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Jornal Escolar da ES RamadaTRANSCRIPT
No último número deste ano, orgulhamo-nos da atribuição do Selo Escola
Voluntária por parte do Ministério da Educação e Ciência, bem como dos resultados
obtidos pelos nossos alunos no Campeonato Nacional do Desporto Escolar, refletimos
sobre o poder da palavra e assinalamos o centenário da Primeira Guerra Mundial. Relem-
bramos, ainda, a presença extremamente válida e pertinente do Projeto SEI! Odivelas na
nossa escola.
Numa época de grande esforço e pressão para os alunos que irão realizar exa-
mes nacionais, apresentamos algumas sugestões para a preparação para estas provas. E
porque também é importante encontrar momentos para descontrair, lá por fora, aqui
ficam algumas propostas para o tempo livre.
Aproveitamos para agradecer a todos os que contribuíram e participaram gene-
rosamente, durante este ano letivo, para que a publicação dos quatro números deste
jornal fosse possível.
Contamos convosco para o próximo ano!
Ana Martins e Ana Rodrigues
Editorial
O Ministério da Educação e Ciência distinguiu a Escola Secundária da Ramada com
a atribuição do “ Selo Escola Voluntária”
A Escola Secundária da Ra-
mada foi distinguida com o “
Selo Escola Voluntária”, pré-
mio atribuído pelo Ministério
da Educação e Ciência, que promove os valores de cidadania
e da solidariedade no meio escolar e cuja cerimónia de en-
trega decorreu na passada segunda-feira, 28 de abril, numa
sessão solene agendada para as 15 horas, em Lisboa, no tea-
tro Thalia, Palácio das Laranjeiras.
A distinção, destina-se a reconhecer
o contributo dado pelos Estabeleci-
mentos de Educação, que através de
projetos educativos, valorizam as
atividades de voluntariado, fortale-
cem o envolvimento da comunidade,
contribuindo para o desenvolvimen-
to de laços sociais dentro e fora
dela.
Este título de “ Selo de Escola Voluntária”, que ficará assina-
lado com uma placa comemorativa a afixar no edifício da
escola com a data de concessão, foi atribuído devido à realização
de projetos e iniciativas de voluntariado concretizadas ao longo
dos últimos anos letivos, à pertinência desses mesmos projetos,
às experiências já desenvolvidas e resultados alcançados, ao nú-
mero de pessoas envolvidas e ainda ao seu caráter inovador. O
símbolo / certificação deverá também ser utilizado pela escola
em todos os seus documentos oficiais.
Parabéns à Escola Secundária da Ramada, parabéns a todos
aqueles que dignificam a Educação também através da promoção
dos valores de Solidariedade e Voluntariado.
Professora Céu Branco
Escola Secundária da Ramada
Junho 2014 Ano I, Número 3
NÓS EM NOTÍCIA
Nesta edição:
Projeto SEI! Odivelas 2
Visitas de Estudo 3
Campeonato Nacional
de Desporto Escolar 4
Estudar para os Exames 5
Centenário da 1ª Guerra
Mundial 6
O Poder da Palavra 7
Lá Por Fora... 8
A Escola é um espaço onde coexistem dife-
rentes culturas e grupos sociais. Como
responder eficazmente a esta diversida-
de da população escolar é o grande de-
safio que se coloca, para que a escola
possa ser um lugar de inclusão social,
plural e de promoção de igualdade de
oportunidades, com uma oferta educati-
va diversificada e de qualidade para to-
dos alunos, tendo como principal objeti-
vo a conclusão do ensino obrigatório
com sucesso e a integração na vida ativa.
O Projeto SEI! Odivelas - Projeto para o
Sucesso Educativo e Integração promo-
vido pela Câmara Municipal de Odivelas
em parceria com os Agrupamentos de
Escolas do Município foi implementado
em 2010, com o objetivo de desenvol-
ver estratégias de promoção do sucesso
escolar e integração social.
