normas para a execução de obras, reparos e serviços em vias públicas - resoluÇÃo seconserva...

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1 NORMAS PARA A EXECUÇÃO DE OBRAS, REPAROS E SERVIÇOS EM VIAS PÚBLICAS ÍNDICE INTRODUÇÃO CAPÍTULO I ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS 1) Estética e Limpeza 2) Segurança 3) Placas identificadoras CAPÍTULO II DA ESCAVAÇÃO E REATERRO 1) Remoção do Pavimento 1.1) Disposições Gerais 1.2) Pistas de rolamento 1.2.a) Remoção de Pavimento Betuminoso 1.2.b) Remoção de Pavimentos Poliédricos de Granito ou Concreto 1.2.c) Remoção de Placas de Concreto 1.3) Passeios 1.3.a) Remoção de Pedras Portuguesas 1.3.b) Remoção de Poliédricos, Placas Pétreas e Placas de Concreto 2) Abertura e Manutenção de cavas 2.1) Escavação 2.2) Esgotamento das Cavas 2.3) Escoramento 3) Fechamento de cavas 3.1) Fechamento Provisório 3.2) Reaterro CAPÍTULO III RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTO 1) Pistas de Rolamento 1.1) Recomposição da Base 1.2) Recomposição de Revestimento Asfáltico 1.2.a) Quanto à Recomposição de área 1.2.b) Quanto à Recomposição da Estrutura do Pavimento 1.2.c) Ensaios para controle de qualidade de misturas asfálticas 1.2.d) Produção de CBUQ 1.3) Recomposição de Pavimentos Rígidos 1.3.a) Pavimento de concreto de cimento Portland (processo manual) 1.4) Recomposição de Pavimento de Paralelepípedo 1.4.a) Pavimento de paralelepípedos 1.5) Recomposição de Revestimento de Intertravados de Concreto 1.5.a) Pavimento de Blocos de Concreto Intertravados RESOLUÇÃO SECONSERVA Nº 07/2010 de 09/07/10.

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Norma Seconserva

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    NORMAS PARA A EXECUO DE OBRAS, REPAROS E SERVIOS EM VIAS PBLICAS

    NDICE INTRODUO

    CAPTULO I ORGANIZAO DO CANTEIRO DE OBRAS 1) Esttica e Limpeza 2) Segurana 3) Placas identificadoras CAPTULO II DA ESCAVAO E REATERRO 1) Remoo do Pavimento

    1.1) Disposies Gerais 1.2) Pistas de rolamento

    1.2.a) Remoo de Pavimento Betuminoso 1.2.b) Remoo de Pavimentos Polidricos de Granito ou Concreto 1.2.c) Remoo de Placas de Concreto

    1.3) Passeios 1.3.a) Remoo de Pedras Portuguesas 1.3.b) Remoo de Polidricos, Placas Ptreas e Placas de Concreto

    2) Abertura e Manuteno de cavas 2.1) Escavao 2.2) Esgotamento das Cavas 2.3) Escoramento

    3) Fechamento de cavas 3.1) Fechamento Provisrio 3.2) Reaterro

    CAPTULO III RECOMPOSIO DE PAVIMENTO 1) Pistas de Rolamento

    1.1) Recomposio da Base 1.2) Recomposio de Revestimento Asfltico

    1.2.a) Quanto Recomposio de rea 1.2.b) Quanto Recomposio da Estrutura do Pavimento 1.2.c) Ensaios para controle de qualidade de misturas asflticas 1.2.d) Produo de CBUQ 1.3) Recomposio de Pavimentos Rgidos 1.3.a) Pavimento de concreto de cimento Portland (processo manual) 1.4) Recomposio de Pavimento de Paraleleppedo 1.4.a) Pavimento de paraleleppedos 1.5) Recomposio de Revestimento de Intertravados de Concreto 1.5.a) Pavimento de Blocos de Concreto Intertravados

    RESOLUO SECONSERVA N

    07/2010 de 09/07/10.

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    2) Passeios 2.1) Recomposio de Piso em Pedras Portuguesas 2.2) Recomposio de Pisos Cimentados 2.3) Recomposio de Placas Ptreas 2.4) Recomposio de Placas de Concreto

    2.4.1) Caladas comuns de Pedestres 2.4.2) Caladas em frente s Lojas de Concessionrias de Veculos e Postos de

    Gasolina. 2.4.3) Rampas de Acesso

    A) Garagem Residencial B) Garagem Comercial e Entradas de Postos de Gasolina C) Para Portadores de Necessidades Especiais

    2.4.4) Juntas 2.5) Recomposio de Blocos de Intertravados de Concreto 2.6) Recomposio de Ladrilho Hidrulico

    CAPTULO IV - SITUAES ESPECIAIS

    1) Do Equipamento Urbano 2) Da Interferncia com as Obras-de-Arte Especiais

    2.1)Especificaes Gerais 2.2)Especificaes Relativas a cada Modalidade de Implantao

    2.2.a) Galeria Pr existente 2.2.b) Galerias a Serem Construdas 2.2.c) Sistema Areo ( Leito para Cabos, Eletro-calhas ou Perfilados)

    CAPITULO V CONSERVAO, MANUTENO E RECUPERAO DE SISTEMAS

    DE DRENAGEM 1) Abertura e manuteno de cavas

    2) Fechamento das cavas 3) Execuo de dispostos de drenagem 4) Execuo de meios-fios e guias 5) Limpeza e desobstruo de dispositivos de drenagem

    CAPTULO VI DISPOSIES FINAIS

    1) Da aceitao dos Servios Executados

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    INTRODUO

    A execuo de obras, reparos ou servios dever obedecer s normas e prescries da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), e o preconizado na presente norma, que tm por objetivo o estabelecimento da sistemtica apropriada para execuo de obras, reparos e servios em vias pblicas, de forma a assegurar aos usurios condies de segurana no trnsito de veculos e de pedestres. Estas normas se aplicam exclusivamente s obras, reparos e servios a cargo dos rgos Pblicos e das Concessionrias ou Permissionrias de Servios Pblicos que utilizam em seus sistemas a infra-estrutura dos logradouros pblicos da Cidade do Rio de Janeiro, e aquelas entidades que, excepcionalmente e a critrio da SC/COR, precisem realizar tais atividades. Integram este documento as especificaes e detalhes de dispositivos constantes dos anexos I e II a serem obrigatoriamente utilizados, no todo ou em parte, na execuo de obras, reparos e servios em vias pblicas, bem como as especificaes de servio e material, que podem ser acessados via internet, referentes a SMO, CETRIO, SMAC, CGC, RIOLUZ e FPJ. O licenciamento e a fiscalizao das obras, reparos e servios aqui tratados obedecero legislao pertinente, nela consideradas as normas e instrues baixadas pelos rgos e autoridades competentes. As presentes normas e seus anexos devero integrar os contratos para a execuo de obras, reparos e servios em vias pblicas, lavrados entre as Concessionrias e Permissionrias de Servios Pblicos e suas empreiteiras. Eventual omisso desta disposio contratual no isentar a Concessionria ou Permissionria contratante perante a Fiscalizao do cumprimento das obrigaes decorrentes destas normas, referente a deliberao SC/COR vigente. A presente especificao incidir sobre as obras e reparos independentemente da sua natureza emergencial ou programada. CAPTULO I - ORGANIZAO DE CANTEIRO DE OBRAS I .1) ESTTICA E LIMPEZA Durante a execuo das obras, reparos ou servios em vias pblicas, os responsveis devero manter o local permanentemente livre de detritos de qualquer espcie, com perfeita arrumao dos materiais e ferramentas a serem empregados. Para tanto dever ser efetuada a varredura de todos os detritos lanados sobre o logradouro em decorrncia da obra, precedida de cuidados quando necessrios, para impedir a ocorrncia de partculas em suspenso. Os materiais de construo e o resultante das escavaes devero obrigatoriamente ser contidos em silos, de tal forma que no haja possibilidade de carreamento de slidos para as vias e o sistema de drenagem. Os detalhes e especificaes dos silos constituem o ANEXO I destas especificaes. proibido o preparo do concreto ou de qualquer outro conjunto de aglomerante e agregado diretamente sobre a via pblica. Quando preparado manualmente, o mesmo dever ser misturado no interior de uma masseira, com as bordas em ressalto, inteiramente vedado, de maneira a no permitir a fuga de qualquer material.

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    Especial cuidado dever haver para que no haja carreamento de materiais para as

    caixas de ralo e demais dispositivos de drenagem. Os equipamentos urbanos, bem como a vegetao que no estejam diretamente afetados pela obra, mas que se encontram no seu entorno, devero ser objeto de cuidados especficos, visando a sua proteo. vedada a fixao de placas, tapumes, telas e cercas bem como a utilizao como depsito de detritos da obra, ficando a concessionria responsvel pela guarda dos mesmos. I .2) SEGURANA As obras, reparos ou servios s podero ter incio aps instalados elementos de sinalizao, segurana e bloqueio de alerta e proteo quanto aos riscos que possam oferecer para a livre circulao de veculos e de pedestres.

    Para garantia e segurana dos transeuntes, todos os obstculos livre circulao de veculos e pedestres sero bloqueados. Tapumes ou telas devero ser confeccionados segundo os modelos que constituem o ANEXO I. As obras, quando realizadas no passeio, devero possibilitar o trnsito de pedestres. No havendo espao utilizvel para este fim, dever ser feita uma passagem no leito da pista, devidamente sinalizada, iluminada e protegida por tapumes e telas. Devem ser ainda assegurados os acessos s residncias e s garagens e respeitados os fluxos de embarque e desembarque nos pontos de nibus e os de carga e descarga. Toda vala aberta dever ser protegida com chapas metlicas com espessura mnima de 20mm ou outros dispositivos devidamente fixados, nivelados e com amortecedores, para perfeita segurana do trnsito durante a interrupo das atividades. Ressalvam-se, entretanto, os casos autorizados pela SC/COR cuja rea de envolvimento possa ser interditada, protegida, balizada e sinalizada. Em todos os canteiros de obras em vias pblicas ser exigida a rigorosa observncia s normas de sinalizao do Cdigo Brasileiro de Trnsito e s instrues especficas complementares. Quando o processo de licenciamento especificar a necessidade de sinalizao noturna, no ser admitido a utilizao de latas com combustvel inflamvel. I .3) PLACAS IDENTIFICADORAS Nas obras e reparos em vias pblicas devero ser colocadas expostas visibilidade dentro do bloqueio e onde indicado pela fiscalizao, placas indicativas que contero obrigatoriamente os seguintes dizeres:

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    a) rgo ou Concessionria responsvel; b) Finalidade da Obra, do reparo ou do servio; c) Firma empreiteira ou indicao de que se trata de obra por administrao direta; d) Telefones e e-mail para reclamaes (Ouvidoria, Tele atendimento, SAC); e) Incio; f) Trmino; g) Licena SC/COR n. ........; h) rgo fiscalizador / telefone.

