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Revistas em Junho 2017
Para serem implementadas por cada país membro a partir de 1 Julho 2018
Demeter International e.V.
PARA O USO DAS MARCAS DEMETER, BIODINÂMICA® E OUTRAS RELACIONADAS
NORMAS
DE
TRANSFORMAÇÃO
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ÍNDICE
Introdução 3
Princípios 4 Parte A - Regras Gerais e Normas
1. Guia de Utilização 5 2. Composição e forma de produtos que usem ingredientes DEMETER. 6 3. Controle de Qualidade. 7 4. Pedido de novos produtos e processo de aprovação 7 5. Regulamento de processos e ingredientes. 7 6. Embalamento e materiais de embalagem 12 7. Mudanças às regras existentes 13 8. Normas de controlo de pestes 13 9. Princípio de Responsabilidade Social 14
Parte B – Normas para Transformação de várias Matérias-Primas 16 Secção I: Normas para certificação de vegetais e frutos demeter, incluindo batatas e transformados de batata
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Secção II: Normas para certificação de nozes, sementes e frutos secos DEMETER como produtos transformados (manteigas de sementes).
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Secção III: Normas para certificação de pão, bolos e pastelaria DEMETER 24 Secção IV: Normas para certificação de cereais, produtos cerealíferos e massas DEMETER
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Secção V: Normas para tratamento e processamento de ervas e especiarias Demeter
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Secção VI: Normas para certificação de carne DEMETER e seus derivados 34 Secção VII: Normas para certificação de leite e produtos lácteos DEMETER 39 Secção VIII: Normas para certificação de leite DEMETER para crianças 45 Secção IX: Normas para a produção de óleos alimentares e gorduras DEMETER 47 Secção X: Normas para certificação de adoçantes DEMETER 51 Secção XI: Normas para a certificação de cosméticos e produtos de higiene pessoal DEMETER
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Secção XII: Normas de Vinificação DEMETER/Biodinâmico® 66 Secção XIII: Normas de produção de cerveja DEMETER 72 Secção XIV: Normas de certificação de cidra e vinhos de frutas DEMETER 77 Secção XV: Normas de certificação de álcool DEMETER para posterior transformação 80 Secção XVI: Normas de certificação de têxteis a partir de fibras DEMETER
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INTRODUÇÃO
As normas de transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas descrevem a estrutura dentro da qual os produtos certificados com estas marcas são sujeitos a processamento que mantenha o seu valor e que estejam continuamente a serem melhorados. Sempre que, nestas normas, a palavra, palavra estilizada, logo ou marca DEMETER apareçam a Biodinâmica® está implícita. Estas normas são o critério para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas. Elas constituem a base legal, que obriga equitativamente todas as partes contratantes e que assegura a qualidade e integridade dos produtos DEMETER e Biodinâmicos®. Cada produto transformado DEMETER contido nestas normas consiste de ingredientes que foram cultivados segundo o método biodinâmico. A tarefa que se impõe ao transformar esses ingredientes, sejam eles vegetais ou animais, é manter a sua inerente qualidade DEMETER e desenvolvê-los para servirem ainda melhor os requisitos humanos. No ponto de vista antroposófico de nutrição, temos em conta tanto as substâncias como as forças que nela participam. O objectivo de um método orientado para a qualidade é manter estas forças e sempre que possível, libertá-las para estarem disponíveis. É sabido hoje que, a par da geralmente reconhecida importância dos alimentos integrais na nutrição fisiológica, os alimentos são especialmente nutritivos quando a sua inerente qualidade é apropriada e harmoniosamente desenvolvida. A transformação de produtos DEMETER tem de reconhecer este facto. As normas Demeter para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas não devem apenas limitar e excluir. Elas tentam conscientemente assegurar que qualidades de transformação específicas são incluídas. O que se pretende no final é que cada transformador possa actuar responsavelmente a partir dos seus conhecimentos, baseado nestas normas. Cada indivíduo deve agradecer à grande actividade biodinâmica por uma parte da sua existência e sucesso e cada acto local, mesmo que invisível, contribui para a comunidade em geral. Portanto, cada um deve actuar em todas as ocasiões de tal modo que a confiança do consumidor no método biodinâmico e no produto DEMETER seja confirmada e justificada. A longo prazo, a experiência do consumidor com os produtos fiáveis, de alta qualidade DEMETER, é a melhor e mais importante das publicidades. As normas de transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas têm de ser desenvolvidas, nos respectivos grupos, em conjunto com representantes da indústria e serem de seguida ratificadas pelos respectivos órgãos executivos. Cada contratante tem a possibilidade e é chamado a participar no desenvolvimento destas normas. O grupo de trabalho e os representantes regionais aceitam propostas de alteração.
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PRINCÍPIOS
Os produtos DEMETER são cultivados e transformados segundo as normas de produção e de transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas e inspeccionadas e certificadas pela respectiva organização em cada país.
1. Objectivo
Os produtos DEMETER contribuem para a nutrição, cuidados de higiene e saúde e vestir da Humanidade. Portanto, o Homem tem o lugar central e providencia o padrão para quaisquer acções a tomar. O objectivo da transformação de produtos DEMETER é manter e, se possível, reforçar as qualidades originadas na produção segundo o método biodinâmico. Os alimentos DEMETER providenciam a base não só para a nutrição do corpo mas também para a vida anímica e espiritual. Este ponto de vista alargado dos efeitos dos alimentos, significa que as necessidades da Humanidade têm também de serem tomadas em consideração.
2. Bases
A base da qualidade dos produtos DEMETER é a Ciência Espiritual de Rudolf Steiner (1861-1925). As ideias e o método biodinâmico derivam dele assim como as bases da nutrição antroposófica. Junto com as considerações normais quantitativas, existem a adicionada dimensão da Vida, Alma e Espírito.
3. Transformação
Na transformação, a qualidade dos produtos Demeter deve ser mantida e melhorada. A transformação é um refinamento das qualidades biodinâmicas dos ingredientes. Os métodos de transformação afectam a qualidade do produto. Portanto o objectivo é escolher métodos apropriados ao produto e às necessidades gerais da humanidade. Aditivos e auxiliares devem ser excluídos ou, caso seja necessário, utilizados no mínimo. Alguns já não serão necessários, dada a alta qualidade dos ingredientes biodinâmicos. Outros poderão ser substituídos por tecnologias apropriadas ou pela arte do operador.
4. Avaliação dos alimentos DEMETER
Tanto os ingredientes como os métodos de transformação afectam a qualidade dos alimentos. Por essa razão a avaliação dos alimentos DEMETER é feita usando testes analíticos, microbiológicos e sensórios assim como métodos que detectem as forças de vitalidade (ex: cristalizações sensíveis).
5. Descrição do produto
Um produto honesto é aquele cuja composição e historial é transparente para os comerciantes e consumidores. Uma declaração clara é o primeiro passo.
6. Considerações ecológicas
A produção e a transformação de produtos DEMETER e a sua comercialização deverão ser feitas de uma maneira tão ecológica quanto possível. Responsabilização pela humanidade e pelo meio ambiente deve ser prioritário em cada passo da produção e transformação.
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Parte A
REGRAS GERAIS E NORMAS
1.Guia de Utilização 1.1 Geral
As normas de Transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas foram ratificadas pela Assembleia de Membros da DEMETER International e.V. em 25 de Junho de 1999 em Sabaudia, Itália. Elas obrigam cada contratante em cada país membro da DEMETER International, na sua versão atualizada. Estas normas são adicionais aos respetivos requisitos legais para produtos biológicos. Para exportação para países da UE, por favor, ver os regulamentos 834/2007 e 889/2008.
1.2 Jurisdição
As Normas de Transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmica® e outras relacionadas formam a base para as Normas de Transformação a adoptar em cada país. Elas são válidas para todos os transformadores e comerciantes que transformem ou negoceiem com produtos DEMETER. A organização nacional DEMETER em cada país é responsável pelas licenças passadas para as marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras relacionadas. As organizações nacionais DEMETER são a parte contratante de todas as empresas registadas nos seus países e todos os transformadores e comerciantes têm de ter um contracto válido com a respectiva organização. As companhias de cosméticos com um contracto internacional para a rotulagem de ingredientes podem vender através de comerciantes os quais não necessitam ter um contracto válido com a respectiva organização. O uso de nomes registados e/ou logos sem um contracto com a organização DEMETER responsável desse país está proibido e pode resultar numa acção judicial.
1.3 Implementação em cada país
A organização nacional DEMETER é obrigada a adoptar estas Normas de Transformação num prazo inferior ou igual a um ano após recepção da versão aceite pela Assembleia de Membros. As Normas de Transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras relacionadas são normas mínimas. Derrogações serão dadas da seguinte maneira:
1. Com base num pedido de um país, bem fundamentado, feito à Assembleia de Membros, pode ser passada uma derrogação a um ponto específico destas Normas. Essa derrogação será válida por um período máximo de três anos somente para esse país.
2. Cópias de todas as derrogações concedidas pelas organizações nacionais DEMETER aos transformadores e comerciantes desse país devem ser enviadas ao secretário da DEMETER International até 30 de Abril de cada ano. Este as enviará ao Conselho de Acreditação.
3. As derrogações concedidas pelas organizações nacionais DEMETER serão discutidas pelo Conselho de Acreditação. O seu relatório com uma lista detalhada de derrogações será enviada num prazo máximo de três semanas antes da Assembleia de Membros, a todos os países, por fax ou por E-mail.
1.4 Abrangência das Normas de Transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras
relacionadas
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As normas da DEMETER International constituem uma estrutura mínima de regras a que os produtos devem obedecer para poderem usar as marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras relacionadas. As normas nacionais de transformação podem ser mais severas e constituem a base para a certificação. 2. Composição e forma de produtos que usem ingredientes DEMETER
2.1 Geral
As Normas de Transformação regulam prioritariamente a composição e produção dos produtos. É uma questão de ingredientes, aditivos, auxiliares de transformação e métodos de transformação. Os aditivos e auxiliares permitidos nestas normas para alimentos DEMETER estão listados em 5.3 e 5.4; uma descrição de métodos de transformação fundamentalmente inaceitáveis em 5.1. Só os aditivos e auxiliares expressamente listados são permitidos. 2.2 Origem das matérias-primas, aditivos e auxiliares
Fundamentalmente, somente produtos agrícolas (incluindo animais) que tenham origem em quintas biodinâmicas com um contracto válido com a organização nacional DEMETER e aditivos e auxiliares certificados DEMETER podem ser usados em transformação ou transformação posterior. Isto também se aplica a produtos Demeter baseados em fermentação alcoólica (segundo secções XII, XIII e XIV). Se o produto, aditivo ou auxiliar não estiver disponível com qualidade DEMETER, serão dadas as seguintes prioridades:
Produtos inspecionados e certificados por organismos de certificação biológica acreditados. Produtos inspecionados e certificados pelos regulamentos 834/2007 e 889/2008 ou outras regras biológicas
válidas. Produtos não certificados listados no anexo IX do regulamento 889/2008 ou outras regras biológicas válidas.
2.3 Produtos parcialmente transformados
Se forem usados ingredientes parcialmente transformados, estes não podem conter aditivos que não constem nas listas das Normas de Transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras relacionadas. Só podem ser produzidos usando os auxiliares de transformação autorizados nas Normas de Transformação para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras relacionadas. A quantidade máxima de ingredientes convencionais (aqueles não autorizados nestas normas) que pode ser incluída é regida pelos regulamentos 834/2007 e 889/2008 ou outras regras biológicas válidas. 2.4 Rotulagem
Os requisitos para a rotulagem estão especificados nas Normas de Rotulagem para o uso das marcas DEMETER, Biodinâmico® e outras relacionadas. A lista de ingredientes é uma declaração completa que inclui a qualidade dos ingredientes. Especial atenção deve ser dada aos ingredientes e produtos parcialmente transformados. O cálculo das percentagens de cada ingrediente é feito por peso no momento da inclusão desse ingrediente no processo de produção. Água, Sal, microorganismos e culturas (leveduras, coalhos para queijo), se usados de acordo com estas normas, não serão incluídos nos cálculos das percentagens de ingredientes. Vendas a um transformador ou comerciante só são possíveis se estes tiverem um contracto válido com uma organização certificadora Demeter. Caso contrário, os produtos não podem ser comercializados com as marcas ou logos Demeter ou Biodinâmico®. O portador de uma licença Demeter pode vender para retalhistas sem restrição.
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3.Controle de Qualidade É da responsabilidade de cada parte contratante garantir a qualidade dos produtos DEMETER optimizando métodos operacionais e bem planeadas medidas e processos. É frequente, as regras que regulam os alimentos pedirem um sistema operacional que garanta o controlo interno na empresa (controle de qualidade, HACCP, etc.) Recomenda-se a formação regular dos trabalhadores de modo a instalar boas práticas produtivas e promover motivação para o conteúdo biodinâmico e o seu carácter especial.
3.1 Transformação
Se uma empresa produz produtos convencionais e/ou biológicos ao mesmo tempo que os DEMETER, um protocolo de separação e limpeza tem de ser aprovado pela respectiva autoridade. Devem ser tomadas precauções para garantir que não haja contaminação de produtos Demeter, seja na importação de ingredientes, seja na transformação ou subsequentemente. Portanto, deve cobrir a limpeza de equipamentos e contentores, estratégias para impedir a contaminação dos produtos demeter com outros produtos não certificados assim como outras áreas de potencial contaminação. Como regra, a transformação DEMETER deve ser feita em primeiro lugar seguida da biológica e finalmente da convencional. Todo o pessoal envolvido no processo de transformação deve ter formação neste protocolo. Deve ser nomeado um responsável pela qualidade o qual terá como tarefa garantir que o protocolo de separação seja correctamente implementado. 3.2 Armazenamento
A empresa deve-se organizar de tal modo que a mistura com produtos convencionais ou outros ingredientes biológicos, com auxiliares técnicos ou com outros produtos acabados (de qualidade diferente) não seja possível. É requerido áreas separadas de armazenamento, claramente identificadas, para todos os ingredientes, produtos parcialmente transformados e produtos acabados. O protocolo mencionado em 3.1 deve definir os procedimentos de separação. O controlo de pestes no armazenamento está regulado na secção 8 destas normas. 3.3 Movimento de produtos e documentação na empresa
Cada empresa deve-se organizar de modo que o movimento de produtos (desde a compra dos ingredientes à venda do produto final) seja transparente. Os produtos transaccionados devem estar todos documentados nas listas de produtos. Os métodos usados, os processos utilizados assim como os ingredientes, os auxiliares de transformação e os aditivos também têm de estar documentados. 3.4 Requisitos de higiene e saúde
Cada empresa tem de cumprir os requisitos oficiais quanto a higiene, saúde e limpeza.
4.Pedido de novos produtos e processo de aprovação
Produtos novos têm de ser aprovados pela organização DEMETER em cada país antes de serem postos à venda. 5. Regulamento de processos e ingredientes Em princípio, os únicos processos e ingredientes permitidos são os que constam nestas normas. O produto desejado é feito a partir das matérias-primas que, juntamente com outros ingredientes, são sujeitos a um processo de transformação. É importante que ao fazer uso de tecnologias, a qualidade do produto seja mantida tanto quanto possível. As altas características nutritivas originárias do método agrícola Biodinâmico devem ser maioritariamente mantidas. Ao mesmo tempo, qualidades como aromas, paladar e aparência visual assim como a
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higiene, têm de ser consideradas. Ao escolher determinados passos de transformação, deve-se minimizar o impacto ambiental e o uso de recursos como a água e energia. 5.1 Procedimentos de transformação 5.1.1 Procedimentos permitidos Luz UV pode ser usada para desinfectar água ou ar. 5.1.2 Procedimentos expressamente proibidos em produtos DEMETER 5.1.2.1 Irradiação com radiação ionizante em alimentos DEMETER ou ingredientes DEMETER 5.1.2.2 Produção de produtos DEMETER com recurso a OGMs, vegetais ou animais, ou usando aditivos/auxiliares de transformação que resultam de organismos geneticamente manipulados ou derivados de tais organismos 5.1.2.3 Fumigação de produtos DEMETER para prevenir abrolhamento ou como controlo de pestes, ou o uso de ingredientes fumigados na produção de produtos DEMETER (excepção é o uso de N2 ou CO2) 5.1.2.4 Tratamento de produto DEMETER com microondas 5.1.2.5 Porque o impacto no ambiente e na saúde humana é pouco claro, a Demeter International adota o princípio de precaução quanto a nano partículas fabricadas pelo homem. Não permite o seu uso em Agricultura Biodinâmica nem em qualquer produto certificado Demeter. Partículas com menos de 100 nano metros de tamanho estão excluídas de insumos agrícolas, ingredientes e aditivos tanto quanto possível. Contudo, este requisito não pode garantir ficarmos livres de nano partículas fabricadas pelo homem devido à sua capacidade de se penetração em outros produtos, à falta de legislação adequada na rotulagem e à dificuldade de os detetar analiticamente. 5.1.2.6 Uso de variedades com origem em tecnologias de fusão de células (protoplasma e citoplasma) Até haver um limite oficial de contaminação, a Demeter International requer que esse nível de contaminação seja menor que 3%. Se forem utilzados ingredientes biológicos, o transformador é também obrigado a excluir material com origem em tecnologias de fusão celular. Isto tem de ser substanciado por uma declaração passada pela origem do material biológico. 5.2 Regulação do uso de aromatizantes Simular um aroma/paladar por adição de aromatizantes não é permitido. Extractos puros de ervas e especiarias para acabamento de um produto podem ser usados. 5.3 Lista de aditivos permitidos para produtos DEMETER (alimentos e cosméticos)
Grupos de Produtos:
L Leite e Produtos lácteos ACG Adoçantes, chocolate e gelados
CS Carne e Salsichas ÓL Óleos e gorduras
FV Frutas e Vegetais LM Leite Infantil
EE Ervas e Especiarias C Cerveja
COS Cosméticos PP Pão e Pastelaria
PC Produtos cerealíferos, spaghetti e tofu
V Vinho
A Álcool
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TABELA DE ADITIVOS E AUXILIARES DE TRANSFORMAÇÃO QUE SÃO GERALMENTE PERMITIDOS OU PERMITOS COM RESTRIÇÕES EM PRODUTOS DEMETER. No geral, é necessário usar os aditivos por ordem de prioridades descrita (ver capítulo A, 2.2, origem dos ingredientes)
Aditivo/Auxiliar Nº de E Grupo de Produtos Restrições/Notas
Carbonato de Cálcio - CaCO3
E 170 TODOS Como agente de fluxo livre para sal
V Regulador da acidez
L Só para produção de queijo
EE Como agente de fluxo livre
A
Cloreto de Cálcio – Ca Cl2 E 509 L Só na produção de queijo
Dióxido de Carbono - CO2 E 290 TODOS Como gás inerte/ajuda de transformação para todos os grupos
CO2 como ingrediente na produção de bebidas não alcoólicas
Ácido Tartárico - C4H6O6 E 334 V Redução da acidez/auxiliar de transformação
FV
Azoto - N2 E 941 TODOS Como gás inerte/ajuda de transformação para todos os grupos
Árgon - Ar E 938 TODOS Como gás inerte/ajuda de transformação para todos os grupos
Ozono - O3 Limitado ao tratamento de atmosferas de frio. Não pode ser usado em produtos
Lecitina E 322 ACG, Ól, COS Em chocolate de qualidade BIO
Ácido Cítrico - C6 H8 O7 E 330 Ól Na remoção de mucilagens
ACG Clarificação (hidrólise de amido)
A, COS
Citrato de Sódio - Na3C 6H 5O 7 E 331 CS Só para salsichas escaldadas se não for possível processar a carne a quente
Citrato de Cálcio – Ca3(C6H5O7)2 E 333 FV
Agar-Agar E 406 FV, ACG, PC Só para pastas de espalhar à base de frutas e produtos láteos doces, ex. gelados
L Só para pudins
Goma de Alfarroba E 410 TODOS
Bitartarato de Potássio KC4H5O6 E 336 V Estabilização tartárica
Goma de Guar E 412 TODOS
Goma arábica E 414 ACG
Pectina E 440i PP, L, FV
Ácido Tartárico – baking powder (KHCO3/NaHCO3/C4H6O6
/KC4H5O6/NaC4H5O6)
E 500/ E 501/ E334/ E335/ E336
PP (Bicarbonato de sódio ou potássio com ácido tartárico, tartarato de sódio ou potássio em qualquer combinação); Amido de cereais é o único portador permitido.
