da instituição, Nádija Dessa.

Dos 184 estudantes que solicitaram atestado ao SMO e foram convocados para entrevis-ta, 51 preencheram formulário, com detalhes do caso - dois no-mes que constavam na lista, to-talizando 186, eram de professo-res que foram apenas informar a situação de seus alunos. “A maioria dos estudantes que rela-tou o mal-estar ingeriu refeição da primeira cuba de distribuição, entre 11h e 11h30. Pelos depoi-mentos, os sintomas relatados foram bem parecidos: diarreia, dor abdominal, náusea e dor de cabeça, sendo que a maior parte cessou no dia seguinte. Solicita-mos à empresa, como medida de segurança, análise de nova amostra no dia 28 de outubro e continuamos com o acompanha-mento diário de todo o proces-so”, disse Nádija Dessa.

O aluno Edmilson da Silva, 19, ingeriu a refeição no horário descrito anteriormente, mas não solicitou atendimento ao SMO. “Não senti nenhum cheiro fora do comum ou gosto estranho, nem percebi aspecto anormal na refeição. Durante o dia, tive um mal-estar e apenas na ma-

Foram levadas para análise amostras da refeição servida e da água utilizada no local

Comissão de sindicância conclui avaliação do refeitório

FOTO: VERUSA PINHO

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drugada senti dor abdominal. Comentei com um colega na manhã do dia 29, que disse ter passado pela mesma situação. Foi quando ouvimos os boatos que alguns estudantes ti nham dado entrada no SMO, relatan-do o mal-estar. Mas as refeições do Programa estão melhorando bastante, principalmente atra-vés do trabalho das nutricionis-tas”, explicou o jovem.

“Redobramos todas as me-didas necessárias para que o padrão de qualidade e a sati sfa-ção sejam alcançados, pois é a missão da nossa empresa. Como forma de buscar a excelência, priorizamos a contratação de funcionários capacitados, aqui-sição de novos equipamentos e mudança de fornecedores. A ins-peção da Vigilância Sanitária si-nalizou, até então, que estamos de acordo com os padrões exigi-

dos e toleráveis”, descreveu Fir-mino Baracho, gestor da empre-sa responsável pelo refeitório.

Embora os laudos periciais não tenham indicado nenhum ti po de contaminação, o IFBA considera relevante a questão do desconforto relatado por alguns alunos. João Alfredo Barros, di-retor geral em exercício do Câm-pus Salvador, destaca as precau-ções que estão sendo tomadas. “Algumas reformas aconteceram no refeitório durante o período de 30 de setembro a 14 de ou-tubro, dentro do recesso escolar, a fi m de atender à demanda de maneira mais efi ciente e garan-ti r uma melhor conservação dos alimentos, como a duplicação do balcão de distribuição, a aquisi-ção de outro balcão térmico e de dois balcões de refrigeração-- este últi mo para saladas e sobre-mesas”, relatou.

Com base nas entrevistas realizadas com os envolvidos pela nutricionista do câmpus e dos laudos emiti dos pelas empresas especializadas, bem como pela Diretoria Geral de Vi-gilância em Saúde do município, a Comissão de Sindicância, após 60 dias de trabalho, mesmo não encontrando uma causa defi nida para o ocorrido, fez recomenda-ções ao IFBA e à empresa.

Segundo o estudante Jad-son Silva, 15, o Paae é bom e ajuda na permanência escolar. “Se eu não ti vesse direito à ali-mentação, teria que ir pra casa, o que modifi caria minha roti na de estudos completamente. As refeições ti veram uma melhora signifi cati va este ano, as fi las de espera diminuíram e o cardápio fi cou mais diversifi cado. Comigo nunca ocorreu nenhuma suspei-ta de intoxicação”, comentou.

Curtas

No dia 26 de janeiro de 2014, das 8 às 12h30, será realizada a prova do Processo Seleti vo - Proeja 2014, referente aos cursos da Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio na Forma Integrada, na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. No caso do Proeja, a avaliação é diferenciada e consiste em preencher questi onário socioeducati vo no ato da inscrição, parti cipar de palestra informati va e elaborar redação. Mais informações: (71) 2102-0474, www.proeja.ifb a.edu.br, selecao2014@ifb a.edu.br

A Comissão Central das eleições do IFBA

divulgou as listas dos escolhidos para exercerem os

cargos de reitor e diretor de câmpus, bem como os

novos integrantes do Conselho Superior (Consup).

Renato da Anunciação Filho foi eleito o novo

reitor da insti tuição com mais de 52% dos votos e

Alberti no Nascimento conquistou a reeleição para

mandato de quatro anos como diretor geral do

Câmpus Salvador, com 72% de aprovação.

Proeja

Eleições