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NORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E INTEGRIDADE 10.111 Sistema Institucional SUCOR/GECOI

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NORMA DE GOVERNANÇACORPORATIVA E INTEGRIDADE

10.111

Sistema Institucional

SUCOR/GECOI

NORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E INTEGRIDADE – 10.111

SUMÁRIO

CAPÍTULO I - GENERALIDADES ..................................................................................................2

CAPÍTULO II - COMPONENTES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA..........................................3

I - Principiologia.............................................................................................................................3

II - Relacionamento com a União....................................................................................................3

III - Acesso a Informações Empresariais.........................................................................................4

IV - Relações com as Partes Interessadas......................................................................................5

V - Transparência e Divulgação......................................................................................................8

VI - Responsabilidade dos Conselhos.............................................................................................9

VII - Diretoria Colegiada..................................................................................................................12

VIII - Auditoria Interna......................................................................................................................14

IX - Auditoria Independente...........................................................................................................16

X - Controles Administrativos........................................................................................................16

XI - Conformidade (Compliance)....................................................................................................19

CAPÍTULO III - PROCEDIMENTOS DE GOVERNANÇA................................................................20

I - Gestão de Riscos....................................................................................................................20

II - Procedimentos para Aperfeiçoamento e Controle de Integridade............................................20

III - Gestão do Conhecimento........................................................................................................22

IV - Governança de Tecnologia da Informação..............................................................................22

CAPÍTULO IV - FLUXO DO PROCESSO.........................................................................................23

CAPÍTULO V - DISPOSIÇÕES GERAIS.........................................................................................24

I - Comitê Permanente de Governança Corporativa ...................................................................24

II - Definições................................................................................................................................24

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NORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E INTEGRIDADE – 10.111

CAPÍTULO I

GENERALIDADES

1 - Área Gestora desta Norma: Presidência da Conab (Presi).

1.1 - Áreas Corresponsáveis: Os itens referentes à Auditoria Interna não poderão ser alterados peloGestor desta Norma sem a anuência da mesma (Cap. I: 1.1; 6; Cap. II: sub. II, 4; III, 6; IV, 9; V,5, c; 7; 8; VI, 17; VIII (completo); X, 7; 10).

2 - Publicidade da Norma: Público.

3 - Finalidade – A presente Norma estabelece diretrizes, orienta, consolida, disciplina e divulga ospreceitos voltados às melhores práticas de Governança Corporativa.

4 - Objetivos – Esta Norma tem como objetivos servir de suporte para:

a) orientar nas questões que podem influenciar significativamente a relação entre gestores,conselheiros, auditores e demais agentes envolvidos;

b) garantir maior responsabilidade e autonomia às unidades organizacionais encarregadas deassegurar a integridade corporativa;

c) promover acesso à informação, à transparência e ao controle social;

d) fomentar a promoção e a gestão da ética corporativa;

e) enfatizar a importância da delegação de poderes e da clara definição de responsabilidades;criar e fortalecer controles internos administrativos sobre os processos de trabalho e astransações;

f) promover a conformidade normativa na gestão (Compliance).

5 - Aplicação: Os procedimentos estabelecidos nesta Norma aplicam-se a todos os empregados daConab, no limite das respectivas competências nela estabelecidas.

6 - Competência: Compete à Presi gerir esta Norma, porém, os itens referentes à Auditoria Internaficarão sob a responsabilidade da mesma. As práticas de Governança Corporativa sãoresponsabilidades de todos da Conab.

7 - Alterações da Norma: Norma nova.

8 - Documento que aprova a Norma: Resolução Colegiada n.º 010, de 2.12.2014.

9 - Vigência da Norma: Publicada em 3.12.2014.

10 - Fontes normativas: Resolução CGPAR n.º 02 de 31.12.2010, Decreto n.º 6.021 de 22.01.2007,Lei n.º 12.813 de 16.05.2013 (Lei de Conflito de Interesses), Lei n.º 12.527 (Lei de Acesso aInformação), de 18.11.2011.

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CAPÍTULO II

COMPONENTES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA

I - Principiologia

1 - A atuação da Conab será pautada pela legislação aplicável e pelas normas e orientações doMinistério Supervisor ou de órgãos sistêmicos do Poder Executivo Federal.

2 - Serão empreendidos esforços para simplificar e desburocratizar as práticas operacionais e osformatos legais e regulamentares sob os quais a Conab opera, sob a égide da descentralizaçãoe da delegação de competência.

3 - O corpo dirigente e os empregados da Conab respeitarão aos princípios constitucionais dalegalidade, impessoalidade, moralidade administrativa, publicidade e eficiência, e aos seguintespreceitos:

a) programação e coordenação de suas atividades, em todos os níveis administrativos;

b) desconcentração da autoridade executiva como forma de assegurar maior eficiência eagilidade às atividades-fim, com descentralização e simplificação de serviços e operações;

c) racionalização dos gastos administrativos; simplificação de sua estrutura, evitando oexcesso de níveis hierárquicos;

d) incentivo ao aumento de produtividade, qualidade e da eficiência dos serviços; aplicação deregras de governança corporativa e dos princípios de responsabilidade social empresarial;

e) administração de negócios direcionada pelo gerenciamento de risco e pela éticacorporativa.

4 - A Diretoria Colegiada da Conab adotará sistemas adequados de informação e de comunicaçãoorganizacional que facilitem o processo de gestão e de controles internos administrativos, e demecanismos de comunicação informativa que facilitem o exercício do controle social sobre aCompanhia.

5 - Em atenção ao princípio constitucional da eficiência, os Conselhos de Administração e Fiscalzelarão para que a Conab disponha de um processo de planejamento institucional permanentecapaz e suficiente para organizar, sistematicamente, as estratégias, as ações, os prazos e osrecursos financeiros, humanos e materiais, além de definir os resultados a alcançar, a fim deminimizar a possibilidade de desperdício de recursos públicos e de prejuízo ao cumprimento dosobjetivos institucionais.

6 - No estabelecimento de metas organizacionais, serão levadas em consideração as conhecidasrealidades regionais para a consecução das atividades finalísticas da Conab, evitando-se,assim, o estabelecimento de metas inatingíveis.

II - Relacionamento com a União

1 - A Conab prestará informações ao Ministério Supervisor, aos órgãos de controle interno eexterno, à instância governamental coordenadora das empresas estatais e à sociedade, demaneira transparente e responsável, com níveis necessários de profissionalismo e detecnicidade, respeitada a reserva da administração.

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Continuação Capítulo II

2 - Em face do princípio da reserva da administração, a Diretoria Colegiada da Conab se constituiem núcleo executivo de gestão adverso à indébita intervenção externa no cotidiano da gestão,sendo-lhe garantida autonomia operacional para atingir missão e visão da Companhia num agiradministrativo racional e ponderativo.

3 - O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal da Conab, como máximas instâncias desupervisão na Companhia, conservarão sua independência, sem embargos à harmônica e àrespeitosa atuação destes colegiados.

4 - A Auditoria Interna da Conab se vincula ao Conselho de Administração, sendo-lhe facultado terrelacionamento com órgãos externos, com os quais serão mantidos diálogos contínuos no intuitode agregar valor à gestão da Conab.

5 - Serão prestadas contas na forma estipulada pelos órgãos competentes.

