nossavozjulho final

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Acompanhe o que a AFBNB tem feito em suas agendas institucionais Conheça as ações que estão sendo desenvolvidas pela Gestão Autonomia e Luta Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil Julho 2015 Informativo da AFBNB Autonomia e Luta Brasília E mais: Entrevista A ação da AFBNB não para. Ao longo dos últimos meses diversas atividades têm sido realizadas pela gestão “Autonomia e Luta”, no sen- tido de garantir o direito dos traba- lhadores do BNB e pelo fortaleci- mento do Banco. Agendas Institucionais, visitas às agências, participação em atos e manifestações, reuniões com seg- mentos do Banco, inclusive presi- dência, fazem parte de um cotidia- no permeado de muita disposição para o diálogo e ação concreta. 2015 tem sido um ano de muitos desafios. O direito dos trabalhado- res tem sido atacado por atos do Governo e do Congresso, e nesse contexto a luta e a união de todos, mais do que nunca, tornam-se im- prescindíveis para que conquistas históricas dos trabalhadores não sejam retiradas ou mesmo precari- zadas. Acompanhe essa luta nesta edição do Nossa Voz. Boa leitura! Presidenta comenta sobre as ações da AFBNB e a nova gestão do BNB EM AÇÃO! ! Esta edição traz um encarte-cartaz com as marcas da luta da AFBNB. DIVULGUE!

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AFBNB em Ação - Julho de 2015

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Page 1: Nossavozjulho final

Acompanhe o que a AFBNB tem feito em suas agendas

institucionais

Conheça as ações que estão sendo desenvolvidas pela Gestão Autonomia e Luta

Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil

Julho 2015Informativoda AFBNB

Autonomia e Luta Brasília E mais: Entrevista

A ação da AFBNB não para. Ao longo dos últimos meses diversas atividades têm sido realizadas pela gestão “Autonomia e Luta”, no sen-tido de garantir o direito dos traba-lhadores do BNB e pelo fortaleci-mento do Banco.

Agendas Institucionais, visitas às agências, participação em atos e

manifestações, reuniões com seg-mentos do Banco, inclusive presi-dência, fazem parte de um cotidia-no permeado de muita disposição para o diálogo e ação concreta.

2015 tem sido um ano de muitos desafios. O direito dos trabalhado-res tem sido atacado por atos do Governo e do Congresso, e nesse

contexto a luta e a união de todos, mais do que nunca, tornam-se im-prescindíveis para que conquistas históricas dos trabalhadores não sejam retiradas ou mesmo precari-zadas. Acompanhe essa luta nesta edição do Nossa Voz.

Boa leitura!

Presidenta comenta sobre as ações da AFBNB e a nova

gestão do BNB

EM AÇÃO!

!Esta edição traz

um encarte-cartaz

com as marcas da luta

da AFBNB. DIVULGUE!

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Editorial

Charge

Expediente

Jornal da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB)Homepage: www.afbnb.com.br E-mail: [email protected] Rua Barão do Rio Branco, 1236, salas 110 a 113 - Centro - 60.025-061 Fortaleza - CE Tel. (85) 3255.7000/Fax: (85) 3226.2477Jornalista Responsável: Renata Soares - 01193JP - Alan Dantas 3020JP Estagiária: Kelly Hekally Chargista: Klévisson Viana Impressão: Gráfica Encaixe Tiragem: 7.000

Diretoria (Triênio 2014 - 2016)Gestão Autonomia e luta Diretora Presidenta: Rita Josina Feitosa da Silva - Dir. de Organização: José Frota de Medeiros - Dir. Financeiro: Francisco de As-sis Silva de Araújo - Dir. de Comunicação e Cultura: Dorisval de Lima - Dir. de Formação Política: Waldenir Sidney Fagundes Britto - Dir. de Acompanhamento das Entidades Coligadas: Geraldo Eugênio Galindo - Dir. de Ações Institucionais: José Alci Lacerda de Jesus - Dir. Regional PE/PB/AL: Edilson Rodrigues dos Santos - Dir. Regional CE/RN: Francisco Ribeiro de Lima (Chicão) - Dir. Re-gional BA/SE: Rheberny Oliveira Santos - Dir. Regional de MG/ES e extraregionais: Regi-naldo da Silva Medeiros - Dir. Regional MA/PI: Gilberto Mendes FeitosaConselho Fiscal (Triênio 2014 - 2016)Presidente: Henrique Eduardo Barroso Mo-reira - Vice-Presidente: Francisco Leóstenis dos Santos - Secretário: José Carlos Aragão Cabral - Conselheiros: José do Egito Vas-concelos, Gildomar Nepomuceno Marinho, Alberto Ubirajara Mafra Lins Vieira.