Bicarbonato de Sódio – NaHCO3 E 500 ACG
Bicarbonato de Potássio – KHCO3 E 501 V Regulação da acidez
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Carbonato de Potássio – K2CO3 E 501 PP Pão de gengibre somente
Produção de Cacau
Carbonato de Sódio – Na2CO3 E 500 C Amaciador de água na fermentação
ACG Produção de açúcar
Sulfato de Cálcio – Ca SO4 E 516 C PC
Produção de tofu
Cloreto de Magnésio E511 PC Produção de Tofu
Hidróxido de Potássio - KOH E 525 COS Saponificação
Hidróxido de Sódio - NaOH E 524 PP
Só produtos de panificação - lye
ACG Produção de açúcar
COS Saponificação
PC Para ajustar o pH na produção de amido
Hidróxido de Cálcio Ca(OH)2 E 526 ACG Produção de açúcar
Gelatina (de qualidade Bio pelo menos)
PP Para produtos de panificação contendo Iogurte, natas e queijo creme (cottage cheese)
FV Para a clarificação de sumos de frutas e vegetais (por razões de cosmética)
TODOS exceto Vinho Como ingrediente, descrito na respetiva lista
Sal TODOS Sal do Mar, sal de Rocha ou Sal refinado sem a adição de iodo ou fluor. Agente de fluxo permitido: Carbonato de Cálcio
Amido nativo, amido pré gelatinizado
TODOS De qualidade BIO pelo menos
Extratos de aromas TODOS Óleos etéricos puros ou extratos puros idênticos ao material mãe extraídos usando agentes permitidos
Cera de Abelha Cera de Carnauba Óleos Vegetais
PP Agentes não adesivos
Rennet L Conservado quimicamente também
Cera de Abelha Parafina dura natural Ceras microcristalinas Filmes plásticos
L Como cobertura de queijo, não colorido e sem tratamentos fungicidas (também sem aditivos como polyolefina de cadeia curta, polyisobutileno, butylo ou borracha cíclica)
Ácido Láctico – C3H6O3 CS Somente na preparação de invólucros naturais
Culturas de arranque TODOS Não geneticamente modificadas documentação obrigatória); não conservadas quimicamente
Etileno – C2H4 FV Somente na maturação de bananas
Alúmen – KAI(SO4)2 - 12H2O FV Para parar o latex de escorrer da superfície de corte no pé da banana
Enzimas FV Podem ser usadas enzimas na prensagem e clarificação de sumos
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ACG Amido de cereais na inversão de produção de açúcar: Xylose (Glucose), Isomerase
COS Todas as enzimas que ocorram naturalmente
A Podem ser usadas enzimas na produção de álcool
Todas as enzimas usadas (incluindo aditivos e transportadores) têm de cumprir os seguintes requerimentos:
Estarem livres de OGMs
Estarem livres de preservantes (pode ser passada uma derrogação em caso de não disponibilidade, necessárias declarações de 3 fornecedores)
Pode-se adicionar glicerina às enzimas mas tem de ser de produção sustentável
Leveduras PP, V, A, C Livres de OGM’s
Óleo ACG Para evitar espuma
FV Como agente não adesivo para frutas secas e vegetais
Fumo L, CS De madeiras nativas não tratadas
Materiais de filtragem TODOS Sem Asbesto, sem cloro
Ácido Carbónico – H2CO3 ACG Para precipitar excesso de cálcio
Terra de Diatomáceas TODOS Para uso no controlo de pestes
Como aditivo ou agente auxiliar em todos os grupos de produtos. Pode ser usada tanto a não ativada como a ativada
Têm de ser feitos testes de resíduos de arsénico e os níveis têm de estar de acordo com os requisitos legais para alimentos
Filtro de Carvão (carvão ativado) TODOS
Bentonite TODOS
Perlite E 599 TODOS
Proteínas vegetais FV Clarificação e refinamento, por razões cosméticas
Ácido Tânico ACG Origem natural
A
Sacarose ester biológica ACG Qualidade BIO
Ácido Sulfúrico - ACG Controlo do pH na produção de açúcar
Inulina e ouras Oligosacaridas ACG De qualidade BIO em Gelados
5.4 Lista de tipos de Sal e de Açúcar permitidos
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Tipo de Açúcar Grupo de Produto Mel de Mesa (não industrial) FV, MP, PP, PC, CS, L Açúcar de cana integral FV, MP, PP, PC, EE, CS, L Rapadura FV, MP, PP, PC, EE, CS, L Melaço FV, MP, PP, PC, CS, L Açúcares de coco e de palma FV, MP, PP, PC, EE,CS,L Sumos de Frutas FV, MP Sumos de Frutas concentrados FV, MP, PP, PC, L Sumo de Agave concentrado FV, MP, PP, PC, L Xarope de Topinambo FV, MP, PP, PC, L Xarope e Extracto de Malte FV, MP, PP, PC Açúcares de Cereais e de Amido FV, PC, CS, PP Tipo de Sal Sal do mar, de rocha ou refinado sem adição de iodo ou fluor TODOS O Sal pode conter Carbonato de Cálcio ou Carbonato de Magnésio (E 504) como um agente que impeça a formação de grumos ou como um agente de fluxo livre. Para outros agentes de este tipo é necessário uma autorização escrita da respectiva organização. Terá de ser substanciada a impossibilidade de usar sal com carbonato de cálcio ou sem agentes inibidores da formação de grumos no processo de produção específico. 6.Embalamento e Materiais de Embalagem O embalamento é um assunto importante. A qualidade específica Biodinâmica dos produtos Demeter tem de ser mantida e protegida pelos materiais. Aspectos ambientais também têm de ser tidos em consideração ao desenvolver uma estratégia de embalamento para os produtos Demeter. Em muitos casos, a embalagem é uma parte importante da aparência do produto. Portanto, os materiais de embalamento assim como aspectos com eles relacionados têm de realçar a qualidade Demeter. A embalagem torna-se cada vez mais uma importante ferramenta comercial. Desenvolvimentos de materiais de embalamento, como bio-plásticos totalmente compostáveis estão a penetrar o mercado bio. Por outro lado, podem haver requisitos muito específicos para certos produtos Demeter. Máquinas e materiais de embalamento requerem geralmente investimentos avultados a longo prazo. Por estas razões existem poucas normas específicas para embalamento e materiais de embalamento, mas as estratégias de embalamento têm de ser avaliadas pela respectiva organização. Os requisitos mínimos são:
Não são permitidos materiais contendo Cloro (PVC, por ex.) para embalagens de alimentos Demeter.
Para embalar produtos Demeter, deve-se evitar o uso de alumínio. Se necessário, então deve ser reciclado.
Soluções pragmáticas de embalagens que não se conformem com os princípios de transformação da Demeter, só podem ser aprovadas por um tempo limitado.
A informação é avaliada segundo os seguintes critérios: Sempre que possível, não embalar. A qualidade do produto tem de ser garantida. A respectiva organização pode requerer investigação. A qualidade específica Biodinâmica também tem de ser mantida. Possíveis efeitos adversos na saúde do consumidor têm de ser tomados em consideração (por ex: efeitos tóxicos dos produtos) Sempre que possível: A embalagem deve ser devolvida Os materiais têm de estar certificados (EN 13432, DIN V 54900) para plena compostagem (degradação a C e O2) Os materiais usados têm de ser totalmente recicláveis.
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Se os critérios acima mencionados não puderem ser cumpridos, uma derrogação pode ser aprovada pela respectiva organização para a melhor possível solução ambiental. A derrogação tem de ser baseada em informação sobre os materiais da embalagem (plena especificação dos materiais e seus métodos de produção), assim como a apresentação de um plano para o desenvolvimento de uma melhor estratégia de embalamento. Uma derrogação pode ser aprovada por um máximo de 5 anos. NOTA: As derrogações para aprovação “da melhor possível solução ambiental” têm de ser enviadas ao Conselho de Acreditação. 7.Mudanças às regras existentes Fundamentalmente, as regras detalhadas nas normas gerais e nas específicas, não são imutáveis. Se for necessário ou sensato emendar, um pedido por escrito, incluindo a justificação, deve ser enviado à Assembleia de Membros da DEMETER International inc. A mesma acção é necessária se estas normas não cobrirem importantes requisitos específicos num país determinado.
8.Normas para Controlo de Pestes 8.1 Bases e Jurisdição A jurisdição destas normas abrange a armazenagem e locais de trabalho, interiores e exteriores das empresas. O capítulo 8.3.2 trata do tratamento dos produtos Demeter. 8.2 Medidas Preventivas As medidas preventivas têm prioridade absoluta sobre qualquer outro tipo de controlo. Todos os procedimentos e substâncias aqui listadas estão aprovados para prevenção e monitorização. 8.3 Medidas de Controlo de Pestes 8.3.1 Medidas gerais de controlo
Alto nível de higiene, limpeza e arrumação
Armadilhas (gerais, armadilhas com isco, com veneno anticoagulante para roedores, UV, com álcool, papéis cola, atmosferas inertes)
Óleos naturais com efeito repelente (citrinos, linho, óleos animais)
Geradores de ulta sons
Insetos parasitas ou predadores (ex: Lariophagus)
Terra de Diatomáceas
Tratamento térmico (aquecimento, congelamento)
Piretro (sem Piperonyl-butoxide). A respetiva organização pode passar uma derrogação se PBO está presente em materiais cujo uso é obrigatório.
Bacillus Thuringiensis
8.3.2. Tratamento de produtos afetados (apropriado ao produto)
Lavar com água ou vapor
Peneirar ou bater
Aspiração
Ar comprimido
Medidas térmicas (arrefecimento, congelamento por jacto, calor)
Tratamento com gás inerte, por exemplo, azoto ou dióxido de carbono. 8.4 Protocolo de tratamentos
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Muitos transformadores subcontratam o controlo de pestes a outras empresas especializadas. Estas empresas têm um registo das suas atividades. Este registo deve estar disponível para inspeção. O operador deve ter um contrato com a empresa de controlo de pestes que confirme esta disposição. Se o operador não contrata uma outra empresa, então deve existir um protocolo de medidas que usam substâncias (data, material, dose, localização de aplicação). 8.5 Medidas de controlo em casos agudos Se as medidas preventivas não forem suficientes e outras medidas de controlo forem necessárias, então deve-se usar de preferência medidas físicas. Como regra, no caso de se usarem agentes químicos, só se devem tratar espaços vazios. Quaisquer produtos Demeter têm de ser removidos antes do tratamento. Em casos agudos de epidemias, pode-se contratar uma empresa especializada que utilizará outras medidas que não as que são mencionadas acima. No entanto, antes do tratamento, deve-se pedir autorização à respetiva organização. Para pedir uma autorização à respetiva organização, deve-se submete o seguinte:
o Conselho e substanciação por um perito em controlo de pestes o Descrição e especificação dos meios de controlo e materiais o Descrição dos meios para evitar contaminação de produtos o Medidas que promovam a prevenção de modo a evitar repetição do tratamento
Acordos para melhorar a prevenção a longo prazo podem ser parte do procedimento para aprovar medidas de controlo em casos agudos. 8.6 Limpeza Produtos autorizados para limpeza e desinfeção de edifícios e instalações (ex: equipamento e utensílios): Todos os produtos não podem ter catiões de amónio quaternário
Sabão de potássio e de sódio Cal hidráulica Cal Cal viva Hipoclorito de sódio (lixivia) Soda cáustica Potassa cáustica Água ionizada Peróxido de hidrogénio Essências naturais de plantas Ácidos paraciético, fórmico, láctico, oxálico e acético Álcool Ácido nítrico (equipamento de leite) Ácido fosfórico (equipamento de leite) Carbonato de sódio
9. PRINCÍPIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL A responsabilidade social, que inclui respeito por e cumprimento dos direitos humanos, é um dos princípios básicos das normas Demeter. Os requisitos da ILO (International Labour Organisation) inscrito no quadro legal de muitos países, são válidos para todas as pessoas e governam todas as relações de recursos humanos, também em explorações certificadas Demeter. Pessoas trabalhando numa operação Demeter têm de ter as mesmas oportunidades, independentemente de raça, credo religioso ou género. O gerente da exploração é o responsável pela segurança e saúde de todas as pessoas que aí trabalham e também que ninguém seja posto em situação de perigo no seu posto de trabalho.
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Todo o trabalhador tem o direito de exigir o cumprimento dos seus direitos. Os trabalhadores têm o direito a reunirem-se, a participar na contratação coletiva e fazerem-se representar junto da administração sem qualquer discriminação. Os empreendimentos Demeter têm como objetivo eliminar a desigualdade social, incluindo falta de direitos sociais, trabalho infantil forçado ou inapropriado, condições de trabalho indignas e salários baixos. Todas as explorações certificadas Demeter têm de fazer uma declaração, confirmando que estes requisitos estão implementados, como parte do seu processo de certificação e inspeção.
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Parte B
SECÇÃO I Normas para certificação Demeter de fruta e produtos vegetais, incluindo batatas e
transformados de batata
ÍNDICE 1 Fruta 1.1 Armazenamento de fruta 1.1.1 Amadurecimento de bananas 1.2 Ingredientes e Aditivos 1.2.1 Ingredientes 1.2.2 Aditivos e Auxiliares Técnicos 1.3 Métodos de transformação por grupos de produtos 1.3.1 Preparação 1.3.2 Conservação da Fruta 1.3.3 Sumos de Fruta, Néctares e Concentrados de Fruta 1.3.4 Polpa de Fruta, Pastas, Queijos de Fruta, Pastas baseadas em Fruta e outros
Produtos parcialmente manufaturados 2 Vegetais (incluindo batatas) 2.1 Armazenamento de vegetais 2.2 Transformação de vegetais 2.2.1 Ingredientes e Aditivos 2.2.2 Auxiliares de Transformação 2.3 Transformação segundo grupos de Produtos 2.3.1 Preparação de vegetais 2.3.2 Enlatados e Conservas 2.3.3 Sumos de vegetais 3 Vinagres de Fruta, Concentrados de Tomate e Preparados de Rábano
3.1 Vinagres de Fruta 3.2 Concentrados de Tomate 3.3 Preparados de Rábano
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1 FRUTA – em princípio pode ser utilizada qualquer fruta certificada Demeter
1.1 Armazenamento – conservação química como, por exemplo, tratamento de
superfície ou fumigação com conservantes químicos é proibido. Irradiação da fruta também. Métodos aceitáveis são: conservação a frio, alteração da humidade e atmosfera controlada na armazenagem.
1.1.1 Amadurecimento de bananas – pode ser utilizado etileno.
1.2 Ingredientes e aditivos
1.2.1 Ingredientes – todos os ingredientes Demeter podem ser usados. 1.2.1.1 Podem ser usados os adoçantes descritos na secção 5.4 da parte A. 1.2.2 Aditivos e Auxiliares 1.2.2.1 Aditivos Pectina E440a para cremes baseados em fruta
Agar-Agar E 406 para cremes baseados em fruta (não podem conter fosfatos ou sulfato de cálcio e não podem ser conservados com dióxido de enxofre.
Goma de alfarroba E 410 para cremes baseados em fruta
Amido nativo e amido pré-gelatinizado de certificação biológica
Enzimas têm de estar em conformidade com os requisitos na tabela em 5.3 1.2.2.2 Auxiliares Os seguintes são permitidos:
Óleos e gorduras vegetais (não hidrogenadas) como agentes não aderentes para fruta seca
CO2 e N2 como agentes de arrefecimento em atmosferas controladas
Alúmen na produção de bananas bio para parar o escorrer do latex da superfície de corte dos cachos.
Os auxiliares seguintes podem ser usados somente com a autorização escrita da respetiva organização:
Gelatina alimentar para fins cosméticos
Bentonite para eliminar proteínas
Proteínas de plantas (ex: proteína de ervilha) para fins cosméticos, clarificação e afinamento.
Os auxiliares aprovados para filtragem e suas restrições estão listados em 5.4 1.2.2.3 Tratamento de calor na preparação de fruta Tratamentos como pasteurização, esterilização e autoclave são justificados com
respeito à estabilização microbiana e tempo de vida do produto na prateleira. Deve-se escolher a opção mais suave para atingir este efeito. Em caso de dúvida, a respetiva organização decidirá qual o método tecnológico a usar. Enchimento asséptico é possível e desejável. Vaporização deve ser feita com evaporador a ar em estados múltiplos e/ou evaporação de filme em vácuo, isto é, vaporização em vácuo.
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1.3 Métodos de Transformação por grupos de produtos
1.3.1 Preparação 1.3.1.1 Lavagem da fruta – a primeira lavagem pode ser feita com água da torneira mas a
lavagem final tem de ser feita com água pura potável. 1.3.1.2 Corte da Fruta – o corte pode ser feito mecanicamente
1.3.2 Conservação da fruta
1.3.2.1 Fruta seca A secagem é o método mais antigo e também o mais suave para a fruta.
Pode-se usar sumo de limão ou seu concentrado para evitar o escurecer da fruta. O tratamento da fruta com dióxido de enxofre ou solução de enxofre não é permitido. Pode-se usar um tratamento com água a ferver para remover uma camada de cera se esse tratamento for curto. Congelamento só é permitido para certas aplicações e sempre somente após aprovação da respetiva organização. Óleos vegetais e gorduras não hidrogenadas podem ser usadas como agentes de não aderência.
1.3.2.2 Fruta congelada Para congelamento, só pode ser usada fruta fresca, impecável. É permitido
tratamento de fruta com ácidos naturais, por exemplo, sumo de limão ou concentrado de sumo de limão. A fruta pode ser branqueada antes do congelamento. Não é permitido adicionar sacarose em forma seca ou em xarope. Também não é permitido o uso de ácido ascórbico como antioxidante.
1.3.2.3 Conservas de fruta esterilizadas Só é permitido a utilização de fruta impecável para conservas. Ácidos naturais
podem ser usados em tratamento da fruta. O líquido a engarrafar pode ser preparado usando mel alimentar, açúcar de cana ou açúcar rapadura. Por razões nutricionais estes aditivos devem ser usados em doses mínimas. Podem ser utilizados, sempre que possível, métodos de esterilização a altas temperaturas e de ciclo curto.
1.3.3 Sumos de fruta, Néctares e Concentrados
1.3.3.1 Sumos de fruta e extratos de fruta não refinados Sumos de fruta e extratos de fruta não refinados são feitos a partir de fruta fresca
Demeter, madura e saudável. Não podem ser reconstruidos a partir de concentrados. Não são permitidos aditivos nem ingredientes a não ser sumos de fruta puros. O uso de enzimas deve estar conforme os requisitos listados em 5.3. É proibido o uso de dióxido de enxofre na produção de sumos de fruta. Pasteurização, arrefecimento e tratamento sob pressão com ácido carbónico são autorizados como conservantes. O remover material que possa causar turbidez pode ser conseguido por centrifugação. Os auxiliares permitidos na filtragem e suas restrições estão listados em 5.3
Terra de diatomáceas
Bentonite para eliminação de proteínas
Gelatina por razões cosméticas Em princípio, o objetivo é produzir, tanto quanto possível, sumos de fruta
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naturais turvos. Corte mecânico é autorizado. A pasteurização e engarrafamento dos sumos devem ser feitas da maneira mais suave possível que menos degrade a qualidade do sumo. Engarrafamento asséptico é possível e desejável.
