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DGPM-204 OSTENSIVO NORMAS SOBRE DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES CIVIS DA MB MARINHA DO BRASIL DIRETORIA-GERAL DO PESSOAL DA MARINHA 2007

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DGPM-204 OSTENSIVO

NORMAS SOBRE DIREITOS E

DEVERES DOS SERVIDORES

CIVIS DA MB

MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA-GERAL DO PESSOAL DA MARINHA

2007

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OSTENSIVO DGPM-204

NORMAS SOBRE DIREITOS E

DEVERES DOS SERVIDORES

CIVIS DA MB

MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA-GERAL DO PESSOAL DA MARINHA

2007

FINALIDADE: NORMATIVA

1ª EDIÇÃO

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - II - ORIGINAL

ATO DE APROVAÇÃO

Aprovo, para emprego na MB, a publicação DGPM-204 - NORMAS SOBRE

DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES CIVIS DA MB.

RIO DE JANEIRO, RJ. Em 30 de agosto de 2007.

AURÉLIO RIBEIRO DA SILVA FILHO

Almirante-de-Esquadra Diretor-Geral do Pessoal da Marinha

ASSINADO DIGITALMENTE

AUTENTICADO RUBRICA

PELO ORC

Em ______/______/______ CARIMBO

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - III - ORIGINAL

ÍNDICE

PÁGINAS

Folha de Rosto ........................................................................................................... I Ato de Aprovação ...................................................................................................... II Índice .......................................................................................................................... III Introdução................................................................................................................... VI

CAPÍTULO 1 - APLICAÇÃO, NA MARINHA DO BRASIL (MB), DO “CÓDIGO DE

ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO PODER

EXECUTIVO FEDERAL” 1.1 - Conceito...................................................................................................... 1-1 1.2 - Abrangência................................................................................................. 1-1 1.3 - Deveres........................................................................................................ 1-1 1.4 - Comissões de Ética...................................................................................... 1-1 1.5 - Órgãos Públicos Extra-Marinha.................................................................. 1-4 1.6 - Disposições Gerais...................................................................................... 1-4

CAPÍTULO 2 - CORRESPONDÊNCIA E PRECEDÊNCIA DOS SERVIDORES

CIVIS EM RELAÇÃO AOS MILITARES 2.1 - Finalidade.................................................................................................... 2-1 2.2 - Critérios Adotados....................................................................................... 2-1 2.3 - Correspondência e Ordem de Precedência.................................................. 2-1 2.4 - Disposições Gerais...................................................................................... 2-4

CAPÍTULO 3 - FÉRIAS 3.1 - Conceito....................................................................................................... 3-1 3.2 - Disposições Gerais................................................................................................3-1 3.3 - Procedimentos............................................................................................. 3-4

CAPÍTULO 4 - LICENÇAS

4.1 - Conceito...................................................................................................... 4-1 4.2 - Disposições Gerais....................................................................................... 4-1 4.3 - Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família (LMDPF)............... 4-1 4.4 - Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou Companheiro(a)

(LMAC)....................................................................................................... 4-3 4.5 - Licença para o Serviço Militar (LSM)......................................................... 4-4 4.6 - Licença para Atividade Política (LAP)....................................................... 4-5 4.7 - Licença Prêmio por Assiduidade (LPA)..................................................... 4-7 4.8 - Licença para Capacitação (LC)................................................................... 4-8 4.9 - Licença para Tratar de Interesses Particulares (LTIP).................................. 4-8

4.10 - Licença para o Desempenho de Mandato Classista (LDMC)..................... 4-9 4.11 - Licença para Tratamento de Saúde (LTS)................................................... 4-11 4.12 - Licença à Gestante (LG).............................................................................. 4-12 4.13 - Licença-Paternidade (LP)............................................................................ 4-13 4.14 - Licença à Adotante (LA)............................................................................. 4-13 4.15 - Licença por Acidente em Serviço (LAS).................................................... 4-14

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - IV - ORIGINAL

CAPÍTULO 5 - SALÁRIO-FAMÍLIA E ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR

5.1 - Conceito.......................................... ........................................................... 5-1 5.2 - Do Salário-Família - Generalidades........................................................... 5-1 5.3 - Procedimentos............................................................................................. 5-2 5.4 - Da Assistência Pré-Escolar - Generalidades............................................ 5-3

CAPÍTULO 6 -ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE E

DE IRADIAÇÃO OINIZANTE E GRATIFICAÇÃO DE RAI-

OS-X OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS 6.1 - Conceito....................................................................................................... 6-1 6.2 - Disposições Gerais....................................................................................... 6-1

CAPÍTULO 7 - SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCI-

PLINAR (SUMÁRIO E ORDINÁRIO) 7.1 - Conceito,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,............................................................................. 7-1 7.2 - Disposições Gerais...................................................................................... 7-1 7.3 - Prazos e Prescrições..................................................................................... 7-3 7.4 - Disposições Gerais....................................................................................... 7-4 7.5 - Observações Relevantes.............................................................................. 7-9 7.6 - Sindicância.................................................................................................. 7-12 7.7 - Processo Administrativo Disciplinar Sumário (PAD SUMÁRIO)............. 7-14 7.8 - Processo Administrativo Disciplinar Ordinário (PAD ORDINÁRIO)....... 7-18

CAPÍTULO 8 - PETIÇÃO, RECONSIDERAÇÃO E RECURSOS 8.1 - Conceito...................................................................................................... 8-1 8.2 - Disposições Gerais...................................................................................... 8-2 8.3 - Procedimentos............................................................................................. 8-3 8.4 - Prescrição.................................................................................................... 8-4

CAPÍTULO 9 - ACUMULAÇÃO DE CARGOS/EMPREGOS E PROVENTOS 9.1 - Conceito...................................................................................................... 9-1 9.2 - Disposições Gerais...................................................................................... 9-2 9.3 - Procedimento............................................................................................... 9-2

ANEXO A - Modelo de Programa de Férias...................................................................... A-1 ANEXO B - Modelo de Requerimento para Licença por Motivo de Doença em Pessoa

da Família..................................................................................................... B-1 ANEXO C - Modelo de Requerimento para Licença para Tratamento de Saú-

de/Prorrogação de Licença............................................................................ C-1 ANEXO D - Modelo de Cadastro para Auxílio Pré-Escolar............................................. D-1 ANEXO E - Correspondência entre as Faltas Disciplinares e as Penalidades estabeleci-

das na Lei nº 8.112/1990.............................................................................. E-1 ANEXO F - Modelo de Portaria de Designação de Sindicância Investigatória ou Prepa-

ratória............................................................................................................ F-1 ANEXO G - Modelo de Portaria de Designação de Sindicância Acusatória ou Punitiva....... G-1 ANEXO H - Modelo de Relatório da Comissão de Sindicância........................................ H-1 ANEXO I - Modelo de Julgamento de Sindicância.......................................................... I-1 ANEXO J - Modelo de Portaria de Aplicação de Penalidade........................................... J-1

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - V - ORIGINAL

ANEXO K - Modelo de Requerimento de Petição............................................................. K-1 ANEXO L - Modelo de Decisão........................................................................................ L-1

ANEXO M - Modelo de Declaração de Acumulação de Cargos/Empregos e Proventos... M-1 ANEXO N - Modelo de Termo de Opção......................................................................... N-1

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - VI - ORIGINAL

INTRODUÇÃO

1 - PROPÓSITO

Estabelecer os procedimentos administrativos para o gerenciamento do pessoal civil

da Marinha do Brasil.

2 - DESCRIÇÃO

Esta publicação está dividida em 9 capítulos e 14 anexos, conforme descrito no

índice.

3 - CLASSIFICAÇÃO

Esta publicação é classificada como PMB não controlada, ostensiva, normativa e

norma.

4 - RECOMENDAÇÃO

Havendo dúvidas quanto à execução de procedimentos que não sejam sanadas à luz

destas Normas, deverá ser solicitada orientação ao Departamento de Normas da DPCvM

(DPCvM-40).

5 - SUBSTITUIÇÃO

Esta publicação substitui os Capítulos 1, 9, 17, 18, 19, 20, 26, 27 e 32 da DGPM-201

- Normas para o Gerenciamento do Pessoal Civil da Marinha do Brasil, 2ª revisão, aprovada

em 9 de julho de 2001.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 1

APLICAÇÃO, NA MARINHA DO BRASIL (MB), DO "CÓDIGO

DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO

DO PODER EXECUTIVO FEDERAL"

1.1 - CONCEITOUAÇÃO

1.1.1 - No Capítulo I, Seções II e III, do "Código de Ética", instituído pelo Decreto n° 1.171,

de 22JUN1994, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 23JUN1994, são

estabelecidos deveres e vedações que, por vezes, se relacionam com o disposto no

Título IV, da Lei n° 8.112/1990, que trata do Regime Disciplinar do Servidor. Assim,

há necessidade de se definir o conceito ético e o conceito disciplinar.

1.1.2 - Conceito Ético (regras morais), de natureza subjetiva, trata do comportamento do

servidor perante seus pares e a sua classe, diante das Regras Deontológicas,

estabelecidas no Capítulo I, Seção I, do "Código de Ética".

1.1.3 - Conceito Disciplinar, de natureza objetiva, trata de transgressões disciplinares do

servidor, perante a Organização Militar (OM), capituladas na Lei n° 8.112/1990.

1.1.4 - O "Código de Ética" constitui instrumento adicional de avaliação do servidor,

contribuindo para a sua valorização.

1.2 - ABRANGÊNCIA

O "Código de Ética" aplica-se a todos os servidores públicos em atividade, estatutários

ou celetistas, lotados ou em exercício na MB.

1.3 - DEVERES

1.3.1 - Cabe ao titular da OM determinar que, anualmente, o "Código de Ética" tenha

renovada a sua divulgação junto aos servidores subordinados.

1.3.2 - Cabe aos servidores, quanto ao "Código de Ética":

a) observarem as "Regras Deontológicas" (Capítulo I, Seção I);

b) cumprirem os "Principais Deveres" (Capítulo I, Seção II); e

c) não praticarem as "Vedações" (Capítulo I, Seção III).

1.4 - COMISSÕES DE ÉTICA

1.4.1 - Da Constituição

a) A Comissão de Ética dos Servidores da MB, de que trata o Capítulo II do "Código

de Ética", é sediada em Brasília e está instalada nas dependências da Diretoria do

Pessoal Civil da Marinha (DPCvM).

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL

b) As Comissões de Ética de Organizações Militares são constituídas quando da

ocorrência do fato (ad hoc) no âmbito das OM da MB.

1.4.2 - Da Composição da Comissão de Ética dos Servidores da MB

a) a Comissão de Ética dos Servidores da MB será composta de três membros efetivos

e três suplentes, designados por portaria da Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha

(DGPM), para mandatos não coincidentes de três anos;.

b) os membros da Comissão de Ética, de que trata esse inciso, selecionados pela

DPCvM dentre os servidores, lotados em OM localizadas em Brasília, serão

propostos pela referida Diretoria Especializada (DE) à DGPM; e.

c) os três membros efetivos terão as seguintes funções:

I) Presidente, que será o Vice-Diretor do Pessoal Civil da Marinha;

II) Relator; e

III) Secretário.

d)O Suplente do Presidente será o substituto eventual do Vice-Diretor do Pessoal Civil

da Marinha.

e)Os demais suplentes substituirão o Relator e o Secretário.

1.4.3 - Da composição das Comissões de Ética de Organização Militar

a) as Comissões de Ética de OM serão compostas de três membros, designados "ad

hoc" por portaria do titular da OM, para apuração de um caso específico ocorrido

na respectiva OM;.

b) os membros das Comissões de Ética de OM serão escolhidos dentre os servidores

lotados na própria OM ou em OM de hierarquia superior, da mesma Cadeia de

Comando;.

c) os três membros terão as funções de Presidente, Relator e Secretário;.

d) as Agências e as Delegacias das Capitanias dos Portos não constituirão Comissões

de Ética de OM. Os casos ocorridos nessas OM serão apurados pelas Comissões

de Ética de OM das respectivas Capitanias dos Portos, ou na forma estabelecida na

alínea a seguir; e.

e) quando for necessário, poderá haver, por determinação do Estado-Maior da

Armada (EMA), da DGPM e dos demais Órgãos de Direção Setorial (ODS),

apuração de casos verificados em quaisquer OM da mesma Cadeia de Comando,

por intermédio da Comissão de Ética de OM, constituída "ad hoc", dentro do

respectivo Setor.

Formatados: Marcadores e numeração

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL

1.4.4 - Das atribuições das Comisões de Ética

a) As Comissões de Ética de OM apurarão, preliminarmente, em rito sumário, as

denúncias recebidas contra servidores da própria OM, ou de OM da mesma Cadeia

de Comando (alínea e do inciso 1.4.3), que infringirem o "Código de Ética";

b) O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código

de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do

Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal será instaurado, de oficio ou em

razão de denúncia fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do

contraditório e da ampla defesa, pela Comissão de Ética de que tratam os incisos II

e III do art. 2º, do Dec. nº 6.029/2007, conforme o caso, que notificará o

investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias;

I) O investigado poderá produzir prova documental necessária à sua defesa;

II) As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos que entenderem

necessários à instrução probatória e, também, promover diligências e solicitar

parecer de especialista;

III) Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, após a manifestação

referida no caput deste artigo, novos elementos de prova, o investigado será

notificado para nova manifestação, no prazo de dez dias;

IV) Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão decisão

conclusiva e fundamentada;

V) O resultado dessa apuração será encaminhado, por intermédio de um ofício do

titular da respectiva OM, à Comissão de Ética dos Servidores da MB, para

exame e julgamento final;.

VI) Encerrada a apuração do caso específico, que originou a sua constituição, a

Comissão de Ética de OM estará automaticamente dissolvida;

VII) A Comissão de Ética dos Servidores da MB examinará e julgará, em caráter

final, todas as denúncias apuradas, preliminarmente, pelas Comissões de Ética de

OM. No desempenho de suas tarefas e no exercício de suas prerrogativas, a

Comissão de Ética dos Servidores da MB observará as disposições contidas no

Capítulo II do "Código de Ética", respeitados, entretanto, os princípios da

disciplina e da hierarquia peculiares ao funcionamento da MB; e

VIII) Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências previstas

no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL

Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, a Comissão

de Ética dos Servidores da MB tomará as seguintes providências, no que couber:

• Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de

confiança à autoridade hierarquicamente superior, ou devolução ao órgão de

origem, conforme o caso;

• Encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da União ou

unidade especifica do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de

que trata o Decreto nº 5.480, de 30JUN2005, para exame de eventuais

transgressões disciplinares; e

• Recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade

de conduta assim o exigir; e

c) Será mantido com a chancela de “reservado”, até que esteja concluído, qualquer

procedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às normas éticas.

I) Concluída a investigação, e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética

do órgão ou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados.

II) Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por sigilo

legal, o acesso a esse tipo de documento somente será permitido a quem detiver

igual direito perante o órgão ou entidade originariamente encarregado de sua

guarda.

III) Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as

Comissões de Ética, depois de concluído o processo de investigação,

providenciarão para que tais documentos sejam desentranhados dos autos,

lacrados e acautelados.

1.4.5 - Da autonomia

A Comissão de Ética dos Servidores da MB é autônoma e não se insere na estrutura

organizacional da DPCvM, onde está instalada, sendo independente para o exercício

de suas atribuições, previstas no Capítulo II do "Código de Ética", devendo respeitar,

porém, o contido na alínea b do inciso 1.4.2.

1.4.6 - Da vinculação das Comissões de Ética de OM

a) Para o exercício de suas atribuições, as Comissões de Ética de OM são vinculadas

aos titulares das respectivas OM, não possuindo autonomia administrativa.

b) As citadas Ccomissões não estão inseridas na estrutura organizacional das OM

onde forem constituídas.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL

1.4.7 - Dos recursos

a) Recursos aos julgamentos da Comissão de Ética dos Servidores da MB são cabíveis

ao Diretor-Geral do Pessoal da Marinha, tramitando antecipadamente pela

DPCvM..

b)Não caberão recursos aos resultados das apurações feitas pelas Comissões de Ética

de OM.

c)b) Ocorrendo denúncia de falta de conduta ética praticada por membros da Comissão

de Ética dos Servidores da MB, esta deverá ser remetida, por intermédio de ofício

da OM, à DGPM para apreciação da Comissão de Ética, constituída "ad hoc", na

mencionada Diretoria-Geral. Procedida a apuração, a DGPM encaminhará o

resultado à DPCvM, para as providências cabíveis, ou à CEP, se julgado

pertinente..

d)c) A apuração da denúncia de falta de conduta ética praticada por membros das

Comissões de Ética de OM será feita por outra Comissão de Ética de OM de

hierarquia superior e da mesma Cadeia de Comando, na forma da alínea e do

inciso 1.4.3 e, posteriormente, submetida à apreciação da Comissão de Ética dos

Servidores da MB.

1.4.8 - Da convocação

A Comissão de Ética dos Servidores da MB será convocada, sempre que necessário,

pelo seu Presidente.

1.4.9 - Do apoio logístico e da correspondência administrativa

O apoio de pessoal e material, bem como o encaminhamento e o recebimento da

correspondência administrativa, serão da competência:

a) da DPCvM, para a Comissão de Ética dos Servidores da MB; e

b) das respectivas OM, para as Comissões de Ética de OM.

1.4.10 - Dos processos julgados e do registro dae pena imposta

A Comissão de Ética dos Servidores da MB encaminhará à OM do servidor, com

cópia para a DPCvM, os processos julgados, para conhecimento, lançamento em

Caderneta-Registro (CR) e demais providências cabíveis. Cópias dos mencionados

processos serão mantidas na Comissão, em arquivos específicos.

1.5 - ÓRGÃOS PÚBLICOS EXTRA-MARINHA

As conclusões da Comissão de Ética dos Servidores da MB, envolvendo servidores de

outros Órgãos Públicos, em exercício na MB, serão encaminhadas, pela citada Comissão

Formatados: Marcadores e numeração

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL

de Ética, para as providências cabíveis, à Comissão de Ética daqueles Órgãos.

1.6 - DISPOSIÇÕES GERAIS

a) As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria de

sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração

Federal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder

Executivo Federal ou do Código de Ética do órgão ou entidade, que, se existente,

será suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, motivação,

razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla-defesa e contraditório;

b) Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente deverá ouvir

previamente a área jurídica do órgão ou entidade;

c) As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos

penais, civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar,

encaminharão cópia dos autos às autoridades competentes para apuração de tais

fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência;

d) As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à

sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão

dos nomes dos investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como

remetidas à Comissão de Ética Pública;

e) Os trabalhos nas Comissões de Ética de que trata o inciso 1.4.1 são considerados

relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos seus

membros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão;

f) Os representantes da Comissão de Ética dos servidores da MB atuarão como

elementos de ligação com a CEP, que disporá em Resolução própria sobre as

atividades que deverão desenvolver para o cumprimento desse mister;

g) Os componentes das Comissões de Ética dos Servidores da MB e das OM não

poderão ter hierarquia inferior a do servidor objeto de denúncia em apuração; e

h) O compromisso a que está obrigado o servidor por ocasião da posse ou investidura

em cargo/emprego/função pública ou celebração de contrato de trabalho, conforme

estabelecido no art. 15, do Decreto nº 6.029/2007, fará parte do Termo de Posse,

tanto do servidor concursado, quanto do servidor investido em função de confiança

(DAS, FCT, FGR e FG). Dessa forma, oficializa-se o compromisso previsto no

"Código de Ética".

Formatado

Formatado

Formatado

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 2

CORRESPONDÊNCIA E PRECEDÊNCIA DOS SERVIDORES

CIVIS EM RELAÇÃO AOS MILITARES

2.1 - FINALIDADE

Estabelecer a correspondência e a precedência dos servidores civis em relação aos mili-

tares, no âmbito da Marinha do Brasil (MB), para os fins abaixo relacionados:

− municiamento;

− local de rancho;

− condução fornecida pela MB;

− local de estacionamento para veículos particulares;

− uso de elevadores;

− posicionamento em Cerimônias Oficiais; e

− acesso a locais de uso restrito.

2.2 - CRITÉRIOS ADOTADOS

2.2.1 - Na fixação da correspondência entre os postos e graduações da hierarquia militar e os

níveis em que se distribuem os servidores em exercício na MB foram considerados os

seguintes parâmetros:

a) exercício de Cargo em Comissão (DAS);

b) exercício de Função de Confiança (FCT, FGR e FG); e

c) qualificação Funcional/Nível de Escolaridade.

2.3 - CORRESPONDÊNCIA E ORDEM DE PRECEDÊNCIA

A correspondência e a precedência entre servidores e militares, bem como a precedência

entre os servidores, obedecerão à hierarquia verticalizada, discriminada nos incisos que se

seguem.