Atualmente o Projeto SEI! Odivelas atua
essencialmente em dois domínios:
- Através da implementação de Gabine-
tes de Apoio Psicológico (GAP) desen-
volve estratégias de promoção do suces-
so escolar e integração socioeducativa
dos alunos dos Jardins de Infância e do
1º ciclo dos estabelecimentos de ensino
da rede pública e de reforço de compe-
tências parentais, em zonas onde foram
identificados mais problemas escolares e
sociais: Pontinha, Arroja, Caneças e Pó-
voa de Santo Adrião;
- Através da implementação de um pro-
grama de Mediação Escolar desenvolve
estratégias de promoção do sucesso
escolar e de prevenção do abandono
escolar de alunos do 2.º e 3.º Ciclos do
Ensino Básico das escolas da rede públi-
ca do município de Odivelas, em estreita
articulação com as Direções das Escolas
e com os Diretores de Turma e Encar-
regados de Educação.
As principais estratégias desenvolvidas
pelo Projeto SEI! Odivelas são o acom-
panhamento de proximidade, através de
uma equipa multidisciplinar que desen-
volve o seu trabalho no terreno, inter-
vindo essencialmente a dois níveis:
- Intervenção individual com alunos e
respetivas famílias, procurando identifi-
car situações que possam comprometer
o processo de aprendizagem escolar, o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social;
- Intervenção com grupos específicos da
comunidade educativa, através da orga-
nização de ações temáticas de sensibili-
zação para Professores, Assistentes
Operacionais, Encarregados de Educa-
ção, entre outros.
Ao nível municipal o Projeto SEI! ODI-
VELAS tem organizado diversas iniciati-
vas temáticas, designadamente: Jornadas
SEI! ODIVELAS, Tertúlias temáticas,
Concursos “Prémio Jovem”, Mês da
Internet Segura, Dia da Não Violência e
da Paz.
Na Escola Secundária da Ramada, ao
longo do ano letivo de 2013/2014, fo-
ram realizadas essencialmente as seguin-
tes atividades:
- Intervenção individual com os alunos
do 3.º ciclo do ensino básico sinalizados
pelos respetivos Diretores de Turma;
- Sessões em turmas do 9.º ano sobre o
tema “SEI Construir o Meu Futuro”,
promovendo a informação sobre a or-
ganização do sistema educativo e a re-
flexão sobre as diversas vias para pros-
seguimento de estudos, por se tratar de
um ano de conclusão de um ciclo, em
que os alunos têm que fazer escolhas
sobre o seu percurso escolar.
- Intervenção com as famílias dos alunos
acompanhados, em estreita articulação
com os Diretores de Turma;
- Participação nas Reuniões de Encarre-
gados de Educação dos alunos do 7.º
ano, organizadas pela Direção da Escola
no início do ano letivo;
- Organização e orientação de uma ses-
são de sensibilização/formação sobre o
tema “Atendimento, Comunicação e
Relação” para os funcionários da Secre-
taria da Escola, no dia 12/12/13;
- Organização e orientação de uma ses-
são de sensibilização/formação sobre o
tema “Gerir os comportamentos na
Escola” para os Assistentes Operacio-
nais da escola, no dia 3/01/14;
- Organização em conjunto o Coorde-
nador do Plano Tecnológico da Educa-
ção da Escola Professor Rui Lourenço
de uma iniciativa de sensibilização para
Professores e Encarregados de Educa-
ção, no âmbito do Dia da Internet Segu-
ra 2014, com recurso ao vídeo "Limitar
tempo online", no dia 19/02/14;
- Orientação de uma sessão sobre o
tema “Aconselhamento na Adolescên-
cia”, com o objetivo de partilhar estra-
tégias e metodologias de intervenção
com os Professores Tutores da escola,
no dia 30/03/14;
- Colaboração na iniciativa de Comemo-
ração do Dia Mundial da Saúde, organi-
zada pela Equipa do Projeto de Educa-
ção para a Saúde da Escola, com a orien-
tação de duas sessões para alunos do 9.º
ano, no dia 04/04/14.
Drª Filomena Viegas.
Mediadora do Projeto SEI
O Projeto SEI! Odivelas
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NÓS EM NOTÍCIA
Flamingo, uma das aves obser-vadas
Na quinta-
feira, dia 8 de
maio, a turma
do 8ºD foi,
juntamente com outras turmas, numa
visita de estudo à Companhia das Lezí-
rias, situada em Samora Correia.