1.3.3.2 Néctares (sumos diluídos açucarados) Os néctares podem ser produzidos a partir de fruta de caroço ou de grainha
(assim como de bagas e fruta silvestre) usando os adoçantes listados em 5.5, parte A e água potável, tanto quanto necessário, de modo a obter bebidas. O objetivo é obter a mais alta proporção de polpa de fruta adicionada de mel alimentar ou açúcar. A pasteurização e o engarrafamento devem ser conduzidos da maneira mais suave possível de modo a não deteriorar a qualidade do produto. É permitido o engarrafamento asséptico.
1.3.3.3 Concentrados de sumo A produção de concentrados começa com os sumos de fruta ou extratos de fruta
não refinados (ver secção 1.3.3.1). Os concentrados devem ser produzidos sem adoçantes. A evaporação tem de ser feita por evaporador a ar em estados múltiplos e/ou em evaporador de camada fina, sempre que possível, em vácuo. Podem ser utilizadas enzimas, também em estado seco (pectolítica, proteolítica e amiolítica) na produção de concentrados. Regulação da acidez com carbonato de cálcio, é proibido. Clarificação (ver 1.3.3.1 e 1.2.2.2) é possível mas só após autorização por escrito.
1.3.3.4 Xaropes de fruta Os xaropes são concentrados de fruta açucarados não diluídos a que se adiciona
água para beber – adoçantes, ver parte A, 4. Por razões nutricionais, estes aditivos devem se adicionados na concentração mais baixa possível. A pasteurização e o engarrafamento devem ser conduzidos da maneira mais suave possível de modo a não deteriorar a qualidade do produto. É permitido o engarrafamento asséptico. Para esterilização, devem ser utilizados métodos a altas temperaturas de ciclo curto, sempre que possível.
1.3.4 Polpa de fruta, pastas, queijos de fruta, cremes de barrar à base de frutas e produtos parcialmente manufaturados
1.3.4.1 Produtos parcialmente manufaturados (polpa e pasta de fruta) Os produtos parcialmente manufaturados não podem ser conservados com
químicos. Durante a extração da pasta, deve-se tomar cuidado para que o máximo do núcleo do produto seja removido.
1.3.4.2 Espessantes de sumos de fruta Espessantes com origem em fruta Demeter são possíveis e desejáveis. O seu uso
pode substituir outros espessantes dando melhor qualidade ao produto final. 1.3.4.3 Polpa e pasta de fruta Pasta: não são permitidos adoçantes A polpa de frutos amargos pode ser adoçada com mel, açúcar de cana ou
rapadura. Polpa de ameixa: é um produto não adoçado feito a partir de ameixas frescas ou secas, ou de polpa. Não são permitidos outros aditivos. Polpa de outros frutos doces, por exemplo, manga, peras – não são permitidos outros aditivos para além da própria fruta.
1.3.3.4 Queijos de fruta
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É proibido a adição de qualquer adoçante. Os queijos de fruta são obtidos a partir de fruta por cozedura, prensagem e evaporação. A evaporação deve acontecer, sempre que possível, em vácuo. Se forem usados sumos de fruta na preparação de queijos de fruta, têm que seguir os requisitos em 1.3.3
1.3.4.5 Cremes de barrar à base de frutas Se forem usadas polpa ou pasta de fruta na preparação destes cremes, têm se
seguir os requisitos em 1.3.4.1 e 1.3.4.3 São permitidos Pectina E 440a, Agar-Agar E 406, goma de alfarroba E 410 como espessantes. Amido nativo e amido pré-gelatinado também são permitidos. Deve ser utilizado o máximo possível de pectina natural como espessante. Na regulação da acidez são permitidos ácidos naturais e também como anti oxidantes. Adoçantes estão listados em 5.4 parte A. A evaporação de pastas, a ocorrer, deve ser feita sob vácuo. Concentrado de sumo de agave ou xarope de tupinambor são recomendados como adoçantes em pastas dietéticas
2 VEGETAIS, incluindo Batatas
Podem ser utilizados todos os vegetais e batatas Demeter
2.1 Armazenamento de vegetais
É proibido tratar vegetais com conservantes químicos (ex: etileno ou acetileno) na armazenagem. Irradiação também é proibida Os métodos reconhecidos na armazenagem de vegetais assim como armazenagem em atmosfera controlada são permitidos.
2.2 Transformação de vegetais
2.2.1 Ingredientes e Aditivos Todas as Matérias-Primas Demeter são permitidas. Adicionalmente é também
permitido o seguinte:
Culturas de arranque (não geneticamente modificadas. Um certificado escrito do fornecedor será necessário)
Sal - ver tabela Parte A, 5.4 Adoçantes permitidos: ver tabela em Parte A, 5.4. Todos os açúcares listados em 5.4 são permitidos como parte do processo de fermentação para produtos de ácido acético e de ácido lático.
2.2.2 Auxiliares de Transformação
Materiais de filtragem para sumos de vegetais – ver Parte A, 5.4
Terra de Diatomáceas
CO2 e N2 como refrigerantes e em atmosfera controlada
Óleos e gorduras vegetais (não hidrogenadas) 2.2.3 Tratamentos de Calor de Preparados Vegetais Tratamentos como pasteurização, esterilização e autoclave são justificados com
respeito à estabilidade microbiana e vida na prateleira do produto. Deve-se escolher o processo mais suave para alcançar este efeito. Em casos de dúvida, a
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respetiva organização decidirá qual o método tecnológico a usar. Engarrafamento asséptico é possível e desejável. Vaporização deve ser feita com evaporador a ar em estados múltiplos e/ou evaporação de filme em vácuo, isto é, vaporização em vácuo.
2.3 Transformação segundo grupos de produtos
2.3.1 Preparação
2.3.1.1 Lavagem A lavagem preliminar pode ser feita com água da torneira mas a lavagem final
tem de ser feita com água potável pura 2.3.1.2 Limpeza e Descasca São permitidos métodos de limpeza mecânicos no geral. Métodos de descascar
mecânicos só são permitidos para aqueles vegetais cuja pele não é comestível. Também pode ser usado vapor.
2.3.1.3 Corte e escolha São permitidos os métodos tradicionais 2.3.1.4 Branqueamento Deve ser conduzido com vapor, sempre que possível por razões de melhor
retenção de nutrientes.
2.3.2 Conservas
2.3.2.1 Vegetais secos (incluindo cogumelos) Os métodos tradicionais (ver secção 2.3.1) podem ser usados na preparação de
vegetais. É permitido tratamento com ácidos naturais para prevenção de escurecimento. Congelamento após branqueamento para baixar o teor de água não é permitido. Também não é permitido tratamento com dióxido de enxofre e com sulfito de sódio. Óleos e gorduras vegetais (não hidrogenadas) podem ser usados como agentes de não aderência. Secagem deve ser feita da maneira mais suave possível, por exemplo, desumidificação. Os seguintes métodos são proibidos: secagem por altas frequências, extração húmida química (aparte sal) e secagem direta com queima de combustíveis fósseis. Congelamento profundo só é permitido para certas aplicações e somente após autorização escrita da respetiva organização.
2.3.2.2 Vegetais em latas e em vidro (incluindo cogumelos) Os métodos tradicionais (ver secção 2.3.1) podem ser usados. Tratamento com
ácidos naturais (sumo de limão, sumo de maçã, sumo de sauerkraut, etc.) é permitido em vegetais de cor clara. É proibido o uso de cloreto de sódio em tomates. Conservas vegetais devem ser tratadas com calor de uma forma adequada (esterilizados)
2.3.2.3 Conservas vegetais tornadas amargas Conservação com ácido lático
Culturas de arranque são permitidas para vegetais com ácido lático. Pode ser adicionado até 1%, mel, açúcar de cana ou rapadura. Conservantes
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não são permitidos. Azeitonas conservadas com ácido lático não podem ser tratadas com hidróxido de sódio. É permitida a pasteurização de vegetais conservados com ácido lático, mas somente quando inevitável.
Conservação com ácido acético (uso de vinagre) O líquido de engarrafamento é feito com vinagre, mel alimentar, sal, açúcar de cana ou rapadura assim como ervas e especiarias. É permitido a adição de sumo de limão. Ácidos naturais isolados e conservantes químicos não são permitidos. O produto final deve ser pasteurizado.
2.3.2.4 Vegetais congelados Os métodos tradicionais (ver secção 2.3.1) podem ser usados na preparação dos
vegetais. Ops vegetais devem ser congelados sem líquido extra. O processo de congelamento deve ser o mais rápido possível usando métodos rápidos, por exemplo, correntes de ar de convecção, congelamento em líquidos, vapor frio, congelamento com nitrogénio líquido.
2.3.3 Sumos de vegetais
Para acidificar sumos de vegetais, podem ser usados ácidos naturais Demeter. Sumo de Sauerkraut deve ter origem Demeter. Conforme o pH, os sumos serão pasteurizados ou esterilizados. A preferência vai para a pasteurização por ser menos destrutiva da qualidade. É permitido o corte mecânico de sumos.
3 Vinagres de vegetais, Concentrado de Tomate, Preparados de Rábano
3.1 Vinagres de vegetais – ver Secção XIV das Normas de Transformação Demeter.
3.2 Polpa de Tomate A pasta de Tomate é produzida a partir de polpa por redução da humidade
usando calor. Para ajustar o teor de matéria seca, pode-se adicionar polpa fresca. Conservantes químicos são proibidos.
3.3 Preparados de Rábano Estes preparados (cortados, de mesa ou gourmet) não podem incluir o uso de
dióxido de enxofre. É permitido a adição de sumo de limão ou de concentrado de sumo de limão.
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SECÇÃO II
NORMAS de CERTIFICAÇÃO de NOZES, SEMENTES e AMÊNDOAS como produtos transformados
(Manteiga de Nozes e Pastas para Pão)
ÍNDICE
1 Generalidades 2 Ingredientes 2.1 Ingredientes 2.2 Adoçantes e Sal
3 Transformação 1 Generalidades Óleos e gorduras com origem em nozes, sementes e amêndoas são
tratados na secção IX Manteigas de nozes podem conter todo o tipo de nozes e sementes mas os tipos têm de estar descritos no rótulo.
2 Ingredientes 2.1 Ingredientes
Em princípio, todas as matérias-primas certificadas Demeter podem ser usadas
2.2 Adoçantes e Sal
Como definido em 5.4, Parte A
3 Transformação Somente métodos mecânicos como lavagem, secagem, torrefação,
descasca, mistura, corte, estão aprovados em todas as etapas da transformação
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SECÇÃO III
NORMAS de CERTIFICAÇÃO de PÃO, BOLOS e PASTELARIA DEMETER
ÍNDICE
1 Ingredientes e Aditivos 1.1 Ingredientes 1.1.1 Leite e Produtos Lácteos 1.1.2 Adoçantes 1.1.3 Fermentos 1.1.3.1 Mico organismos 1.1.3.2 Fermentos químicos 1.1.4 Sal 1.1.5 Gorduras para Fritar Produtos de Pastelaria 1.1.6 Coberturas de Chocolate 1.1.7 Preparados de Fruta 1.2 Aditivos 1.2.1 Conservantes Aprovados 1.2.2 Salmoura Alcalina 1.2.3 Aromatizantes 1.2.4 Levedar melhorado 1.3 Auxiliares 1.3.1 Agentes de Não Adesão 1.3.2 Papel de Panificação e Folhas de Alumínio
2 Métodos de Transformação 2.1 Moagem 2.2 Idade da Farinha 2.3 Interrupção e Prolongamento do Processo de Levedar 2.4 Congelamento 2.5 Fornos 2.6 Tabuleiros de Panificação
3 Rotulagem (Informação Adicional)
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1 Ingredientes e aditivos 1.1 Ingredientes
Em princípio, podem ser usadas todas as matérias-primas DEMETER
1.1.1 Leite e Produtos Lácteos
Como regra geral, não pode ser usado leite em pó.
1.1.2 Adoçantes Ver tabela 5.4, Parte A 1.1.3 Fermentos 1.1.3.1 Micro organismos Podem ser usados os fermentos seguintes:
Fermentos de panificação
Massa azeda produzida na própria padaria
Levedura; biológica ou se não disponível, levedura cultivada em substratos biológicos. Somente quando nenhum dos anteriores estiver disponível, pode ser usada levedura convencional. Será necessário apresentar prova escrita de que a levedura não contem OGMs.
1.1.3.2 Fermentos Químicos
Podem ser utilizados os seguintes:
E 501 para pão de gengibre e pão de mel
Fermento de ácido tartárico (Bicarbonato de sódio ou de potássio,NaHCO3, KHCO3, junto com ácido tartárico). Amido de cereais é o único vetor com que pode ser misturado.
Fermentos contendo fosfatos estão proibidos 1.1.4 Sal
Ver tabela 5.4, Parte A
1.1.5 Gorduras para Fritar Produtos de Pastelaria
Óleos de palma e de amendoim de qualidade biológica pelo menos podem ser usados em frituras de mergulho
1.1.6 Coberturas de Chocolate
Podem ser usadas coberturas de chocolate certificadas biológicas. Se lecitina for um dos ingredientes então esta não pode ter origem em OGMs
1.1.7 Preparados de Fruta
Ver secção I, 1.3.4
1.2 Aditivos 1.2.1 Conservantes Autorizados
E 406 Agar-Agar
E440a Pectina. A pectina não pode conter fosfatos, sulfato de cálcio ou açúcares refinados e a solução não pode ser conservada com dióxido de enxofre.
E 440b pectato de potássio está proibido. 1.2.2 Salmoura Alcalina
Na produção de Brezel e produtos salgados é permitido uma solução a 4% de hidróxido de sódio, E 524.
1.2.3 Aromatizantes Aromatizantes em decorações e confeções especiais devem ser
somente óleos essenciais ou extratos semelhantes às plantas mãe. Estes aromatizantes e extratos podem ser obtidos segundo os
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seguintes processos:
Glúten de trigo mas somente em produtos Demeter que contenham trigo. Noutros, sem trigo, é proibido.
Os materiais seguintes podem ser usados como melhoradores de levedação na produção de todos os produtos de padaria:
Pó de Acerola acompanhado de uma declaração assegurando que o vetor da dextrina de malte não contem OGMs e não foi obtida com ajuda desses produtos.
Sumos de fruta, malte e farinha de soja em qualidade Demeter se disponível. Os melhoradores de panificação convencionais só podem conter os ingredientes e aditivos que se encontram listados em 1.1 e 1.2. Todos os melhoradores de panificação usados em panificação Demeter necessitam de uma declaração da respetiva organização confirmando que estão conformes as normas.
Todos os ingredientes e aditivos nos melhoradores de panificação têm de ser incluídos na declaração como requerido na rotulagem de produtos de panificação Demeter, embrulhados ou não.
1.3 Auxiliares 1.3.1 Agentes de não adesão
Agentes aceitáveis são farinha (de cereais), óleos e gorduras vegetais, manteiga e outras gorduras animais. Farinha de madeira, óxido de magnésio e emulsões de não adesão não são permitidos. Cera é permitida até poder ser substituída por outro material mais adequado.
1.3.2 Papel de panificação e folhas de alumínio
Folha de alumínio não é permitida. Papel e outras folhas de revestimento dos tabuleiros só são permitidos para impedir que pequenos itens (biscoitos, pretzel salgado, pequenos pães, etc.) adiram ao tabuleiro.
2 Métodos de Panificação 2.1 Moagem
O uso de moinhos de martelos é proibido por causa do perigo de altas rotações que causam altas temperaturas que afetam o produto final. Se o moinho de martelos estiver equipado com um sistema de arrefecimento, então, o seu uso é permitido. Moinhos de pedra natural ou artificial ou de rolos de aço são permitidos. Na compra de moinhos deve-se dar preferência a moinhos de pedra.
2.2 Idade da Farinha
A decisão de trabalhar com farinha acabada de moer ou farinha já guardada há algum tempo cabe somente ao padeiro.
2.3 Interrupção e Prolongamento do Processo de Levedar
É permitido interromper ou prolongar o processo de levedar por arrefecimento ou congelamento por razões laborais. No entanto, deve ser declarado.
2.4 Congelamento
Fruta pode ser congelada de modo a conservá-la. Para descongelar não são permitidos micro-ondas. Pão e outros produtos de panificação não podem ser congelados.
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Biscoitos e produtos similares podem ser congelados após feitura. Devem ser vendidos como produtos congelados.
2.5 Fornos
Fornos infra vermelhos de alta frequência não são permitidos. Por razões ambientais, é preferível, na compra de um forno, adquirir um forno a gás em vez de um elétrico ou a óleo.
2.6 Tabuleiros de Panificação
Tabuleiros em aço inox, aço ou vidro podem ser usados. Se têm um revestimento não aderente, então deve-se cumprir cuidadosamente as recomendações relativas ao primeiro aquecimento. Pequenas imperfeições no revestimento impedem o posterior uso desses tabuleiros. Pequenos tabuleiros em alumínio são proibidos.
3 Rotulagem adicional Pão e outros produtos de panificação Demeter vendidos à unidade ou
embrulhados devem ser acompanhados por uma lista de ingredientes e aditivos que deve estar disponível a todos os clientes, comerciantes e distribuidores.
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SECÇÃO IV
NORMAS de CERTIFICAÇÃO de CEREAIS, PRODUTOS CEREALÍFEROS e MASSAS DEMETER
ÍNDICE
1 Generalidades 2 Ingredientes e Aditivos 2.1 Ingredientes para Pastelaria 2.1.1 Ingredientes para massas 2.1.2 Ingredientes para Pastéis Recheados 2.2 Micro organismos, Culturas, aditivos e Aromas 2.3 Outros Aditivos
3 Transformação 3.1 Métodos de Transformação 3.2 Auxiliares
4 Produção de Tofu
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1 Generalidades Este regulamento cobre:
Cereais inteiros e moídos, flocos de cereais Incluindo trigo sarraceno, quinoa e amaranto
Produtos feitos dos mencionados acima como, por exemplo: muesli, misturas para panificação, misturas secas com uma percentagem de cereais significativa (rissóis, risotto, etc.), cafés de cereais, amido nativo e amido pré-gelatinado, malte de glúten.
Produtos de pastelaria incluindo pastéis recheados
2 Ingredientes e Aditivos Em princípio, podem ser usados todas as matérias-primas Demeter.
Adoçantes permitidos - ver tabela 5.4, parte A Sal – ver tabela 5.4, parte A
2.1 Ingredientes para Pastelaria 2.1.1 Ingredientes para Massas
Cereais inteiros ou moídos como farinha ou semolina
Ovos
Ervas e especiarias
Vegetais 2.1.2 Ingredientes para Pastéis Recheados
Todos os anteriores mais:
Leite e produtos lácteos
Carne e produtos de carne
Vegetais e produtos vegetais
Produtos de soja (somente Demeter ou certificados Bio) 2.2 Micro organismos, Culturas, Aditivos e Aromas
Para misturas prontas a usar na panificação, se disponíveis, as culturas de micro organismos seguintes (não OGMs) ou substratos certificados Bio são permitidos: massa azeda, grânulos secos de massa azeda, leveduras, produtos de leveduras.
