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­­­­Normas E DirEtrizEs DiocEsaNas Para a PrEParação

E rEcEPção Do sacramENto Do Batismo

Diocese de Jundiaí

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ÍNDICE

Siglas e Abreviaturas ..................................................................... 04

Apresentação ................................................................................. 05

Decreto .......................................................................................... 08

1. Fundamentação ......................................................................... 11

2. A Paróquia: Lugar próprio para celebrar o Sacramento ............ 12

3. Secretaria Paroquial: Local privilegiado do Ministério da Acolhida ................................................................................ 12

4. As condições para a admissão ao Batismo ................................ 13

4.1. Crianças menores de 7 anos ............................................... 13

4.2. Crianças entre 7 e 9 anos .................................................... 14

4.3. Crianças e Adolescentes em idade de catequese a partir de 9 até 13 anos ...................................................... 15

4.4. Jovens (14 a 17 anos) e Adultos (a partir de 18 anos) ........ 15

5. A eleição dos padrinhos ............................................................. 16

6. A preparação do Sacramento do Batismo .................................. 17

7. O ministro do Sacramento do Batismo ...................................... 18

8. A Celebração do Sacramento do Batismo .................................. 18

9. Batismo em perigo de morte ...................................................... 22

10. Recepção na Igreja e admissão na plena comunhão ................. 23

11. Transferência ............................................................................. 23

12. Documentação Necessária ......................................................... 24

13. Comissão para a Animação Bíblico-Catequética (Nível Batismo) ......................................................................... 25

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SIGLAS E ABREVIATURAS

Cân. Cânon do Código de Direito CanônicoCânn. CânonesCDC Código de Direito Canônico, promulgado por SS. João Pau-

lo II, aos 25 de janeiro de 1983CNBB Conferência Nacional dos Bispos do BrasilDAp Documento de Aparecida – Texto conclusivo da V Confe-

rência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe (Aparecida – Brasil) (2007)

DSD Documento de Santo Domingo – Texto conclusivo da IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (1992)

EG “Evangelii Gaudium” (A Alegria do Evangelho), Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evange-lho no mundo moderno (2013).

GE Guia Ecumênico, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – Estudos da CNBB, n. 21 (2003 – 3ª edição)

ISBC Instrução sobre o Batismo das Crianças, da Congregação para a Doutrina da Fé (1980)

n. Númeronn. NúmerosRBC Ritual do Batismo de Crianças, da Congregação para o Cul-

to Divino e a Disciplina dos Sacramentos (1998)RICA Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, da Congregação para

o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (1973)SC “Sacrosanctum Concilium” (O Sacrossanto Concílio),

Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Sagrada Litur-gia (1963)

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APRESENTAÇÃO

Prezados Irmãos e Irmãs da Igreja de Deus que se faz presente na Diocese de Jundiaí:

Tenho a grata alegria de colocar em suas mãos as novas Normas e Diretri-zes Diocesanas para a Preparação e Recepção do Sacramento do Batismo, recém-elaboradas pelos Presbíteros, Diáconos e Agentes de Pastoral, par-ticularmente aqueles(as) da Comissão Paroquial para a Animação Bíblico-Catequética (Nível Batismo). A Primeira Indicação Pastoral do Plano Dio-cesano da Ação Evangelizadora 2014, cujo Objetivo Geral é o de tornar a Igreja Diocesana de Jundiaí: “Casa da Iniciação à Vida Cristã”, indica a necessidade da “elaboração e publicação do Diretório Diocesano de Cate-quese, contendo, inclusive, os critérios e as orientações para a preparação e a celebração dos Sacramentos da Iniciação Cristã e demais Sacramentos” (p. 18). Tal tarefa tornou-se necessária e urgente à luz dos recentes pronun-ciamentos do Magistério e das profundas mudanças religiosas, culturais e sociais.

O Santo Evangelho nos diz que antes de voltar ao Pai, Jesus manda seus discípulos irem a todos os cantos do mundo para fazerem discípulos seus e batizarem em nome de Deus Trindade (cf. Mt 28,19). Portanto, o Batismo só tem sentido enquanto for a marca de identidade do discípulo de Jesus. No Evangelho de São Marcos, Jesus afirma: “Quem crer e for batizado será sal-vo. Quem não crer será condenado” (Mc 16,16). Em outras palavras, quem tiver fé e praticar o Batismo que recebeu será salvo. Porém, quem não tiver fé, mesmo sendo batizado, não será reconhecido como discípulo de Jesus.

Nesta perspectiva, o objetivo principal destas Normas e Diretrizes Dioce-sanas para a Preparação e Recepção do Sacramento do Batismo é resgatar o sentido original do Batismo e da radical transformação que ele suscita na vida do batizando. No início da Igreja, o Batismo deixava uma profunda marca na vida dos que recebiam este Sacramento. Antecedendo essa cele-bração, havia uma preparação prolongada em que os catecúmenos (isto é, os que se preparavam para receber o Batismo) eram introduzidos no mistério da vida cristã. Agora encontravam uma nova identidade em Jesus Cristo Vivo e Ressuscitado, passando a fazer parte da nova família dos filhos e filhas de Deus: a Igreja.