6 - No tratamento de interferências e em prol da autonomia operacional, a Conab não permitiráindébita invasão de competência por parte de agentes representantes de instituições externasde auditoria, correição ou fiscalização, relativamente a legítimos atos de gestão, salvo quandodiante de ilegalidade, de omissão da Conab no cumprimento de normas jurídicas pertinentes ouna forma da lei.

7 - Os processos de nomeação dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscalda Conab serão estruturados e transparentes, sob orientações normativas do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão e do Ministério da Fazenda, respectivamente.

8 - Relatórios oriundos de sistema de informações gerenciais permitirão monitoramento e avaliaçãoperiódica do desempenho da Conab.

III - Acesso a Informações Empresariais

1 - A Conab observará a transparência para com qualquer cidadão(ã) brasileiro(a), mediante políticade comunicação ativa, sem embargos ao cumprimento de obrigações de natureza legal.

2 - Buscar-se-á transparência nas decisões fundamentais da Conab. Internet e outras tecnologias,inclusive redes sociais, devem ser exploradas para buscar rapidez e larga difusão deinformações úteis à sociedade, principalmente para o agronegócio e para a agricultura familiar.

3 - Os gestores da Conab buscarão a clareza e a objetividade das informações, por meio delinguagem acessível ao público-alvo.

4 - A divulgação da informação deverá ser completa, objetiva, tempestiva e igualitária, para que atransparência possa fornecer à sociedade informações necessárias para fiscalizar e avaliar oprocesso de tomada de decisões e de execução de políticas públicas, numa salutar dinâmica departicipação social.

5 - O direito fundamental de acesso à informação está aliado às seguintes características:

a) observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;

b) divulgação ativa de informações de interesse público, independentemente de solicitação(portais de transparência);

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Continuação Capítulo II

c) utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;

d) fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência em todas as unidadesorganizacionais.

6 - Garantir-se-á acesso ao resultado final de inspeções, auditorias (exceto aquelas de cunhoextraordinário, realizadas para atender solicitação expressa de autoridade competente),prestações e tomadas de contas realizadas, após o exercício do contraditório e da ampla defesado(s) implicado(s), incluindo aquelas relativas a exercícios anteriores e resguardados, nacondição de secretos, os papéis de trabalho de auditoria e a avaliação de riscos para fins deplanejamento anual dos trabalhos de auditoria interna; não se confundindo, esse último, com agestão de riscos a que se refere a ABNT NBR ISO 31000.

7 - Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridadecompetente, na Conab, a imediata abertura de ivestigação ordinária para apurar odesaparecimento da respectiva documentação, se for o caso.

8 - O serviço de informação ao cidadão é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução dedocumentos pela Conab, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valornecessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados, nos termosindicados em normativo interno.

9 - Estará isento de ressarcir os custos previstos anteriormente aquele cuja situação econômica nãolhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, mediante declaração nostermos da Lei.

IV - Relações com as Partes Interessadas

1 - Serão divulgadas informações sobre as relações com as partes interessadas no processodecisório da Conab, conferindo-se transparência às agendas de trabalho dos membros daDiretoria Colegiada.

2 - A busca de objetivos de políticas públicas e as relações com as partes interessadas serão objetode relato em ata contendo memória da reunião respectiva.

3 - O Conselho de Administração da Conab zelará pelo desenvolvimento, pela implementação epela comunicação de programas de promoção e de gestão da ética corporativa na Companhia.

4 - A participação do(a) empregado(a) público(a) na Comissão de Ética e Comissão de AssédioMoral, em comissão apuratória disciplinar ou em comissão processante de tomada de contasespecial é considerada prestação de relevante serviço público e não enseja qualquerremuneração adicional, devendo ser objeto de registro na pasta funcional do respectivoprofissional da empresa; sem embargos a que venha a conferir-se, a referida participação, empontuação positiva em processo de avaliação de desempenho do corpo funcional da Conab.

5 - Não poderão ser indicadas pessoas físicas para compor os Conselhos de Administração e Fiscalda Conab ou a Diretoria Colegiada que, salvo prévia dispensa do corpo dirigente de entidadeprivada que mantenha relacionamento mercantil com a empresa, tenham ocupado cargos emsociedades concorrentes da Conab, no mercado, nos últimos 12 (doze) meses, no intuito deevitar-se situações de conflito de interesses.

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Continuação Capítulo II

6 - Considera-se conflito de interesses, a situação gerada pelo confronto entre interesses públicos eprivados, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, odesempenho da função pública.

7 - Considerar-se-á, como conflito de interesses na Conab, entre outras situações:

a) divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de terceiro, obtidaem razão das atividades exercidas;

b) exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação denegócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão do agente público oude colegiado do qual esse participe;

c) exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatívelcom as atribuições do emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividadedesenvolvida em áreas ou matérias correlatas;

d) atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário deinteresses privados junto à Conab ou a órgãos ou entidades da Administração Públicadireta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios;

e) praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público,seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral,até o segundo grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão;

f) receber presente de quem tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiadodo qual esse participe, fora dos limites e condições estabelecidos em regulamento ou pelaComissão de Ética Pública;

g) prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizadaou regulada pelo ente ao qual o agente público está vinculado.

8 - Além disso, considerar-se-á como situação de conflito de interesses, após o exercício de cargoou emprego no âmbito da Conab:

a) a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de informação privilegiada obtida em razão dasatividades exercidas;

b) no período de seis meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, demissãoou aposentadoria, salvo quando expressamente autorizado, conforme o caso, pelaComissão de Ética Pública ou pela Comissão de Ética da Conab:

b.1) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica comquem tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ouemprego;

b.2) aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional compessoa física ou jurídica que desempenhe atividade relacionada à área de competência docargo ou emprego ocupado;

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Continuação Capítulo II

b.3) celebrar, com órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, contratos de serviço,consultoria, assistência técnica ou assessoramento, vinculados, ainda que indiretamente,ao órgão ou entidade em que tenha ocupado o cargo ou emprego;

b.4) intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante órgão ou entidadeem que haja ocupado cargo ou emprego ou com o qual tenha estabelecido relacionamentorelevante em razão do exercício do cargo ou emprego.

9 - As situações que configuram conflito de interesses se aplicam aos dirigentes e empregados daConab, ainda que em gozo de licença ou em período de afastamento e serão passíveis deenquadramento como infração punível na esfera correcional, sem prejuízo de consectário nosâmbitos cível, e criminal ou perante a Auditoria Interna, Controladoria Geral da União e Tribunalde Contas da União.

10 - Veda-se a participação direta de qualquer dirigente ou empregado como beneficiário deoperações da Conab ou em transferências voluntárias da União, bem como do respectivocônjuge ou companheiro e parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau,sob pena de demissão, respeitados o contraditório e a ampla defesa.

11 - Em termos de conflito de interesses, submetem-se ao disposto nesta Norma, os integrantes daDiretoria Colegiada da Conab, sem prejuízo das competências da Comissão de Ética Pública, osquais devem agir de modo a prevenir ou a impedir possível conflito de interesses e a resguardarinformação privilegiada, considerada como aquela relevante ao processo de decisão no âmbitoda Companhia que tenha repercussão econômica ou financeira e que não seja de amploconhecimento público.

