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sábado 24 junho 2017 18h30–23h30 carmo/trindade #nlept NOITE DA LITERATURA EUROPEIA

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sábado24 junho 201718h30–23h30

carmo/trindade

#nlept

NOITEDA LITERATURA

EUROPEIA

NOITEDA LITERATURA

EUROPEIA#nlept

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Os livros e as letras são os verdadeiros anfitriões deste evento único, que é celebrado atualmente em diversos países da Europa e que, em Portugal, tem vindo a conquistar um espaço próprio nas agendas dos lisboetas e não só, com um número crescente de espetadores, obras e autores apresentados, e países envolvidos.

Entre o romance e a não-ficção, passando pelo teatro e até pela literatura infantil, o programa deste ano percorre temas tão variados como o sonho, a fantasia, o jornalismo, o amor, o futebol, a culinária, a matemática e as relações familiares.

Este ano, como vem sendo habitual, as leituras decorrem em espaços ori- ginais e aos quais o acesso é habitualmente mais restrito, como o Quartel do Carmo da GNR, o Círculo Eça de Queirós, o Claustro do Museu de S. Roque, o Terreiro Místico da Igreja do Santíssimo Sacramento ou a Sala das Extrações da Lotaria da Santa Casa da Misericórdia.

Com um ambiente familiar e descontraído, a Noite da Literatura Europeia é um evento incontornável no panorama literário da capital, dando a conhecer ao públi- co obras e autores representativos da diversidade e da pluralidade da literatura europeia contemporânea.

Sejam bem-vindos, e boas leituras!

Eis-nos chegados à 5.ª edição do serão literário mais intenso da capital que, em plenas Festas de Lisboa, é um convite a sair de casa e explorar a cidade numa autêntica peregrinação literária entre o Carmo e a Trindade.

Autor

Alemanha

Tilman Rammstedt nasceu em Bielefeld, em 1975. Vive atualmente em Berlim. Erledigungen vor der Feier, o seu romance de estreia, foi publicado em 2003. Seguiram-se os romances Wir bleiben in der Nähe (2005), Der Kaiser von China (2008) e Die Abenteuer meines ehemaligen Bankberaters (2012). O seu romance mais recente, Morgen mehr, foi publi- cado originalmente em capítulos semanais na inter-net, entre janeiro e abril de 2016, antes da publicação oficial em livro. Rammstedt recebeu diversos prémios literários ao longo da sua carreira, incluindo o Prémio Ingeborg Bachmann e o Prémio Annette von Droste- -Hülshoff.

Obra

Tilman Rammstedt

Apresentação pelo Goethe-Institut Portugal Leitura em português pelo ator Ulisses Ceia

Paris, 1972. O narrador anseia por começar a sua vida. Mas há um pequeno problema: ainda não nasceu. Na verdade, ainda nem sequer foi concebido. Os seus futuros pais não se conhecem, estão a mil quilómetros de distância e têm, por agora, outros problemas com que lidar: a mãe está em Marselha, prestes a ser sedu- zida por um francês, e o pai acabou de ser atirado ao rio Main, às portas de Frankfurt, com botas de cimento nos pés, sem saber como se vai soltar. A vida do narrador parece estar em perigo, mas decide não perder a esperança, preferindo acompanhar a diverti-da jornada dos seus pais até à capital francesa onde, espera, possa vir a começar a sua própria história.

Tradução: Gilda Lopes Encarnação

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Morgen Mehr Amanhã há mais

© Carolin Saage © Hanser Verlag

LocalLeitor

Quartel do Carmo da GNR

Ulisses Ceia nasceu em Lisboa, em 1980. Concluiu o curso de interpretação na Escola Superior de Teatro e Cinema em 2001 e iniciou a carreira profissional no Teatro Experimental de Cascais sob a orientação de Carlos Avilez. Em 2003 viajou para Londres, onde acabou por residir durante quatro anos, frequentan-do diversos cursos e workshops de teatro. Pertence, desde 2011, ao elenco do Teatro Educa, e trabalha regularmente com as companhias de teatro Artelier e This is That. Em 2014, estreou-se como encenador com A volta ao mundo em 80 dias da companhia de teatro Byfurcação.

O Convento do Carmo foi fundado em 1389 pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira. O grande ter-ramoto de 1755 e o subsequente incêndio deixaram em ruínas grande parte do convento e da sua igreja. Com a criação da Guarda Real de Polícia de Lisboa, pelo Intendente Pina Manique, em 1801, regista-se a ocupação militar do antigo Convento do Carmo. Desde 1868 passou a funcionar como Comando-Geral das Guardas Municipais de Lisboa e do Porto. Duran-te a Revolução dos Cravos de 1974, foi no Quartel do Carmo, sede do Comando-Geral da GNR, que o Presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo, Marcelo Caetano, se refugiou dos militares revoltosos. O cerco do Quartel do Carmo foi dirigido pelo capitão Salgueiro Maia.

Nota biográfica Largo do Carmo

Ulisses ceia

© Catarina Fernandes

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© Guarda Nacional Republicana

Autora

Áustria

Kathrin Röggla nasceu em Salzburgo em 1971. Traba- lha como autora de textos de prosa e de teatro e concebe peças para a rádio. A sua obra cruza uma grande variedade de técnicas literárias e níveis da linguagem, do jornalismo à ciência e à poesia, e foi distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Ítalo Svevo (2001), o Prémio Bruno Kreisky para o melhor livro político (wir schlafen nicht, 2005), o Prémio Anton Wildgans (2008), o Prémio de Teatro Nestroy (2010) e o Prémio Artur Schnitzler (2012), en-tre outros. Em 2002 estreou a sua peça fake reports no festival internacional de arte contemporânea Steirischer Herbst, numa encenação do Volkstheater Wien. Kathrin Röggla vive e trabalha em Berlim.