    As placas mencionadas devero ter 150cm de largura por 80cm de altura. Os dizeres acima referidos e os materiais de sua confeco devero obedecer rigorosamente ao que dispe o modelo ANEXO II.a.

    Nos casos de reparos ou servios de emergncia, ser obrigatria a colocao de placas

    de identificao nas dimenses de 80cm de largura por 50cm de altura, conforme modelo ANEXO II.b contendo: a) Nome do rgo ou Concessionria responsvel; b) Firma empreiteira ou indicao de que se trata de reparo por administrao direta c) A palavra EMERGNCIA d) Telefones e e-mail para reclamaes (Ouvidoria, Tele atendimento, SAC); e) Incio / Trmino.

    As placas identificadoras das obras, devero ser retiradas imediatamente aps a concluso e desmobilizao das mesmas. CAPTULO II DA ESCAVAO E REATERRO

    II .1) REMOO DE PAVIMENTO

    1.1) DISPOSIES GERAIS

    A rea do revestimento da via pblica a ser removido, exceo feita para os revestimentos primrios, dever ter seu permetro demarcado no pavimento a priori, com tinta ou giz, em linhas retas traadas com auxilio de rgua ou gabarito.

    As obras devero ser locadas em conformidade com o projeto aprovado e licenciado no

    que se refere localizao, alinhamento e dimenses das cavas a serem abertas. So permissveis afastamentos de pequena monta, desde que autorizados pela Fiscalizao, de modo a permitir a trabalhabilidade em seu interior.

    Nos casos de abertura de valas transversais aos logradouros sua execuo dever ser procedida em etapas, sendo proibida a remoo de pavimento de qualquer nova etapa sem que a antecedente j tenha sido concluda ou convenientemente protegida por chapas metlicas ou outros dispositivos de fechamento. O nmero de etapas, se no previsto na licena, ser estipulado pela Fiscalizao. A extenso mxima de remoo do pavimento em uma etapa dever estar condicionada s imposies locais e s restries de horrios de trabalho, a fim de facilitar o trnsito de veculos e de pedestres.

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    As aberturas em pavimentao somente podero ser executadas aps ser constatado,

    pela fiscalizao, que todos os materiais necessrios ao cumprimento da etapa se encontram sob disponibilidade imediata.

    Nota (1) : As obras, reparos ou servios a serem executados nos logradouros pblicos municipais devero ser realizados atravs de Mtodo No Destrutivo MND, ou seja, sem rompimento ou dano da pavimentao dos respectivos logradouros. Na impossibilidade de execuo das intervenes por MND, dever a concessionria responsvel pela execuo fundamentar tecnicamente atravs de relatrios e laudos que demonstrem efetivamente tal impossibilidade, devendo o processo de licenciamento ser submetido GC com jurisdio sobre a rea bem como ao rgo executor das obras, para anlise e pronunciamento sobre o melhor mtodo a ser adotado para execuo das obras/reparos pretendidos, para posterior deliberao da Comisso Coordenadora de Obras e Reparos em Vias Pblicas SC/COR

    Nota (2):Com a finalidade de proteger o patrimnio pblico e os investimentos realizados pelos rgos pblicos, bem como minimizar os transtornos causados por obras convencionais onde so necessrios servios de escavaes, reaterros e reposio de pavimentos, as obras e reparos a serem realizados em logradouros pblicos onde tenham sido executadas obras de urbanizao/reurbanizao ou servios de fresagem e recapeamento asfltico, incluindo-se nessa situao as intervenes realizadas pelos Programas Asfalto Liso, Rio Cidade, Bairro Maravilha, Centro Histrico e outros programas de investimentos da Prefeitura, somente sero licenciados aps 03 (trs) anos contados da data de sua concluso.

    1.2) PISTAS DE ROLAMENTO

    1.2.a) REMOO DE PAVIMENTOS BETUMINOSOS Estes servios devero ser executados com o emprego de equipamento dotado de disco

    abrasivo ou martelete rompedor, munido de ponta adequada utilizando-se compressor de ar.

    1.2.b) REMOO DE PAVIMENTOS POLIDRICOS, EM GRANITO OU CONCRETO. Este servio dever ser executado atravs da remoo cuidadosa, com limpeza das

    peas e empilhamento das mesmas dentro do canteiro de obras.

    1.2.c) REMOO DE PLACAS DE CONCRETO As placas de concreto de cimento Portland das pistas de rolamento no podero ser

    removidas parcialmente, devendo ser demolidas integralmente, de junta a junta, para posterior substituio por outra com as mesmas dimenses e caractersticas. Em casos especiais, a critrio da SC/COR e/ou Fiscalizao, poder ser autorizado o corte da placa com emprego de equipamento dotado de disco abrasivo.

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    1.3) PASSEIOS

    1.3.a) REMOO DE PEDRAS PORTUGUESAS

    A remoo de pisos de pedra portuguesa ser precedida da execuo de cpia fiel dos

    desenhos a serem atingidos pela escavao, de forma a possibilitar a reconstituio da configurao anterior.

    Somente aps a retirada das pedras em cada etapa dos servios ser permitido o incio da escavao, evitando-se assim a mistura do solo com o material do revestimento superficial.

    Para fins de reaproveitamento na recomposio do pavimento as pedras retiradas

    devero ser limpas, removendo-se o material aderente de enchimento das juntas. 1.3.b) REMOO DE POLIDRICOS, PLACAS PTREAS E DE CONCRETO

    Este servio dever ser executado atravs da remoo cuidadosa com limpeza das

    peas e empilhamento da mesma dentro do canteiro de obras. No caso das placas de concreto dever ser utilizado equipamento dotado de disco abrasivo ou martelete rompedor.

    I .2) ABERTURA E MANUTENO DE CAVAS 2.1) ESCAVAO

    A escavao nas vias pblicas, dever ser feita de maneira a eliminar os riscos que possam afetar as redes de servio instaladas.

    A escavao nas vias pblicas dever ser concebida e programada de forma a no comprometer, por falta de estabilidade ou por eroso, a integridade dos pavimentos adjacentes ou de outros dispositivos existentes.

    As cavas abertas devero respeitar os alinhamentos e profundidades definidas pelo projeto licenciado, admitindo-se pequenos afastamentos previamente autorizados pela fiscalizao.

    Caso seja determinada a paralisao das escavaes, a executante se responsabilizar pelas providncias que se tornarem necessrias ao restabelecimento das condies de trfego, at serem sanadas as dificuldades existentes. 2.2) ESGOTAMENTO DAS CAVAS

    As cavas abertas conforme o sub-item anterior devero ser mantidas secas, visando-se preservao das condies de higiene e de estabilidade local.

    A executante manter no canteiro de obras equipamentos de esgotamento adequados e dotados de crivo na suco, de forma a se reduzir ao mnimo o bombeamento de partculas slidas.

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    A gua esgotada dever ser lanada na rede de guas pluviais por meio de canalizao

    conveniente, cabendo executante a realizao de todas as instalaes necessrias. No ser permitido o esgotamento diretamente sobre o logradouro.

    Para evitar o assoreamento das canalizaes de guas pluviais dever a executante instalar tanque de decantao de slidos, com as dimenses compatveis com a vazo e constituio do solo escavado, mantendo-o permanentemente limpo.

    Os alagamentos devidos a entupimentos do sistema coletor pblico devero ser comunicados de imediato Fiscalizao que providenciar a devida reparao, devendo ser suspensos neste perodo os servios de esgotamento.

    2.3) ESCORAMENTO DAS CAVAS E DISPOSITIVOS

    Visando a segurana dos trabalhadores e dos transeuntes, bem como a estabilidade das reas perifricas, as cavas abertas nas vias pblicas devero ser escoradas quando: a) escavadas em solos inconsistentes; b) situadas a menos de 1,00m de faixas de trfego, de modo a no comprometer a estabilidade do pavimento;

    c) puderem comprometer a estabilidade de caixas, dutos, postes, construes e outros obstculos situados em sua proximidade.

    Independente da necessidade de escoramento das cavas, os dispositivos existentes no subsolo devero sempre ser escorados de modo a garantir sua integridade. II . 3) FECHAMENTO DAS CAVAS 3.1) FECHAMENTO PROVISRIO

    O fechamento provisrio de cavas dever ser executado de forma a garantir as condies mnimas de segurana dos transeuntes.

    Para liberar o trfego sobre vala aberta na caixa de rolamento ser exigido nos horrios de restrio ao trabalho, o fechamento provisrio com chapas de ao estrutural ou outros dispositivos adequados ao trfego e s cargas solicitantes.

    Os dispositivos empregados no fechamento provisrio devero atender as seguintes

    condies: a) baixo grau de rudo garantido pelo emprego adequado de calo ou junta com elevado

    poder de absoro de choque, tais como: feltro sinttico, espuma de ltex, junta asfltica e outros;

    b) rigidez e resistncia compatveis com as cargas solicitantes, a serem dimensionados de acordo com as normas da ABNT;

    c) regularidade e rugosidade suficiente da superfcie, de forma a promover maior aderncia

    ao rolamento dos veculos. Devero ser tomados cuidados para evitar desnveis que danifiquem os veculos ou

    promovam o deslocamento do dispositivo.

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    3.2) REATERRO

    O reaterro das cavas dever ser realizado imediatamente aps a concluso da implantao ou dos reparos dos dispositivos subterrneos que originaram a licena, obedecendo aos critrios e mtodos executivos adiante descritos.

    Os reaterros devero ser executados com o emprego de areia grossa ou p de pedra preferencialmente ou outro material de boa qualidade previamente aprovado pela fiscalizao, sendo vedado o reaproveitamento do material originrio da cava se contaminado.

    O reaterro das cavas dever ser programado e realizado em camadas sucessivas, com espessura mxima de 20cm, at o nvel do sub-leito anteriormente existente, considerando-se a espessura necessria a recomposio da estrutura do pavimento.

    Para a retirada das peas de escoramento dever ser feita uma cuidadosa

    programao, a fim de permitir o avano paulatino e sincronizado do reaterro com a remoo do escoramento, mantendo-se as paredes das cavas sempre protegidas.

    A compactao do reaterro feito com areia ser obtida com o adensamento hidrulico. Quando adotado outro material que no se adeqe a este processo devero ser utilizados equipamentos mecnicos, tais como rolos lisos, placas vibratrias e outros.Prximos a obstculos e canalizaes devero ser objetos de especial ateno. CAPTULO III RECOMPOSIO DOS PAVIMENTOS

    III.1) PISTAS DE ROLAMENTO

    As entidades executoras de obras, reparos ou servios em vias pblicas so responsveis pela qualidade das reposies da pavimentao durante 5 (cinco) anos, devendo as mesmas ser refeitas quando, no decorrer desse perodo, for verificada imperfeio quanto execuo.

    1.1) RECOMPOSIO DA BASE

    A presente especificao aplicada para todos os tipos de revestimento de

    pavimentao.