12 - Quando a matéria do processo administrativo envolver assunto de interesse geral ou derelevante interesse público, a Conab realizará audiências ou consultas públicas, antes dedecisão executiva, como forma de incentivo à participação popular ou a outras formas dedivulgação, precedidas de ampla divulgação nos campos de atuação da Companhia. A aberturada consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicasou jurídicas possam examinar os autos respectivos.

13 - A Conab observará as seguintes diretrizes nas relações institucionais e com o(a) cidadão(ã):

a) presunção da boa-fé;

b) compartilhamento de informações, nos termos da Lei;

c) atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, certidões e documentoscomprobatórios de regularidade;

d) racionalização de métodos e de procedimentos de controle primário;

e) eliminação de formalidades e exigências cujo custo econômico ou social seja superior aorisco envolvido, e nas situações que importarem sacrifício insuportável ao interesse públicoprimário a ser atendido pela Conab;

f) aplicação de soluções tecnológicas que visem simplificar processos e procedimentos deatendimento ao público e a propiciar melhores condições para o compartilhamento dasinformações de interesse social;

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Continuação Capítulo II

g) utilização de linguagem simples e compreensível e simplificação de serviços públicosprestados ao cidadão na Companhia.

14 - A Conab não abdicará de seu direito à decisão, não podendo órgãos externos decontrole/fiscalização ou de supervisão substituí-la naquilo que é ínsito ao princípio constitucionalda reserva da administração, determinando-lhe a adoção de medidas, salvo quando verificar aocorrência de ilegalidade ou de omissão da empresa no cumprimento de normas jurídicaspertinentes.

15 - A Conab sujeitar-se-á à supervisão ministerial, a qual será exercida por meio da orientação, dacoordenação e do controle das atividades da Companhia, tendo apoio técnico dos órgãoscentrais sistêmicos do Poder Executivo Federal.

16 - A supervisão ministerial buscará: a realização dos objetivos fixados nos atos constitutivos daConab; harmonia com a política e a programação setorial do Governo Federal; eficiência degestão; e a autonomia administrativa, operacional e financeira da empresa pública, em face doprincípio da reserva da administração.

V - Transparência e Divulgação

1 - A Conab observará elevados padrões de transparência, mediante adoção de modelo quecontemple práticas para a implementação das características de transparência e regras deavaliação sobre a implementação destas características.

2 - A Conab divulgará:

a) objetivos e realizações da empresa;

b) processo de tomada de decisão pela alta administração;

c) fatores de riscos e medidas tomadas para administrar tais riscos, segundo a ABNT NBRISO 31000;

d) aporte de recursos orçamentários da União e compromissos assumidos em nome daestatal;

e) transações com entidades públicas e privadas;

f) normativos da Companhia, inclusive aqueles com procedimentos internos, a fim defortalecer o controle social, exceto os resguardados para segurança nacional da companhiaconforme legislação vigente.

3 - A Conab disponibilizará, por meio eletrônico ou mediante serviço de acesso à informação,conteúdo de atos administrativos e respectivas motivações, sejam eles do Conselho deAdministração, da Diretoria Colegiada, do Presidente da Conab ou das Diretorias, ressalvadosapenas aqueles de natureza sigilosa, na forma da Lei.

4 - A Conab, na condição de empresa pública controlada pela União, deverá disponibilizarinformações de seus empregados e gestores em seu sítio na internet, relativamente àremuneração dos ocupantes de emprego público, incluindo auxílios, ajudas de custo, jetons equaisquer outras vantagens pecuniárias.

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Continuação Capítulo II

5 - O Relatório Anual da Conab incluirá, no mínimo:

a) mensagem de abertura, escrita pelo Presidente da Conab ou pelos membros da DiretoriaColegiada;

b) relatório da administração;

c) conjunto das demonstrações contábeis, acompanhadas do parecer da Auditoria Interna, daAuditoria Independente, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal da Conab.

5.1 - As peças do relatório adotarão cunho impessoal, sem a promoção pessoal de autoridades, eutilizarão padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.

5.2 - A preparação do Relatório Anual é de responsabilidade da Diretoria Colegiada, mas o Conselhode Administração da Conab deve aprová-lo e recomendar sua aceitação ou rejeição. ORelatório Anual deve mencionar as práticas de governança corporativa que estão sendoadotadas pela Conab ou que serão implementadas oportunamente.

6 - A página de transparência pública da Conab conterá informações sobre a execuçãoorçamentária e financeira, licitações públicas, contratos administrativos, convênios, termos decooperação, termos de parceria, despesas com passagens e diárias, além de outros conteúdosque vierem a ser estabelecidos. As informações serão apresentadas de forma simples, com autilização de recursos de navegação intuitiva, independentemente de senhas ou conhecimentosespecíficos de informática, sendo facultada, na medida das possibilidades, a extração deplanilhas eletrônicas (preferencialmente contendo tabelas dinâmicas) para facilitar o esforçoanalítico referente à prática do controle social.

7 - É do conhecimento restrito aos membros do Conselho de Administração e aos participantes dasreuniões, na qualidade de assessores, toda matéria oferecida à apreciação do colegiado emcaráter reservado e as decisões pertinentes, desde que não produzam efeitos perante terceiros.Representantes da Auditoria Interna e da Superintendência de Controladoria e Riscos da Conabse farão presentes nas reuniões do Conselho de Administração da Conab, sem direito a voto.

8 - São considerados secretos, no âmbito da Auditoria Interna da Conab, os papéis de trabalho, osresultados das análises de risco para fins de planejamento auditorial, os relatórios de auditoriasextraordinárias, de natureza incomum mediante solicitação expressa de autoridade competente,e os relatórios de auditoria, enquanto não enviados para a Controladoria-Geral da União, emrespeito à reputação dos auditados e no intuito de garantir-lhes espaço temporal para oexercício do contraditório e da ampla defesa.

VI - Responsabilidade dos Conselhos

1 - Serão indicados para os Conselhos de Administração e Fiscal da Conab e para a DiretoriaColegiada brasileiros de notório conhecimento técnico e experiência comprovada em gestãopública, idoneidade moral e reputação ilibada. Os referidos profissionais deverão,preferencialmente, ter formação acadêmica de, no mínimo, nível superior (graduação), eexperiência específica na área de atuação da Conab ou em gestão pública.

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Continuação Capítulo II

2 - Não poderão ser indicadas para funções comissionadas na Conab, assim como para osConselhos de Administração e Fiscal, pessoas físicas impedidas por lei especial ou condenadaspor crime de improbidade administrativa, falimentar, de prevaricação, pleito ou suborno,concussão, peculato contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, estelionato, oucondenada à pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos ou funçõespúblicos.

3 - Não deverão participar do Conselho de Administração da Conab ou da Diretoria Colegiadapessoas físicas que:

a) tenham causado prejuízo à Conab, inclusive por litigância de má fé, ou que lhe foremdevedoras;

b) detenham participação societária ou integrem sociedades em mora com a empresa;

c) e/ou sejam sócias, cônjuges, companheiro ou parentes em linha reta, colateral ou porafinidade, até o terceiro grau, de membro do Conselho de Administração da Conab ou daDiretoria Colegiada.