Melhoradores para misturas prontas a usar estão limitados ao grupo de produto: produtos pequenos, baguetes, torradas e estão regulamentados nas normas para panificação
Fermento de ácido tartárico para levedar em misturas prontas a usar
Aromas têm de ser extratos de plantas certificadas Bio, por exemplo, óleos essenciais.
Não são permitidos outros aditivos. O uso de antibióticos para prevenir o acumular de ácido na produção de amido é proibido.
3 Transformação 3.1 Métodos de Transformação
É permitida a transformação de arroz Demeter pré-cozido
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Os métodos seguintes são proibidos:
Produção de amido modificado usando químicos ou enzimas Técnicas de extrusão para a produção de cereais inchados, por exemplo, só são permitidas o nas seguintes condições:
O produto é feito de matérias-primas Demeter
A rotulagem segue as normas da secção 4.1.3 das Normas de Rotulagem com os logos Demeter e Biodinâmico – ingrediente Demeter na lista de ingredientes (sem uso do logo)
3.2 Auxiliares
Azoto – N2
Dióxido de Carbono – CO2
Hidróxido de Sódio (NaOH) para ajustar o pH na produção de amido
Enzimas isoladas não são permitidas
4 Produção de Tofu 4.1 O tofu é feito de grãos de soja que têm origem em explorações
certificadas Demeter, sem exceções 4.2 Nigari (cloreto de magnésio) e sulfato de cálcio são coagulantes
permitidos (para conservação do curd) na produção de tofu e seus derivados. Bicarbonato de sódio é permitido como auxiliar/aditivo.
4.3 Culturas de arranque (não conservadas quimicamente) são permitidas na produção de produtos de soja.
4.4 Somente madeiras duras (como madeira, aparas ou serradura) são permitidas no fumar de produtos de soja. Madeiras tropicais não são permitidas. Fumo líquido não é permitido.
4.5 Técnicas de extrusão não são permitidas na produção de produtos de soja.
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SECÇÃO V
NORMAS PARA A TRANSFORMAÇÃO e TRATAMENTO DE PLANTAS AROMÁTICAS e
ESPECIARIAS
ÍNDICE
1. Colheita
2. Ingredientes, Aditivos e Auxiliares de transformação
3. Secagem e outros Métodos de Transformação
3.1 Secagem
3.2 Outros Métodos
4. Transformação Posterior
4.1 Seccionamento e Corte
4.2 Limpeza
4.3 Mistura
5. Desinfeção e Esterilização
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1. Colheita
Na colheita é imperativo uma limpeza impecável. Isto significa que os produtos colhidos devem estar totalmente limpos de doenças, tecidos mortos, manchas ou marcas de terem sofrido pancadas, material em decomposição, etc. De modo a prevenir contaminação microbiana, é importante garantir que as ervas não entrem em contacto com o solo durante a colheita. Se for necessário lavagem, deve ser usada água potável, sem aditivos. Esta água de limpeza deve ser totalmente removida das ervas antes de posterior transformação.
2. Ingredientes, Aditivos e Auxiliares de Transformação
2.1 Ingredientes e Aditivos – Em princípio, todas as matérias primas Demeter podem ser usadas.
Complementarmente, podem ser utilizados os seguintes:
Sal (ver Parte A – tabela 5.4)
Adoçantes (ver Parte A – tabela 5.4)
E 170 – Carbonato de Potássio
2.2 Auxiliares de Transformação
Dióxido de Carbono para esterilização e moagem a frio
Nitrogénio para esterilização e moagem a frio
3. Secagem e Outros Métodos de Transformação
A secagem deve ser tão lenta e suave quanto possível, mantendo a máxima qualidade e usando as condições ótimas para cada produto. As temperaturas de secagem serão determinadas pelo produto. Todo o processo deve ser controlado de modo que seja mantida uma higiene impecável. 3.1 Secagem
Secagem direta pelo Sol, como forma de encurtar o tempo de colheita, através de morte natural das folhas, só é permitida para frutos e sementes de ervas medicinais. (ex: funcho). A secagem em si não deve ser feita no campo por razões de higiene. É possível usar-se uma instalação de secagem por Sol indireto ou ar, num lugar à sombra protegido de pestes e outros fatores de contaminação (ex: tabuleiros de secagem). Métodos artificiais de secagem em prateleiras ou correias de convecção, usando vácuo, secagem por congelamento ou por condensação, são permitidos. Em princípio, secagem direta usando combustíveis fósseis ou extração por água química, é proibido (exceções estão listadas em 3.2 – outros métodos). O uso de métodos de poupança de energia e energia solar são recomendados. Os produtos secos não podem ser cobertos com extratos como aminoácidos, ácidos gordos, açúcares ou emulsionantes. Materiais naturais (por exemplo: óleos) de qualidade Demeter ou biológicos certificados pelos regulamentos CEE 834/2007 e 880/2008 ou por outros regulamentos biológicos válidos são autorizados como agentes de tratamento de superfície. Secagem por alta frequência é proibida.
3.2 Outros Métodos de Transformação
Conservação por mergulho em óleos vegetais ou vinagre (pickles) de qualidade Demeter ou em produtos biológicos certificados pelos regulamentos 834/2007 e 889/2008 ou outro legalmente válido, é possível. Secagem com eletrólitos é permitido mas o único eletrólito permitido é o sal (ver 2.1). Congelamento profundo é permitido.
33
4. Transformação Posterior
4.1 Seccionamento e Corte
O seccionamento de ervas aromáticas e especiarias implica sempre perda de óleos essenciais. Portanto, sempre que possível, as ervas e especiarias devem ser vendidas inteiras ou grosseiramente cortadas. A maquinaria e métodos normais de moagem e seccionamento podem se usados para redução do tamanho. Se, no processo, houver produção de pó, este deve ser removido e o ar usado no efeito deve ser filtrado antes de lançado na atmosfera. Métodos de redução do tamanho que usem nitrogénio ou dióxido de carbono como agentes de arrefecimento são permitidos. Métodos de moagem a frio por Nitrogénio, ciclo fechado, são preferíveis por razões de conservação energética.
4.2 Limpeza
São permitidos todos os métodos de limpeza física (ex: peneiras, filtragem, escolha, máquinas e magnetos de remoção por pedras, etc.)
4.3 Misturas
A produção de misturas de ervas e especiarias é permitida. O único agente adicionável permitido é o Carbonato de Cálcio – E 170.
5. Desinfeção e Esterilização
A carga bacteriológica é determinada pela colheita e transformação das ervas e especiarias. Portanto, deve ser dada atenção aos métodos utilizados.
Empresas que trabalham com produtos sensíveis devem escolher particularmente ervas e especiarias que foram colhidas, transformadas e armazenadas da melhor maneira possível. Em muitos casos, isto já garante um baixo nível de contaminação microbiológica. Desinfeção só deve ser usada quando absolutamente necessária. Métodos de desinfeção permitidos são somente o uso de calor seco ou húmido. Desinfeção usando vapor sobreaquecido, onde isto seja tecnicamente possível, é preferível a outros métodos de desinfeção por calor. No geral, tratamentos usando fortes fontes de calor por um período de tempo curto são os mais eficientes (por exemplo: 105 – 115ºC durante 2 a 5 minutos). O uso de radiação ionizada assim como micro-ondas como desinfeção é proibido assim como tratamentos químicos. Para controlo de pestes, congelamento após secagem é permitido.
34
SECÇÃO VI
Normas para a Certificação de Carne e Produtos de carne Demeter
ÍNDICE
1. Geral 2. Ingredientes e Aditivos
2.1 Ingredientes 2.1.1 Sal 2.1.2 Açúcar 2.1.3 Erva Aromáticas e especiarias 2.1.4 Álcool 2.2 Ingredientes e Auxiliares de Transformação 2.2.1 Ácido Lático 2.2.2 Citratos 2.2.3 Culturas de Arranque (culturas de micro-organismos) 2.2.4 Invólucros de Salsichas 2.2.5 Substâncias de Imersão 2.2.6 Fumo
3. Métodos 3.1 Maturação da Carne 3.2 Arrefecimento da Carne 3.3 Congelamento da Carne 3.4 Sangue 3.5 Geleias de Carnes 3.6 Produtos Curados 3.7 Produção de Salsicha Escaldada 3.8 Salsichas para Cozer em Água 3.9 Salsichas para Comer Cruas 3.10 Carne Prensada 3.11 Fumeiro 3.12 Conservação e Tipos de Conservantes
35
1. Geral O abate dos animais requer cuidados especiais. Deve-se ter em consciência que o abate de um ser vivo com
alma precede toda a transformação de carne. Pontos de vista moral e éticos requerem que o animal em
questão seja manuseado, durante o transporte e abate, de forma a não ser sujeito a medo e stress. A
distância até ao matadouro deve ser minimizada. Estas normas não cobrem detalhes sobre o abate de
animais. As ações dos indivíduos envolvidos, que devem atuar com visão e os princípios mencionados acima
têm o seu lugar próprio.
O uso de pistolas elétricas é proibido assim como é o uso de sedativos e outros materiais químicos ou
sintéticos antes, durante e após o transporte.
O tempo de espera no matadouro deve se o mínimo possível. Se a espera tiver de ser longa, então deve-se
providenciar ao animal um espaço amplo coberto.
Aos animais deve ser dada comida e água durante o tempo de espera.
Os animais devem ser abatidos rapidamente e com eficácia. Após isso, devem sangrar completamente.
Regras para abate por corte de garganta, que são previstas em determinados grupos religiosos, são
permitidas para esse grupo de consumidores se as normas mencionadas acima forem respeitadas
(excetuando o abate).
2. Ingredientes e Aditivos
2.1 Ingredientes
Em princípio, todas as matérias-primas de qualidade Demeter são permitidas como ingredientes
2.1.1 Sal
Ver tabela 5.4, Parte A
2.1.2 Açúcar
Ver tabela 5.4, Parte A
2.1.3 Ervas Aromáticas e Especiarias
(ver também as Normas Demeter para a certificação de Ervas Aromáticas e Especiarias)
Preparados e extratos de especiarias, extratos de carne, leveduras e melhoradores de sabor não
são permitidos. O transformador tem de obter prova escrita a confirmar que irradiação ou
brometo de metilo não foram usados na desinfeção das ervas e especiarias.
2.2 Aditivos e Auxiliares de Transformação
2.2.1 Ácido Lático
Invólucros naturais podem ser tratados com ácido lático.
2.2.2 Citratos
Os citratos são permitidos na produção de salsichas escaldadas se não for possível processar a
carne com calor.
2.2.3 Culturas de Arranque (culturas de micro-organismos)
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São permitidas culturas de arranque em salsichas para comer cruas mas não, contudo, para
pickles. É permitido o uso de culturas bolorentas embora não obtidas de micro-organismos
geneticamente modificados. O produtor ou comerciante deve apresentar prova de que é este o
caso.
2.2.4 Invólucros de Salsichas
Invólucros artificiais são permitidos desde que sejam declarados no rótulo. Se são utilizados
invólucros naturais, o objetivo é trabalhar para usar invólucros de animais DEMETER. Os
intestinos devem ser totalmente limpos com ácido lático ou vinagre e sal de cozinha.
2.2.5 Substâncias de Imersão
São permitidas substâncias de imersão
2.2.6 Fumo
Ver 3.11
3. Métodos de Transformação Não é permitido produzir mercadorias DEMETER ou certificadas BIO junto com convencionais. A única
exceção é esterilização por vapor, fumar e maturar em quartos de arrefecimento. Em tais casos, o operador
tem de ter uma política clara de rotulagem de modo a evitar misturas.
Só se podem usar os métodos que são expressamente permitidos.
3.1 Maturação da Carne
Não é permitido o uso de materiais que amoleçam a carne nem tratamentos elétricos para o mesmo
efeito.
3.2 Arrefecimento da Carne
São permitidos tanto o arrefecimento gradual em etapas como o arrefecimento rápido usando ar frio. As
carcaças não podem ser pulverizadas com salmouras nem com ácidos alimentares.
3.3 Congelamento da Carne
Carne que não possa ser processada imediatamente após abate por razões técnicas, pode ser congelada.
Contudo, deve ser usada na primeira oportunidade. Bacon pode ser processado congelado se for
necessário por razões técnicas.
3.4 Sangue
Para evitar coagulação, se o sangue não puder ser processado diretamente, pode ser batido com barras
metálicas. Não se podem usar citratos nem plasma de sangue seco, plasma de sangue ou soro de
sangue.
3.5 Geleias de Carne
Geleias de carne podem ser produzidas a parir de gelatina (aspic) e couro cozido. É permitido pó de aspic
BIO.
3.6 Carnes Curadas Salgadas
A produção de carnes curadas salgadas não pode incluir o uso de sais de nitratos, E 252 salitre, E 300
ácido ascórbico, E 575 (Glutono-delta- lactone:Gdl) e ácidos alimentares. Cura a seco e cura com
37
salmoura são ambas permitidas com a salmoura contendo todo o tipo de sais mencionados em 2.1 1
com ou sem especiarias
3.7 Produção de Salsichas Escaldadas
Carne usada na produção de salsichas escaldadas deve, idealmente, estar ainda quente vinda do
matadouro. Se isto não for possível, então os processos permitidos para dar o mesmo efeito são desfiar
a quente, salgar a quente e métodos usando congelamento. É proibido o uso de proteína de leite e de
outros auxiliares. Os citratos podem ser usados na produção de salsichas escaldadas se o processar da
carne quente não for possível (nos casos em que o talhante não puder abater o animal ele próprio, mas
que tenha de processar carne de fora. Ele tem de informar, por escrito, a organização Demeter de todos
os detalhes).
O uso de citratos, como requerido legalmente, deve figurar na lista de ingredientes no rótulo.
3.8 Salsichas para Cozer em Água
Não são permitidos aditivos neste tipo de salsichas. O uso de produtos de leite seco também é proibido.
3.9 Salsichas para se Comer Cruas
Carne e bacon podem ser maturados por pré salga ou pré secagem. A maturação da salsicha crua pode
ser feita lentamente, com temperaturas de cerca de 15º C ou com temperaturas numa média do
intervalo entre 18 e 20 º C. Por razões de higiene não se deve exceder a temperatura de 20ºC. Métodos
de maturação rápida com o uso de E 575 (GdL) não são permitidos. Fumar deve ser feito com o método
de fumeiro frio. Se vinho for usado, tem de ser declarado no rótulo.
3.10 Carne Prensada
A produção de carne prensada usando desperdícios de carne, não é permitida.
3.11 Fumeiro
A madeira deve ser queimada diretamente no quarto ou fora em instalações próprias. São permitidos
métodos de fumeiro frio e quente (< 70ºC). O tipo de salsicha determina o método a ser usado.
Agentes permitidos:
Tipos de madeiras nativas apropriadas
Pinhas
Ervas
Outro tipo de plantas tais como Juniper, urze, pinhas de coníferas e especiarias
3.12 Conservação e tipos de Conservantes
É permitido conservação total mas conservação a ¾ ou ½ são preferíveis. Embora sejam permitidas altas
temperaturas, deve ser escolhido o método que garanta perdas de qualidade mínimas.
Podem ser usadas latas de metal brancas mas é preferível o vidro. As latas podem ser soldadas mas não
é permitido o uso de solda. É permitido conservação total em latas lacadas interiormente e
exteriormente. Contentores em laminados de plástico, alumínio ou alumínio-plástico não são
permitidos. O formato (relação área/volume) deve ser escolhido de modo que haja rápida transferência
de calor que assegure que a requerida temperatura seja rapidamente atingida.
Para pasteurização podem ser usados panelas ou recipientes próprios. Se possível, a esterilização deve
estar restrita a métodos tais como curta duração a altas temperaturas, cozedura em vários níveis e
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esterilização rotacional. Sempre que possível, deve ser utilizado uma autoclave de pressão reversível.
Esterilização numa única autoclave deve ser a única exceção.
39
SECÇÃO VII
Normas para Certificação de Leite e Produtos Lácteos
ÍNDICE
1. Transporte de Leite 2. Armazenamento de Leite 3. Ingredientes e Aditivos
3.1 Ingredientes 3.1.1 Culturas de Arranque 3.1.1.1 Culturas de Arranque usando Leite como meio 3.1.1.2 Culturas de Arranque que não cresçam em Leite 3.1.2 Coalho 3.1.3 Sal 3.1.4 Adoçantes 3.1.5 Óleo 3.1.6 Ervas e Especiarias 3.1.7 Preparação da Fruta 3.2 Aditivos 3.2.1 Carbonato de Cálcio 3.2.2 Coberturas 3.2.3 Fumeiro de Queijo
4. Métodos de Transformação 4.1 Leite 4.2 Manteiga 4.3 Queijo Fresco e Queijo Curado 4.4 Queijo de Leite Azedo 4.5 Produtos de Leite Azedo, Yogurtes, Kefir, Leite Encremado 4.6 Produtos de Leite Doce 4.7 Natas 4.8 Soro 4.9 Produção de Leite em Pó 4.10 Queijo 4.11 Gelados
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1. Transporte do Leite O leite deve ser colheito em meios de transporte próprios que são usados somente para leite
DEMETER ou que tenham tanques etiquetados especialmente para Leite DEMETER. O transporte
também é possível em vasilhas etiquetadas DEMETER ou pode ser entregue diretamente à fábrica
pelo produtor.
2. Armazenamento do Leite O armazenamento de leite deve ser feito em tanques próprios que estarão designados
especialmente para leite DEMETER. Qualquer confusão ou possibilidade de mistura com leite BIO ou
convencional deve ser evitada através de um sistema apropriado de etiquetagem.
3. Ingredientes e Aditivos
3.1 Ingredientes
Em princípio, podem ser usadas todas as matérias-primas DEMETER.
3.1.1 Culturas de Arranque, culturas de micro-organismos
3.1.1.1 Culturas de Arranque usando leite como meio
Podem ser usadas culturas de arranque. Elas devem ser criadas da maneira habitual nas
instalações de transformação e, preferencialmente, usadas na produção somente após a
terceira geração. A lêveda e a multiplicação devem acontecer em leite DEMETER. Culturas
de micro-organismos como, por exemplo, Brevibacterium Linens podem ser usadas. Não é
permitido o uso de micro-organismos geneticamente modificados. O fabricante de leite
DEMETER terá que se inteirar dos detalhes de produção das culturas de arranque junto do
seu fornecedor e apresentar relatório escrito.
3.1.1.2 Culturas de Arranque que não cresçam em leite
Estas culturas, que não são criadas em leite (ex. bolores), podem ser usadas para receitas
específicas
3.1.2 Coalho
Coalho de vitelos, coalho microbiano, misturas de coalho- pepsina (coalho de vitelos) e extratos
de plantas podem ser usados para coalhar leite. O coalho não pode ter conservantes.
Vinagres de futas e culturas de arranque são permitidos para azedar a proteína do leite.
3.1.3 Sal
Ver tabela 5.4, Parte A.
3.1.4 Adoçantes
Ver tabela 5.4, Parte A.
3.1.5 Óleo
Pode ser usado óleos para tratar a superfície dos queijos.
3.1.6 Ervas e Especiarias
41
Quaisquer ervas a usar têm de cumprir as Normas de Ervas e Especiarias da Demeter
International
3.1.7 Preparados de Fruta
Quais quer fruta a ser usada tem de cumprir as Normas de Transformação de Frutas e Vegetais
da Demeter International
3.2 Aditivos
3.2.1 Carbonato de cálcio (CaCO3) e Cloreto de Cálcio (Ca Cl2)
Carbonato de Cálcio (E 170) é permitido somente na produção de queijo feito a partir de leite
azedo. Bicarbonato de sódio não pode ser usado.
Cloreto de Cálcio (E 509) pode ser usado como auxiliar na produção de queijo.