Com o passar dos tempos, o Batismo foi se tornando apenas um ato so-

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cial, momentâneo, sem compromisso, um ritual quase mágico, de maneira que hoje a maioria dos cristãos não é suficientemente evangelizada. A prepa-ração para o Sacramento do Batismo, muitas vezes feita sem “uma formação integral, querigmática e permanente” (cf. DAp, n. 279), gerou uma multidão de batizados não evangelizados e não engajados na comunidade. Os sacra-mentos se transformaram em sacramentalização sem evangelização. Deste modo, com o decorrer dos tempos, esses encontros (“Cursos”) foram cain-do na rotina, no vazio, na falta de receptividade, na falta de pedagogia e hoje geram descontentamento e críticas. Precisamos mudar e renovar! Com a Igreja no Brasil, precisamos fazer a opção pela Catequese de Iniciação à Vida Cristã, com inspiração catecumenal (cf. DAp, nn. 286-294), tornan-do os encontros para a preparação e a recepção do Sacramento do Batismo atraentes, participativos, frutuosos, atualizados, e acima de tudo, momentos fortes da experiência do Cristo Vivo e do amor à vida comunitária.

O Papa Francisco, refletindo sobre o Sacramento do Batismo, ensina: o Batismo “não é uma formalidade! É um ato que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança batizada ou uma criança não batizada não é a mesma coisa. Uma pessoa batizada ou uma pessoa não batizada não é a mesma coisa. Nós, com o Batismo, somos imergidos naquela fonte inesgo-tável de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos” (8 de janeiro de 2014). E ainda: “Em virtude do Batismo nós nos tornamos discípulos missionários, chamados a levar o Evangelho ao mundo... O Povo de Deus é um Povo discípulo – porque recebe a fé – e missionário – porque transmite a fé. É isto que o Batismo faz entre nós: confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé” (15 de janeiro de 2014).

Entre os princípios norteadores destas Normas e Diretrizes Diocesanas para a Preparação e Recepção do Sacramento do Batismo, destaco os se-guintes: 1) O Batismo coloca “alguém em contato com Jesus Cristo, inician-do-o no discipulado” (cf. DAp, n. 288). A preparação ao Batismo não deve destacar a doutrina, mas sim favorecer o encontro vivo, pessoal e profundo com Jesus Cristo. 2) Por isso, a ênfase é dada ao “querigma”, isto é, a toma-da de consciência do amor vivificador que nos é oferecido em Cristo morto e ressuscitado. 3) Quem evangeliza é uma Igreja discípula missionária de Jesus que ama, acolhe e busca “os batizados não suficientemente catequiza-dos” (DAp, n. 288). 4) A evangelização deve ser capaz de apaixonar os des-tinatários com a vida em comunidade, com a alegria de pertencer à Igreja, família de Deus. 5) A evangelização se destina a todos, preferencialmente

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aos adultos, com suas alegrias, dificuldades e anseio de encontrar a plena felicidade em Cristo Jesus. 6) Uma evangelização que leva a descobrir a beleza de celebrar a Liturgia: a festa do encontro de Deus com seu povo. 7) Por fim, como evangelizadores, nós devemos cultivar as seguintes atitudes: “proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena” (EG, n. 165).

De coração, agradeço a todos aqueles(as) que contribuíram para a elabo-ração deste tão desejado e esperado Documento, particularmente Padre Le-andro Megeto, Coordenador Diocesano da Ação Evangelização. E peço que todos os Presbíteros, Diáconos, Agentes de Pastoral, batizandos(as) e seus padrinhos e madrinhas aceitem com obediência filial e amor eclesial tudo o que consta neste Documento. Aprovo as Normas e Diretrizes Diocesanas para a Preparação e Recepção do Sacramento do Batismo “ad experimen-tum” pelo período de um ano, com a firme esperança de que, ao surgir novas circunstâncias, estas colaborem para melhorar e atualizar cada vez mais este Documento.

Termino com a oração de São Gregório de Nissa (século IV) na cele-bração do Batismo: “Eu te assinalo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo para que sejas cristão: os olhos, para que vejas a Deus; os ouvidos, para que ouças a voz de Deus; as narinas, para que percebas o suave odor de Cristo; os lábios, para que, uma vez convertido, confesses o Pai, o Filho e o Espírito Santo; o coração, para creias na Trindade indissolúvel. O Verbo nos santificou, o Espírito nos selou, o velho homem foi sepultado e o novo homem veio ao mundo, encontrando de novo sua juventude pela graça” (Ho-milia 13).

Oxalá isto se realize em cada Batismo que celebramos!

Jundiaí, 15 de agosto de 2014.

Dom Vicente CostaBispo Diocesano de Jundiaí

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Decreto­De­Promulgação­Das­“Normas­e­Diretrizes­DiocesaNas­Para­a­PreParação­e­recePção­­

Do­sacrameNto­Do­Batismo”

Dom Vicente Costa

por graça de Deus e do Romano Pontífice, Bispo Diocesano de Jundiaí:

Cumprindo sua missão de apascentar e reger a porção do Povo de Deus que lhe foi confiada (cf. CDC, Cân. 375, § 1), missão esta que se exprime também por meio da atividade legislativa peculiar da Igreja (cf. CDC, Cân. 391);

Visando prover, em continuidade com a solicitude pastoral exercida por seus antecessores, as Paróquias e Comunidades da Diocese de Jundiaí de normas e diretrizes que, ao mesmo tempo, expressem com clareza o sentido Sacramento do Batismo e organizem sua eficaz administração;

Após amplo processo de consulta e de estudos:

Estabelece e promulga, por um ano, as “Normas e Diretrizes Diocesanas para a Preaparação e recepção

do sacramento do Batismo”.