Os alunos, divididos em dois autocar-
ros, chegaram ao seu destino por volta
das 9h30 da manhã, com o atraso de
um aluno, que logo se juntou aos res-
tantes.
Ainda durante a manhã, o grupo que era
constituído pela turma do 8ºD foi enca-
minhado para vários sítios da compa-
nhia, entre eles a vinha, a adega, o olival,
e, no fim, o complexo desportivo, onde
puderam ver alguns equinos. Depois do
almoço, o grupo voltou para o autocar-
ro e foi explorar outra zona, onde ouvi-
ram falar da produção de cortiça. Em
seguida, foram para o Espaço de Visita-
ção e Observação de Aves (Evoa) onde,
como o nome indica, podemos observar
alguns pássaros, como o alfaiate, o fla-
mingo e o pato-real, numa zona onde se
fez sentir um enorme calor. Foi ainda
pedido aos alunos que juntassem algu-
mas pedras para poderem servir de
abrigo aos anfíbios nos dias de maior
seca.
No final da visita, os alunos observaram
um vídeo sobre o estuário do Tejo e a
Companhia das Lezírias, antes de volta-
rem para o autocarro e serem transpor-
tados de volta para a Secundária da Ra-
mada.
Luís Vieira, 8ºD
(malte, cevada, milho e lúpulo) com a
água.
Observámos ainda os laboratórios de
controlo de qualidade e visitámos a
linha de enchimento, o local de armaze-
namento e o Museu Sagres, onde se
encontravam objetos relacionados ou
com a própria fábrica ou com a marca
Sagres ao longo da sua história.
Nesta visita tivemos oportunidade de
aprender acerca uma grande empresa,
bem como do seu funcionamento e
produção. O contacto com uma empre-
No dia dois do mês de abril, realizou-se
uma visita de estudo à Central de Cer-
vejas e Bebidas da Sagres, no âmbito da
disciplina de Física e Química A, para os
alunos do 11º ano, e da disciplina de
Química, para os alunos de 12º ano,
com o propósito de se ficar a conhecer
os processos de fabrico, a estrutura e a
organização de uma fábrica.
A visita teve início com uma apresenta-
ção da fábrica, por parte da Relações
Públicas da mesma, onde foi abordada
um pouco da sua história, da sua locali-
zação (referindo a importância de esta
se situar numa das margens do rio Te-
jo), e também das vertentes comerciais
que explora atualmente, com a produ-
ção de diferentes marcas e produtos.
Seguiu-se uma explicação sobre a sala
de Brassagem, onde se teve a oportuni-
dade de observar os reservatórios em
que se misturam as matérias-primas
sa real permite-nos tomar consciência
que, no dia-a-dia, na sua produção estão
envolvidas pessoas que utilizam proces-
sos químicos e físicos idênticos aos que
utilizamos nos laboratórios da nossa
escola mas adaptados à dimensão e rea-
lidade de uma fábrica. Para além disso,
convivemos uns com os outros, e com
os professores.
Considerámos que foi uma boa experi-
ência e, para que todos possam ter a
possibilidade de também experienciar
uma “visita” a esta fábrica bem como a
tudo o que aqui foi relatado, sugerimos
que acedam ao site da Central através
do link aqui apresentado:
http://www.centralcervejas.pt
visitavirtual/index.html#/home.
Diogo Vilela Pinto Ferreira,, 12ºB
Visita à Companhia das Lezírias...
… e à Central de Cervejas e Bebidas da Sagres
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Ano I, Número 3
Sistemas de fermentação Observatório Evoa
Nos dias 16, 17 e 18 de maio decorreu o Campeonato
Nacional do Desporto Escolar em Lisboa para todas as
modalidades! Mais uma vez a Escola Secundária da Ra-
mada esteve presente nas modalidades de desportos
gímnicos (pelo 6.º ano consecutivo!) e Futsal Juvenis Fe-
mininos.
Desportos Gímnicos
Nos Desportos Gímnicos estivemos representados em
Ginástica de Trampolins (David Veiga - 12ºE, Rodrigo
Correia - 9ºB e Ana Pereirinha - 9º F), Acrobática (par
misto: Pedro Almeida - 12ºG e Beatriz Roque – 10ºB) e
Artística (Mariana Castro - 9ºG e Rafael Duarte - 12ºB).