Expediente

A luta não pode parar!

Tempos difíceis es-tão sendo vividos pelos trabalhadores de todo o Brasil. Os mesmos têm sofrido

ataques que partem do parlamen-to e do próprio Governo. Exem-plos disso são projetos de lei como o PL 4330 e as medidas provisórias 664/665, que objetivam usurpar direitos e benefícios conquistados com muita luta.

É exatamente em uma situação de tensão política, como a que se observa agora, que a luta de classe ganha cada vez mais importância. Como sempre, a AFBNB se faz pre-sente nas lutas, pois se trata de mais um desafio contra a dignidade da classe trabalhadora.

Nos últimos meses a AFBNB tem desenvolvido diversas ações no que tange à garantia dos direitos con-quistados pelo funcionários do BNB e contra a retirada dos mesmos. As matérias em questão, entre outras, estão na pauta da Associação e têm sido foco da resistência do movi-mento sindical.

Assim, a entidade tem participa-do de atos, manifestações e demais iniciativas, a exemplo de campa-nhas por vários meios, utilizando inclusive meios de comunicação como as redes sociais, rádio, impres-

sos, site e etc. As agendas em Brasília também

não param. As pautas e articulações com parlamentares na Capital do País têm sido um importante meio para que lutas históricas, a exemplo da reintegração dos demitidos e a questão da Isonomia estejam sem-pre em debate. Outros assuntos tratados nesse esforço é a organiza-ção da 48ª Reunião do Conselho de Representantes e o seminário “Nor-deste, sem ele não há solução para o Brasil”, agendados para a Capital Federal em agosto próximo, para os quais têm se buscado apoio junto a congressistas, sobretudo da Banca-da Nordestina.

Nesse contexto também é im-portante destacar o processo de mudanças por que passa a gestão do BNB, com o advento do novo Presidente do qual se espera me-didas no sentido de retomar o viés desenvolvimentista do Banco, bem como o diálogo com os trabalhado-res da Instituição, na perspectiva de solução dos graves e históricos pro-blemas que assolam os mesmos.

Nesta edição você confere essas e outras matérias que expressam o trabalho da AFBNB no período, além de artigo com o diretor Dorisval de Lima e entrevista com a presidenta, Rita Josina.

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Que tal uma obra que revele algu-mas das tristes memórias da Ditadura Militar contadas sob a perspectiva dos opressores? O repórter da Folha de São Paulo Marcelo Godoy, que se dedicou aos escritos durante 10 anos, lançou no último mês de dezembro o livro “A Casa da Vovó”. Nele, o autor narra, a partir de depoimentos de agentes do mais seve-ro e mais violento do período, o Desta-camento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna de São Paulo, conhecido como o DOI-

-Codi, as experiências de sofrimento dos que lutaram contra o sistema.

Traçando uma linha entre a doutrina do combate à guerra revolucionária - o primeiro alvo dos grupos de repressão - o “Esquadrão da Morte” e documentos que mostram as técnicas utilizadas pelo estado militar, Marcelo constrói narrati-vas que elucidam o sistema e aparato da época, porém na perspectiva opresso-ra. Por entender que esse é um dos mais expressivos períodos de luta e resistência da história brasileira, fica a dica de leitura.

Dica cultural

2015: Gestão Autonomia e luta em ação!

A AFBNB tem mantido ao longo dos seis pri-meiros meses de 2015 uma intensa agenda

de atividades que não se restringe apenas às ações de cobrança e de acompanhamento das demandas históricas, mas contempla tam-bém um diálogo permanente com os atores mais importantes do Banco do Nordeste, seus trabalha-dores.

