noções de planejamento e gestão de negócios em ecoturismo

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Noções de Ecoturismo Gestão de Negócios Planejamento em e MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável Cartilha Noções de Planejamento e Gestão de Negócios em Ecoturismo Brasília maio de 2005

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Page 1: Noções de Planejamento e Gestão de Negócios em Ecoturismo

Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTESecretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável

Cartilha

Noções de Planejamento e Gestão de Negócios em Ecoturismo

Brasíliamaio de 2005

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Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministra do Meio AmbienteMarina Silva

Secretário-Executivo do Ministério do Meio AmbienteCláudio Langone

Secretário de Políticas para o Desenvolvimento SustentávelGilney Viana

Diretor de Economia e Meio Ambiente Gerson Teixeira

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SUMÁRIO

MÓDULO 01 CONCEITOS BÁSICOS DO ECOTURISMO E DO TURISMO SUSTENTÁVEL

Conceitos de turismo ........................................................................................................................ Condições para receber turistas ....................................................................................................

Motivos e tipos de viagens ..............................................................................................................

O potencial do turismo .....................................................................................................................

A Amazônia e sua vocação para o ecoturismo .........................................................................

O ecoturismo hoje na Amazônia ...................................................................................................

A fragilidade do meio ambiente na Amazônia ........................................................................

As unidades de conservação no Brasil e na Amazônia .........................................................

Princípios do ecoturismo .................................................................................................................

Quem é o ecoturista ..........................................................................................................................

Produto ecoturístico ..........................................................................................................................

Equipamentos turísticos compatíveis com o ecoturismo ....................................................

Principais impactos do ecoturismo ..............................................................................................

Alguns critérios para desenvolver o ecoturismo ....................................................................

Planejamento e organização do ecoturismo ............................................................................

O PROECOTUR ......................................................................................................................................

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MÓDULO 02 COMO INICIAR SEU NEGÓCIO

Motivações pessoais e o perfil do empreendedor .....................................................................

Gerenciamento de riscos e de resultados – viabilidade estrutural do negócio ..............

Implantação de um negócio ou uma atividade econômica ecoturística com sustentabilidade ...................................................................................................

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MÓDULO 03 CRIAÇÃO DE EMPRESA

Classificação de porte de empresa ..................................................................................................

Criação de uma empresa: sociedade civil, mercantil ou firma individual ..........................

Criação de uma cooperativa ou uma associação .......................................................................

Linhas de crédito e financiamento para o turismo – governamentais ...............................

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MÓDULO 05 PLANO DE NEGÓCIOS

Estou pensando em montar ou ampliar um negócio! Por onde devo começar? ........... 122

MÓDULO 04 TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E CONTROLE DO NEGÓCIO ECOTURÍSTICO

Habilidades gerenciais envolvidas ...................................................................................................

Técnicas de planejamento ..................................................................................................................

Técnicas de gestão contábil – financeira .......................................................................................

Técnicas de gestão operacional e de pessoas ............................................................................

Gestão de marketing, promoção e comercialização .................................................................

Técnicas de gestão ambiental ...........................................................................................................

Técnicas de monitoramento e controle das atividades ...........................................................

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1MÓDULOCONCEITOS BÁSICOS DO ECOTURISMO

E DO TURISMO SUSTENTÁVEL

TURISMOé a viagem temporária de pessoas para um lugar diferente de onde moram ou trabalham, por motivos diversos. Assim como, as atividades que os viajantes realizam durante sua permanência no local e as facilidades criadas para atender às suas necessidades.

TURISTASsão pessoas que viajam para localidades por motivos diversos e permanecem no local visitado pelo menos vinte e quatro horas.

O somente ocorre se existirem certas condições que motivem o viajante a abandonar seu domicílio habitual e a permanecer certo tempo fora dele.

TURISMO

MÃOS À OBRA!

Quais são as necessidades do turista durante sua visita em uma localidade?

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CONDIÇÕES PARA RECEBER TURISTAS

Um aspecto relevante para que o turismo ocorra diz respeito ao destino, sua atratividade, organização e estrutura para receber visitantes, tanto no aspecto de infra-estrutura construída (meios de alimentação e hospedagem, acesso e serviços de transporte) quanto no aspecto da hospitalidade (relações humanas, atendimento, serviços de informações).

O QUE SÃO!

ATRATIVOSsão elementos que despertam interesse nos viajantes e os motivam a viajar para conhecê-los ou revê-los. Podem ser classificados de diversas maneiras, mas há três principais:

Natu

rais

são os elementos da natureza que despertam interesse por sua beleza, possibilidade de recreação e inspiração emocional que transmitem, como praias, rios, lagoas, lagos, montanhas, penhascos, dunas, espécies de fauna e de flora, florestas, cerrado, entre outros.

Cultu

rais são os elementos que representam a forma como a população

de uma localidade vive, incluindo artesanato, culinária, festas tradicionais, música, dança, crenças populares, entre outros aspectos.

Histó

ricos são os elementos do patrimônio que representam a história

da localidade como ruínas, conjuntos arquitetônicos de época, arquitetura religiosa, esculturas, pinturas, sítios históricos, entre outros.

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INFRA-ESTRUTURAsão as construções existentes em uma localidade visando dar condições básicas para a organização socioeconômica. Ao falar em turismo, duas principais classificações são acordadas para nomear a infra-estrutura: básica e turística.

Básic

a existe para atender à cidade e sua população. Serve à indústria, ao comércio, à agricultura, às áreas residenciais como ao turismo. É composta dos seguintes serviços:

Abastecimento de água Coleta e disposição de esgotos

Energia elétrica e iluminação pública Limpeza pública

Estrutura de acesso (estradas, portos, aeroportos) Transporte coletivo

Comércio Comunicações

Abastecimento de alimentos Conservação de logradouros públicos

Poluição do ar e da água Serviços de segurança

Serviços de saúde Serviços de informação

Turís

tica

criada especificamente para atender às necessidades dos turistas. É composta dos seguintes serviços:

Meios de hospedagem Transportes turísticos

Locação de veículos Informações turísticas

Espaços para eventos Agências de viagem

Entretenimento Passeios

Hosp

italid

ade

é a forma como os visitantes são recebidos em um local. Pode estar relacionada com a infra-estrutura básica e turística (serviços de hospedagem, informações, entre outros) e com a maneira como as pessoas atendem e recebem os visitantes.