Para estarem presentes nesta competição, estes alunos
tiveram de passar pelas diferentes fases/apuramentos -
Fase Local e Regional. Para além dos atletas, a ESR levou
ainda 6
juízes que pontuaram as diferentes provas: Catarina Si-
mões - 10ºC, Catarina Oliveira - 10ºB, Denise Petrone -
8ºA, Beatriz Dias - 10ºG, Manuel Costa - 10ºC e João
Vieira - 12ºA
Futsal
A equipa de Futsal Juvenis Feminino da Escola Secundá-
ria da Ramada conseguiu um brilhante 3º lugar nos Cam-
peonatos Nacionais do Desporto Escolar.
A Escola Secundária da Ramada da região de Lisboa e
Vale do Tejo (3º lugar), a Escola Secundária Dr. Júlio Mar-
tins da região Norte (2º lugar) e a Escola Secundária da
Sé da região Centro (1º lugar) foram as representações
nacionais presentes no pódio.
Para a história ficam as alunas: Solange, Sofia, Bárbara,
Diana, Patrícia, Sara, Beatriz, Ângela, Filipa, Mafalda, Sara,
o árbitro Duarte Casanova, o Prof. Vítor Arsénio e a co-
laboração inestimável do Luís Santos.
PARABÉNS À ESCOLA SECUNDÁRIA DA RA-
MADA !
Professoras Margarida Castro e Carla Rodrigues
Campeonato Nacional do Desporto Escolar
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NÓS EM NOTÍCIA
Classificações dos nossos atletas
Trampolins: David Veiga - 2º lugar
Rodrigo Correia - 12º lugar
Ana Pereirinha - Não competiu
devido a lesão
Artística: Mariana Castro - 6º lugar
Rafael Duarte - 7º lugar
Acrobática: Beatriz/Pedro - 9º lugar
Os dias entre o fim das aulas e os exames podem ser importantes na preparação das provas. Seguem-se alguns conselhos sobre a
forma de gerires este tempo:
Elabora um horário de revisões rigoroso: divide o tempo
que tens disponível pelas várias disciplinas. Muitas vezes os alu-
nos dedicam a maior parte do tempo para preparar o 1º exame.
Depois não têm tempo de rever a matéria das restantes discipli-
nas;
Podes dividir os teus tempos de estudo em períodos de
cerca de 50 minutos aos quais se devem seguir 10 minutos de
intervalo. Atenção ao intervalo: não o prolongues para além do
previsto.
As revisões devem ser feitas a partir dos apontamentos
que organizaste ao longo do ano. Ordena os teus apontamentos e resumos por disciplina para os poderes consultar facilmen-
te. Se tiveres alguma dúvida consulta o teu manual.
Revê as provas-modelo e os exames que sairam nos anos anteriores. As provas que irás fazer serão muito semelhantes.
Procura resolvê-las no tempo previsto.
Não estudes à noite até muito tarde. A partir de determinada hora o teu trabalho já não rende e se crias o hábito de
adormeceres tarde, não vais conseguir adormecer cedo na véspera das provas. Deves dormir cerca de 8/9 horas por noite.
Organiza o espaço em que vais estudar retirando todos os materiais que te possam distrair. Depois de uma sessão de es-
tudo deixa a secretária bem arrumada - custar-te-á menos recomeçar o teu trabalho. Procura trabalhar num ambiente sosse-
gado sem a TV ligada! Retira o teu telemóvel do lugar onde estás a estudar. Leres e enviares mensagens durante o teu estudo
impede-te a concentração. Aproveita os intervalos!
AO FAZER UM EXAME:
O medo ou alguma ansiedade são normais. O problema começa quando estás excessivamente preocupado e a ansiedade se torna
paralisante. Por exemplo: se não te preparaste suficientemente para o exame; se já reprovaste nesse exame; se te sentes inseguro;
se te preocupas demasiado com o teu medo. Tem calma e confia em ti e no trabalho de preparação que realizaste.