    Na recomposio da pavimentao das caixas de rolamento dos logradouros, exceto os de revestimento primrio, ser adotada a base de concreto de cimento Portland, na espessura nica de 20cm, com resistncia compresso de fck28 > 13,5Mpa.

    Quando se tratar de obras de logradouros com revestimento primrio ou desprovidos de

    quaisquer benfeitorias, a camada final de reaterro, de 15cm de espessura, dever ser executada com material granular, que satisfaa s exigncias para material de base contida nas Instrues para Execuo da P.C.R.J., disponvel na pgina da Internet da SMO.

    Na execuo das bases de concreto de cimento Portland, tanto para os pavimentos submetidos ao do trfego de veculos, como para os passeios de pedestres, o adensamento ser preferencialmente mecnico, executado por vibrador de placa ou imerso.

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    1.2) RECOMPOSIO DE REVESTIMENTO ASFLTICO

    1.2.a) QUANTO RECOMPOSIO DE REA

    A rea a ser recomposta ser definida em funo do comprimento da vala e da largura

    do logradouro conforme descrito a seguir: Quando a extenso (comprimento) da vala for maior ou igual a 50 metros e;

    COM A LARGURA AT 4,0m

    A pista de rolamento dever ter sua rea totalmente recapeada, sendo que tambm se exigir fresagem, no caso em que as golas dos meios-fios no permitam o simples recapeamento. A gola mnima a ser deixada, dever ser de 10cm para o caso em questo

    COM LARGURA SUPERIOR A 4,0m

    A pista dever ser recapeada apenas na faixa de rolamento onde foi aberta a vala, e fresada para garantir uma gola mnima de 15cm.

    Quando a extenso (comprimento) da vala for menor que 50 metros ser admitido a recomposio com a largura da vala acrescido de 60 cm para cada lado; Nota (1) : Em pavimento novos ou que receberam fresagem e recapeamento recentes, dever ser refeito conforme estipulado para valas com extenses maiores ou iguais a 50 metros. (quando a obar / reparo no puder ser realizada por MND) Nota (2) : Define-se como faixa de pista, trecho de largura igual a definida entre o meio-fio e a pintura de sinalizao, ou entre as pinturas de sinalizao, executadas pela CETRIO.

    Recapear e/ou Fresar

    At 4m

    Vala aberta

    Fresar e Recapear

    > 4m Vala aberta faixa

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    Nota (3) : Devero ser repintadas todas as sinalizaes horizontais danificadas pelo percurso da vala, s expensas do concessionrio ou seu preposto, de modo a se restabelecer as condies originais ou necessrias segundo s leis e normas de trnsito.

    Nota (4) : Nos casos em que se trate no de valas, mas de cavas, de pequeno porte, a recomposio do pavimento poder ser pontual.

    Para entendimento das normas, definimos da seguinte forma:

    Valas Quando o comprimento > largura

    Cavas Quando o comprimento largura QUANDO A VALA FOR IRREGULAR Os cortes no pavimento devero ser executados com serra circular e a pista dever ser

    fresada e recapeada, ao longo de todas as faixas atingidas, conforme exemplo: x/2 x/2

    Quando houver sucessivos cortes transversais, devero ser recapeadas todas as faixas ao

    longo de todo o percurso.

    1.2.b) QUANTO RECOMPOSIO DA ESTRUTURA DO PAVIMENTO

    O concreto asfltico utilizado na recomposio do pavimento ser do tipo usinado a quente. O preparo e a aplicao da mistura devero obedecer s prescries das especificaes da P.C.R.J, adotando-se a faixa granulomtrica adequada mistura, a fim de preservar a mesma textura superficial da rea adjacente.

    Na compactao dever ser adotado trem de compactao adequado, para que se obtenha, no mnimo, 97% de grau de compactao

    A pintura de ligao a ser executada sobre a base de concreto, previamente varrida, ser com emulso asfltica catinica tipo RR-1C ou 2C, diluda 1:1 com gua.

    x /2

    x = faixa

    x

    faixa

    faixa

    faixa

    a > 4m

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    Esta dever ser feita de acordo com o croqui a seguir: a b 2

    1 CAMADA DE REVESTIMENTO EM CBUQ = 10cm

    1 a CAPA = 4cm

    1 b BINDER = 6cm

    2 PINTURA DE LIGAO COM EMULSO ASFLTICA CATINICA

    RR1C OU 2C

    3 BASE DE CONCRETO MAGRO Fck 13,5MPa = 20cm

    4 REATERRO DE ACORDO COM O CAPTUL II ,ITEM C = VARIVEL

    5 CAMADA DE P DE PEDRA OU AREIA PARA ASSENTAMENTO DO DUTO

    Obs.: A recomposio da estrutura do pavimento dever atender rigorosamente ao

    dimensionamento para o trfego e as cargas atuantes no mesmo.

    1.2.c) ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE MISTURAS ASFLTICAS

    Para que um concreto asfltico tenha qualidade desejada fundamental um controle rigoroso dos materiais os quais compem esta mistura. Os materiais utilizados so o CAP (Cimento Asfltico de Petrleo), emulses asflticas e agregados. A seguir seguem as especificaes dos ensaios para controle de qualidade de material utilizados para produo de massa asfltica: CAP: Em 2005 a ANP (Agncia Nacional de Petrleo) padronizou os asfaltos comercializados no Pas e todos devem seguir as especificaes conforme a resoluo n19 de 11 de julho de 2005. O quadro seguinte apresenta as especificaes para CAP, segundo ANP inclusive com a identificao das normas de execuo de ensaio:

    10cm

    D = Varivel

    Duto

    1 aa

    1b 2

    3

    4

    5 10

    Varivel

    20cm

    6cm

    4cm

    Seo do Pavimento

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    O cimento asfltico de petrleo CAP, como conhecido no Brasil um produto: semi-slido a temperatura baixa, viscoelstico na temperatura ambiente e lquido em temperatura alta; comporta-se como fluido newtoniano em temperaturas com valores prximos a 100C e como pseudoplstico em temperaturas entre 25C e 60C O manuseio e estocagem do asfalto devem ser feitos com a temperatura mais baixa possvel, a se evitar o envelhecimento do ligante. O envelhecimento do ligante um fenmeno que tem influncia no desempenho da mistura asfltica. A exposio do ligante s altas temperaturas e s intempries permite a perda de volteis e a oxidao, o que prejudicial no que diz respeito fadiga. Tem-se, ao longo dos anos, tentado diminuir este efeito com adio de produtos e novas tecnologias executivas. Quanto deformao permanente o ligante apresenta menor resistncia no incio de sua vida de servio, quando sua rigidez menor, sendo afetado tambm pelas altas temperaturas e por veculos trafegando baixa velocidade com cargas elevadas. Os CAPs mais utilizados no Brasil so o 30/45 e o 50/70. Esta classificao feita por meio da penetrao de uma agulha padro sob condies padronizadas (uma medida de dureza) e os nmeros indicam a faixa de penetrao, ou seja, CAP cuja dureza est entre 30 e 45 classificado como um CAP 30/45. Alm deste ensaio, o CAP deve obedecer intervalos de valores de outros critrios para cumprir a especificao ANP como ser visto.

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    A especificao de material DNIT-EM-095/2006 adota a nova especificao de CAP que consta na Resoluo N 19/2005 da Agncia Nacional de Petrleo ANP, onde so informados os valores de vrios parmetros recomendados para que se garantam as caractersticas desejadas do asfalto. Estas so descritas brevemente a seguir: Penetrao: Ensaio onde uma agulha de peso padro de 100g penetra, por 5s, em uma amostra de volume padro temperatura de 25C, expressa em grandeza de dcimo de milmetros. As normas para a realizao deste ensaio so: DNER-ME-003/99, ABNT 6576 e ASTM D5. Este um dos ensaios que devem ser realizados antes do descarregamento do CAP nos tanques das usinas. Viscosidade: no Brasil o equipamento mais utilizado para determinao da viscosidade o viscosmetro Saybolt Furol e seu procedimento est descrito nas normas: ABNT NBR 14950 e ASTM E102. Outro equipamento que tem sido utilizado mais recentemente no Pas o viscosmetro Brookfield, utilizado na caracterizao de ligantes pelo mtodo SUPERPAVE. Este

    permite obter a curva viscosidade temperatura em ampla faixa de determinao utilizando a mesma amostra e fornece a viscosidade aparente do ligante. Os procedimentos para realizao deste ensaio constam nas normas ABNT NBR 15184 e ASTM D4402. Ponto de amolecimento: um ensaio que fornece uma medida da temperatura na qual o asfalto amolece quando aquecido sob certas condies particulares e atinge uma determinada condio de escoamento. As normas ABNT NBR 6560 e ASTM D36 descrevem os procedimentos do ensaio. Dutilidade: um ensaio utilizado para se verificar a capacidade de um ligante se alongar na forma de um filamento. Seu valor dado pelo alongamento mximo alcanado pelo ligante a uma velocidade de 5cm/min e imerso em gua 25C, antes de romper. Normas referentes a este ensaio so: ABNT NBR 6293, DNER ME 163/98 e ASTM D113. Solubilidade: ensaio para se determinar o teor de betume e a pureza do ligante. feito filtrando o asfalto com um solvente e a quantidade de material retido representa as impurezas presentes no CAP. Os procedimentos do ensaio constam nas normas: ABNT NBR 14855 e ASTM D2042. Ponto de fulgor: o ensaio de ponto de fulgor est relacionado segurana do transporte, estocagem e usinagem do ligante e fornece a menor temperatura na qual os vapores emanados durante o aquecimento se inflamam quando expostos a uma fonte de ignio. O mtodo para o ensaio de ponto de fulgor consta nas normas: ABNT NBR 11341 e ASTM D92. Este ensaio um dos que devem ser realizados antes do descarregamento do CAP nos tanques das usinas. Massa especfica: grandeza que permite a converso de massas em volumes e vice-versa durante clculos de determinao do teor de projeto de misturas asflticas. Este ensaio feito por meio de picnmetro e est normalizado pela ABNT NBR 6296. Agregados: Para que a mistura asfltica apresente um desempenho satisfatrio fundamental que os agregados sejam bem selecionados, apresentando as caractersticas recomendadas de forma, adesividade e resistncia. Os agregados so os responsveis por sustentar as cargas aplicadas ao pavimento e transferi-las para as camadas subjacentes. Muitas vezes, defeitos tais como: descolamento, desintegrao superficial, baixa resistncia ao atrito superficial e deformaes permanentes podem ser atribudos diretamente seleo e uso inapropriado dos agregados. Os agregados utilizados na pavimentao so, em geral, materiais rochosos provenientes de pedreiras. Vrios outros tipos tm sido estudados e aplicados, obtendo-se resultados relativamente bons como o caso da laterita e da escria. A argila calcinada tambm tem sido pesquisada e poder ser alternativa em regies onde no h agregados rochosos de boa qualidade.