Obra

Kathrin Röggla

Apresentação pela Embaixada da Áustria Leitura em português pelos atores Daniela Gonçalves, Olinda Favas e Emanuel de Sousa

A peça fake reports baseia-se nos relatos jornalísticos sobre os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, presenciados por Kathrin Röggla, que na altura se en-contrava em Nova Iorque. Nas suas reações aos acon-tecimentos que se sucedem, os observadores sem nome, representantes do mundo dos media, tentam posicionar-se perante os acontecimentos indescrití- veis, tentando resistir à histeria geral e à desorien- tação pública e política. Quando, por fim, a linguagem falha perante a torrente das imagens, ficção e realidade acabam por se confundir.

Tradução: Helena Topa

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fake reports Relatórios falsos

© Karsten Thielker © S. Fischer

LocalLeitores

círculo eça de queiroz

Daniela Gonçalves formou-se profissionalmente na Seiva Trupe, Entretanto Teatro e Plebeus Avintenses, tendo colaborado com Roberto Merino, Moura Pinhei- ro, Júnior Sampaio, Ramos Costa, entre outros. Funda- dor do coletivo Ponto Teatro, participou na Trilogia do lugar, GH e Capital fuck.

Olinda Favas formou-se pela ESMAE (Teatro) e FBAUP (Performance). Participou na Trilogia do lugar e Capital fuck, PNTeatro; Águas profundas e Cassandra, Nuno M. Cardoso; Cem lamentos, Ana Luena; Eva à l’orange, Inês Vicente, entre outros projetos teatrais, performan- ces, vídeos e locuções.

Emanuel de Sousa é encenador, ator e arquiteto, ten-do sido laureado 2016 do Institut Français. Fundador e diretor artístico do coletivo Ponto Teatro, assinou a en- cenação e a cenografia da Trilogia do lugar, GH, Capital fuck, entre outros.

O Círculo Eça de Queiroz é uma agremiação de caráter intelectual e social, fundada em 1940, com o objetivo de fomentar o bom convívio entre os seus sócios e convidados e também o gosto pelas letras e as artes, por meio de conferências, exposições e concertos. Grandes figuras da cultura portuguesa e estrangeira têm passado pelo Círculo, como convida-dos ou conferencistas. O seu primeiro sócio de honra foi Maurice Maeterlink, Prémio Nobel da Literatura. Aqui estiveram também T.S. Eliot, igualmente Prémio Nobel da Literatura, Graham Greene, Ortega y Gasset, e muitos outros. Em 2005 foi conferido ao Círculo Eça de Queiroz o estatuto de Utilidade Pública.

Notas biográficas Largo Rafael Bordalo Pinheiro, nº 4

Daniela Gonçalves Olinda FavaS Emanuel de Sousa

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© Círculo Eça de Queiroz © Teatro Nacional São João© Ponto Teatro

© Susana Baltic

Autora

Espanha

Cristina Peri Rossi é uma das mais importantes es-critoras em língua espanhola. Nascida em 1941, em Montevideu, viveu em França, Espanha e Alemanha. Publicou o seu primeiro livro em 1963. A sua obra está traduzida em mais de 15 idiomas em diversos géneros literários: poesia, contos, crónicas, ensaios, romances, artigos… através dos seus escritos, militou contra as ditaduras e a favor do feminismo e dos direitos dos homossexuais. Recebeu os mais importantes prémios entre os quais o Award Book de Poesia (1992), Prémio Internacional de Poesia Rafael Alberti (2000), Prémio Loewe (2008), Prémio Internacional de Relatos Mario Vargas Llosa (2010) e Prémio Don Quijote de Poesía (2013).

Obra

Cristina Peri Rossi

Apresentação pelo Instituto Cervantes Leitura em português pelo ator John Wolf e leitura em espanhol pela escritora Lauren Mendinueta Participação musical de Juantxin Osaba

A contemplação, o desejo e a posse da beleza são episódios psicológicos que não terminam necessari- amente na destruição dos amantes, mas a proxi- midade entre a morte e a intensidade passional, a fugacidade do prazer e a dor de uma retenção impos-sível, levam-nos a temer a extinção que a luta amoro-sa anuncia. Mediante uma escrita perfeitamente con-trolada, de extraordinária fluidez e maestria, Cristina Peri Rossi faz participar o leitor na sua experiência do texto, da sedução e dos dilemas que o desejo nos coloca, da beleza – física ou literária – que pode chegar a dominar-nos. Ler esta novela é viver, até os últimos resultados, a aventura obsessiva da paixão e da síndrome de Stendhal.

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Solitario de amor - el amor es una droga dura O amor é uma droga dura

© Lil Castagnet © Editorial Teorema

LocalLeitores

academia de amadores de música

John Wolf nasceu em Madrid, mas vive em Portugal desde os anos 80. É autor de Portugal traduzido (2008) e de A reforma do palhaço e sete contos (2011). Bloguer e contador de histórias entre muitas outras atividades, define-se como um potpourri literário, com particular inclinação para o jogo de palavras no território do encontro e desencontro de culturas e línguas.

Lauren Mendinueta (Colombia, 1977). Poeta e ensaísta é considerada uma das mais importantes poetas jovens da América Latina. Conquistou três prémios nacionais de poesia e em 2011 o Prémio Nacional de Ensaio y Crítica de Arte. A sua poesia está traduzida em inglês, italiano, alemão, russo, português e francês. Tem traduzido Vasco Graça Moura, Nuno Júdice, Ana Luísa Amaral e José Luís Peixoto, entre outros, para castelhano.