Por isso, lembra-te de:
Respirar fundo porque te acalma;
Ler o enunciado cuidadosamente;
Permanecer calmo e concentrado, sem te preocupares com o que os outros estão a fazer;
Decidir quais as questões a que irás responder e calcular quanto tempo tens para cada uma;
Não omitir respostas, a não ser que não a saibas de todo. Se tens pouco tempo disponível sumariza os tópicos principais da
resposta que pretendias dar;
Certificar-te que respondes ao que te é solicitado e não escrevas tudo o que
sabes acerca desse tópico na esperança de que algo irá contar;
Usar 5 minutos do teu tempo no início de cada questão para planeares o que
irás escrever ;
Ser claro, conciso e objectivo, e escrever com uma letra legível;
Reservar tempo para rever, para que possas corrigir eventuais erros.
Estudar Para os Exames: Sugestões
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Ano I, Número 3
O início do século XX foi marcado na
Europa pela intensificação do ambiente
de tensão já sentido em finais do século
XIX, decorrente de rivalidades econó-
micas e de manifestações de nacionalis-
mo.
Em 1914 iniciou-se uma guerra que,
pela primeira vez na História, se tornou
mundial. Durante quatro anos, o
Mundo esteve em guerra.
Relembra alguns factos:
- O acontecimento local que desenca-
deou a Guerra Mundial foi o assassínio
do príncipe herdeiro do Império Austro
-Húngaro - o arquiduque Francisco Fer-
nando-, em Sarajevo, Bósnia.
- Os dois blocos em conflito foram as
Potências Centrais (Impérios Alemão
e Austro-Húngaro) com a adesão da
Bulgária e do Império Otomano, e os
Aliados (Rússia, Grã-Bretanha, França),
aos quais aderiram Portugal, Grécia,
Japão, Brasil, China, Itália …
- Os conflitos na Europa distribuíram-se
por três grandes frentes:
Frente ocidental (do Mar do Nor-
te à fronteira norte da Suíça e desta
ao Mar Adriático);
Frente leste (do Mar Báltico ao
Mar Negro);
Frente balcânica (do mar Adriáti-
co à actual Turquia).
- A primeira fase da guerra caracterizou
-se pelas ofensivas das tropas alemãs nas
frentes ocidental e de leste – guerra de
movimentos ou guerra-relâmpago.
- A guerra das trincheiras ou guerra
de posições foi a fase seguinte da guer-
ra, a mais mortífera devido à construção
de trincheiras.
- As condições sanitá-
rias nas trincheiras
eram terríveis: os ho-
mens estavam infesta-
dos com pulgas e pio-
lhos; havia ratos por
todo o lado, alimen-
tando-se dos cadáve-
res na terra-de-
ninguém. O gelo causava queimaduras e
a permanência dos pés em água extre-
mamente fria, durante horas a fio, origi-
nava os «pés de trincheira», responsá-
veis por dezenas de milhares de baixas.
- A 3ª fase da guerra foi marcada pela
entrada dos EUA na guerra e pelo re-
gresso à guerra de movimentos.
- Portugal entrou no conflito em
1916 ao lado dos Aliados – com o intui-
to de preservar o seu império em Áfri-
ca.
- Após sucessivas derrotas por parte
das Potências Centrais, a Alemanha foi
ficando cada vez mais isolada acabando
por render-se em 1918.
- Na Conferência de Paz foi redigido o
Tratado de Versalhes, determinando
pesadas sanções à Alemanha, que foi
obrigada a assiná-lo.
- Em abril de 1919 foi criada a Socieda-
de das Nações (SDN), um organismo
internacional que se propunha assegu-
rar a paz, resolvendo os conflitos pela
via do diálogo e da diplomacia, e pro-
mover a cooperação económica, finan-
ceira, cultural e social entre as nações.
-O colapso dos impérios Alemão, Aus-
tro-Húngaro e Russo resultou na for-
mação de novos Estados: Polónia,
Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Áus-
tria, Hungria e Checoslováquia.
O desfecho da guerra traduziu-se ainda no
declínio dos regimes autoritários e no
triunfo das democracias parlamenta-
res.
Vê se ainda te lembras!
1. Importante potência militar da Tríplice
Aliança.
2. Presidente americano que decidiu a par-
ticipação dos EUA na 1ª. Grande Guer-
ra.
3. Território do Império Austro-Húngaro
onde foi assassinado o arquiduque Fran-
cisco Fernando em 1914.