Passam a vigorar as referidas Normas e Diretrizes a partir do dia 15 de agosto do ano corrente, Solenidade de Nossa Senhora do Desterro, Padroeira da Diocese.

Sejam as mesmas publicadas convenientemente, dadas a conhecer ao Presbitério, aos Diáconos, aos Religiosos e a todo o Povo de Deus. Sejam essas Normas e Diretrizes também conservadas nos arquivos competentes da Cúria Diocesana.

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Dado e passado sob os sinais de nossa solicitude pastoral e da maternal proteção de Nossa Senhora do Desterro, Padroeira da Diocese, aos 15 de agosto do ano da graça de Nosso Senhor de 2014, quinto do nosso ministério episcopal em Jundiaí.

Dom Vicente Costa- Bispo Diocesano de Jundiaí -

Pe. Milton Rogério Vicente

- Chanceler do Bispado -

Prot. Número: 362Páginas: 61/62Livro: 14

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­­­­Normas­e­Diretrizes­DiocesaNas­Para­a­PreParaçãoe­recePção­Do­sacrameNto­Do­Batismo

1. Fundamentação

1. A expressão “Batismo” vem do grego e significa “mergulhar, imer-gir”. Quem é batizado é mergulhado na morte de Cristo e ressurge com Ele como criatura nova (cf. Rm 6,4). O Sacramento do Batismo, o primeiro dos Sacramentos da Iniciação Cristã, incorpora os cristãos na vida em Cristo como membros do povo de Deus, elevando-os à dignidade de filhos e filhas de Deus, tornando possível a plena realiza-ção da vocação da pessoa à santidade. Por isso, a Igreja dedica espe-cial atenção quanto à preparação e recepção deste Sacramento, pois o considera central e decisivo na sua própria vida e missão (cf. RBC, “A Iniciação Cristã. Observações Preliminares Gerais”, nn. 3-6).

2. Todas as pessoas são chamadas à graça da Salvação. No Evangelho de São Mateus encontramos o mandato missionário de Nosso Senhor aos seus discípulos: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20). É missão da Igreja, portanto, acolher este mandato e fazer de tudo para que a transmissão da fé e a administração do Batismo sejam concedidas a todos os que o desejam, desde que devidamente preparados e com reta intenção (cf. CDC, Cân. 843, § 1).

3. O que passamos a apresentar constitui as Normas e Diretrizes Dio-cesanas para a Preparação e Recepção do Sacramento do Batismo, nasce do desejo da Igreja Particular de Jundiaí em tornar-se uma “Casa da Iniciação à Vida Cristã” e é fruto da Primeira Indicação Pastoral contida no Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2014.

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2. a Paróquia: Lugar PróPrio Para ceLebrar o Sacramento

4. O caráter comunitário é essencial na vida da Igreja. Desta forma afirma o Concílio Vaticano II: “As ações litúrgicas não são ações pri-vadas, mas celebrações da Igreja, que é o ‘sacramento da unidade’, isto é, povo santo, unido e ordenado sob a direção dos Bispos” (SC, n. 26a). O caráter comunitário se manifesta, portanto, entre aqueles que são convocados para celebrar os mistérios sagrados. Os fiéis, ordena-dos e leigos, formam uma assembleia litúrgica que expressa o mistério da Igreja congregada em torno do Senhor Ressuscitado.

5. Assim, a Paróquia – “Comunidade de Comunidades” – animada por seu Pároco em comunhão com o Bispo Diocesano, em todas as Igrejas (abertas e públicas), que estão dentro do seu território, é o lugar pró-prio para que uma assembleia litúrgica expresse tal unidade e celebre o Sacramento (cf. Criterios pastorales de Obispos de La Región Pas-toral Buenos Aires [2005], nn. 1-2.5).

3. Secretaria ParoquiaL: LocaL PriviLegiado do miniStério da acoLhida

6. A Secretaria Paroquial é o rosto visível da comunidade. Por isso, é necessário que os(as) Auxiliares Administrativos(as) tenham sempre presente que atender as pessoas que pedem o Batismo para si ou para os seus constitui um momento importante de evangelização e não ape-nas um ato administrativo.

7. Lamentavelmente, inúmeras vezes, vemos casos em que os que pe-dem o Batismo para si ou para os seus saem da Secretaria Paroquial com a sensação de não poder receber este Sacramento, por falta de acolhida e de um diálogo mais aprofundado, mesmo que não se tenha negado explicitamente. Faz-se necessário, então, cuidado e prudência no momento em que pedem o Batismo, para que não saiam com a ideia de que lhes foi negado.