3.2.2 Coberturas
As seguintes coberturas podem ser usadas em queijos duros, queijos de cortar e queijos
semiduros:
Cera de abelha
Cera natural dura de parafina
Ceras microcristalinas
Estas três substâncias podem ser misturadas umas com as outras. Cera natural dura de parafina e
ceras microcristalinas não podem conter outros aditivos como, por exemplo, polietileno, poliolefine de
cadeia curta, polyisobutileno, butilo ou borracha cíclica. Adicionalmente, estas ceras não podem ser
coloridas.
Filme plástico é permitido provisoriamente para cobrir a superfície de queijos de cortar e queijos
semiduros desde que esteja livre de sorbato de potássio, sorbato de cálcio e natamicina. (Isto é permitido
somente até um material substituto adequado seja encontrado).
3.2.3 Fumeiro de Queijos
Amadeira pode ser queimada ou diretamente na sala ou numa sala exterior própria para o
efeito. Processamento de fumo a frio ou a quente (< 70º C) é permitido. Os tipos de queijo
individuais determinam o método a usar.
Agentes de fumeiro permitidos:
Madeiras nativas adequadas (como madeira inteira, aparas, serradura)
Pinhas
Ervas
Outro tipo de plantas como Juniper, urze, pinhas de coníferas, especiarias.
4. Métodos Para manter a qualidade inerente do leite através de todo o processo até ao consumo, ele deve ser
tratado integral, tanto quanto possível e diretamente da vaca.
O uso de vasilhas de alumínio não é permitido nem para armazenamento nem para processamento.
4.1 Leite (para beber)
42
Os métodos de pasteurização permitidos legalmente, até um máximo de 80º C, podem ser usados
na pasteurização do leite. Após tratamento, o leite tem de ter um índice de peroxidada positivo. O
mesmo se aplica, em princípio, a todos os produtos transformados de leite. Outros processos de
calor como esterilização UHT ou ESL não são permitidos e o leite não pode ser homogeneizado.
As seguintes normas têm de ser cumpridas:
Para ser rotulado Demeter, o leite tem de ter um grau máximo de homogeneização de 30%
(medido com uma pipeta de homogeneização, segundo o método NIZO).
Para ser classificado como “não-homogeneizado”, o leite inteiro gordo tem de ter um grau
máximo de homogeneização de 10%.
Os seguintes tipos de leite podem estar disponíveis para comercialização:
Leite de topo (gold-top)
Leite Gordo com gordura natural
Leite Gordo padronizado (pelo menos 3,5% de gordura)
Leite Meio Gordo e Leite Magro
Enriquecer o leite com proteínas de leite e vitaminas, etc. não é permitido
4.2 Manteiga
Podem ser produzidos os seguintes tipos de manteiga:
Manteiga com natas
Manteiga com natas azedas
Natas importadas podem ser processadas. Para facilitar o barrar, podem ser usados métodos físicos
de maturação das natas tais como processamento frio-quente-frio ou quente-frio-frio.
Salgar com sal de mesa é possível desde que indicado no rótulo. Colorir com betacaroteno não é
permitido. Manteiga acidificada indiretamente segundo o método NIZO, não é permitido. São
permitidos os outros métodos tradicionais de fabrico de manteiga. A manteiga pode ser armazenada
em frio, até 6 meses. Manteiga guardada em frio não pode ser misturada com manteiga fresca.
4.3 Queijo Fresco e Queijo de coalhada (Quark)
Queijo fresco e Quark podem ser produzidos somente com adição de culturas de arranque e de
coalho. A utilização de proteínas de soro usando métodos como o térmico de coalhada e filtragem
ultrafina são permitidos. Não é permitido o uso de métodos de separação centrífuga de soro. O
ajuste do conteúdo de gordura com adição de queijo de coalhada gordo ou magro, ou de natas, é
permitido. Todos os outros métodos comuns de produção de queijo fresco são permitidos.
4.4 Queijo de Leite Azedo
Queijo de leite azedo só pode ser produzido a partir de queijo de coalhada de leite azedo. É
permitido o uso de carbonato de cálcio. Adição de sal de cozinha ao queijo não pode exceder 2,5%.
É proibido o uso de betacaroteno e de lacto Flavina.
4.5 Produtos de Leite Azedo, Produção de Yogurtes, Produção de Kefir, Produção de Leite
Amanteigado (Buttermilk)
43
É permitido um tratamento de calor a 85-95º C, não excedendo 5 – 10 minutos de duração, para
tratar produtos de leite. É desejável trabalhar, tanto quanto possível, nos limites inferiores.
Tratamento UHT não é permitido. É proibido homogeneização por meio de um homogeneizador. É
permitido homogeneização parcial por centrifugação na produção de yogurte.
Estão disponíveis as seguintes opções para aumento da matéria seca:
Adição de leite em pó
Evaporação em vácuo
Evaporação num evaporador de fases de sopro
Ultrafiltração
Osmose reversa
Os produtos acabados não podem ser tratados com calor.
Para venda, só se pode produzir buttermilk pura. Os outros métodos comuns de produção de queijo
de leite azedo são permitidos.
4.6 Produtos de Leite Doce
Aplicam-se as mesmas normas da produção de produtos de leite azedo. Como espessantes podem
ser usados amido e agar-agar.
4.7 Natas
As natas não podem ser enriquecidas com produtos de proteína de leite para aumento dos sólidos
do leite. Após pasteurização, as natas têm de ter um índex de peroxidase positivo. Não são
permitidos homogeneização e espessantes.
4.8 Soro
Pode ser produzido soro doce e soro azedo.
4.9 Produção de Leite em Pó
A produção de produtos de leite seco a partir de leite DEMETER e produtos de leite é permitido (ex:
leite gordo em pó, leite magro em pó, buttemilk em pó, soro em pó). O processo de redução e
secagem deve ser suave, usando temperatura e pressão otimizadas.
Leite em pó de Égua e de Cabra podem ser vendidos como produtos DEMETER. Leite de vaca em pó
só é permitido como ingrediente em produtos transformados.
4.10 Queijo
O leite deve ser purificado por métodos de separação ou de filtração apropriada. Para evitar
contaminação bacteriana, os métodos de pasteurização aprovados podem ser usados (ver secção
4.1) ou o leite ser sujeito a tratamento térmico. As bactérias também podem ser removidas por
bacto fúngicos mas o material separado não pode mais ser usado.
O leite pode ser coalhado com ácidos de arranque, coalho ou uma combinação dos dois. No
entanto, não pode ser coalhado com ácido puro. Para renovar a salmoura, o queijo deve ser
removido e o precipitado rejeitado. A salmoura pode ser cozida de novo e enriquecida com sal. Não
é permitido esterilização com hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogénio, etc.
44
Somente ervas e especiarias puras ou seus extratos podem ser adicionados ao queijo.
É proibido o uso de betacaroteno e de lacto Flavina como corantes. Não é permitido tratar a
superfície dos queijos com sorbato de potássio, sorbato de cálcio ou natamicina.
Os tipos de queijos individuais serão fabricados com o método típico para cada tipo. O queijo pode
curtir em folha desde que o tipo de folha não contenha produtos que possam reduzir a qualidade
do produto Demeter. É permitido o uso de filme plástico para cobrir as camadas exteriores de
queijos de cortar e queijos semiduros, desde que livres das substâncias mencionada acima. Esta
aprovação é válida até se encontrar um método ou material substituto apropriado.
4.11 Gelados
Detalhes sobre produção de gelados, sorvetes e yogurtes gelados encontram-se na secção IX ,
parágrafo 5.
45
SECÇÃO VIII
Normas para a Certificação da Fórmula de Leite DEMETER para Bébés
ÍNDICE
1. Preâmbulo 2. Abrangência 3. Ingredientes 4. Aditivos e Auxiliares 5. Métodos 6. Rotulagem 7. Desenvolvimento do Produto
1. Preâmbulo Amamentar significa muito mais que simplesmente dar o melhor e mais saudável alimento ao bebé. É
também alimento para a Alma e mantem de uma forma única, a relação íntima entre mãe e bebé que
começou durante a gravidez.
Alimentos lácteos Demeter para bebés não são feitos para substituir o leite materno. É feito para apoiá-lo e
suplementá-lo em casos em que amamentar não é possível, parcial ou totalmente, por razões variadas.
Particularmente nesta fase crucial, é essencial para mãe e bebé receberem uma dieta baseada em matérias-
primas certificadas Biodinâmicas.
A transformação e a composição da fórmula de leite para bebés está sujeita a estritos regulamentos legais
assim como a requisitos determinando a higiene, ingredientes e conteúdo de macro e micronutrientes.
2. Abrangência Estas Normas abrangem a categoria 1 (fórmula para bebés) e categoria 2/3 (fórmula de seguimento) que é
produzida baseada em leite de vaca. Somente produtos para crianças até 12 meses de idade podem ser
rotulados com as marcas e logo DEMETER ou BIODINÂMICO ou implicadas como tal.
Produtos baseados em leite de soja ou soja estão excluídos.
3. Ingredientes São permitidos os seguintes ingredientes; Devem ser de qualidade DEMETER ou especificados de outra
maneira:
Leite e componentes de leite
Soro em pó (tem de ser, pelo menos, certificado BIO até haver em qualidade DEMETER)
Gordura de leite e óleos vegetais
46
4. Aditivos e Auxiliares (todos os aditivos e auxiliares têm de estar listados nas secções 5. 3 e 5.4)
Lactose
Amido
Malto-dextrina
Minerais e vitaminas adicionadas só serão permitidas se o conteúdo determinado legalmente não se
conseguir somente com ingredientes Demeter.
Vitaminas isoladas B2 e B12 não são permitidas serem adicionadas à fórmula DEMETER de leite para bebés
baseada em leite de vaca e nucleótidos, aminoácidos, proteínas hidrolisadas e taurina estão especificamente
excluídas.
5. Métodos Todas as fases de processamento serão otimizadas com base na melhor realização de qualidade alimentar.
O método de secagem por spray é permitido assim como é a homogeneização da massa total a ser
processada.
6. Rotulagem A rotulagem tem de cumprir as Normas de Rotulagem da Demeter International, incluindo a tabela na
secção 4.4.2.
7. Desenvolvimento do Produto Novos produtos têm de ser desenvolvidos em conjunto com um corpo de consultores nomeado pela Direção
da Demeter International. Esse corpo recomendará as suas determinações ao respetivo certificador.
47
SECÇÃO IX
Normas para certificação de azeite, óleos alimentares e gorduras Demeter (excluem-se margarina e produtos dietéticos)
Para rotulagem, por favor consultar normas nacionais oficiais
ÍNDICE
1. Ingredientes e Agentes de Transformação
1.1 Ingredientes
1.2 Agentes de Transformação
1.3 Aditivos
2. Transformação
2.1 Prensagem a frio
2.1.1 Métodos Permitidos
2.1.2 Métodos proibidos
2.2 Outros Óleos e Gorduras
2.2.1 Métodos Permitidos
2.2.2 Métodos Proibidos
2.2.3 Rotulagem
2.3 Métodos Permitidos para Produtos Animais
2.4 Transformação de Margarina
2.4.1 Métodos permitidos
48
1. Ingredientes e Agentes de Transformação
1.1 Ingredientes
Em princípio, podem ser utilizadas todas as matérias-primas de qualidade Demeter
1.2 Agentes de Transformação
Filtros de materiais sem asbestos, tais como papel ou tecido (ver parte A, 5.4)
Terra de Diatomáceas
Nitrogénio (N2)
Ácido Cítrico somente para remover mucilagem (óleos para efeitos de transformação)
Bentonite (óleos para efeitos de transformação)
Carvão ativado (óleo para transformação)
1.3 Aditivos
Não é permitido o uso de aditivos
2. Transformação
2.1 Métodos de transformação
2.1.1 Métodos Permitidos para prensagem a frio
Todos os métodos usuais para limpeza, descasque e preparação das matérias-primas
Prensagem mecânica com uma temperatura máxima de extração de 60ºC (o ponto de
medida tem de estar o mais perto possível da saída do óleo prensado e a sua localização
será decidida pela entidade certificadora)
A temperatura de extração máxima para cada tipo de óleo está listada abaixo.
Recomendam-se temperaturas de extração baixas:
Filtragem, Decantação e Centrifugação
É permitido torrefação de sementes, antes da prensagem, para fazer óleo de sementes de
abóbora, sementes de sésamo e outras nozes. Estes produtos devem levar uma rotulagem
adicional de “extração a frio de sementes torradas”.
Azeite
<27ºC
Óleo de sementes de Açafrão e de Abóbora
50ºC
Óleo de Girassol
60ºC
Óleos de Milho, Sésamo, Soja e Avelã
60ºC
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2.1.2 Métodos Proibidos
Aquecimento ou acondicionamento das matérias-primas
Extração usando dissolventes orgânicos químicos
Remoção de mucilagem com ácidos orgânicos ou minerais
Tratamento com carvão ativado
Remoção de ácido
Remoção de cor /lixiviação
Modificação química (hidrogenação; modificação por esteres)
2.2 Transformação de Outros Óleos e Gorduras
2.2.1 Métodos Permitidos
Métodos usuais para limpeza e preparação de matérias-primas (incluindo acondicionamento
e secagem por calor)
Prensagem mecânica
Centrifugação, Decantação
Filtragem (ver parte A, 5.4)
Remoção de mucilagem
Neutralização / alteração do pH (somente uma vez, antes ou depois do fracionamento)
Lavagem
Secagem por vácuo
Remoção de cor/lixiviação
Fracionamento térmico (decristalização / fracionamento a seco)
Vaporização / desodorização (uma vez, com temperatura máxima de 230ºC)
2.2.2 Métodos Proibidos
Extração com dissolventes orgânicos
Modificação química (hidrogenação / modificação por esteres) para óleo de palma a ser
vendido como óleo de palma cru
Remoção de mucilagem usando ácidos
Remoção de ácidos
2.2.3 Rotulagem
Desodorização (vaporização) deverá ser declarada em todas as embalagens para consumidores e transformadores
2.3 Métodos Permitidos para Produtos Animais
Rendering
2.4 Transformação de Margarina
50
A lecitina usada tem de ser certificada biológica. Todas as restrições em 2.2 destas normas têm de ser observadas. O uso de gorduras hidrogenadas (endurecidas) e aromatizantes não é permitido.
2.4.1 Métodos permitidos
Emulsificação
Pasteurização
Cristalização
51
SECÇÃO X
Normas de produção de Açúcar, Adoçantes, Rebuçados, Gelados e Chocolate DEMETER
ÍNDICE 1. Abrangência 2. Ingredientes 3. Açúcar
3.1 Auxiliares de Transformação 3.2 Métodos de Transformação
4. Agentes Adoçantes 4.1 Auxiliares de Transformação 4.2 Métodos para Concentrados de Sumos de Fruta
5. Gelados, Sorvetes e Yogurtes gelados 5.1 Ingredientes e Auxiliares de Transformação 5.2 Métodos
6. Chocolate e Outros Doces 6.1 Ingredientes e Auxiliares de Transformação 6.2 Métodos
7. Rotulagem
1. Abrangência
Xaropes vegetais (ex. de ácer, beterraba açucareira, palmito, coco, etc.)
Concentrados de sumos de fruta e extratos de fruta
Agentes adoçantes de grãos /amido
Extrato de malte
Açúcar integral
Rapadura
Gelados, sorvetes e yogurtes gelados
Chocolate e outros doces (rebuçados, etc.)
2. Ingredientes
Todas as matérias-primas Demeter podem ser usadas como ingredientes
3. Açúcar
3.1 Os auxiliares de transformação permitidos são:
Água calcária (para remoção de materiais indesejados)
Ácido carbónico (para precipitar excesso de cálcio como carbonato de cálcio)
Óleo para evitar espuma
Ácido tânico – de fontes naturais
52
Éster sacarífero biológico
Ácido cítrico (para clarificação)
Carbonato de sódio, hidróxido de sódio e de cálcio
Ácido sulfúrico (para controlo de pH)
3.2 Métodos
Xarope de açúcar deve ser evaporado sob pressão a temperaturas que não causem caramelização
4. Agentes Adoçantes
4.1 Auxiliares de Transformação Materiais permitidos são:
Materiais de filtros feitos de têxteis, papel, celulose, terra de diatomáceas, perlite, bentonite
(ver 5.4, Parte A)
Enzimas (não geneticamente modificadas) para a transformação de produtos açucarados de
grãos/amido
Para grãos/amido açúcar invertido: Xylose (glucose), isomerase
Água calcária (para remoção de materiais indesejados)
Ácido Carbónico (para precipitação de excesso de cálcio como carbonato de cálcio)
Óleo para evitar espuma
Ácido tânico – de fontes naturais
Éster sacarífero biológico
4.2 Métodos
Concentrados de sumos de fruta – ver Parte B, I
Produtos de grãos/amido (malting) - todos os processos comuns usando os auxiliares
mencionados em 4.1 são permitidos.
5. Gelados, Sorvetes e Yogurtes Gelados
5.1 Ingredientes e Auxiliares de Transformação
Todos os produtos DEMETER, incluindo extratos de aromas, ervas aromáticas e
especiarias podem ser usados na produção de gelados.