4. Potência militar da Triple Entente.
5. Península da Europa onde eclodiu a
guerra em 1914.
6. País que fez parte das duas grandes ali-
anças europeias na década de 1910.
Professora Filipa Novaes
1914 – 2014: Centenário da 1ª Guerra Mundial
Corremos que nem loucos para chegar a Beaumont, onde devemos reforçar um batalhão
do 32º regimento. Temos de levantar novelos de arame farpado, o que nos atrasa.
Começamos a ter febre e a espumar da boca quando somos obrigados a passar por cima
de cadáveres. O barranco está completamente esburacado pelos obuses. Por todo o lado,
são só buracos de cinco e mesmo dez metros, cheios de cadáveres até acima. De repente,
um obus enorme cai do céu, mesmo no meio da 1ª. secção da companhia: dez feridos e
quinze mortos volteiam no ar, pedaços de cadáveres caem em todos os lados, e nós
somos cobertos por uma chuva de sangue.
Testemunho de Edouard Bougard, antigo combatente de Verdun
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NÓS EM NOTÍCIA
E se fôssemos todos mudos?
Saramago já dizia: “A voz são os olhos de quem não vê”. Tinha toda a razão.
É certo que a palavra, ao longo dos tempos, tem-se tornado a nossa maior ferramen-
ta. Usamo-la para apontar algo quando o gesto não é conveniente, para exprimir sentimentos
quando estes estão atravessados no nosso coração, usamo-la para ferir, quando não temos
arma, embora, nesse caso, já não a estejamos a usar da melhor maneira. A palavra é tudo, se
assim o pensarmos. E quanto à voz que lhe dá significado? A instrumentalização do mundo
provou-nos que a voz de nada serve quando dispo-
mos de dispositivos que a podem descrever e de
uma expressão corporal que quase nunca usamos.
E mesmo que a voz fosse tudo, de que serviria se
não houvesse quem a ouvisse? E se a voz não exis-
tisse?
Provavelmente os telefones e computado-
res começariam a ter mais uso, e a socialização
cessaria de vez. Ou então, numa perspetiva um
pouco menos apocalíptica, teríamos de usar a linguagem gestual que atualmente é tão desvalo-
rizada ao ponto de custar a admitir. Linguagem gestual implicaria uma universalização da co-
municação que, por seu turno, repararia a cegueira da maior parte das pessoas.
Se todos fossemos mudos seria caso para dizer: Palavras para quê?
Daniel Mendes 12.ºB
O Poder da Palavra
O papel que a palavra pode assumir no mundo atual
A nossa sociedade vive atormentada pelas necessidades económicas. Os países não
são mais que empresas cujo logotipo é uma bandeira, centradas nos lucros em vez de nos
valores nacionalistas e na tradição. Talvez, por isso, esqueçam o valor da palavra: porque ela
não tem preço.
Utilizada para “alertar, mobilizar, consciencializar, convencer”, a palavra parece ser
sempre a última arma de recurso e, no entanto, é a mais poderosa. As potencialidades do
papel da palavra nos nossos dias parecem estar a ser reprimidas: para o evitar, deveríamos
cotar o seu valor em bolsa, torná-la uma necessidade finita como o petróleo ou o ouro e,
talvez, os sofistas de hoje dessem lugar aos idealistas de outrora. Homens de causas, como
Martin Lutter King que deixou na História o eco das palavras “Eu tenho um sonho”.
Porém, parece haver quem se lembre de as valorizar. Infelizmente, somente por uma
questão de interesses próprios. Impulsionados sempre pelo mesmo suspeito – o dinheiro –
advogados, publicitários e políticos fazem da instrumentalização da língua o seu trabalho. E ao
contrário dos homens das artes, como os poetas, dramaturgos ou romancistas, estes privilegi-
am a forma do discurso em detrimento do conteúdo. A verdade é reduzida a uma questão de
opinião, defendida através das palavras.
Em suma, importa lembrar que o poder
da palavra está, fundamentalmente, na sua
utilização: através da língua, o Homem é
capaz de silenciar a maior explosão ou
vencer o maior exército, desde que fale a
verdade. E, para tal, basta que sussurre.