8. Nos casos em que há dúvidas quanto ao modo de proceder, sejam exortados(as) os(as) Auxiliares Administrativos(as) a encaminharem

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os pais ou os que fazem as suas vezes para uma conversa particulariza-da com o Pároco, Vigário Paroquial ou o Diácono. Este momento será ocasião de “exortações pastorais e orações em comum” (cf. RBC, “Ba-tismo de Crianças. Observações Preliminares”, n. 5, 1) e possibilidade de verificar as motivações e se existe uma “fundada esperança” de que a criança será educada na fé católica (cf. CDC, Cân. 868 § 1, 2º).

4. aS condiçõeS Para a admiSSão ao batiSmo

4.1. Crianças menores de 7 anos

9. Como o Batismo está orientado para a plenitude da vida cristã, de-ve-se ter em conta que os pais ou aqueles que efetivamente fazem as suas vezes, quando pedem o Sacramento, estão dando um passo muito importante, decisivo e indelével, e que tais condições dizem respeito, primeiramente, a eles e não aos seus filhos. Assim é necessário:

− Que os pais ou os que fazem as suas vezes, ou ao menos um de-les, consintam (cf. CDC, Cân. 868 § 1, 1º);

− Que eles, ou ao menos um deles, manifestem o desejo de batizar;

− No caso de pais separados, que se apresente a autorização de um deles, por escrito, do consentimento para a celebração do Batis-mo;

− Que se ofereça “fundada esperança” de que a criança será educa-da na fé católica (cf. CDC, Cân. 868, § 1, 2º). Considera-se que esse critério está cumprido quando avós, tios, parentes próximos ou amigos assumem o compromisso de colaborar na educação da fé da criança e os pais prometem estar de acordo (cf. ISBC, n. 30d);

− Que os pais ou os que fazem as suas vezes aceitem a preparação para a celebração digna e frutuosa do Batismo (cf. CDC, Cân. 851, 2º).

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10. Nos casos de pais que vivem em concubinato ou são casados so-mente no civil e não apresentarem impedimentos para se casar na Igre-ja, quando pedem o Batismo para os filhos, sejam orientados a respeito do Sacramento do Matrimônio e aconselhados a regularizar a situação pelo Sacramento. Mas se eles não estiverem ainda decididos a isso, não deverá ser motivo para negar o pedido do Batismo, desde que se cumpram os requisitos anteriores.

11. Filhos de pai ou mãe sem cônjuge, filhos de pais em segunda união estável devem ser acolhidos, com cuidado especial, evitando-se qual-quer discriminação. A comunidade deve atendê-los com carinho e compreensão e orientar especialmente na escolha de padrinhos, con-forme o item 5: “A eleição dos padrinhos” (nn. 20-24) destas Normas e Diretrizes Diocesanas.

12. O mesmo tratamento deve ser dado em caso de crianças confiadas a parceiros homoafetivos conviventes, conforme exposto acima.

13. Quando os pais negam a fé católica ou se recusam a participar da vida da Igreja, é necessário que seja feito um exame sério das motiva-ções que os levam a pedir o Batismo para seus filhos. Caso permane-çam nessa atitude, o Batismo deve ser adiado (cf. CDC, Cân. 868, § 1, 2º). “A Igreja, de fato, não pode aceder ao desejo desses pais, se eles não derem a garantia de que, uma vez batizada, a criança irá receber a educação católica, exigida pelo Sacramento; e deve-se ter a esperança fundada de que o Batismo dará os seus frutos” (ISBC, n. 30c. cf. ain-da, n. 28 dessa Instrução). Portanto, “deve ficar claro que a recusa do Batismo não é uma forma de pressão. De resto, não se pode falar de recusa, e menos ainda de discriminação, mas de adiamento de caráter pedagógico, o qual intenta, segundo os casos, levar a família a pro-gredir na fé ou torná-la mais consciente das suas responsabilidades” (ISBC, n. 31b).

4.2. Crianças entre 7 e 9 anos

14. Os pais ou os que fazem as suas vezes sejam motivados a inserir a criança na Pré-Catequese da comunidade. No caso de recusa, não se deve negar o Batismo. Neste caso, os pais ou os que fazem as suas vezes, juntamente com os padrinhos, devem ser encaminhados para a

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preparação do Batismo, conforme as condições para crianças menores de 7 anos descritas nos números anteriores (nn. 9-13).

4.3. Crianças e Adolescentes em idade de catequese a partir de 9 até 13 anos

15. Sempre que for pedido o Batismo para crianças em idade de cate-quese, elas devem ser acolhidas no grupo de Catequese de Iniciação à Eucaristia e inscritas no catecumenato (cf. RICA, nn. 306-308).

16. Mesmo que os pais não participem, os catequistas e o próprio Pá-roco poderão ser seus “introdutores” e ajudarão no acompanhamento da criança no período da catequese, garantindo que os pais e padrinhos participem da preparação à celebração do Sacramento do Batismo (cf. RICA, n. 308, b). Quando os pais não aceitam participar, isso não de-verá ser motivo para que se negue ou adie a recepção do Sacramento.

17. O Batismo destas crianças e adolescentes deve ser ministrado con-forme o “Rito de Iniciação de Crianças em Idade de Catequese” (cf. RICA, nn. 347-360), seguindo todas as etapas contidas no RICA.