Fundada em 1884 é uma associação musical de Utili-dade Pública, galardoada com a Ordem da Instrução Pública e com a Medalha de Mérito Cultural.O Padre Tomás Borba, figura cimeira da pedagogia musical do seu tempo, convida, em 1941, para a dire- ção artística da AAM o compositor Lopes-Graça, que será até à sua morte em 1994, a figura tutelar da Aca-demia e que pugnou para que a Música fosse reconhe- cida no meio intelectual e artístico. A Academia, atual- mente, traduz o seu legado histórico no propósito de inovação pedagógica e artística através da sua Escola de Música, dos seus grupos artísticos, numa relação constante com os compositores e abrindo o seu Ar-quivo Histórico à investigação.

Notas biográficas Rua Nova da Trindade, nº 18 – 2º Esq

John Wolf Lauren Mendinueta

© Kentor Thatcher © Antonio Sarabia

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© Cristina Teixeira e Rafa – AAM

Autor

Finlândia

Arto Paasilinna nasceu em Kittilä, na Lapónia finlande-sa, em 1942. Foi lenhador, operário agrícola, jornalista, poeta e é hoje romancista.Um dos romancistas mais bem-sucedidos na Finlân-dia e internacionalmente, com mais de sete milhões de cópias vendidas mundialmente e livros traduzidos em 27 línguas, Paasilinna é reconhecido como sendo um veículo crucial para o presente interesse interna-cional na escrita finlandesa. Paasilinna publicou mais de duas dezenas de livros, traduzidos em diversas línguas.O seu romance mais conhecido, A lebre de Vatanen, é um “best-seller” em França e na Finlândia, traduzido em 18 línguas, premiado com três prémios internacio-nais e adaptado para duas longas-metragens.

Obra

Arto Paasilinna

Apresentação pelo Instituto Ibero-Americano da Finlândia

Leitura em português pela cantora Cátia Sá

Vatanen é jornalista em Helsínquia. Num domingo de junho à tarde, quando volta do campo com um amigo, este atropela uma lebre numa estrada. Vatanen sai do carro e embrenha-se nos bosques. Consegue des- cobrir a lebre ferida, faz-lhe uma tala grosseira e mer- gulha deliberadamente na natureza.Este livro tornou-se um romance de culto nos países nórdicos, ao narrar as aventuras de Vatanen, deslo-cando-se ao longo das estações para o círculo polar, com a sua lebre servindo como uma espécie de salvo-conduto.

Tradução: Carlos Correia Monteiro de Oliveira

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Jäniksen vuosi a lebre de vatanen

@Ulla Montan © Relógio D’Água Editores

LocalLeitora

lisboa pessoa hotel

Cátia Sá nasceu em Lisboa, é cantora e compositora, licenciada em Estudos Portugueses e mestranda em Estudos Literários na Universidade Nova de Lisboa. Colabora com duas editoras de livros, a portuguesa a tua mãe e a brasileira Chão da feira. Atuou como cantora em várias salas de espetáculo entre elas a Casa da Música (Porto), o Music Box (Lis-boa) e Vooruit (Ghent). Editou dois álbuns Guta Naki e Perto como com a banda Guta Naki, colaborou, em 2016, com a banda de música eletrónica Octa Push e prepara agora o seu primeiro álbum a solo.

Com abundantes referências a um dos mais conhe-cidos poetas portugueses, o Lisboa Pessoa Hotel é um espaço moderno com notas de Art Deco e um ambiente leve e requintado onde se pode usufruir de calma e tranquilidade após passear pelas animadas e coloridas ruas de Lisboa. As cores claras, os materiais nobres, os toques dourados e cobre fazem deste Hotel um local chique e elegante. Com vista deslum-brante sobre a cidade o rio e castelo são o ambiente perfeito para desfrutar de um momento de lazer.

Nota biográfica Rua da Condessa, nº 13 A

Cátia Sá

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© Lisboa Pessoa Hotel© Nuno Ferreira

Autor

França

Oliver Bourdeaut nasceu à beira do Oceano Atlân-tico, em 1980. Recusando compreender o que ele queria aprender, o sistema de ensino depressa o devolveu à liberdade. Nessa altura, graças à ausência de televisão em sua casa, pôde ler com abundância e vaguear sonhadoramente quanto quis. Durante dez anos trabalhou no imobiliário, indo de falhanços a fiascos com um entusiasmo crescente. Depois, durante dois anos, transformou-se no res- ponsável de uma agência de peritos em chumbo e responsável de caçadores de térmitas, mas os insetos encarregaram-se de minar e roer a sua responsa- bilidade. Foi ainda abridor de torneiras num hospital e factótum de uma editora de livros escolares – na mouche – e apanhador de flor do sal de Guérande a Croisic, entre outras coisas.

Obra

Olivier Bourdeaut

Apresentação pelo Institut Français du Portugal Leitura em português pela atriz Ana Sofia Paiva com criação sonora de Florent Manevoh

Sob o olhar maravilhado e infantil do filho, um casal dança o Mr. Bojangles de Nina Simone. O seu amor é mágico, vertiginoso, uma festa perpétua. Em casa deles só há lugar para o prazer, para a fantasia, para os amigos.Quem dá o tom, quem conduz o baile é a mãe. Foi ela que adotou o quarto membro da família, a menina sem préstimo, uma grande ave exótica que deambula no apartamento da família. É ela que não pára de os arrastar, a todos, para um turbilhão de poesia e de quimeras.Mas um dia ela vai longe demais. O pai e o filho farão tudo para evitar o inelutável. Eles querem que a festa continue, custe o que custar.Nunca a expressão “amor louco” foi usada com tanta propriedade. O otimismo das comédias de Frank Capra, aliado à fantasia da Espuma dos dias, de Boris Vian.

