noite da literatura europeia 2016

28
#nlept www.noitedaliteraturaeuropeia.pt www.facebook.com/eunicportugal DEZ LITERATURAS DEZ ESPACOS UMA NOITE UNICA CARMO | TRINDADE NOITE DA LITERATURA EUROPEIA SÁBADO 4 JUNHO 2016 19 24h

Upload: dolien

Post on 03-Jan-2017

218 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

#nleptwww.noitedaliteraturaeuropeia.ptwww.facebook.com/eunicportugal

DEZ LITERATURASDEZ ESPACOSUMA NOITE UNICA

CARM

O | T

RIND

ADE

NOITEDA LITERATURAEUROPEIASÁBADO4 JUNHO 201619 24h

A Noite da Literatura Europeia apresenta, no sábado, dia 4 de junho, em plenas Festas de Lisboa, o serão literário mais popular da capital lisboeta. Entre as 19h e as 24h, terão lugar, em vários espaços emblemáticos da zona do Carmo/Trindade, leituras de excertos de obras de 10 escritores europeus, por 14 atores portugueses. As sessões, de entrada livre, têm a duração de 10 a 15 minutos e repetem-se de meia em meia hora, para o público poder assistir a todas as leituras nos diversos espaços da Noite da Literatura Europeia.

Nesta 4ª edição há prosa e poesia para todos os gostos. Sophia, a Morte e eu, romance de estreia do músico e escritor Thees Uhlmann (Alemanha), aborda as questões da morte, do amor e da amizade através de uma divertida road trip. O leque arrepiado, primeiro livro de contos da galardoada escritora Ann Cotten (Áustria), reflete sobre a vida e a arte, um tema transversal à sua obra. Quando D. Quixote morreu, do multipremiado escritor Andrés Trapiello (Espanha), é um romance histórico sobre todos os que conheceram D. Quixote em vida e que, por isso, deixaram de ser anónimos, enquanto que o romance ficcional A estação da sombra, da escritora Léonora Miano (França), expõe com crueza as relações entre a África e a Europa.

A Noite da Literatura Europeia viaja de África para o norte da Europa com O cometa na terra dos Mumins, de Tove Jansson (Finlândia), numa viagem à fantasia infantil finlandesa, com direito a estrelas cadentes, cometas e trolls. Morro como país, o primeiro texto narrativo do célebre dramaturgo Dimitris Dimitriadis

(Grécia), aborda temas como a pátria e a identidade do povo grego, num texto simultaneamente doloroso e teatral. Memoriais sobre o caso Schumann, de Filippo Tuena (Itália), é um documentário a múltiplas vozes, dos últimos três anos de vida do compositor Robert Schumann, passados num hospital psiquiátrico. Por fim, o romance As primeiras coisas, de Bruno Vieira do Amaral (Portugal), encerra a secção de prosa desta noite, com a descoberta do bairro Amélia e dos seus habitantes, um mundo onde cabe toda a humanidade.

Na área da poesia, a antologia Poetas checos contemporâneos (República Checa), uma antologia bilingue, em português e checo, dá a conhecer 10 poetas checos, sendo o galardoado poeta Jakub Řehák o autor lido neste serão. Já Seleção de poemas (fantomateca) de Nicolae Prelipceanu (Roménia), dedica-se exclusivamente a desvendar a obra do poeta, prosador e jornalista romeno.

As sessões de leitura decorrem em locais como a Sala de Extrações da Lotaria da Santa Casa da Misericórdia, o Teatro da Trindade Inatel, ou ainda o Vertigo Café, entre outros espaços, onde atores como Paulo Pires, Mónica Calle ou Pedro Lima vão dar voz, com alma e inspiração, às palavras dos 10 autores europeus.

A Noite da Literatura Europeia é uma iniciativa organizada pela EUNIC Portugal, uma rede de institutos culturais e embaixadas, com o patrocínio da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

3

Autor

Alemanha

Thees Uhlmann nasceu em 1974 em Hemmoor, no norte da Alemanha. É músico e escritor. Depois de conquistar o público alemão com a banda Tomte, da qual é o vocalista, iniciou uma carreira a solo em 2011, tendo o seu último disco #2 atingido o segundo lugar das tabelas de álbuns alemãs. Uhlmann é colaborador de vários jornais e das revistas alemãs Intro, Spex, Visions e Musikexpress. Sophia, der Tod und ich (em português Sophia, a Morte e eu) da editora Kiepenheuer und Witsch, publicado em 2015, é o seu primeiro romance, ainda sem tradução em Portugal.

Livro

THEES UHLMANN

Apresentado pelo Goethe-Institut Portugal Leitura em português pelos atores Joana Almeida e Ulisses Ceia

Tocam à campainha. Lá fora, está um homem que se apresenta como sendo a Morte. E o tempo restante, anuncia, resume-se a apenas três minutos de vida. O desenlace fatal, porém, num momento de hesitação da Morte, é, subitamente, adiado... E assim, de forma algo inusitada, começa a última aventura do protagonista de Sophia, a Morte e eu. Em vez do sono eterno, vai ter início uma fabulosa viagem de carro pela Alemanha com o protagonista, em companhia da Morte, da ex- -namorada Sophia e da mãe, em busca do filho que não vê há muitos anos. Pelo caminho, a Morte aprende a adaptar-se ao mundo dos vivos, enquanto os vivos são confrontados com as grandes questões da vida – o Amor, a Amizade e a Fé. Um romance divertido e tocante.