4 - Os conselheiros de administração devem exercer as atribuições que a Lei e o Estatuto Sociallhes conferem para lograr os fins e no interesse da Conab, satisfeitas as exigências do bempúblico e da função social da empresa, respeitado o princípio da reserva da administração.

5 - É natural que o Conselho de Administração da Conab aja de forma aderente às orientações doGoverno Federal, repassadas por intermédio de representantes da Pasta supervisora.

6 - Os conselhos terão autoridade, competências e objetividade necessárias para a realização desuas funções de condução estratégica e monitoramento da administração, devendo seusmembros agir com integridade e responsabilizar-se por suas ações.

7 - Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Colegiada respondem pelos danosresultantes de omissão no cumprimento de seus deveres e por atos praticados com culpa oudolo, ou com violação à Lei ou ao Estatuto Social da Conab.

8 - Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Colegiada responderãosolidariamente por todos os atos praticados pelo respectivo colegiado, salvo se posiçãoindividual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reuniãoem que tiver sido tomada a decisão sob questionamento ou tenha sido comunicado o ConselhoFiscal a respeito da divergência no processo de tomada de decisão colegiada.

9 - Faculta-se a qualquer membro do Conselho de Administração solicitar parecer da área jurídicasobre matéria em apreciação no colegiado. Para a elaboração de referido parecer será conferidocaráter prioritário para atendimento.

10 - Os membros do Conselho de Administração terão mandatos definidos e responsabilidadeprincipal pelo desempenho da Conab, agindo no melhor interesse da empresa pública federal.

11 - Quando a representação dos empregados no Conselho de Administração da Conab forestabelecida, deverão ser desenvolvidos mecanismos para garantir que essa representação sejaexercida efetivamente e contribua para o aprimoramento das competências, informações eindependência do Conselho.

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Continuação Capítulo II

12 - Os Conselheiros de Administração e Fiscal da Conab exercerão julgamentos objetivos eindependentes.

13 - Deverá ser resguardada a segregação das funções de Presidente do Conselho deAdministração e de Presidente da Conab, mesmo que interinamente, com o objetivo de impedira concentração de poder.

14 - Quando necessário, faculta-se ao Conselho de Administração formar comitê especializado paraapoiá-lo no desempenho de suas funções, particularmente no que se refere a recomendaçõesdas Auditorias interna ou externa, informes oriundos da gestão de riscos institucionais equestões afetas ao plano de cargos e salários da Conab.

15 - Os Conselhos de Administração e Fiscal da Conab avaliarão, anualmente, seu desempenho,segundo critérios previstos em normativo interno, com o objetivo de subsidiar decisãogovernamental a respeito da recondução de seus membros.

16 - É dever da Diretoria Colegiada fornecer aos membros do Conselho de Administração,independentemente de solicitação, elementos, esclarecimentos ou informações necessários aodesempenho de suas atribuições. O Conselho de Administração será apoiado por empregadosqualificados da Conab, os quais poderão reunir-se em comitês técnicos, sem direito a voto.

17 - A Auditoria Interna, vinculada ao Conselho de Administração, auxiliará o Presidente do Conselhode Administração na apuração de fatos específicos, restringindo-se os auditores internos àexecução segregada de suas atividades típicas, evitando o desvio de funções e preservandosua isenção e imparcialidade.

18 - O membro do Conselho de Administração deverá concentrar sua atuação nos direcionamentosestratégicos da Conab, não interferindo nas decisões operacionais do dia a dia da empresa. Osconselheiros não devem se envolver nas questões operacionais, permitindo que a empresatenha autonomia funcional para alcançar os objetivos estratégicos que foram definidos,observados o princípio da reserva da administração e as limitações legais ao exercício dasupervisão ministerial.

19 - O Conselho de Administração exigirá que a Conab tenha requisitos mínimos para a nomeaçãode membros da Diretoria Colegiada, principalmente quanto à ilibada reputação ético-profissional,em prol da investidura nos cargos de profissionais que atendam requisitos legais e que possuamcomprovada experiência em gestão pública concernente às respectivas áreas de designação ounomeação.

20 - O Conselho de Administração acompanhará as recomendações do Conselho Fiscal, proferidasde forma autônoma, as quais serão feitas com o objetivo de melhorar a gestão e o desempenhoda empresa, dentro dos balizadores da legalidade, da economicidade e da ética pública. O nãoacatamento de recomendações do Conselho Fiscal deverá ser motivado.

21 - Na dinâmica de trabalho do Conselho de Administração, impõe-se a manutenção otimizada deequilíbrio entre o risco assumido e a certeza da decisão tomada, respeitados o bom nome daCompanhia, a cultura organizacional e o seu corpo de profissionais, observado o princípio dalealdade à instituição Conab.

22 - O Conselheiro de Administração deverá ser imparcial e independente, não devendo terinteresses diretos ou indiretos nos negócios da Conab, preservando-se de conflitos deinteresses.

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Continuação Capítulo II

23 - Os membros do Conselho Fiscal têm os mesmos deveres dos administradores e respondempelos danos resultantes da omissiva no cumprimento de seus deveres e de atos praticados comculpa ou dolo ou com violação da lei ou do estatuto.

24 - Os membros do Conselho Fiscal deverão exercer suas funções no exclusivo interesse daConab; considerar-se-á abusivo o exercício da função com o fim de causar dano à imagem daempresa ou a seus administradores, ou de obter, para si ou para outrem, vantagem a que nãofaz jus e de que resulte, ou possa resultar, em prejuízo para a Conab, a União ou aosadministradores.

25 - O membro do Conselho Fiscal não é responsável pelos atos ilícitos de outros membros, salvo secom eles for conivente ou concorrer para a prática do ato. A responsabilidade dos membros doConselho Fiscal por omissão no cumprimento de seus deveres é solidária, mas dela se exime omembro dissidente que fizer consignar sua divergência em ata da reunião do órgão e comunicá-la aos órgãos da administração e à Controladoria Geral da União.

VII - Diretoria Colegiada

1 - Os membros da Diretoria Colegiada devem servir com lealdade à Conab e manter reserva sobreseus negócios, sendo-lhes vedado:

a) praticar ato de liberalidade à custa da Conab;

b) tomar por empréstimo recursos ou bens da Conab, ou usar seus bens, serviços ou créditoem proveito próprio, de sociedade em que tenha interesse ou de terceiros;

c) receber de terceiros qualquer vantagem pessoal, direta ou indireta, em razão do exercíciodo respectivo cargo na Conab, ou que essa tencione adquirir;

d) usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo para a Conab, oportunidadescomerciais de que tenha conhecimento em razão do exercício do cargo;

e) omitir-se no exercício ou proteção de direitos da Conab ou, visando à obtenção devantagens para si ou para outrem, deixar de aproveitar oportunidades de negócio deinteresse da Conab;

f) intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com os da Conab.

2 - Há impedimento e conflito de interesses de membro executivo da Diretoria Colegiada emposicionar-se favoravelmente à empresa privada em que tenha ocupado, em períodoimediatamente anterior à investidura na Conab, cargo de direção ou de gestão. O impedimentoinclui deliberação que a respeito tomar o colegiado, cumprindo ao administrador, em situação deimpedimento e de conflito de interesses, cientificar seus pares e fazer consignar, em ata dereunião da Diretoria Colegiada, a natureza e extensão do seu interesse.