Tradução: Rui Santana Brito

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En attendant BojanglesÀ espera de Bojangles

© editions Finitude © Graphickstock

LocalLeitora

Museu Arqueológico do Carmo

Narradora, cantadora e investigadora de tradição oral. Formou-se em Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema e mais tarde especializou-se em Promoção e Mediação da Leitura, na Universidade do Algarve. Dedica-se, desde 2008, à narração de contos, dentro e fora de Portugal, centrando-se no conto maravilho-so e na musicalidade da performance oral. É membro do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (FCSH-UL), do Centro de Estudos Ataíde Oliveira (UAlg), que alberga o Arquivo do Conto Tradicional Português, e da cooperativa Memória Imaterial, onde trabalha como investigadora, transcritora e recoletora de folclore poético e narrativo.

O Museu Arqueológico do Carmo, (nas ruínas da an-tiga igreja do Carmo), foi fundado em 1864 e é gerido pela Associação dos Arqueólogos Portugueses. Nos primeiros anos funcionou como uma espécie de “mu-seu de salvados”, recebendo peças de arqueologia, arquitetura e escultura ou fragmentos de monumen-tos, das mais diversas tipologias de arte, como pedras de armas e painéis de azulejo, entre outros objetos de interesse histórico artístico e arqueológico. Desde o ano 2000, o Museu acolhe inúmeras manifestações culturais, entre as quais se destacam a Festa da Arque- ologia, visitas guiadas, colóquios e exposições de arte contemporânea, concertos de música clássica e representações teatrais, aproveitando o magnífico cenário proporcionado pelas ruínas musealizadas da antiga igreja do Carmo.

Nota biográfica Largo do Carmo

Ana Sofia Paiva

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© José Morais Arnaud© Estelle Valente

Autor

Grécia

Andreas Staikos nasceu em Atenas, em 1944. Fez estu-dos de Letras na Universidade de Salónica, na Grécia, e de Teatro, em França, no Conservatoire Nationale d’Art Dramatique de Paris. Escreve, sobretudo, para o teatro, sendo considerado um dos mais importantes dramaturgos do seu país. Para além da sua extensa obra teatral, destaca-se, igualmente, como ficcionista e como prolífero tradutor, tendo traduzido para o grego, autores franceses dos séculos XVIII, XIX e XX. Lecionou no Instituto de Estudos Políticos de Atenas, bem como no Departamento de Estudos de Teatro da Universidade de Salónica e dirigiu, durante dez anos, um atelier de tradução teatral no Centro de Tradução Literária do Instituto Francês de Atenas, antes de integrar o Centro Europeu de Tradução Literária e Ciências Humanas. Atualmente vive em Atenas.

Obra

Andreas Staikos

Apresentação pela Embaixada da Grécia Leitura em português pelo professor José António Costa Ideias

Dâmocles e Dimitris são vizinhos. Os delicados aro-mas, de apetitosos cozinhados, que se evolam das suas cozinhas, acabam por os colocar em contacto. Gradu- almente, os dois homens vão percebendo, através de subtis pormenores, que, para além da comum paixão pela culinária, partilham, igualmente, uma outra paixão, a irresistível Nana. Incapazes de alterar o curso das coi- sas, vivem, passivamente, o doce inferno do amor, tor-nando-se totalmente dependentes da infiel amante. Vivem para a satisfazer, servindo-lhe deliciosos man- jares que ela, na maior parte das vezes, aprecia e enaltece…

Tradução: José António Costa Ideias

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ΕπικινδυνΕς ΜαγΕιρικΕς As ligações culinárias

© Stelios Skopelitis © Andreas Staïkos

LocalLeitor

Claustro do Museu de s. Roquesanta casa da misericórdia de lisboa

Professor universitário, doutorado em Estudos Por-tugueses/Estudos Comparatistas pela Universidade NOVA de Lisboa. Cofundador da Sociedade Europeia de Estudos Neo-helénicos (Grécia) e da Sociedad Hispánica de Estudios Neogriegos (Espanha), en-saísta, investigador integrado no CHAM (Portuguese Centre for Global History). Formador em História das Civilizações (Helenismo). Tradutor literário, sobretudo no domínio da ficção narrativa e do teatro, traduziu para a língua portuguesa vários autores gregos dos séculos XIX e XX e da atualidade. Deu voz (em língua grega) à instalação vídeo de Vasco Araújo, Hipólito (2003), a partir de Eurípides, obra apresen-tada em múltiplos festivais de arte em Portugal e no estrangeiro. Continua, ativamente, a traduzir autores gregos modernos e contemporâneos.

O Museu de São Roque da Santa Casa da Misericórdia localiza-se em pleno centro histórico de Lisboa, ocu-pando parte da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus, espaço adjacente à Igreja de São Roque. Fundado em 1905 com a invocação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, conserva notáveis obras de arte sacra do século XVI ao século XX que se exibem em torno de um claustro quinhen-tista centralizado com um espelho de água circun-dado por elementos vegetalistas de origem oriental, aludindo à presença portuguesa no Oriente. O Claus-tro do Museu de São Roque é dedicado ao Padre António Vieira, o Imperador da Língua Portuguesa.