2.3.1 - Servidores Civis Assemelhados a Oficiais

a) Contra-Almirante (C Alte):

Titular de Organização Militar (OM) exercendo Cargo em Comissão (DAS-5),

quando o Regulamento da OM estabelecer que esse cargo, quando exercido por mi-

litar, é privativo de Oficial-General.

b) Capitão-de-Mar-e-Guerra (CMG):

I) Consultor Jurídico Adjunto do Comandante da Marinha (CJACM);

II) Servidor exercendo Cargo em Comissão, nível DAS-4;

III) Advogado da União de Categoria Especial;

IV) Professor exercendo Função Gratificada da Lei n° 9.640/1998, nível FG-1,

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL

quando no Regimento Interno da OM, o exercício dessa função, por militar, for

atribuído a CMG; e

V) Professor Titular de Ensino Superior.

c) Capitão-de-Fragata (CF):

I) Servidor exercendo Função Comissionada Técnica (FCT) níveis 1, 2, 3 e 4; e

Cargo em Comissão, níveis DAS-3 ou DAS-2;

II) Advogado da União de Primeira Categoria;

III) Professor exercendo Função Gratificada da Lei n° 9.640/1998, nível FG-2, quando

no Regimento Interno da OM, o exercício dessa função, por militar, for atribuído

a CF;

IV) Professor Associado de Ensino Superior;

V) Servidor posicionado na Classe “Especial” de Nível Superior; e

VI) Servidor posicionado nas Classes Sênior e Titular da Carreira de C&T.

d) Capitão-de-Corveta (CC):

I) Servidor exercendo FCT-5, 6 e 7;

II) Advogado da União de Segunda Categoria;

III) Servidor exercendo Cargo em Comissão, nível DAS-1;

IV) Professor Adjunto de Ensino Superior;

V) Servidor posicionado na Classe “C” de Nível Superior; e

VI) Servidor posicionado nas Classes Pleno 1, Pleno 2, Pleno 3, Assistente de Pes-

quisa, Adjunto e Associado, da Carreira C&T.

e) Capitão-Tenente (CT):

I) Servidor exercendo FCT-8, 9 e 10;

II) Servidor exercendo Função Gratificada, nível FGR-1;

III) Professor Assistente de Ensino Superior;

IV) Professor, Classe “S” de Educação Básica (antigo 1º e 2º Graus);

V) Professor, Classes "E" a "C", de Educação Básica;

VI) Servidor posicionado na Classe “B” de Nível Superior; e

VII) Servidor posicionado na Classe Junior da Carreira de C&T.

f) Primeiro-Tenente (1ººººTen):

I) Professor Auxiliar de Ensino Superior;

II) Servidor exercendo FCT-11, 12, 13, 14 e 15;

III) Servidor exercendo Função Gratificada, nível FGR-2 e FGR-3; e

IV) Servidor posicionado na Classe “A” de Nível Superior.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL

2.3.2 - Servidores Civis Assemelhados a Praças

a) Suboficial (SO):

I) Servidor posicionado na Classe “Especial” de Nível Intermediário; e

II) Servidor posicionado nas Classes Técnico 3 e Assistente 3 da Carreira de C&T.

b) Primeiro-Sargento (1ººººSG):

I) Servidor posicionado na Classe “C” de Nível Intermediário; e

II) Servidor posicionado nas Classes Técnico 2 e Assistente 2 da Carreira C&T.

c) Segundo-Sargento (2ººººSG):

I) Servidor posicionado na Classe “B” de Nível Intermediário; e

II) Servidor posicionado nas Classes Técnico 1 e Assistente 1 da Carreira C&T.

d) Terceiro-Sargento (3ººººSG):

I) Servidor posicionado na Classe “A” de Nível Intermediário;e

II) Servidor posicionado nas Classes “Especial” e “C” de Nível Auxiliar.

e) Cabo (CB):

I) Servidor posicionado na Classe “B” de Nível Auxiliar; e

II) Servidor posicionado no Nível Auxiliar da Carreira de C&T.

f) Marinheiro/Soldado (MN/SD):

Servidor posicionado na Classe “A” de Nível Auxiliar.

2.4 - DISPOSIÇÃO GERAL

2.4.1 - Nas situações não especificadas nesta norma, a correspondência deverá ser determinada

pelo Titular da OM, observando-se, na medida do aplicável, a similaridade com a

precedência estabelecida nos incisos 2.3.1 e 2.3.2.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 3

FÉRIAS

3.1 - CONCEITO

3.1.1 - Férias é o período de descanso anual, de trinta dias, obrigatório, a que tem direito o

servidor, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica, na forma do art.

77 da Lei nº 8.112/1990, observada a escala organizada de acordo com a conveniên-

cia do serviço.

3.1.2 - O servidor que opera direta e permanentemente com Raios-X ou substâncias radioati-

vas ou ionizantes, fará jus a vinte dias consecutivos de férias, por semestre de ativida-

de profissional.

3.1.3 - Os Professores da Carreira do Magistério da Marinha do Sistema de Ensino Naval

(SEN), em efetivo exercício, farão jus a 45 dias de férias anuais.

3.2 - DISPOSIÇÕES GERAIS

3.2.1 - Aquisição de férias

a) Para a aquisição do primeiro período de férias do servidor nomeado, revertido ou

reintegrado ao serviço público, serão exigidos doze meses de exercício.

b) O servidor que não tenha completado doze meses de exercício e que entrar em gozo

de Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família (LMDPF), Licença por

Motivo de Afastamento do Cônjuge (LMAC), Licença para Atividade Política

(LAP) ou Licença para Tratamento de Saúde (LTS), ao término da licença, terá que

completar o referido período aquisitivo.

c) Após a aquisição do primeiro período de férias, o servidor licenciado ou afastado

fará jus às férias relativas ao exercício em que se der o seu retorno.

d) No caso de vacância de cargo/emprego efetivo, decorrente de posse em outro car-

go/emprego inacumulável, não será exigido o período aquisitivo de doze meses de

efetivo exercício para efeito de concessão de férias no novo cargo, desde que o ser-

vidor tenha cumprido essa exigência no cargo anterior. O servidor que não tiver

cumprido essa exigência no cargo/emprego anterior e que não tenha sido indeniza-

do por ocasião da vacância, deverá complementar o período aquisitivo de doze me-

ses de efetivo exercício para a concessão de férias no novo cargo.

e) Do servidor que, ao se aposentar e, sem interrupção, for nomeado para cargo em

comissão, inclusive de Natureza Especial, não se exigirá novo período aquisitivo de

doze meses para efeito de concessão de férias.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL

3.2.2 - Gozo de férias

a) As férias em pleno gozo, somente poderão ser interrompidas por motivo de calami-

dade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou

por necessidade do serviço, declarada pela autoridade máxima do órgão ou entida-

de. O restante do período será gozado de uma só vez, porém, se voltar a ocorrer al-

guma das situações excepcionais citadas, as férias poderão ser interrompidas no-

vamente.

b) As férias do servidor acusado em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) pode-

rão ser reprogramadas quando o Presidente da Comissão do PAD julgar necessário,

devendo a solicitação ser feita à chefia imediata do servidor.

c) Se durante o período das férias o servidor obtiver licença ou afastamento, o período

de férias não será interrompido, sendo considerados como de licença ou afastamen-

to os dias que excederem o período das férias.

d) Na hipótese em que o período das férias programadas coincidir, parcial ou total-

mente, com o período de licença ou afastamento, as férias do exercício serão repro-

gramadas, vedada a acumulação para o exercício seguinte, em decorrência da li-

cença ou afastamento.

3.2.3 - Remuneração de férias

a) A remuneração das férias será correspondente à remuneração do período de gozo

das férias, tomando-se por base a situação funcional do servidor no respectivo perí-

odo, inclusive na condição de interino. Quando houver alteração da situação fun-

cional ou remuneratória no período das férias, o acerto será efetuado proporcional-

mente aos dias do mês em que ocorreu a alteração.

b) Na remuneração das férias inclui-se o adicional de férias, correspondente a um ter-

ço da remuneração das férias. No caso de parcelamento das férias, o valor do adi-

cional será pago integralmente quando da utilização do primeiro período. No caso

de interrupção de férias estabelecida na alínea a, do inciso 3.2.2, não haverá restitu-

ição da parcela recebida.

c) O adiantamento da metade da Gratificação Natalina poderá ser pago por ocasião

das férias integrais, ou de uma das etapas parceladas, desde que isso ocorra até o

mês de junho. A implantação deste adiantamento deverá ocorrer com antecedência

de sessenta dias.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL

d) A importância relativa à antecipação da remuneração das férias, integrais ou parce-

ladas, será deduzida de uma só vez, na folha de pagamento correspondente ao mês

seguinte ao do início das férias, e, no caso de parcelamento, será paga proporcio-

nalmente aos dias usufruídos.

3.2.4 - Indenização relativa às férias

a) O servidor que solicitou exoneração de cargo/emprego efetivo ou em comissão, e

que não tenha usufruído férias, faz jus a indenização proporcional a 1/12 (um doze

avos) por mês trabalhado naquele exercício ou fração superior a quatorze dias, cal-

culada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório.

No caso de férias acumuladas, a indenização será calculada integralmente.

b) A indenização de férias do servidor exonerado, que não tenha completado os pri-

meiros doze meses de exercício, a ser calculada na proporcionalidade prevista na

alínea anterior, considerará o período entre a data do exercício e a da exoneração.

c) O servidor exonerado, que tiver gozado férias relativas ao mesmo exercício em que

ocorreu a exoneração, não receberá nenhuma indenização a título de férias e não

sofrerá desconto do que foi recebido a esse título.

d) O servidor aposentado ou demitido e os sucessores de servidor falecido não fazem

jus a indenização de férias.

e) Ao servidor que estiver usufruindo férias na data da aposentadoria ou da demissão,

bem assim aos sucessores de servidor que faleceu durante o período de gozo de fé-

rias, não cabe nenhuma restituição.

3.2.5 - Férias do servidor que opera direta e permanentemente com Raios-X, substân-

cias radioativas ou ionizantes

a) Para a aquisição do primeiro período de férias do servidor que opera com Raios-X,

substâncias radioativas ou ionizantes, serão exigidos seis meses de efetivo

exercício.

b) O servidor que opera direta e permanentemente com Raios-X, substâncias radioati-

vas ou ionizantes fará jus a vinte dias consecutivos de férias, por semestre de ativi-

dade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.

c) Em cada período de férias o servidor fará jus ao Adicional de Férias 1/3 (um ter-

ço), calculado sobre a remuneração normal do mês, proporcionalmente aos vinte

dias.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL

d) Ao servidor que opera com Raios-X, substâncias radioativas ou ionizantes, que te-

nha usufruído vinte dias de férias relativas aos seis primeiros meses de exercício, e

que nos seis meses restantes do mesmo exercício, deixar de exercer essas ativida-

des, será assegurado o direito a usufruir os dez dias de férias restantes, completan-

do trinta dias normais de férias.

e) Quando se tratar do primeiro período de férias, ao servidor que tenha usufruído

vinte dias de férias relativas ao primeiro semestre aquisitivo e que deixar de operar

com Raios-X, substâncias radioativas ou ionizantes, será assegurado o direito a u-

sufruir os dez dias de férias restantes, depois de cumprido o período aquisitivo de

doze meses.

f) O servidor que venha a operar com Raios-X, substâncias radioativas ou ionizantes

e que já tenha usufruído férias integrais dentro do exercício, fará jus, após seis me-

ses de exercício nas atividades relacionadas, a vinte dias de férias.

3.2.6 - Férias dos Professores do Magistério da Marinha

a) Os Professores do Magistério da Marinha em efetivo exercício no Sistema de Ensi-

no Naval (SEN), farão jus a 45 dias de férias anuais, que poderão ser parceladas em

até três etapas.

b) O professor afastado do seu cargo para exercer cargo em comissão ou função de

confiança ou por motivo de Licença para o Desempenho de Mandato Classista, fará

jus somente a trinta dias de férias por exercício, exceto quando o cargo em comis-

são ou função de confiança for exercido na própria OM de ensino do servidor.

c) O professor que venha a exercer cargo em comissão ou função de confiança, e que

já tenha usufruído parcela de férias naquele exercício, fará jus aos dias restantes,

com base na legislação relativa ao atual cargo ocupado, efetivo ou em comissão.

d) O servidor integrante das carreiras de Magistério Superior ou Básico, quando afas-

tado para servir em órgão ou entidade, em casos previstos em leis específicas que

lhe assegure todos os direitos e vantagens a que faça jus na entidade de origem,

permanecerá com direito a 45 dias de férias.

e) As férias do professor que opera direta e permanentemente com Raios-X, substân-

cias radioativas ou ionizantes, no total de quarenta e cinco dias, devem ser gozadas

semestralmente, em período de no mínimo vinte dias cada.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL

3.3 - PROCEDIMENTOS

3.3.1 - As férias serão concedidas automaticamente, sem a exigência de requerimento, pelo

dirigente da OM de lotação do servidor, com base na Programação Anual de Férias

previamente elaborada (Anexo A). Dessa Programação Anual constará o período de

férias de cada servidor, integral ou parcelado, observado o interesse do serviço. As fé-

rias poderão ser parceladas em até três etapas.

3.3.2 - As férias correspondentes a cada exercício, integrais ou a última etapa no caso de par-

celamento, devem ter início até 31DEZ, podendo ser acumuladas até o máximo de

dois períodos, no caso de necessidade do serviço.

3.3.3 - As OM lançarão o período de férias para o ano seguinte mediante comando de paga-

mento no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE).

3.3.4 - A critério da chefia imediata, as férias poderão ser reprogramadas no SIAPE.

3.3.5 - O servidor deverá ser desmuniciado durante o período de férias.

3.3.6 - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

3.3.7 - Antes do início das férias, o Setor de Pessoal Civil da OM entregará ao servidor a Pa-

peleta de Férias (emitida pelo SIAPE) devidamente preenchida com os seguintes da-

dos: nome, cargo, NIP, Matr. SIAPE, exercício a que se referem e as datas referentes

ao início, término e apresentação.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 4

LICENÇAS

4.1 - CONCEITO

LICENÇA é a autorização concedida a servidor para afastar-se do serviço.

4.2 - DISPOSIÇÕES GERAIS

4.2.1 - Conceder-se-á licença a servidor:

a) Por Motivo de Doença em Pessoa da Família (LMDPF);

b) Por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou Companheiro (LMAC);

c) Para o Serviço Militar (LSM);

d) Para Atividade Política (LAP);

e) Licença-Prêmio por Assiduidade (LPA);

f) Para Capacitação (LC);

g) Para Tratar de Interesses Particulares (LTIP);

h) Para Desempenho de Mandato Classista (LDMC);

i) Para Tratamento de Saúde (LTS);

j) Gestante (LG);

k) Licença-Paternidade (LP);

l) Adotante (LA); e

m) Por Acidente em Serviço (LAS).

4.2.2 - A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie

será considerada como prorrogação (art. 82 da Lei nº 8.112/1990).

4.2.3 - Os afastamentos compulsórios previstos na Lei nº 8.112/1990, incluindo as licenças,

não geram direito para que os servidores ocupantes de cargo em comissão ou função

comissionada ou gratificada permaneçam neles investidos pelo período da licença,

com exceção da LAS. O inciso II do art. 37, da Constituição Federal de 1988 (CF-88)

estabelece que a investidura em cargo em comissão é de livre nomeação e exonera-

ção, não o condicionando a qualquer situação. Assim, o servidor, enquanto não for

exonerado do cargo ou função, continuará a perceber a correspondente retribuição,

mesmo durante o período de licença, no entanto, o dirigente da OM poderá exonerá-

lo a qualquer tempo, não sendo empecilho o fato de estar de licença.

4.3 - LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA (LMDPF)

4.3.1 - É a licença concedida a servidor para que possa acompanhar pessoa de sua família ou

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL

dependente que viva às suas expensas, que conste do seu assentamento funcional, por

motivo de doença, mediante comprovação por junta médica oficial.

4.3.2 - São consideradas pessoas da família para esse fim:

- cônjuge ou companheiro(a);

- pais;

- filhos;

- padrasto ou madrasta;

- enteados; ou

- dependente que viva às suas expensas, que conste em seus assentamentos funcionais.

4.3.3 - Disposições Específicas

a) A licença será concedida com remuneração, por período de até 30 (trinta) dias,

quando a assistência pessoal do servidor for indispensável e não puder ser presta-

da, simultaneamente, com o exercício do cargo, ou mediante compensação de ho-

rário, na forma disposta no inciso II, do art. 44, da Lei nº 8.112/1990.

b) Caso seja necessário, a licença poderá ser prorrogada por igual período (parágrafo

2º, art. 83, da Lei nº 8.112/1990), ainda com remuneração.

c) Findos os 60 (sessenta) dias de afastamento para acompanhamento de pessoa da

família, o servidor poderá fazer jus a novo período de licença da mesma espécie,

até o limite de 90 dias, neste caso sem remuneração.

d) O período de licença, com remuneração, será contado apenas para os efeitos de

aposentadoria e disponibilidade.

e) Não será computável, para qualquer efeito, o período em que o servidor esteve a-

fastado em virtude de licença não remunerada por motivo de doença em pessoa da

família anteriormente à Medida Provisória nº 86, de 18DEZ2002, convertida na

Lei nº 10.667/2003.

f) O período de licença sem remuneração contará apenas para aposentadoria, e desde

que mantido o vínculo com o Plano de Seguridade Social do Servidor Público,

mediante recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual

devido pelos servidores em atividade, que terá como base de cálculo a remunera-

ção contributiva do cargo efetivo a que faria jus se em exercício estivesse, compu-

tando-se para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais, nos termos do art. 183,

da Lei nº 8.112/1990, com as alterações da Lei nº 10.667/2003.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL

g) Não faz jus à licença o servidor sem vínculo efetivo com a administração pública

federal.

h) É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença por

motivo de doença em pessoa da família.

4.3.4 - Procedimentos

a) O servidor deverá procurar o Setor de Pessoal Civil da Organização Militar (OM)

onde estiver lotado a fim de requerer ao dirigente a concessão desta licença, indi-

cando o nome da pessoa doente, o grau de parentesco e o endereço residencial, no

formulário próprio para a concessão (Anexo B), ao qual anexará o atestado médi-

co.

b) A OM de lotação do servidor deverá recorrer previamente ao Serviço Social a que

estiver vinculada, para a realização de Inquérito Social.

c) A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensá-

vel e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, ou medi-

ante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II, do art. 44, da Lei

nº 8.112/1990.

d) Caso o Inquérito Social conclua pela necessidade da presença do servidor junto ao

enfermo, o Setor de Pessoal Civil da OM encaminhará o enfermo a Inspeção de

Saúde por Médico Perito Isolado (MPI) ou Junta de Saúde (JS), preenchendo o

Termo de Inspeção de Saúde (TIS), de acordo com as Normas Reguladoras para

Inspeções de Saúde na MB, emanadas pela Diretoria de Saúde da Marinha

(DSM).

e) Na ausência de MPI ou JS, para a realização de Inspeção de Saúde, a OM celebra-

rá convênio com unidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades

sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública ou com o Instituto Nacional do

Seguro Social (INSS).

f) Sendo a LMDPF deferida, a OM de lotação do servidor deverá:

- publicar em Ordem de Serviço (OS) as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na Caderneta-Registro (CR) do servidor; e

- remeter cópia da OS à Diretoria do Pessoal Civil da Marinha (DPCvM) para

inclusão das informações no Sistema de Gerenciamento do Pessoal Civil da

Marinha (GEPEC) e publicação no Boletim do Pessoal Civil da Marinha.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL

4.4 - LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE OU

COMPANHEIRO (A) (LMAC)

4.4.1 - É a licença concedida ao servidor para acompanhar o cônjuge ou companheiro(a) que

foi deslocado(a) para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o e-

xercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

4.4.2 - Têm direito a esta licença servidores de ambos os sexos, independente de o cônjuge

ser ou não servidor público.

4.4.3 - Não faz jus à LMAC o servidor sem vínculo efetivo com a administração.

4.4.4 - Disposições Específicas

a) A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração, enquanto perdurar o

vínculo matrimonial ou a união estável.

b) Quando o cônjuge ou companheiro(a) for também servidor público, militar ou ci-

vil, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municí-

pios, o servidor poderá optar por requerer à DPCvM:

- remoção, se existir OM da Marinha na localidade de destino; e

- exercício provisório em outro órgão ou entidade da Administração Federal direta,

autárquica ou fundacional, em atividade compatível com o cargo, se não existir

OM da Marinha na localidade de destino. O exercício provisório será contado pa-

ra todos os efeitos legais.

4.4.5 - Procedimentos

a) O servidor deverá procurar o Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado, a

fim de requerer à DPCvM a concessão desta licença, juntando ao requerimento o

documento oficial que comprove o afastamento do cônjuge ou companheiro(a) e,

ainda, a cópia da Certidão de Casamento ou documento que comprove a união está-

vel do casal (documentação idônea). O dirigente da OM opinará sobre a conveniên-

cia, ou não, da licença ser concedida.

b) Em se tratando de companheiro(a), o servidor deverá comprovar união estável. Se

tiver filhos deverá apresentar a Certidão de Nascimento, comprovante de residência

comum e declaração conjunta dos companheiros sobre esta condição. Não havendo

filhos, a união por cinco anos será comprovada mediante declaração conjunta, sob

as penas da lei, seguida da comprovação de endereço comum.

c) A apresentação dos documentos referidos nas alíneas a e b fica dispensada na hipó-

tese de constar o nome do cônjuge, da companheira ou do companheiro nos assen-

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL

tamentos individuais do servidor (a) na forma do art. 241, da Lei nº 8.112/1990.

d) Anualmente, o servidor deverá encaminhar ao órgão de origem declaração que ates-

te o deslocamento, somente quando ocorrer, e informar, quando ocorrer, a desvin-

culação matrimonial ou da união estável.

e) O período de licença para acompanhamento do cônjuge sem remuneração não será

contado para nenhum efeito, exceto para aposentadoria na hipótese do servidor li-

cenciado manter vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor

Público, mediante recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo per-

centual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total

do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se para esse

efeito, inclusive, as vantagens pessoais.

f) O período em que o servidor esteve afastado sem remuneração suspende o estágio

probatório; a aquisição da estabilidade; e a concessão de progressão ou promoção

funcional.

g) Sendo deferida a LMAC, a DPCvM arquiva a documentação e encaminha uma có-

pia da decisão, com o número do respectivo Boletim que a publicará, à OM de lota-

ção do servidor, que deverá:

- publicar em OS as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR do servidor;

- lançar essas informações no Siapecad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC.

4.5 - LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR (LSM)

É a licença concedida pelo dirigente da OM, ao servidor convocado para o Serviço Mili-

tar.