3 - O membro da Diretoria Colegiada não é pessoalmente responsável pelas obrigações quecontrair em nome da Conab em virtude de ato regular de gestão, respondendo, porém,civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder:

a) dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;

b) com violação da lei ou do estatuto;

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NORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E INTEGRIDADE – 10.111

Continuação Capítulo II

c) de forma contrária à determinação do Tribunal de Contas da União.

4 - O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros membros da Diretoria Colegiada,salvo se com eles for conivente, se negligenciar em descobri-los ou se, deles tendoconhecimento, deixar de agir para impedir a sua prática. Exime-se de responsabilidade oadministrador dissidente que faça consignar sua divergência em ata de reunião do colegiadoou, não sendo possível, dela dê ciência no prazo de 5 (cinco) dias úteis, por escrito, à DiretoriaColegiada e ao Conselho Fiscal da Conab.

5 - Os membros da Diretoria Colegiada são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causadosem virtude do não cumprimento dos deveres impostos por Lei para assegurar o funcionamentonormal da Conab, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles.

6 - Responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si oupara outrem, concorrer para a prática de ato com violação da Lei ou do estatuto.

7 - Até o dia 30 (trinta) de novembro de cada ano, a Diretoria Colegiada divulgará o calendário dereuniões deliberativas ordinárias semanais do ano seguinte, indicando os períodos em quesuspenderá suas deliberações, hipótese na qual também ficarão suspensos os prazos dosprocessos administrativos, conforme o caso.

8 - A reunião pública da Diretoria Colegiada será presidida pelo Presidente da Conab, ou seusubstituto legal. A reunião pública instalar-se-á com a presença de pelo menos 3 (três) Diretores,entre eles o Presidente, ou seu substituto legal.

9 - Será dada ampla divulgação do calendário das reuniões deliberativas ordinárias, bem como asalterações que sobrevierem, preferencialmente no sítio da Conab na internet. Desde quepreviamente identificado, é assegurado a qualquer cidadão(ã) o direito de acesso e presença nolugar designado para a realização da reunião pública da Diretoria Colegiada, desde que nãointerfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.

10 - As partes do processo administrativo sob deliberação da Diretoria Colegiada poderão requererpreferência na ordem de julgamento da pauta, bem como requerer sustentação oral, por meio depedido dirigido previamente ao Presidente, por meio formal, ou no local da reunião pública ematé 30 (trinta) minutos antes do seu início.

11 - O relatório e o voto poderão ser apresentados de forma resumida. A Diretoria decidirá com, nomínimo, 3 (três) votos favoráveis.

12 - Na votação, cada diretor apresentará seu voto de forma fundamentada, oralmente ou porescrito, salvo quando acompanhar o voto do relator, cabendo ao Presidente da reunião públicaproferir o último voto.

13 - Os votos proferidos antes da concessão da vista continuam válidos, sendo facultada a reformado voto por seus respectivos prolatores até a proclamação do resultado final.

14 - O Diretor que não se encontrava presente na leitura do relatório e voto originário, poderádeclarar-se apto a votar.

15 - Caso algum Diretor não se sinta apto a manifestar-se, favorável ou desfavoravelmente naquestão sob comento, poderá pedir vista dos autos para apreciação em mesa ou a posteriori,até a quarta reunião subsequente.

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Continuação Capítulo II

16 - O Diretor que alegar, motivadamente, impedimento ou suspeição, não participará da discussão eda votação do processo sob exame da Diretoria Colegiada, no intuito de evitar situações deconflito de interesses.

17 - Em caso de justificada impossibilidade de comparecimento à reunião, poderá o Diretorencaminhar a outro Diretor o seu voto por escrito, o qual será lido e registrado na respectiva ata.

18 - Na hipótese do voto anteriormente proferido ser considerado subsistente, o Diretor que vier asubstituir um Diretor que tenha deixado a Conab não votará. Caso a Diretoria decida,excepcionalmente, pela insubsistência do voto anteriormente proferido, deverá votar o Diretorque substituiu aquele que tenha deixado a Conab, podendo ratificar ou não o voto anteriormenteproferido.

19 - O debate se presta à formação do convencimento dos Diretores, podendo cada Diretor formularperguntas ao relator, e entre si, de modo a melhorar seu entendimento quanto à matéria, bemcomo solicitar esclarecimentos ao Procurador-Geral, a empregado público da Companhia ou aqualquer parte interessada que se fizer presente.

20 - O Procurador-Geral, ou seu substituto, manifestar-se-á sobre questões jurídicas do processo emdeliberação, bem como sobre questões relevantes para a elucidação jurídica da matéria, sendo-lhe vedado imiscuir-se em seara técnica que não lhe compete.

21 - Os Diretores da Conab responderão solidariamente por todos os atos praticados pela DiretoriaColegiada, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada eregistrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.

22 - No exercício de suas funções, os membros da Diretoria Colegiada deverão pautar-se pelospadrões da ética, sobretudo no que diz respeito à integridade, moralidade, clareza de posições eao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança do público em geral.

23 - O membro da Diretoria Colegiada, na condição de autoridade pública, não poderá recebersalário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a Lei, nem recebertransporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação quepossa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade.

24 - Ao deixar a Diretoria Colegiada, o ex-membro fica impedido de atuar em processo sobdeliberação do Colegiado da Conab, e de manter relacionamento institucional com a empresapública pelo prazo mínimo de 6 (seis) meses, à guisa de período de quarentena.

VIII - Auditoria Interna

1 - A Auditoria Interna, vinculada exclusivamente ao Conselho de Administração, constitui-se ematividade autônoma, objetiva e de consultoria à alta administração, destinada a agregar valor àgestão e a melhorar as operações da Conab. Ela assiste a organização na consecução dos seusobjetivos por meio de uma abordagem sistemática e disciplinada no Manual de Auditoria Interna(MAI), na avaliação e melhoria da eficácia do segregado gerenciamento de riscos, dos controlesinternos administrativos e do processo de governança, baseando-se operacionalmente naspráticas internacionais do Instituto de Auditores Internos (IIA) e nas diretrizes emanadas daControladoria-Geral da União, na condição de Órgão Central do Sistema de Controle Interno doPoder Executivo Federal.

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2 - A Auditoria Interna tem por finalidades básicas, fortalecer a gestão e racionalizar as ações decontrole, bem como prestar apoio aos profissionais da Controladoria-Geral da União e doTribunal de Contas da União, no exercício do cargo; possuindo, todavia, enfoques e clientesdiferentes daqueles dos Controles Interno e Externo.

3 - A Conab adotará procedimentos de Auditoria Interna, cujos procedimentos e rotinas serãodevidamente manualizados, subdividindo-se o trabalho auditorial em 5 (cinco) fases:planejamento, exame, avaliação, relatório e acompanhamento.

4 - O Manual de Auditoria Interna (MAI) se constitui no regulamento próprio para o corpo deauditores internos da Conab, configurando-se o seu injustificado descumprimento em infraçãodisciplinar sancionável no âmbito ético-profissional.

5 - A Auditoria Interna da Conab se restringirá à execução de suas atividades típicas, evitando odesvio de funções e preservando sua autonomia, isenção e imparcialidade, não devendo osAuditores Internos imiscuir-se em atos da competência privativa do gestor ou da unidade deassessoramento jurídico.