Tradução: Gilda Lopes Encarnação4

SOPHIA, DER TOD UND ICH SOPHIA, A MORTE E EU

© Ingo Pertramer © 2015, Verlag Kiepenheuer & Witsch

LocalAtores

TERREIRO MÍSTICO DA IGREJA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Joana AlmeidaJoana Almeida nasceu no Porto, em 1984. Licenciou-se em Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra, concluiu o Curso Complementar de Música em Piano e Canto e tem formação em Ballet Clássico pela Royal Academy. Divide o seu trabalho entre as várias áreas do teatro, teatro musical, música, televisão e cinema. É fundadora e atriz na Associação da Don’Adelaide, onde cria espetáculos de Cluedo teatral com base no improviso.

Ulisses CeiaUlisses Ceia nasceu em Lisboa, em 1980. Concluiu o curso de interpretação na E.S.T.C em 2001 e iniciou a carreira profissional no T.E.C. sob a orientação de Carlos Avilez. Pertence ao elenco do Teatro Educa desde 2011, e trabalha regularmente com a Artelier e a This is That. Em 2014, estreou-se como encenador com A volta ao mundo em 80 dias (companhia de teatro Byfurcação).

A Paróquia do Santíssimo Sacramento foi criada em 1584, mas só em 1685 passou a ter igreja própria. Com o terramoto de 1755, caíram as torres sineiras e o teto da nave do templo, e o incêndio que a seguir deflagrou causou danos consideráveis. Face ao estado de completa ruína em que ficou o edifício, a Irmandade procedeu à edificação de uma capela provisória, fechando os arcos do Terreiro Místico, uma espécie de claustro anexo à igreja. A Paróquia funcionou nesta igreja provisória até 1870. O traçado atual resulta da construção, entre 1822 e 1847, do salão da Irmandade e da torre sineira onde foram adaptados o relógio e os sinos provenientes do Convento da Trindade, após a expulsão das Ordens Religiosas.

Notas biográficas Calçada do Sacramento, nº 11

5

JOANA ALMEIDAULISSES CEIA

© Alípio Padilha © Ulisses Ceia © João Basílio

Autora

Áustria

Ann Cotten nasceu nos Estados Unidos em 1982 e mudou-se com os seus pais para Viena aos cinco anos de idade. Depois de se ter licenciado em Germanísticas pela Universidade de Viena e de ter publicado poesia e prosa em várias revistas literárias, estreou-se em 2007 com o livro de poemas Fremdwörterbuchsonette (Sonetos de dicionário). Foi galardoada com alguns dos prémios de literatura mais importantes da língua alemã, entre eles o Prémio Clemens Brentano (2008), o Prémio Adelbert von Chamisso pela sua obra completa (2014) e o Prémio Klopstock para Literatura Nova (2015). Ann Cotten vive entre Berlim e Viena.

Livro

ANN COTTEN

Apresentada pela Embaixada da Áustria Leitura em português pelas atrizes Daniela Gonçalves e Olinda Favas

Der schaudernde Fächer (O leque arrepiado), publicado em 2013, é o primeiro livro de contos de Ann Cotten, caracterizado por uma linguagem ao mesmo tempo lúcida e fortemente poética. Como muitos dos contos da autora, o texto escolhido para a Noite da Literatura Europeia – o diálogo entre duas escritoras (ou o diálogo interior entre duas vozes) – é uma reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade do equilíbrio entre a vida e a arte, e sobre o poder de transformação da literatura.

Tradução: Helena Topa

6

DER SCHAUDERNDE FÄCHER O LEQUE ARREPIADO

© XYZ – Suhrkamp Verlag © Suhrkamp Verlag

LocalAtrizes

VERTIGO CAFÉ

Daniela Gonçalves Daniela Gonçalves fez a sua formação profissional na Seiva Trupe, Entretanto Teatro e Plebeus Avintenses, tendo colaborado com Roberto Merino, Moura Pinheiro, Júnior Sampaio e Ramos Costa, entre outros. É membro fundador do coletivo Ponto Teatro, onde participou em diversos projetos teatrais, como Heterotopia (em coprodução com o Teatro Nacional de São João no Porto), Dystopia, Utopia TM e Capital Fuck.

Olinda FavasOlinda Favas formou-se pela Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Porto. Trabalhou com Ana Luena, Laura Nari e Pedro Estorninho, entre outros. Participou nos projetos teatrais do coletivo Ponto Teatro Heterotopia, Dystopia, Utopia TM e Capital Fuck e integrou as encenações Cassandra e Águas profundas de Nuno M. Cardoso.

Considerado por várias publicações turísticas como um dos mais belos interiores de Lisboa, o Vertigo Café é conhecido pelo vitral do seu teto, pintado ao estilo Arte Nova, pela sua decoração com antiguidades e velharias, pelas suas paredes cobertas de fotografias dos anos 30 e 40 e pela escada em caracol, no centro da sala, que inspirou o seu nome.