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MÃOS À OBRA!

Quais os aspectos positivos e negativos que a sua região apresenta para o desenvolvimento do turismo?

MOTIVOS E TIPOS DE VIAGENS

O homem sempre se locomoveu no espaço. No início, deslocava-se buscando comida ou abrigo. Com o tempo, passou a viajar com o intuito de conquistar novas terras. Atualmente, as pessoas viajam por motivos variados, que geralmente estão ligados à necessidade de lazer, repouso, trabalho ou como forma de adquirir novos conhecimentos.

O QUE É!

SEGMENTAÇÃO DO TURISMOé a classificação do turismo por tipologia, e está relacionado a aspectos variados, tais como:

motivações dos turistas: necessidade de lazer, descanso, cura ou saúde; conhecimento da cultura, história, natureza e religião ou atividades de interesse específico como ecoturismo, práticas esportivas, negócios, eventos, entre outros;

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procedência dos turistas: nacional, internacional, emissivo, receptivo;

formas de organização de viagens: individual, organizado;

faixa-etária: infanto-juvenil, adulto, familiar, terceira idade;

meio de transporte: aéreo, rodoviário, ferroviário, aquático;

composição social: classes privilegiadas, classe média, popular;

volume: minorias, massa;

âmbito geográfico: litoral, rural, montanha, urbano.

No Brasil, por muitos anos, o turismo cresceu de forma desordenada, sem planejamento ou preocupação com o modo como a atividade ocorria e com os resultados que poderia trazer para as localidades. Esse excesso de consumo constitui o chamado , que teve seu apogeu nas décadas de 70 e 80 e apresenta as seguintes características:

turismo de

Super utilização das áreas naturais, principais atrativos procurados pelos turistas;

Condições deficitárias para receber os turistas. As redes de tratamento de esgoto e abastecimento de água passaram a não atender ao número de pessoas nas localidades;

Crescimento desordenado das cidades para suprir as necessidades dos turistas, gerando especulação imobiliária e urbanização fora dos padrões;

Em meados dos anos 80, principalmente após as discussões que ocorreram no mundo em torno da idéia do desenvolvimento sustentável, a atividade turística passou a incorporar as preocupações com a sustentabilidade ambiental, cultural e social das localidades. Assim, novas formas de desenvolvimento da atividade surgiram. Entre elas, está o ecoturismo, uma das tipologias de turismo que mais cresceu no Brasil e no mundo.

massa

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MÃOS À OBRA!

Você já deve ter ouvido falar em ecoturismo um grande número de vezes. Escreva palavras que venham à sua lembrança quando se fala nesse segmento.

O QUE É!

ECOTURISMOÉ uma forma de fazer turismo, onde os turistas preferem visitar áreas naturais, relativamente intocadas, e compartilhar, com as populações locais, seus valores e tradições. Em 1994, o Instituto Brasileiro de Turismo, Embratur, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, produziu a primeira conceituação oficial da atividade no país: “Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”.

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MÃOS À OBRA!

A Amazônia é um lugar com vocação natural para o ecoturismo! Cite aspectos da sua região que comprovem essa afirmação.

O POTENCIAL DO TURISMO

Em todo o mundo, o turismo:

É a principal atividade econômica e a que mais cresce;

Emprega mais gente do que toda a população brasileira;

Gera muitas receitas, o que significa mais benfeitorias para os locais onde ocorrem atividades turísticas.

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Em relação ao ecoturismo:

Estudos desenvolvidos pelo World Travel & Tourism Council – WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo), mostram que cerca de 300 milhões de pessoas viajaram em 1999 em busca de belezas naturais.

Atualmente uma em cada dez pessoas que viajam a passeio é ecoturista. Por isso o ecoturismo é um tipo de turismo em rápida expansão, apresentando nos últimos dez anos uma taxa de crescimento de 7% ao ano.

A AMAZÔNIA E SUA VOCAÇÃO PARA O ECOTURISMO

A Amazônia apresenta aspectos naturais que tem grande relevância para o ecoturismo:

Rio Amazonas: maior e mais largo rio do planeta. A cada segundo, ele despeja no mar 175 milhões de litros de água. Isso corresponde a 20% do volume que todos os rios do mundo juntos lançam no mar.

Bacia Amazônica: maior bacia hidrográfica, cobrindo 5,8 milhões de km2.

Floresta Amazônica: maior floresta tropical existente. Mais da metade está em território brasileiro, abrangendo grande parte do território nacional.

A diversidade de ambientes naturais encontrados na Amazônia surpreende. Há matas de terra firme, matas de igapó, matas de várzeas, matas de bambu, ilhas de vegetação aquática, manguezais, cerrados, campinas e campos de terra firme. Nesses ambientes vivem:

as maiores árvores tropicais,

o maior número de espécies de peixes,

metade das aves conhecidas,

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a maior diversidade de insetos do mundo e

número significativo de outros grupos de animais, como répteis, anfíbios, mamíferos.

Também abriga povos tradicionais, ou povos da floresta, que utilizam – sem destruir – os recursos que a floresta oferece como resinas, látex, frutos, sementes, folhas, fibras e madeiras e passam seus conhecimentos de geração para geração.

Abriga 215 grupos indígenas que falam 170 línguas distintas

É o lar de milhares de famílias extrativistas.

Seus costumes refletem a convivência harmoniosa com a natureza, o que se traduz nas ricas manifestações da cultura amazônica, com seu folclore, sua música, suas danças, seu artesanato e sua culinária.

MÃOS À OBRA!

Os turistas procuram experiências diferentes daquilo que vivenciam nas suas regiões de origem. Com base nesta consideração, quais características naturais e culturais existentes na sua região podem despertar interesse turístico?