No primeiro semestre deste ano, reuniões, encontros com a base e discussão de lutas importantes de-ram o tom das atividades. Em janei-ro, inclusive por meio de notas em seu site, a AFBNB prestou apoio à luta dos trabalhadores e dos apo-sentados, ao tempo que preparava o planejamento para todo o ano, com reunião da diretoria para traçar estratégias de atuação e planos para o ano que se iniciava.

Com o início do ano legislativo, em fevereiro, a Associação retomou as agendas institucionais em Brasí-lia, sendo as mesmas, oportunida-des para realizar articulações com parlamentares, principalmente os integrantes da bancada nordestina

e para discutir os projetos em an-damento encampados pela AFBNB no âmbito do Parlamento. Projetos como Isonomia, a reintegração dos demitidos na era Byron Queiroz, bem como a questão do capital social do BNB, dentre várias outras fazem parte dessa interlocução. Nesse período foram encaminha-dos ofícios à Presidência do BNB com pedido de audiência para tratar desses assuntos, prática recorrente da Associação. Ainda em fevereiro o Banco divulgou seu balanço, cujo resultado foi considerado o melhor da história da instituição, fato que a Associação classificou como sendo o fruto da dedicação dos funcioná-rios, os quais, apesar dos percalços, não medem esforços e se dedicam incansavelmente ao cumprimento da missão do Banco.

O mês de março foi marcado pela realização da 47ª Reunião do Con-selho de Representantes da AFBNB (RCR), o evento discutiu em Beberi-be (CE) as questões voltadas para o BNB no tocante ao desenvolvimen-to regional e um tema que chamou muito a atenção dos participantes: a Dignidade Previdenciária, pauta

permanente da AFBNB e que conta com amplo apoio da base.

Os meses de maio e junho mar-caram a mudança de gestão do Banco do Nordeste do Brasil com a chegada de mais um Presidente da Instituição, o qual assumiu em seu discurso o redirecionamento do BNB em sua linha desenvolvimen-tista, sendo isso o que os funcioná-rios e a sociedade esperam e o que a AFBNB preconiza.

As agendas insitucionais em Brasília continuaram intensas, prin-cipalmente no que diz respeito à or-ganização da 48ª RCR, que ocorrerá na Capital Federal em agosto. Além disso foram e estão sendo intensi-ficadas as visitas nas unidades do Banco, sendo essa uma ação que ex-pressa a proximidade e o diálogo per-manente da Associação com a base.

Essas atividades, que compõem o quadro de atuação da AFBNB, de-vem se fortalecer ao longo do ano. A única saída para os problemas enfrentados pelos trabalhadores do BNB é a luta conjunta com as entida-des representativas e a AFBNB con-tinuará nessa luta, sempre ao lado dos trabalhadores.

Ditadura

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Imagens da AFBNB Confira em imagens algumas das lutas e ações desenvolvidas pela AFBNB

Programa de rádio Mundo do Trabalho

Seminário de Planejamento

Encontro com novos Funcionários do ETENE

Enc. Bancários - Feira de Santana (BA)

Encontro dos Bancários - MA

47ª RCR - Debates em plenária Contra a terceirização (PL 4330) - Natal/RN Aniversário da AFBNB (4 de fevereiro)

Com a base em Cícero Dantas (BA) Fórum ‘’Mulheres no Fisco’’Reunião pass. trabalhistas (SEEB-MA)

Na Superintendência BNB -PI Reunião com a base Ipiau - BAAção Camed - Reunão com advogado

Contra a terceirização (PL 4330) - Goiana/PE

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Fórum Capef/Camed - Maceió (AL) Com relator do PL da Isonomia - Brasília

Contra a terceirização (PL 4330)/BA

Reunião de integração

Com diretoria administrativa (BNB)

Reunião do Pleno da Diretoria Inauguração da Clinicamed de Campina Grande (PB)

Com o presidente do BNB

Reunião com o então presidente do BNB Seminário Capef/Camed - Parnaíba (PI)Encontro com novos funcionários

Encontro com a base - Teresina (PI) Reunião Camed - MaioEncontro Capef/Camed em Sergipe

Audiência no MPF

Repasse da 47ª RCR / ETENEReunião com a base (MG)

Audiência - Ação CAMED/BNB

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AFBNB mantém agenda intensa em defesa dos trabalhadores

A AFBNB tem desenvolvido várias lutas em prol dos seus associados e do BNB. Registramos a seguir algu-mas dessas ações que tiveram des-dobramentos nas últimas semanas:

Luta contra aumento abusivo na Camed

A AFBNB – representada pela presidenta Rita Josina e pelo diretor de Comunicação, Dorisval de Lima – participou na manhã do dia 19 de junho, na 25ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, em Fortaleza, da audiência de concilia-ção referente à ação movida pela Associação contra a Caixa Médica, com o objetivo de reverter os atos da Caixa/BNB que imputaram aos funcionários do Banco reajuste abu-sivo nas contribuições e a exclusão dos seus genitores do Plano Natural da Caixa. Além dos advogados e de representantes de ambas as partes, também participaram dois associa-dos, Graça Lopes e Tarcísio “Bacha-rel”.

Diante do conciliador, os repre-sentantes do Banco não apresenta-ram qualquer proposta. O advoga-do da AFBNB reiterou o descumpri-mento da liminar por parte da Ca-med /Banco no que se refere à per-manência dos genitores no plano natural e pediu produção de prova sobre o assunto. A AFBNB continua-rá acompanhando o andamento do processo e pressionando para que a Justiça seja feita.

Acúmulo de cargos: Vitória dos trabalhadores!

Em 2012, a AFBNB foi deman-dada por associados que exercem atividade profissional além do Ban-co - magistério na rede pública - temerosos com um ultimato feito pela instituição naquele ano o qual

determinava que quem se encon-trasse nessa situação deveria optar por um dos empregos.

Em atenção a essa demanda a Associação ingressou com quatro ações na Justiça para garantir o di-reito, haja vista não haver prejuízo/choque de carga horária para ou-tras atividades, como o magistério. Durante uma reunião no último mês de maio o advogado que as-siste à AFBNB nos processos infor-mou que todas as ações já foram encerradas, tendo sido favoráveis à Associação, o que representa uma grande vitória dos trabalhadores.

Isonomia de tratamento

A AFBNB continua na luta em de-fesa da Isonomia para os funcionários do BNB. Para tanto, tem acompa-nhado o trâmite do PL 6259/2005, o qual prevê a isonomia salarial e de benefícios e demais vantagens para os empregados dos bancos públicos federais. Em junho o relator da maté-ria, Deputado Ênio Verri (PT-PR), deu parecer contrário, com argumento de que haveria “incompatibilidade e ina-dequação orçamentária e financeira do projeto”. Dias depois o relator soli-citou o reexame da matéria após ma-nifestações contrárias ao seu parecer.

Diante do pedido de reexame, a AFBNB ratifica a necessidade de mo-bilização. Nesse sentido, lembra que continua disponível no site (afbnb.

com.br) um modelo de carta a ser en-caminhada ao Deputado, no sentido de reforçar a necessidade da aprova-ção do Projeto de Lei.

A entidade acredita na rever-são do parecer e diante dessa pos-sibilidade tem mantido interlocu-ção com parlamentares, inclusive com o próprio relator, por ocasião das agendas em Brasília, como ocorreu recentemente, quando esteve reunida com o o mesmo. Agendas em Brasília

Entre os dias 23 e 25 de junho, a AFBNB realizou mais uma agenda ins-titucional em Brasília. na oportunida-de os diretores da entidade estiveram reunidos com deputados, senadores e entidades.

Mais uma vez demandas da Asso-ciação como Isonomia, reintegração dos demtidos e o papel desenvolvi-mentista do BNB foram destacados, principalmente com os parlamenta-res da Bancada Nordestina, na Câma-ra e no Senado.

A Medida Provisória 677, que tem por objetivo prover recursos para a implementação de empreendimen-tos de energia elétrica, através do Fundo de Energia do Nordeste (FEN), também foi colocada em pauta. A As-sociação defende que o Banco seja o depositário e controlador dos recur-sos do Fundo, haja vista se tratar de uma instituição de desenvolvimento.

Audiência sobre ação contra a Camed/BNB - aumento abusivo

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ENTREVISTA

Nossa Voz – Como você vê a nova gestão do BNB? O que espera?