4.4. Jovens (14 a 17 anos) e Adultos (a partir de 18 anos)

18. Sempre que jovens e adultos pedirem o Batismo, eles deverão ser acolhidos no grupo de Catequese da Crisma e Catequese com Adultos e serem inscritos no catecumenato para percorrerem o itinerário catecu-menal em todos os tempos e etapas, conforme as orientações do RICA.

19. Quando um adulto já casado civilmente ou em concubinato pedir o Batismo, será preparado e receba primeiramente o Sacramento do Ba-tismo e logo após seja legitimada a sua situação matrimonial, a menos que haja algum impedimento, e deverá se inscrever no catecumenato para a recepção dos Sacramentos da Iniciação Cristã. É desejável que seu cônjuge o acompanhe durante o tempo do catecumenato.

20. Nessa preparação, eles devem receber uma adequada formação e participar dos atos litúrgicos previstos no Ritual da Iniciação Cristã de Adultos. Tendo em vista o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2014: “Igreja: Casa da Iniciação à Vida Cristã”, cada Paróquia deve-

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rá fazer coincidir, preferencialmente, o final do Catecumenato com o início do Tempo da Quaresma, durante o qual se deve intensificar a preparação espiritual dos catecúmenos.

5. a eLeição doS PadrinhoS

21. A escolha dos padrinhos deve ser motivada pela capacidade de ajudar os pais na educação da fé dos seus filhos. Os padrinhos são cor-responsáveis nesta missão.

22. “Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha” (CDC, Cân. 873).

23. Os padrinhos devem:

− Ser escolhidos por quem vai ser batizado, ou por seus pais, ou por quem lhes faz as suas vezes, ou pelo Pároco (cf. CDC, Cân. 874, § 1, 1º);

− Ser maiores de 16 anos (cf. CDC, Cân. 874, § 1, 2º);

− Estar iniciados nos três Sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia (ou ao menos um dos padrinhos) e que levem uma vida de acordo com a fé (cf. CDC, Cân. 874, § 1, 3º; RBC, “A Iniciação Cristã. Observações Preliminares Gerais”, n. 10, 2).

− Pertencer à Igreja Católica e não estar impedido de desempe-nhar esse ofício pelo Direito Canônico (cf. CDC, Cân. 874, § 1, 4º; RBC, “A Iniciação Cristã. Observações Preliminares Ge-rais”, n. 10, 3); dar testemunho de vida cristã (cf. CDC, Cân. 874, § 1, 3º) e participar regularmente da vida da Igreja; ma-nifestar condições e verdadeiro interesse em cumprir a missão que vão assumir;

− Uma pessoa batizada não católica pode ser admitida apenas como testemunha do Batismo ou “de consagração”, junto com um padrinho ou madrinha católicos (cf. CDC, Cân. 874, § 2).

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24. Os casais em segunda união estável e que têm uma comprovada participação ativa na comunidade podem ser admitidos como padri-nhos.

25. No caso dos casais que vivem em concubinato deverão ser orienta-dos pelo Pároco, Vigário Paroquial ou Diácono, a legitimarem, livre-mente, a sua situação matrimonial para serem admitidos como padri-nhos.

6. a PreParação do Sacramento do batiSmo

26. O Batismo deve ser preparado com muito cuidado (cf. CDC, Cân. 851). Esta preparação deve ser uma verdadeira Iniciação à Vida Cristã, que poderá ser atingida através de encontros, visitas, celebrações com a atitude evangélica de acolher com carinho os pais e padrinhos e bem prepará-los de acordo com o zelo da comunidade e do próprio Pároco, Vigário Paroquial e Diácono e as necessidades dos participantes. Os encontros devem estar na linha catecumenal, priorizando a Palavra de Deus e incluindo o testemunho, doutrina, vivência e celebração. Em todos estes encontros seja destacado o caráter celebrativo do Mistério Pascal.

27. O Pároco, se julgar conveniente, pode liberar os pais e padrinhos que já são iniciados na fé e integrados na vida da comunidade - como Agentes de Pastoral ou membros assíduos de Movimentos Eclesiais e Associações Religiosas - dos momentos de preparação para o Sacra-mento do Batismo de seu filho ou afilhado.

28. A preparação dos pais e padrinhos que pedem o Batismo a uma criança se fará mediante uma “catequese querigmática” (cf. DSD, n. 49; DAp, n. 279) que constará de encontros, preferencialmente, nas casas dos pais ou padrinhos ou mesmo na comunidade paroquial, con-forme a proposta de articulação dos níveis da catequese, contida na Quarta Indicação Pastoral do Plano Diocesano da Ação Evangeliza-dora 2014.

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29. Cuidem os catequistas, com a orientação do Pároco, de que a pre-paração não seja apenas exposição da doutrina ou explicação dos Ritos do Batismo, mas que seja uma catequese vivencial e testemunhada, com diálogo, partilha de experiências, oração e participação ativa dos pais e padrinhos.

30. Na preparação para o Sacramento do Batismo, todas as Paróquias da Diocese de Jundiaí devem utilizar o subsídio indicado pela Co-ordenação Diocesana da Ação Evangelizadora, a fim de criar maior comunhão e garantir que a proposta de uma catequese com inspiração catecumenal seja implantada em nossas comunidades. Por sua vez, a Comissão Paroquial para a Animação Bíblico-Catequética (Nível Ba-tismo) cuidará para que este subsídio não se torne um material apenas repetitivo.