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O ECOTURISMO HOJE NA AMAZÔNIA

A Amazônia é um local que desperta interesse mundial, devido às suas características naturais e culturais. Apesar disso, relativamente poucas pessoas viajam para a região. No Brasil, e na Amazônia principalmente, o ecoturismo é uma atividade em fase inicial de planejamento e conta com o apoio de programas governamentais para sua expansão de forma adequada, conforme será abordado na página 30.

Atualmente o Instituto Brasileiro de Turismo, EMBRATUR - órgão responsável pelo desenvolvimento de pesquisas de demanda internacional e acompanhamento da atividade turística no país - demonstra que, por ano, uma média de cinco milhões de turistas estrangeiros são recebidos no Brasil. Desses, chegam à Amazônia menos de 100 mil pessoas.

MÃOS À OBRA!

Quais características diferenciam a Amazônia do resto do mundo? Na sua opinião, o que falta para transformar a Amazônia num destino turístico de relevância nacional e internacional?

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A FRAGILIDADE DO MEIO AMBIENTE NA AMAZÔNIA

A floresta amazônica é a maior floresta contígua do mundo e tem a rica biodiversidade como característica mais marcante. Apresenta uma área de 6,3 milhões de Km2 abrangendo diversos países, desde os contrafortes dos Andes ao noroeste da Bolívia; oeste do Peru; Equador, boa parte da Colômbia, sul da Venezuela, e 61% da região centro norte do Brasil, num total de 5.217.423 Km2 nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Roraima, Pará, norte do Tocantins, oeste do Maranhão e norte de Mato Grosso.

O naturalista alemão Alexandre Von Humboldt denominou-a como “uma grande zona fitogeográfica, coberta pela floresta equatorial, que constitui a Hiléia Amazônica” O governo brasileiro para efeitos de políticas públicas resolveu chamar de “Amazônia Legal”. Essa imensa área possui grande interesse ecoturístico de abrangência global.

Cerca de 20 milhões de pessoas vivem hoje na Amazônia, a maioria em áreas urbanas. A população também inclui indígenas, seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, agricultores, garimpeiros, madeireiros e pecuaristas, entre outros.

Entretanto, as formas atuais de exploração e desenvolvimento econômico na Amazônia representam grande risco para o meio ambiente global. A agricultura de grãos, as fazendas de gado, a exploração de minérios e a extração de madeiras sem o devido já destruíram cerca de 15% da cobertura vegetal existente. Nesse ritmo, milhares de espécies de animais e plantas ainda desconhecidas pela ciência correm o risco de extinção.

manejo

O QUE É!

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELé um modelo de desenvolvimento que compatibiliza as necessidades de crescimento com a redução da pobreza e a conservação ambiental. Nesse modelo, complementam a dimensão econômica:- a dimensão ética (diz respeito a um padrão duradouro de organização da sociedade); - a dimensão temporal (necessidade de planejar a longo prazo);- a dimensão social (relacionada à diminuição da desigualdade social e à pluralidade política); - a dimensão prática (necessidade de mudança de comportamentos e hábitos de produção e consumo). (fonte: Agenda 21 Brasileira, MMA, 2004)

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CONHEÇA MAIS

A preocupação mundial com o meio ambiente começou no final da década de 60 e início de 70. Em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, foi produzida a Declaração de Estocolmo, que introduziu, pela primeira vez na agenda política internacional, a dimensão ambiental como condicionadora e limitadora do modelo tradicional de crescimento econômico e do uso dos recursos naturais. Vinte anos depois, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, constituiu-se num marco referencial do movimento ambientalista mundial.

Um documento publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1982, conhecido como Nosso Futuro Comum ou Relatório Brundtland explica o desenvolvimento sustentável como sendo “um modelo de desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”

MÃOS À OBRA!

Que atividades devem ser incentivadas para compatibilizar a melhoria da qualidade de vida da população com a conservação do meio ambiente na Amazônia e a promoção do desenvolvimento sustentável?

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O QUE É!

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO - UCEspaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. (LEI N° 9.985, de 18 de junho de 2000, que institui o SNUC, Sistema Nacional de Unidades de Conservação.)

AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BRASIL E NA AMAZÔNIA

Cerca de 7,44% do território nacional constitui-se de Unidades de Conservação Federais, sendo 2,61% Unidades de Conservação de Proteção Integral e 5,52% de Unidades de Conservação de Uso Sustentável (de uso direto).

O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais em atividades educacionais, científicas e recreativas.

Já as Unidades de Uso Sustentável tem como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

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O QUE É!

PLANO DE MANEJOdocumento técnico fundamentado nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, mediante o qual estabelece-se o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, incluindo a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.

PLANO DE USO PÚBLICOdocumento técnico que define o conjunto de atividades que podem ser desenvolvidas pelas pessoas durante a visitação a uma determinada unidade de conservação.

Cada unidade de conservação pode ser classificada de maneira diferenciada, de acordo com o objetivo de sua constituição. Para definir estes critérios foi estabelecido o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC que estipula as categorias de manejo.

Em termos de tipos de visitação, as unidades de conservação são classificadas de acordo com o quadro a seguir:

NA AMAZÔNIA

Atualmente, na Amazônia Legal existem 111 unidades de conservação federais, sendo: - 39 Unidades de Conservação de Proteção Integral e 72 Unidades de Conservação de Uso Sustentável. (fonte: DAP/SBF - Ministério do Meio Ambiente, 2005)

De modo geral, o ecoturismo é uma atividade que tem afinidade com as UCs, já que tem, como finalidade, relacionar-se com a natureza preservada, abundante e diversificada. Além disso, pode se tornar uma alternativa de renda para a população que vive no entorno das Unidades.

Contudo, para que o ecoturismo ocorra de forma ordenada, é necessário elaborar o Plano de Manejo da Unidade de Conservação em questão, no qual deve estar contido o Plano de Uso Público.