Notas biográficas Travessa do Carmo, nº 4

7

DANIELA GONCALVESOLINDA FAVAS

,

© Ponto Teatro © Teatro Nacional São João © Vertigo Café

Autor

Espanha

Nasceu em Manzaneda de Torío, León, em 1953. Como romancista publicou, entre outros, El buque fantasma (Prémio Internacional de novela Plaza & Janés, 1992), La maladanza, Dias y noches, assim como os primeiros volumes dos seus diários, agrupados sob o título de Salón de pasos perdidos. Entre os seus livros de ensaios contam-se Clásicos de traje gris, Las vidas de Miguel de Cervantes, Las armas y las letras, Literatura y guerra civil 1936-1939 (Prémio don Juan de Borbón, 1995), El arca de las palabras e La noche de los Cuatro Caminos. Como poeta destacam-se as obras Acaso una verdad (Prémio Nacional de la Crítica), Segunda oscuridad e Rama desnuda. Em 2002, ganhou o Prémio Nadal com Los amigos del crimen perfecto. Também recebeu o Prémio Castilla y León (2011) pelo conjunto das suas obras.

Livro

ANDRÉS TRAPIELLO

Apresentado pelo Instituto Cervantes Leitura em português pelos atores Ângelo Torres e Paulo Pires

Num dia de outubro de 1614 morreu Alonso Quijano, também conhecido como Dom Quixote de la Mancha. No mesmo dia à tarde foi enterrado na presença de todo o povoado. A história de Dom Quixote havia chegado ao fim, mas não a de todos aqueles a quem o convívio com o engenhoso fidalgo havia retirado do anonimato. E se Dom Quixote teve direito à sua história, também o tiveram aqueles que entrançaram as suas vidas com a dele: Sancho Pança, Dulcineia, o bacharel Sansão Carrasco, os duques, o mouro Ricote e todos aqueles que ficaram marcados pela inesgotável humanidade do maior e mais gracioso louco dos seus tempos. Esta obra pega nas personagens que sobrevivem à morte do famoso fidalgo, e constrói um romance que conjuga intriga, ironia e perícia literária, resultando numa narrativa deslumbrante.

Tradução: José Manuel Lopes

8

AL MORIR DON QUIJOTEQUANDO D. QUIXOTE MORREU

© Asís G. Ayerbe

LocalAtores

Ângelo TorresÂngelo Torres, Norberto Venâncio na série A única mulher (2015), trabalhou em várias séries televisivas, tendo participado em filmes como Fado Blues, Bobô e O espinho da Rosa. Em 2012 ganhou o VI Prémio de Atores de Cinema Fundação GDA, como Melhor Ator Secundário pela sua interpretação no filme Estrada de palha.

Paulo PiresPaulo Pires é uma figura destacada no panorama do cinema e da televisão portuguesa. Em 1993, fez a sua primeira aparição no cinema, mas foi em 1996 que subiu pela primeira vez ao palco em A minha noite com o Gil. Pouco tempo depois fez o seu primeiro trabalho em televisão, na novela brasileira Salsa e merengue. Nos últimos anos, em Espanha, além de várias participações, foi coprotagonista em Un suave olor a canela. Em 1997, recebeu um Globo de Ouro, na categoria de Teatro.

A Biblioteca da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi criada em 1979 para possibilitar o acesso a recursos bibliográficos e documentos necessários ao estudo de temáticas relacionadas com as áreas de intervenção da Instituição, nomeadamente, ação social, educação, saúde e história das Misericórdias. A Biblioteca tem à sua guarda o acervo bibliográfico dos séculos XIX a XXI, encontrando-se acessível ao público em geral, nos dias úteis, das 9h30 às 17h00.

Notas biográficas Largo Trindade Coelho

9

ÂNGELO TORRESPAULO PIRES

BIBLIOTECA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

© Santa Casa da Misericórdia de Lisboa © Mário Varela

Autora

Finlândia

Tove Jansson (1914-2001) nasceu em Helsínquia. Escritora, pintora, ilustradora e autora de banda desenhada finlandesa, de língua sueca, Jansson estudou Arte (1930-38) em Helsínquia, Estocolmo e em Paris. Escreveu e ilustrou o seu primeiro livro aos 14 anos de idade. Jansson também desenhava e concebia grafismos para capas de livros e outros fins. Tornou-se conhecida, sobretudo, pelos seus livros para crianças (os Mumins - uma família de trolls, de cor branca, redondos e macios, vagamente parecidos com hipopótamos), devendo o seu êxito ao lançamento de Comet in Moominland (1946) e de Finn Family Moomintroll (1948). Escreveu, igualmente, contos para adultos e romances, entre os quais o semi- -autobiográfico A filha do escultor (1968). Foi galardoada, em 1966, com a medalha Hans Christian Andersen.

Livro

TOVE JANSSON

Apresentada pelo Instituto Ibero-Americano da Finlândia Leitura em português pelos atores Paula Sá Nogueira e Raimundo Cosme

Um pressentimento, sobre uma estrela com cauda, leva Mumintroll e o seu amigo Sniff a um observatório, no cimo de uma montanha. Mas a verdadeira aventura começa quando descobrem que um cometa se encaminha em direção à Terra. História infantil, publicada em 1946, apresenta, pela primeira vez, várias personagens principais, entre os quais Snufkin, inspirado no amigo e ex-noivo da autora e que aparece em seis dos seus nove livros, e Snork Maiden, a namorada e admiradora de Mumintroll. Esta história, várias vezes adaptada ao cinema de animação, fez parte da série Mumi-troll de 1978, e em 2010 integrou a compilação feita para o filme Moomins and the Comet Chase. No Museu dos Mumins, em Tampere, na Finlândia, é possível admirar os originais e adquirir as obras publicadas.