31. Na Diocese de Jundiaí, o encontro de preparação para o Sacramen-to do Batismo tem validade de 2 (dois) anos, tanto para os pais como também para os padrinhos.

7. o miniStro do Sacramento do batiSmo

32. São ministros ordinários do Batismo os Bispos, os Presbíteros e os Diáconos da Igreja. Sem o consentimento dos Párocos não é lícito a ninguém batizar, exceto em perigo de morte. Na Diocese de Jundiaí, sendo numerosos os diáconos permanentes, não há necessidade de mi-nistros leigos extraordinários do Batismo (cf. CDC, Cânn. 861-862).

33. Na Diocese de Jundiaí, o ministro do Batismo nada peça pela ad-ministração do Batismo, tendo-se presente que todos têm direito a um serviço sacramental gratuito.

8. a ceLebração do Sacramento do batiSmo

34. O Sacramento do Batismo, por imprimir caráter indelével, uma vez recebido validamente, não pode ser repetido. Daí porque sempre

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se deve ter em conta a validade ou não do Batismo administrado pelas comunidades cristãs não católicas (cf. CDC, Cân. 869, § 2: “Nota Ex-plicativa; GE, pp. 48-50).

As Igrejas que batizam validamente são:

− Igrejas Orientais, Igrejas veterocatólicas, Igreja Episcopal An-glicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Igreja Metodista, Igrejas Presbiterianas, Igrejas Batistas, Igrejas Congregacio-nais, Igrejas Adventistas, Exército da Salvação e a maioria das Igrejas Pentecostais (Assembleia de Deus, Igreja do Evange-lho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pen-tecostal: “O Brasil para Cristo”...);

− Há Igrejas de cujo Batismo se pode prudentemente duvidar e, por essa razão, requer-se, como norma geral, a administração de um novo Batismo, “sob condição”: Igrejas Pentecostais que utilizam a fórmula “Eu te batizo em nome do Senhor Jesus”, como a Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Congregação Cris-tã do Brasil, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Mun-dial do Poder de Deus, e “Igrejas Brasileiras”;

− Com certeza, batizam invalidamente: os Mórmons, as Teste-munhas de Jeová e os da Ciência Cristã, entre outros.

− Como a proliferação de religiões é muito grande, em todos os casos é recomendável conversar com a pessoa a respeito do rito que foi usado em seu Batismo.

35. Não havendo perigo de morte, o Sacramento do Batismo deve ser administrado observando-se fielmente o Rito prescrito nos livros litúr-gicos aprovados e as orientações contidas nestas Normas e Diretrizes Diocesanas. Ninguém tem o direito de acrescentar, suprimir ou modi-ficar o que aqui está afirmado, por sua própria iniciativa.

36. De acordo com o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2014 (cf. p. 24 nn. 3-4), a celebração do Sacramento do Batismo pode ser realizada em duas etapas. Estas etapas se realizem, de preferência, du-

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rante a celebração dominical. Elas podem ser realizadas em dois do-mingos do Tempo Comum, do Advento, do Natal, do Tempo Pascal, reservando-se o Tempo da Quaresma, de preferência, para a celebra-ção das etapas do Batismo de Adultos (cf. RBC, nn. 98-100). A primei-ra etapa da celebração do Batismo desenvolve-se conforme o Ritual do Batismo de Crianças (cf. nn. 32-60) e a segunda etapa, após a homilia, a partir do n. 61.

37. A celebração do Batismo, momento marcante de toda caminhada da vida cristã, deve ser preparada e celebrada com o devido cuidado. Compete à Equipe de Catequistas da Comissão Paroquial para a Ani-mação Bíblico-Catequética (Nível Batismo), constituída na comunida-de paroquial, assumir, sob a orientação do Pároco ou de quem lhe faz as vezes, esta preparação e a celebração do Sacramento do Batismo.

38. O Sacramento do Batismo pode ser recebido por imersão, que de-monstra mais claramente a participação na Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, ou por infusão (cf. RBC, “Observações Preliminares”, n. 22; CDC. Cân. 854). Devem-se usar as palavras pelas quais se con-fere o Batismo na Igreja latina: “N. ,Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (cf. RBC, “A Iniciação Cristã. Observações Preliminares Gerais”, n. 23).

39. O Batismo sob condição será administrado sempre que houver dú-vidas a respeito se uma pessoa foi ou não batizada (cf. CDC, Cân. 869, § 1). Havendo sérias dúvidas quanto à validade ou à recepção ou não do Sacramento, quanto à validade do Batismo recebido em outras igre-jas cristãs, o Batismo deverá ser administrado condicionalmente com estas palavras: “N., se não és batizado, eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

40. Fora do caso de necessidade, a água com a qual se administra o Batismo deve ser abençoada de acordo com as normas litúrgicas pelo oficiante da celebração. A água consagrada na Vigília Pascal, seja con-servada, se possível, durante todo o Tempo Pascal e usada para afirmar mais fortemente a necessária relação com o Mistério Pascal. Fora do Tempo Pascal, abençoa-se a água para cada celebração do Batismo. Se no Batistério está construída a fonte batismal, seja a água abençoada

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com a fonte jorrando (cf. RBC, “A Iniciação Cristã. Observações Pre-liminares Gerais”, n. 21).