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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TIPOS DE VISITAÇÃO

Categorias de manejo da unidade de conservação

Tipos de visitação

Áreas de Proteção Ambiental (terras públicas e particulares)

Definida pelo gestor para as áreas de domínio público

Estação Ecológica (posse e domínio público)

Somente com objetivo educacional

Floresta Nacional (posse e domínio público)

Condicionada ao plano de manejo, às normas do órgão gestor e aos

regulamentos

Monumento Natural (podem ser constituídos também por áreas

particulares)

Condicionada ao plano de manejo, às normas do órgão gestor e aos

regulamentos

Parque Nacional, Estadual e Municipal (domínio público)

Educação, interpretação ambiental e recreação em contato com a natureza

Reserva de vida silvestre (podem ser constituídos também por áreas

particulares)

Condicionada ao plano de manejo, às normas do órgão gestor e aos

regulamentos

Reserva biológica (posse e domínio público)

Compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no plano de

manejo

Reserva de Desenvolvimento Sustentável (domínio público e uso concedido às populações extrativistas tradicionais)

Compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto no plano de

manejo

Reserva de Fauna (posse e domínio público)

Condicionada ao plano de manejo e ao órgão gestor

Reserva Particular do Patrimônio Natural (área privada)

Turística, recreativa, educacional conforme se dispuser em regulamento

(Fonte: ECOTURISMO: visitar para conservar e desenvolver a Amazônia / Brasília: MMA/SCA/Proecotur, 2002.)

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PRINCÍPIOS DO ECOTURISMO

O ecoturismo é diferente do turismo convencional, porque considera que:

O não deve ser afim de atender às ;

estes, devem ser paraa .

ambiente transformadoexpectativas dos visitantes

preparadosexperiência da visitação

Esse é um dos primeiros mandamentos do ecoturismo, mas há uma série de outros:

Utilizar os recursos naturais e culturais de forma sustentável;

Oferecer produtos de qualidade aos visitantes;

Contribuir para a distribuição justa dos benefícios econômicos gerados;

Possibilitar o desenvolvimento de empreendimentos criados e gerenciados pelas próprias comunidades.

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MÃOS À OBRA!

Com base em seus conhecimentos sobre turismo, identifique diferenças entre o turismo de massa e o ecoturismo:

QUEM É O ECOTURISTA

Geralmente o ecoturista é um viajante que:

vive na cidade grande e deseja conhecer ambientes naturais conservados;

busca informações sobre os lugares a serem visitados;

gosta de aprender sobre o meio ambiente e o dia-a-dia das comunidades locais;

prefere sentir-se parte integrante do ambiente natural e da comunidade visitada;

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preocupa-se com a qualidade do ambiente, assim como com o bem-estar das comunidades anfitriãs;

prefere conhecer e adquirir produtos típicos da região.

PRODUTO TURÍSTICO

Já verificamos quais são as condições necessárias para receber os visitantes. Quando conhecemos o perfil do turista e os seus desejos, torna-se possível acoplar uma série de condições bem específicas para atendê-lo satisfatoriamente. Desta união surge um produto turístico.

O QUE É!

PRODUTO TURÍSTICOé formado pelos elementos necessários para atender os turistas no momento de sua viagem. É composto dos atrativos, facilidades ou serviços (hospedagem, alimentação, serviços de guia, passagens aéreas) e acessos. Difere de outros produtos, como os industrializados, por constituir-se de elementos e percepções intangíveis, que são sentidos pelo turista como uma experiência.

Algumas características específicas em relação ao produto turístico são:

É um bem de consumo abstrato e intangível, pois o turista não pode tocar o produto como um todo;

Não há como o turista estocar a viagem no bolso, ele vive a experiência e a guarda na memória;

É estático, pois não é possível mudar a localização ou a quantidade de uma atração turística;

O turista consome o produto ao mesmo tempo em que o serviço é prestado, assim o turista apenas pode avaliar os serviços prestados posteriormente à sua experiência;

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A demanda é instável e singular, sendo necessário o desenvolvimento de produtos diferenciados para atender estas pessoas;

O turismo concentra-se em algumas épocas e locais específicos, fenômeno chamado de sazonalidade, o que acaba por estabelecer a criação de produtos diferenciados para serem vendidos ao longo de todo o ano.

Com base nas diretrizes do ecoturismo, deve-se destacar que o seja baseado na conservação da natureza e no bem-estar das comunidades locais. Isto significa que as atividades oferecidas ao visitante, assim como a estrutura que o serve, não poderão ser prejudiciais de nenhuma forma ao ambiente.

produto ecoturístico

EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS COMPATÍVEIS COM O ECOTURISMO

De acordo com a EMBRATUR, os equipamentos turísticos representam “o conjunto de edificações, de instalações e de serviços indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística. Compreendem os meios de hospedagem, os serviços de alimentação, o entretenimento e diversão, o agenciamento, os transportes, a locação de veículos, os eventos, os guias, a informação e outros serviços turísticos”.

Especificamente em relação ao ecoturismo, os equipamentos devem apresentar as seguintes considerações básicas:

Não devem gerar lixo e poluição, que não possam ser manejados apropriadamente;

Devem consumir pouca energia e, preferencialmente, as renováveis e limpas;

Devem manejar os recursos hídricos adequadamente para não haver desperdício, e buscar a sua reutilização;

A alimentação básica oferecida deverá ser tipicamente da região e produzida na localidade;

Preferencialmente, devem utilizar mão-de-obra local e realizar programas de educação ambiental.

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Noções de

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MÃOS À OBRA!

Cite equipamentos turísticos compatíveis com o ecoturismo presentes na região em que você mora.