Tradução: Mafalda Eliseu10

KOMETEN KOMMERO COMETA NA TERRA DOS MUMINS

© Hans Gedda © Relógio d’Água

LocalAtores

Paula Sá Nogueira Fundou e trabalha desde 1997 na companhia de teatro Cão Solteiro. Habitualmente lê em casa. Lerá, pela primeira vez, textos de Tove Jansson na Noite da Literatura Europeia. Três meses antes escreveu no calendário da cozinha: 4 de junho / 19h / blind date. Raimundo Cosme Licenciou-se em Teatro pela ESAD.CR em 2008/09. É, desde 2009, colaborador das companhias de teatro Cão Solteiro e Teatro do Vestido, tendo trabalhado com Rui Mendes, Carlota Lagido, André Teodósio, Vasco Araújo e André Godinho. Fundou, em 2011, a companhia de teatro Plataforma285, onde intervém, simultaneamente, como ator, dramaturgo e diretor artístico. Em cinema trabalhou, entre outros, com Manuel Pureza, Luciano Sazo e Joaquim Leitão. Participou, igualmente, em Liberdade 21 e Água de mar (RTP1) e Lua vermelha (SIC).

Instalada num dos antigos claustros seiscentistas da Casa Professa de São Roque, a atual Sala de Extrações da Lotaria Nacional deve-se a um projeto traçado no início do século XX pelo arquiteto Adães Bermudes, responsável, também, pelo antigo Museu do Tesouro da Capela de São João Baptista, atual Museu de São Roque. Desde 1903 que a sorte “anda à roda” nesta sala, para cumprimento do decreto aprovado em 1783 por D. Maria I, concedendo à Instituição a exploração da Lotaria e assegurando, assim, que a Misericórdia consiga chegar a quem mais precisa.

Notas biográficas Largo Trindade Coelho

11

PAULA SÁ NOGUEIRA RAIMUNDO COSME

SALA DE EXTRACÕES DA LOTARIA / SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

,

© Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Autora

França

Nasceu em 1973, nos Camarões, e vive em França há 25 anos. É uma das vozes francófonas mais intensas da sua geração. Autora de vários romances, entre os quais O interior da noite e Contornos do dia que nasce, debruça-se, persistentemente, sobre a incursão do Ocidente numa África ancestral, as vivências subsarianas e os testemunhos dos afrodescendentes, inscrevendo-os, pela força da escrita, na consciência do mundo. Na sua obra, pontuada por vozes femininas, o dever de dar vida aos espoliados impõe-se como forma de os homenagear. Autora consagrada, Léonora Miano recebeu vários prémios literários, entre os quais o Prix Goncourt des Lycéens, o Prix Femina e o Grand Prix du Roman Métis. Léonora Miano recebeu também a condecoração honorífica francesa de Chevalier des arts et des lettres.

Livro

LÉONORA MIANO

Apresentada pelo Institut Français du Portugal Com a presença da autora

Leitura em português pelo ator Ricardo Silva

No coração de África, um incêndio grassa e doze homens da tribo Mulongo desaparecem misteriosamente. Uma das mães banidas da comunidade empreende, então, um longo périplo que a conduzirá à atroz verdade. A Estação da sombra é a odisseia dos vencidos, daqueles cuja sociedade é destruída pelo advento de um odioso comércio instaurado pelos europeus, em que a vileza engendra o cativeiro de todo um continente. Da prosa impregnada de misticismo de Léonora Miano, emana o canto dos escravos acorrentados e a angústia que invade os seus entes queridos perante o inexplicável, culminando num poderoso exercício de restituição de humanidade e de voz a todos os que dela se viram privados. A obra garantiu à autora o Prix Femina, um dos mais importantes galardões literários de França.

Tradução: Miguel Serras Pereira12

© Paga © Rui Silva

LA SAISON DE L OMBREA ESTACÃO DA SOMBRA ,

LocalAtor

Ricardo Silva nasceu em Lisboa em 1990. Professor estagiário e aluno do terceiro ano do curso de Formação de Atores, na escola EVOÉ, escolheu especializar-se em teatro físico (metodologia de Jacques Lecoq), que lhe oferecia uma abordagem globalizada da expressão teatral. Beneficiou, igualmente, de formação em canto, improvisação, máscara e dança, entre outros, dedicando todo o seu potencial artístico ao serviço do teatro. Trabalhou na encenação de Antes de acabar, adaptado de Whatever happenned to Betty Lemon, de Arnold Wesker, e de O irmão, de David Mourão-Ferreira. Participou em vários intercâmbios artísticos em Madrid, levando alguns espetáculos além-fronteiras. Envolvido na apologia da literatura e da poesia, Ricardo Silva é, também, assistente de direção na Casa Fernando Pessoa.

O Purista – Barbière é um espaço bar&barbearia recomendado a todos os que apreciam um ambiente de requinte e tradição. Localizado onde outrora esteve instalada a Livraria Barateira, de boa memória para os amantes dos livros, mantém uma zona dedicada à leitura e é um espaço singular onde se pode relaxar e desfrutar dos pequenos prazeres da vida! Com muitos recantos deslumbrantes, vale a pena descobrir este lugar insólito de Lisboa que, convidando os visitantes, num conceito extremamente moderno, a apreciar as belezas do passado, lhes lança, logo à entrada, um empolgante repto: “num mundo em que olhamos constantemente para o futuro, tire algum tempo para apreciar o passado”.