  • 15

    As propriedades qumicas dos agregados exercem pequeno efeito no desempenho do agregado, mas o efeito significativo quando influencia a adeso do ligante asfltico ao agregado. Um agregado que no possui boa adesividade tende a causar defeitos como a desagregao. Para evitar este fenmeno so utilizados materiais melhoradores de adesividade como a cal e os agentes melhoradores de adesividade, conhecidos no meio tcnico como dopes. Abraso Los Angeles: O ensaio mais usado para se determinar a resistncia de um agregado o ensaio de abraso Los Angeles, usado para medir a degradao por abraso e impacto. No Brasil este ensaio normalizado pelo mtodo de ensaio DNER-035/98 e NBR NM 51. Consiste na degradao do agregado na mquina Los Angeles, onde h uma carga abrasiva composta por esferas de ao e submetida a um determinado nmero de revolues a uma velocidade de 30RPM a 33RPM. O valor da abraso Los Angeles expresso pela porcentagem, em peso, do material que passa, aps ensaio, pela peneira de malhas quadradas de 1,7mm em relao ao que existia inicialmente nesta peneira. O valor de Los Angeles em muitas especificaes de pavimentao limitado no mximo 50%. Granulometria: A distribuio granulomtrica do agregado uma das caractersticas que asseguram o intertravamento das partculas, desde as mais gradas s mais finas. Este intertravamento o responsvel pela estabilidade das misturas. O mtodo est descrito no DNER-ME-083/98. Forma dos agregados: Na produo de uma mistura asfltica desejvel que os agregados tenham tanto quanto possvel a forma cbica. Para se determinar a cubicidade do agregado h o mtodo nacional DNER-ME-086/94 que define o ndice de forma. e o mtodo SUPERPAVE seguindo as recomendaes das normas ASTM D4791 e ASTM D5821. Absoro: Neste ensaio possvel determinar a quantidade de gua que um agregado capaz de absorver. Quanto mais poroso for o agregado mais gua ele absorver. No Brasil as normas mais utilizadas para determinao da absoro so: DNER-ME-195/98 para agregados grados e ABNT NM 30 para agregados midos. Este ensaio til para se evitar agregados que absorvam muito ligante asfltico: o asfalto o material mais caro e quanto mais absorvente for o agregado, mais ligante necessrio para a mistura apresentar as caractersticas volumtricas adequadas, dentro das recomendaes. Durabilidade ou sanidade: A durabilidade do agregado avaliada por meio de ensaio onde so usadas solues padronizadas de sulfatos de sdio ou magnsio. Este ensaio simula a ao das intempries sobre os agregados, e segue a norma DNER-ME-089/94. Adesividade: Existem agregados que tem mais afinidade com o ligante asfltico do que outros. O fenmeno da adesividade complexo e no fcil de ser avaliado. Alguns ensaios medem indiretamente este efeito com testes com presena de gua. Tambm ajuda se o agregado estiver limpo, sem substncias nocivas como: argila, matria orgnica e outros materiais deletrios. Finos plsticos podem comprometer a mistura causando descolamento quando em contato com a gua ou umidade e tambm enrijecer o CAP levando a mistura ao trincamento por fadiga.

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    O DNER especifica alguns ensaios para a determinao da adesividade: DNER-ME-78/94 para

    agregados grados e DNER-ME-79/94 para agregados midos. Outros ensaios tambm podem

    ser feitos para se determinar a existncia de materiais nocivos mistura como: equivalente em

    areia DNER-ME-54/97, ensaio do azul de metileno e ensaio de dano por umidade induzida

    pelos mtodos ABNT NBR 15617/08, ASTM D 4867/04 ou AASHTO T 283, sendo este ltimo

    muito utilizado atualmente para se medir a suscetibilidade umidade.

    A m adesividade de um agregado nem sempre est relacionada existncia de materiais

    deletrios e sim composio qumica do agregado. Em geral os agregados bsicos ou

    hidroflicos (calcrio e basalto) possuem melhor adesividade do que os agregados cidos ou

    hidrofbicos (granito e gnaisse). Para soluo deste tipo de problema, em geral, se usa

    substncia como melhorador de adesividade como o caso da cal, p calcrio, cimento

    portland e dos dopes.

    Massa especfica e densidade:

    So dados necessrios para a transformao de unidades gravimtricas em volumtricas e

    vice-versa. As normas utilizadas para a determinao desses parmetros so: DNER-ME-

    81/94, ASTM C 127 e AASHTO T85 (agregado grado) e DNER-ME-84/94, ASTM C 128 e

    AASHTO T84 (agregado mido).

    Emulses Asflticas:

    Emulso asfltica catinica um sistema constitudo pela disperso de uma fase asfltica em

    uma fase aquosa, ou ento de uma fase aquosa dispersa em uma fase asfltica, apresentando

    carga positiva de partcula.

    As emulses asflticas catinicas tm os smbolos RR, RM e RL, seguidos de uma indicao e

    da letra C, conforme sua ruptura, viscosidade Saybolt-Furol e teor de solvente.

    As emulses asflticas catinicas so classificadas pela sua ruptura, viscosidade Saybolt-Furol,

    teor de solvente e resduo da destilao nos 5 (cinco) tipos seguintes:

    RR-1C, RR-2C - emulses asflticas catinicas de ruptura rpida.

    RM-1C e RM-2C - emulses asflticas catinicas de ruptura mdia.

    RL-1C - emulso asfltica catinica de ruptura lenta.

    As emulses asflticas devem ser homogneas. No devem apresentar separao da fase

    asfltica a ps uma vigorosa agitao, dentro de 30 (trinta) dias da data do car

    regamento.

  • 17

    A seguir apresentado um quadro com as especificaes das emulses comercializadas no

    Pas com as normas de ensaios.

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    Misturas Asflticas a Quente: Controle dos insumos: Como dito anteriormente, todos os materiais utilizados na fabricao de Concreto asfltico (Insumos) devem ser examinados em laboratrio, obedecendo a metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer s especificaes em vigor. Cimento asfltico: O controle da qualidade do cimento asfltico consta do seguinte: - 01 ensaio de penetrao a 25C (DNER-ME 003) para todo carregamento que chegar obra; - 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar obra (DNER-ME 148); - 01 ndice de susceptibilidade trmica para cada 100t, determinado pelos ensaios DNER-ME 003 E NBR 6560; - 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar obra; - 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004), para todo carregamento que chegar obra; - 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas, para o estabelecimento da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t. Agregados: O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:

    a) Ensaios eventuais:

    Somente quando houver duvidas ou variaes quanto origem e natureza dos materiais. - Ensaio de desgaste Los Angeles (DNER-ME 035); - Ensaio de adesivisidade DNER-ME 078 e DNER-ME 079). Se o concreto asfltico

    contiver dope tambm devem ser executados os ensaios de RTFOT (ASTM D-2872) ou ECA (ASTM-D-1754) e de degradao produzida pela umidade (ASHTO-283/89 e DNER-ME 138);

    - Ensaio de indice de forma do agregado grado (DNER-ME 086); b) Ensaios de rotina - 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083); - 01 ensaio de equivalente de areia do agregado mido, por jornada de 8 horas de Trabalho (DNER 054).

    - 01 Ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jornada de 8 horas de trabalho (NER-ME 083). Controle da produo: O controle da produo (Execuo) do Concreto Asfltico deve ser exercido atravs de coleta de amostras, ensaios e determinaes feitas de maneira aleatria de acordo com o Plano de Amostragem Aleatria. Controle da usinagem do concreto asfltico: a) Controles da quantidade de ligante na mistura Devem ser efetuadas extraes de asfalto da mistura coletada dos caminhes que acabaram de ser carregados por meio do ensaio de extrao utilizando o Rotarex ou Estufa de extrao de ligante NCAT.

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    A porcentagem de ligante na mistura deve respeitar os limites estabelecidos no projeto

    da mistura, devendo-se observar a tolerncia mxima de 0,3. Controle da graduao da mistura de agregados: Deve ser procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos agregados resultantes das extraes citadas na alinea a. A curva granulomtrica deve manter-se continua, enquadrando-se dentro das tolerncias especificadas no projeto da mistura. Controle de temperatura: So efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:

    - do agregado, no silo quente da usina; - do ligante, na usina; - da mistura, no momento da sada do misturador.

    As temperaturas podem apresentar variaes de 5C das especificadas no projeto da mistura. Controle das caractersticas da mistura: Devem ser realizados ensaios Marshall em trs corpos-de-prova de cada mistura por jornada de oito horas de trabalho (DNER-ME 043) e tambm o ensaio de trao por compresso diametral a 25C (DNER-ME 138), em material coletado aps a passagem da acabadora. Os corpos-de-prova devem ser moldados in loco, imediatamente antes do inicio da compactao da massa. Os valores de estabilidade, e da resistncia trao por compresso diametral devem satisfazer ao especificado. Plano de Amostragem Controle Tecnolgico: O numero e a freqncia de determinaes correspondentes aos diversos ensaios para o controle tecnolgico da produo e do produto so estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscalizao, de acordo com a seguinte tabela de controle estatstico de resultados (DNER-PRO 277). Tabela Amostragem varivel

    n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21

    k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

    v 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

    n = n de amostras; k = coeficiente multiplicador; v = risco do executante.

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    Condies de conformidade e no conformidade: Todos os ensaios de controle e determinaes relativos produo e ao produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem, devero cumprir as Condies Gerais e Especificas desta Norma, e estar de acordo com os seguintes critrios: Quando especificada uma faixa de valores mnimos e mximos, devem ser verificadas as seguintes condies:

    ks < valor mnimo especificado ou + ks valor mximo de projeto : No Conformidade;

    ks valor mnimo especificado ou + ks valor mximo de projeto : Conformidade; Sendo:

    =

    s = Onde:

    - valores individuais.

    - mdia da amostra. S desvio padro da amostra. k coeficiente tabelado em funo do nmero de determinaes. n nmero de determinaes. Quando especificado um valor mnimo a ser atingido devem ser verificadas as seguintes condies:

    Se ks < valor mnimo especificado : No Conformidade;

    Se ks valor mnimo especificado: Conformidade. Os resultados do controle estatstico sero registrados em relatrios peridicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam tomadas providencias para tratamento das No-Conformidades da Produo e do Produto.