PRINCIPAIS IMPACTOS DO ECOTURISMO

Assim como outras atividades que o homem executa, o ecoturismo tanto pode trazer benefícios quanto prejuízos aos elementos envolvidos no processo. Por isso, é importante conhecer alguns de seus aspectos positivos e negativos. Para facilitar esse entendimento, estes aspectos foram divididos por grupos que apresentam características bem diversificadas: aspectos ambientais, socioculturais e econômicos.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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ASPECTOS AMBIENTAIS

Quando bem planejado e monitorado gera diversos aspectos

POSITIVOS

Quando não ocorre o devido planejamento e monitoramento gera

diversos aspectos NEGATIVOS

Destina recursos financeiros para a conservação e incentiva recuperação

de áreas degradadas

Alterações nos comportamento, hábitos alimentares e na reprodução de animais

silvestres pelo excesso de visitação e/ou presença de lixo

Estimula levantamento de dados sobre fauna e flora e incentiva a pesquisa

cientifica

Mudanças numéricas nas populações silvestres

Promove a educação ambiental e maior consciência ambiental nas populações

Comércio ilegal de espécies silvestres e de artesanatos que utilizam órgãos,penas ou

couro de animais

Viabiliza o uso de tecnologias ambientalmente sustentáveis

Geração de lixo, poluição do ar, água, solo, sonora e visual

Estimula a implantação de infra-estrutura básica, saúde, comunicação, segurança,

educação e comércio

Abertura de estradas, trilhas e atalhos inadequados

Valoriza áreas naturais e cria condições de conciliar desenvolvimento e conservação

Compactação e erosão do solo

ASPECTOS ECONÔMICOS

Quando bem planejado e monitorado gera diversos aspectos

POSITIVOS

Quando não ocorre o devido planejamento e monitoramento gera

diversos aspectos NEGATIVOS

Gera renda e emprega muita gente Especulação

Pode utilizar a infra-estrutura já existenteNa baixa temporada muita gente

pode ficar sem emprego, as atividades dependem das estações do ano

Desenvolve-se com produto locaisPode haver prejuízos econômicos como

conseqüências de boatos, problemas com doenças, mudanças no setor financeiro

Complementa outras atividades econômicas

A economia pode ficar dependente do ecoturismo como única fonte de renda

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Noções de

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ASPECTOS SOCIOCULTURAIS

Quando bem planejado e monitorado gera diversos aspectos

POSITIVOS

Quando não ocorre o devido planejamento e monitoramento gera

diversos aspectos NEGATIVOS

Contribui para a educação Gera antipatia pelo excesso de visitantes

Estimula o entendimento e a paz Descaracterização da cultura local

Reduz barreiras entre as pessoasDesentendimentos entre a comunidade

local e novos moradores

Reforça a conservação de heranças e tradições, valoriza a cultura local

Estimula aumento da criminalidade

ALGUNS CRITÉRIOS PARA DESENVOLVER O ECOTURISMO

Depois de analisarmos os princípios do ecoturismo e o perfil do ecoturista foi possível compreender as principais características e necessidades que permeiam o segmento. Assim, podemos identificar alguns cuidados que devem ser observados por aqueles que atuam com ecoturismo, ao desenvolver a atividade:

preparar os viajantes visando minimizar os seus impactos negativos, tanto em aspectos ambientais quanto culturais;

preparar os viajantes para cada encontro com culturas locais, e espécies da fauna e flora nativas;

minimizar os impactos dos visitantes no meio-ambiente, fornecendo literatura e instruções específicas, guiando pelo exemplo e tomando ações corretivas;

usar liderança adequada e manter grupos suficientemente pequenos para garantir o mínimo impacto no destino. Evitar áreas com manejo insuficiente e supervisitação;

assegurar que administradores, pessoal e empregados contratados saibam e participem da política da empresa para prevenir impactos no ambiente e na cultura local;

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fornecer programas de treinamento aos administradores, pessoal e empregados contratados. Estes programas devem visar a melhor orientação do visitante de ecossistemas frágeis;

contribuir para a conservação das regiões visitadas;

ofertar empregos competitivos à população local;

oferecer acomodações adequadas ao local, que não estejam desperdiçando recursos ou destruindo o meio-ambiente. Elas devem fornecer ampla oportunidade para o estudo do ambiente e um intercâmbio harmonioso com as comunidades.

MÃOS À OBRA!

Que comportamento você não gostaria de ver em um turista na sua região?

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Que mecanismos você dispõe para motivar o visitante a se comportar adequadamente?

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO ECOTURISMO

PLANEJAMENTO TURÍSTICO INTERNACIONALorientado e promovido por órgãos oficiais internacionais como a Organização Mundial de Turismo – uma agência especializada das Nações Unidas – que serve como fórum global de políticas públicas de turismo e é fonte de informações e divulgação de práticas e técnicas utilizadas para planejar e organizar o turismo no mundo.

O planejamento turístico tem como objetivo ordenar a atividade, buscando equacionar os princípios de sustentabilidade social, ambiental, cultural e econômica. O planejamento acontece em diversos níveis:

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PLANEJAMENTO TURÍSTICO NACIONALno Brasil é realizado pelo Ministério do Turismo – MTur, que tem como objetivo desenvolver políticas de turismo sustentáveis e inclusivas através de um modelo de gestão descentralizado no país. Para isto dispões de programas em diversas áreas como infra-estrutura turística, capacitação, legislação, entre outras. Suas atividades são complementadas por outros órgãos como o Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR, que é responsável pela divulgação do país no exterior, assim como pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio do Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal - PROECOTUR que elaborou 14 planos para o desenvolvimento do ecoturismo em pólos na Amazônia e por meio do Programa Nacional de Ecoturismo – PNE que desenvolve políticas de promoção do ecoturismo como instrumento de conservação ambiental em todo o país.

PLANEJAMENTO TURÍSTICO REGIONAL OU LOCALocorre em âmbito estadual ou abrange regiões, e se preocupa em ordenar o turismo no nível local. As secretarias de turismo municipais e estaduais apresentam um papel extremamente importante e fundamental na organização do turismo, já que atuam diretamente com o local aonde o turismo ocorre, possuindo maior proximidade com a realidade das viagens e dos viajantes. Ainda, essas secretarias contam com o auxílio de Fóruns Estaduais ou Comissões Municipais que são organizações compostas de pessoas que atuam na área do turismo, em atividades variadas (hotéis, guias, restaurantes, empresas de transportes, empresas de entretenimento, agências, entre outras) e que tem interesse no desenvolvimento do turismo de forma benéfica à todos os envolvidos.