Nota biográfica Rua Nova da Trindade, nº 16C

13

RICARDO SILVA O PURISTA – BARBIÈRE

© Evoe – Escola de Atores © O Purista

Autor

Grécia

Dimitris Dimitriadis é um dos mais representativos autores da literatura neo-helénica contemporânea. Nascido em Salónica, em 1944, fez estudos de teatro e de cinema em Bruxelas (1963-68), sendo considerado, no seu país e no estrangeiro, como um dos mais importantes nomes da dramaturgia de vanguarda do nosso tempo. O seu labor literário abrange igualmente a prosa narrativa e a poesia, com extensa obra publicada nestes géneros, sendo também ensaísta e tradutor (traduziu autores como Ésquilo, Eurípedes, Aristófanes – do Grego Antigo – e Shakespeare, Molière, Nerval, Genet, Blanchot, Bataille, Tennesse Williams, Gombrowicz, Duras, Koltès, entre outros). Parte da sua vasta obra está traduzida em várias línguas, entre as quais a portuguesa [adpt. de Prof. Doutor José António Costa Ideias].

Livro

DIMITRIS DIMITRIADIS

Apresentado pela Embaixada da Grécia Leitura em português pelo professor José António Costa Ideias

Morro como país, o primeiro texto narrativo de Dimitris Dimitriadis (1978), é um longo e trágico grito sobre questões como a identidade e a noção de Pátria, enquanto em Oblívio e mais quatro monólogos (Grécia, 2000; encenado por T. Terzópoulos, no Teatro Attis de Atenas, em 2002), são cinco os seres-vozes que se fazem ouvir em busca de purificação. Cinco monólogos já levados à cena e que sustentam um paradoxo: um escritor que faz a sua estreia no território da literatura por via do teatro, renunciando, no entanto, ao estatuto de dramaturgo. Com tradução portuguesa, estão publicados em A vertigem dos animais antes do abate (Livrinhos de Teatro–Livros Cotovia, vol. 18, Lisboa, 2006 e em Artistas Unidos/Revista, nº 19, julho 2007).

Tradução: José António Costa Ideias

14

ΠΕΘΑΙΝΩ ΣΑΝ ΧΩΡΑ MORRO COMO PAÍS

© Jakub Kubisch © Artistas Unidos

LocalAtor

José António Costa Ideias é professor universitário, doutorado em Estudos Portugueses/Estudos Comparatistas pela Universidade NOVA de Lisboa. Cofundador da Sociedade Europeia de Estudos Neo-helénicos (Grécia) e da Sociedad Hispánica de Estudios Neogriegos (Espanha), é ensaísta e investigador integrado no CHAM (Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar). Formador em História das Civilizações (Helenismo). Tradutor literário, sobretudo no domínio da ficção narrativa e do teatro, traduziu para a língua portuguesa vários autores gregos dos séculos XIX e XX e da atualidade. Deu voz (em língua grega) à instalação vídeo de Vasco Araújo, Hipólito (2003), a partir de Eurípedes, obra apresentada em múltiplos festivais de arte em Portugal e no estrangeiro.

O Museu de São Roque da Santa Casa da Misericórdiade Lisboa guarda uma das mais completas coleçõesde arte sacra a nível nacional, com um espóliocompreendido entre os séculos XVI e XX. Os seus iníciosremontam, precisamente, à Sala do Brasão, espaçoreabilitado, em 1905, para albergar o Tesouro da Capela de São João Batista, tornando-se assim num dosprimeiros museus, sobre esta temática, a ser criado emPortugal. Na atualidade, esta sala apresenta o núcleoexpositivo dedicado à Santa Casa da Misericórdia deLisboa, dando a conhecer a história da instituiçãoe da ação dos seus beneméritos através da exibiçãode objetos de relevante valor artístico e patrimonial.

Nota biográfica Largo Trindade Coelho

15

JOSÉ ANTÓNIO COSTA IDEIAS SALA DO BRASÃO DO MUSEU DE S. ROQUE / SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

© Fotalmada © Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Autor

Itália

Licenciado em História da Arte, exerceu a profissão de antiquário até 1996, dedicando-se, posteriormente, à escrita. Publicou ensaios sobre o colecionismo e as artes decorativas do séc. XVI e numerosos romances. Estreou-se na narrativa, em 1991, com Lo sguardo della paura (Leonardo), Premio Bagutta Obra Prima, tendo publicado: Il volo dell’occasione (Longanesi, 1994; Fazi, 2004); Tutti i sognatori (Fazi, 1999), Premio Grinzane-Cavour; Michelangelo. La grande ombra’ (Fazi, 1991; 2006); Le variazioni Reinach (Rizzoli, 2005; Superbeat, 2015), Premio Bagutta; Ultimo parallelo (Rizzoli, 2007; Il Saggiatore, 2014), Premio Viareggio; Manualetto pratico a uso dello scrittore ignorante (Mattioli, 1885; 2008); Stranieri alla terra (Nutrimenti, 2012); Memoriali sul caso Schumann (Il Saggiatore, 2015).