    1.2.d) PRODUO DE CONCRETO BETUMINOSO USINADO QUENTE (CBUQ)

    A execuo de concreto asfltico usinado a quente (CBUQ) dever ser realizada conforme Especificao de servio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT-031/2006: Definio Concreto Asfltico Mistura executada a quente, em usina apropriada, com caractersticas especificas, compostas de agregado graduado, material de enchimento (filler) se necessrio e cimento asfltico, espalhada a quente. Condies gerais:

  • 21

    O concreto asfltico pode ser empregado como revestimento, camada de ligao (binder), base, regularizao ou reforo do pavimento. No permitida a execuo dos servios, objeto desta Especificao, em dias de chuva. O concreto asfltico somente deve ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10C. Todo o carregamento de cimento asfltico que chegar obra deve apresentar por parte do fabricante/distribuidor certificado de resultados de analise dos ensaios de caracterizao exigidos pela especificao, correspondente data de fabricao ou ao dia de carregamento para transporte com destino ao canteiro de servio, se o perodo entre os dois eventos ultrapassar em 10 dias. Deve trazer tambm indicao clara da sua procedncia, do tipo e quantidade do seu contedo e distancia de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra. Condies especficas: Materiais: Os materiais constituintes do concreto asfltico so agregado grado, agregado mido, material de enchimento filer e ligante asfltico, os quais devem satisfazer s Normas pertinentes, e s Especificaes aprovadas pelo DNIT. Cimento asfltico: Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento asfltico de petrleo: - CAP-30/45 - CAP-50/70 - CAP-85/100 Agregados: Agregados grados: O agregado grado pode ser pedra britada, escoria, seixo rolado preferencialmente britado ou outro material indicado nas Especificaes Complementares. Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035) ndice de forma superior 0,5 9DNER-ME 086); Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 089) Agregados mido: O agregado mido pode ser areia, p-de-pedra ou mistura de ambos ou outro material indicado nas Especificaes Complementares. Suas partculas individuais devem ser resisentes, estando livres de torres de argila e de substancias nocivas. Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 60%. Material de enchimento (filler): Quando da aplicao deve estar seco e isento de grumos, e deve ser constitudo por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, ps-calcrios, cinza volante, etc; de acordo com a Norma DNER-EM 367. Melhorador de adesividade: No havendo boa adesividade entre o ligante asfltico e os agregados grados ou muidos (DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado molhorador de adesividade na quantidade fixada no projeto. A determinao da adesividade do ligante com o melhorador de adesividade definida pelos seguintes ensaios: Mtodos DNER-ME 078 e DNER-ME 079, aps submeter o ligante asfltico contendo o dope ao ensaio RTFOT (ASTM D 2872) ou ao ensaio ECA (ASTM D-1754);

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    Mtodo de ensaio para determinar a resistncia de misturas asflticas compactadas degradao produzida pela Umidade (AASHTO 283). Neste caso a razo da resistncia trao por compresso diametral esttica antes e aps a imerso deve ser superior a 0,7 (DNER-ME 138). Composio da mistura: A composio do concreto asfltico deve satisfazer aos requisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerncias no que diz respeito granulometria (DNER-ME 083) e aos percentuais do ligante asfltico determinados pelo projeto da mistura.

    Peneira de malha quadrada

    % em massa passando

    Srie ASTM

    Abertura (mm)

    A B C Tolerncias

    2 50,8 100 - - -

    1 38,1 95 100 100 - 7%

    1 25,4 75 100 95 - 100 - 7%

    19,1 60 90 80 - 100 100 7%

    12,7 - - 80 - 100 7%

    3/8 9,5 35 65 45 - 80 70 - 90 7%

    N 4 4,8 25 50 28 - 60 44 - 72 5%

    N 10 2,0 20 40 20 - 45 22 - 50 5%

    N 40 0,42 10 30 10 - 32 8 - 26 5%

    N 80 0,18 5 20 8 20 4 - 16 3%

    N 200 0,075 1 8 3 8 2 - 10 2%

    A faixa usada deve ser aquela, cujo dimetro mximo inferior a 2/3 da espessura da camada. Condies de Segurana. Obs.: A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro tem utilizado tambm nos projetos de misturas asflticas faixas granulomtricas de rgos internacionais. No projeto da curva granulomtrica, para camada de revestimento, deve ser considerada a segurana do usurio, Especificada no item: Condies de Segurana. As porcentagens de ligante se referem mistura de agregados, considerada como 100%. Para todos os tipos a frao retida entre duas peneiras consecutivas no deve ser inferior a 4% do total.

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    a) Devem ser observados os valores limites para as caractersticas especificadas no quadro

    a seguir:

    b) As Especificaes Complementares podem fixar outra energia de compactao: c) As misturas devem atender s especificaes da relao betume/vazios ou aos mnimos de vazios do agregado mineral, dados pela seguinte tabela:

    Equipamentos: Os equipamentos necessrios execuo dos servios sero adequados aos locais de instalao das obras, atendendo ao que dispem as especificaes para os servios. Devem ser utilizados, no mnimo, os seguintes equipamentos: Depsito para ligante asfltico: Os depsitos do ligante asfltico devem possuir dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Norma. Estes dispositivos tambm devem evitar qualquer superaquecimento localizado. Deve ser instalado um sistema de recirculao para o ligante asfltico, de modo a garantir a circulao, desembaraada e continua, do deposito ao misturador, durante todo o perodo de operao. A capacidade dos depsitos deve ser suficiente para no mnimo, trs dias de servio. Silos para agregados: Os silos devem ter capacidade total de, no mnimo, trs vezes a capacidade do misturador e ser divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e stocar, adequadamente, as fraes apropriadas do agregado. Cada compartimento deve possuir dispositivos adequados de descarga. Deve haver um silo adequado para o filer, conjugado com dispositivos para a sua dosagem. Usina para misturas asflticas: A usina deve estar equipada com uma unidade classificadora de agregados, aps o secador, dispor de misturador capaz de produzir um mistura uniforme. Um termmetro, com proteo

    metlica e escala de 90 a 210C (preciso 1 C), deve ser fixado no dosador de ligante ou na linha de alimentao do asfalto, em local adequado, prximo descarga do misturador. A usina deve ser equipada, alm disto, com pirmetro eltrico, ou outros instrumentos termomtricos

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    aprovados, colocados na descarga do secador, com dispositivos para registrar a temperatura

    dos agregados, com preciso de 5 C. A usina deve possuir termmetros nos silos quentes. Pode, tambm, ser utilizada uma usina do tipo tambor/secador/misturador, de duas zonas (conveco e radiao), provida de: coletor de p, alimentador de filler, sistema de descarga da mistura asfltica, por intermdio de transportador de correia com comporta do tipo clam-shell ou alternativamente, em silos de estocagem. A usina deve possuir silos de agregados mltiplos, com pesagem dinmica e deve ser assegurada a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados . A usina deve possuir ainda uma cabine de comando e quadros de fora. Tais partes devem estar instaladas em recinto fechado, com os cabos de fora comandos ligados em tomadas externas especiais para esta aplicao. A operao de pesagem de agregados e do ligante asfltico deve ser semi-automtica com leitura instantnea e acumuladora, por meio de registros digitais em display de cristal liquido. Devem existir potencimetros para compensao das massas especificas dos diferentes tipos de ligantes asflticos e para seleo de velocidade dos alimentadores dos agregados frios. Caminhes basculantes para transporte da mistura: Os caminhes, tipo basculante, para o transporte do concreto asfltico usinado a quente, devem ter caambas metlicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com gua e sabo, leo cru fino, leo parafnico, ou soluo de cal, de modo a evitar a aderncia da mistura chapa. A utilizao de produtos susceptveis de dissolver o ligante asfltico (leo diesel, gasolina etc.) no permitida. Equipamento para espalhamento e acabamento: O equipamento para espalhamento e acabamento deve ser constitudo de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento definidos no projeto. As acabadoras devem ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rpidos e eficientes de direo, alem de marchas para a frente e para trs. As acabadoras devem ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento, temperatura requerida, para a colocao da mistura sem irregularidade. Equipamento para compactao: O equipamento para compactao deve ser constitudo por rolo pneumtico e rolo metlico liso, tipo tandem ou rolo vibratrio. Os rolos pneumticos, autopropulsionados. Devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variao da presso dos pneus de 2.5 kgf/cm2 a 8,4 kgf/cm2. O equipamento em operao deve ser suficiente para compactar a mistura na densidade de projeto, enquanto esta se encontrar em condies de trabalhabilidade. NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deve ser vistoriado antes do inicio da execuo do servio de modo a garantir condies apropriadas de operao, sem o que, no ser autorizada a sua utilizao. Execuo: Pintura de ligao: Sendo decorridos mais de sete dias entre a execuo da imprimao e a do revestimento, ou no caso de ter havido transito sobre a superfcie imprimada, ou, ainda ter sido a imprimao recoberta com areia, p-de-pedra, etc., deve ser feita uma pintura de ligao.

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    Temperatura do ligante: A temperatura do cimento asfltico empregado na mistura deve ser determinada para cada tipo de ligante, em funo da relao temperatura x viscosicade. A temperatura conveniente aquela na qual o cimento asfltico apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 SSF, Saybolt-Furol (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 75 a 95 SSF. A temperatura do ligante no deve ser inferior a 107C nem exceder a 177C. Aquecimento dos agregados: Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10C a 15C acima da temperatura do ligante asfltico, sem ultrapassar 177C. Produo do concreto asfltico: A Produo do concreto asfltico efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado. Transporte do concreto asfltico: O concreto asfltico produzido deve ser transportado, da usina ao ponto de aplicao, nos veculos especificados quando necessrio, para que a mistura seja colocada na pista temperatura especificada. Cada carregamento deve ser coberto com lona ou outro matrial aceitvel, com tamanho suficiente para proteger a mistura. Distribuio e compactao da mistura: A distribuio do concreto asfltico deve ser feita por equipamentos adequados, conforme especificado. Caso ocorram irregularidades na superfcie da camada, estas devem ser sanadas pela adio manual de concreto asfltico, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metlicos. Aps a distribuio do concreto asfltico, tem inicio a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem a mais elevada que a mistura asfltica possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso. Caso sejam empregados rolos de pneus, de presso varivel, inicia-se a rolagem com baixa presso, a qual deve ser aumentada medida que a mistura seja compactada, e, conseqentemente, suportando presses mais elevadas. A compactao deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direo ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevao, a compactao deve comear sempre do ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operao de rolagem perdurar at o memento em que seja atingida a compactao especificada. Durante a rolagem no so permitidas mudanas de direo e inverses bruscas das marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recm-rolado. As rodas do rolo devem ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderncia da mistura. Abertura ao trfego: Os revestimentos recm-acabados devem ser mantidos sem trfego, at o seu completo resfriamento. Manejo ambiental: Para execuo do concreto asfltico so necessrios trabalhos envolvendo a utilizao de asfalto e agregados, alm da instalao de usina misturadora.