6 - Os empregados Auditores Internos não integrarão comissões de feitos administrativo-disciplinares ou comissões processantes de tomada de contas especial, pois que se configuraem situação de impedimento a designação de profissional da Auditoria Interna para comporcomissão de investigação. As funções de Auditoria Interna serão segregadas das demaisatividades na Conab.

7 - Reservar-se-á sessão executiva no Conselho de Administração, no mínimo uma vez por ano,sem a presença do Presidente da Conab, para a provação do Plano Anual de Atividades deAuditoria Interna (PAINT) e do Relatório Anual das Atividades de Auditoria Interna (RAINT). Osgastos com deslocamentos de Auditores são considerados prioritários, desde que inseridos noPAINT, e previamente aprovados pela alta administração da Conab.

8 - A atividade de gerenciamento do risco deve ser executada por unidade específica na Conab, àvista da ABNT NBR ISO 31000 (Gestão de riscos – Princípios e diretrizes), devendo sersegregada da unidade executora da atividade de Auditoria Interna.

9 - A Auditoria Interna da Conab manterá relacionamento institucional com instâncias de controleexternas à Companhia, a exemplo da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas daUnião.

10 - O titular da Auditoria Interna deverá preencher cumulativamente os seguintes requisitos:

a) ocupar cargo de formação em nível superior na Companhia Nacional de Abastecimento ouna Controladoria-Geral da União, por força do inciso VII do art. 18 da Lei nº 11.890, de 24de dezembro de 2008;

b) estar em efetivo exercício na unidade de Auditoria Interna da Companhia nos últimos cincoanos ou ser servidor de carreira da Controladoria-Geral da União, conforme o caso;

c) Na hipótese de orientação sistêmica da Controladoria-Geral da União com o caráter dedisciplinamento diverso quanto aos requisitos temporais de experiência profissionalpregressa para ocupação do cargo de Chefe da Auditoria Interna, adotar-se-á a orientaçãonormativa emanada do Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder ExecutivoFederal, na forma do art. 15 do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000.

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11 - As demais funções gerenciais na Auditoria Interna, inclusive de Coordenador de NúcleoRegional, serão ocupadas apenas por empregados públicos em exercício na Auditoria Interna.

IX - Auditoria Independente

1 - Sujeitar-se-á a Conab à Auditoria anual independente baseada em padrões internacionais decontabilidade e de Auditoria.

2 - A atuação institucional da Controladoria-Geral da União ou do Tribunal de Contas da União nãosubstituem uma Auditoria externa independente.

3 - A empresa privada a ser contratada, mediante licitação pública, para a prestação de serviçoanual de Auditoria externa deverá estar registrada no Cadastro Nacional de AuditoresIndependentes (CNAI) para a realização de serviços de auditoria independente.

4 - É vedado à empresa privada prestadora do serviço de Auditoria independente prestar,simultaneamente, trabalho de consultoria à Conab, de forma a evitar conflito de interesses. AConab averiguará requisitos que assegurem a necessária independência à atuação do Auditorexterno.

5 - Haverá rotatividade dos profissionais Auditores independentes na prestação de serviços anuaisde Auditoria independente sobre as demonstrações contábeis da Conab.

X - Controles Administrativos

1 - Controle é o conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados,estabelecidos com vistas a assegurar, de forma razoável, que os objetivos da Conab e suasunidades organizacionais sejam alcançados, de forma confiável e concreta, minimizando aocorrência de eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução da missão fixada peloGoverno Federal.

2 - O objetivo geral do controle primário é evitar, no exercício da autotutela pela direção e pelosempregados, a ocorrência de impropriedades, disfunções ou não conformidades à luz dosnormativos internos.

3 - A dinâmica do controle primário se exerce pelo(a):

a) execução ordenada, ética, econômica, eficiente e eficaz das operações;

b) cumprimento das obrigações de accountability;

c) cumprimento da legislação e normativos aplicáveis;

d) salvaguarda dos recursos públicos para evitar perdas, mau uso, desperdício ou dano aoerário.

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4 - Na estruturação do sistema de controles da Conab, levar-se-á em conta:

a) relação custo/benefício – consiste na avaliação do custo de um controle em relação aosbenefícios que ele possa proporcionar, em conformidade com o artigo 14 do Decreto-Leinº 200, de 25 de fevereiro de 1967. O custo dos controles não superará ao do riscorespectivo;

b) qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários – a eficácia dos controlesinternos administrativos está diretamente relacionada com a competência, formaçãoprofissional e integridade do pessoal. É imprescindível haver uma política de pessoal quecontemple:

b.1) seleção e treinamento de forma criteriosa e sistematizada, buscando melhor rendimento emenores custos;

b.2) rodízio de funções, com vistas a reduzir/eliminar possibilidades de fraudes;

b.3) obrigatoriedade de os empregados gozarem férias regularmente, como forma, inclusive,de evitar a dissimulação de irregularidades;

c) delegação de poderes e definição de responsabilidades – a delegação de competência,conforme previsto em Lei, será utilizada como instrumento de descentralizaçãoadministrativa, com vistas a assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, e o ato dedelegação deverá indicar, com precisão, a autoridade delegante, delegada e o objeto dadelegação, devendo ser, nas unidades organizacionais da Conab, observado o seguinte:

c.1) existência de Estatuto ou Regimento e organograma adequados, em que a definição deautoridade e consequentes responsabilidades sejam claras e satisfaçam plenamente asnecessidades da organização;

c.2) existência de procedimentos e rotinas escritos, claramente determinados, que consideremas funções de todos os setores da Conab;

d) segregação de funções – a estrutura das unidades organizacionais deve prever aseparação entre as funções de autorização ou aprovação de operações, execução, controlee contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições emdesacordo com este princípio;

e) instruções devidamente formalizadas – para atingir um grau de segurança adequado éindispensável que as ações, procedimentos e instruções sejam disciplinados e formalizadospor meio de instrumentos eficazes e específicos, ou seja, claros e objetivos e emitidos porautoridade competente;

f) controles sobre as transações – é imprescindível estabelecer o acompanhamento dos fatoscontábeis, financeiros e operacionais, objetivando que sejam efetuados mediante atoslegítimos, relacionados com a finalidade da Conab e autorizados por quem de direito;

g) aderência a diretrizes e normas legais – o controle interno administrativo, deve assegurarobservância às diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentosadministrativos, e que os atos e fatos de gestão sejam efetuados mediante atos legítimos,relacionados com a finalidade da Conab.

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Continuação Capítulo II

5 - No processo de gestão da Conab, o gestor deverá explicitar a motivação dos atos e os critériostécnicos que baseiam a tomada de decisão.

6 - A motivação das decisões de instâncias colegiadas ou de comissões constará da respectiva ata,a qual conterá, necessariamente, a motivação das excepcionalizações de regras estabelecidasem normativos internos.

7 - A alta administração zelará para que a Conab disponha de unidade organizacional, segregada,incumbida da supervisão e do aperfeiçoamento do sistema de controles internos da empresa,pautando-se no seguinte:

a) o controle primário possuirá caráter preventivo;

b) o aparato de controles internos prestar-se-á, permanentemente, à correção de eventuaisdesvios em relação a parâmetros/coeficientes pré-estabelecidos;

c) o controle primário se constitui em instrumento auxiliar de gestão;

d) os controles internos atendem a todos os níveis hierárquicos da administração, não seconfundindo com a atividade de Auditoria Interna, a qual possui função e atributos que lhesão próprios.