RIta Josina – O BNB vivencia um momento importante. Isto porque toda mudança de gestão enseja sempre possibilidades para que seja posta em prática a necessidade e o entendimento de se reafirmar o Banco como uma instituição de de-senvolvimento, ou seja, de se fazer valer a sua essência. A transição se dá no contexto de um conjunto de questões postas pela Associação como prioritárias e urgentes, e por isso mesmo consideradas exequí-veis. Assim, o perfil defendido pela AFBNB para a gestão do Banco, o qual expressa a síntese do que é a missão do BNB, é uma bandeira nossa, qual seja, gerir o Banco de tal forma que ele esteja presente no debate regional, acompanhan-do as grandes questões da socieda-de e que possa, enquanto uma en-tidade de desenvolvimento, tam-bém tratar os seus trabalhadores com esse mesmo viés desenvolvi-mentista. Então, a nova gestão terá uma oportunidade de reafirmar a importância do BNB para a sua área de atuação e o Brasil.

NV - De que forma tem observa-do a questão do desenvolvimen-to dentro do BNB?RJ– Entendemos que o desenvol-vimento está intrinsecamente li-gado às questões das relações de trabalho. Então da mesmo forma como nós, AFBNB, queremos um Banco de desenvolvimento atu-ante, queremos também que seja um Banco que preze pelo respeito aos trabalhadores, pela valorização

dessa categoria diante do esforço e trabalho que tem feito à sociedade. Nesse momento a gente reafirma e cobra a solução para pendências históricas no BNB. Entendemos que o cenário é muito proveitoso, por-que se internamente temos todo um diálogo com a nossa base pre-parando a campanha salarial, que vai além do mero índice financeiro, temos também uma mobilização da sociedade que está cobrando melhores condições de vida e mais

respeito aos trabalhadores. Nes-sa movimentação e nesse cenário, entendemos que temos uma saída, que é pela base, é ela quem vai pe-las suas lutas cobrar a responsabi-lidade e resultados positivos. Essa consciência é importante pois é a base de qualquer debate sobre a questão desenvolvimentista que precisa ser consolidada.

NV - Como está sendo feito o tra-balho da AFBNB junto à base?RJ– O sentido de existir de uma entidade de trabalhadores é a sua base. No caso da AFBNB, precisa-mos estar dialogando e conversan-do sobre os ataques que a própria entidade tem sofrido nos últimos anos e a gente entende que esse ataque não é só à entidade, mas também aos trabalhadores. A AFB-NB está presente nas unidades por meio de visitas e de seus represen-tantes e diretores regionais, mas é preciso também que as pessoas procurem ações proativas em arti-cular e demandar as entidades, tan-to a Associação, como seus sindica-tos. Podemos ver todo o esforço que se fez em se retirar a AFBNB da comissão que negocia com o Ban-co, retirá-la do Acordo Coletivo de Trabalho, um questão muito séria e preocupante. Os trabalhadores de-vem se apropriar dessa problemá-tica e ir para o enfrentamento. Isso acontece porque a AFBNB está pre-sente, dialogando, reafirmando as suas bandeiras, trazendo questões históricas, mas que não se tem resposta, desde as denúncias de improbidade nas gestões, além das várias denúncias de assédio moral que temos conhecimento e que inclusive já foram colocadas para o Conselho de Administração do Banco. Nessa sintonia com a base, a AFBNB tem pautado e cobrado solução para as questões que se arrastam há anos: passivos traba-lhistas, dignidade previdenciária e de saúde, PCR, além da isonomia e a questão da reintegração dos de-mitidos. Assim trabalha a AFBNB, gestão Autonomia e Luta.

As lutas desenvolvidas pela Associação têm sido de grande valia para os funcionários do BNB e para a própria Instituição Banco ao longo dos anos. Nesta entrevista a presidenta Rita Josina fala sobre o assunto e suas perspectivas quanto à gestão do BNB. Confira:

A luta contínua da AFBNB

“O desenvolvimen-to está intrinseca-mente ligado às ques-tões das relações de trabalho. Então da mesmo forma como nós, AFBNB, quere-mos um Banco de de-senvolvimento atuan-te, queremos também que seja um Banco que preze pelo respei-to aos trabalhadores”