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    Os cuidados observados para fins de preservao do meio ambiente envolvem a produo, a estocagem e a aplicao de agregados, assim como a operao da usina. NOTA: Devem ser observadas as prescries estabelecidas nos Programas Ambientais que integram o Projeto Bsico Ambiental PBA. Agregados: No decorrer do processo de obteno de agregados de pedreiras e areias devem ser considerados os seguintes cuidados principais: Caso utilizadas instalaes comerciais, a brita e a areia somente so aceitas aps apresentao da licena ambiental de operao da pedreira/areal, cuja cpia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrncias da Obra; No permitida a localizao da pedreira e das instalaes de britagem em rea de preservao ambiental; Planejar adequadamente a explorao da pedreira e do areal, de modo a minimizar os impactos decorrentes da explorao e a possibilitar a recuperao ambiental aps o trmino das atividade exploratria; Impedir as queimadas; Seguir as recomendaes constantes da Norma DNER-ES 279 para os caminhos de servio; Construir, junto s instalaes de britagem, bacias de sedimentao para reteno do p de pedra eventualmente produzido em excesso; Alm destas, devem ser atendidas, no que couberem, as recomendaes da DNER ISA -07 Instruo de Servio Ambiental: impactos da fase de obras rodovirias causas/mitigao/eliminao. Cimento asfltico: Instalar os depsitos em locais afastados de cursos dgua. Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domnio e em reas onde possam causar prejuzos ambientais. Recuperar a rea afetada pelas operaes de construo / execuo, imediatamente aps a remoo da usina e dos depsitos e a limpeza do canteiro de obras. As operaes em usinas asflticas a quente englobam: Estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios: Transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes; Transporte e estocagem de filer; Transporte, estocagem e aquecimento de *leo combustvel e do cimento asfaltico. *A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro converteu suas usinas para utilizao do GNV como combustvel.

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    Os agentes e fontes poluidoras compreendem:

    AGENTES POLUIDORES

    FONTES POLUIDORAS

    I.Emisso de partculas

    A principal fonte o secador rotativo. Outras fontes so: peneiramento, transferncia e manuseio de agregados, balana, pilhas de estocagem e trfego de veculos e vias de acesso.

    II. Emisso de gases

    Combusto do leo: xido de enxofre, xido de nitrognio, monxido e carbono e hidrocarbonetos. Misturador de asfalto: hidrocarbonetos. Aquecimento de cimento asfltico: hidrocarbonetos. Tanques de estocagem de leo combustvel e de cimento asfltico: hidrocarbonetos.

    III. Emisses Fugitivas

    As principais fontes so pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de trafego, areais de peneiramento, pesagem e mistura.

    NOTA: Emisses Fugitivas so quaisquer lanamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chamin ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo. Instalao: Impedir a instalao de usinas de asfalto a quente a uma distancia inferior a 200 m (duzentos metros), medidos a partir da base da chamin, de residncias, de hospitais, clinicas, centros de reabilitao, escolas, asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diverses e outras construes comunitrias. Definir no projeto executivo, reas para as instalaes industriais, de maneira tal que se consiga o mnimo de agresso ao meio ambiente. O executante ser responsvel pela obteno da licena de instalao/operao, assim como pela manuteno e condies de funcionamento da usina dentro do prescrito nesta Norma. Operao: Instalar sistemas de controle de poluio do ar constitudos por ciclones e filtro de mangas ou por equipamentos que atendam aos padres estabelecidos na legislao. Apresentar junto com o projeto para obteno de licena, os resultados de medies em chamins que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender aos padres estabelecidos pelo rgo ambiental. Dotar os silos de estocagem de agregado frio de protees lateral e cobertura, para evitar disperso das emisses fugitivas durante a operao de carregamento. Enclausurar a correia transportadora de agregado frio. Adotar procedimentos de forma que a alimentao do secador seja feita sem emisso visvel para a atmosfera. Manter presso negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operao, para evitar emisses de partculas na entrada e na sada.

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    Dotar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras classificatrias do sistema de controle de poluio do ar, para evitar emisses de vapores e partculas para a atmosfera. Fechar os silos de estocagem de mistura asfltica. Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emisses provenientes do trafego de veculos no ultrapassem 20% de capacidade. Dotar os silos de estocagem de filer de sistema prprio de filtragem a seco. Adotar procedimentos operacionais que evitem a emisso de partculas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do p retido nas mangas. Acionar os sistemas de controle de poluio do ar antes dos equipamentos de processo. Manter em boas condies todos os equipamentos de processo e de controle. Dotar as chamins de instalaes adequadas para realizao de medies. Substituir o leo combustvel por outra fonte de energia menos poluidora (gs ou eletricidade) e estabelecer barreiras vegetais no local, sempre que possvel. Espalhamento e compactao na pista: Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento imediatamente antes de iniciada a compactao. Estas temperaturas devem ser as indicadas, com uma tolerncia de 5C. O controle do grau de compactao GC da mistura asfltica deve ser feito, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extrados da mistura espalhada e compactada na pista, por meio de brocas rotativas e comparando-se os valores obtidos com os resultados da densidade aparente de projeto da mistura. Devem ser realizadas determinaes em locais escolhidos, aleatoriamente, durante a jornada de trabalho, no sendo permitidos GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em relao massa especifica aparente do projeto da mistura (conforme item 7.5. alnea a). Verificao do produto: A verificao final da qualidade do revestimento de Concreto Asfltico (Produto) deve ser exercida atravs das seguintes determinaes, executadas de acordo com o Plano de Amostragem Aleatrio: Espessura da camada: Deve ser medida por ocasio da extrao dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos: antes e depois do espalhamento e compactao da mistura. Admite-se a variao de 5% em relao s espessuras de projeto. Alinhamentos: A verificao do eixo e dos bordos deve ser feita durante os trabalhos de locao e nivelamento nas diversas sees correspondentes s estacas da locao e nivelamento nas diversas sees correspondentes s estacas da locao. Os desvios verificados no devem exceder 5cm. Acabamento da superfcie: Durante a execuo deve ser feito em cada estaca da locao o controle de acabamento da superfcie do revestimento, com o auxilio de duas rguas, uma de 3,00m e outra de 1.2m, colocadas em ngulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variao da

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    superfcie, entre dois pontos quaisquer de contato, no deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das rguas. O acabamento longitudinal da superfcie deve ser verificado por aparelhos medidores de irregularidade tipo resposta devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de Irregularidade

    QI deve apresentar valor inferior ou igual a 35 contagens/Km (IRI 2,7). Condies de segurana: O revestimento de concreto asfltico acabado deve apresentar Valores de Resistncia

    Derrapagem VDR 45 quando medido com o Pndulo Britnico (ASTM-E 303) e Altura de

    Areia 1,20mm HS 0,60mm (NF P-98-216-7). Os ensaios de controle so realizados em segmentos escolhidos de maneira aleatria, na forma definida pelo Plano da Qualidade. Os servios s devem ser aceitos se atenderem s prescries desta Norma. Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido. Qualquer servio s deve ser aceito se as correes executadas colocarem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrario ser rejeitado.

    1.3) RECOMPOSIO DE PAVIMENTOS RGIDOS

    Nesta situao, conforme j abordado no item A.2.3 do Captulo II, devero ser recompostas em igual espessura anteriormente demolida em toda a rea da placa, isto , rea contida entre juntas e meio-fio.

    A resistncia axial compresso do concreto dever ser fck28 35MPa, conforme

    Instrues para Execuo de Pavimentao em Logradouro (disponvel na pgina da internet da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro SMO).

    1.3.a) PAVIMENTO DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND (PROCESSO MANUAL)

    Esta especificao baseada na Instruo tcnica de execuo n ITE-16/87 da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Adotou-se o processo manual devido s peculiaridades dos servios de conservao que dispensam o uso de equipamentos mais sofisticados e grandes como o caso da pavimentadora de concreto. Objetivo: Esta Instruo tem por objetivo fixar as condies gerais que devem ser obedecidas na execuo dos pavimentos de concreto por processo manual. Campo de aplicao: Esta instruo ser aplicada na execuo de pavimentos de concreto sempre que as condies locais no permitirem a construo por processo mecnico.

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    Materiais: Cimentos: Portland comum: Trs tipos sero considerados na presente instruo, segundo a resistncia do ensaio a compresso aos 28 dias, o CP 25, CP 32 e CP 40. Tais cimentos devero obedecer a especificao NBR 5732 . Portland alto forno: Dois tipos sero considerados na presente instruo a saber: AF 25 e AF 32. Tais cimentos devero obedecer a especificao NBR 5735. Portland pozolnico: Tais cimentos devero obedecer especificao NBR 5736. Em todos os casos ser admitido o cimento a granel. Agregados para concreto: Os agregados sero "mido" e "grado", sendo o mido areia natural ou artificial e o grado pedra britada ou pedregulho. Os agregados mido e grado devem satisfazer a Especificao NBR 7211. Os agregados de tipos e procedncias diferentes devidamente identificados devero ser depositados em plataformas separadas, onde no haja possibilidade de se misturarem com outros agregados ou com materiais estranhos que venham prejudicar suas qualidades; tambm no seu manuseio deve-se tomar preocupao para evitar essa mistura, assim como segregao. gua: A gua destilada ao amassamento e cura do concreto deve ser lmpida e isenta de teores prejudiciais de sais, leos, cidos, lcalis e matria orgnica. Presumem-se ssatisfatrias as guas potveis. Ao para as barras de transferncias e barras de ligao: O ao usado nas barras de transferncia normalmente o CA25A liso, especificado ela NBR 7480. As barras de transferncia devem ser lisas e retas. Nas barras de ligao emprega-se o ao CA50A ou o CA50B, podendo ser indiferentemente liso ou com salincias. Materiais de selagem de juntas: Vrios so os materiais utilizados para selagem de juntas, tais como:

    -elastmero pr-moldados; -pastas base de resinas epxicas; -pastas base de silicone; -pastas base de polisulfetos; -asfalto filerizado aplicado a quente; -emulso asfltica aninica com pedrisco.

    Tais materiais atendero ao ET-22 ABCP.

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    Isolante entre o concreto e a sub-base: Aceitam-se como elementos isolantes entre a placa de concreto e a sub-base, a membrana plstica com o papel "Kraft" betuminado. Tais materiais atendero a NBR 7583. Materiais de proteo para cura: O material usado na cura do concreto ser, normalmente, tecido de juta, cnhamo, algodo, areia, papel impregnado de betume e produtos de cura qumica. Concreto: O concreto ser dosado racionalmente de modo a obter-se com os materiais disponveis uma mistura de trabalhabilidade adequada ao processo construtivo empregado, e um produto compacto, impermevel, satisfazendo as condies de resistncia mecnica, bem como, do abatimento no cone de consistncia (slump test), determinado de acordo com a NBR 7223, previstas no projeto. A resistncia compresso do concreto a verificada em corpos de prova cilndricos, com idade de 7 a 28 dias preparados de acordo com o mtodo NBR 5738 e rompidos de acordo com o Mtodo NBR 5739. Levando-se em conta que o concreto ser vibrado, a energia de socamento do corpo de prova de que trata o NBR 5738, deve ser aumentada de modo a nele obter o grau de compacidade necessrio. O consumo de cimento ser, no mnimo de 350 Kg/m de concreto. O dimetro mximo do agregado grado dever estar compreendido entre 1/3 e 1/4 do valor da espessura da placa, no devendo ultrapassar a 50 mm. Durante a concretagem o empreiteiro dever zelar para que as caractersticas do concreto permaneam satisfatrias, providenciando as ajustagens de trao que se fizerem necessrias. Equipamento: Todo equipamento a ser usado na obra deve ser previamente aprovado pela fiscalizao, estar em perfeito estado de funcionamento e ser mantido nestas condies. O empreiteiro dever dispor na obra do equipamento necessrio ao correto andamento dos servios. Formas: As formas laterais de concretagem devero ser de preferncia metlicas e suficientemente rgidas; de modo a suportarem sem deformao aprecivel s solicitaes de servio. Formas mistas de madei r e metal ou s de madeira podero ser empregadas desde que possuam uma espessura mnima de 5cm. As formas devero ser assentes camada subjacente e ficarem suficientemente firmes, possuindo para tal, a intervalos de 1m no mximo, dispositivos que garantam sua perfeita fixao e posterior remoo sem prejuzo para o pavimento executado. O sistema de unio das formas deve ser tal que permita uma ajustagem correta e impea qualquer desnivelamento ou desvio. Formas torcidas, empenadas ou amassadas no podero ser usadas. Verificar com uma rgua de 3m. Nenhum ponto no topo dever afastar-se de mais de 3mm e na face lateral, de mais de 6 mm. Formas especiais com pea fixada ao longo de sua face interna sero utilizadas, quando se desejar obter bordo de placa com perfil de encaixe, projetado para juntas de encaixe tipo macho-fmea, ou com furos (devidamente dimensionados pelo projeto) que permitam a passagem da barra.