PLANEJAMENTO TURÍSTICO DE EMPREENDIMENTOSocorre através da administração de cada empresa, contando com o apoio de entidades de classe como a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis – ABIH, Instituto de Hospitalidade – IH, Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV, Associação Brasileira das Operadoras de Turismo – BRAZTOA, entre outras.

É importante salientar que as organizações da sociedade civil e as comunidades locais podem e devem participar do processo de planejamento em qualquer nível, colaborando por meio de comissões e representações em cada uma dessas esferas. O planejamento do turismo deve ser feito por todos aqueles que são de alguma forma afetados por suas atividades, contribuindo para que seja uma atividade sustentável.

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MÃOS À OBRA!

Em sua região, há alguma instituição responsável pelo planejamento e organização do turismo? Cite algumas ações que este órgão vem desenvolvendo e outras que você acha que deveriam ser feitas.

O PROECOTUR

O PROECOTUR foi criado para viabilizar o ecoturismo na Amazônia Legal, como uma das bases para o desenvolvimento sustentável da região. É financiado pelo Governo Brasileiro e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e executado pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA, em parceria com o Ministério do Turismo – MTur, o IBAMA e os nove estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

O programa foi planejado para ser implantado em duas fases. Essa concepção é resultado de lições aprendidas com outros programas de desenvolvimento da atividade turística do governo federal, que evidenciaram que a implantação de investimentos em infra-estrutura, sem antes estabelecer uma base norteadora da atividade turística local e a consolidação institucional e legal das instituições governamentais, pode comprometer a sustentabilidade dos investimentos realizados.

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A proposta do PROECOTUR é possibilitar uma etapa de pré-investimentos, com esforços direcionados para o desenvolvimento do ecoturismo na região amazônica.

Assim, a chamada Fase I tem por objetivo disponibilizar os pré-requisitos essenciais para uma implementação bem-sucedida da segunda fase do Programa. Estes pré-requisitos referem-se à necessidade de seleção de áreas e de um planejamento cuidadoso para o desenvolvimento do ecoturismo, avaliação de demanda do mercado, treinamento básico, assistência técnica e investimentos nas localidades.

O QUE É!

PÓLO DE ECOTURISMOé formado por um grupo de municípios que concentram muitos atrativos ecoturísticos. Esses locais foram definidos em reuniões de trabalho nos próprios estados ou por meio de estudos de especialistas contratados para identificar os lugares com maior potencial ecoturístico. Resultou na identificação geográfica de pólos em 7 estados da Amazônia, a saber: Acre (02 pólos), Amazonas (02 pólos), Mato Grosso (02 pólos), Maranhão (01 pólo), Tocantins (02 pólos), Pará (03 pólos) e Rondônia (01 pólo). Os demais estados (Amapá e Roraima) teriam seus pólos definidos com os estudos elaborados ao longo da primeira fase (Mapa 1).

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COMPONENTES DO PROGRAMAO Proecotur foi estruturado em três componentes, que direcionam as ações a serem empreendidas nos pólos selecionados:

Componente 1 - Planejamento de Ecoturismo para a região da Amazônica: contempla a preparação de estudos que abrangem desde o planejamento das atividades de ecoturismo nos pólos até estudos para a criação de áreas protegidas e confecção de planos de manejo e de uso público para unidades de conservação.

Componente 2 - Gerenciamento do ecoturismo das áreas priorizadas: inclui o financiamento de pequenas, mas importantes obras de infra-estrutura pública, principalmente para ajudar a preservar os atrativos naturais e melhorar as áreas de recepção turística. Também inclui os estudos de pré-viabilidade e viabilidade para futuros investimentos públicos.

Componente 3 - Fortalecimento Institucional: inclui a etapa de capacitação, onde estão previstas atividades de treinamento. O objetivo é ajudar a elevar a competitividade dos serviços e produtos ecoturísticos oferecidos aos visitantes, e ampliar o conhecimento dos profissionais de turismo sobre a importância da conservação dos recursos naturais na região amazônica.

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2MÓDULO COMO INICIAR SEU NEGÓCIO

MOTIVAÇÕES PESSOAIS E O PERFIL DO EMPREENDEDOR

COMO INICIAR SEU (RENTÁVEL) NEGÓCIO?Geração espontânea – Sonho, “Mensagem do Além”?

“Achismo“?

Comprar ou associar-se a uma empresa bem-sucedida, já existente?

Conseguir uma franquia?

Aproveitar a terceirização feita pelas grandes empresas?

EMPREENDER !

Ato criador de alguém que é capaz de observar, analisar, identificar oportunidades e planejar um empreendimento, que dê conta de gerar produtos ou serviços que produzam sentimentos de satisfação, conforto e bem-estar nas pessoas que venham a consumir estes produtos ou serviços (mercado).

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CARACTERÍSTICAS QUE UM EMPREENDEDOR DEVE TER:

Iniciativa e busca de oportunidades

Persistência

Disposição para correr riscos calculados

Exigência de qualidade e eficiência

Comprometimento

Busca de informações

Estabelecimento de metas

Planejamento e monitoramento sistemáticos

Persuasão e rede de contatos

Independência e autoconfiança(Fonte- Sebrae/Programa Brasil Empreendedor/Orientação para Crédito,abril/2000)

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COMO IDENTIFICAR NOVAS OPORTUNIDADES ?

Uma nova empresa somente pode ser viável caso atenda a uma necessidade que ainda não esteja completamente satisfeita.

Uma necessidade pode estar satisfeita, porém existe a possibilidade de ter seu atendimento melhorado.

Um produto ou serviço muitas vezes pode vir a ser utilizado de forma diferente, abrindo novos nichos de mercado.

Pode ocorrer a descoberta de nova forma de satisfazer uma necessidade, por meio da invenção de um produto ou serviço.