41. Os santos óleos utilizados na celebração do Batismo devem ser abençoados na última Missa do Crisma e conservados em lugar digno. No Brasil, por motivo pastoral, o óleo dos catecúmenos pode ser aben-çoado pelo sacerdote, na celebração do Batismo (cf. RBC, “Batismo de Crianças. Observações Preliminares”, n. 17, nota d).

42. No Brasil, quando for grande o número de batizados, pode-se omi-tir a unção com o Crisma (cf. XI Assembleia Geral da CNBB, Comu-nicado Mensal, julho/agosto 1970, nn. 214-215, p. 98).

43. Em toda a Diocese de Jundiaí, o Batismo deve ser celebrado na Igreja Matriz Paroquial e suas comunidades. Nas comunidades vincu-ladas à Paróquia e que não tenham ainda o seu templo, o Batismo pode ser administrado num lugar digno, a critério do Pároco. Fora do caso de necessidade, fica expressamente proibida a celebração do Batismo em casas particulares e quaisquer outros locais (cf. CDC. Cân. 857, § 1).

44. Na Igreja Matriz Paroquial e suas comunidades, a pia batismal, em forma de fonte ou não, deve se encontrar em local próprio, visível a todos os fiéis, pois é de lá que brota a vida nova, que procede da água e do Espírito Santo, do novo cristão (cf. RBC, “A Iniciação Cristã. Ob-servações Preliminares Gerais”, n. 25).

45. Encerrado o Tempo da Páscoa, o Círio Pascal deve ser conservado junto à pia batismal, de modo a se acender nele as velas dos batizados no momento da celebração.

46. O Sacramento do Batismo pode ser administrado em qualquer dia da semana. Porém, dentro do possível, seja administrado aos do-mingos, manifestando-se assim sua íntima relação com o mistério de Cristo Ressuscitado (cf. CDC, Cân. 856). A celebração do Batismo seja sempre feita comunitariamente. Pede-se que no mesmo dia e na mesma Igreja não se celebre o Batismo duas ou mais vezes, a não ser por algum motivo que o justifique (cf. RBC, “A Iniciação Cristã. Ob-servações Preliminares Gerais”, n. 27).

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47. Quando o Batismo é administrado durante a Celebração Eucarís-tica, devem-se observar as indicações do Rito do Batismo na Missa conforme o Ritual do Batismo de Crianças (cf. “Batismo de Crianças. Observações Preliminares”, nn. 29-30). Ainda conforme o Ritual do Batismo de Crianças, no final da celebração, a critério do Pároco, po-de-se realizar um ato de devoção a Maria, confiando a vida e a fé dos que se batizaram à proteção de Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa, presença materna na caminhada de todo cristão por sua fidelidade ao projeto de Deus Pai (cf. RBC, nn. 94-96).

48. O Ministro do Batismo deve observar o Rito como está descrito no Ritual do Batismo de Crianças no caso de Batismo de crianças e no Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, no caso de Batismo de adultos.

49. É recomendável que a administração do Batismo das crianças em idade de catequese, dos jovens e dos adultos se dê por ocasião da ce-lebração da Vigília Pascal, estando presente toda a comunidade paro-quial e sem Batismo de crianças.

50. Os Párocos poderão administrar na mesma celebração o Sacra-mento do Batismo aos eleitos, preferencialmente na Vigília Pascal, culminando assim a Iniciação Cristã deles com o Sacramento da Con-firmação e da Eucaristia. Neste caso, convém que o Pároco comunique tal fato ao Bispo Diocesano.

51. Respeitando o direito dos pais de registrar em mídias o momento de fundamental importância na vida de seus filhos, compete aos cate-quistas da Comissão Paroquial para a Animação Bíblico-Catequética (Nível Batismo), constituída na comunidade paroquial, orientar os profissionais de modo que, no exercício de sua profissão, não venham a perturbar o bom andamento da celebração litúrgica.

9. batiSmo em Perigo de morte

52. O Sacramento do Batismo, quando administrado em perigo de morte, é realizado conforme as circunstâncias, ou com o Rito previsto no Ritual do Batismo de Crianças (cf. RBC, nn. 288-295) ou com o

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que é previsto no Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (cf. RICA, nn. 283-294). Se for extrema a gravidade, pode-se utilizar o rito essencial: o ministro derrama água sobre o batizando, pronunciando as palavras habituais (cf. RBC, n. 295; RICA, n. 281). É dever dos pastores, sobre-tudo dos Párocos, serem solícitos para que os fiéis aprendam o modo certo de batizar, no caso de perigo de morte (cf. CDC, Cân. 861 § 2).

53. Quando aquele que celebra o Batismo em caso de perigo de mor-te não é o Pároco, este seja sempre avisado imediatamente (cf. RBC, “Batismo de Crianças. Observações Preliminares”, n. 13).

54. Tendo uma criança sido batizada por emergência, sejam posterior-mente completados os ritos batismais conforme o Rito para receber na Igreja uma criança já batizada (cf. RBC, nn. 296 – 339).