Nota biográfica Largo Trindade Coelho

josé antónio costa ideias

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© Santa Casa da Misericórdia de Liaboa© Fotalmada

Autora

Itália

Simonetta Agnello Hornby, natural de Palermo, vive em Londres desde 1972, onde foi advogada em Di-reito de Menores e Presidente (part-time) do Special Educational Needs and Disability Tribunal. Com a editora Feltrinelli publicou La Mennulara (2002), La zia marchesa (2004), Boccamurata (2007), Vento scomposto (2009), La monaca (2010), La cucina del buon gusto (com Maria R. Lazzati, 2012), Il veleno dell’oleandro e Via XX Settembre (2013), Il male che si deve raccontare (com Marina Calloni, 2013) e Caffè amaro (2016). Com outras chancelas editou Camera oscura (Skira, 2010), Un filo d’olio (Sellerio, 2011), La pecora di Pasqua (com Chiara Agnello; Slow Food, 2012), La mia Londra e Il pranzo di Mosè (Giunti, 2014). Os seus livros, traduzidos e publicados em todo o mundo, conquistaram inúmeros prémios.

Obra

Simonetta Agnello Hornby

Apresentação pelo Instituto Italiano de Cultura Leitura em português pela atriz Inês Lapa

Maria é de uma beleza deslumbrante. Pietro apaixo-na-se por ela à primeira vista e pede-a em casamento sem se preocupar com o dote. Maria tem apenas 15 anos e Pietro 34; ele é rico, adora viajar, o jogo e as mulheres; ela vem de uma família humilde e socialista. Contudo, o casamento revela-se a escolha acertada: Maria descobre um sentimento mais alargado da exis- tência e, através do erotismo, no qual Pietro a inicia com naturalidade, alcança uma maior consciência de si e dos seus desejos, e também o gosto pela beleza e um sentimento de justiça muito pessoal.Dos Fasci sicilianos à instauração do regime, das leis raciais à Segunda Guerra Mundial, a autora transfor-ma a história e as escolhas nada óbvias de Maria na história de um segmento decisivo da Sicília e da Itália.

Tradução: Catarina Mourão e Marta Pinho

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Caffè amaro Café Amargo

© Dario Canova © Adaptação portuguesa Clube do Autor/ foto: Ferdinando Scianna

LocalLeitora

Sala do Brasão do Museu de S. Roquesanta casa da misericórdia de lisboa

Desde que tem memória que se lembra de andar pe-los palcos, mexer em x-atos e pincéis. Tirou escultura na FBAUL e música no Conservatório Nacional (Cel-lo). Estudou desenho, fotografia e escultura no AR.CO. Como actriz interpretou Hélia Correia, Shakespeare, Tchekhov, Pinter, Beckett, Jaime Salazar Sampaio, Abel Neves, Marivaux, Inês Pedrosa, Virgínia de Cas-tro e Almeida. Encenações de São José Lapa, Alberto Lopes, Jorge Fraga, João Perry e Rui Pedro Cardoso (Novecento, Alessandro Baricco). Com o Espaço das Aguncheiras e São José Lapa produz espectáculos, cenografias, adereços, vídeos e cartazes. Na TV como aderecista e actriz, trabalhou em ficção e entreteni-mento. Promove a igualdade de género e o equilíbrio entre o ser humano e a natureza.

O Museu de São Roque da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa guarda uma das mais completas coleções de arte sacra a nível nacional, com um espólio compre- endido entre os séculos XVI e XX. Os seus inícios remontam precisamente à Sala do Brasão, espaço re-abilitado em 1905 para albergar o Tesouro da Capela de São João Batista; tornando-se num dos primeiros museus sobre esta temática a ser criado em Portugal. Na atualidade esta sala apresenta o núcleo expositivo dedicado à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, dando a conhecer a história da instituição e da ação dos seus beneméritos através da exibição de objetos de relevante valor artístico e patrimonial.

Nota biográfica Largo Trindade Coelho

Inês Lapa

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© Pedro Soares © Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Autora

Portugal

Catarina Sobral é ilustradora e designer de comu-nicação, com incursões nas áreas da gravura e do cinema de animação. Autora, entre outros, dos livros ilustrados Greve (2011, Menção Especial no Prémio Nacional de Ilustração), Achimpa (Melhor Livro Infan-to-Juvenil/Sociedade Portuguesa de Autores e Prémio Fundación Cuatrogatos/Miami-2016) e O meu avô, cu-jas ilustrações receberam o International Illustrators Award Bolonha 2014. É autora de Vazio, premiado com um White Ravens 2014. Em 2017, recebeu o Pré-mio Nami Concours/Seul, na categoria Green Island, com o livro A sereia e os gigantes.Os seus livros estão traduzidos em francês, italiano, sueco, húngaro, alemão, espanhol, inglês, chinês e coreano.

Obras

CATARINA SOBRAL

Apresentação pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I. P.

Leitura em português pelo ator Miguel Fragata

Um dia, um investigador descobriu uma nova palavra: ACHIMPA. Ninguém sabia o que significava nem a que classe de palavras pertencia. Ainda assim, toda a gente passou a dizer achimpa quando e como bem lhe apetecia: “Que coisa achimpíssima” ou “Essa questão vai ser resolvida achimpadamente”.O meu avô acorda todos os dias às 6 da manhã. O Dr. Sebastião acorda às 7. Cruzam-se todos os dias à mesma hora. O meu avô já teve uma loja de relógios. Agora tem bastante tempo. O Dr. Sebastião não é relo- joeiro nem tem tempo a perder. O meu avô tem aulas de alemão e aulas de pilates. Achimpa e O meu avô são livros recomendados no Plano Nacional de Leitura para o 3º e 2º anos de escolaridade.