Espessantes permitidos são: goma de alfarroba, pectina, goma de guar, agar-agar
Açúcares de amido e amido são permitidos
Inulina e outros oligossacáridos de origem BIO são permitidos
Corantes não são permitidos
5.2 Métodos
Não há restrições específicas
6. Chocolate e outros doces (rebuçados, gomas, etc.)
6.1 Ingredientes e Auxiliares de Transformação
Lecitina de origem BIO
Goma arábica
53
Ervas aromáticas e especiarias
6.2 Métodos
Não há restrições específicas
7. Rotulagem
A rotulagem tem de cumprir as Normas de Rotulagem da Demeter International no uso das marcas Demeter e Biodinâmico
54
SECÇÃO XI NORMAS para a CERTIFICAÇÃO de COSMÉTICOS e PRODUTOS de HIGIENE PESSOAL
DEMETER
ÍNDICE 1. PRINCÍPIOS
1.1 Ingredientes, aditivos e Auxiliares não permitidos
2. ABRANGÊNCIA
3. ROTULAGEM
3.1 Requisitos gerais 3.1.1 Rotulagem INCI 3.1.2 Mistura de Óleos Etéricos 3.1.3 Ingrediente Transformado Biológico Certificado 3.1.4 Cálculo de Percentagens 3.1.5 Cálculo da Água 3.1.6 Minerais e sal como Ingredientes 3.1.7 Ingredientes Silvestres 3.2 Categorias de Produtos Rotulados Demeter/Biodinâmico 3.2.1 Produto Demeter/Biodinâmico, min. 90% de Ingredientes Demeter 3.2.2 Produto Demeter/Biodinâmico, min. 66% de Ingredientes Demeter 3.2.3 Uso de Demeter na Lista de Ingredientes
4. Métodos de transformação
4.1 Grau de Transformação 4.2 Métodos 4.2.1 Produtos para a Pele e Corpo 4.2.2 Extratos, “Extraits” e Tinturas 4.2.2.1 Matérias-Primas 4.2.2.2 Agentes de Extração 4.2.2.3 Certificação de Ingredientes 4.2.3 Óleos Essenciais e Hidrolatos (Hidrossóis) 4.2.4 Sabão 4.2.5 Métodos de Conservação 4.2.6 Impacto Ambiental da Transformação 4.2.7 Métodos Proibidos
5. Ingredientes de Origem Agrícola
5.1 Ceras vegetais e Animais 5.2 Álcool 5.3 Solventes para Extração de Matérias-Primas
6. Aditivos de Origem Não Agrícola
6.1 Água 6.2 Conservantes 6.3 Enzimas 6.4 Minerais 6.5 Antioxidantes 6.6 Solventes para Extração de Matérias-Primas 6.7 Fragrâncias 6.8 Materiais Permitidos
7. Definições
55
1. PRINCÍPIOS
O objetivo é produzir cosméticos que sejam produtos naturais, que sejam benéficos para a pele e corpo humanos e que tenham o mínimo de impacto ambiental. As matérias-primas de origem vegetal e animal devem ser certificadas Demeter/Biodinâmico tanto quanto possível. A tarefa na produção de cosméticos é manter ou, sempre que possível, aumentar através do uso de métodos apropriados, as qualidades especiais das matérias-primas que surgem pelo facto de terem sido produzidas segundo os princípios biodinâmicos. O objetivo é usar métodos que respeitem as qualidades inerentes aos materiais e reforçá-las. Por esta razão, preferem-se ingredientes que tenham passado por um método de mistura rítmica (ex. luz/escuridão, quente/frio, nascer do Sol/pôr do Sol). Influências ambientais diretas durante a sua manufaturação, como por exemplo, contaminação eletromagnética, têm de ser considerados e as suas consequências negativas minimizadas. Ingredientes de origem agrícola devem ser transformados de modo a minimizar a perda de qualidade, incluindo aquelas qualidades vitais originárias no método de produção biodinâmico. Efeitos ambientais de qualquer produção têm de ser considerados. Isto cobre áreas como águas de desperdício, incluindo águas quentes, redução de lixo contaminado devolvido ao meio ambiente, uso de energia, embalagens apropriadas e biodegrabilidade do produto. Materiais de embalamento estão definidos na Parte A, secção 6 destas Normas de Transformação. Os produtos não podem conter ingredientes geneticamente modificados ou que tenham sido produzidos com técnicas geneticamente modificadas. Radiação ionizada está excluída de todas as etapas de produção e nenhum material com partículas de dimensões abaixo de 100 nanómetros pode ser usado (nanotecnologia está excluída). Óleo mineral também está excluído como material de arranque. Em princípio, métodos, ingredientes, aditivos e auxiliares que são permitidos em produção alimentar Demeter/Biodinâmica podem ser usados em cosméticos e produtos de higiene pessoal. Contudo, esta secção das Normas Demeter/Biodinâmico tem prioridade para os cosméticos e produtos de higiene pessoal. A água tem um papel central em muitos produtos cosméticos, em muitos casos é o principal ingrediente. Por essa razão, a água deve ser da mais alta qualidade. Tratamento da água por métodos rítmicos pode ser benéfico. Independentemente da formulação de um produto cosmético Demeter/Biodinâmico, todos os produtos têm primeiro e principalmente estar conforme aos requisitos básicos da diretiva 76/768/EEC (Diretiva cosmética da União Europeia) e o regulamento EC 1223/2009 ou regulamento nacional equivalente, em especial no que diz respeito à sua composição, segurança, eficácia e rotulagem. As Normas de Produtos de Higiene Pessoal Demeter/Biodinâmico preveem três categorias de produtos. Requisitos das categorias de ingredientes Demeter/Biodinâmico que permitem rotulagem proeminente usando as marcas Demeter e Biodinâmico, que são adicionais às Normas de Rotulagem da Demeter International, estão listados abaixo. Produtos que contenham ingredientes Demeter/Biodinâmicos e que estejam conforme aos Cadernos de Encargos da Agricultura Biológica aprovados pela Demeter International também podem usar uma categoria de rotulagem adicional que não permita uso proeminente das marcas. Esta categoria aplica-se a produtos que não contenham uma quantidade significativa de ingredientes de origem agrícola e que, portanto, não atinjam o requisito mínimo de rotulagem Demeter de 66% ou que caiam fora da abrangência.
56
1.1 Ingredientes, Aditivos e Auxiliares não permitidos
Os materiais seguintes não são permitidos como solventes ou para qualquer outro propósito como ingrediente, aditivo ou auxiliar de transformação
Óleos minerais e produtos derivados de petróleo
Benzena
Hexano
Glicol de propileno
Glicol de butileno
Agentes de quelagem EDTA e seus sais
Matérias-primas obtidas de animais mortos (ex: gorduras animais, colagénio animal) ou de
células vivas
Micro contas
2. Abrangência
Estas normas definem a produção dos produtos seguintes que serão rotulados como DEMETER/BIODINÂMICO
Higiene pessoal – produtos para a pele e corpo incluindo cremes solares e para a pele assim
como pasta de dentes
Óleos etéricos (essenciais)
Extratos, “Extraits” e tinturas
Águas e Hidrolatos (Hidrossóis)
Sabão, incluindo sabão líquido, shampoo e gel de banho
Limpadores
Cosméticos decorativos
3. Rotulagem
Adicionalmente aos requisitos das Normas de Rotulagem da Demeter International, os regulamentos específicos para cosméticos seguintes têm de ser cumpridos 3.1 Requisitos Gerais
3.1.1 Todos os ingredientes têm de ser listados individualmente na lista de ingredientes. O
sistema INCI (International Nomenclature Cosmetic Ingredient) terá de ser usado
obrigatoriamente. Paralelamente a isso, cada ingrediente deverá ser listado numa língua
apropriada.
3.1.2 Misturas de óleos essenciais podem levar um nome coletivo. Este nome coletivo só pode ser
rotulado DEMETER/BIODINÂMICO se todos os óleos na mistura forem produzidos em
agricultura biodinâmica e cumprirem estas normas. Se nem todos os óleos forem de
qualidade DEMETER/BIODINÂMICO, então terão de ser listados e rotulados separadamente.
3.1.3 Ingredientes já transformados de origem biológica certificada terão de ser feitos de
ingredientes certificados e cumprir estas normas.
3.1.4 Cálculo da percentagem de ingrediente DEMETER/BIODINÂMICO e de ingrediente biológico
A percentagem de cada ingrediente DEMETER/BIODINÂMICO e biológico em qualquer produto de retalho DEMETER/BIODINÂMICO ou ingrediente a grosso (grossista) é calculado
57
em peso ou volume líquido. Sal, água e minerais de mina estão excluídos embora a sua qualidade será considerada no que diz respeito ao seu potencial de contaminação com materiais proibidos. Cálculo por Peso: o peso total final dos ingredientes DEMETER/BIODINÂMICO e biológicos combinados ao tempo da formulação (excluindo sal, água e minerais) dividido pelo peso total de todos os ingredientes (excluindo sal, água e minerais). Cálculo por Volume: volume líquido de todos os ingredientes DEMETER/BIODINÂMICO e Biológicos (excluindo sal, água e minerais) dividido pelo volume do produto acabado (excluindo sal, água e minerais). Cálculo se tanto ingredientes sólidos como líquidos são usados: baseado em peso, isto é, peso combinado de ingredientes DEMETER/BIODINÂMICO e Biológicos (excluindo sal, água e minerais) dividido pelo peso combinado de todos os ingredientes (excluindo sal, água e minerais).
Todos os produtos cuja intenção é serem ingredientes na formulação, para serem rotulados a retalho usando as marcas DEMETER/BIODINÂMICO têm de explicitar a percentagem exata de conteúdo DEMETER/BIODINÂMICO e Biológico no produto. 3.1.5 Cálculo da Água
Substâncias naturais que contenham água são consideradas nas percentagens seguintes (em peso):
Sumos vegetais sem água adicionada – 100%
Sumos vegetais concentrados: o concentrado em si conta como ingrediente.
Qualquer água usada na diluição não está incluída no cálculo
Extratos aquosos: só conta a porção vegetal do extrato
Extratos hidra alcoólicos: as partes vegetais e o álcool, são contadas
3.1.6 Minerais e sal como ingredientes
Certificados de análise e demais documentação têm de ser apresentadas para qualquer mineral e sal usados como ingredientes como prova de qua não contêm nenhum produto proibido tal como metais pesados ou ingredientes adicionados como, por exemplo, agentes de fluidez livre.
3.1.7 Ingredientes Silvestres
Matérias-primas colhidas na Natureza têm de ser certificadas segundo os regulamentos EEC 834/2007 e 889/2008 ou outras leis biológicas válidas e serão consideradas equivalentes a produtos biológicos. Um formulário que documente totalmente pequenas colheitas cuja frequência é menor que anual, cujas quantidades não ponham em perigo a população e que constitua menos de 2% da formulação final pode ser aprovado como uma derrogação pela respetiva organização.
3.2 Categorias de Rotulagem de Produtos DEMETER/BIODINÂMICO (ver Normas de Rotulagem
Demeter 4.5.3)
3.2.1 Rotulagem normal de produtos Demeter (contendo 90% de ingredientes Demeter)
Produto DEMETER/BIODINÂMICO (ex: creme para a pele Demeter/Biodinâmico)
58
Estas normas são cumpridas
Pelo menos 90% dos ingredientes de origem agrícola são de qualidade
DMETER/BIODINÂMICO
Os ingredientes restantes de origem agrícola podem ser certificados BIO se houver
documentação que prove a não existência do produto em qualidade
Demeter/Biodinâmico e
Qualquer outro ingrediente de origem não agrícola esteja listado na secção 6.
O logo Demeter pode ser usado no painel principal segundo os requisitos das Normas de Rotulagem da Demeter International
3.2.2 Derrogação para rotulagem de produtos com pelo menos 66% de ingredientes em qualidade
Demeter
Produtos Demeter para os quais não existem pelo menos 90% de ingredientes certificados Demeter, podem usar um máximo de 33% de ingredientes com certificação “em conversão para Demeter” ou certificados BIO ou aditivos e auxiliares de origem não agrícola nas seguintes condições: Tenha sido passada uma derrogação pela respetiva organização
Os restantes ingredientes de origem agrícola podem ser certificados BIO se houver
documentação provando a não existência em qualidade DEMETER/BIODINÂMICO
Quaisquer outros ingredientes de origem não agrícola têm de estar listados na secção 6
Deve ser colocada no painel principal uma nota de rodapé: “ingrediente em conversão
para Demeter/Biodinâmica” ou “ingrediente certificado biológico” ou “este produto
contem entre 66% e 90% de ingredientes certificados Demeter/Biodinâmico
O logo Demeter pode ser colocado no painel principal conforme as Normas de Rotulagem da Demeter International. 3.2.3 Rotulagem de produtos contendo menos de 66% de ingredientes DEMETER/BIODINÂMICO
É permitido o uso das palavras DEMETER/BIODINÂMICO em referência às matérias-primas e para dar informação breve sobre a agricultura biodinâmica somente quando o marketing e a rotulagem não levem o consumidor a pensar que o produto todo é de qualidade Demeter/Biodinâmica ou que tenha sido produzido como um todo conforme à secção X das Normas de Transformação da Demeter International. Demeter ou Biodinâmico pode se usado no painel lateral ou traseiro somente quando:
O produto está conforme normas biológicas ou naturais aprovadas1 pela Demeter
International e rotulado como tal ou
1 Aprovado requer que as Normas em questão tenham:
Conteúdo mínimo de 50% de ingredientes biológicos de origem agrícola
Não hajam ingredientes em paralelo (Demeter com Biológico/convencional)
Não OGMs
Não nanopartículas
Não tenha sido testado em animais
Os materiais seguintes não são permitidos nem como solventes nem com qualquer outro propósito como ingrediente,
aditivo ou auxiliar:
Óleos minerais e produtos derivados do petróleo
59
O produto está conforme estas Normas excetuando um ou mais ingredientes de origem
não agrícola permitido em Normas Naturais mencionadas acima e
Estilo e tamanho do tipo de letra no uso de Demeter ou Biodinâmico seja similar ao
texto no painel informativo (uso do logo Demeter não permitido)
Os ingredientes Demeter no produto estão indicados:
Ou na embalagem
Ou na informação interior que vem com o produto e na Internet via um link do
produto
Referência à agricultura Demeter/Biodinâmica e matérias-primas relacionadas com o(s) produto(s) que contenham menos de 66% de ingredientes Demeter/Biodinâmico na formulação total só pode ser feita como especificado acima. Internet e informação em outros pontos de não venda direta específica a esse(s) produto(s) também tem de ser clara que o produto(s) referido(s) não são Demeter/Biodinâmicos. Os contratantes com a Demeter International têm de pedir aprovação apresentando provas de que os requisitos das Normas em questão estão a ser cumpridos e que estão certificados par essas Normas. Os logos da marca DEMETER/BIODINÂMICO não podem ser usados em lugar nenhum nos rótulos do produto.
4. Métodos de Transformação
4.1 Grau de Transformação
Em princípio, são autorizados todos os métodos tradicionais mecânicos e biológicos, incluindo, mas não limitado a, destilação por vapor, extração, moagem, secagem, mistura, congelamento, corte, peneira, lavagem, aquecimento, arrefecimento, fermentação.
4.2 Métodos
4.2.1 Produtos para a Pele (rosto e corpo) – Estes produtos podem requerer aditivos
funcionais como emulsionantes. Estes são derivados de materiais de arranque naturais
como óleos, sacarídeas, proteínas, lipoproteínas, ácidos orgânicos e talvez modificados
por saponificação, hidrólise, esterificação e transesterificação, destilação, fermentação,
neutralização, condensação com eliminação de água, hidratação, sulfatização. O produto
resultante tem de estar listado em 6.8. Trabalhar óleos com vapor para produzir ácidos
gordos, por exemplo, glicerina, é permitido.
4.2.2 Extratos, Extraits e tinturas – Extratos de plantas e animais DEMETER/BIODINÂMICO
podem ser rotulados DEMETER/BIODINÂMICO se:
4.2.2.1 As matérias-primas tenham sido preparadas usando somente métodos mecânicos,
térmicos ou fermentação
Benzena
Glicol Propileno Glicol Butileno
Agentes de quelagem EDTA e seus sais
Matérias-primas obtidas de animais mortos (ex: gorduras animais, colagénio animal ou outros materiais celulares)
60
4.2.2.2 Os extratos não tenham sido produzidos com outros agentes senão água, óleo, álcool
etílico, CO2, glicerina, vinagre de frutas ou misturas destas substâncias
4.2.2.3 Ingredientes de origem agrícola, incluindo óleo, álcool etílico e vinagre de frutas têm
de ser certificados DEMETER/BIODINÂMICO e somente quando não disponíveis, de
origem biológica aprovada. A percentagem no produto final define os requisitos de
rotulagem.
4.2.3 Óleos essenciais e Hidrolatos (hidrossóis)
Os óleos essenciais são produzidos através de destilação com vapor, extração com CO2, prensagem a frio, escarificação, retificação (i.e. tirar fora agentes de sensibilização somente como uma re-destilização, por exemplo, óleo de menta), destilação fracionada (ex: ylang ylang). Os hidrolatos contam como água no cálculo final e a fragância neles contida devido a destilação por vapor será declarada com os outros óleos essenciais. Os ingredientes de origem biológica certificada, que tenham sido extraídos com métodos não permitidos nestas Normas, não podem ser usados em produtos rotulados com as marcas DEMETER/BIODINÂMICO (ver 3.2.1 e 3.2.2). Agentes de extração estão listados em 5.3 e 6.7 abaixo. Os hidrolatos só podem ser produzidos usando somente destilação com vapor. Extração “Effleurage” tem de usar ceras ou gorduras Demeter ou Biológicas certificadas.
4.2.4 Sabão
Os seguintes requisitos aplicam-se a sabão que virá a ser rotulado DEMETER/BIODINÂMICO:
O sabão cru tem de ser produzido a partir de gorduras vegetais neutras de
qualidade DEMETER/BIODINÂMICA sem quaisquer outros ingredientes
Somente hidróxido de sódio ou de potássio, que não foi usado anteriormente,
pode ser usado na saponificação e não pode exceder 10% da formulação
Sabões líquidos têm de ser baseados em sabões líquidos de sódio ou de potássio,
shampoos e geles de banho. Tenso-ativos permitidos estão listados em 6.8.
4.2.5 Métodos de Conservação
A conservação pode ser conseguida com métodos tais como secagem, congelamento, armazenagem em atmosfera inerte, ou pasteurização a menos de 80ºC. Aditivos e auxiliares de conservação listados em 6.8 podem ser usados se necessário.
4.2.6 Impacto Ambiental da Transformação
4.2.6.1 - Lixo orgânico que não provoque contaminação ambiental deve ser compostado ou
tratado de uma forma amiga do ambiente.
4.2.6.2 – Transformação que envolva água quente (destilação, por exemplo) deve permitir
arrefecimento da água antes de ser devolvida ao ecossistema natural como solo ou
cursos de água.
61
4.2.6.3 - Hidrossóis/água contendo aditivos como, por exemplo, conservantes não devem
ser devolvidos ao ecossistema natural como solo ou cursos de água.
4.2.6.4 – Os materiais de embalagem devem cumprir os requisitos das Normas de
Transformação da Demeter International.
4.2.7 Métodos não permitidos
Estas Normas explicitam nas suas listas, todos os materiais permitidos. Todos os outros não são permitidos. Isto inclui testes em animais de algum produto novo DEMETR/BIODINÂMICO no seu desenvolvimento.
5. Ingredientes de origem agrícola
5.1 Ceras vegetais e animais
São permitidas ceras vegetais e animais não coloridas e não lixiviadas. Quando se usar lanolina (cera de lã) o tratamento das ovelhas com inseticidas (mergulho), o método de extração da lanolina e o seu acondicionamento com diluentes, deve ser conhecido. Deve-se obter do fornecedor uma declaração escrita descrevendo estes métodos. Cada lote deve ser testado quanto aos materiais usados e também deve ser fornecido um certificado de análise a resíduos. Deve ser usada a lanolina com o menor teor de contaminação por pesticidas.
5.2 Álcool
Álcool etílico (C2H5OH) deve ter origem em plantas DEMETER/BIODINÂMICAS ou, não havendo (com prova) de origem biológica certificada – será requerida derrogação da respetiva organização). Não é permitido álcool sinteticamente desnaturado.
5.3 Solventes para Extração de Matérias-Primas
Todos os solventes devem ser de qualidade Demeter. A respetiva organização pode passar uma derrogação permitindo o uso de solventes BIO se for apresentada prova escrita da não existência desses produtos em qualidade DEMETE/BIODINÂMICO.
Álcool etílico
Óleos e Gorduras de origem vegetal
Glicerina oriunda de óleos e gorduras vegetais
Mel
Açúcar
Vinagre
5.4 Ingredientes agrícolas de origem convencional
Se um ingrediente agrícola não existir em qualidade Demeter ou Biológica, pode ser usado em qualidade convencional nas seguintes condições:
Apresentação de prova escrita de não existência de 3 fornecedores
Presentação de testes de despiste de múltiplos resíduos com limites que cumpram as
orientações de valores da BNN
A quantidade não pode exceder 5% da formulação total.
62
6. Aditivos e Auxiliares de Origem Não Agrícola
Em princípio, são permitidos os ingredientes se origem não agrícola seguintes desde que seja apresentada documentação que prove baixos níveis de contaminação por metais pesados ou outros resíduos prejudiciais:
Água potável.
Ingredientes de origem mineral: sais (cloretos e sulfatos de sódio, potássio, magnésio e
cálcio), argilas (incluindo bentonite e terra de diatomáceas), pedras, pedras preciosas,
incluindo ácido silícico.
Ingredientes de origem metálica: metais, metais preciosos.
Pigmentos feitos de mica e óxidos metálicos aglomerados que cumpram todas as outras
restrições destas Normas.
Conservantes, antioxidantes, tenso-ativos/emulsionantes, álcool e solventes, que estejam
listados e que cumpram as restrições abaixo indicadas. Se um ingrediente permitido está
listado para uma função específica, pode ainda ser usado para outras funções.
Todos os aditivos e auxiliares listados nas Normas de Transformação da Demeter
International como permitidos em produtos alimentares Demeter.