Existe uma oportunidade caso haja algum tipo de necessidade humana por satisfazer.

Portanto, novas oportunidades sempre aparecem pelo fato de as necessidades humanas estarem em contínua mutação.

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GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE RESULTADOS – VIABILIDADE ESTRUTURAL DO NEGÓCIO

Todo tipo de negócio possui um risco, que lhe é natural.

O que é o Risco do Negócio?

é iniciar um negócio, cuja procura tenderá a estabilizar-se ou até reduzir-se no futuro próximo.

é investir um montante de capital, e não ser capaz de recuperá-lo, dentro do prazo esperado.

TENDÊNCIA DAS NECESSIDADES DO MERCADO MUDAREM, AO LONGO DO TEMPOAs pessoas (mercado) podem:

Alterar suas necessidades;

Alterar seus gostos;

Alterar seus hábitos;

Alterar seu poder de compra, etc.

O empreendedor deve estar, permanentemente atento às tendências de mudanças e ao perfil do mercado em seu negócio.

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COMO ANALISAR AS TENDÊNCIAS FUTURAS DO RAMO DE ATIVIDADE QUE SE DESEJA INGRESSAR?

Avaliar cuidadosamente os fatores que podem causar mudanças nas relações entre a oferta e a procura do negócio;

Identificar onde a procura está crescendo, pois aí estão as oportunidades mais favoráveis e os riscos são menores.

FATORES FAVORÁVEIS AO AUMENTO DA PROCURA POR PRODUTOS/SERVIÇOS ECOTURÍSTICOS

Crescimento demográfico (população),

Aumento do padrão de renda e vida da população;

Aumento do tempo livre das pessoas;

Maior conhecimento e nível de sofisticação da população;

Estabilidade da moeda do país;

Mercado estrangeiro crescente;

Maior poder aquisitivo e independência financeira dos jovens, maiores adeptos desta modalidade de turismo;

Crescente procura pelo turismo de contemplação e de aventura;

Pressão urbana (stress), que leva as pessoas a buscarem maior contato com a natureza;

Conscientização ambiental;

“Moda-verde”

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FATORES FAVORÁVEIS AO AUMENTO DA OFERTA POR PRODUTOS ECOTURÍSTICOS

A crescente substituição dos atuais fatores de produção (baseados na mão-de-obra) pelas novas tecnologias avançadas tem provocado o desemprego. O desemprego, por sua vez, gera o aumento do número de empresas individuais, micro e pequenas empresas, muitas delas voltadas para o negócio do ecoturismo.

Qualidade ambiental dos recursos;

Comunidades locais buscam por atividades compatíveis com o desenvolvimento sustentável;

Maior consciência da população a respeito das oportunidades econômicas baseadas nos conhecimentos tradicionais e na valorização do seu lugar.

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VARIAÇÕES CÍCLICAS NA PROCURA POR PRODUTOS E SERVIÇOS ECOTURÍSTICOS

Fatores causadores:Senilidade ou cansaço do produto/serviço ecoturístico - falta de novidades/inovação/produtos novos;

Causas sazonais – variações climáticas, eventos especiais (tais como epidemias);

Modismos que nascem e depois desaparecem;

Massificação;

Degradação ambiental;

Desgaste da infra-estrutura básica/urbana;

Baixa inserção na mídia;

Surgimento de novos destinos;

Desqualificação dos produtos/serviços;

Perda de competitividade de mercado pela prática de preços caros e/ou abusivos, face à capacidade de consumo do público alvo e/ou instabilidade econômica externa;

Produção de serviços e produtos insuficiente;

Inconseqüência e descontinuidade de programas e ações governamentais.

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IMPLANTACAO DE UM NEGÓCIO OU UMA ATIVIDADE ECONÔMICA ECOTURÍSTICA COM SUSTENTABILIDADE

O QUE É O ECOTURISMO?“E um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva a sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista, através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas“(Fonte: Grupo de Trabalho,Política e Programa Nacional de Ecoturismo organizado pelo Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo e Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal-1994).

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PRINCÍPIOS NORTEADORESTurismo responsável

Turismo de mínimo impacto

Formas de turismo que satisfaçam hoje às necessidades dos turistas, do trade turístico e das comunidades locais, sem comprometer as capacidades de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades

Turismo que é economicamente viável, mas não destrói recursos dos quais o próprio turismo dependerá no futuro, principalmente os recursos naturais e o tecido social da comunidade anfitriã e sua cultura

Planejamento estratégico integrado (União, Estados e Municípios)

Manejo e administração responsável

Monitoramento e avaliação constante

Educação ambiental

Parcerias com Associações locais e ONGs

Guias responsáveis e conscientes

Ética profissional no ecoturismo

Envolvimento da comunidade (geração e repartição de benefícios advindos da atividade, empreendedorismo,etc.)

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3MÓDULO COMO INICIAR SEU NEGÓCIO

CLASSIFICAÇÃO DE PORTE DE EMPRESA

INTRODUÇÃOAs duas principais normas que estabelecem classificações de firmas, segundo o porte empresarial no Brasil, são a Resolução GMC n.º 59/98 do MERCOSUL e o Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte no Brasil (Lei 9.841/99).

RESOLUÇÃO GMC NO. 59/98 DO MERCOSULPara fins de classificação quanto ao porte de empresa emprega o critério quantitativo do nível de faturamento, deixando margem para que o número de pessoas empregadas seja utilizado apenas como uma referência auxiliar, conforme o quadro abaixo:

ÁREA DE ATUAÇÃO

TAMANHO PESSOAL OCUPADO VENDAS ANUAIS US$

MICRO de 1 até 5 pessoas de 1 até 200.000

PEQUENA de 6 até 30 pessoas de 200.001 até 1.500.000

MÉDIA de 31 até 80 pessoas de 1.500.001 até 7.000.000

Comércio e Serviços

TAMANHO PESSOAL OCUPADO VENDAS ANUAIS US$

MICRO de 1 até 10 pessoas de 1 até 400.000

PEQUENA de 11 até 40 pessoas de 400.001 até 3.500.000

MÉDIA de 41 até 200 pessoas de 3.500.001 até 20.000.000

Indústria

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A resolução, no âmbito do Mercosul, além de servir como norte para a elaboração de políticas comuns aos Estados-Partes, teve seus critérios quantitativos adotados pelo Brasil para orientar as linhas de financiamento à exportação.