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ACHIMPAO MEU AVÔ

© Helena Tomás © Catarina Sobral e Orfeu Negro

LocalLeitor

Terreiro Místico da Igreja do Santíssimo Sacramento

Miguel Fragata é licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Fundou e dirige com Inês Barahona, a FORMIGA ATÓMICA. Trabalha regu-larmente com a companhia de teatro Mala Voadora e também como co-criador nos espetáculos de Mada- lena Victorino. Interpretou e cocriou espetáculos para crianças, com Inês Barahona, Agnès Desfosses (Com-pagnie Acta – Paris), Vera Alvelos, Catarina Requeijo e Madalena Victorino. Desenvolve projetos de relação entre as artes e a educação, através da criação de oficinas artísticas, visitas encenadas e pequenos es-petáculos para a Artemrede. Colabora com a editora Orfeu Negro, na criação de leituras encenadas.

A Paróquia do Santíssimo Sacramento foi criada em 1584, mas só em 1685 passou a ter igreja própria. Com o terramoto de 1755, caíram as torres sineiras e o teto da nave do templo, e o incêndio que a seguir deflagrou causou danos consideráveis. Face ao esta-do de completa ruína em que ficou o edifício, a Irman-dade procedeu à edificação de uma capela provisória, fechando os arcos do Terreiro Místico, uma espécie de claustro anexo à igreja. A Paróquia funcionou nes-ta igreja provisória até 1870. O traçado atual resulta da construção, entre 1822 e 1847, do salão da Irmandade e da torre sineira onde foram adaptados o relógio e os sinos provenientes do Convento da Trindade, após a expulsão das Ordens Religiosas.

Nota biográfica Calçada do Sacramento, nº 11

MIGUEL FRAGATA

© Bruno Simão

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© João Basílio

Autor

Reino Unido

Alex Bellos é autor de livros sobre o Brasil e sobre matemática. Um ex-correspondente na América do Sul para o jornal The Guardian, o seu primeiro livro foi Futebol: O Brasil em campo, um olhar sobre o Brasil através do seu desporto favorito. Os seus livros sobre matemática incluem Alex no país dos números: via-gem pelo maravilhoso mundo da matemática e dois livros de colorir com base na matemática. Tem atual-mente uma coluna no The Guardian onde escreve sobre matemática e puzzles.

Obras

Alex Bellos

Apresentação pelo British Council Leitura em português pelo professor e investigador Rogério Martins

Futebol: O Brasil em campoNo Brasil, o futebol simboliza a harmonia racial e a extravagância da juventude – é um desporto que ex- pressa a identidade de uma nação. Este livro explora o que torna este o ‘país do futebol’. Alex Bellos tece uma história de grandes nomes, ótimas equipas e grandes jogos de futebol. Misturando factos com len-das, histórias e mitos locais, descobrimos o que faz do futebol o estilo de vida brasileiro.

Tradutor: Jorge Viveiros de Castro

Alex no país dos númerosO mundo da matemática pode parecer irrelevante e por vezes aborrecido. Mas ela está por detrás de qua- se tudo nas nossas vidas: desde a geometria de uma moeda ao modo como a probabilidade pode ajudar a ganhar no casino. Em busca de fenómenos matemáticos estranhos e maravilhosos, Alex Bellos viaja pelo mundo e traz-nos uma mistura de história, reportagens e provas matemáticas que o deixarão impressionado.

Tradutor: Jorge Pereirinha Pires

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© Michael Duerinckx © Alex Bellos

Futebol: The Brazilian Way of LifeFutebol: O Brasil em CampoAlex’s Adventures in NumberlandAlex no País dos Números

LocalLeitor

Sala de Extrações da Lotariasanta casa da misericórdia de lisboa

Rogério Martins é o autor e apresentador do programa Isto é matemática, na SIC Noticias, um programa total-mente dedicado à divulgação da Matemática, que já vai na 11ª temporada. É também a voz de muitos dos vídeos de matemática da Khan Academy Portugal. Foi durante três anos Director da Gazeta de mate- mática, uma revista da Sociedade Portuguesa de Matemática. Foi orador convidado de várias palestras TEDx e escreve regularmente no Expresso online. É professor e investigador no Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa. Em 2012, foi conside- rado, pelo jornal Expresso, um dos 100 portugueses mais influentes.

Instalada num dos antigos claustros seiscentistas da Casa Professa de São Roque, a atual Sala de Extrações da Lotaria Nacional deve-se a um projeto traçado no início do século XX pelo arquiteto Adães Bermudes, responsável, também, pelo antigo Museu do Tesouro da Capela de São João Baptista, atual Museu de São Roque. Desde 1903 que a sorte “anda à roda” nesta sala, para cumprimento do decreto aprovado em 1783 por D. Maria I, concedendo à Instituição a exploração da Lotaria e assegurando, assim, que a Misericórdia consiga chegar a quem mais precisa.

Nota biográfica Largo Trindade Coelho

Rogério Martins

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© Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Autor

República Checa

Um dos mais bem sucedidos escritores checos da atualidade, Jiří Hájíček começou por escrever poesia, mas foi a prosa, que publica desde 1998, que lhe valeu o reconhecimento geral dos leitores e da crítica literária. Em 2006 e em 2013, recebeu o prémio da crítica literária checa Magnesia Litera pelos seus ro-mances Barroco rural (Selský baroko, 2005), e Sangue de peixe (Rybí krev, 2012). O romance Pau de chuva (Dešťová hůl, 2016) que completa a livre “trilogia rural do desassossego moral” ganhou o tradicional concur-so Livro do Ano, do jornal Lidové noviny, realizado desde 1928. Os livros de Hájíček foram traduzidos para várias línguas e o romance Os ladrões dos cavalos verdes (Zloději zelených koní, 2002) ins- pirou o filme do mesmo nome, com estreia em 2016.