8 - O sistema de controles internos da Conab submeter-se-á à revisão periódica, para que sejamincorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou a ameaças anteriormente nãocontempladas.

9 - O responsável pelo ato de pagamento, no sistema financeiro, deverá receber a documentaçãocomprobatória em dossiê próprio proveniente da unidade responsável pela autorização depagamento, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis. Em caso de pressão hierárquicaindevida, formal ou verbal, para que seja feito pagamento com urgência, salvo nas situaçõesemergenciais de cunho judicial, o empregado que se sentir constrangido representará, deimediato, ao setor de correição da Conab, sem ônus de prova, não lhe sendo imputada futuraresponsabilização solidária.

10 - Cabe à alta administração, e faculta-se à Auditoria Interna ou ao setor de correição da Conab,elaborar, quando vislumbrada a ocorrência de crime ou contravenção penal, notícia-crime,encaminhando-a ao órgão competente para instauração do inquérito policial ou oferecimento dadenúncia, conforme a Lei, instruindo-a, sempre que possível, com cópias dos elementosprobatórios constantes de processo administrativo e os dados relevantes para a apuração noâmbito criminal.

11 - A alta administração reforçará controles e conferirá tratamento diferenciado aos grandesdevedores da Conab, nos âmbitos administrativo e judicial, instituindo normativos internos sobrea matéria para monitoramento amiúde dessas dívidas com o objetivo de:

a) acompanhar a execução de todos os procedimentos que tenham por objeto a cobrança doscréditos dos grandes devedores;

b) identificar e acompanhar permanentemente as ações judiciais, inclusive as penais, queenvolvam os grandes devedores ou seus responsáveis legais;

c) zelar pela atualização dos dados administrativos e processuais dos devedores, em sistemainformatizado;

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Continuação Capítulo II

d) prezar pela existência de atividades diferenciadas de consultoria e de assessoramentojurídicos, relativamente aos créditos dos grandes devedores; analisar, deferir e acompanharparcelamentos administrativos de débitos, verificando a regularidade do pagamento deparcelas.

XI - Conformidade (Compliance)

1 - Compliance consiste no conjunto de esforços organizacionais para fazer cumprir as normaslegais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estratégicas estabelecidas para o negócio epara as atividades da Conab, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ouinconformidade que possa ocorrer no processo de gestão.

2 - O exame da conformidade compreenderá a análise da legalidade, legitimidade e economicidadeda gestão em relação a padrões normativos e operacionais, expressos nas normas eregulamentos aplicáveis, e da capacidade dos controles internos administrativos de identificar ecorrigir falhas e irregularidades.

3 - Garantir-se-á, em caráter prioritário, a conformidade documental e contábil no âmbito da Conab.Haverá segregação entre as atividades de execução e de conformidade pelos empregadospúblicos, no sentido de designar formalmente empregados, titulares e substitutos, responsáveispelo arquivamento documental dos atos e fatos da gestão, mantendo a segregação entre afunção de emitir documento e a de registrar a conformidade em sistema informatizado.

4 - A Conab estabelecerá e normatizará os requisitos mínimos para a indicação de responsáveispela conformidade dos registros de gestão, de que trata a Instrução Normativa/STN-MF N.º 06,de 31 de outubro de 2007. A conformidade dos registros de gestão terá como finalidadeprecípua verificar se os registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira epatrimonial efetuados pela unidade organizacional foram realizados em observância às Normasvigentes.

5 - No tocante à conformidade contábil, haverá tipificações de restrições classificadas segundo suanatureza, em especial aquelas relacionadas a deficiências em controles internos contábeis eadministrativos, falhas de contabilização, erros materialmente relevantes nas demonstraçõescontábeis e irregularidades na gestão financeira, entre outras disfunções.

6 - As áreas responsáveis da Conab identificarão os momentos do processo licitatório e da gestãode contratos administrativos para preservar a legalidade dos atos praticados. Para cadamomento de atuação identificado, serão elaboradas listas de verificação de conformidade(checklists) contendo os aspectos mínimos que devem ser observados nos processos detrabalho, as quais deverão ser observadas por todas as unidades organizacionais da Conab, emcaráter normativo, devendo ser acostadas aos autos dos processos licitatórios.

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CAPÍTULO III

PROCEDIMENTOS DE GOVERNANÇA

I - Gestão de Riscos

1 - Ao considerar-se o risco como a possibilidade de que um evento ocorra e afete, de modoadverso, o alcance dos objetivos da Conab, introduz-se a noção de que os controles internosdevem ser ferramentas de gestão e monitoração de riscos em relação ao alcance de objetivos enão mais devem ser dirigidos apenas para riscos de origem financeira ou vinculados aresultados escriturais e contábeis. O papel do controle interno (controle primário) é, assim,ampliado e reconhecido na Conab como um instrumento de gerenciamento de riscosindispensável à governança corporativa.

2 - As práticas de gerenciamento de riscos na Conab, bem como seus princípios, diretrizes eresponsabilidades serão definidas na Política de Gestão de Riscos, aprovada pelo Conselho deAdministração.

II - Procedimentos para Aperfeiçoamento e Controle de Integridade

1 - A governança corporativa é o conjunto de soluções adotadas pela Conab para minimizar oconflito de agência, o qual se constitui em toda a situação em que a delegação de uma tarefarequer esforços que, se não forem cumpridos, podem causar desalinhamento de interessesentre as partes envolvidas, dados os interesses próprios e os projetos particulares, nem semprecoincidentes com o interesse público que deve permear a gestão de uma empresa públicafederal. Na gestão de riscos, levar-se-á em consideração as diferenças de motivação e objetivosentre os agentes intervenientes no processo de gestão da Conab, inclusive no tocante aassimetrias de informações, a preferências de riscos de dirigentes e a pressões de interessados.

2 - É impedido de atuar em processo administrativo empregado ou autoridade que tenha interessedireto ou indireto na matéria sob exame; sendo vedado ao tomador de decisão intervir emqualquer ato administrativo em que tiver interesse conflitante com o da Conab, e na deliberaçãoque a respeito tomarem os demais administradores, cumprindo-lhe cientificá-los do seuimpedimento, fazendo consignar, em ata de reunião do Conselho de Administração ou daDiretoria, a natureza e extensão do seu interesse.

3 - É vedado ao gestor da Conab:

a) a prática de ato de liberalidade à custa da Conab;

b) tomar por empréstimo bens da Conab, ou usá-los em proveito próprio;

c) receber de terceiros, sem autorização normativa, qualquer vantagem pessoal, direta ou indireta, em razão do exercício de sua função pública;

d) usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo para a Conab, oportunidadescomerciais de que tenha conhecimento em razão do exercício de sua função pública;

e) omitir-se no exercício ou proteção de direitos da Conab ou, visando à obtenção devantagens, para si ou para outrem, deixar de aproveitar oportunidades de negócio deinteresse corporativo;

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Continuação Capítulo III

f) adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à Conab, ou queesta tencione adquirir;

g) valer-se de informação relevante que ainda não tenha sido divulgada para obter, para si oupara outrem, vantagem mediante compra ou venda de valores mobiliários;

h) intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com os da Conab, ena deliberação que a respeito tomarem os demais gestores, cumprindo-lhe cientificá-los doseu impedimento e explicitar a natureza e a extensão do seu interesse.