Rosa Lourenço, 12ºB
Poder Vocal
Mesmo que a voz seja baixa,
Lenta,
Será sempre suficientemente alta
Para dar a força que tanto falta
Às palavras ditas em silêncio.
Então declamo.
Enquanto choro.
Enquanto demoro
a assimilar a nudez,
da verdade do que li.
Tudo de uma vez.
Do que amo.
Com esperança que o Homem
se aperceba da intensidade
da rouquidão da sua voz.
Que o Homem perceba que esta
afugenta qualquer solidão.
(Nunca estarão sós
Enquanto tiverem voz.
Enquanto tiverem letras.)
Vou vivendo à espera.
Gritando.
Falando.
Gonçalo Gil
2013
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Ano I, Número 3
Realizado por Matt Reeves e protagonizado por Andy Serkis, Jason Clarke, Gary Oldman e Keri Russell,
a sequela do Planeta dos Macacos: A Origem acompanha uma nação crescente de macacos genetica-
mente desenvolvidos liderada por Cesar, que se vê ameaçada por um grupo de humanos que sobreviveu
a um vírus devastador que havia sido lançado uma década
antes.
A paz atingida é demasiado frágil e em breve constituem-se
dois lados de uma guerra que determinará quem irá emergir
como a espécie dominante na Terra.
Pleno de acção e emoção este é um filme digno de pipocas e
muita diversão que estreia dia 17 de julho
Um Livro...Amor Nos Tempos de Cólera
Um Espetáculo ...Saia na Saída
Um Filme...O Planeta dos Macacos: A Revolta
LÁ POR FORA ...
Porquê este livro? Talvez por ser um tema intemporal, sem dúvida e, saímos um pouco das politiquices do nosso dia-a-dia. No que
concerne ao romance considero-o irresistível na sua forma de tratar do amor, da velhice e da morte. O
sentimento que persiste em todas as fases da vida, e que se mantêm acesso enquanto a energia vital existir.
O Amor Nos Tempos de Cólera narra a história do amor de Florentino por Firmina que ultrapassam 53
anos quase sem nenhum contato. Nada mais é que a história dos pais do autor que o mesmo transfor-
mou em romance, num cenário da cidade de Cartagena de lás Índias que escolheu para enriquecer a narra-
tiva que retrata o sentimento de insatisfação diante do fracasso amoroso, os valores sociais, os efeitos da
cólera, a devastação do meio envolvente, a dificuldade no relacionamento conjugal e o não aceitar o enve-
lhecimento como algo natural e inevitável.
Gabriel Garcia Márquez foi um importante escritor e ativista político colombiano. Nasceu em 6/03/1927,
em Aracataca/Colombia, vindo a falecer em 17/Abril/2014 no México. É considerado pela crítica literária
mundial como sendo um dos mais importantes escritores do século XX, tendo-lhe sido atribuído em 1982
o Prémio Nobel de Literatura, pelo conjunto de sua obra.
Ana Cristina Aleixo, Técnica Administrativa
Os Saia na Saída são três performers de stand-up comedy que fazem um exercício satírico de desconstrução
do quotidiano, chamando de “imbecilóide” à nossa espécie, mas fazendo parte dela na mesma e com todo o orgu-
lho. Actuam já há anos, uns mais do que outros, e adoram estar em palco.
Dia 26 deste mês vão estar no Centro Cultural da Malaposta às 21h30.
A 19 de junho, a partir das 21 horas, vários espetáculos de música ao vivo vão ocupar 1 km da zona ribeiri-
nha de Lisboa durante 5 horas. Tudo com entrada livre.
NOS em Palco é um evento musical gratuito com chancela da nova marca que une a Zon à Optimus, a
NOS. São 30 concertos de artistas e bandas portuguesas, a decorrer em 13 espaços emblemáticos da cida-
de, entre a Praça do Município e Santos. Será 1 km de música ao vivo com três palcos ao ar livre na Praça
do Município (onde também será exibido um espetáculo de videomapping e live drawing inspirado nas músi-
cas do concerto), Largo de São Paulo e Central Station.
O programa pode ser consultado aqui: http://www.agendalx.pt/evento/nos-em-palco#.U5jotmpOXIU.
Um Concerto ...Nos em Palco