4.5.1 - Disposições Específicas

a) Todos os brasileiros são obrigados ao Serviço Militar. As mulheres ficam isentas

do Serviço Militar em tempo de paz e, de acordo com as suas aptidões, sujeitas

aos encargos de interesse da mobilização.

b) Os servidores públicos, por motivo de convocação para prestação do Serviço Mili-

tar, terão assegurado o retorno ao cargo respectivo, dentro dos trinta dias que se

seguirem ao término do Serviço Militar, salvo se declararem, por ocasião da in-

corporação ou matrícula, não pretender a ele voltar.

c) Durante o tempo em que estiverem incorporados ou matriculados nos Órgãos Mi-

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL

litares, por motivo de convocação para prestar serviço militar inicial, nenhum

vencimento, ou remuneração perceberão da organização a que pertencem.

d) Todo convocado que seja obrigado a faltar a suas atividades, por força de exercí-

cio ou manobras militares, terá suas faltas abonadas para todos os efeitos.

e) Os servidores, quando incorporados aos Órgãos Militares por motivo de convoca-

ção para manobras, exercícios, manutenção da ordem interna ou guerra, terão as-

segurado o retorno ao cargo/emprego que exerciam ao serem convocados e garan-

tido o direito à percepção de 2/3 da respectiva remuneração, durante o tempo em

que estiverem incorporados. Receberão pelo Exército, Marinha ou Aeronáutica,

apenas as gratificações regulamentares.

f) Aos convocados fica assegurado o direito de optar pelos vencimentos, salários ou

remuneração que mais lhes convenham.

g) A LSM terá a duração do Serviço Militar.

h) Será suspenso o estágio probatório do servidor enquanto este estiver de LSM. O

estágio será retomado logo após o término da licença.

i) Durante o período da licença o servidor fica inteiramente submetido às Normas

das Forças Armadas onde estiver servindo.

j) O período de LSM é considerado como efetivo exercício para todos os efeitos.

4.5.2 - Procedimentos

a) O servidor convocado para o serviço militar deverá procurar o Setor de Pessoal

Civil da OM onde estiver lotado a fim de apresentar ao dirigente cópia do Certifi-

cado de Alistamento Militar (CAM) onde conste a data e o local da apresentação.

b) A LSM não poderá ser negada.

c) Concluído o Serviço Militar, o servidor terá até trinta dias, sem remuneração, para

reassumir o exercício do cargo.

d) Sendo deferida, a OM de lotação do servidor deverá:

- publicar em OS as informações relativas a licença;

- lançar essas informações na CR do servidor;

- lançar essas informações no Siapcad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC e pu-

blicação no Boletim do Pessoal Civil da Marinha.

4.6 - LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA (LAP)

4.6.1 - É a licença concedida ao servidor que se candidata a cargo eletivo.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL

4.6.2 - A LAP poderá ter duas etapas:

- LAP sem vencimento, durante o período que mediar entre a sua escolha em conven-

ção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candi-

datura perante a Justiça Eleitoral; e

- LAP com vencimento, a partir do registro da candidatura até o décimo dia seguinte

ao da eleição, assegurados os vencimentos do cargo efetivo somente pelo período de

três meses.

4.6.3 - A LAP, ao mesmo tempo que encontra amparo legal na legislação pertinente, é de ca-

ráter obrigatório, sob pena de inelegibilidade.

4.6.4 - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções, e

que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele

será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Jus-

tiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao pleito.

4.6.5 - É de responsabilidade do servidor candidato cumprir os prazos e procedimentos de

desincompatibilidade estabelecidos pela legislação e normas expedidas pelo Tribunal

Regional Eleitoral (TRE) para a realização do pleito.

4.6.6 - O servidor de LAP, quando ocupante de cargo em comissão ou função gratificada fará

jus, apenas, à remuneração do seu cargo efetivo.

4.6.7 - Disposições Específicas

a) Será suspenso o estágio probatório do servidor enquanto este estiver de LAP. O es-

tágio será retomado logo após o término da licença.

b) Se eleito, o servidor deverá observar o art. 94, da Lei nº 8.112/1990.

c) O período de LAP é considerado como efetivo exercício para todos os efeitos.

4.6.8 - Procedimentos

a) O servidor deverá procurar o Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado a

fim de requerer à DPCvM a concessão da LAP sem vencimento, juntando ao reque-

rimento a Ata do Partido que o elegeu em convenção partidária.

b) Sendo deferida, a DPCvM arquiva a documentação e encaminha uma cópia da de-

cisão com o número do respectivo do Boletim que a publicará, à OM de lotação do

servidor, que deverá:

- publicar em OS a suspensão do pagamento, quando for o caso, e as informações

relativas à LAP;

- lançar essas informações na CR do servidor;

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL

- lançar essas informações no Siapcad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC.

c) Quando houver o registro da candidatura, o servidor retorna ao Setor de Pessoal Ci-

vil da OM onde estiver lotado para requerer à DPCvM a concessão da LAP com

vencimento, juntando ao requerimento o registro de sua candidatura perante a Justi-

ça Eleitoral.

d) Sendo deferida, a DPCvM arquiva a documentação e encaminha uma cópia da de-

cisão, com o número do respectivo do Boletim que a publicará, à OM de lotação do

servidor, que deverá:

- publicar em OS o retorno do pagamento, quando for o caso, e as informações rela-

tivas à LAP;

- lançar essas informações na CR do servidor; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC.

4.7 - LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE (LPA)

4.7.1 - É a licença concedida ao servidor, pelo dirigente da OM, após cada qüinqüênio inin-

terrupto de exercício, a título de prêmio por assiduidade, pelo período de três meses,

com a remuneração de cargo efetivo. A LPA foi extinta a partir de 16OUT1996, pela

Medida Provisória nº 1.522/1996, transformada na Lei nº 9.527 de 10DEZ1997.

4.7.2 - O servidor pode requerer a LPA a que fez jus até 15OUT1996 em qualquer tempo,

pois o direito não prescreve. O período da licença, entretanto, fica condicionado à

conveniência do serviço, cabendo à chefia imediata fazer a sua previsão mediante es-

cala elaborada juntamente com o servidor.

4.7.3 - É facultado ao servidor fracionar a LPA em até três parcelas ou contá-la em dobro pa-

ra efeito de aposentadoria. Os períodos de LPA adquiridos até 15OUT1996 e não go-

zados pelo servidor que vier a falecer, serão convertidos em pecúnica, em favor de

seus beneficiários da pensão.

4.7.4 - Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

a) sofrer penalidade disciplinar de suspensão; e

b) afastar-se do cargo em virtude de:

I) LMDPF, sem remuneração;

II) LTIP;

III) LMAC; e

IV) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva.

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OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL

4.7.5 - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste ar-

tigo, na proporção de um mês para cada falta.

4.7.6 - Disposições Específicas

a) Durante a LPA, o servidor tem direito apenas à remuneração do cargo efetivo, não

percebendo retribuição por ocupação de cargo em comissão, Função Gratificada,

Função Comissionada Técnica, nem os Adicionais de Periculosidade e Insalubri-

dade.

b) Os períodos de LPA adquirido até 15OUT1996 e não gozados pelo servidor que

vier a falecer, serão convertidos em pecúnia, em favor de seus beneficiários da

pensão.

c) O período de LPA é considerado como de efetivo exercício para todos os efeitos.

d) O servidor que teve o seu tempo de serviço interrompido em razão de decretação

de sua disponibilidade, deverá reiniciar a contagem do qüinqüênio para efeito de

LPA a partir da data do seu aproveitamento.

e) O servidor deverá ser orientado, quando do seu requerimento para concessão de

LPA, que esta será considerada da seguinte forma:

- para efeito de aposentadoria, conta-se o tempo de LPA em dobro. Além disso, o

direito a LPA será contado a partir do ingresso do servidor no Serviço Público

Federal – SPF. Ex.: servidor que tenha ingressado no SPF, pelo regime da CLT,

em NOV1978, permanecendo nesta condição até DEZ1990, terá:

- 1º qüinqüênio completado em 1983;

- 2º qüinqüênio completado em 1988; e

- 3º qüinqüênio completado em 1993.

4.7.7 - Procedimentos

a) O servidor deverá procurar o setor do Pessoal Civil da OM onde estiver lotado, a

fim de requerer a concessão da licença.

b) Sendo deferida, pelo ODS ou por autoridade por ele delegada de competência , a

OM deverá:

- publicar em Ordem de Serviço, fazendo referencia ao período aquisitivo (qüin-

qüênio);

- lançar essas informações na CR do servidor;

- lançar essas informações no cadastro do Siapecad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM, para inclusão das informações no GEPEC.

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OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL

4.8 - LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO (LC)

É a licença concedida ao servidor, pelo ODS ou autoridade por ele delegada, após cada

qüinqüênio de efetivo exercício, no interesse da Administração, para afastar-se do exer-

cício do cargo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de cur-

so de capacitação profissional.

4.9 - LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES (LTIP)

É a licença concedida ao servidor efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, a

critério da Administração, para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos

consecutivos, sem remuneração.

4.9.1 - Disposições Específicas

a) O servidor que solicitar LTIP deverá aguardar em exercício o exame e o deferi-

mento, ou não, de seu pedido pela DPCvM.

b) A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou por

interesse do serviço.

c) Se a interrupção for a pedido, a solicitação deverá ser encaminhada à DPCvM pe-

lo dirigente da OM de lotação do servidor, que deverá opinar sobre a conveniên-

cia, ou não, da interrupção.

d) Na hipótese de a interrupção ser por interesse do serviço, o dirigente da OM deve-

rá expedir um ofício consubstanciado à DPCvM, apresentando os motivos da ne-

cessidade da interrupção.

e) O servidor em LTIP estará sujeito a aplicação das normas que regem a acumula-

ção de cargos/empregos.

f) A LTIP interrompe a contagem do tempo de serviço para todos os efeitos.

g) Em razão da nova redação do art. 91, da Lei nº 8.112/1990, dada pela MP nº

2.225-45, de 2001, ter tornado inaplicável a prorrogação disposta no art. 81, o ser-

vidor, para obtenção de nova licença para tratar de assuntos particulares, deverá

reassumir as suas atividades funcionais, e formalizar pedido de nova licença, por

até três anos consecutivos, devendo aguardar em exercício o deferimento, ou não

do pedido, haja vista ser uma licença concedida a critério da Administração.

4.9.2 - Procedimentos

a) O servidor deverá procurar o Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado, a

fim de requerer à DPCvM a concessão desta licença, apresentando suas justificati-

vas. O dirigente da OM opinará sobre a conveniência, ou não, da licença ser conce-

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OSTENSIVO - 4-11 - ORIGINAL

dida.

b) Sendo deferida, a DPCvM arquiva a documentação e encaminha uma cópia da de-

cisão com o número do respectivo Boletim que a publicará, à OM de lotação do

servidor, que deverá:

- publicar em OS a suspensão do pagamento e as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR do servidor; e

- remeter cópia da OS à DPCvM, para inclusão das informações no GEPEC.

4.10 - LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA (LDMC)

É a licença concedida ao servidor, sem remuneração, para o desempenho de mandato

em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato repre-

sentativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, ou, ainda, para participar

de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores pú-

blicos para prestar serviços a seus membros.

4.10.1 - Disposições Específicas

a) Deverá ser observado o limite de servidores que poderão se afastar para desempe-

nho de mandato classista, previsto nos incisos I a III, do art. 92, da Lei n º

8.112/1990.

b) Somente poderá solicitar LDMC o servidor eleito para cargos de direção ou repre-

sentação de entidades cadastradas no Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil

(SIPEC).

c) A licença não poderá ser concedida a servidor que se encontre em estágio probató-

rio.

d) A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de re-

eleição, por uma única vez.

e) O período de LDMC é considerado como efetivo exercício para todos os efeitos.

f) O servidor em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribu-

ído de oficio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

4.10.2 - Procedimentos

a) O servidor deverá procurar o Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado, a

fim de requerer à DPCvM a concessão desta licença, anexando ao requerimento

cópia do registro da entidade de classe junto ao Ministério do Trabalho e Emprego

(MTE) e o documento que comprove a eleição do servidor para o cargo.

b) Sendo deferida a licença a DPCvM arquiva a documentação e encaminha uma có-

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-12 - ORIGINAL

pia da decisão, com o número do respectivo Boletim que a publicará, à OM de lo-

tação do servidor, que deverá:

- publicar em OS a suspensão do pagamento e as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR do servidor;

- lançar essas informações no Siapecad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC.

c) A OM de lotação do servidor deverá contactar a UPAG para efetuar o lançamento

da ocorrência de afastamento no cadastro SIAPE. Os códigos de ocorrências no

SIAPE a serem utilizados são:

- 03-105 - Licença Desempenho Mandato Classista (para afastamentos até 13OUT1997);

- 03-166 - Licença Desempenho Mandato Classista/decisão judicial (para afastamentos

após 14OUT1996, com decisões judiciais que assegurem a percepção da remuneração);

- 03-167 - Licença Desempenho Mandato Classista (para afastamentos após 14OUT1997

- sem remuneração); e

- 03-176 - Licença Desempenho Mandato Classista com ressarcimento (para afastamentos

após 14OUT1997 - com ressarcimento);

d) Quando a UPAG efetuar o lançamento da ocorrência de afastamento no cadastro do ser-

vidor, por intermédio da transação “CDOCAFAST”, o sistema exigirá a indicação do

CGC da entidade onde o mesmo exercerá o mandato.

e) Como o ressarcimento não implica em ônus para a União, e dado a natureza do afasta-

mento ser sem remuneração, se o ressarcimento não for efetuado até o décimo dia útil do

mês subseqüente ao fato gerador a OM deverá adotar providências imediatas para a utili-

zação, no mês seguinte, da ocorrência 03-167.

4.11 - LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE (LTS)

É a licença a que faz jus o servidor acometido de doença que não lhe permita exercer as

atividades do cargo e/ou impossibilidade de locomover-se, para tratamento da própria

saúde, concedida pelo dirigente da sua OM de lotação, a pedido ou de ofício, com base

em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que o servidor fizer jus.

4.11.1 - Disposições Específicas

a) O servidor não poderá permanecer em LTS por prazo superior a 24 meses conse-

cutivos.

b) O servidor que, durante o mesmo exercício, atingir o limite de trinta dias de LTS,

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-13 - ORIGINAL

consecutivos ou não, para a concessão de nova licença, independentemente do

prazo de sua duração, será submetido a inspeção por junta médica oficial.

c) A LTS por período igual ou inferior a 24 meses é considerada como de efetivo e-

xercício para todos os efeitos.

4.11.2 - Procedimentos

a) Para concessão de LTS (Anexo C) pelo período de até trinta dias, consecutivos ou

não, o servidor deverá apresentar o Atestado Médico, no prazo de 48 horas, ao Se-

tor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado, que o encaminhará ao Médico Pe-

rito Isolado (MPI), para homologação, acompanhado do TIS, de acordo com as

Normas Reguladoras para Inspeções de Saúde na MB, da DSM.

b) O servidor que necessitar ultrapassar os trinta dias de LTS (Anexo C), consecuti-

vos ou não, no mesmo exercício, será submetido a Inspeção de Saúde por Junta de

Saúde - JS.

c) Antes do término da LTS, o servidor deverá providenciar o pedido de sua prorro-

gação junto ao Setor de Pessoal Civil da OM, caso não se encontre em condições

de retornar ao trabalho.

d) Decorridos 24 meses de LTS, o servidor deverá ser encaminhado à JS que conclu-

irá pela sua volta ao serviço, aposentadoria ou readaptação. Caso o servidor seja

julgado inválido definitivamente para o serviço público, será aposentado e o tem-

po necessário para a realização do processo de aposentadoria será considerado

como prorrogação da LTS.

e) Encontrando-se o servidor impossibilitado de locomover-se, ou hospitalizado, o

Exame Médico-Pericial será realizado em sua residência ou na entidade nosoco-

mial (perícia externa). Aplica-se no caso do servidor acometido de patologia pas-

sível de agravamento com a sua movimentação, no caso de morar longe e não dis-

por de veículo próprio, assim como os portadores de doenças infecciosas. O servi-

dor que se encontrar em uma dessas situações, deverá encaminhar, pessoalmente

ou por intermédio de seu preposto, e em até 72 (setenta e duas) horas após a ocor-

rência do evento, o Atestado Médico de seu médico assistente.

f) Em caso de Junta Médica, deve ser acompanhado de relatório e, quando necessá-

rio, de exames comprobatórios que o justifiquem.

g) Os atestados médicos de até 5 (cinco) dias poderão ser homologados pela chefia

imediata, desde que conste: nome do médico, nº do CRM e o CID da doença ou

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-14 - ORIGINAL

agravo. Este atestado será encaminhado ao serviço de perícia de saúde, indepen-

dente da presença do servidor, com o objetivo de inserí-lo no prontuário do servi-

dor, além de ser incluído na estatística da Perícia.

h) Caso não haja homologação pela chefia imediata, o servidor deverá ser encami-

nhado à perícia médica, para ser avaliado de forma presencial, dentro dos prazos

previstos nesta norma.

i) O servidor que apresentar atestado acima de nove dias de afastamento para trata-

mento de saúde no período de 180 dias, deverá ser encaminhado à perícia médica.

j) Os atestados de comparecimento deverão ser encaminhados ao serviço de saúde

ou de perícia do órgão ou entidade, para serem anexados ao prontuário do servi-

dor.

k) O servidor deverá comparecer, no prazo de 3 (três) dias úteis após o início das fal-

tas, ao Serviço de Saúde, ou de Perícia do órgão ou entidade, para ser submetido

ao exame Médico-Pericial, com vistas à concessão de licença médica, salvo nas

situações excepcionais acima citadas (exemplo: justificada impossibilidade de lo-

comoção).

l) Caberá à OM de lotação do servidor tomar as providências necessárias nas hipóte-

ses descritas nos arts.138 e 139, da Lei nº 8.112/1990, a saber, in verbis: “art. 138

- Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por

mais de 30 (trinta) dias consecutivos; art. 139 - Entende-se por inassiduidade habi-

tual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, interpolada-

mente, durante o período de 12 (doze) meses”.

m) Os dias de licença de servidores que trabalhem em regime de plantão, independen-

temente do tipo de regime (Ex: 12 horas de plantão por 36 horas de descanso), de-

verão corresponder à data do início da incapacidade, independentemente do perío-

do de descanso.

n) Utilizar-se-á para fins de licença o formulário contido nas Normas Reguladoras

para Inspeções de Saúde da MB, da Diretoria de Saúde da Marinha (verificar

DGPM-406), que será o documento hábil para que o servidor compareça ao exa-

me médico pericial. Sem a apresentação do referido formulário com as informa-

ções devidamente preenchidas, por todos os responsáveis (inclusive pela sua che-

fia imediata), o servidor não terá os seus laudos médicos liberados, ficando pen-

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OSTENSIVO - 4-15 - ORIGINAL

dente até a apresentação do mesmo ao Serviço de Saúde ou de Perícia do órgão ou

entidade.

o) Munido desse formulário e do respectivo documento de identidade, o servidor, de

imediato, deverá dirigir-se ao local em que deve submeter-se a exame pericial de

saúde, ou notificar o Serviço de Saúde e de Perícia Médica, quando impossibilita-

do de comparecer.

p) O Atestado Médico somente surtirá efeito depois de homologado pelo Médico Pe-

rito Isolado (MPI), Médico do Sistema Único de Saúde (SUS), ou Perícia Médica,

ou profissional previamente designado para tal; será comunicado por meio do

formulário “Resultado de Exame Médico-Pericial” (verificar DGPM-406), a ser

preenchido em 03 vias: a 1ª via deve ser arquivada no prontuário do servidor; a 2ª

via destina-se à OM de lotação do servidor para ser anexada à folha de freqüência,

a 3ª fica com o servidor, como comprovante. As vias podem ser emitidas e arqui-

vadas por meio eletrônico.

q) Caso a conclusão Médico-Pericial exigir a reavaliação da capacidade de trabalho,

o servidor deverá, no dia do término da licença, retornar à perícia portando o Re-

sultado de Exame Médico Pericial, e seu documento de identidade (art. 204, da

Lei nº 8.112 /1990).

r) Caso haja comprometimento da capacidade de trabalho, o servidor deve ser exa-

minado pela Perícia Médica e, quando for definido seu grau de incapacidade por

laudo final, baseado no percentual de atividade que o servidor pode exercer, deve-

rá ser encaminhado para Reabilitação e/ou Readaptação (caso o servidor não con-

siga atender a um mínimo de 70% das atribuições do seu cargo, nos termos da le-

gislação vigente). O processo de readaptação será encaminhado ao Setor de Re-

cursos Humanos para indicação dos cargos afins e suas atribuições.

s) No caso de readaptação fica o Setor de Recursos Humanos incumbido de encami-

nhar a documentação à DPCvM, para emissão e publicação do ato de readaptação

do servidor.

t) Caso não haja cargo no qual o servidor possa ser readaptado, a Junta Médica de-

verá sugerir a aposentadoria por invalidez.

u) A data do início da licença será a do início da incapacidade constatada pelo exame

Médico-Pericial, e será devidamente registrada no Laudo de Exame Médico-

Pericial (verificar DGPM-406).

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-16 - ORIGINAL

v) O servidor, impossibilitado de comparecer à reavaliação Médico-Pericial, deverá

comunicar sua condição, diretamente ou por meio de terceiros, à sua OM de lota-

ção que optará por uma das seguintes alternativas:

I) O servidor, não havendo contra-indicação, poderá ser transportado de sua resi-

dência até o local do exame, onde será submetido à Junta Médica; e

II) Quando impossível a locomoção, a equipe deve deslocar-se até a residência do

servidor, ou à entidade hospitalar em que se encontre internado.

w) A prorrogação da Licença para Tratamento de Saúde implicará emissão do For-

mulário de Prorrogação de Licença e de novo Resultado de Exame Médico-

Pericial, (verificar DGPM-406).

x) O servidor que, no curso da licença, julgar-se apto a retornar à atividade, será

submetido a novo exame Médico-Pericial, que avaliará se o mesmo apresenta re-

almente condições para retorno às suas atividades.

y) Sendo deferida, a LTS, a OM de lotação do servidor deverá:

- publicar em OS as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR do servidor; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC e pu-

blicação no Boletim do Pessoal Civil da Marinha.

4.11.3 - Decorridos 24 meses de LTS, e não estando em condições de reassumir o cargo, ou

de ser readaptado, o servidor será aposentado (§ 2º, art. 188, da Lei nº 8.112/1990).

a) O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato

da aposentadoria será considerado como prorrogação da licença (§ 3º, art. 188, da

Lei nº 8.112/1990).

b) O Laudo Médico-Pericial que avaliará aposentadoria por invalidez deverá ser cor-

retamente preenchido e assinado por todos os participantes da Junta Médica, sub-

metendo-os à homologação do CPMM; e

c) O atestado e o laudo da Junta Médica não se referirão ao nome ou à natureza da

doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, do-

ença profissional ou qualquer das doenças especificadas no parágrafo 1º, art. 186,

da Lei nº 8.112/1990, caso em que deverá constar o nome da doença por extenso

(art. 205, da Lei nº 8.112/1990). O Laudo tramitará em envelope lacrado, escrito

“confidencial”, e inserido dentro do processo de aposentadoria.