Livro

FILIPPO TUENA

Apresentado pelo Instituto Italiano de Cultura Com a presença do autor

Leitura em italiano pelo autor Filippo Tuena e em português pelo ator Pedro Lima

Por uma gélida manhã de carnaval, a 27 de fevereiro de 1854, o compositor Robert Schumann, vestindo uma túnica verde e de chinelos, saiu de casa, em Düsseldorf, para lançar-se nas águas turvas do Reno. Salvo por milagre, é levado para casa e, em poucas horas, enviado, a seu próprio pedido, para um hospital psiquiátrico. Memoriali sul caso Schumann, um relato a múltiplas vozes, conta-nos os últimos três anos de vida de Robert Schumann, passados na clínica psiquiátrica de Endenich. Baseado em documentos, correspondências e estudos científicos, tem como argumento principal as vicissitudes da sua última composição, as Variações do fantasma, um misterioso tema musical, terminado poucos dias antes de ser internado e inspirado, segundo Schumann, pelo fantasma de Schubert. Tradução: Margarida Periquito

16

MEMORIALI SUL CASO SCHUMANN MEMORIAIS SOBRE O CASO SCHUMANN

© ilSaggiatore

LocalAtor

Pedro Lima nasceu em Luanda, em 1971, e cresceu em Lisboa. Algures na adolescência começou a desenvolver o gosto pelo cinema e pela representação. Numa breve passagem pelo mundo da moda, que o levou a viajar e a viver em Espanha, Itália, Brasil e Taiwan, teve a oportunidade de realizar um casting para apresentação de um magazine de cinema, para televisão. Desde então e até hoje, já participou em cerca de duas dezenas de novelas (Olhos d’água, Último beijo, Destinos cruzados e Única mulher, etc.), vários filmes (O contrato, A uma hora incerta, etc.) e espetáculos de teatro (Casa do lago, Kilimanjaro, À espera de Godot, etc.). No teatro, já foi dirigido por João Lourenço, Jorge Silva Melo, Rogério de Carvalho, Rodrigo Francisco, Filipe la Féria, José Martins e Almeno Gonçalves, entre outros.

Fundada em 1884, é uma associação musical galardoada com a Ordem da Instrução Pública e com a Medalha de Mérito Cultural. O Padre Tomás Borba, figura cimeira da pedagogia musical do seu tempo, convida, em 1941, para a direção artística da AAM o compositor Lopes-Graça, figura tutelar da Academia, que pugnou para que a música fosse reconhecida no meio intelectual e artístico, mobilizando poetas, escritores, artistas plásticos e ensaístas à volta da Gazeta Musical e de todas as Artes, dos Concertos Sonata (música do séc. XX) e do Coro da Academia de Amadores de Música (Coro Lopes-Graça). A Academia atualmente traduz o seu legado histórico no propósito de inovação pedagógica e artística através da sua Escola de Música e grupos artísticos, numa relação constante com os compositores e investigadores.

Nota biográfica Rua Nova da Trindade, nº 18 – 2º Esq.

17

PEDRO LIMA ACADEMIA DE AMADORES DE MÚSICA

© Cristina Teixeira e Rafa – AAM

Autor

Portugal

Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978 e licenciou-se em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE. Em 2002, uma temerária incursão pela poesia valeu-lhe ser selecionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores. Colaborou no DN Jovem, revista Atlântico e jornal i. É crítico literário, tradutor e autor do Guia para 50 personagens da ficção portuguesa e do blogue Circo de lama. É editor-adjunto da revista LER e assessor de comunicação das editoras do Grupo Bertrand Círculo. Com o seu primeiro romance, As primeiras coisas, conseguiu a rara proeza de arrecadar quatro importantes prémios da literatura portuguesa: Livro do Ano 2013 da revista TimeOut, o Prémio Fernando Namora 2013, o Prémio PEN Narrativa 2013 e, em 2015, o Prémio José Saramago.

Livro

BRUNO VIEIRA AMARAL

Apresentado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I. P. Com a presença do autor.

Leitura em português pela cantora Ana Celeste Ferreira

Quem matou Joãozinho Treme-Treme? O que aconteceu à virginal Vera, desaparecida de casa dos pais a dois meses de completar os 16 anos? Porque é que os habitantes do Bairro Amélia nunca esquecerão o Carnaval de 1989? Quem poderá saber o nome das três crianças mortas por asfixia no interior de uma arca? Quantos anos irá durar o enguiço de Laura? De que mundo vêm as sombras de Ernesto, fabuloso empregado de mesa, Fernando T., assassinado a 26 de dezembro de 1999? Memórias, embustes, traições, homicídios, sermões de pastores evangélicos, crónicas de futebol, gastronomia, um inventário de sons, as manhãs de domingo, meteorologia, o Apocalipse, a Grande Pintura de 1990, o inferno, os pretos, os ciganos, os brancos das barracas, os retornados: a Humanidade inteira arde no Bairro Amélia.

18

AS PRIMEIRAS COISAS

© Paulo Sousa Coelho © Quetzal

LocalAtriz

CLAUSTRO DO MUSEU DE SÃO ROQUE / SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA

Ana Celeste Ferreira é formada em Canto Lírico pelo Conservatório de Música do Porto, com especializações em Teatro Musical pela Mountview Academy of Theatre and Arts, Londres, e bacharel em Comunicação Social. É cantora de vários estilos musicais e formadora de canto e técnica vocal, destacando-se as formações desenvolvidas no Balleteatro Contemporâneo do Porto, Rádio Renascença, RTP, Teatro do Campo Alegre, Teatro Rivoli, ACE – Academia Contemporânea Espetáculo (Famalicão), etc. É também locutora e diseur de poesia e conto, e criadora e intérprete de recitais de música e poesia. Em cena, destacam-se espetáculos apresentados no Teatro Viriato, Teatro Nacional S. João, Teatro Nacional D. Maria II, Karnart, Estaleiro Teatral, Culturgest, Teatro do Campo Alegre e Teatro Rivoli, entre outros.