Obra

Jiří Hájíček

Apresentação pela Embaixada da República Checaem Portugal

Leitura em português pelo ator Júlio Martín

O romance Pau de chuva (Dešťová hůl) descreve esquemas que envolvem os negócios com terrenos rurais herdados ou adquiridos no processo das res-tituições após 1989 e as relacionadas fraudes na política local. É uma história quase policial com uma profunda dimensão ética. Além de um retrato do con-flito entre mundos da cidade e do campo, o romance capta o mundo interior do protagonista que não está ancorado em nenhum destes meios antagónicos. A sua investigação, que o leva à aldeia da sua infância e juventude, é uma procura dele próprio, de uma terra em que possa lançar raízes. Nesta obra, Hájíček conseguiu ser um convincente conhecedor da alma campesina e também da alma humana.

Tradução: Hana Smiková

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Dešťová hůl pau de chuva

© Jakub Stadler © Lucie Zajíčková

LocalLeitor

Livraria Sistema Solar

Ator e encenador. Coordenador da licenciatura em Artes Performativas da ESTAL – Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa e Director Artístico do TUT – Teatro Académico da ULisboa. Membro do Teatro Maizum. Trabalhou com Jorge Listopad, desde o início do TUT, em 1981. Com ele, fez, também, As aventuras do valente soldado Schveik, de Hasek, na Companhia de Teatro de Almada, em 1994, e no TNDM II, em 2003, Audiência/vernissage/havel de Václav Havel, que es-teve presente na estreia. Na República Checa, filmou com o realizador David Jarab, Vaterland – a hunting logbook, em 2004. Em 2011, encenou, pela primeira vez em Portugal, a Comédia de insetos segundo Karel e Josef Capek, com o TUT. Participou na Noite da Literatura Europeia em 2014, lendo um poema de Jorge Listopad.

A livraria Sistema Solar | Chiado situa-se num recanto muito calmo do Pátio Siza – o interior de um quar-teirão com entrada pelo n.º 10 da Rua Garrett ou pelo n.º 29 da Rua do Carmo –, no local onde começa uma escadaria, desenhada por Siza Vieira, que nos leva aos Terraços que envolvem o Convento do Carmo, à parte superior do Elevador de Santa Justa e ao Largo do Carmo. Na livraria Sistema Solar encontra todo o catálogo Sistema Solar e Documenta, livros de poesia e de ficção, livros de arte e de ensaio, livros de artista e raridades bibliográficas. A Sistema Solar é uma editora independente que, desde 2012, com as suas chancelas Sistema Solar e Documenta, tem construí-do um catálogo especializado nos domínios da Arte, da Literatura e das Ciências Sociais.

Nota biográfica Rua Garrett, nº 10

Júlio Martín

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© Livraria Sistema Solar© Luísa Ferreira

Autor

Roménia

Nascido na Roménia em 1956, Matéi Visniec des- tacou-se na paisagem literária da Roménia dos anos 80. A sua obra foi proibida pelo regime de Ceausescu em 1987, altura em que se exilou em França, onde re-side e trabalha até hoje como jornalista para a Radio France Internationale. Tem mais de 30 peças editadas e já foi representado em países como Itália, Grã- -Bretanha, Polónia, Turquia, Suécia, Alemanha, Israel, Estados Unidos, Canadá, Japão e Brasil. Quase toda a sua obra dramática foi traduzida para português pela editora brasileira É Realizações. É o autor dramático vivo mais representado na Roménia e foi distingui-do com o Prémio Europeu 2009 da SACD e com o Prémio Coup de Coeur (imprensa) no Festival Off de Avignon, em 2008 e em 2009. Em 2016 recebeu o Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia pelo livro O negociante de inícios de romance.

Obra

Matei Vișniec

Apresentação pelo Instituto Cultural Romeno Leitura em português pelo ator Nuno Pinheiro

Os textos aqui reunidos são, na verdade, módulos pa- ra composição teatral. Nenhuma ordem é imposta pelo autor. São como pedaços de um espelho que- brado. Houve uma vez o objeto em perfeito estado. Ele refletia o céu, o mundo e a alma humana. E houve, não se sabe quando nem por quê, a explosão. Os pe- daços de que dispomos hoje fazem parte, sem dúvi-da, da matéria original. E é nessa pertença à matéria original que reside a sua unidade, perfume e identi-dade de atmosfera. Com esses monólogos, que con-vidam a construir um conjunto, o autor quis impor ao encenador uma única restrição: a liberdade absoluta.

Tradução (versão brasileira): Luiza JatobáAdaptação (versão portuguesa): Maria João Vicente

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TEATRU DESCOMPUS sau OMUL PUBELĂ Teatro decomposto ou O Homem-Lixo

© Victor Iemini © É Realizações Editora

LocalLeitor

Teatro da Trindade inatel

Nasceu em Lisboa em 1989. É licenciado em Teatro – Ramo Atores, pela Escola Superior de Teatro e Cine-ma e Mestre em Teatro – Especialização em Teatro e Comunidade pela mesma escola. Faz parte do Teatro da Garagem desde 2009, onde trabalha como ator e integra a equipa do Serviço Educativo, na qual orienta oficinas de teatro e projetos de formação. Para além do Teatro da Garagem trabalhou profissionalmente com João Brites, João Mota, Rui Mário, Sofia Ângelo e António Mortágua. Com experiência como formador e professor, conta ainda com diversos trabalhos em televisão, cinema e publicidade.