4.11.4 - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, sem justificativa,

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recusar-se a ser submetido aos exames médico-periciais e aos exames periódicos pa-

ra os servidores expostos à radiação ionizante, cessando os efeitos da penalidade a

partir da data em que for realizada a perícia e/ou os exames pertinentes (parágrafo

1º, art. 130, da Lei nº 8.112/1990). Quando houver conveniência para o serviço, a

penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüen-

ta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a

permanecer em serviço (parágrafo 2º, art. 130, da Lei nº 8.112/1990).

4.11.5 - Os servidores ocupantes de DAS, sem vínculo efetivo com a Administração Pública

Federal, ou os contratados por tempo determinado, com base na Lei nº 8.745/1993

terão seus direitos assegurados pelo Regime Geral de Previdência Social, em virtu-

de de sua condição de segurado obrigatório determinada pela Lei nº 8.647/1993.

Apenas os primeiros quinze dias de licença serão remunerados pelo órgão empre-

gador, sendo necessário, portanto, o exame Médico-Pericial para concessão deste

afastamento.

4.11.6 - O serviço Médico-Pericial orientará o servidor para que, caso haja necessidade de

prorrogação da licença por mais de 15 dias, o mesmo compareça ao Setor de Pesso-

al de sua OM de lotação, que fornecerá a documentação necessária para o encami-

nhamento ao INSS. Cabe ao INSS a responsabilidade pela remuneração do período

que exceder, com base no salário-contribuição, conforme já referido no item anteri-

or.

4.11.7 - Servidor fora da Sede

O servidor que se encontre fora da sede do município onde o órgão ou entidade está

instalado, e o servidor que tem exercício em caráter permanente e necessite de li-

cença médica, deverão se apresentar, preferencialmente, ao serviço de Saúde ou de

perícia de um órgão ou entidade vinculado ao SIPEC, na localidade em que se en-

contrar. Caso não exista, o servidor poderá se valer de Perícia Médica de órgão pú-

blico, estadual ou municipal. Os prazos de afastamento deverão restringir-se ao

tempo mínimo necessário à apresentação do servidor ao serviço de Saúde ou de pe-

rícia da sua OM de lotação. O serviço de Saúde ou de perícia do órgão ou entidade

que avaliou o servidor deverá notificar a ocorrência, imediatamente, à sua OM de

lotação. Os laudos de exames médico-periciais dos servidores em trânsito serão re-

metidos ao CPMM, para fins de homologação.

4.12 - LICENÇA À GESTANTE (LG)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-18 - ORIGINAL

É a licença concedida à servidora gestante, pelo dirigente da sua OM de lotação, por

120 dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

4.12.1 - Disposições Específicas

a) A LG poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipa-

ção por prescrição médica.

b) No caso de nascimento prematuro, a LG, se ainda não concedida, terá início a par-

tir do parto (parágrafo 2º, art. 207, da Lei nº 8.112/1990).

c) O parto, para fins de concessão prevista acima, é a expulsão de feto, vivo ou mor-

to, a partir do 5º mês de gravidez.

d) No caso de natimorto, a servidora terá direito a trinta dias de repouso remunerado.

Para esse fim, o médico-perito deverá emitir novo RESULTADO DE EXAME

MÉDICO-PERICIAL (parágrafo 3º, art. 207, da Lei nº 8.112/1990). No entanto,

devem ser levados em consideração distúrbios físicos e /ou psicológicos da servi-

dora, cuja confirmação implicará prorrogação de licença.

e) No caso de aborto comprovado por Atestado Médico, após sua homologação a

servidora fará jus a 30 (trinta) dias de repouso remunerado (parágrafo 4º, art. 207,

Lei nº 8.112 /1990). Como referido no item d, devem ser levados em consideração

distúrbios físicos e/ou psicológicos da servidora, cuja confirmação implicará pror-

rogação da licença, embora não mais com o CID correspondente a aborto. Nesse

caso, a servidora deve requerer Licença para Tratamento de Saúde, que implicará

emissão do Formulário de Prorrogação de Licença, e de outro Resultado de Exa-

me Médico-Pericial (Verificar DGPM-406).

f) Na hipótese de surgirem casos patológicos durante ou depois da gestação, ainda

que dela decorrente e geradores de incapacidade, o afastamento será processado

como licença para tratamento de saúde, a qual poderá ser antecedente ou subse-

qüente à licença-gestante, observado o que dispõe o item sobre Licença para Tra-

tamento de Saúde.

g) A Licença-Gestante e a Licença para Tratamento de Saúde são consideradas de

espécies diferentes, não podendo ser concedidas concomitantemente.

4.12.2 - Procedimentos

a) A servidora deverá apresentar Atestado Médico ao Setor de Pessoal Civil da OM

onde estiver lotada, a fim de requerer ao dirigente da OM a concessão da LG.

b) Sendo deferida a LG a OM de lotação da servidora deverá:

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-19 - ORIGINAL

- publicar em OS as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR da servidora;

- lançar informações no Siapcad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM, para inclusão das informações no GEPEC.

4.13 - LICENÇA-PATERNIDADE (LP)

4.13.1 - É a licença concedida, ao servidor, pelo dirigente da sua OM de lotação, pelo nasci-

mento ou adoção de filhos e tem duração de cinco dias consecutivos.

4.13.2 - A LP será contada a partir da data do nascimento ou da adoção, sem prejuízo da re-

muneração.

4.13.3 - O período de LP é considerado como de efetivo exercício para todos os efeitos.

4.13.4 - Procedimentos

a) O servidor deverá apresentar a Certidão de Nascimento ou documento que com-

prove a adoção do filho ao Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado, a

fim de requerer ao dirigente a concessão da LP.

b) Sendo deferida, a OM de lotação do servidor deverá:

- publicar em OS as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR do servidor; e

- remeter cópia da OS à DPCvM, para inclusão das informações no GEPEC e pu-

blicação no Boletim do Pessoal Civil da Marinha.

4.14 - LICENÇA À ADOTANTE (LA)

4.14.1 - É a licença concedida, pelo dirigente da sua OM de lotação, à servidora que adotar

criança, ou obtiver sua guarda judicial, sem prejuízo da remuneração. A LA será

concedida na oportunidade da adoção ou guarda judicial.

4.14.2 - No caso de adoção ou guarda de criança de até um ano de idade, a LA será de noven-

ta dias consecutivos. Quando a criança contar com mais de um ano de idade, a LA

será de trinta dias consecutivos.

4.14.3 - A LA é considerada como de efetivo exercício para todos os fins e efeitos.

4.14.4 - Procedimentos

a) A servidora deverá apresentar documento que comprove a adoção ou guarda judi-

cial (Termo de Adoção) ou Termo Provisório (Termo de Guarda e Responsabili-

dade), expedido por autoridade competente, ao Setor de Pessoal Civil da OM onde

estiver lotada, a fim de requerer ao dirigente a concessão da LA.

b) Sendo deferida, a OM de lotação da servidora deverá:

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-20 - ORIGINAL

- publicar em OS as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR da servidora;

- lançar informações no Siapecad; e

- remeter cópia da OS à DPCvM, para inclusão das informações no GEPEC.

4.15 - LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO (LAS)

4.15.1 - É a licença concedida, pelo dirigente da sua OM de lotação, ao servidor acidentado

em serviço, com a percepção da remuneração integral.

4.15.2 - Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor que se

relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. Equipa-

ra-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão sofrida e não provocada

pelo servidor, no exercício do cargo, e aquele sofrido no percurso da residência para

o trabalho e vice-versa.

4.15.3 - Configura, também, acidente em serviço o evento ocorrido, dentro ou fora do local

de trabalho, que se relacione com as atribuições inerentes ao cargo ou função exer-

cida pelo servidor e com o interesse direto ou indireto para o serviço.

4.15.4 - Não são considerados como em serviço os acidentes decorrentes de crime, infração

disciplinar, imprudência ou desídia do servidor acidentado ou de pessoas subordina-

das com sua aquiescência. Esses casos serão apurados por Sindicância, Processo

Administrativo Disciplinar (PAD) ou Inquérito Policial Militar (IPM).

4.15.5 - Configura acidente em serviço a doença profissional ou do trabalho, entendida como

aquela inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade, conforme o disposto

no Manual de Procedimento para os Serviços de Saúde do Ministério da Saúde -

Doenças Relacionadas ao Trabalho.

4.15.6 - Configura acidente em serviço o acidente que, relacionado ao trabalho que, mesmo

não tendo sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte, perda ou

redução da capacidade para o trabalho.

4.15.7 - Configura acidente em serviço a doença proveniente de contaminação acidental do

servidor no exercício de sua atividade.

4.15.8 - Configura acidente em serviço a doença profissional, ou do trabalho, inerente de pe-

culiar a determinado ramo de atividade profissional com agentes patogênicos, a sa-

ber: arsênico, asbesto, benzeno, berílio, bromo, cádmio, chumbo, cloro, cromo, flú-

or, fósforo, hidrocarbonetos da série graxa (derivados halogenados), iodo, manga-

nês, mercúrio, monóxido de carbono, sílica, sulfeto de carbono, alcatrão, breu, be-

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-21 - ORIGINAL

tume, hulha mineral, parafina ou produtos residuais dessas substâncias, pressão at-

mosférica e radiações ionizantes.

4.15.9 - Equipara-se ao acidente do trabalho ou em serviço o dano decorrente de agressão

sofrida e não provocada pelo servidor, no exercício de suas funções. Os acidentes

ocorridos no percurso habitual de ida ou de volta para o serviço, os chamados aci-

dentes de trajeto.

4.15.10 - O disposto no item anterior não se aplica ao acidente sofrido pelo servidor que, por

interesse pessoal, tiver alterado o percurso.

4.15.11 - Em casos excepcionais, será considerada como doença profissional ou do trabalho,

aquela que, embora não incluída nas anteriormente referidas, resulte das condições

especiais em que o trabalho é executado, e com ele se relacione diretamente. A do-

ença profissional ou do trabalho estará caracterizada quando, diagnosticada a into-

xicação ou afecção, se verificar que o servidor exerce atividade que o expõe ao

respectivo agente patogênico.

4.15.12 - As doenças degenerativas, as inerentes a grupo etário e as que não acarretem inca-

pacidade para o trabalho, não serão equiparadas às doenças ocupacionais e/ou pro-

fissionais.

4.15.13 - Disposições Específicas

a) Nos casos de lesões ocorridas pelo desempenho de atividades específicas, deve

ser estabelecido o nexo causal entre a atividade exercida pelo servidor e a lesão

apresentada.

b) Considera-se como data da ocorrência (acidente), ou no caso de doença do traba-

lho, a data da comunicação desta à instituição ou, na sua falta, a data de entrada

do pedido de Licença Para Tratamento de Saúde.

c) Durante o período desta licença, o servidor não poderá ser dispensado do cargo

comissionado ou da função comissionada ou gratificada que exerça.

d) O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado po-

derá ser atendido em instituição privada, à conta de recursos públicos. Este tra-

tamento, mesmo recomendado por junta médica oficial, constitui medida de ex-

ceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados

em instituição pública.

4.15.14 - Procedimentos

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-22 - ORIGINAL

a) O servidor, diretamente, sua chefia imediata, a equipe de vigilância à saúde do

servidor (quando houver), ou a família, comunicará o acidente, por meio da Co-

municação de Acidente em Serviço – CAS (verificar DGPM-406), num prazo de

até 48 horas úteis, da ocorrência do agravo, à respectiva chefia, ao Serviço de

Saúde e Perícia Médica, ou ainda, à Unidade de Recursos Humanos à qual esti-

ver vinculado o servidor.

b) A prova do acidente será feita no prazo de dez dias, prorrogável quando as cir-

cunstâncias o exigirem (art. 214, da Lei nº 8.112/1990);

c) O Registro Testemunhal será preenchido com a maior fidelidade possível, des-

crevendo as circunstâncias em que se deu o acidente. As assinaturas serão as das

testemunhas do fato. Quando não for possível obter testemunhas, como no caso

de acidente em via pública, será feito registro no Atestado de Origem (AO) so-

bre essa impossibilidade, devendo, sempre que possível, ser transcrito o docu-

mento policial da ocorrência, ou outros que sejam usados e reconhecidos pelo di-

rigente da OM e que serão anexados ao Atestado de Origem. As assinaturas das

testemunhas devem ser acompanhadas pelos nomes digitados ou manuscritos em

letras de forma e com as respectivas identificações. No caso de testemunhas não

pertencentes à MB, deverão ser transcritos o número da Cédula de Identidade e o

órgão emissor. Se não houver testemunhas, o dirigente da OM fará as observa-

ções cabíveis, utilizando o espaço desatinado às assinaturas das testemunhas.

d) Pela Autenticação, o dirigente da OM reconhece a autenticidade dos fatos e as

assinaturas das testemunhas, bem como declara se o acidente foi ou não decor-

rente de crime, infração disciplinar, imprudência ou desídia do acidentado, assim

como declara se o mesmo foi ou não decorrente de ato em serviço. Mesmo para

os casos não considerados como acidentes em serviço (crime, transgressão disci-

plinar, imprudência ou desídia do servidor acidentado ou de pessoa subordinada,

com sua aquiescência), será lavrado o competente Atestado de Origem, devendo

tais situações serem expressamente descritas. O Relatório e o Julgamento da

Sindicância, do PAD ou IPM deverão ser anexados ao Atestado de Origem.

e) A perícia médica preencherá, em seqüência ao Registro Testemunhal e à Auten-

ticação, o Registro Médico, o Exame de Sanidade, a Observação Clínica e o Lau-

do, que deverão conter as constatações de ocorrências médicas decorrentes do aci-

dente.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 4-23 - ORIGINAL

f) O Registro Médico será sempre lavrado por médico militar ou civil da MB, ou

médicos militares de outras corporações. Em caso de internação do acidentado

em hospital civil, ou convalescença em domicílio, a OM providenciará para que

a vítima seja examinada nesses locais. Deverão ser lançados a data e o local da

prestação dos primeiros socorros, bem como a data em que o Registro Médico

foi assinado.

g) No caso de acidente de trajeto, o Boletim de Ocorrência é obrigatório.

h) Uma das vias da CAS será juntada ao requerimento de licença, podendo a junta

de saúde proceder às audiências que julgue necessárias à precisa caracterização

do acidente em serviço, e determinar os procedimentos médicos e administrati-

vos cabíveis.

i) Os servidores ocupantes de DAS, sem vínculo efetivo com a Administração Pú-

blica Federal ou contratados por tempo determinado, deverão ser encaminhados

ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir do 16º (décimo sexto) dia

de afastamento do trabalho.

j) No caso da alínea anterior, a Perícia Médica orientará o servidor caso haja ne-

cessidade de prorrogação da licença por mais de 15 dias. Cabe ao Departamento

de Pessoal Civil o fornecimento da documentação necessária para encaminha-

mento ao INSS. Cabe ao INSS a responsabilidade pela remuneração do período

que exceder, com base no salário-contribuição.

k) O período de LAS é considerado como de efetivo exercício para todos os efeitos.

l) Sendo deferida, a LAS a OM de lotação do servidor deverá:

- publicar em OS as informações relativas à licença;

- lançar essas informações na CR e arquivar uma cópia do Atestado de Origem

na pasta funcional do servidor; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 5

SALÁRIO-FAMÍLIA E ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR

5.1 - CONCEITO

5.1.1 - Salário-Família é o auxílio pecuniário devido, por dependente econômico, ao

servidor, ativo ou inativo, que perceba remuneração ou provento mensal inferior ao

valor estabelecido em legislação especifica.

5.1.2 - Auxílio Pré-Escolar é o auxílio pecuniário devido ao servidor ativo, para atendimento

pré-escolar, relativo aos dependentes da faixa etária de zero a cinco anos de idade,

inclusive.

5.2 - DO SALÁRIO-FAMÍLIA - GENERALIDADES

5.2.1 - O salário-família será concedido pelo dirigente da Organização Militar (OM) de

lotação, em razão do dependente legalmente definido e vinculado ao servidor,

devendo ser configurada a dependência do mesmo, por meio de documentos hábeis

que comprovem a vinculação.

5.2.2 - São considerados dependentes do servidor estatutário:

a) o cônjuge ou companheiro;

b) os filhos e enteados menores de 21 anos;

c) o filho estudante de até 24 anos;

d) o filho inválido de qualquer idade;

e) o menor de 21 anos que, mediante autorização judicial, viva na companhia e às

expensas do servidor; e

f) a mãe e o pai, sem economia própria.

5.2.3 - Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família

perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou

provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

5.2.4 - Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família

será pago a um deles; quando separados, será pago de acordo com a guarda dos

dependentes.

5.2.5 - O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer

contribuição, inclusive para a Previdência Social.

5.2.6 - O afastamento do cargo efetivo sem remuneração não acarreta a suspensão do

pagamento do salário-família.

5.2.7 - A concessão do salário-família vigorará a partir do mês em que houver ocorrido o fato

ou ato que lhe deu origem, mesmo quando verificado no último dia do mês, exceto no

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL

caso de tutela ou adoção, que vigorará a partir da data da lavratura do respectivo

termo.

5.3 - PROCEDIMENTOS

5.3.1 - Concessão, Suspensão e Restabelecimento do Salário-Família

a) A habilitação ao benefício salário-família será feita mediante preenchimento da

Declaração de Dependentes (modelo em anexo da DGPM-202), que se fará

acompanhar do documento específico da comprovação da legalidade e vinculação

da dependência.

b) A concessão, suspensão ou restabelecimento do salário-família relativo a

dependente de servidor ativo será publicada em Ordem de Serviço, pela OM de

lotação do servidor, que também deverá providenciar a respectiva alteração em

bilhete de pagamento.

c) A concessão, suspensão ou restabelecimento do salário-família relativo a depen-

dente de servidor inativo será publicada em Ordem de Serviço pelo Serviço de

Inativos e Pensionistas da Marinha (SIPM), que também deverá providenciar a

respectiva alteração em bilhete de pagamento.

d) As Ordens de Serviço com matérias relativas ao benefício salário-família deverão

ser encaminhadas à Diretoria do Pessoal Civil da Marinha (DPCvM), para que os

dados relativos aos dependentes sejam lançados nos cadastros do Sistema de

Gerenciamento do Pessoal Civil da Marinha (GEPEC) e para publicação no

Boletim da Marinha do Brasil - Pessoal Civil (TOMO III).

e) Na Ordem de Serviço, mencionada no inciso anterior, deverão constar os seguintes

dados relativos aos dependentes:

I) nome;

II) grau de parentesco;

III) data de nascimento;

IV) data da concessão ou restabelecimento; e

V) data e o motivo da suspensão.

f) O salário-família será suspenso quando o dependente atingir 21 anos, quando vier a

falecer, contrair matrimônio ou passar a exercer atividade remunerada, enfim, no

caso de deixar de existir a legalidade de vinculação de dependência que gerou o

direito à percepção do benefício.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL

g) O salário-família suspenso do dependente será restabelecido no caso de filho

estudante maior de 21 anos, até o limite de 24 anos, que não exerça atividade

remunerada, e, no caso do filho inválido, ao atingir a maioridade de 21 anos.

5.4 - DA ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR - GENERALIDADES

5.4.1 - A assistência pré-escolar será prestada nas seguintes modalidades:

a) assistência direta - mediante manutenção de berçários, maternais, jardins de

infância e pré-escolas já existentes, integrantes da estrutura da Marinha do Brasil

(MB); e

b) assistência indireta - consiste em auxílio pecuniário expresso em moeda referente

ao mês em curso, por dependente.

5.4.2 - É vedada a acumulação das modalidades direta e indireta.

5.4.3 - O benefício será solicitado por meio do preenchimento da ficha cadastral (Anexo D).

5.4.4 - São considerados dependentes, para a percepção do auxílio pré-escolar:

a) os filhos, os enteados e outros menores que estejam sob a guarda do servidor e os

menores sob tutela do servidor, desde que se encontrem na faixa etária

compreendida do nascimento aos cinco anos de idade, inclusive; e

b) o dependente excepcional de qualquer idade, desde que comprovado mediante

laudo médico que o seu desenvolvimento biológico, psicológico e psicomotor

corresponde à idade mental da faixa etária acima citada.

5.4.5 - O servidor perderá o direito à assistência pré-escolar:

a) no mês subsequente àquele em que o dependente completar seis anos de idade

cronológica e mental;

b) no caso de falecimento do dependente;

c) no caso do servidor passar para a inatividade, for exonerado, vier a falecer, for

demitido ou tiver seu contrato de trabalho rescindido;

d) no caso da ocorrência da perda da condição de titular, sendo o outro cônjuge

servidor deste órgão, a ele será transferida a responsabilidade de inscrição como

dependente, dos filhos e/ou tutelados; e

e) durante o período em que permanecer afastado para tratar de interesses particulares.

5.4.6 - O sistema de controle da assistência pré-escolar caberá à Organização Militar em que

estiver lotado o servidor, por meio do Setor de Pessoal, o qual, obrigatoriamente, terá

as seguintes informações:

a) nome do servidor;

b) órgão de lotação;

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL

c) local de trabalho do cônjuge ou companheiro;

d) nome e data de nascimento do dependente;

e) modalidade de atendimento;

f) faixa de remuneração e cota-parte;

g) laudo médico para dependentes excepcionais; e

h) evolução mensal das despesas.

5.4.7 - Deverão ficar arquivados na OM, em que estiver lotado o servidor, os cadastros do

servidor e dependentes, cópia da certidão de nascimento, termo de tutela, atestado

médico de dependente excepcional, declaração do cônjuge ou companheiro de que

somente um dos dois fez a inscrição do dependente (no caso de pai e mãe serem

servidores públicos).

5.4.8 - Quando os cônjuges forem servidores públicos da Administração Federal direta

autárquica ou fundacional a permissão será concedida somente a um deles, não

havendo impedimento quando este possuir cônjuge vinculado a esfera estadual e/ou

municipal.