O Museu de São Roque da Santa Casa da Misericórdia localiza-se em pleno centro histórico de Lisboa, ocupando parte da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus, espaço adjacente à Igreja de São Roque. Fundado em 1905 com a invocação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, conserva notáveis obras de arte sacra do século XVI ao século XX que se exibem em torno de um claustro quinhentista centralizado com um espelho de água circundado por elementos vegetalistas de origem oriental, aludindo à presença portuguesa no Oriente. O Claustro do Museu de São Roque é dedicado ao Padre António Vieira, o Imperador da Língua Portuguesa.

Nota biográfica Largo Trindade Coelho

19

ANA CELESTE FERREIRA

© João Tuna © Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Autor

República Checa

Jakub Řehák (1978–) é autor dos livros de poesia Světla mezi prkny (As luzes entre as tábuas, 2008) e Past na Brigitu (Armadilha para a Brigita, 2012). Em 2013, o seu segundo livro foi galardoado com o prémio Magnésia Litera. Nas palavras do proeminente crítico de poesia contemporânea checa, Jan Štolba, este autor “…é guiado pelos sentidos e visão interior, e não pela habilidade poética ou maneirismo superficial. É um autor que, através da poesia, quer alcançar uma compreensão mais profunda sem ter necessidade de comprovar as suas descobertas através da elegância e do exercício formal. A uma frase retocada generalizadora, prefere uma experiência psicofísica metaforicamente refundida que consegue evocar uma viva e profunda compreensão poética…”.

Livro

Apresentado pela Embaixada da República Checa em Portugal. Com a presença do autor.

Leitura em português pelo ator Tiago Patrício

Poetas Checos Contemporâneos é uma antologia bilingue (português e checo) de poemas inéditos de dez poetas checos, publicada pela 731 Edições, por ocasião da Noite de Literatura Europeia 2016. Pouco conhecida do grande público, a poesia checa dos últimos 20 anos é variada, muito rica e aberta a diferentes influências, centrada na visão do eu no mundo, no mundo das sensações e dos sentidos, no passar do tempo e no esquecimento. Simona Racková, poetisa, redatora, editora e crítica literária, selecionou e compilou os poemas de Jakub Řehák, Eva Košinská, Milan Děžinský, Jitka Srbová, Olga Stehlíková, Josef Straka, Kateřina Rudčenková, Viktor Špaček, Adam Borzič, Kamil Bouška e Simona Racková numa tradução de Anna Almeida e Tiago Patrício, sob o patrocínio do Ministério da Cultura da República Checa.

Tradução: Anna Almeida e Tiago Patrício20

POETAS CHECOS CONTEMPORÂNEOS JAKUB REHÁK

© Tomáš Čada

LocalAtor

Tiago Patrício é um jovem autor de poesia e prosa, com experiência na área de teatro. A sua peça de teatro Checoslováquia recebeu a Menção Honrosa do prémio luso-brasileiro de dramaturgia António José da Silva e foi apresentada no Teatro Nacional D. Maria II, numa leitura encenada. Foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Com-Siso, com várias peças apresentadas entre 2002 e 2005. Em 2006, entrou para o Grupo de Teatro de Letras, onde fez formação intensiva com Ávila Costa. Tiago Patrício venceu os prémios Daniel Faria e Natércia Fretre em poesia e o Prémio Revelação Agustina-Bessa Luís, com o seu romance Trás-os-Montes. Participou em numerosas residências literárias na Europa e Estados Unidos da América, estando alguns dos seus textos publicados em França, Egito, Eslovénia e República Checa.

Aqui estabelecido em 1946, teve a sua primeira sede, em 1941, nas atuais instalações da Academia de Amadores de Música. Fundado por João Rodrigues Pires, é uma livraria ao serviço da cultura e um mini- -museu de cuja coleção, distribuída por três pisos, se distinguem os mapas e gravuras antigas, originais e reproduções, desenhos de autor, estampas e postais, molduras e algumas raridades bibliográficas. João Rodrigues Pires nasceu em Santo Amaro de Oeiras, a 8 de abril de 1919, tendo, desde sempre, desejado seguir o exemplo do Conde José Diogo Perez, seu avô paterno, que fora livreiro editor, em Coimbra. É, hoje, o livreiro antiquário mais antigo em atividade, em Portugal, tendo sido honrado, em 1965, com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Mérito da República Italiana.

Nota biográfica Largo da Trindade, nº 12

21

TIAGO PATRÍCIO O MUNDO DO LIVRO

© Companhia das Ilhas © Lisboa Diários

Autor

Roménia

Nicolae Prelipceanu é poeta, prosador e jornalista romeno. Em janeiro de 2013, foi agraciado com o Prémio Nacional Mihai Eminescu, por toda a sua carreira, tendo-lhe sido atribuído o Prémio da União dos Escritores da Roménia, pela sua obra Dialoguri fără Platon (1976). De neatins, de neatins (Intangível, intangível), Fericit prin corespondentă (Feliz por correspondência), Binemuritorul (O bem-mortal) e La pierderea sperantei (Na perda da esperança), são obras premiadas pela União dos Escritores da Roménia, tendo os títulos 13 iluzii (13 ilusões) e Tunelul norvegian (O túnel norueguês) sido distinguidos pela Associação dos Escritores de Cluj. Com poesia traduzida em húngaro e alemão, a sua obra está publicada em diversas revistas e antologias, por toda a Europa e nos Estados Unidos.