Orgulhoso da sua história de 150 anos dedicados à arte e à cultura, o Teatro da Trindade acolhe todas as formas de expressão artística, incluindo o cinema e as artes plásticas. Na sua programação cruzam-se grandes clássicos do teatro e novas dramaturgias e tem lugar de destaque a música, nas suas mais varia-das expressões, clássica ou contemporânea, passan-do pelo jazz e a música popular. Afirmando-se cada vez mais como um espaço de reflexão sobre o nosso tempo, através de conferências, colóquios e debates, promove uma construção sobre o mundo contem-porâneo que privilegia uma preocupação social e de promoção da cultura portuguesa que se articula com a missão da Fundação INATEL.

Nota biográfica Rua Nova da Trindade, nº 9

Nuno Pinheiro

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© Carla Pires © Pedro Bettencourt

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1. ALEMANHA Quartel do Carmo da GNR Largo do Carmo

6. grécia CLAUSTRO DO MUSEU DE SÃO ROQUESANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Largo Trindade Coelho

7. itália SALA DO BRASÃO DO MUSEU DE S. ROQUESANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA Largo Trindade Coelho

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6

3

2

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MBaixa-Chiado

Rua da Misericórdia

Rua Nova da Trindade

Rua da Trindade

Largo Trindade Coelho

Travessa da Trindade

Rua do Loreto

Praça Luís de Camões

NOITEDA LITERATURAEUROPEIA

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2. Áustria círculo eça de queiroz Largo Rafael Bordalo Pinheiro, nº 4

3. espanha academia de amadores de músicaRua Nova da Trindade,nº 18 – 2º esq.

4. finlândia lisboa pessoa hotel Rua da Condessa, nº 13 A

5. frança museu arqueológico do carmo Largo do Carmo

9. reino unido Sala de Extrações da LotariaSanta Casa da Misericórdia de Lisboa Largo Trindade Coelho

8. PORTUGAL Terreiro Místico da Igreja do Santíssimo Sacramento Calçada do Sacramento, nº 11

10. república checa livraria sistema solar Rua Garrett, nº 10

11. roménia Teatro da trindade inatel Rua Nova da Trindade, nº 9

4

1

5

8

10

M Baixa-Chiado

Rua do OuroRua da Condessa

Calçada do Carmo

Rua da Oliveira ao Carmo

Rua Augusta

Rua do Carmo

Calçada do Sacramento

Largo do Carmo

Travessa do Carmo

Rua Garrett Rua Nova do Almada

Afonso Cruz Carme Riera Keith Ridgway Lucian Vasilescu

Massimo Gramellini Mathias Énard Rosa Liksom Wolfgang Herrndorf

Anna Kim Deborah Levy Dulce MARIA Cardoso Miika Nousiainen

Jorge Listopad José F. A. Oliver Marcos GIRALT Torrente Ion Mureșan

Marguerite Duras Paolo Nori Afonso Reis Cabral Chantal Thomas

Chiara Gamberale Elfriede Jelinek Ioan Es. Pop

Maira M. Papathanasopoulou Rafael Chirbes Salla Simukka

Simona Racková Thomas Melle Andrés Trapiello Ann Cotten

Bruno VIEIRA Amaral Dimitris Dimitriadis Filippo Tuena Jakub Řehák

Léonora Miano Nicolae Prelipceanu Thees Uhlmann Tove Jansson

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A EUNIC Portugal é constituída pelos institutos culturais e por embaixadas de países membros da União Europeia com presença em Lisboa, que conta com o apoio da Representação da Comissão Europeia em Portugal e se dedica à promoção da identidade europeia através da realização das mais diversas atividades culturais.

A Noite da Literatura Europeia é um evento literário dedicado à divulgação da literatura europeia contemporânea, uma iniciativa promovida pelos Czech Centres (os centros culturais da República Checa) desde 2008, e que se celebra anualmente em diversos países da Europa.

Em Portugal, a primeira Noite da Literatura Europeia festejou-se no dia 24 de maio de 2013. Desde então, este serão literário – que é organizado pela EUNIC Portugal – já passou pelas zonas do Chiado e do Rato (2013), do Príncipe Real (2014 e 2015), e do Carmo e da Trindade (2016 e 2017). Integra, desde 2014, o pro-grama das Festas de Lisboa, tendo vindo continuamente a aumentar o número de países participantes – dos iniciais 8 para 11 – e o número de espetadores, pas-sando de 1300, na sua primeira edição, para cerca de 4000, em 2016.

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Organização:

Apoio à divulgação:

Apoio: Parceiros institucionais:

Parceiros:

Ficha técnica:

Coordenação: EUNIC Portugal

Equipa:British Council: Fátima Dias Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I. P.: Cristina Caetano, Maria C. Delcourt, Vera Silva Embaixada da Áustria: Manuel Malzbender Embaixada da Grécia: Eleni Bisbikopoulou Embaixada da República Checa: Anna Almeida Goethe-Institut Portugal: Gabi Ellmer, Guilherme Dutschke, Teresa Laranjeiro Instituto Cervantes: Gonzalo del Puerto Instituto Cultural Romeno: Marinela Banioti Institut Français du Portugal: Claudia Colli, Marthe Dionnet Instituto Ibero-Americano da Finlândia: Francisca Aires Instituto Italiano de Cultura: Luisa Violo, Silvana Urzini

Design: maap.com.pt Comunicação: Wake Up! Impressão e acabamento: Grafivedras Tiragem: 1000

Depósito legal: 359687/17

www.facebook.com/eunicportugalwww.noitedaliteraturaeuropeia.pt