5.4.9 - Quanto ao valor-teto e à cota-parte de participação:

a) as despesas serão cobertas pela Marinha do Brasil e pelos servidores participantes;

b) o valor-teto, entendido como o limite máximo do benefício, por dependente,

expresso em unidade monetária, considerando as diferenças nas mensalidades

escolares nas diversas localidades do país, será estabelecido pelo órgão central do

Sistema de Pessoal Civil (SIPEC), na primeira quinzena de cada mês, para o

subseqüente;

c) a cota-parte referente à participação do servidor, consignada em folha de

pagamento, com sua anuência, observará percentuais que variam de cinco a 25%,

incidentes sobre o valor-teto (proporcional ao nível de sua remuneração), devendo

ser descontada na folha de pagamento referente ao mês de competência da

concessão do benefício;

d) considera-se remuneração do servidor, para efeito de participação no custeio do

benefício, aquela definida na legislação vigente;

e) na fixação das cotas-partes de que trata o parágrafo único do art. 9° do Decreto n°

977/1993, será observada a seguinte tabela, cujos percentuais incidirão sobre o

valor-teto do auxílio a que se refere o item 21 da Instrução Normativa n° 12/1993,

da ex-Secretaria da Administração Federal da Presidência da República (SAF/PR),

publicada no DOU de 28DEZ1993:

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL

FAIXA DE REMUNERAÇÃO (com base na Lei

nº 11.357, de 19OUT2006-Anexo III)

COTA DO

SERVIDOR (%)

Até 5 vezes o valor correspondente, inclusive. 5

De 5 vezes o VB, exclusive, até 10 vezes o VB, inclusive. 10

De 10 vezes o VB, exclusive, até 15 vezes o VB, inclusive. 15

De 15 vezes o VB, exclusive, até 20 vezes o VB, inclusive. 20

Acima do valor correspondente a 20 vezes o VB. 25

f) Para os servidores o Valor Base (VB), para efeito de cálculo da faixa de

remuneração, vincula-se ao vencimento do Nível Auxiliar, Classe A, Padrão I,

equivalente a quarenta horas semanais, previsto na tabela de vencimentos constante

do Anexo III da Lei n° 11.357, de 19OUT2006, com os reajustes subseqüentes.

5.4.10 - A concessão do benefício auxílio pré-escolar deverá ser publicada em Ordem de

Serviço da OM de lotação do servidor.

5.4.11 - O benefício será pago a partir do cadastramento do dependente observados os

procedimentos no Capítulo 10 da DGPM-202 e no Sistema Cadastro de

Dependentes do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos

(SIAPE), pela OM de lotação do servidor, junto à respectiva UPAG, não podendo

haver retroatividade de pagamento.

5.4.12 - O Cadastramento do dependente nos assentamentos do servidor, segundo os

procedimentos estabelecidos no Capítulo 10 da DGPM-202, precede a concessão do

Benefício de Assistência à Saúde (BAS).

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 6-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 6

ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE E DE

IRRADIAÇÃO IONIZANTE E GRATIFICAÇÃO DE

RAIOS-X OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

6.1 - CONCEITO

6.1.1 - Adicional de Insalubridade

É a vantagem pecuniária devida ao servidor que exerce suas atividades em local

insalubre ou em contato permanente com substâncias tóxicas ou radioativas.

6.1.2 - Adicional de Periculosidade

É a vantagem pecuniária devida quando as atividades desenvolvidas pelo servidor o

expõem a risco de vida.

6.1.3 - Adicional de Irradiação Ionizante

É a vantagem pecuniária devida ao servidor que esteja desempenhando efetivamente

suas atividades em áreas que possam resultar exposição a essas irradiações.

6.1.4 - Gratificação de Raios-X ou Substâncias Radioativas

É a vantagem pecuniária devida ao servidor que opera com Raios-X ou Substância

Radioativa.

6.2 – DISPOSIÇÕES GERAIS

6.2.1 - A caracterização do Adicional de Irradiação Ionizante e da Gratificação por

Trabalhos com Raios-X ou Substâncias Radioativas, obedecerá as regras

estabelecidas na Orientação Normativa (ON) nº 04/2005, da Secretaria de Recursos

Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (DOU de

14JUL2005).

a) A concessão do Adicional de Irradiação Ionizante visa compensar a doença, lesão

ou a morte ocasionada pela exposição a Irradiações Ionizantes.

b) A concessão da Gratificação por Trabalhos com Raios-X ou Substâncias

Radioativas visa compensar a possibilidade do dano, tendo característica temporal

e transitória.

c) Considerando os fatos geradores diferentes, será permitido, quando couber, o

pagamento cumulativo do Adicional de Irradiação Ionizante, e da Gratificação por

Trabalhos com Raios-X ou Substâncias Radioativas, ou dos Adicionais de

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OSTENSIVO - 6-2 - ORIGINAL

Periculosidade e Insalubridade, se o agente que originou a Insalubridade ou

Periculosidade for diverso da Irradiação Ionizante.

6.2.2 - Somente poderão ser concedidos os Adicionais/Gratificação se em relação ao local de

efetivo serviço do servidor estiver caracterizado risco à saúde em Laudo de Avaliação

Ambiental (LAA) expedido pelos serviços especializados de segurança e medicina do

trabalho dos órgãos e entidades públicas; os centros de referência em saúde do

trabalhador, devidamente habilitados pelo Ministério da Saúde; as universidades;

outras instituições públicas conveniadas com a Secretaria de Recursos Humanos do

Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - SRH/MP, ou administrativamente

pela Coordenação de Seguridade Social e Benefícios do Servidor da SRH.

a) O LAA deverá ser assinado por no mínimo dois profissionais, dentre engenheiros

de segurança do trabalho, Médico do Trabalho, Técnico de Segurança do

Trabalho, Enfermeiros do Trabalho, Inspetores ou Fiscais da Vigilância Sanitária,

sendo que a assinatura de Médico do Trabalho ou de Engenheiro de Segurança do

Trabalho é obrigatória.

b) O LAA não tem prazo de validade, devendo ser refeito sempre que houver

alteração da organização do trabalho e dos riscos presentes.

6.2.3 - O pagamento dos Adicionais e da Gratificação por Trabalhos com Raios-X ou

Substâncias Radioativas é suspenso quando:

a) cessado o risco;

b) o servidor for removido do ambiente que originou a concessão do

Adicional/Gratificação; e

c) o servidor esteja distante do local ou deixe de exercer o tipo de trabalho que deu

origem ao pagamento dos Adicionais/Gratificação.

6.2.4 - A OM solicitará à Diretoria do Pessoal Civil da Marinha (DPCvM) a suspensão do

pagamento, por ofício ou mensagem, comunicando o fato ao servidor interessado.

6.2.5 - O servidor que fizer jus aos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade deverá

optar por um deles.

6.2.6 - Os Adicionais/Gratificação serão concedidos a partir da data em que o servidor passou

a exercer suas atividades em locais insalubres ou perigosos, ou estar sujeito a

irradiações ionizantes ou Raios-X e substâncias radioativas , ou a partir da data da

emissão do LAA, na hipótese da inspeção técnica ser posterior à data do início das

atividades do servidor.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 6-3 - ORIGINAL

6.2.7 - A servidora gestante ou lactante, enquanto durar a gestação e a lactação, não poderá

desempenhar atividades em áreas que ofereça risco à saúde, definidas no LAA, neste

caso, durante a licença à gestante, a servidora continuará percebendo os

Adicionais/Gratificação.

6.2.8 - As vantagens pecuniárias de que trata este capítulo serão concedidas aos servidores

que se encontrarem nos afastamentos de sua função/cargo em decorrência de:

a) férias;

b) casamento;

c) falecimento; e

d) licenças para tratamento da própria saúde, a gestante ou em decorrência de

acidente em serviço.

6.2.9 - Para a concessão dos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade a OM de

lotação do servidor deve encaminhar proposta à DPCvM, constando:

- cargo, NIP, nome e Matrícula SIAPE do servidor;

- local onde o servidor exerce suas atividades; e

- número e data do respectivo LAA e a entidade ou instituição que o expediu.

6.2.10 - Os procedimentos para concessão do Adicional de Irradiação Ionizante e da

Gratificação de Raios-X ou Substâncias Radioativas constam da DGPM-402.

6.2.11 - Uma cópia do LAA deverá ser enviada pela OM de lotação do servidor ao Centro de

Perícias Médicas da Marinha; à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, para averbação/reconhecimento administrativo, e

à DPCvM, onde ficará arquivada.

6.2.12 - O valor do Adicional de Insalubridade corresponde a cinco por cento, dez por cento

ou vinte por cento do vencimento básico do servidor, conforme o seu local de

trabalho e o LAA. O Adicional de Periculosidade corresponde a dez por cento do

vencimento básico do servidor. O Adicional de Irradiação Ionizante será concedido

de acordo com os parâmetros fixados no Anexo Único do Decreto nº 877/1993,

publicado no DOU de 21JUL1993, e corresponde a cinco, dez e vinte por cento do

vencimento básico do servidor. A Gratificação de Raios-X e Substâncias Radioativas

corresponde a dez por cento do vencimento básico do servidor.

6.2.13 - Para os servidores contratados com base na Lei n° 8.745/1993, os percentuais citados

incidem sobre o valor correspondente ao vencimento básico.

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OSTENSIVO - 6-4 - ORIGINAL

6.2.14 - Sendo o vencimento básico inferior ao salário-mínimo, deverá ser efetuada a

complementação correspondente.

6.2.15 - Os adicionais serão concedidos ou cancelados mediante Portaria expedida pela

DPCvM, que efetuará os cálculos dos valores a serem pagos ou descontados. Esses

valores serão comunicados à Unidade Pagadora (UPAG) onde o servidor encontra-

se em exercício por meio de mensagem SIAPE/COMUNICA, para que as

implantações sejam feitas em pagamento. Quanto se tratar do Adicional de

Irradiação Ionizante a OM observará as orientações da Diretoria de Saúde da

Marinha constantes do Capítulo 4 da DGPM-402.

6.2.16 - A concessão da Gratificação de Raios-X ou Substâncias Radioativas é da

competência da OM, observadas as orientações da Diretoria de Saúde da Marinha

constantes do Capítulo 3 da DGPM-402.

6.2.17 - No caso de afastamento do servidor que percebe os presentes adicionais com a

percepção somente da remuneração do cargo efetivo, a OM de lotação do servidor

solicitará à DPCvM a suspensão do pagamento do Adicional, informando o período,

por meio de mensagem ou publicação em Ordem de Serviço (OS). A DPCvM, na

condição de Informante Qualificado (IQ), solicitará à UPAG correspondente da OM

a alteração no pagamento do servidor, por meio de mensagem SIAPE/COMUNICA,

na qual constarão informações quanto à suspensão e ao retorno do pagamento do

adicional.

6.2.18 - Cabe ao Setor de Pessoal Civil da OM controlar e atualizar permanentemente a

relação dos servidores que fazem jus aos Adicionais/Gratificação, conforme a

movimentação de pessoal.

6.2.19 - Os modelos para a elaboração dos Laudos de Avaliação Ambiental com vistas à

concessão dos Adicionais de Insalubridade, de Periculosidade, de Irradiação

Ionizante e da Gratificação de Raios-X e Substâncias Radioativas constituem o anexo

do Ofício-Circular nº 25 de 14DEZ2005, da SRH/MP.

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OSTENSIVO - 7-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 7

SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO

DISCIPLINAR (SUMÁRIO E ORDINÁRIO)

7.1 - CONCEITO

7.1.1 - A Sindicância destina-se a apurar a autoria ou a existência de irregularidade praticada

no serviço público que possa resultar na aplicação da penalidade de advertência ou de

suspensão de até trinta dias. A apuração da irregularidade é feita sobre determinados

atos ou fatos e se faz no interesse do serviço, segundo decisão de autoridade

competente. A Sindicância pretende determinar a falta disciplinar cometida e indicar

o seu autor. A correspondência entre as faltas e as penalidades está mostrada no

Anexo E.

7.1.2 - O procedimento sumário do Processo Administrativo Disciplinar (PAD sumário) é

instaurado para a apuração das transgressões disciplinares de abandono de cargo,

inassiduidade habitual e acumulação ilícita de cargos, empregos ou funções públicas.

O PAD sumário somente é aplicado nessas situações.

7.1.3 - O Processo Administrativo Disciplinar (PAD ordinário) é o instrumento destinado a

apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas

atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre

investido. O PAD ordinário é o instrumento legal destinado a apurar

responsabilidade pela prática de irregularidade apontada em parte de ocorrência,

denúncia, Sindicância ou Inquérito Policial Militar (IPM). Ele é instaurado para a

apuração de falta disciplinar cuja penalidade seja de suspensão superior a trinta dias,

demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade. A correspondência entre as faltas e as penalidades está mostrada no

Anexo E.

7.2 - DISPOSIÇÕES GERAIS

7.2.1 - Não terá validade legal qualquer penalidade aplicada a servidor sem prévia

Sindicância ou PAD, exceto quando se tratar de servidor que, injustificadamente, se

recusar a ser submetido a inspeção médica determinada por autoridade competente.

Neste caso, ao servidor será aplicada a penalidade de suspensão de até quinze dias,

cessando seus efeitos se a determinação for cumprida.

7.2.2 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a

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OSTENSIVO - 7-2 - ORIGINAL

promover a sua apuração imediata, mediante Sindicância ou Processo Administrativo

Disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

7.2.3 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a

identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada

a autenticidade. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar

ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.

7.2.4 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas

atribuições. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo

independentes entre si. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no

caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

7.2.5 - A apuração das irregularidades será realizada por Comissão de Sindicância ou PAD.

7.2.6 - São competentes para determinar a abertura de Sindicância e instauração de PAD os

dirigentes das Organizações Militares (OM), (autoridades instauradoras), que

tomarem conhecimento de transgressão de dispositivos legais ou regulamentares no

serviço público.

7.2.7 - São competentes para aplicar as penalidades, (autoridades julgadoras):

- dirigente da OM, para advertência e suspensão de até trinta dias;

- Comandante da Marinha (CM), para suspensão de até noventa dias; e

- Ministro da Defesa (MD), para demissão, destituição de cargo em comissão e

cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

7.2.8 - Na Sindicância a autoridade instauradora é a mesma julgadora (dirigente da OM), uma

vez que ela é aberta para apurar irregularidade que possa resultar na aplicação da

penalidade de advertência ou de suspensão de até trinta dias. No PAD sumário, a

autoridade instauradora é o dirigente da OM e a julgadora é o MD, uma vez que ele é

instaurado para apurar irregularidade que possa resultar na aplicação da penalidade de

demissão.No PAD ordinário, a autoridade instauradora é o dirigente da OM e a

julgadora pode ser o CM ou o MD, uma vez que ele é instaurado para apurar

irregularidade que possa resultar na aplicação da penalidade de suspensão por mais de

trinta dias, demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria

ou disponibilidade.

7.2.9 - Os procedimentos para abertura de Sindicância e instauração de PAD, e os modelos de

seus anexos deverão estar de acordo com o Manual de Processo Administrativo

Disciplinar (MPAD), adotado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

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OSTENSIVO - 7-3 - ORIGINAL

(MP), Advocacia Geral da União (AGU) e Controladoria-Geral da União (CGU),

disponível no site da Presidência da República www.presidencia.gov.br ou

www.planalto.gov.br, na página Estrutura, Controladoria Geral da União, Guia do

Procedimento Administrativo Disciplinar e no site da página da DPCvM, para

download. Os anexos deverão ser adaptados, conforme o caso.

7.2.10 - Caso o servidor acusado em Sindicância ou PAD venha a cometer outra

irregularidade no exercício de suas funções, será a mesma apurada,

independentemente da primeira, por nova Comissão.

7.2.11 - A Sindicância e o PAD não visam apenas a apuração da culpabilidade do servidor

acusado de infrações, mas servem, também, para que o servidor prove a sua

inocência, pela oportunidade de defesa que lhe é assegurada. Para isso, é obrigatório

que o servidor seja notificado da instauração do processo, para, se quiser,

acompanhá-lo.

7.2.12 - É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de

direito ou interesse legítimo, observados os arts. 104 a 115, da Lei n° 8.112/1990.

Este assunto é tratado no Capítulo 8.

7.3 - PRAZOS E PRESCRIÇÕES

7.3.1 - O prazo para conclusão da Sindicância não excederá trinta dias, podendo ser

prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

7.3.2 - O prazo para a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar submetido ao rito

sumário (PAD sumário) não excederá trinta dias, contados da data de publicação do

ato que constituir a Comissão (em Boletim do Pessoal Civil), admitida a sua

prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.

7.3.3 - O prazo para a conclusão do processo disciplinar (PAD ordinário) não excederá

sessenta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,

admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

7.3.4 - Os prazos serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-

se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo

vencido em dia em que não haja expediente.

7.3.5 - A ação disciplinar prescreverá: em cinco anos, quanto às infrações relativas às

penalidades de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição

de cargo em comissão; em dois anos, quanto à suspensão; e, em 180 dias quanto à

advertência.

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OSTENSIVO - 7-4 - ORIGINAL

7.3.6 - O prazo de prescrição começa a correr da data de ocorrência do fato.

7.3.7 - A abertura de Sindicância ou a instauração de PAD interrompe a prescrição até a

decisão proferida pela autoridade instauradora, recomeçando a contagem a partir

dessa data, não mais se interrompendo pela designação de nova Comissão para

refazer ou ultimar os trabalhos.

7.4 - DISPOSIÇÕES GERAIS

7.4.1 - O servidor que responder a Sindicância ou PAD só poderá ser exonerado, a pedido, ou

aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da

penalidade, acaso aplicada.

7.4.2 - Os Julgamentos de Sindicância e PAD serão transcritos nos assentamentos funcionais

do servidor.

7.4.3 - A Portaria de aplicação da penalidade de suspensão de até quinze dias, emitida quando

o servidor, injustificadamente, se recusar a ser submetido a inspeção médica, será

ajustada aos dias em que, de fato, o servidor ficou suspenso, e transcrita nos seus

assentamentos funcionais.

7.4.4 - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser

convertida em multa, na base de cinqüenta por cento por dia de vencimento ou

remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

7.4.5 - As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o

decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor,

nesse período, não houver praticado nova infração disciplinar. O cancelamento do

registro da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

7.4.6 - As OM numerarão e organizarão as Sindicâncias e os PAD em seqüência cronológica.

As peças dos PAD deverão possuir duas vias, sendo a 2ª via arquivada na OM.

7.4.7 - Cópias do Relatório e do Julgamento das Sindicâncias serão encaminhadas à DPCvM,

ficando os autos arquivados na OM.

7.4.8 - Quando o Julgamento do PAD for pelo seu arquivamento ou pela aplicação de

penalidade de advertência ou suspensão de até trinta dias, após a aplicação da

penalidade, a 1ª via dos autos será encaminhada à DPCvM para análise, a fim de

assegurar o atendimento das normas processuais e demais instruções pertinentes.

7.4.9 - Quando a decisão do PAD for pela aplicação de penalidade de suspensão superior a

trinta dias, a 1ª via dos autos será encaminhada à DPCvM para análise e, em seguida,

enviada ao Gabinete do Comandante da Marinha (GCM), para o Julgamento. Após o

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OSTENSIVO - 7-5 - ORIGINAL

retorno, os autos, serão arquivados na DPCvM, que encaminhará cópias da análise e

do Julgamento à OM instauradora.

7.4.10 - Quando a decisão do PAD for pela aplicação de penalidade demissão, destituição de

cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, a 1ª via dos

autos será encaminhados à DPCvM para análise e, em seguida, enviada ao GCM

para posterior envio ao Ministério da Defesa (MD), para o Julgamento. Após o

retorno, os autos serão arquivados na DPCvM, que encaminhará cópias da análise e

do Julgamento à OM instauradora.

7.4.11 - Depois de aplicada a penalidade, os autos dos PAD que resultarem em demissão,

cassação de aposentadoria ou destituição de cargo em comissão, deverão ser

encaminhados, pela autoridade instauradora, à Secretaria da Receita Federal (SRF)

do Ministério da Fazenda (MF), para extração de cópias das peças de interesse

fiscal, com vistas à instauração do procedimento de fiscalização, em autos apartados.

A SRF deverá devolver o processo à sua origem, no prazo de trinta dias, contados do

seu recebimento.

7.4.12 - Uma vez constituída a Comissão de Sindicância ou de PAD, esta será autônoma e

soberana, até mesmo em relação à autoridade instauradora. Essa autonomia e

soberania não devem ser entendidas como alienadoras da hierarquia, valendo tão

somente para garantia da independência dos trabalhos e liberdade de ação, que estará

limitada ao campo de sua competência, e subordinada às determinações de natureza

administrativa e à disciplina.

7.4.13 - O processo deve ser instruído com peças comprobatórias que, além de fornecerem às

autoridades instauradora e julgadora elementos para juízo de valor, também sirvam

como sólida argumentação para a defesa da Administração, em caso de eventuais

ações judiciais.

7.4.14 - Todo esforço deve ser envidado pelos componentes das Comissões, no sentido de

evitar em seus trabalhos a ocorrência de qualquer vício ou nulidade processual. Os

erros de maior incidência são:

- cerceamento do direito de defesa;

- ineficiência do Termo de Indiciação para caracterizar a irregularidade atribuída ao

indiciado, dificultando a sua defesa (cerceamento indireto de defesa);

- omissão quanto à notificação do indiciado a respeito da instauração do processo e

sobre seu direito de acompanhar a instrução do mesmo;

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OSTENSIVO - 7-6 - ORIGINAL

- omissão quanto a dar ciência ao indiciado sobre o depoimento de testemunhas;

- prática de atos no processo com extrapolação dos prazos regulares;

- erros na contagem do número de faltas ao serviço;

- menção a documentos que não fazem parte dos autos;

- deixar de arrolar testemunhas que podem ajudar a elucidar os fatos;

- citação para o servidor apresentar defesa antes do Termo de Indiciação; e

- juntada de documentos de interesse da Comissão após o Termo de Indiciação, e

até mesmo após a apresentação da defesa, por apuração insuficiente dos fatos a

serem investigados.