Livro

NICOLAE PRELIPCEANU

Apresentado pelo Instituto Cultural Romeno Com a presença do autor

Leitura em romeno pelo autor Nicolae Prelipceanu e em português pela atriz Mónica Calle

“É mais do que óbvio que para Nicolae Prelipceanu, poeta da vibração cívica e, ao mesmo tempo, da desconstrução da mentira social, existe um «mundo das ideias e do belo, da verdade e da justiça» […] mas é igualmente claro que na sua visão cética, relativista das coisas, […] é extremamente raro tal mundo, de essência platónica, intersetar-se com o nosso mundo terrestre. Mais impressionante, ainda, é que não se trata […] de um «pensamento» nascido de alguma sabedoria «negativa», insidiosamente acumulada com o passar dos anos, mas sim de uma perspetiva profunda, que atravessa tal como uma falha que permite espreitar os abismos, toda a poesia de Nicolae Prelipceanu.”

Dan Cristea, posfácio da antologia fantomateca, 2014

Tradução: Corneliu Popa22

SELECÃO DE POEMAS (FANTOMATECA),

LocalAtriz

Mónica Calle estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa. Recebe da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro o prémio de Melhor Atriz. Em 2011, por Recordações de uma revolução, recebe o Prémio Autores da Sociedade Portuguesa de Autores para Melhor Espetáculo de Teatro; é nomeada na categoria de Melhor Trabalho de Cenografia. O Ciclo Heiner Müller é distinguido na sua totalidade pela A.P.C.T. Em 2013, encena e interpreta, no Grande Auditório da Culturgest, Os meus sentimentos, de Dulce Maria Cardoso, eleito um dos 10 Melhores Espetáculos de Teatro do Ano pelo semanário Expresso. Recebe a Menção Especial do Prémio da Crítica de 2013.

Situado numa das zonas mais antigas e nobres de Lisboa, entre o Chiado e o Bairro Alto, o Teatro da Trindade foi construído em pleno séc. XIX, quando o centro social e cultural da cidade já se situava nessa área. Testemunho duma época, o Trindade transporta consigo a memória de um tempo em que a burguesia alfacinha ia às soirées ao Chiado. Logo após a sua inauguração, o Trindade rapidamente se transformou no teatro mais chique da capital. Desde então, a sua história está ligada a alguns dos acontecimentos culturais mais marcantes na cidade de Lisboa, sendo infindável o rol dos que pisaram as suas tábuas: Mário Viegas, Ribeirinho, Maria Lalande, Rui de Carvalho, Eunice Muñoz, João Lagarto ou Diogo Infante, entre muitos outros nomes nacionais e estrangeiros.

Nota biográfica Rua Nova da Trindade, nº 9

23

MÓNICA CALLE TEATRO DA TRINDADE INATEL

© Bruno Simão © Instituto Cultural Romeno

MBaixa-Chiado

Largo Trindade Coelho

Calçada do Duque

GRÉCIA SALA DO BRASÃO DO MUSEU DE S. ROQUE /

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Largo Trindade Coelho

ROMÉNIA TEATRO DA TRINDADE INATEL

Rua Nova da Trindade, nº 9

24

PORTUGAL CLAUSTRO DO MUSEU DE SÃO ROQUE /

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Largo Trindade Coelho

ESPANHA BIBLIOTECA DA SANTA CASA

DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Largo Trindade Coelho

FINLÂNDIA SALA DE EXTRAÇÕES DA LOTARIA /

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Largo Trindade Coelho

FRANÇA O PURISTA – BARBIÈRE

Rua Nova da Trindade, nº 16C

REPÚBLICA CHECA O MUNDO DO LIVRO

Largo da Trindade, nº 12

Rua da Misericórdia

Rua São Pedro de Alcântara

Praça Luís de Camões Largo do Chiado

Rua do Alecrim

Rua do Loreto

Rua Nova da Trindade

Largo da Trindade

M Baixa-Chiado

Rua da Áurea Rua Augusta

ALEMANHA TERREIRO MÍSTICO DA IGREJA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Calçada do Sacramento, nº 11 25

ÁUSTRIA VERTIGO CAFÉ Travessa do Carmo, nº 4

ITÁLIA ACADEMIA DE AMADORES DE MÚSICA Rua Nova da Trindade, nº 18 – 2º Esq.

Travessa do Carmo

Largo do Carmo

Rua do Carmo

Rua Nova do Almada

Rua Garret

Calçada do Sacramento

Ficha técnica:

Coordenação: EUNIC Portugal

Equipa: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I. P.: Cristina Caetano, Maria da Conceição Delcourt, Vera Silva Embaixada da Áustria: Manuel Malzbender Embaixada da Grécia: Elias Galanis, Daniela Valdez Dias Embaixada da República Checa: Anna Almeida, Jan Mrva Goethe-Institut Portugal: Gabi Ellmer, Guilherme Dutschke, Teresa Laranjeiro Instituto Cervantes: Gonzalo del Puerto Instituto Cultural Romeno: Gelu Savonea, Marinela Banioti Institut Français du Portugal: Marthe Dionnet Instituto Ibero-Americano da Finlândia: Luisa Gutiérrez Ruiz, Francisca Aires Instituto Italiano de Cultura: Luisa Violo, Silvana Urzini

Design: maap.com.pt Comunicação: Wake Up! Impressão e acabamento: Grafivedras Tiragem: 1000 Depósito legal: 359687/16

Apoio à divulgação:

Parceiros:

Parceiros institucionais: Patrocínio:

Apoio:

Organização:

26

maa

p.co

m.p

t