6.1 Água
Água potável pura da melhor qualidade. É preferível água de fonte (incluindo água mineral), água destilada ou água dinamizada. Tratamento da água deve assegurar a sua alta qualidade. A água pode ser filtrada ou amaciada ou tratada com UV.
6.2 Conservantes
Devem ser usados preferencialmente sistemas conservantes botânicos. Os agentes antifúngicos, microbianos e bacteriológicos permitidos estão listados em 6.8.
6.3 Enzimas
São permitidas enzimas que ocorram naturalmente (ex: enzimas de frutas) que estejam documentadas como livres de OGMs e de outros ingredientes proibidos. Enzimas certificadas biológicas usadas em produtos DEMETER/BIODINÂMICOS também têm de cumprir este requisito.
6.4 Minerais
Podem ser usados minerais naturais que não tenham sido modificados quimicamente. Podem ser preparados com limpeza mecânica, com água ou vapor/calor e secos.
6.5 Antioxidantes
São preferidos antioxidantes naturais (ex: baseados em salva ou rosmaninho). Antioxidantes permitidos estão listados abaixo em 6.8.
6.6 Solventes para extração de matérias-primas
Solventes adicionais de origem não agrícola permitidos são: água e CO2.
63
6.7 Fragrâncias
Fragrâncias sintéticas não são permitidas. As fragrâncias têm de ser óleos essenciais puros, em qualidade DEMETR/BIODINÂMICO ou biológico certificado que não contenham corantes ou outros aditivos.
6.8 Materiais permitidos
Óleos usados na produção de emulsionantes (ex: azeite ou óleo de palma) têm de ser DEMETER/BIODINÂMICO ou biológico se disponível. Os materiais seguintes são permitidos:
Extrato de alantoína (consolda, Symphytum officinale)
Ácido ascórbico
Palmitato de ascorbilo (anti-oxidante, aditivo E-304)
Álcool benzílico
Ácido benzóico e seus sais
Goma celulósica (para limpeza de pele/ pasta de dentes /geles para aumento de firmeza)
Álcool cetearílico ou cetoestearílico
Glucósido de cetearilo (apenas para limpeza de produtos)
Álcool cetílico
Glucósido de cetilo (apenas para limpeza de produtos)
Palmitato cetílico
Olivato cetílico
Ácido cítrico
Glucósido de coco (apenas para limpeza de produtos)
Álcool de coco
Glucósido de decilo (apenas para limpeza de produtos)
Oleato de decilo
Goma xantana desidrogenada
Glutamato de óleo de coco di-sódico
Álcool etílico
Caprilato de glicerilo
Diestearato de glicerilo
Lactato de glicerilo
Laurato de glicerilo
Linoleato de glicerilo
Oleato de glicerilo
Citrato de oleato de citrilo
Estearato de glicerilo; estearato de glicerilo SE
Citrato de estearato de citrilo
Citrato de glicerilo
Cocoato de glicerilo
64
Proteína hidrolisada de trigo
Gluten hidrolisado de trigo
Óxido de ferro (para proteção solar)
Ésteres de óleo de jojoba
Ácido láctico (apenas da fermentação de um substrato de hidrato de carbono livre de OGM)
Álcool de lanolina
Álcool laurílico
Glucósido de laurilo (apenas para limpeza de produtos)
Lecitina
Lanolina
Poligliceril-3-polirricinoleato
Cocoato de potássio
Olivato de potássio
Palmitato de potássio
Estearato de potássio
Sulfato de potássio
Ácido salicílico (para limpeza e controlo de machas de pele (higiene))
Sulfato de cetearilo de sódio
Cocoato de sódio
Glutamato de óleo de coco sódico
Proteína hidrolisada de trigo e óleo de coco sódico
Gluconate de sódio
Lauril lactilato de sódio
Olivato de sódio
Palmitato de sódio
Palmato de sódio
Estearilo lactilato de sódio (E-481)
Ácido sórbico e seus sais
Ácido estearínico
Álcool estearílico
Estearato de sacarose
Dióxido de titânio (para proteção solar)
Tocoferol (vitamin E)
Citrato de trietilo (para desodorizantes)
Vitaminas
Goma xantana
Xylitol (para pasta de dentes) Se extraído do milho, é requerida a declaração de livre de OGM
Óxido de zinco e óxido de ferro (para proteção solar)
65
7. Definições
Ingrediente agrícola: um produto, antes ou depois de transformado, derivado da agricultura,
aquacultura ou silvestre.
Antioxidante: uma substância que impede a oxidação.
Disponível: obtenível na forma, qualidade e quantidade apropriada.
Certificado Biológico: os ingredientes agrícolas certificados têm de ser definidos pelos regulamentos
NOP, CEE, ou outro equivalente.
Diluição: redução de um ingrediente concentrado ao se lhe juntar água.
Emulsionante: agente ativo de superfície que promove a mistura de, tipicamente, um óleo com
água.
Óleos essenciais: óleos não aquosos obtidos de plantas.
Esterificação: processo que é a reação de um álcool com um ácido.
Extratos: material solúvel que é dissolvido de uma planta usando um solvente como álcool ou água.
“Extraits”: processo pelo qual uma essência é extraída por maceração e posterior destilação.
Fermentação: processo enzimático conduzido por micro-organismos.
Hidratação: adição de água.
Hidrolatos/hidrossóis: material volátil e solúvel em água de origem vegetal que é separado como
um condensado aquoso durante uma destilação por vapor de um óleo essencial.
Hidrólise: decomposição de uma substância composta por reação com água.
Mineral: matérias-primas obtidas de processos naturais que resultam de processos geológicos mas
que excluem materiais derivados de fósseis.
Neutralização: ajuste do pH para neutro.
Conservante: substância que impedem o crescimento de micro-organismos, em especial bactérias,
bolores e leveduras.
Retificação: destilação ou re-destilação para remoção de componentes indesejados.
Saponificação: hidrólise de uma gordura com uma substância alcalina para obtenção de sabão e
glicerina.
Escarificação: o processo de cortar, por exemplo, casca de limão para extrair óleo.
Solvente: substância que dilui ou causa dispersão.
Sabão: agente de limpeza e emulsionante que é o sal de sódio ou de potássio de um ácido gordo.
Desfoliante por vapor: separação de uma substância composta por vapor, por exemplo, separação
de um óleo vegetal em ácidos gordos e glicerina.
Sulfatação: processo de obtenção de um éster sulfuroso de um ácido gordo.
Tenso-ativo: substância que reduz a tensão superficial de um líquido, ou a tensão entre dois
líquidos, ou entre um líquido e um sólido.
Tintura: uma substância cosmética ou um remédio em forma solúvel, especialmente em solução
alcoólica.
Transesterificação: substituição de um componente de um éster por um outro éster.
RESPONSABILIDADE A segurança e eficácia dos cosméticos produzidos segundo estas Normas cai fora da sua abrangência e não são da responsabilidade da Demeter International.
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SECÇÃO XII
NORMAS DE VINIFICAÇÃO DEMETER / BIDONÂMICA®
ÍNDICE
1. Bases e Objetivos
2. Abrangência e Princípios Condutores 3. Normas de Vinificação
3.1 Origem da fruta 3.2 Colheita 3.3 Equipamento da adega 3.4 Cubas 3.5 Medidas físicas com o produto 3.6 Enriquecimento com açúcar (chapetalização) 3.7 Fermentação alcoólica 3.8 Redução ácida biológica 3.9 Conservação com enxofre 3.10 Estabilização tartárica 3.11 Colagem 3.12 Filtragem 3.13 Regulação da acidez 3.14 Carvalho 3.15 Auxiliares de engarrafamento 3.16 Engarrafamento 3.16.1 Rolhas 3.16.2 Cápsulas 3.16.3 Declaração 3.17 Limpeza e desinfeção
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Idealmente o vinho Demeter/Biodinâmico ajuda o desenvolvimento da Natureza e do Homem, apelando aos sentidos e à mente. Cultivar para fazer vinho Demeter/Biodinâmico não é um meio para atingir um fim. O seu propósito é enriquecer o mundo e celebrar a beleza da paisagem e da Vida.
1. Bases e Objetivos
Os fins e objetivos derivam das palestras dadas por Rudolf Steiner em 1924, que estão publicadas e são conhecidas como “Curso aos Agricultores”. Estas palestras referem-se, entre outros, ao Cosmos como criador de forças de Vida no Homem, animais e plantas e referem as vias para tornar estas forças produtivas na agricultura e na horticultura, incluindo as vinhas. Só o Homem, como artista, pode desenvolver o solo, a fertilidade e as culturas de tal modo que frutos com qualidade vital e salutar possam estar disponíveis para o consumidor. O vinho Demeter/Biodinâmico é feito com uvas Biodinâmicas. Estas uvas são o produto de um ponto de vista alargado Goetheanístico da Natureza que a concebe como um corpo integrado no qual matéria, forma, calor e ritmo, todos têm um papel a desempenhar. Partindo deste conceito, o método Biodinâmico cresceu aplicando os seus preparados, trabalhando em cooperação com os ritmos cósmicos, usando métodos especializados de desenvolvimento vegetal, etc. O objetivo é transformar cada vez mais a vinha numa individualidade de direito próprio, usando estes métodos. As uvas produzidas numa tal vinha, devem ser uma expressão verdadeira, única e autêntica desta individualidade. Assim como o crescimento e maturação da fruta dependem da combinação respetiva de forças cósmicas e terrestres, o desenvolvimento do Homem também é dependente de uma respetiva interação com a Natureza e de uma comunhão apreciativa entre indivíduos. É um sinal de qualidade de desenvolvimento Biodinâmico, o fomentar estas interações. O carácter individual de vinhos Demeter/Biodinâmicos variará de acordo com quem e com o que contribuiu para a sua emergência. Ao fazer referência a processos orientados artisticamente, torna-se óbvio que a aplicação das regras e diretivas descritas nestas normas não podem por si sós assegurar a inclusão de forças vitais no produto. A secção três destas normas em particular, assegura tanto quanto é atualmente possível que as regras e condições descritas, evitem a degradação de forças vitais. A pesquisa sobre a produção Biodinâmica e sobre a vinificação continua numa base permanente. Portanto, estas normas estão sujeitas a atualizações e desenvolvimentos. De facto, os praticantes são requisitados a investigar nas áreas do desenvolvimento do solo, das plantas e social. São igualmente requisitados a continuarem a investigar meios de melhorar a vinificação. Na secção três, a coluna “fins” indica potenciais melhoramentos do método. Estes são para serem usados definindo direções condutoras para o desenvolvimento. O vinho Demeter/Biodinâmico é oferecido a um público esclarecido. Aos consumidores é oferecido o máximo de transparência sobre a origem e o fabrico de vinhos Demeter/Biodinâmico, incluindo o uso de aditivos ou agentes, mesmo provisórios, que estiveram em contacto com o produto final. Nada poderá esconder a verdadeira natureza ou as propriedades reais do produto. A qualidade do vinho Demeter/Biodinâmico expressar-se-á como vitalidade preservada. Isto pode ser medido convencionalmente através da presença ou da ausência de ingredientes e através de outras formas de análise como as cristalizações sensíveis e o estudo das forças formadoras.
2. Abrangência e Princípios Condutores As uvas e a vinha têm que ser certificadas. A certificação tem que ser feita por uma certificadora autorizada por uma organização Demeter. Esta organização Demeter por sua vez precisa de ser reconhecida pela comunidade internacional de produtores e transformadores Demeter, ou seja, por um membro da Demeter International, uma associação sediada em Darmstadt.
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O trabalho levado a cabo na adega é a etapa final dos processos de produção na vinha. Deve-se utilizar tanto quanto possível o mínimo de tecnologia, ajudas e aditivos em todas as fases do processo. Ajudas e aditivos permitidos atualmente devem ser reduzidos ou descartados à medida que as técnicas de vinificação progridem. Os procedimentos devem-se harmonizar e respeitar o meio ambiente, o local e as pessoas envolvidas na produção. O objetivo principal é pelo menos manter a qualidade presente na fruta Biodinâmica. (Por essa razão a vindima manual é preferida de modo a garantir a mais alta qualidade da matéria prima). Todas as etapas e metodologias processuais usadas na vinificação assim como os produtos seguintes têm que se submeter aos princípios seguintes:
O produto deve ser de alta qualidade sensorial, degustativa e digestiva.
O uso de anidrido sulfuroso deve ser minimizado.
Processos que requeiram grande importação de energia ou de matérias-primas devem ser evitados.
Ajudas e aditivos cujo uso levante dúvidas do ponto de vista ambiental ou salutar, pela sua origem, uso ou reciclagem, devem ser evitados.
Métodos físicos são preferidos aos métodos químicos.
Todos os subprodutos de vinificação, sejam resíduos orgânicos ou águas de lavagem devem ser manuseados de modo que os efeitos negativos no ambiente sejam minimizados.
Estas normas são definidas em termos positivos numa lista de processos, aditivos, ingredientes e ajudas. Todos os outros métodos e materiais não listados nestas normas, estão excluídos da vinificação Demeter/Biodinâmica. Contudo, de modo a realçar a estrita proibição de alguns processos e materiais habitualmente utilizados na vinificação, é publicada seguinte lista: Todos os materiais usados em equipamentos de vinificação, incluindo cubas de fermentação e armazenamento, não podem de modo nenhum comprometer a qualidade ou causar riscos de contaminação ao mosto e ao vinho.
3. Normas de Vinificação
OBJECTIVOS ACTUAL
3.1 Origem da fruta
Fruta 100% Demeter Fruta 100% Demeter
3.2 Vindima
Vindima manual Vindima mecanizada permitida. O bagaço deve voltar à vinha se possível
3.3 Maquinaria na adega
Máximo uso da gravidade
Bombas que desenvolvam forças centrífugas ou de estiramento fortes, por exemplo, bombas centrífugas, não são permitidas em instalações novas nem como substitutas de maquinaria
É estritamente proibido
O uso de organismos geneticamente modificados
Hexacianoferrato de potássio
Ácido sórbico e ácido ascórbico
PVPP (polivinilpolipirrolidone)
Fosfato diamónico
Isinglass (bexiga natatória de esturjão), sangue e gelatina
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3.4 Depósitos
Materiais naturais Cimento, barris de madeira, porcelana, aço inox, pedra, barro, todos permitidos
Plástico
Contentores plásticos só para transferência de produto, não para armazenamento
3.5 Métodos físicos com o produto
Aquecimento do mosto de vinho tinto permitido até um máximo de 35ºC. É permitido aquecimento e arrefecimento para conduzir fermentação. Pasteurização não.
3.6 Adição de açúcar (chaptelização)
Adição de açúcar Não é permitido Adição de açúcar para aumentar teor alcoólico até 1,5% máx./volume é permitido. Açúcar Demeter ou sumo de uva concentrado, se não disponível então açúcar biológico ou sumo de uva concentrado biológico certificado.
Adição de açúcar para Tirage
(Vinhos espumantes)
Açúcar Demeter ou, se inexistente, biológico – incremento de álcool em segunda fermentação, máximo 1,5%
Alteração do sumo, líquido no
mosto (concentração)
Não é permitido concentração de todo o mosto. É proibido redução do teor alcoólico por métodos técnicos. É permitido adição de água ao mosto.
3.7 Fermentação Alcoólica
Método Permitido aquecimento para acelerar fermentação. Pasteurização proibida
Leveduras Só leveduras endógenas Leveduras endógenas, pé de cuba (Demeter ou Bio), leveduras neutras importadas são permitidas para fermentação parada (5 brix – açúcar, 5g/litro ou menos) ou fermentação secundária de vinhos espumantes. Leveduras importadas têm de ser certificadas Demeter ou BIO. Se não houver documentação comprovativa, então leveduras comerciais, não sintéticas, sem OGMs (ver parte A 2.2). Não podem ter sido criadas em substrato petroquímico, ou em licor de desperdício de sulfitos.
Nutrientes de Leveduras
Paredes de leveduras Demeter
Paredes de leveduras Demeter ou Bio: outros nutrientes de leveduras necessitam aprovação da respetiva organização.
3.8 Redução Ácida
Só bactérias malolácteas endógenas
Bactérias de ácido láctico sem OGMs.
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3.9 Conservação com Enxofre
Tipos de enxofre As seguintes são autorizadas:
SO2 puro, em gás ou em solução
Bissulfito de potássio
SO2 total (mg/l) no engarrafamento
SO2 reduzido ao mínimo
<5g/l açúcar residual, branco 140, tinto 100 >5g/l açúcar residual, branco 180, tinto 140 Vinhos doces: 360 com Botrytis, 250 sem Botrytis. Vinhos espumantes: o mesmo que os brancos.
3.10 Estabilização Tartárica
Só estabilização pelo frio; tártaro natural de viticultura biodinâmica
Tratamento a frio; Tártaro natural de viticultura biodinâmica ou biológica, bitartarato de potássio.
3.11 Agentes de colagem
Biológico
agentes de colagem bio,
derivados de animais, proibidos
Clara de ovo proveniente de ovos Demeter, leite e produtos lácteos Demeter. Não havendo, então Bio. Caseína, proteínas de ervilha, batata ou de trigo bio, se disponível
Não biológico
Bentonite
Bentonite (testes para despistagem de dioxinas e arsénico podem ser pedidos), carvão ativado, arejamento, oxigénio incluindo micro OX. Este só é permitido para prevenir a redução nas primeiras fases.
3.12
Filtragem
Biológica Materiais permitidos não definidos
Celulose, têxteis (sem cloro) polipropileno
Não biológica Bentonite Terra de diatomáceas
Terra de diatomáceas, bentonite (testes para deteção de dioxinas e arsénico podem ser pedidos), perlite. É permitida centrifugação.
3.13 Regulação de acidez
Não permitida Bicarbonato de potássio KHCO3, Carbonato de Cálcio CaCO3, ácido tartárico (E334), permitidos. Adição limitada a 1,5 g/l
3.14 Carvalho Barris de carvalho são permitidos para envelhecimento do vinho.
3.14.1 Vinho Retsina Resina de pinheiro natural, sem outros aditivos ou ajudas, pode ser utilizada na produção de vinho grego tradicional Retsina
3.15 Ajudas no
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engarrafamento
CO2, N2
3.16 Garrafas
Vidro, outros materiais não porosos como, por exemplo, barro, pedra, grés, ou porcelana, sem revestimentos interiores
3.16.1 Rolhas
Vidro, cortiça, cápsula de enroscar (screw top), cápsulas plásticas de topo.
3.16.2 Cápsulas
Aço Inox, cápsulas plásticas ou de estanho, laca ou cera.
3.16.3 Declaração
3.17 Limpeza e desinfeção
Tem que indicar país de origem
Instalações e equipamento
Água, vapor de água, enxofre, sabão, soda cáustica, ozono, ácido paracético, ácido acético, peróxido de hidrogénio, ácido cítrico seguido de lavagem abundante com água potável.
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SECÇÃO XIII
Normas para a Certificação de Cerveja Demeter
ÍNDICE
1. Abrangência 2. Ingredientes, Aditivos e Auxiliares
2.1 Cereais para Fermentação 2.2 Lúpulo 2.3 Leveduras e Bactérias Lácteas 2.4 Água 2.4.1 Melhoria da Qualidade da Água 2.5 Auxiliares de Transformação 2.6 Aditivos
3. Métodos 3.1 Procedimentos 3.1.1 Malting 3.1.2 O Processo de Fabrico de Cerveja 3.1.3 Conservantes 3.2 Procedimentos Proibidos
4. Embalagens 5. Limpeza das Instalações 6. Controlo de Pestes 7. Rotulagem
1. Abrangência
Estas Normas aplicam-se à produção de cerveja que será rotulada com a marca DEMETER.