7.4.15 - Embora a Sindicância e o PAD sejam de caráter RESERVADO, para permitir a

publicação no Boletim da Marinha do Brasil - Pessoal Civil (TOMO III), as

seguintes portarias serão OSTENSIVAS: Designação de Comissão de Sindicância e

PAD; Designação de Secretário de Comissão; Prorrogação do prazo, quando for o

caso; Designação de Nova Comissão, quando for o caso; e, de Aplicação de

Penalidade. O ofício solicitando a publicação da Portaria é o modelo 03 do MPAD e

será endereçado pelo Presidente da Comissão à DPCvM.

7.4.16 - A DPCvM deverá ser incluída na lista de distribuição das Portarias de: Designação

de Comissão de Sindicância e PAD; Designação de Secretário de Comissão;

Prorrogação do prazo, quando for o caso; Designação de Nova Comissão, quando

for o caso; e de Aplicação de Penalidade.

7.4.17 - As notificações e citações emitidas pela Comissão deverão conter a data e a

assinatura do emitente, assim como o ciente da outra parte, ressalvados os casos de

total impossibilidade. Os indeferimentos e negativas da Comissão, a qualquer

reivindicação do indiciado, devem ser amplamente justificados e fundamentados no

corpo do processo, de forma que não se possa alegar cerceamento de defesa.

7.4.18 - Em qualquer fase do processo de Sindicância ou PAD, se reconhecida a extinção da

punibilidade, a autoridade instauradora deverá declará-la de ofício. Se o

reconhecimento da extinção ocorrer durante a fase de Instrução, a Comissão deve

passar para a fase do Relatório e propor o arquivamento da Sindicância ou PAD à

autoridade instauradora.

7.4.19 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade instauradora determinará o

registro do fato nos assentamentos individuais do servidor e o arquivamento do

processo.

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OSTENSIVO - 7-7 - ORIGINAL

7.4.20 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a Comissão solicitará a

autoridade instauradora que ele seja encaminhado a inspeção de saúde com

finalidade de ser submetido a PAD, por junta de saúde, da qual participe pelo menos

um médico psiquiatra. O incidente de sanidade mental será processado em auto

apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial. Julgada

a invalidez definitiva do acusado por alienação mental preexistente à época da

irregularidade administrativa, a Comissão concluirá pela sua inimputabilidade,

devendo passar para a fase do Relatório e propor o arquivamento da Sindicância ou

PAD à autoridade instauradora. O servidor deverá ser aposentado em processo

próprio.

7.4.21 - Tanto na Sindicância quanto no PAD, existirá a fase da defesa. A defesa não poderá

reduzir-se a simples aparência, carente de conteúdo e deficiente, pois o acusado

deficientemente defendido equivale a acusado sem defesa (Súmula 523 do STF). O

acusado não pode, de forma expressa ou tácita, renunciar ao seu direito de defesa. A

defesa do servidor poderá ser da seguinte forma:

a) Direta - quando apresentada pelo próprio e por ele assinada;

b) Indireta - quando o servidor nomeia um procurador (advogado); e

c) Ex-officio - quando a autoridade instauradora designa "ex-officio" como defensor

dativo um servidor, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do acusado,

para defender o servidor revel, caracterizado quando, regularmente notificado, não

apresentar defesa em tempo hábil.

7.4.22 - Caso o indiciado não apresente defesa no prazo legal, deverá ser considerado revel

por Termo do Presidente da Comissão, modelo 46 do MPAD. Também será

considerado revel o indiciado que se negar em apor o ciente na cópia da citação e

que, decorrido o prazo legal, não apresente a sua defesa. Quando da recusa do

indiciado em apor o ciente, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em

Termo próprio, pelo membro da Comissão que apresentou a citação ao indiciado,

com a assinatura de duas testemunhas.

7.4.23 - Para a defesa "ex-officio", o Presidente da Comissão solicita que a autoridade

instauradora designe um defensor dativo, servidor ocupante de cargo de nível igual

ou superior, ou de nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado revel, para

fazer a sua defesa (modelos 47, 48 e 49 do MPAD).

7.4.24 - Nos casos de defesa indireta ou "ex-officio", é necessário que o ato do servidor

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OSTENSIVO - 7-8 - ORIGINAL

nomeando seu procurador ou a Portaria da autoridade instauradora designando o

defensor "ex-officio" sejam anexados aos autos do processo.

7.4.25 - Comprovada a impossibilidade de ser feita a citação direta e pessoalmente ao

servidor indiciado por estar o mesmo em lugar incerto e não sabido, o Presidente da

Comissão, após esgotados todos os meios, fará a citação do servidor, (modelo 43) do

MPAD, para apresentar defesa, por meio de Edital, que será publicado no Diário

Oficial da União (DOU), custeado pela DPCvM após solicitação da OM, e em jornal

de grande circulação no último domicílio conhecido do indiciado, custeado pela

OM. Quando citado por Edital, o prazo para a defesa será de 15 (quinze) dias, a

contar da última publicação.

7.4.26 - Observa-se que o indiciado não é obrigado a se defender, entretanto, o processo não

pode prosseguir sem que o mesmo seja defendido. Por isso, a obrigatoriedade da

designação do defensor dativo.

7.4.27 - Para apresentar a defesa escrita é assegurado ao indiciado vista do processo na

repartição. Será dada vista dos autos ao indiciado, pessoalmente, ou ao seu

procurador ou defensor dativo, devidamente habilitados, no horário de expediente

normal da OM, sendo-lhe prestados os esclarecimentos que forem solicitados. É

permitido ao indiciado ou seu procurador ou defensor dativo, tirar cópia dos autos

do processo, mas não lhes será permitido retirar os autos do local em que lhes for

dada vista. Deverão ser preenchidos os modelos 41 e 42 do MPAD.

7.4.28 - Outra fase que existe tanto na Sindicância quanto no PAD é a do Relatório. Nele

deverão ser interpretadas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos

que dela provierem para o serviço público, comentadas as circunstâncias agravantes

ou atenuantes e os antecedentes funcionais do servidor. Fará menção às principais

peças comprobatórias, será conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do

servidor e informará se houve falta capitulada como crime e se houve danos aos

cofres públicos.

7.4.29 - O Relatório deverá ser minucioso, contendo um resumo das peças principais dos

autos, devendo ser mencionadas as provas em que se baseou para formar convicção,

fazendo referência às páginas onde se encontram. Poderá, ainda, propor o

arquivamento da Sindicância ou PAD por insuficiência de provas ou por não ter sido

possível determinar a autoria das irregularidades.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-9 - ORIGINAL

7.4.30 - O Relatório deverá ser de absoluta imparcialidade, evitando digressões de natureza

pessoal, em linguagem objetiva, serena e sem adjetivações. Não será permitido o uso

de expressões que agridam o(s) indiciado(s).

7.4.31 - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dispositivo legal

ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou

atenuantes. A Comissão se limitará a indicar a irregularidade e o correspondente

preceito da Lei n° 8.112/1990, que enquadre a prática da infração. Deverá abster-se

de indicar a penalidade a ser aplicada. A fundamentação do dispositivo deve ser

observada com bastante atenção pela Comissão. O Relatório poderá conter

sugestões sobre medidas que podem ser adotadas pela administração para evitar a

repetição de irregularidades semelhantes às apuradas.

7.4.32 - A comissão somente deve iniciar os trabalhos do relatório após o término do prazo

para a defesa, salvo se o indiciado ou seu procurador ou defensor dativo, ao

apresentá-la, renunciar expressamente ao prazo remanescente.

7.4.33 - Eventuais incidentes ocorridos durante o interrogatório devem ser consignados em

ata de audiência, para que, na avaliação do processo, possam ser considerados.

7.4.34 - O Presidente da Comissão deve estar atento para, quando necessário, solicitar em

tempo hábil, à autoridade instauradora, a prorrogação do prazo previsto para a

conclusão dos trabalhos.

7.4.35 - Os autos dos processos de Sindicância e de PAD serão encapados para facilitar o seu

manuseio e evitar o extravio de peças, além de ser observado o aspecto estético.

7.4.36 - Todas as folhas do processo deverão ser numeradas e rubricadas por um membro da

Comissão. Todos os documentos que vierem a ser apresentados à Comissão, por

cópia, serão autenticados por um de seus membros, à vista dos originais.

7.4.37 - Os volumes do PAD não deverão, em princípio, conter mais de 250 folhas e serão

encerrados mediante Termo de Encerramento (modelo 11 do MPAD) que indicará o

número da primeira e da última folha.

7.5 - OBSERVAÇÕES RELEVANTES - Portaria Normativa nº 1.243 de 21SET2006, do

Ministério da Defesa

7.5.1 - Acareação - é uma medida extrema. Somente deverá ser utilizada quando os pontos

divergentes forem relevantes e sobre os quais não se tenha outra forma de

esclarecimento (modelo 25 do MPAD).

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-10 - ORIGINAL

7.5.2 - Atos realizados - depoimentos, tomada de declarações, interrogatório, esclarecimentos

de peritos.

7.5.3 - Audiências - externas, com a participação de outras pessoas, como o acusado, as

testemunhas. Podem ser assistidas por qualquer pessoa (advogado ou representante

sindical).

7.5.4 - Declarações - é a oitiva de pessoa não compromissada. Alguém, que tenha algum

interesse no deslinde, como aquele que apresentou a denúncia, cônjuge, pai, filho ou

irmão do acusado.

7.5.5 - Defesa - quando o acusado é citado ou indiciado, ganha o direito de apresentar por

escrito a sua defesa e de requerer a produção de provas. Cabe ao Presidente examinar

a pertinência desses pleitos, deferindo ou indeferindo. Na hipótese de indeferimento,

sempre deverá fazê-lo motivadamente. A matéria de maior controvérsia poderá ser

submetida à Comissão, que deliberará, com registro em ata. A defesa pode

manifestar-se em outros momentos, inclusive antes da indiciação.

7.5.6 - Depoimento - quando se tratar de testemunha, sem interesse na causa. Alguém,

portanto que possa ser compromissada (modelo 17 do MPAD).

7.5.7 - Esclarecimentos de peritos - em audiência, os membros da Comissão podem colher

esclarecimentos adicionais dos peritos. Eles explicam, por exemplo, os métodos

usados, os equipamentos utilizados nos exames e como, afinal, chegaram ao

resultado.

7.5.8 - Interrogatório - é o ato de colher explicações do indiciado. Portanto não se interrogam

testemunhas. O interrogatório é personalíssimo, em relação àquele sobre o qual pesa

uma acusação. É feito depois das provas e do depoimento das testemunhas. O

indiciado pode ser ouvido no inicio do processo, mas sem compromisso, com Termo

de Declaração (modelo 20 do MPAD).

7.5.9 - Mandados - a comunicação de atos processuais às testemunhas e acusado (e a peritos,

em caso de audiências) é feita por intermédio de mandados, que podem ser para

prestar depoimentos, declarações, interrogatórios ou esclarecimentos, conforme o

caso.

7.5.10 - Reuniões - são internas, entre membros da Comissão, e eventualmente entre estes

e um perito ou a autoridade instauradora.

7.5.11 - Atuação – todas as atividades da comissão devem ser consignadas em atas de reunião

ou deliberação, termos, despachos, bem como memorandos, ofícios e editais com

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-11 - ORIGINAL

numeração própria, e demais atos competentes, não podendo ser comprovada,

validamente, de outra forma, a sua atuação.

7.5.12 - Desentranhamento de Peças – é a retirada de peças de um processo, que poderá

ocorrer quando houver interesse da Administração ou pedido do interessado.

7.5.13 - Desmembramento – é a separação de parte da documentação.

7.5.14 - Juntada – é a união de um processo a outro, ou de um documento a um outro

processo, realiza-se por anexação ou apensação.

7.5.15 - Anexação – é a união definitiva, e irreversível de um ou mais processo(s) a um outro

processo (considerando o principal), desde que pertencentes a um mesmo

interessado.

7.5.16 - Juntada por Apensação – é a união provisória de um ou mais processos a um outro

processo mais antigo, destinado a estudo e a uniformidade de tratamento em

matérias semelhantes com o mesmo interessado ou não.

7.5.17 - A anexação ou apensação de um processo a outro somente se dará mediante

autorização expressa (despacho) da autoridade competente (Manual do Sistema de

Arrecadação, item 30.5, através de Aviso de Juntada – AJ (IN DA/MF nº 3.04.003,

de 30JUL1985, item 5.3, letra “f” – DOU de 01AGO1985).

7.5.18 - O manual de Processo Administrativo Disciplinar, utilizado pela Presidência da

República (PR) e pela Coordenadoria-Geral da Advocacia-Geral da União (AGU),

encontra-se no site da página da DPCvM, para download.

7.5.19 - Desapensação – é a separação física de processos apensados.

7.5.20 - Despacho – decisão proferida pela autoridade administrativa em caso que lhe é

submetida apreciação; o despacho pode ser favorável ou desfavorável a pretensão

solicitado pelo administrador.

7.5.21 - Diligência – é o ato pelo qual um processo que, tendo deixado de atender as

formalidades indispensáveis ou de cumprir alguma disposição legal, é devolvido ao

órgão que assim procedeu, a fim de corrigir ou sanar as falhas.

7.5.22 - Folhas de Processo – são as duas faces de uma página de processo.

7.5.23 - Processo – é o documento ou conjunto de documentos que exige um estudo mais

detalhado, bem como procedimentos expressados por despacho, pareceres técnicos,

anexos ou ainda instruções para pagamento de despesas.

7.5.24 - Termo de Desentranhamento de Peças – é uma nota utilizada para informar sobre

retirada de peça(s) de um processo, pode ser por meio de carimbo.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-12 - ORIGINAL

7.5.25 - Termo de Desapensação – é uma nota utilizada para registrar a separação física de

dois ou mais processos apensados, pode ser por carimbo específico.

7.5.26 - Termo de Encerramento – é uma nota utilizada para registrar o encerramento do

processo, pode ser por carimbo específico.

7.5.27 - Termo de Juntada da Folha ou Peça – é uma nota utilizada para registrar a juntada de

folha(s) ou peça(s) ao processo, pode ser por intermédio de carimbo.

7.5.28 - Termo de Retirada de Folha ou Peça – é uma nota utilizada para registrar a retirada

de folha(s) ou peça(s) no processo, pode ser por intermédio de carimbo.

7.5.29 - Termo de Ressalva – é uma nota utilizada para informar que uma peça foi retirada do

processo para informar que quando do ato da anexação, isto é, ao proceder a

anexação, foi constatada a ausência de uma peça.

7.5.30 - Tramitação – é a movimentação de processo de uma unidade à outra, interna ou

externa, através de sistema próprio.

7.6 - SINDICÂNCIA

A Sindicância pode ser de três tipos:

- investigatória ou preparatória - é aquela que não tem o propósito de aplicar

penalidade visando, apenas, a apuração de possíveis irregularidades que, inicialmente,

não possuem autores. É realizada de forma sigilosa e com discrição, não se submetendo

ao princípio do contraditório, uma vez que inexiste a figura do acusado ou imputado. A

sua Portaria de Designação delimitará os atos ou fatos a serem apurados, podendo,

neste tipo de Sindicância, a autoridade instauradora nomear um ou mais servidores de

sua confiança. Não se constatando irregularidade, a Sindicância será arquivada,

podendo ser desarquivada quando do surgimento de novas provas, observadas as

prescrições. Apurando-se que os atos ou fatos são irregularidades consideradas como

falta disciplinar e havendo indicação de sua autoria, esse tipo de Sindicância será

arquivada e aberta outra do tipo punitiva ou autônoma, se a falta indicar uma

penalidade de advertência ou suspensão de até trinta dias. Se a falta indicar uma

penalidade diferente dessas, será instaurado um PAD ordinário; e

- punitiva ou acusatória - é aquela que tem o propósito aplicar penalidade ao autor ou

autores de irregularidade cometida considerada como falta disciplinar que aponta a

aplicação das penalidades de advertência ou suspensão de até trinta dias, sendo

compostas por dois ou mais servidores estáveis. Apresentará acusação contra servidor

ou servidores, será aberta por Portaria e regida pelo princípio do contraditório e pela

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-13 - ORIGINAL

ampla defesa. Se ficar constatado que a irregularidade cometida é uma falta disciplinar

que indica a aplicação daquelas penalidades (advertência ou suspensão de até trinta

dias), a penalidade será aplicada. Caso se constate que a falta indica a aplicação de

outra penalidade, a Sindicância será arquivada e instaurado um PAD ordinário.

- patrimonial - é um procedimento instaurado de forma sigilosa e não punitiva (sem

publicidade), por ordem do Ministro de Estado do Controle e da Transparência, do

Secretário-Executivo, do Corregedor-Geral ou dos Corregedores-Gerais Adjuntos, de

ofício ou destinado a apurar denúncia (inclusive anônima) ou representação que noticie

indícios de enriquecimento ilícito de agentes público federal em decorrência de

incompatibilidade patrimonial com a renda; tem rito inquisitorial, pois não há a quem

garantir prerrogativas de defesa, e pode ser conduzida por dois ou mais servidores (não

necessariamente estáveis). Dentre seus atos de instrução, pode-se fazer necessário

solicitar o afastamento de sigilos fiscal e bancário (primeiramente ao próprio

sindicado). A sindicância patrimonial tem prazo de trinta dias, podendo ser prorrogado

por igual período, e pode redundar em arquivamento, ou na instauração de Processo

Administrativo Disciplinar. Não obstante, da mesma forma como se aplica ao Processo

Administrativo Disciplinar, esses prazos não devem ser entendidos como fatais,

podendo, desde que haja motivação e justificativa, a sindicância ser novamente

designada após sessenta dias.

7.6.1 - Fases da Sindicância punitiva

a) Instauração - mediante portaria, conforme o Anexo F para o tipo investigatória, ou

o Anexo G para o tipo punitiva. A portaria designará seu Presidente, indicará de

forma sintética as irregularidades referentes aos atos e fatos a serem apurados e

individualizará o(s) acusado(s) ou imputado(s). A Comissão deverá atentar para o

fato da portaria ser OSTENSIVA.

b) Instrução - destina-se à apuração dos fatos, devendo ser enriquecida com todas as

diligências e meios de prova admitidos em direito. A instrução da Sindicância

deverá ser semelhante a do PAD ordinário. Assim, nesta fase, a comissão

promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências,

objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos,

de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. O Presidente da Comissão

emitirá relatórios para a autoridade instaladora que servirão de subsídio para

formação do juízo completo e concreto sobre os fatos apurados. Ressalte-se que, se

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-14 - ORIGINAL

for necessário ouvir testemunhas indicadas pelo Presidente da Comissão, as

mesmas terão que prestar depoimentos antes do acusado ou imputado, que deverá

ser cientificado quanto ao horário, data e local dos referidos depoimentos. Aplicam-

se à instrução os princípios do contraditório e da ampla defesa, devendo o servidor

acusado ou imputado ser notificado sobre a realização de todas as diligências.

c) Defesa - elaborada pelo servidor indiciado ou por procurador ou por defensor

dativo legalmente constituído. Não é vinculada a modelo ou forma previamente

estabelecida, devendo, entretanto, conter os aspectos, de fato e de direito,

favoráveis ao indiciado. Aplica-se à Sindicância as disposições do PAD ordinário

relativas a citação do indiciado para apresentar defesa escrita, no prazo de dez dias.

d) Relatório - resumirá as peças principais da Sindicância, fazendo referência às

páginas dos autos e mencionará as provas em que se baseou a Comissão para

formar sua convicção, de acordo com o Anexo H. Os autos da Sindicância serão

remetidos à autoridade instauradora para Julgamento. A Comissão de Sindicância

se dissolve automaticamente com a entrega do Relatório.

e) Julgamento - será proferido de acordo com o Anexo I e expressará a decisão da

autoridade instauradora da Sindicância.

7.6.2 - Resultados da Sindicância punitiva

a) O arquivamento, no caso de inexistência de irregularidade ou de impossibilidade de

se apurar a autoria;

b) A aplicação de penalidade de advertência ao servidor que tenha cometido falta de

violação dos arts. 116, 117, incisos de I a VIII e XIX da Lei n° 8.112/1990.

Também será aplicada a pena de advertência nos casos de inobservância de dever

funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique a

imposição de penalidade mais grave, mas que tenha causado algum prejuízo ao

serviço ou afetado o ambiente de trabalho;

c) A aplicação da penalidade de suspensão de até trinta dias ao servidor que tenha

cometido falta reincidente de advertência ou de violação do art. 117, incisos XVII e

XVIII da Lei n° 8.112/1990; e

d) A instauração de PAD ordinário, quando se verificar que a penalidade aplicável é a

de suspensão superior a trinta dias, demissão, cassação de aposentadoria ou

disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão. Os autos da Sindicância

integrarão o PAD ordinário, por anexação, como peça informativa da instrução.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-15 - ORIGINAL

7.6.3 - As penalidades decorrentes da Sindicância serão aplicadas por meio de Portaria do

dirigente da OM, ou por autoridade por ele delegada, de acordo com o Anexo J. Se

for encontrada responsabilidade de servidor não pertencente à OM, cópia da

Sindicância será encaminhada à OM de lotação do mesmo para imposição da

penalidade cabível, não sendo necessária a abertura de nova Sindicância.

7.7 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR SUMÁRIO (PAD SUMÁRIO)

7.7.1 - O PAD sumário somente é utilizado para a apuração das transgressões disciplinares de

abandono de cargo, inassiduidade habitual e acumulação ilícita de cargos, empregos

ou funções públicas. Ele será instaurado por uma Comissão composta por dois

servidores estáveis.

7.7.2 - Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais

de trinta dias consecutivos. A reassunção do exercício por parte do servidor que

houver abandonado o cargo não impede que ele seja processado e, se for o caso,

demitido em razão da aludida transgressão.

7.7.3 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por

sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

7.7.4 - É vedada a acumulação remunerada de cargos/empregos públicos, exceto quando

houver compatibilidade de horários, para:

a) dois cargos de professor (EC nº 19/1998);

b) um cargo de professor com outro técnico ou científico (EC nº 19/1998); e

c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas (EC nº 34/2001).