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    Betoneiras: As betoneiras empregadas devem produzir um concreto homogneo e realizar sua descarga sem segregao dos componentes. Devem ter uma capacidade tal que permita continuidade nas operaes de concretagem. As betoneiras devem possuir reservatrio de gua com medidores automticos de descarga que permitam a medida da gua com um erro inferior a 1,5%. Este dispositivo deve ser constantemente aferido. Dispositivos de medidas de agregados: Os dispositivos para pesagem dos materiais quer sejam unidades autnomas, quer faam parte dos silos dosadores, no devero conduzir a erros superiores a 2%. No caso de medio em volume, os recipientes destinados aos agregados devem trazer externamente, em caracteres bem legveis a designao do trao e do agregado a que se destinam. Equipamento para transporte do concreto: Sendo o concreto produzido no canteiro da obra, o transporte do mesmo da betoneira at o local de lanamento ser feito por caamba que permita a descarga com espalhamento do material sem segregao. Podem ser utilizados com o mesmo fim carrinhos de mo com rodas de borracha. Equipamento de adensamento e acabamento inicial: O adensamento do concreto ser feito com viga vibradora, chapa vibradora e vibradores de imerso. O acabamento inicial ser .feito pela passagem da viga vibradora. A viga vibradora dever ser montada sobre um chassis de rodas, para movimentar-se sobre as formas, sendo deslocada manualmente. Dever operar de tal maneira que produza vibraes uniformes em toda a largura da faixa concretada. As chapas vibradoras devero ser portteis, com peso no inferior a 60 Kg com uma base de dimenses mnimas de 40 x 60 cm, com vibradores acionados por motores a gasolina ou eltricos. Os vibradores de imerso devero ser de dois (2) tamanhos de dimetro de agulha e que devem ser da ordem de 35 e 45mm, com frequncia superior a 3.500 ciclos por minuto. O comprimento do eixo flexvel dos vibradores dever ser de 4 a 5 m. Equipamento para execuo de juntas: Rguas de ao e perfis T metlicos para moldagem das juntas, ferramentas metlicas para arredondamento das arestas, desempenadeiras metlicas e de madeira e pontes de servio, mveis e de largura tal que se apoiem suas extremidades nas formas laterais, devem existir em nmero suficiente. Mquinas especiais, como serras sero utilizadas preferencialmente. Apetrechos para acabamento final: Devero existir em nmero suficiente os seguintes apetrechos de acabamento: Desempenadeiras de madeira de cabo longo, desempenadeiras comuns de madeira e metlicas, rodos de madeira bastante leves, de 1,5 a 2m no mnimo de comprimento de aresta fina igualmente em madeira e de borracha, perfeitamente retilnea e munida de cabo longo, tiras de lona, dotadas de punhos com 20cm, no mnimo, de largura, e comprimento no inferior a largura da faixa concretada mais um metro, devendo ser leve e no apresentar costuras voltadas para a face alisadora.

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    Equipamento para enchimento de juntas: O empreiteiro dever prover todos os apetrechos necessrios a limpeza, pintura e enchimento das juntas, como sejam: vassouras de fios duros, ferramentas com ponta em cinzel que penetrem na ranhura das juntas, compressor de ar e mangueira de 12,7 a 19,05 mm (1/2" a 3/4") dotada de bocal capaz de soprar a junta, caldeira de aquecimento de material betuminoso com termmetro (escala 50C a 200C) vasilhame prprio para aplicao do material de vedao, baldes,, ps, etc. Equipamento de controle: O empreiteiro dever dispor, na obra, dos servios de laboratrio para controle da dosagem e verificao da qualidade do concreto. Devem existir no canteiro de servio rguas de 3 m de comprimento preferivelmente metlicas para verificao das formas e superfcie do pavimento pronto. Execuo: Trabalhos preliminares: A camada subjacente de acordo com o projeto ser preparada com a forma prescrita na respectiva instruo. Assentamento das formas e preparo para concretagem: As formas sero assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no projeto uniformemente apoiadas sobre a camada subjacente e fixadas com grampos ou ponteiros de ao, de modo a suportarem sem deformao ou movimentos apreciveis as solicitaes inerentes ao trabalho. O topo das formas dever coincidir com a superfcie de rolamento prevista. Quando se constatar insuficincia nas condies de apoio de qual quer forma, esta ser removida e convenientemente reassentada. O alinhamento e o nivelamento das formas devero ser verificados, e se necessrios, corrigidos, antes do lanamento do concreto. Assentadas as formas, procede-se a verificao do fundo da caixa com um gabarito nelas apoiado, corrigindo-se qualquer irregularidade, onde necessrio. Por ocasio da concretagem, as formas devem estar limpas e untadas com leo a fim de facilitar a desmoldagem. O empreiteiro dever ter formas assentadas em uma extenso mnimade l00m, a contar do ponto em que estiver sendo lanado o concreto. Preparo da caixa para o lanamento do concreto: Aps o acerto do fundo da caixa de conformidade com o perfil transversal do projeto, a superfcie ser coberta com tiras de papel impermeabilizante. Na colocao do papel, as tiras devem ser superpostas de 10 cm, no mnimo. O papel dever ser mantido intacto at o lanamento do concreto. No caso do projeto no indicar o emprego do papel ou outro impermeabilizante, o fundo da caixa ser suficientemente molhado antes do lanamento do concreto, tomando-se precaues para evitar formao de lama e poas de gua. Sobre a superfcie pronta para receber o concreto no ser permitido o trfego de veculos ou equipamento.

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    Preparo e lanamento de concreto: A medio dos materiais, deve obedecer as seguintes condies:

    a) O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de sacos,

    (50Kg), no se tolerando neste caso o aproveitamento de sacos avariados;

    b) Os agregados de tipos diferentes, mido ou grado, devem ser medidos separadamente, em peso ou em volume, considerando sempre nestas operaes a influncia da unidade;

    c) a quantidade de gua a adicionar em cada trao, ser determinada levando-se em considerao a umidade dos agregados. A quantidade total de gua de amassamento no deve diferir mais de 3% do valor especificado. O amassamento do concreto ser feito sempre em betoneiras, que podero estar localizadas ou no canteiro de servio ou em instalaes centrais fixas, ou montadas em caminhes. No caso de serem utilizadas instalaes centrais fixas de amassamento, o concreto dever ser transportado ao local de lanamento em caminhes misturadores. O amassamento do concreto ser feito sempre de modo contnuo com durao de pelo menos um minuto, a contar do momento em que todos os componentes tiverem sido lanados na betoneira. O intervalo mximo de tempo permitido entre o amassamento e o lanamento do concreto ser de trinta (30) minutos. O concreto deve ser transportado: para o local de amassamento de modo que no acarrete segregao dos componentes. O lanamento do concreto dever ser feito de modo a reduzir o trabalho de espalh-lo, evitando-se a segregao dos seus componentes. A produo de concreto dever ser regulada de acordo com a marcha das operaes de concretagem, num ritmo que garanta a necessria continuidade do servio. Espalhamento e adensamento do concreto: O espalhamento do concreto ser executado manualmente com ferramentas de mo, tais como, ps, enxadas, etc., evitando-se sempre a segregao dos materiais. O concreto dever ser distribudo com ligeiro excesso por toda a largura da faixa, de maneira que aps o adensamento e acabamento, seja obtida, em qualquer ponto do pavimento, a espessura do projeto. O adensamento do concreto ser feito por vibrao superficial, viga vibradora e chapa vibradora, exigindo-se, entretanto, o emprego de vibradores de imerso, prximo s formas, na execuo de juntas e sempre que a vibrao superficial se mostrar insuficiente ou ainda quando a espessura do pavimento ou condies locais o exigirem. O acabamento da superfcie ser feito imediatamente aps o adensamento do concreto com auxlio da viga vibradora. A viga vibradora dever passar em um mesmo local tantas vezes quantas forem necessrias ao perfeito acabamento do concreto, afim de que a superfcie do pavimento fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o acabamento final. As depresses observadas a passagem da mquina sero imediatamente corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim. Deve-se evitar um nmero excessivo de passagens do equipamento pelo mesmo trecho.