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Opinião

AFBNB, 30 anos: uma história de lutas construída pela base

*Por Dorisval de Lima

No próximo ano, exatamente no dia 4 de fevereiro, a Associação dos funcionários do BNB (AFBNB) completará trinta anos. São quase três décadas de uma trajetória de lutas em defesa dos trabalhadores do BNB, pela reafirmação do Banco como Instituição de desenvolvimen-to e por um Nordeste melhor. Nesse contexto a Associação sempre se inseriu nos diversos momentos da conjuntura política do país: luta por conquistas sociais na Constituição de 1988, a exemplo da criação dos Fundos Constitucionais, tendo cul-minado com a conquista do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) no caso especí-fico da nossa região, foco da ação do BNB; mobilizações permanentes por mais recursos para o Banco/Re-gião, aumento do capital social e da capilaridade do Banco; lutas contra desmandos operacionais e de ges-tão no Banco; lutas por conquistas para a classe trabalhadora de modo geral e específicas para os funcioná-rios do Banco do Nordeste do Brasil. Enfim, uma trajetória que expressa o caráter plural, mas com visão clas-sista, de vida ativa, que marca a As-sociação, sempre se colocando ao lado dos trabalhadores.

Essa história tem uma marca es-pecial, que é a ação direta no “chão da fábrica”, no diálogo direto com os representados, com a interação per-manente nas diversas unidades de trabalho do BNB, sempre respeitan-do a diversidade de opiniões e va-lorizando o que é demandado pela base. E isso se faz refletir nas abor-dagens que a Associação tem feito junto às sucessivas gestões do BNB e aos demais órgãos responsáveis, no sentido de que estes atendam aos clamores dos funcionários do Banco, os quais só são lembrados na hora de construir os resultados, principalmente os que são lotados nas agências.

Um importante instrumento dessa ação de base é a reunião do Conselho de Representantes - fó-rum democrático da Associação - que ocorre semestralmente, especí-fico dos trabalhadores do BNB, nas quais os representantes da AFBNB nas diversas unidades de trabalho do Banco em todo o país, discutem com a diretoria os mais variados as-suntos, seja de caráter corporativo, das relações de trabalho e de seus direitos, seja de cunho institucional alusivo ao BNB, à região e ao próprio país. Sem dúvida as RCRs, somadas à ação permanente nos locais de trabalho, testemunham a natureza, caráter participativo da base e o res-peito que a Associação tem por seus representados, sendo estes um dife-rencial importante da AFBNB.

Às vésperas dos trinta anos de atividade, a Associação reafirma sua forma de trabalhar com a base, e pela base, agregando às lutas e às demandas históricas, as quais foram esquecidas por quem tem o dever e a propriedade de encampá-las e por quem tem a obrigação de so-lucioná-las, outras que continuam a surgir no curso da história, inclusive inserindo-se no campo jurídico, na

busca do restabelecimento de be-nefícios e da preservação dos direi-tos dos seus representados.

Necessário se faz que cada vez mais a AFBNB seja reconhecida e valorizada, sobretudo pelo mo-vimento sindical, não havendo qualquer justificativa para atitu-des que atentem contra a sua exis-tência, como equivocadamente tem ocorrido por iniciativa de um segmento auto-denominado “maioria”, mas que na realidade é artificial, por não estar sintoni-zado com o que pensa a base. Isso para que a Entidade possa seguir firme, expondo e cobrando solução para as demandas dos funcionários do BNB, a exemplo de como tem procedido, dentre várias, em relação à isonomia de tratamento, quitação dos passivos trabalhistas, recupera-ção do plano BD/Capef, fim do tra-balho gratuito e do assédio moral, reintegração dos demitidos durante o governo Fernando Henrique/ges-tão Byron Queiroz, Dignidade Previ-denciária e de Saúde, por exemplo, sendo que esta última tem sido um ponto bastante debatido pela Asso-ciação, que inclusive mereceu des-taque mais uma vez na Reunião do Conselho de representantes, quan-do foi um dos temas abordados na 47ª edição desse fórum, ocorrida em março último.

É por meio desse reconheci-mento e com a intensificação do seu trabalho de base, e pela base, que a Associação, da mesma forma como se comportou perante as ges-tões anteriores, se pautará diante da gestão recém-chegada ao Banco na perspectiva de ver solucionados os graves problemas que afligem a instituição e os seus Recursos Hu-manos. Todo apoio à luta da AFBNB.

*Dorisval de Lima é Diretor de Comunicação da AFBNB