4 - Durante período eleitoral, a Diretoria Colegiada da Conab imporá cuidados redobrados para quesejam levadas em consideração as condutas vedadas aos agentes públicos em campanhaspolíticas, na forma da Lei. Os descumprimentos serão comunicados, de imediato, à área decorreição da Conab.

5 - Aos dirigentes, gestores e empregados da Conab é permitida a participação em seminários,congressos e eventos semelhantes, desde que comunicado ao Comitê de Ética eventualremuneração, bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qualnão poderá ter interesse em decisão a ser tomada por autoridade executiva da empresa.

6 - A delação anônima é apta a deflagrar apuração preliminar no âmbito da Conab, devendo sercolhidos outros elementos que a comprovem.

7 - As unidades organizacionais arquivarão de plano denúncias/representações desprovidas danarrativa dos fatos em linguagem clara e objetiva, com todas as suas circunstâncias(individualização do empregado público envolvido, acompanhada de indício concernente àirregularidade ou ilegalidade imputada ou de lastro probatório documental), salvo se ascircunstâncias sugerirem a apuração de ofício.

8 - Somente será procedida avaliação preliminar de admissibilidade àquelas denúncias anônimasque contiverem lastro probatório documental, à guisa de indício, observado o disposto no art. 30da Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e que não ofendam a integridade moral das pessoasfísicas, no mesmo diapasão da alínea “d”, item 1, do art. 13 da Convenção das Nações UnidasContra a Corrupção, promulgada pelo Decreto n.º 5.687, de 31 de janeiro de 2006, no tocante àgarantia da reputação das pessoas, e do caput do art. 2º do Decreto n.º 4.553, de 27 dedezembro de 2002, no tocante à inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem daspessoas.

9 - A denúncia deverá referir-se a gestor ou empregado responsável, além de ser redigida emlinguagem clara e objetiva, conter o nome legível do denunciante, sua qualificação e endereço, eestar acompanhada de indício concernente à irregularidade ou ilegalidade denunciada, lastreadoem documentos hábeis. Caso a denúncia não observe os requisitos e formalidades prescritosnesta seção, deverá o respectivo processo ser arquivado, após comunicação ao denunciante.Para fins do esforço apuratório decorrente, proceder-se-á à análise de oportunidade e dascontingências/condicionantes que se apresentarem à época da denúncia, além do custo ebenefício.

10 - É expressamente proibida, no âmbito dessa Conab, a discriminação racial ou étnico-racial, ouseja, toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ouorigem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ouexercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais noscampos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo.

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Continuação Capítulo III

11 - As divergências entre membros da Diretoria Colegiada da Conab serão resolvidas internamente,mediante coordenação administrativa, não cabendo aos diretores manifestar-se publicamentesobre matéria que não seja afeta a sua área de competência.

12 - Os Conselheiros e os Diretores serão exonerados em caso de condenação judicial transitada emjulgado ou de processo administrativo disciplinar.

III - Gestão do Conhecimento

1 - A alta administração envidará esforços contínuos de capacitação, disponibilização dasferramentas adequadas da facilitação de aprendizagem e do desenvolvimento de conhecimentoorganizacional, num compromisso entre gerações.

2 - Buscar-se-á transformar o capital intelectual disponível em capital estrutural à disposição detodos os colaboradores.

3 - O mapeamento de processos de trabalho e a manualização de procedimentos e rotinas sãoinstrumentos recomendados para evitar-se perda do saber empresarial.

4 - A alta administração conferirá caráter estratégico aos esforços de gestão do conhecimento.

5 - Serão disponibilizadas, na intranet, listas de discussão temática sobre assuntos do dia a diaoperativo da Conab, vedado o anonimato.

IV - Governança de Tecnologia da Informação

1 - O objetivo da governança de Tecnologia da Informação (TI) é garantir que a TI agregue valor aonegócio com riscos aceitáveis e a responsabilidade por prover uma boa governança de TI é dosexecutivos e da alta administração da Conab.

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CAPÍTULO IV

FLUXO DO PROCESSO

NÃO SE APLICA

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CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS

I - Comitê Permanente de Governança Corporativa

1 - A área gestora desta Norma deverá dar ciência do presente ato a todo corpo funcional daConab, e divulgar e propor atualizações das práticas de Governança Corporativa.

2 - Será instituído Comitê Permanente de Governança Corporativa da Conab, como instância deassessoramento técnico, consultivo, direto e imediato ao Conselho de Administração, necessáriaa maior estabilidade estratégica da Conab, será incumbido de:

a) contribuir para o aumento da transparência, bem como o aperfeiçoamento da gestão daempresa;

b) acompanhar e noticiar ao Conselho de Administração sobre a atuação da DiretoriaColegiada e do Conselho Fiscal, podendo propor metodologias para avaliação dedesempenho organizacional, inclusive dos colegiados da Conab;

c) promover interação com os órgãos de Governança Corporativa do Poder Executivo Federal,em especial com o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estataisdo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o Gabinete de Segurança Institucionalda Presidência da República, a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, aComissão de Ética Pública, a Controladoria-Geral da União, a Advocacia-Geral da União ea Escola Nacional de Administração Pública;

d) propor medidas necessárias à observância, na Conab, das diretrizes e estratégias daComissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de ParticipaçõesSocietárias da União (CGPAR);

e) revisar e propor alterações e atualizações deste normativo ao gestor da norma.

3 - Poderá integrar o Comitê Permanente de Governança Corporativa da Conab, na condição decolaborador convidado eventual, membro independente representante de segmento científico outécnico-profissional interessado no cumprimento da missão institucional da Conab, a fim depossibilitar que este analise as matérias com maior imparcialidade, evitando, assim, conflitos deinteresses.

4 - O Comitê Permanente de Governança Corporativa da Conab, no intuito de assessorar a altaadministração nas questões afetas à gestão da estratégia e à Governança Corporativa, contarácom três subcomitês temáticos:

a) sustentabilidade e responsabilidade social;

b) remuneração e sucessão;

c) governo aberto.

II - Definições

1 - Governança Corporativa – Conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenhode uma companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como, empregados ecredores, facilitando o acesso à informação. A análise das práticas de governança corporativaenvolve, principalmente: transparência, equidade de tratamento e prestação de contas.

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Continuação Capítulo V

2 - Responsabilidade Corporativa – Consiste no zelo, daqueles envolvidos no processo deGovernança, pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade, incorporandoconsiderações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. Trata-se docompromisso de contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando emconjunto com os empregados, suas famílias, a comunidade local e a sociedade em geral paramelhoria da qualidade de vida.

3 - Controle Interno – É o conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentosinterligados, estabelecidos com vistas a assegurar, que os objetivos da Conab sejamalcançados, de forma confiável e concreta, minimizando a ocorrência de eventuais desvios aolongo da gestão, até a consecução da missão fixada pelo Governo Federal.

4 - Accountability – (Responsabilidade de prestar contas) – Os agentes de governança devemprestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as consequências de seus atos eomissões.

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