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    As superfcies em que se apoia a viga vibradora, devem ser mantidas limpas, de modo a permitirem o perfeito rolamento das mquinas e garantirem a obteno de um pavimento sem irregularidades superficiais. Juntas: Todas as juntas longitudinais e transversais devem estar de conformidades com as posies indicadas no projeto, no se permitindo desvios de alinhamento ou de posio superiores a 10mm. As juntas devem ser continuas em todo o seu comprimento. Juntas longitudinais: O pavimento ser executado em faixas longitudinais, devendo a posio co das juntas em construo, coincidir com a das juntas longitudinais, indicadas no projeto. Quando a junta em construo for do tipo macho-fmea ou do tipo de articulao, retirada a forma, o bordo ser pintado com betume, servindo de molde para a execuo da faixa adjacente. Quando a junta longitudinal for do tipo seco enfraquecida os sulcos destinados a receber material de vedao sero executadas no concreto fresco com emprego de um perfil T metlico, logo aps o seu adensamento e acerto pela viga vibradora, devendo a superfcie do pavimento ser corrigida a todas as irregularidades decorrentes desta operao. Quando for adotada junta serrada, a mesma ser executada aps o endurecimento do concreto. Quando a introduo do perfil T metlico for difcil, adapta-se sobre ela a chapa vibradora. Juntas transversais: As juntas transversais devero ser retilneas e normais ao eixo do pavimento, salvo situaes particulares indicadas no projeto. Devero ser executadas de modo que as operaes de acabamento final da superfcie possam processar-se continuamente como se as juntas no existissem. Quando a junta transversal for dotada de barras de transferncia, sua instalao dever ser procedida frente do ponto em que estiver sendo lanado o concreto, com antecedncia bastante para sua perfeita execuo. Devero ser empregados sistemas de fixao que assegurem a permanncia das barras em sua posio correta durante a concretagem. O lanamento do concreto adjacente junta ser feito com ps, simultaneamente de ambos os lados, de modo a no deslocar o dispositivo instalado. O adensamento ser feito cuida-dosamente ao longo de toda a junta, com vibradores de imerso que no devero entrar em contato com o sistema de fixao e barras de transferncia. Adensado o concreto adjacente junta, procede-se ao acabamento mecnico da superfcie com as necessrias precaues para que, a passagem do equipamento, a junta no seja deslocada. Juntas transversais de contrao tipo "seco enfraquecida: As seces sero enfraquecidas atravs de sulcos no concreto fresco, com as dimenses indicadas no projeto, executados com lminas de ao apropriadas. A superfcie do pavimento deve ser corrigida de todas as irregularidades decorrentes desta operao. De preferncia, os sulcos devero ser executados com serras especiais logo aps o endurecimento do concreto. Juntas transversais de construo: Ao fim de cada jornada de trabalho ou sempre que a concretagem tiver de ser interrompida por mais de 45 minutos, ser executada uma junta de construo, cuja posio sempre que

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    possvel dever coincidir com a da junta de contrao. Na confeco da junta de construo utiliza-se uma madeira de largura igual a da placa, que poder ser dotada de furos nas posies indicadas no projeto, de dimetro igual ao das barras de transferncia. A madeira removida com cuidado antes do prosseguimento da concretagem. Juntas especiais: Sempre que uma placa do pavimento encontrar a face de uma obra de arte, haver, neste caso, uma junta transversal de dilatao de 15 a 20mm de espessura, preenchida com uma madeira mole (pinho sem ns) ou material adequado. No entroncamento de duas pistas, a junta comum s duas ser do tipo macho-fmea, com bordo espessado. Ao longo das sarjetas de concreto e na sua face de contato com as placas, haver uma junta longitudinal do tipo macho-fmea ou de bordo espessado. Enchimento das juntas: Material de vedao de juntas s poder ser aplicado quando os sulcos dos mesmos estiverem secos e limpos. Colocao do material vedante: Preliminarmente os sulcos destinados a receber o material vedante, devem ser completamente limpos, empregando-se para isso ferramentas com pontas em cinzel, que penetrem na ranhura das juntas, vassouras de fios duros e jato de ar comprimido. Pintura da junta: Aps a limpeza da junta a mesma ser pintada com o material de selagem de juntas. Sendo o material de vedao aplicado a quente, a operao de aquecimento dever ser cuidadosamente controlada a fim de que a temperatura no se eleve a ponto de prejudicar suas propriedades. A temperatura de aquecimento dos vedantes betuminosos, deve apenas permitir que os mesmos derretam e apresentem consistncia e adesividade adequada durante a aplicao. O material de vedao deve ser cautelosamente derramado no interior dos sulcos, sem respingar a superfcie, e em quantidade suficiente para encher a junta sem transbordamento. Aps o resfriamento ser completado o enchimento onde for constatada insuficincia da quantidade de material aplicado. Quando for necessrio impedir que o material de vedao seja levantado pelo trfego eventual, um ou dois minutos aps o enchimento da junta a superfcie exposta do material vedante dever ser polvilhada com areia fina ou p de pedra. Ferragem: Barras de ligao (ligadores): As barras de ao utilizadas como ligadores, de dimetro e comprimento indicados no projeto, devem estar limpas antes de sua colocao, isentas de leo ou qualquer substncia que prejudique sua aderncia ao concreto. Sero colocadas nas posies igualmente indicadas pelo projeto, cuidando-se para que no sejam deslocadas ao ser executado o servio. Barras de transferncia (passadores): Os passadores, de dimetro e comprimento indicados no projeto, sero barras lisas, retas, sem qualquer deformao que possa prejudicar o seu deslizamento no interior do concreto. Sero

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    colocadas nas posies indicadas no projeto, devendo o sistema de fixao empregado, mant-las durante a concretagem, rigorosamente normais ao plano das juntas. Cada barra ter uma metade livre, que dever estar isenta de ferrugem e ser previamente pintada com tinta base de zarco. Imediatamente antes da colocao das barras na posio, esta metade ser untada com graxa ou leo grosso. Acabamento final: Imediatamente aps a passagem da viga vibradora, ser executado um desempenamento longitudinal com uma desempenadeira e rodo de madeira apropriados, dispostos paralelamente ao eixo longitudinal do pavimento. Manobradas com um movimento de vai-vem, a desempenadeira ou rodo passar gradualmente de um ao outro lado do pavimento. O excesso de gua da superfcie ser removido por meio de rodos com aresta de borracha. Enquanto o concreto estiver ainda plstico, ser procedida a verificao da superfcie, em toda a largura da faixa, com uma rgua de 3m disposta paralelamente ao eixo longitudinal do pavimento e avanando de cada vez no mximo metade do seu comprimento. Qualquer depresso encontrada ser imediatamente cheia com concreto fresco, rasada, compactada e devidamente acabada, e qualquer salincia ser cortada e igualmente acabada. No ser permitido a utilizao de argamassa para os acertos de depresses da placa. logo aps o desparecimento da gua superficial, procede-se ao acabamento final com uma tira de lona. Esta deve ser colocada na direo transversal e operada num movimento rpido de vai-vem, deslocando-se ao mesmo tempo na direo longitudinal do pavimento, Durante a ope-rao, a lona deve ser frequentemente lavada de modo a impedir a formao de crostas de concreto na sua superfcie. Antes do inicio da pega, as peas usadas na moldagem das juntas sero retiradas e, com ferramentas adequadas, afeioadas todas as arestas de acordo com o projeto. Qualquer poro de concreto que caia no interior do sulco de uma junta, dever ser prontamente removida. Para operaes de acabamento final que se tenham de realizar na regio central da placa, os operrios devero trabalhar de cima de pontes de servio mveis. Desmoldagem: As formas s podero ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas aps a concretagem. A fiscalizao poder, entretanto, fixar prazos maiores at um mximo de 26 horas. Durante a desmoldagem sero tomados os necessrios cuidados para evitar o esborcinamento das placas. Cura: O perodo de cura deve ser no mnimo de 7 dias, comportando duas fases distintas. As faces laterais das placas, expostas pela remoo das formas, devero ser imediatamente protegidas de modo a terem condies de cura anlogas s da superfcie do pavimento. Perodo inicial de cura: Aps o acabamento final, a superfcie do pavimento dever ser coberta com tiras bem molhadas de tecido de algodo ou aniagem. As tiras devem ser cuidadosamente colocadas com uma superposio mnima de 10 cm, fazendo logo que possvel sem danificar a superfcie da placa. O tecido permanecer sobre a superfcie do pavimento durante pelo menos 24 horas, devendo ser conservado constantemente molhado por irrigaes frequentes. A insuficincia de cobertura, sua colocao tardia ou a falta de irrigao no sero admitidas. Perodo final de cura:

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    Decorridas as primeiras 24 horas, quando no se desejar manter pelo restante do perodo de cura o mesmo processo usado no perodo inicial, poder-se- usar um lenol de gua ou uma camada de pelo menos 3cm de espessura, de areia ou p-de-pedra mantida permanente mente molhada. Outros processos podero ser empregados a critrio da fiscalizao. Nos trechos submetidos cura, sob nenhum pretexto ser admitido o trnsito de veculos e animais. Controle e recebimento da obra: Resistncia compresso: A resistncia a compresso, ser verificada pela Fiscalizao atravs do rompimento aos 7 e 28 dias de corpos de prova cilndricos moldados e curados no canteiro de servio. A moldagem dos corpos de prova, ser feita de acordo com o NBR 5738, e o rompimento de acordo com o NBR 5739, devendo ser retirados no mnimo 3 (trs) corpos de prova para cada 150 m de pavimento, de pontos escolhidos pela Fiscalizao de modo a bem caracterizar a rea concretada. A resistncia caracterstica do concreto de determinado trecho de pavimento, ser a mdia aritmtica dos resultados obtidos com os corpos de prova correspondentes. Sero eliminados os resultados, que se afastarem mais de 20% da mdia. Se contudo, mais de 1/3 dos corpos de prova se afastarem de mais de 15%, todos os resultados da srie devem ser desprezados. Quando a resistncia mdia obtida, for igual ou superior a 85% do valor previsto, o pavimento ser ACEITO quanto a esta exigncia. Em caso contrrio, ou quando os resultados de uma srie forem desprezados, o trecho correspondente ser considerado SUSPEITO. De cada trecho considerado suspeito, a Fiscalizao far extrair a intervalos aproximadamente iguais no mnimo 3 (trs) corpos de prova cilndricos de geratrizes normais superfcie do pavimento para serem submetidos a ensaio de ruptura de acordo com o NBR 5739 . Quando as resistncia de todos os corpos de prova extrados forem iguais ou superiores a 85% do valor previsto, o trecho do pavimento ser aceito quanto a esta exigncia, impondo-se, contudo que a idade dos corpos de prova na ocasio da ruptura seja no mximo de 60 dias. Quando a resistncia de qualquer corpo de prova for superior a 85% do valor previsto, a fiscalizao far extrair e ensaiar novos corpos de prova de todas as placas, as quais os corpos de prova representam, podendo ser aceitas ou rejeitadas as placas correspondentes, desde que os corpos de prova extrados satisfaam ou no a exigncia de 85% ou mais da resistncia prescrita. As placas rejeitadas pela Fiscalizao sero removidas e reconstrudas de acordo com a presente Instruo. Espessura: A espessura do pavimento ser verificada pela fiscalizao atravs de corpos de prova cilndricos de dimetro mnimo igual a 5cm, extrados do pavimento em pontos escolhidos. Devem ser retirados no mnimo dois (2) corpos de prova para cada 1.000 m de pavimento. Para o mesmo fim, podero ser utilizados os corpos de prova que tenham sido extrados para verificao da resistncia. Quando a medida da espessura dos corpos de prova no revelarem insuficincia de espessura superior a 1cm da espessura do projeto, o pavimento ser aceito quanta a esta exigncia. Quando qualquer corpo de prova revelar insuficincia de espessura superior a 1cm, a fiscalizao far extrair novos corpos de prova da rea suspeita, em nmero suficiente para bem caracterizar as placas deficientes. Sero ento aceitas ou rejeitadas as placas correspondentes, conforme satisfizerem ou no os corpos de prova e a exigncia. As placas rejeitadas pela Fiscalizao sero removidas e reconstrudas de acordo com a presente instruo.

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    Verificao da superfcie: A superfcie do pavimento ser verificada pela Fiscalizao com uma rgua de 3 m de comprimento disposta paralelamente ao eixo longitudinal do pavimento. Quando a superfcie no apresentar irregularidades superiores a 5mm, o pavimento ser aceito quanto a