7.7.5 - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40

ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,

ressalvados os cargos acumuláveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os

cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

7.7.6 - Os militares, regidos pelos arts. 42 e 142 da Constituição Federal, reformados ou da

reserva remunerada que, até a data da promulgação da Emenda Constitucional nº 20,

de 1998, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de

provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição,

vinculados ao regime de previdência de que trata o art. 40 da Constituição, possuem o

direito de perceberem simultaneamente os valores decorrentes de proventos da

inatividade daquele e deste regime de previdência.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-16 - ORIGINAL

7.7.7 - A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias,

fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e

sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

7.7.8 - Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego

público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que

decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

7.7.9 - Medidas Preliminares

a) Fase pré-processual

I) Os servidores que estiverem na iminência de incorrerem nas infrações de

abandono de cargo e de inassiduidade habitual deverão ser alertados, por

escrito, de forma clara, pessoal e, se possível diretamente pelo Encarregado do

Setor de Pessoal Civil da sua OM de lotação, quanto à possibilidade de sofrerem

a penalidade de demissão, após o competente PAD sumário, caso se concretize

o número de faltas ao serviço necessário para configuração das referidas

infrações.

II) No caso de acumulação de cargos, o servidor deverá ser notificado, por sua

chefia imediata para optar, no prazo de dez dias improrrogáveis, por um dos

cargos acumulados ilegalmente. Havendo omissão, instaura-se o PAD sumário.

b) Inspeção de Saúde e Perícia Social

Nos casos de abandono de cargo e inassiduidade habitual é necessário que seja

observada a possibilidade de concessão de licenças e assistência aos servidores, de

modo que as alegações sobre problemas da própria saúde e de seus familiares sejam

apuradas antes da instauração do PAD sumário. O servidor deverá ser encaminhado

a inspeção de saúde com a finalidade de ser submetido a PAD, por junta de saúde, e

solicitado Inquérito Social, a ser executado pelo Serviço Social, a fim de firmar

juízo quanto à gravidade da falta, determinando, ou não, a instauração do PAD

sumário (observar art. 9.2 da DGPM-406).

7.7.10 - Caso se confirme a necessidade da instauração do processo, é obrigatória a inclusão,

nos autos, do Termo de Perícia Médica Sumária para ser submetido a PAD e do

Relatório Social.

7.7.11 - Não sendo possível a realização de tais providências antes da instauração do PAD

sumário, elas deverão ser realizadas durante a fase de instrução do mesmo. Não

sendo possível a realização dessas providências, principalmente por falta de

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-17 - ORIGINAL

cooperação do servidor, a Comissão deverá juntar aos autos os documentos

necessários à caracterização da impossibilidade, além de fazer menção do fato no

seu Relatório.

7.7.12 - Em face da necessidade da comprovação do "animus abandonandi", ou seja, a

ausência intencional e sem justa causa do servidor, nos casos de abandono de cargo

e de inassiduidade habitual, nos quais não se configure a sua inidoneidade moral ou

de qualquer outro requisito que o contra-indique para novo exercício de função

pública, poderá ser aceito o pedido de exoneração, de acordo com o art. 34 da Lei n°

8.112/1990, antes da instauração do PAD sumário.

7.7.13 - Fases do PAD Sumário

a) Instauração

O dirigente da OM que tomar conhecimento das irregularidades de acumulação de

cargos/empregos, abandono de cargo e de inassiduidade habitual (arts. 118, 138 e

139, da Lei n° 8.112/1990, respectivamente), é obrigado a instaurar PAD sumário

para apuração dos fatos. Para isso emitirá a Portaria de Designação da Comissão

do processo, modelo 02 do MPAD, que deverá ser composta por dois servidores

estáveis. A Portaria também:

I) designará o Presidente da Comissão, que, além de preencher o requisito de

estabilidade, deverá ser ocupante de cargo superior ou de mesmo nível que o

do acusado, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao deste;

II) identificará a pessoa do acusado, contendo, obrigatoriamente, o seu nome

completo e a sua matrícula SIAPE;

III) informará com precisão a infração disciplinar a este atribuída:

- acumulação ilícita de cargos, empregos ou funções públicas;

- abandono de cargo; e

- inassiduidade habitual.

A Comissão deverá atentar para o fato da Portaria ser OSTENSIVA.

b) Instrução Sumária (Indiciação/Defesa/Relatório)

I) Termo de Indiciação (modelo 35 do MPAD) - termo circunstanciado com a

descrição pormenorizada da materialidade, que deverá ser lavrado no período

de três dias após a instauração do PAD sumário. Serão transcritas as

informações que deram origem ao processo, tais como:

- no caso de acumulação de cargos/empregos: descrição dos cargos, empregos

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 7-18 - ORIGINAL

ou funções públicas em situação de acumulação ilícita, dos órgãos ou

entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do

correspondente regime jurídico;

- no caso de abandono de cargo/emprego: indicação precisa do período de

ausência intencional do servidor superior a trinta dias; e

- no caso de inassiduidade habitual: indicação dos dias de falta ao serviço sem

causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias

interpoladamente, durante o período de doze meses.

Imediatamente após a elaboração do Termo de Indiciação, o servidor deverá

ser citado para apresentar defesa escrita, no prazo de cinco dias, sendo-lhe

assegurada vista do PAD sumário na OM. A citação, modelo 40 do MPAD,

será feita pelo Presidente da Comissão e poderá ser efetivada por intermédio da

chefia imediata do servidor, no caso de acumulação de cargos/empregos.

II) Defesa - ato pelo qual o indiciado ou seu procurador ou defensor dativo, no

prazo de cinco dias após a citação pessoal ou quinze quando por Edital, com

direito à vista dos autos, apresentará, por escrito, a sua versão dos fatos. A

defesa não está sujeita a forma predeterminada, devendo, contudo, conter a

explanação, ponto a ponto, das razões do servidor para praticar tais fatos. A

citação terá como anexo o Termo de Indiciação.

No caso de acumulação de cargos/empregos, a opção formal do servidor por um

dos cargos/empregos até o último dia de prazo para a defesa, configurará sua

boa-fé, hipótese que se converterá, automaticamente, em pedido de exoneração

do outro cargo/emprego. No Relatório, o Presidente da Comissão deverá propor

o arquivamento do PAD sumário.

Se o indiciado, seu procurador ou defensor, requerer alguma diligência

considerada imprescindível ao esclarecimento da verdade, a juízo da Comissão,

o prazo para apresentar a defesa poderá ser prorrogado pelo dobro.

III) Relatório - termo circunstanciado onde a Comissão apresenta o exame imparcial

da questão, de acordo com o modelo 50 do MPAD, devendo se concentrar nas

peças que comprovem a irregularidade praticada de acumulação de

cargos/empregos e proventos ou abandono de cargo ou inassiduidade habitual,

concluindo pela inocência ou culpabilidade do servidor.

Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dispositivo

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OSTENSIVO - 7-19 - ORIGINAL

legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou

atenuantes. A fundamentação do dispositivo deve ser observada com bastante

atenção pela Comissão, que deverá abster-se de indicar a penalidade a ser

aplicada.

c) Julgamento

A autoridade instauradora deverá decidir sobre a culpabilidade do indiciado, com

base no PAD sumário, no prazo de cinco dias, contados do dia seguinte ao

recebimento dos autos. Caso a decisão seja pela culpabilidade do servidor, a

autoridade instauradora fará um Despacho Sumário do processo para a DPCvM,

que providenciará o envio do PAD sumário à autoridade competente para

Julgamento.

7.8 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ORDINÁRIO (PAD

ORDINÁRIO)

7.8.1 - O PAD ordinário é utilizado quando a irregularidade constatada possa resultar nas

penalidades de suspensão superior a trinta dias, destituição de cargo em comissão,

demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Ele é regido pela Lei nº

8.112/1990 e, subsidiariamente, pelo Código Penal (CP), Código de Processo Penal

(CPP), Código Civil (CC) e legislação e jurisprudências pertinentes. Ele será

instaurado por uma comissão composta de três servidores estáveis.

7.8.2 - O PAD ordinário será instaurado segundo o MPAD e seus anexos.

7.8.3 - Quando o Julgamento do processo for pela aplicação de advertência ou suspensão de

até trinta dias, a Portaria de aplicação de penalidade deverá ser anexada ao ofício de

encaminhamento dos autos à DPCvM para publicação no Boletim do Pessoal Civil e

inclusão no Sistema de Gerenciamento de Pessoal Civil da Marinha (GEPEC).

7.8.4 - Quando a autoridade instauradora decidir pela culpabilidade do indiciado e a

penalidade a ser aplicada não for de sua competência, o PAD ordinário será

encaminhado, por ofício à DPCvM, que providenciará o seu envio à autoridade

competente para Julgamento.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 8-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 8

PETIÇÃO, RECONSIDERAÇÃO E RECURSO

8.1 - CONCEITO

8.1.1 - Petição

É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de

direito ou interesse legítimo.O direito de petição é, também, assegurado ao servidor

contratado por tempo determinado por excepcional interesse público, de acordo com a

Lei nº 8.745/1993.

8.1.2 - Requerimento

É o meio pelo qual o servidor efetua a sua petição. Por ela, o servidor requer aos

Poderes Públicos o seu direito ou interesse legítimo. O requerimento será dirigido à

autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que

estiver imediatamente subordinado o requerente. Na MB, o requerimento deve ser

endereçado ao dirigente da Organização Militar (OM) de lotação do servidor, exceto

nos casos em que já tenham sido definidas as autoridades competentes para exarar a

decisão. O requerimento deve conter a explanação completa do pretendido, além da

qualificação do requerente, com a denominação do cargo ocupado, nome completo,

NIP e Matrícula SIAPE. Sugere-se que seja adotado, preferencialmente, o modelo em

Anexo K. A decisão da autoridade será apresentada no modelo do Anexo L.

8.1.3 - Reconsideração

É um requerimento posterior, efetuado quando a decisão, apresentada no requerimento

de petição, for contrária ao direito ou interesse do servidor. Cabe pedido de

reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira

decisão, não podendo ser renovado. Nele, o servidor pleiteia uma solução favorável

aos seus interesses, ou seja, que a autoridade reconsidere a decisão anterior.

8.1.4 - Recurso

É um outro requerimento posterior que o servidor dirige às autoridades

hierarquicamente superiores àquela que não atendeu à reconsideração pleiteada,

objetivando outra decisão, diversa da anterior e favorável aos seus interesses.

8.1.5 - Despacho de Encaminhamento

É o encaminhamento do requerimento à autoridade competente para exarar a decisão.

O requerimento tramitará juntamente com o parecer ou manifestação de quem a

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 8-2 - ORIGINAL

encaminhar para decisão da autoridade competente.

8.1.6 - Decisão

É o deferimento ou indeferimento proferido pela autoridade competente, no

requerimento do servidor.

8.2 - DISPOSIÇÕES GERAIS

8.2.1 - Nenhum requerimento, de petição, reconsideração ou recurso, qualquer que seja a

forma, poderá:

a) ser dirigido a autoridade não competente para decidi-lo; e

b) ser encaminhado senão por intermédio da autoridade a que o servidor estiver

diretamente subordinado.

8.2.2 - O requerimento de petição, reconsideração ou recurso, deve ser assinado pelo próprio

servidor ou por procurador regularmente constituído (advogado ou não).

8.2.3 - Nos casos de direito ou interesse legítimo de vários servidores, as petições poderão ser

formuladas em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

8.2.4 - O requerimento de reconsideração só será cabível quando apresentar argumentos

novos.

8.2.5 - Caberá o requerimento de recurso quando o de reconsideração for indeferido, ou não

decidido, no prazo de trinta dias.

8.2.6 - O requerimento de recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que

tenha expedido o ato ou proferido a decisão de reconsideração ou anterior, e,

sucessivamente, na escala hierárquica, às demais autoridades.

8.2.7 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade

competente.

8.2.8 - Nenhum requerimento de reconsideração ou recurso poderá ser encaminhado mais de

uma vez à mesma autoridade.

8.2.9 - Todos os requerimentos de reconsideração e de recurso devem ser fundamentados de

modo expresso, claro, conciso e com elementos capazes de possibilitar a imediata

relação entre a decisão proferida e a pretensão alegada.

8.2.10 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento,

na repartição, ao servidor ou ao procurador por ele constituído.

8.2.11 - Os requerimentos de petição e de reconsideração deverão ser despachados no prazo

de cinco dias e decididos dentro de trinta dias.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 8-3 - ORIGINAL

8.2.12 - A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de

ilegalidade.

8.3 - PROCEDIMENTO

8.3.1 - Para exercer o direito de petição, o servidor ativo deverá procurar o Setor de Pessoal

Civil da sua OM de lotação e preencher o requerimento do Anexo K. O servidor

inativo ou pensionista deverá procurar a Organização Militar de Apoio e Contato

(OMAC) mais próxima de sua residência ou enviar o requerimento, qualquer que seja

a forma, à Diretoria do Pessoal Civil da Marinha (DPCvM) ou ao Serviço de Inativos

e Pensionistas da Marinha (SIPM).

8.3.2 - O prazo para interposição de requerimento de reconsideração ou de recurso é de trinta

dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão dada.

8.3.3 - Os requerimentos de recurso relativos a atos e decisões administrativas que envolvam

penalidades disciplinares devem observar a cadeia de comando estabelecida na

estrutura organizacional da Marinha do Brasil, segundo o posicionamento da OM de

lotação do servidor.

8.3.4 - Os requerimentos de recursos de pleitos ligados à vida funcional do servidor, serão

dirigidos, sucessivamente, ao Diretor do Pessoal Civil da Marinha (DPCvM), ao

Diretor-Geral do Pessoal da Marinha (DGPM) e ao Comandante da Marinha (CM),

sempre por intermédio da OM de sua lotação, obedecendo a cadeia hierárquica.

8.3.5 - Todo parecer ou decisão dada em requerimentos de petição, reconsideração ou recurso

do servidor, deve ser lavrado com clareza, precisão e sobriedade de linguagem, sem

aspereza e parcialidade, e devidamente fundamentado na legislação pertinente.

8.3.6 - Antes de proferida a decisão final nos requerimentos de petição, reconsideração ou

recurso, não serão prestadas ao servidor informações sobre o objeto da decisão. Serão

prestadas, apenas, informações relativas ao andamento do processo.

8.3.7 - Os requerimentos endereçados à DPCvM, após a decisão final, terão as respectivas

decisões publicadas em Boletim da Marinha do Brasil - Pessoal Civil (TOMO III),

para conhecimento dos interessados. Os requerimentos serão arquivados na DPCvM.

8.3.8 - Caberá ao Setor de Pessoal Civil da OM de lotação do servidor, dar conhecimento da

decisão final ao interessado, à vista da publicação no citado Boletim e lançar as

informações pertinentes na Caderneta-Registro (CR) do servidor.

8.3.9 - No caso de servidor inativo, ou de pensionista, quando a decisão dada implicar na

percepção de vantagem pecuniária, tal fato será comunicado ao SIPM por Boletim de

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 8-4 - ORIGINAL

Revisão de Proventos (BRP), emitido pela DPCvM, a fim de que seja cumprida a

ação de pagamento pertinente.

8.3.10 - A DPCvM dará conhecimento ao servidor inativo, ou pensionista, a decisão final

dada, por meio de carta.

8.4 - PRESCRIÇÃO

8.4.1 - O direito de requerer, na esfera administrativa, prescreverá em:

a) cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou

disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das

relações de trabalho; e

b) 120 dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

8.4.2 - Os requerimentos de reconsideração e de recurso, quando cabíveis, interrompem a

prescrição.

8.4.3 - Não é computado, no prazo prescricional, o interregno de tempo compreendido entre o

dia do recebimento, na OM de lotação, dos requerimentos de reconsideração e recurso

e a data em que se der ciência, ao servidor, da decisão administrativa pertinente.

8.4.4 - Os prazos de reclamação, na esfera administrativa, são peremptórios e fatais, salvo

motivo de força maior. Assim, não pode a administração analisar requerimentos de

reconsideração e de recurso extemporâneos, os quais serão liminarmente indeferidos.

Não possui a administração, em suma, competência para avaliar pretensões prescritas.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 9-1 - ORIGINAL

CAPÍTULO 9

ACUMULAÇÃO DE CARGOS/EMPREGOS E PROVENTOS

9.1 - CONCEITO

9.1.1 - É vedada a acumulação remunerada de cargos/empregos públicos, exceto, quando

houver compatibilidade de horários, para:

a) dois cargos de professor (EC nº 19/1998);

b) um cargo de professor com outro técnico ou científico (EC nº 19/1998);

c) dois cargos privativos de médicos; e

d) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas (EC nº 34/2001).

9.1.2 - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40

ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,

ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e

os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

9.1.3 - Os militares, regidos pelos arts. 42 e 142 da Constituição Federal, reformados ou da

reserva remunerada que, até a data da promulgação da Emenda Constitucional nº 20,

de 1998, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de

provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição,

vinculados ao regime de previdência de que trata o art. 40 da Constituição, possuem o

direito de perceberem simultaneamente os valores decorrentes de proventos da

inatividade daquele e deste regime de previdência.

9.1.4 - A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias,

fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e

sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

9.1.5 - Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego

público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que

decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

9.1.6 - Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos/empregos públicos, o

dirigente da Organização Militar (OM) de lotação do servidor o notificará para

apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência. Na

hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 9-2 - ORIGINAL

regularização imediata, por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD). O

PAD sumário será conduzido de acordo com Capítulo 7.

9.2 - DISPOSIÇÕES GERAIS

9.2.1 - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,

fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do

Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

9.2.2 - A acumulação de cargos/empregos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação

da compatibilidade de horários.

9.2.3 - As regras de acumulação de cargos/empregos ou de percepção de vencimento com

provento aplicam-se também aos servidores contratados com base na Lei n°

8.745/1993.

9.2.4 - O servidor estável que desejar tomar posse em outro cargo/emprego inacumulável,

poderá pedir vacância do cargo/emprego, na forma do art. 33, inciso VIII, combinado

com o art. 29, inciso I, ambos da Lei n° 8.112/1990.

9.3 - PROCEDIMENTO

9.3.1 - No ato da posse do servidor em cargo da MB

a) O servidor deverá procurar o Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado

para preencher a Declaração de Acumulação de Cargos/Empregos e Proventos,

conforme o modelo do Anexo M.

b) No caso do servidor declarar que não exerce cargo/emprego e que não percebe

provento decorrente de aposentadoria, a OM de lotação do servidor deverá:

- arquivar a Declaração de Acumulação na pasta de assentamentos funcionais do

servidor e registrar as informações na CR do servidor; e

- remeter cópia da Declaração de Acumulação, assinada pelo servidor, à DPCvM

para inclusão das informações no GEPEC.

c) Caso seja declarada a acumulação de cargo/emprego, a OM encaminhará a

DPCvM um expediente sobre a acumulação de cargos/empregos, anexando a

Declaração de Acumulação assinada pelo servidor, um documento do órgão do

outro cargo/emprego onde conste: data de nomeação e do exercício do cargo;

matrícula; regime jurídico; horário de trabalho; remuneração; e, carga horária. A

OM deverá manter em arquivo uma cópia deste expediente e seus anexos.

d) No caso de ser declarada a percepção de provento de aposentadoria, a OM

encaminhará à DPCvM um expediente sobre acumulação de proventos, anexando

a Declaração de Acumulação assinada pelo servidor, cópia da portaria onde conste

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - 9-3 - ORIGINAL

o cargo/emprego no qual se deu a aposentadoria ou do Diário Oficial (DO) que a

publicou.

e) O expediente será analisado pela DPCvM. Caso a acumulação esteja enquadrada

na legislação vigente, a DPCvM:

- emitirá uma Portaria de Homologação de Acumulação de Cargos;

- publicará a Portaria no Boletim da Marinha do Brasil - Pessoal Civil - TOMO III;

- enviará cópia da Portaria a OM de lotação do servidor; e

- arquivará o expediente.

f) A OM deverá:

- publicar em OS a Portaria de Homologação e Acumulação de Cargos;

- lançar essas informações e arquivar cópia da Portaria, na CR do servidor; e

- remeter cópia da OS à DPCvM para inclusão das informações no GEPEC.

g) Caso a acumulação não esteja enquadrada na legislação vigente, a DPCvM

devolve o expediente a OM com orientações para que o servidor:

- no caso de acumulação de cargos/empregos, faça opção por um dos cargos/empregos;

- na hipótese de acumulação com provento de aposentadoria, faça opção pelo

cargo/emprego ou por renunciar aos proventos, conforme o modelo do Anexo N; e

- seja cientificado de que, se não atender a essas orientações, estará sujeito a

responder a Processo Administrativo Disciplinar com procedimento sumário.

h) A OM deverá:

- retornar à DPCvM o expediente, anexando cópia da opção feita pelo servidor; e

- lançar essas informações na CR do servidor.

9.3.2 - No ato da posse de servidor da MB em outro cargo/emprego extra-MB

a) O servidor que tomar posse em outro cargo/emprego acumulável deverá procurar o

Setor de Pessoal Civil da OM onde estiver lotado para preencher a Declaração de

Acumulação de Cargos/Empregos e Proventos, conforme o modelo do Anexo M,

apresentando um documento do órgão extra-MB onde conste: data de nomeação e

exercício do cargo; matrícula; regime jurídico; horário de trabalho; remuneração;

e, carga horária.

b) A OM de lotação do servidor deverá encaminhar à DPCvM um expediente de

acumulação de cargos/empregos para análise e o procedimento passa a ser

semelhante ao do item anterior.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - A-1 - ORIGINAL

ANEXO A

MODELO DE PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS

MARINHA DO BRASIL

OM

PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS DO ANO DE ...............

NOME: NIP:

SIAPE: SIPE: DEPTº: MÊS(es):

1. RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE .................... O.S.

2. PERÍODOS:

1º PERÍODO DE FÉRIAS: _____/_____/_____ à ______/_____/____

2º PERÍODO DE FÉRIAS: _____/_____/_____ à _____/_____/_____

3º PERÍODO DE FÉRIAS: _____/_____/_____ à _____/_____/_____

_____/______ _____/______ _____/______

3. ADICIONAL DE 1/3 DE FÉRIAS (pago automaticamente por ocasião das férias):

_____/______

4. ADIANTAMENTO GRATIFICAÇÃO NATALINA: SIM ( ) NÃO ( ) _____/______

5. FÉRIAS ANTECIPADAS: 1º Período SIM ( ) NÃO ( )

2º Período SIM ( ) NÃO ( )

3º Período SIM ( ) NÃO ( )

_____/______ _____/______ _____/______

Nota: FÉRIAS ANTECIPADAS - Caso não haja manifestação por parte do servidor não será paga.