2. Ingredientes, Aditivos e Auxiliares
Os únicos ingredientes permitidos são: lúpulo, malte e água. Todos eles têm de cumprir estas Normas. O uso de auxiliares está limitado àqueles descritos nestas Normas. Em particular, organismos geneticamente modificados ou seus derivados não podem ser usados (ver EC nº 834/2007 e EC nº 889/2008). O fabricante deve-se assegurar que tais materiais não fazem parte dos produtos produzidos segundo estas Normas, seja diretamente (como ingredientes, aditivos ou auxiliares de transformação) seja indiretamente (como produtos pré preparados). Radiação ionizante não pode ser usada nos ingredientes, auxiliares e aditivos. Radiação ionizante e micro-ondas são proibidos em todas as fases da produção. 2.1 Cereais para Transformação
Só podem ser usados cereais Demeter no fabrico de cerveja Demeter.
2.2 Lúpulo
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Flores naturais não transformadas de lúpulo têm de ser aromatizadas. Lúpulo tipo 90 peletizado pode ser usado mas lúpulo tipo 45 peletizado e extratos de lúpulo são proibidos. Deve-se usar lúpulo certificado Demeter, se disponível. Se não estiver disponível, pode-se usar lúpulo certificado BIO após autorização da respetiva organização. Lúpulo convencional não é permitido.
2.3 Leveduras e Bactérias Lácteas
Pode-se importar leveduras BIO ou obtê-las de fabricantes de cerveja BIO. Leveduras convencionais podem ser usadas somente se levedura com características semelhantes não estiver disponível em qualidade certificada BIO e se houver prova escrita de que não contêm OGMs sob qualquer forma. Só se pode usar levedura fresca, viva, sem aditivos. A levedura deve ser criada e multiplicada na própria fábrica na condição de que provem somente de matérias-primas Demeter ou, se não disponível, de matérias-primas certificadas BIO. A levedura pode ser lavada mas somente em água com qualidade própria para o fabrico de cerveja. Bactérias lácteas podem ser usadas na fermentação láctea na produção de cervejas especializadas Demeter.
2.4 Água
A água usada no fabrico de cerveja e outros processos relacionados, deve ser captada do solo com o menor nível possível de poluentes. A água deve ser, pelo menos, potável e ter um teor de nitratos inferior a 25 mg/litro. 2.4.1 Melhoramento da Qualidade da Água
Processos de melhoramento da qualidade da água tais como os que são autorizados em água mineral para consumo humano também são permitidos. Remoção de ferro e manganês por arejamento é permitido. Teores de cálcio elevados podem ser reduzidos com adição de carbonato de sódio. A água não pode ser alterada com os seguintes processos: filtragem com carvão ativado, trocas de iões, esterilização de água suja, particularmente por radiação UV, ozono, hipoclorito, dióxido de cloro.
2.5 Auxiliares de Transformação
São autorizados os seguintes: Materiais têxteis para filtros (ex: algodão), membranas (sem PVC, PVPP, asbestos e
bentonite)
Terra de diatomáceas
Carbonato de sódio para amaciar a água
Gesso próprio para o fabrico de cerveja
Dióxido de Carbono de fermentação e CO2 são autorizados somente para temperar os
barris e N2 para enchimento
2.6 Aditivos
Não são permitidos, no fabrico de cerveja Demeter, aditivos alimentares, aromas, minerais, oligoelementos e vitaminas.
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3. Fabrico
A cerveja Demeter deve ser produzida com métodos tradicionais apropriados à vida. Por isso, na produção devem-se usar, de preferência, métodos naturais como, por exemplo, regulação da acidez com bactérias lácteas em vez de adição de um ácido. 3.1 Métodos
3.1.1 “Malting”
Na produção de cerveja Demeter deve-se usar cereais limpos, certificados Demeter. Os cereais devem ser lavados com água em contentores próprios e postos a germinar nos tabuleiros de “malting” ou de germinação. A água deve ter a qualidade requerida para a produção de cerveja. O malte não pode ser tratado com enxofre. Na secagem só se pode usar calor indireto para reduzir o risco de desenvolvimento de aminoácidos.
3.1.2 O Processo de Fabrico
Ao aquecer o “wort” não se podem reutilizar as borras de lúpulo. Não são permitidos processos de acelerar o processo de cozedura no “wort”, em especial, o uso de preparados de ácido silícico para acelerar a isomerização dos constituintes do lúpulo. É permitido o uso de resíduos de cerveja como acidificantes naturais. A remoção de álcool da cerveja ainda não foi regulamentada. Cervejas “light” especiais devem ser produzidas com tipos de leveduras que naturalmente produzam menos álcool. Fermentação acelerada por pressão ou agitação não é permitido. Também não são permitidos os métodos de maturação acelerados tais como aquecimento no armazenamento. São proibidos auxiliares de clarificação, em especial, aparas de madeira, rachar orgânico impregnando com pez e alumínio. O processo Nathan (fermentação e maturação no mesmo depósito cónico) é permitido. A cerveja madura pode ser filtrada com os materiais listados nestas Normas na secção de Auxiliares de Transformação. Os materiais para filtros devem ser escolhidos de tal maneira que materiais de uma fonte não regenerativa sejam evitados tanto quanto possível. Não é permitido a correção de defeitos visuais ou de sabor, por exemplo, removendo sabores com ácido carbónico ou usando filtros de carvão ativado ou alteração da cor com corantes.
3.1.3 Conservantes
A limpeza durante a produção é o melhor ponto de partida para a vida na prateleira do produto (ver secção 8.6 das Normas de Transformação para o uso das marcas Demeter, Biodinâmico® ou outras relacionadas). É proibido usar produtos para aumentar a vida do produto na prateleira, como, por exemplo, preparados de ácido silícico, bentonite, PVPP, etc. Enchimento das garrafas a quente e filtração de desinfeção para matar micro-organismos não é permitido pois diminui o sabor e atuam como conservantes. Aquecimento relâmpago com subsequente arrefecimento rápido é permitido. Cervejas com elevados teores de açúcar residual podem ser pasteurizadas. É proibido a desinfeção de garrafas com sulfitos e o tratamento das cápsulas com formaldeído.
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Em caso de segunda fermentação na garrafa, é permitido a adição de açúcar se este não exceder 2,5 g /litro de cerveja e o açúcar esteja certificado Demeter (ou BIO se indisponível).
3.2 Procedimentos Proibidos
Melhoria da água usando filtros de carvão ativado ou troca de iões
Desinfeção da água com radiação UV, ozono, hipoclorito ou dióxido de cloro
Secar com calor direto
Tratar o lúpulo e o malte com enxofre
O reuso das borras do lúpulo e do bolo de leveduras ou aceleração artificial da produção
do “wort”, por exemplo, usando preparados de ácido silícico
Processos de fermentação rápida e maturação acelerada, por exemplo, aquecendo no
armazenamento
Estabilização da proteína com bentonite, preparados de sílica, PVPP
Desinfeção por pasteurização e enchimento das garrafas a quente
Métodos de redução artificial do teor de álcool
Métodos para correção do sabor
Melhoramento visual com corantes
Determinação do nível de enchimento com radioatividade
4. Embalagens
Os princípios de embalamento estão regulados na secção 6 “Embalagens e seus Materiais” nas Normas de Transformação para o uso das marcas Demeter, Biodinâmico® e outras relacionadas. Os materiais de embalamento devem ser escolhidos tendo em conta a manutenção da qualidade do produto e a minimização do impacto ambiental. As cervejas têm de ser embaladas exclusivamente em garrafas de vidro ou barris de aço inox ou madeira. Latas são proibidas. Os rótulos devem ser escritos com tintas sem metais pesados ou com níveis muito baixos. Cobrir as garrafas com papel prateado é proibido. Na compra de caixas de cervejas novas, estas devem ser feitas de materiais amigos do ambiente (polietileno de baixa densidade com baixos teores de metais pesados). As cápsulas das garrafas não devem ter componentes com PVC.
5. Limpeza das Instalações
Este regulamento encontra-se na secção 8.6 das Normas de Transformação para o uso das marcas Demeter, Biodinâmico® e outras relacionadas. É obrigatória limpeza regular e profunda. Este é o melhor pré requisito para se ter um produto com vida longa. Devem-se usar métodos e materiais amigos do ambiente. Limpeza com ácidos ou alcalinos não é permitido. Como regra, a unidade de enchimento deve ser lavada com água e pressão em vez de ser esterilizada com desinfetantes. Se necessário, pode-se usar peróxido de hidrogénio (H2O2) ou ácido paraciético.
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6. Controlo de Pestes
As instalações e os produtores devem cumprir a secção 8 das Normas de Rotulagem Demeter.
7. Rotulagem
Igualmente, deve-se cumprir as Normas de Rotulagem Demeter.
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SECÇÃO XIV
NORMAS de CERTIFICAÇÃO de CIDRA, VINHOS de FRUTA e VINAGRE DEMETER
ÍNDICE 1 Abrangência 2 Ingredientes
2.1 Ingredientes de origem agrícola 2.2 Ingredientes de origem não agrícola 2.3 Outros ingredientes, aditivos e auxiliares
3 Métodos de Transformação 3.1 Transformação de matérias-primas
3.1.1 Preparados de fruta 3.1.2 Prensa 3.1.3 Fermentação 3.1.4 Armazenagem
4 Embalamento 4.1 Princípios 4.2 Materiais de embalamento 4.3 Rolhas
5 Limpeza de instalações 5.1 Procedimentos
6 Ingredientes e processos não autorizados
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1. Abrangência
Estas normas definem a produção de cidra, vinhos de fruta e vinagre Demeter. São permitidos métodos tradicionais e rápidos.
2. Ingredientes
2.1 Ingredientes de origem agrícola
Matérias-primas para a produção de vinhos de fruta (ex: maçãs para cidra) devem ser de origem Demeter, facilmente rastreáveis e identificáveis. Matérias-primas para a produção de vinagre incluem fruta Demeter, vegetais, cereais, vinho e cerveja. Álcool Demeter é permitido como ingrediente e aromatizantes como, por exemplo, ervas e especiarias também devem ser de origem Demeter. 2.2 Ingredientes de origem não agrícola
Os vinhos de fruta são feitos usando leveduras endógenas. Só podem ser usadas leveduras Demeter, biológicas certificadas ou, em caso d não haver, leveduras comerciais. A compra de todas estas leveduras tem de estar documentado como livres de OGMs. Os vinagres podem ser feitos usando culturas de arranque. 2.3 Outros ingredientes, aditivos e auxiliares
Meta bissulfito (E224), SO2 (E220)
Açúcar Demeter ou biológico certificado no caso de sua falta, até a um máximo de 10%.
3. Métodos de Transformação
3.1 Transformação de matérias-primas
3.1.1 A fruta tem de ser limpa em água potável e esmagada
3.1.2 A fruta tem de ser esmagada num processo suave. Forças centrífugas não são
permitidas.
3.1.3 A fermentação deve ser feita em tanques de aço inox, madeira ou barris de polietileno.
3.1.4 O armazenamento do produto final deve ser feito em contentores bem identificados
que não influenciem a qualidade do conteúdo.
4. Embalamento
4.1 Os princípios de embalamento estão registados na secção 6 – “Embalagens e seus materiais”
das Normas de Transformação de Produtos Demeter.
4.2 São permitidos os seguintes:
Garrafas de vidro
Barris (madeira, cerâmica, aço inox)
Não são permitidos contentores em plástico nem em alumínio 4.3 As rolhas não podem conter elementos com PVC.
5. Limpeza de Instalações
5.1 É obrigatório a limpeza regular e completa. Este é o melhor pré-requisito para uma longa
duração do produto. Como regra geral, o equipamento de engarrafar deve ser limpo com água
e pressão em vez de esterilizado com um desinfetante. Os materiais de limpeza estão listados
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em 8.6 e o seu uso deve estar documentado. Após o uso de qualquer produto, o equipamento
deve ser enxaguado com água potável.
6. Ingredientes e Métodos não autorizados
Procedimentos para redução do teor de álcool
Procedimentos para correção do sabor
Melhoria visual com corantes
Determinação do nível de conteúdo com radioatividade
Não de pode produzir essências de vinagre
Não é permitido a adição de corante de caramelo nem ácido sulfúrico ao vinagre, nem o uso
de E 536 (hexacianoferrato de potássio)
É proibido o uso de métodos de produção de vinagre sintético.
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SECÇÃO XV
NORMAS DEMETER de PRODUÇÃO DE ALCOOL PARA TRANSFORMAÇÃO POSTERIOR
e para BEBIDAS ESPIRITUOSAS PARA CONSUMO HUMANO
ÍNDICE
1. Abrangência
2. Rotulagem
3. Ingredientes
3.1 Ingredientes de origem agrícola
3.2 Ingredientes de origem não agrícola
3.3 Outros ingredientes, aditivos e agentes de transformação
4. Métodos de Transformação
4.1 Transformação da Matéria-Prima
4.1.1 Contentores de limpeza
4.1.2 Malting
4.1.3 Diluição do mosto
4.1.4 Fermentação
4.1.5 Reutilização das leveduras
4.1.6 Destilação
4.1.7 Produtos intermediários
4.1.8 Aromatizantes
4.1.9 Armazenamento do produto
4.1.10 Engarrafamento
4.2 Protocolo de purga e de lavagem
4.3 Ingredientes e processos não permitidos
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1. Abrangência
Estas normas definem a produção de álcool Demeter usado como ingrediente em outros produtos Demeter tal como tinturas na produção de bebidas alcoólicas e espirituosas. Outras bebidas alcoólicas têm normas publicadas na secção apropriada das Normas de Transformação (Normas de Vinificação, Normas para Produção de Cerveja e Normas para Produção de vinhos de frutos).
2. Rotulagem
A rotulagem de álcool Demeter e de produtos usando álcool Demeter como ingrediente está definida nas Normas de Rotulagem da Demeter International (ver secção 4.5.2)
3. Ingredientes
3.1 Ingredientes de origem agrícola
A matéria-prima para destilação tem de ser de qualidade Demeter (certificada), por exemplo, cereais, sumos de fruta e vegetais, que devem ser totalmente rastreáveis e identificáveis. Se forem utilizados melaços ou fruta clara de açúcar de cana ou de açúcar de beterraba, a cana ou beterraba tem de ter sido produzida de acordo com a secção IX das Normas de Transformação. Concentrados de sumos de fruta, de acordo com a secção I das mesmas normas. Matérias-primas importadas devem ser guardadas em contentores limpos para esse efeito e claramente rotulados. Tem de existir um protocolo de separação para evitar contaminações.
3.2 Ingredientes de origem não agrícola Leveduras para transformação e agentes de transformação têm de estar livres de OGMs. Outros ingredientes, aditivos e agentes de transformação têm de ser aprovados pela respectiva organização e não podem, em qualquer dos casos, exceder 1% , em peso, do mosto; por exemplo, reguladores de acidez (ácidos tânico e cal), nutrientes de leveduras, enzimas e ácido cítrico.
4 Métodos de Transformação
4.1 Transformação da Matéria-Prima
4.1.1 Contentores de limpeza
Antes de iniciar o processo, todos os contentores e depósitos devem ser limpos e os tubos devem ser purgados (ver secção 4.2)
4.1.2 Malting
Cereais usados para malting devem ser lavados com água nos seus depósitos e postos a germinar nos tabuleiros de fermentação. A água tem de ter a qualidade apropriada ao processo. O malte não pode ser tratado com enxofre. Para secagem só pode ser usado calor indireto para reduzir o perigo de criar amino ácidos.
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4.1.3 Diluição do Mosto
A matéria-prima (grãos moídos, melaços ou açúcar contendo sumos) pode ser diluída com água potável.
4.1.4 Fermentação
A fermentação será feita em ambiente anaeróbico para produção de álcool. 4.1.5 Reutilização de Leveduras
As leveduras podem ser reutilizadas após serem centrifugadas a partir do mosto e lavadas. A levedura centrifugada pode conter mosto certificado biológico se recuperada de produção biológica certificada. O mosto certificado biológico não pode exceder 5% do volume total do fermento Demeter. Leveduras contendo mosto convencional não podem ser utilizadas.
4.1.6 Destilação
Destilação por vapor fracionada produz álcool etílico até 96%. As bebidas espirituosas têm normalmente entre 40% a 70% de teor alcoólico. Isto pode ocorrer em etapas.
4.1.7 Produtos Intermediários
Quando se produzem produtos de destilação intermediários, estes podem ser guardados em recipientes apropriados, limpos e claramente rotulados.
4.1.8 Aromatizantes
Bebidas alcoólicas para consumo humano podem ser aromatizadas usando ingredientes certificados Demeter. Qualquer outro ingrediente só pode ser usado após aprovação da respetiva organização.
4.1.9 Armazenamento do Produto
Etanol a 96% para uso em alimentos como ingrediente tem de ser guardado em depósitos de aço inox ou vidro. Se para uso como ingrediente em produtos não alimentares, então pode ser guardado em recipientes de plástico. Para bebidas alcoólicas, podem ser usados barris de madeira para armazenamento e maturação. Recipientes de plástico não são permitidos.
4.1.10 Engarrafamento
Somente vidro pode ser usado. Qualquer filtragem feita usando agentes de transformação, somente como descrito em 5.4. Rolhas somente de cortiça ou screw top. Cápsulas de estanho.
4.2 Protocolo de separação, de purga e de lavagem
Ver na parte A das Normas de Transformação, as secções 3.1 e 3.2 de garantias de qualidade.
5. Ingredientes e processos não permitidos
O álcool Demeter só pode ser obtido a partir de produtos alimentares ou subprodutos alimentares (madeira, produtos apodrecidos, etc. estão excluídos).
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SECÇÃO XVI
NORMAS de CERTIFICAÇÃO de TÉXTEIS de FIBRAS DEMETER
ÍNDICE
1 Generalidades 2 Matérias-Primas 3 Colheita 4 Transformação 5 Rotulagem 6 Guia IVN (International Natural Textiles Association) – Best – 5.0, Setembro 2012
1. Generalidades
Matérias-primas para têxteis são produtos agrícolas nos quais foram aplicados todos os princípios de produção biodinâmica. Esta produção de têxteis difere da produção de alimentos na medida em que é sempre necessário transformação. Assim como a transformação de alimentos pode degradar a qualidade biodinâmica, também a transformação de têxteis pode afetar negativamente a qualidade das fibras biodinâmicas. A transformação de têxteis usa sempre grande quantidade de químicos. Estes podem conduzir a prejuízos ambientais assim como contaminação do produto final. A exclusão, na produção, de produtos tóxicos específicos está regulamentada nas Normas de Produção. Na Transformação, este aspeto está regulamentado pelas Normas da Associação Internacional de Têxteis Naturais (IVN) as quais foram escolhidas como as que melhor se coadunam com a transformação de fibras Demeter. Os produtos Demeter cumprem sempre os requisitos mínimos dos produtos têxteis biológicos.
2. Matérias-Primas
Todas as fibras certificadas Demeter (lã, algodão, linho, etc.) podem ser usadas em têxteis Demeter. Fibras certificadas em explorações em conversão para Demeter são aceites desde que a sua percentagem no têxtil não exceda um terço do produto final. São permitidas misturas contendo fibras provenientes de explorações certificadas Demeter. Se seda ou outra fibra natural Demeter não estiver disponível, é permitido a mistura com fibras biológicas. A rotulagem Demeter desses produtos contendo misturas de fibras tem de conter um mínimo de 66% de fibras Demeter em peso.
3. Colheita
O algodão deve ser colhido à mão. Colheita mecânica só é permitida se estiver excluído o uso de químicos. As fibras animais têm de ser tosquiadas ou penteadas. Adicionalmente devem ser feitos controlos pontuais de uma maneira sistemática para verificação da não contaminação das matérias-primas.