10. recePção na igreja e admiSSão na PLena comunhão

55. A admissão na plena comunhão da Igreja Católica de alguém ba-tizado em uma Igreja ou comunidade cristã, cujo Batismo é válido, se dará em uma celebração comunitária, durante a qual a pessoa será apresentada e fará junto com a comunidade a Profissão de Fé pública, segundo o Rito previsto (cf. RICA, “Apêndice. Rito de Admissão na plena comunhão da Igreja Católica das pessoas já batizadas valida-mente. Capítulo 1: Rito de Admissão na Missa”, nn. 14-21). Havendo motivos graves, a Admissão pode ser celebrada fora da Missa, mas sempre dentro de uma Liturgia da Palavra (cf. RICA, “Apêndice. Rito de Admissão na plena comunhão da Igreja Católica das pessoas já ba-tizadas validamente Capítulo II. Rito de Admissão fora da Missa”, nn. 22-28).

11. tranSFerência

56. A preparação e a celebração do Batismo sejam realizadas, prefe-rencialmente, na comunidade na qual os pais participam. Caso contrá-rio, que os pais e padrinhos apresentem a comprovação da devida pre-

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paração ao Sacramento do Batismo, sem necessidade do documento de transferência dentro do território diocesano.

12. documentação neceSSária

57. Tendo em vista o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2014, na Segunda Indicação Pastoral: “Ministério da Acolhida” (cf. p. 19, n. 3), que pretende priorizar um atendimento personalizado por parte dos Padres e Diáconos, principalmente no que diz respeito àqueles que pedem os Sacramentos para si ou para os seus, exijam-se apenas os seguintes documentos:

No caso dos pais ou dos que fazem as suas vezes:

− Certidão de nascimento da criança;

− Comprovante da catequese dos pais - ou daqueles que fazem as suas vezes - de preparação ao Sacramento do Batismo.

No caso dos padrinhos, tendo presente os nn. 22-25 destas Nor-mas e Diretrizes Diocesanas:

− Carteira de Identidade;

− Comprovante da catequese de preparação ao Sacramento do Batismo.

− Se casados, apresentar a Certidão de Matrimônio.

58. Para uma criança em idade de catequese, adolescente, jovem ou adulto se inscrever como catecúmeno, requerem-se os documentos de identificação pessoal: Certidão de Nascimento ou Carteira de Identi-dade.

59. No livro de Registro dos Batismos e na Certidão de Batismo, cons-tará com clareza e sem rasuras o nome de quem foi batizado, de seus pais, ou confiados aos cuidados, padrinhos, bem como as testemunhas – se houver − do ministro que o realizou, a data e o local (cf. CDC, Cân. 877, § 1). Em caso de pais solteiros, os dados do registro se farão constar de acordo com a certidão de nascimento. Em caso de filhos

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adotivos de duplas de parceiros homoafetivos, constará de modo geral: “confiado a”, e a indicação dos nomes dos adotantes.

60. Os Batismos administrados em perigo de morte serão registrados normalmente, fazendo-se constar a data da própria administração e da apresentação do(a) batizado(a) na Igreja.

13. comiSSão Para a animação bíbLico-catequética (níveL batiSmo)

61. Os(as) catequistas da Comissão Paroquial para a Animação Bí-blico-Catequética (Nível Batismo) estejam organizados em todas as Paróquias, articulados com os demais catequistas desta Comissão Pa-roquial. Que eles não se sintam como uma pastoral à parte, mas como membros desta Comissão Paroquial a serviço da ação evangelizadora da Paróquia.

62. Sejam os catequistas incentivados a auxiliar a comunidade paro-quial a manter viva a consciência do significado e da vivência do Sa-cramento do Batismo; preparar e ministrar a catequese querigmática e celebrativa de preparação próxima ao Batismo; e, auxiliar o Pároco nos casos em que se deve decidir sobre a admissão de pessoas para o Batismo.

63. Preferencialmente, que em cada comunidade da Paróquia haja, ao menos, um(a) catequista do Nível Batismo, que procurará, antes mes-mo do nascimento da criança, visitar a família para começar o diálogo a respeito da preparação para o Sacramento do Batismo e sobre a es-colha dos padrinhos.

64. Busque-se possibilitar aos pais e padrinhos um encontro com o Pároco, no qual, mediante um diálogo pastoral, todos se sintam bem acolhidos na Igreja, no momento tão importante que o Sacramento do Batismo representa. Nessa ocasião, favorecer-se-á a celebração do Sacramento da Reconciliação aos que solicitarem.

65. É importante que os catequistas da Comissão Paroquial para a Animação Bíblico-Catequética (Nível Batismo) estejam inseridos or-

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ganicamente na Pastoral de Conjunto da Paróquia, relacionando-se com os Grupos de Reflexão/Grupos de Rua, com as demais Pastorais Específicas, Movimentos Eclesiais, Associações Religiosas e Novas Comunidades. Pois, “compete principalmente ao povo de Deus, isto é, à Igreja, que transmite e alimenta a fé recebida dos apóstolos, preparar com maior cuidado o Batismo e a formação cristã” (RBC, “A Iniciação Cristã. Observações Preliminares Gerais”, n. 7).

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