____________________________ ____/____/____ _____________________________ Assinatura do Servidor Data Assinatura Enc. do Setor AUTORIZO: __________________________________ Dirigente da OM

= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Solicito alterar meus períodos de férias para os abaixo indicados:

ALTERAÇÃO DOS PERÍODOS DE FÉRIAS

OS DE: PARA:

1º PERÍODO 1º PERÍODO _____/_____

2º PERÍODO 2º PERÍODO _____/______

3º PERÍODO 3º PERÍODO _____/______

____________________________ ____/____/____ _____________________________ Assinatura do Servidor Data Assinatura Enc. do Setor AUTORIZO: __________________________________ Dirigente da OM

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO -B-1 - ORIGINAL

ANEXO B

MODELO DE REQUERIMENTO PARA LICENÇA POR MOTIVO

DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

MARINHA DO BRASIL

(OM)

LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

(1) Exmo. Sr./Sr. – citar cargo do dirigente da OM)

(nome do servidor), NIP, cargo/emprego, código/nível/classe/padrão, Matr.

SIAPE, lotado (citar OM de lotação), comunicando que (nome da pessoa da família e

parentesco) se encontra doente, requer inspeção de saúde para o mesmo e licença para si, nos

termos do art. 83 da Lei n° 8.112/1990.

Nestes termos, pede deferimento. Em____ de ____________________ de ______.

________________________ Assinatura do requerente

Residência da pessoa enferma: __________________________________________________

_________________________________________________ Tel.: _____________________

Residência do requerente: ______________________________________________________

_________________________________________________ Tel.: _____________________

(2) Encaminhamento: (3) Conforme consta dos assentamentos individuais do interessado, (nome da pessoa

enferma), (é/não é) dependente do servidor (citar nome do servidor).

Em _____ de _______________________ de _____.

_____________________________________ Nome/posto/cargo e assinatura do informante

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO -B-2 - ORIGINAL

(4) Encaminhamento: (5) Em vista da informação, encaminho à (denominação da JS), para proceder à

inspeção médica, de acordo com o art. 83 da Lei nº 8.112/1990.

Comunique-se ao interessado.

_______________________________________________

(Nome/posto/cargo e assinatura da autoridade competente)

(6) (Nome da pessoa enferma) deverá apresentar-se à Junta de Saúde em

___/___/_____, no (local) às _________horas.

Em _____ de _______________________ de _____.

_____________________________________ Nome/posto/cargo e assinatura do responsável

(7) Despacho

Em face do laudo médico, resolvo (conceder/negar) a licença, no período de

___/___/____ a ___/___/____, nos termos do art. 83 da Lei nº 8.112/1990.

Em ____ de __________________ de ______.

______________________________________________ Nome/posto/cargo e assinatura da autoridade competente

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - C-1 - ORIGINAL

ANEXO C

MODELO DE REQUERIMENTO PARA LICENÇA PARA TRATAMENTO

DE SAÚDE/PRORROGAÇÃO DE LICENÇA

MARINHA DO BRASIL

(OM)

LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE/PRORROGAÇÃO DE LICENÇA

(1) (Exmº Sr. / Sr. – citar cargo do dirigente da OM)

(nome do servidor), NIP, cargo/emprego, código/nível/classe/padrão, Matr.

SIAPE, lotado (citar OM de lotação), comunicando que se encontra doente, requer inspeção de saúde, para (concessão de LTS / prorrogação de LTS) concedida por despacho do ________________, de acordo com o art.(citar art. 202/203), da Lei n° 8.112/1990.

Nestes termos, pede deferimento. Em____ de ____________________ de ______.

________________________ Assinatura do Requerente

Residência atual: (endereço completo) Tel: _______________ (2) Encaminhamento: 3) Encaminho à (denominação da JS) _____________________________________________ ___________________________________________________________________________ para proceder a inspeção de saúde, de acordo com o art. (citar o art. 202/203), da Lei n° 8.112/1990.

Comunique-se ao interessado. Em _____ de _______________________ de ______.

______________________________________________ Nome/posto/cargo e assinatura da autoridade competente

(4) Encaminhamento:

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - C-2 - ORIGINAL

ATESTADO/LAUDO MÉDICO

Atest____ que examin ____________ (nome da pessoa a ser examinada) _____, no dia ____/____/____ no (citar o local)_______, às ____ horas, verificando que:

_________________, em _____ de _____________ de ______.

________________________________ Carimbo/assinatura do Médico/Médicos

(6) Despacho

Em face do (atestado/laudo médico), resolvo (conceder/negar) (LTS, prorrogação

da LTS), inclusive, nos termos do art. _____ da Lei n° 8.112/1990. Em ____ de __________________ de ______.

______________________________________________ Nome/posto/cargo e assinatura da autoridade competente

Observações: Acidente de Trabalho? _____ Doença Profissional? ______

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - D-1 - ORIGINAL

ANEXO D

MODELO DE CADASTRO PARA AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR

MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DO PESSOAL CIVIL DA MARINHA

NOME DA OM: ____________________________________________________________________________

CADASTRO PARA AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR

Decreto nº 977, de 10NOV1993

NOME DO BENEFICIÁRIO: __________________________________________________ CARGO/EMPREGO/POSTO/GRADUAÇÃO: _____________________________________ MATR. SIAPE: __________________________________ NIP: _______________________ ENDEREÇO: _________________________________________TEL: __________________ CÔNJUGE: _________________________________________________________________ LOCAL DE TRABALHO: ________________________________TEL: ________________ SERVIDOR DIVORCIADO OU SEPARADO, A CRIANÇA VIVE SOB A GUARDA:

PAI MÃE

DEPENDENTE (Faixa Etária: desde o nascimento até cinco anos de idade)

DATA DE NASCIMENTO

GRAU DE PARENTESCO

FILHO TUTELADO

Declaro, sob as penas da lei, que as informações prestadas são verdadeiras. Em __________ de __________________________ de _____.

____________________________ Assinatura do servidor

Documentação a ser apresentada:

- Certidão de Nascimento. - Termo de Tutela e Certidão de Nascimento (quando for o caso). - Declaração do Cônjuge ou Companheiro (a), quando ambos forem servidores públicos, de

que não usufrui do mesmo benefício. - Laudo Médico, no caso do dependente ser excepcional.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - E-1 - ORIGINAL

ANEXO E

CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS FALTAS DISCIPLINARES E AS PENALIDADES ESTABELECIDAS NA LEI Nº 8.112/1990

FALTAS DISCIPLINARES PENALIDADES

Deixar de cumprir as determina-ções constantes dos arts. 116 e 117, incisos I a VIII e XIX, da Lei nº 8.112/1990, e da regula-mentação ou norma interna da OM.

A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional pre-visto em lei, regulamentação ou norma interna (art.129 da Lei nº 8.112/1990). Advertência (art. 127, I, da Lei nº 8.112/1990).

Recusar-se a ser submetido à inspeção médica (art. 130, § 1º, da Lei nº 8.112/1990).

Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser sub-metido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação (art. 130, I, da Lei nº 8.112/1990). Suspensão (art. 127, II, da Lei nº 8.112/1990).

Ser reincidente nas faltas relati-vas aos art. 116 e 117, incisos I a VIII e XIX, da Lei nº 8.112/1990, e da regulamentação ou norma interna da OM ou deixar de cum-prir as determinações constantes do art. 117, XVII e XVIII, da Lei nº 8.112/1990.

A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das de-mais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias (art. 130 da Lei nº 8.112/1990). Suspensão (art. 127, II, da Lei nº 8.112/1990). A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão (art. 135 da Lei nº 8.112/1990). Destituição de Cargo em Comissão (art. 127, V, da Lei nº 8.112/1990).

Ser reincidente nas faltas relati-vas aos arts. 116 e 117, incisos XVII e XVIII, da Lei nº 8.112/1990. Determinações adicionais cons-tam dos arts. 135, 136 e 137 da Lei nº 8.112/1990.

Destituição de Cargo em Comissão (art. 127, V, da Lei nº 8.112/1990).

Deixar de cumprir as determina-ções constantes dos art. 117, inci-sos IX a XVI, e 132 da Lei nº 8.112/1990. Determinações adicionais cons-tam dos arts. 136 e 137 da Lei nº 8.112/1990

A demissão será aplicada nos casos estabelecidos no art. 132 da Lei nº 8.112/1990. Demissão (art. 127, III, da Lei nº 8.112/1990). Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão (art. 134 da Lei nº 8.112/1990). Cassação de Disponibilidade e Aposentadoria (art. 127, IV, da Lei nº 8.112/1990).

O servidor também poderá sofrer penalidade de suspensão no caso de infringir o art. 116 mesmo que não reincidente, quando a falta vier a causar dano patrimonial ou conceitual à OM ou, ainda, se for constatada circunstância agravante.

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - F-1 - ORIGINAL

ANEXO F

(Correspondente ao Modelo 02 do MPAD)

MODELO DE PORTARIA DE DESIGNAÇÃO DE SINDICÂNCIA

INVESTIGATÓRIA OU PREPARATÓRIA

MARINHA DO BRASIL

(OM da autoridade instauradora)

Portaria nº ____, de ____de ____________de ______

O (cargo da autoridade instauradora) no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no

art. 143 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RESOLVE:

Designar (nome, cargo e matrícula SIAPE) ou (nome, cargo e matrícula SIAPE), (nome, cargo e matrícula SIAPE)

e (nome, cargo e matrícula SIAPE), para, sob a presidência do primeiro, constituírem Comissão de

Sindicância, com sede em (cidade e unidade da federação), incumbida de apurar as possíveis

irregularidades referentes aos atos e fatos (indicar de forma sintética), bem como as demais infrações

conexas que emergirem no decorrer da apuração.

______________________________________________ (nome e assinatura da autoridade instauradora)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - G-1 - ORIGINAL

ANEXO G

(Correspondente ao Modelo 02 do MPAD)

MODELO DE PORTARIA DE DESIGNAÇÃO DE SINDICÂNCIA ACUSATÓRIA

OU PUNITIVA

MARINHA DO BRASIL

(OM da autoridade instauradora)

Portaria nº ____, de ____de ____________de ______

O (cargo da autoridade instauradora) no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no

art. 143 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RESOLVE:

Designar (nome, cargo e matrícula SIAPE), (nome, cargo e matrícula SIAPE) e/ou (nome, cargo e matrícula

SIAPE), para, sob a presidência do primeiro, constituírem Comissão de Sindicância, com sede

em (cidade e unidade da federação), incumbida de apurar as irregularidades referentes aos atos e fatos

(indicar de forma sintética), atribuídas a (nome, cargo e matrícula SIAPE) e (nome, cargo e matrícula SIAPE), bem como

as demais infrações conexas que emergirem no decorrer da apuração.

______________________________________________ (nome e assinatura da autoridade instauradora)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - H-1 - ORIGINAL

ANEXO H

(Correspondente ao Modelo 50 do MPAD)

MODELO DE RELATÓRIO DA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA

MARINHA DO BRASIL

(OM da autoridade instauradora)

RELATÓRIO

Ilmo. Sr. (cargo da autoridade instauradora).

A Comissão de Sindicância designada por V. Sa. para apurar as irregularidades

referentes aos atos e fatos (indicar de forma sintética), atribuídas a (nome, cargo e matrícula SIAPE) e (nome, cargo

e matrícula SIAPE), bem como as demais infrações conexas que emergirem no decorrer da

apuração, vem apresentar o respectivo relatório, após a audiência de (tantas) testemunhas, da

realização de (tantas) diligências e após apreciar a defesa do(s) indiciado(s).

1 - Antecedentes

Vieram os fatos ao conhecimento (de V. Sa.) (dessa OM) (do denunciante) pelo que V. Sa.

houve por bem baixar a Portaria nº ______, de ____ de ____________ de ______,

designando esta Comissão para apurar as irregularidades.

2 - Os atos e fatos

Do que foi possível a esta Comissão apurar, verifica-se:

I) que (relatar, com precisão e sem comentários, os acontecimentos);

II) que (relatar, com precisão e sem comentários, os acontecimentos);

III) que (relatar, com precisão e sem comentários, os acontecimentos);

3 - Defesa do(s) indiciado(s)

Da(s) defesa(s) acostada(s) na Sindicância, cumpre fazer os seguintes

comentários, para efeito, principalmente, de confrontá-las com o que contém o item anterior,

tal como se vê abaixo:

I) servidor (nome e comentários).

II) servidor (nome e comentários).

4 - Responsabilidades

De todo o exposto, somos de opinião:

I) quanto ao acusado (nome, cargo e matrícula SIAPE):

a) que (tecer os comentários cabíveis precisando a culpa ou inocência).

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - H-2 - ORIGINAL

b) que (tecer os comentários cabíveis precisando a culpa ou inocência).

c) que (tecer os comentários cabíveis precisando a culpa ou inocência).

II) quanto ao acusado (nome, cargo e matrícula SIAPE):

a) que (tecer os comentários cabíveis precisando a culpa ou inocência).

b) que (tecer os comentários cabíveis precisando a culpa ou inocência).

c) que (tecer os comentários cabíveis precisando a culpa ou inocência).

5 - Conclusões

Definida a situação de cada um dos acusados, concluímos:

a) que (nome, cargo e matrícula SIAPE) infringiu o inciso ____ do art. ____ da Lei nº

8.112/1990; e

b) que (nome, cargo e matrícula SIAPE) não violou dispositivo legal.

Este é o relatório.

Brasília, DF, em ____ de ____________ de ______

______________________________________________

(nome e assinatura do Presidente)

__________________________________ _________________________________

(nome e assinatura do componente da Comissão) (nome e assinatura do componente da Comissão)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - I-1 - ORIGINAL

ANEXO I (Correspondente ao Modelo 51 do MPAD)

MODELO DE JULGAMENTO DE SINDICÂNCIA

MARINHA DO BRASIL

(OM da autoridade instauradora)

JULGAMENTO

Vistos e examinados os autos da presente Sindicância que instaurei para apurar as

irregularidades referentes aos atos e fatos (indicar de forma sintética), atribuídas a (nome, cargo e matrícula

SIAPE) e (nome, cargo e matrícula SIAPE), verifiquei:

I - quanto a (nome, cargo e matrícula SIAPE):

a) que (apreciar circunstanciadamente os fatos);

b) que (apreciar circunstanciadamente os fatos); e

c) que (apreciar circunstanciadamente os fatos).

II - quanto a (nome, cargo e matrícula SIAPE):

a) que (apreciar circunstanciadamente os fatos);

b) que (apreciar circunstanciadamente os fatos); e

c) que (apreciar circunstanciadamente os fatos).

Isto posto, julgo:

a) (nome, cargo e matrícula SIAPE), incurso no art. ____ da Lei nº 8.112/1990; e

b) (nome, cargo e matrícula SIAPE), isento de penalidade e culpa.

Aplico a penalidade disciplinar de (advertência/suspensão por dias), de acordo com o art.

____ da mesma lei, para o que deverá ser emitida a competente Portaria.

ou

Deixo de aplicar a penalidade, por escapar à minha alçada, conforme estabelece o

art. 141 inciso II da Lei nº 8.1112/1990, razão pela qual arquive-se a presente Sindicância e

instaure-se um Processo Administrativo Disciplinar.

Brasília, DF, em ____ de ____________ de ______

______________________________________________

(nome e assinatura da autoridade instauradora)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - J-1 - ORIGINAL

ANEXO J

(Correspondente ao Modelo 52 do MPAD)

MODELO DE PORTARIA DE APLICAÇÃO DE PENALIDADE

MARINHA DO BRASIL

(OM)

Portaria nº ____, de ____de ____________de ______

O (dirigente da OM) no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 141,

III, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, bem como a Solução da Sindicância

incumbida de apurar as irregularidades referentes aos atos e fatos (indicar de forma sintética),

RESOLVE:

Aplicar a penalidade de (advertência ou suspensão de ____dias) ao servidor (nome, cargo e matrícula

SIAPE), por ter infringido o disposto no (citar os dispositivos legais).

______________________________________________ (nome e assinatura do dirigente da OM)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - K-1 - ORIGINAL

ANEXO K

MODELO DE REQUERIMENTO DE PETIÇÃO

MARINHA DO BRASIL

(OM)

REQUERIMENTO

CAMPO 1 (PREENCHER COM A QUALIFICAÇÃO DO SERVIDOR)

ATIVO INATIVO PENSIONISTA

MATRÍCULA SIAPE NOME NIP

CARGO CÓDIGO CLASSE PADRÃO

RESIDÊNCIA/ENDEREÇO

BAIRRO MUNICÍPIO CIDADE UF CEP TEL. RESIDENCIAL

EXERCÍCIO-OM/ORGÃO-UF TELEFONE RAMAL

CAMPO 2 AO.........(PREENCHER COM O TÍTULO DA AUTORIDADE A QUAL O REQUERIMENTO ESTÁ SENDO DIRIGIDO)

REQUEIRO:

01 ALTERAÇÃO DE DADOS PESSOAIS/FUNCIONAIS 02 APOSENTADORIA (REVISÃO DE PROVENTOS) 03 DESIGNAÇÃO DE BENEFICIÁRIO 04 VACÂNCIA 05 DISPENSA (FG/EMPREGO)

06 ENQUADRAMENTO 07 EXONERAÇÃO (DAS/CARGO) 08 HORÁRIO ESPECIAL PARA SERVIDOR ESTUDANTE

09 INCORPORAÇÃO DE FUNÇÃO (DÉCIMOS/QUINTOS) 10 LICENÇAS (CONCESSÃO/ALTERAÇÃO/

INTERRUPÇÃO/AFASTAMENTO) (ESPECIFICAR) 11 PAGAMENTO DE ATRASADOS 12 PENSÃO (CONCESSÃO/ALTERAÇÃO/REVERSÃO) 13 PROGRESSÕES/REPOSICIONAMENTO 14 REMOÇÃO 15 REVERSÃO 16 TEMPO DE SERVIÇO (CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-

CIÁRIA/CONTAGEM/AVERBAÇÃO/CERTIDÃO)

17 OUTROS (ESPECIFICAR)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - K-2 - ORIGINAL

CAMPO 3 .........(PREENCHER COM A EXPLANAÇÃO E FUNDAMENTO LEGAL DA PETIÇÃO. DISCRIMINAR DOCUMENTOS

ANEXOS, QUANDO FOR O CASO. SE O ESPAÇO FOR INSUFICIENTE, UTILIZAR FOLHA COMPLEMENTAR) ______________________, _______/______/_______ ________________________________________

ASSINATURA DO REQUERENTE

CAMPO 4 (PREENCHER COM A MANIFESTAÇÃO DO SETOR COMPETENTE, NO CASO DE DECISÃO INTERNA. OBRIGATÓRIO

NO CASO DE PETIÇÃO DE SERVIDOR ATIVO)

__________________________, ______/______/_____ _____________________________________________

ENCARREGADO DO SETOR COMPETENTE

CAMPO 5 (PREENCHER COM A MANIFESTAÇÃO DO COMANDANTE OU DIRETOR DA OM, NO CASO DE DECISÃO EXTERNA)

________________________, _____/_______/________ _______________________________________________

COMANDANTE OU DIRETOR DA OM

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - L-1 - ORIGINAL

ANEXO L

MODELO DE DECISÃO

MARINHA DO BRASIL

(OM)

D E C I S Ã O

Nº .......... Cidade, UF. Em ..... de ........... de ...........

Nome

NIP SIAPE

OM

Referência Protocolo:

Endereço

(no caso de servidor

inativo ou pensionista)

Assunto

DEFERIDO, ou

INDEFERIDO,

nome da autoridade

posto cargo

Cópias: DPCvM-nº

DPCvM-41.2 (Bol MB) Arquivo

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - M-1 - ORIGINAL

ANEXO M

MODELO DE DECLARAÇÃO DE ACUMULAÇÃO

DE CARGOS/EMPREGOS E PROVENTOS

MARINHA DO BRASIL

(OM de lotação do servidor)

DECLARAÇÃO DE ACUMULAÇÃO DE CARGOS/EMPREGOS E PROVENTOS

Declaro, em consonância com o disposto nos incisos XVI e XVII, e do § 10, do

art. 37 da Constituição Federal e no Decreto n° 2.027, de 11 de outubro de 1996, que

(exerço/não exerço) o (cargo/emprego/função) no(a) (órgão/entidade) , e que (percebo/não

percebo) provento decorrente de aposentadoria no (citar o cargo/emprego no qual se aposentou e o

órgão/entidade onde exercia o cargo/emprego).

Comprometo-me a comunicar à (ao) (Organização Militar de lotação) qualquer

alteração que vier a ocorrer em minha vida funcional, que não atenda aos dispositivos legais

previstos para a acumulação de cargos ou de proventos.

Estou ciente que declarar falsamente é crime previsto na Lei Penal, e que por ele

responderei, independente das sanções administrativas, caso se comprove a não veracidade do

declarado neste documento.

_____________________________ (Local e data)

____________________________________ (Assinatura do servidor)

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OSTENSIVO DGPM-204

OSTENSIVO - N-1 - ORIGINAL

ANEXO N

MODELO DE TERMO DE OPÇÃO

MARINHA DO BRASIL (OM de lotação do servidor)

TERMO DE OPÇÃO

Em consonância com o disposto nos incisos XVI e XVII do artigo 37 da

Constituição Federal, e no art. 1° do Decreto n° 2.027, de 11 de outubro de 1996, e

considerando estar regularmente aposentado no cargo/emprego (citar o cargo/emprego), da estrutura

do(a) (citar o órgão), inacumulável na atividade com o cargo/emprego de (citar o cargo/emprego para o qual

foi nomeado), manifesto opção pelo vencimento do cargo/emprego que passarei a exercer,

renunciando, desde já, ao provento que atualmente percebo, em razão da aposentadoria acima

citada.

Estou ciente de que somente após comprovar a (exoneração ou desligamento do

(cargo/emprego) que atualmente exerço, junto ao órgão de recursos humanos ao qual está

vinculada a minha aposentadoria, é que terei restabelecido o direito à percepção do provento

correspondente.

_____________________ (Local e data)

____________________________________ (Assinatura do servidor)