ESTATUTO DA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE NO BRASIL (LEI 9.841/99).O Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte é o principal marco legal do tema no Brasil e visa a servir como referência para a elaboração de políticas que respeitem o tratamento jurídico diferenciado e simplificado, determinado pela Constituição Federal em seus artigos 170 e 179.

Segundo o Estatuto, são consideradas :

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pres

as Tu

rístic

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Empresas (pessoa jurídica e a empresa mercantil individual) que exploram o segmento do turismo (por ex.: Agência de Viagem, Meio de Hospedagem, Restaurante, Empresa de Aluguel de Veículos e Equipamentos, etc.) que tenham auferido Receita Operacional Bruta anual ou anualidade (isto é, a receita média mensal multiplicada por 12 meses) até R$ 700 mil (setecentos mil reais). Como referência apenas, mas não como condição sine qua non (obrigatória), admite-se um número de pessoas nelas empregadas entre 1 e 5 funcionários, como vimos anteriormente (Resolução GMC n.º 59/98 do MERCOSUL).

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Pequ

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esas

Turís

ticas

Empresas do setor turístico (pessoa jurídica e a empresa mercantil individual) que tenham auferido Receita Operacional Bruta anual ou anualizada superior a R$ 700 mil e inferior ou igual a R$ 6.125 mil (seis milhões e cento e vinte e cinco mil reais). Referência quanto ao número de pessoas empregadas – de 6 até 30 funcionários (Resolução GMC n.º 59/98 do MERCOSUL). Tratando-se de empresa nova em fase de constituição, deverá o titular ou sócios, conforme o caso, declarar na situação de microempresa ou empresa de pequeno porte, que a receita bruta anual não excederá, no ano da constituição, o limite fixado no Estatuto/Lei. Não se inclui no regime do Estatuto da Microempresa e Empresa de pequeno porte, segundo o Art. 3º da Lei, aquela pessoa jurídica em que haja participação:I - de pessoa física domiciliada no exterior ou de outra pessoa jurídica;II - de pessoa física que seja titular de firma mercantil individual ou sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado na forma da Lei, salvo se a participação não for superior a cinco por cento do capital social.O disposto no inciso II acima não se aplica à participação de microempresas ou empresas de pequeno porte no caso de se tratar de centrais de compras e de outra forma de associação assemelhada (de artesãos, por exemplo).

UM POUCO DE ESTATÍSTICASegundo dados do IBGE, no ano de 2000 existiam cerca de 4,1 milhões de empresas no Brasil, onde as micro e pequenas empresas (MPE) respondem por cerca de 98% deste total. Em relação ao mercado de trabalho, existiam cerca de 30,5 milhões de trabalhadores no Brasil, nas empresas formais, onde as MPE respondem por cerca de 45% deste total, sendo que na indústria a participação era de 46,20%, no comércio 24,84%, e nos serviços 28,96%.No que concerne especificamente à participação no setor de comércio e serviços, o IBGE afirma que, no ano de 2001, as Micro e Pequenas empresas ocupavam cerca de 7,3 milhões de pessoas, representando 95,5% do total de empresas deste setor. O estudo constatou que, das 2 milhões de micro e pequenas empresas, 1,1 milhão era do tipo empregadora (administrada por empregados contratados) e 926,8 mil do tipo familiar (aquelas que são de propriedade de famílias ou por elas controladas, tendo passado de pais para filhos ou filhas).

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A titulo de curiosidade, serão consideradas:

Méd

ias Em

pres

as Tu

rístic

as

As empresas do setor turístico que tenham auferido Receita Operacional Bruta anual ou anualizada superior a R$ 6.125 mil e inferior a R$35 milhões (trinta e cinco milhões de reais). Referência quanto ao número de pessoas empregadas – de 31 até 80 funcionários (Resolução GMC n.º 59/98 do MERCOSUL).

Gran

des E

mpr

esas

Turís

ticas

As empresas do setor turístico que tenham auferido Receita Operacional Bruta anual ou anualizada superior a R$ 35 milhões. Referência quanto ao numero de pessoas empregadas - acima de 81 pessoas empregadas.

Serão também consideradas como Grandes Empresas aquelas que, embora possuam Receita Operacional Bruta inferior a R$35 milhões, pertençam a grupos econômicos cujo faturamento consolidado ou global ultrapasse esse valor. Faturamento consolidado significa a soma dos faturamentos individuais das empresas-filiais pertencentes a uma mesma empresa-mãe (Holding ou grupo de empresas pertencentes aos mesmos donos).

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CRIAÇÃO DE UMA EMPRESA : Sociedade Civil, Mercantil ou Firma Individual

INTRODUÇÃOCada tipo de empresa tem uma característica específica e serve para um determinado fim. É importante você se informar sobre cada uma delas e ver onde está inserido o seu empreendimento. O processo de abertura de empresa, em linhas gerais, é igual em todo tipo de atividade, o que difere são as categorias de sociedades existentes. O ideal é contar com a assessoria de um contador para auxiliar-lhe neste processo. Uma empresa pode ser constituída como Sociedade Civil, Mercantil ou Firma Individual. Um empreendimento que vá trabalhar como prestador de serviços será uma sociedade civil e terá o seu contrato social registrado no Cartório de Registro Civil de PessoasJurídicas, enquanto uma empresa mercantil, que poderá ser uma sociedade ou firma individual, constituída com o objetivo de exercer atividades comerciais ou industriais, ou comércio e indústria, terá o seu contrato social registrado na Junta Comercial.Confira as características e documentos necessários para estar legalizando cada uma delas:

A SOCIEDADE CIVILÉ constituída com o objetivo social de prestação de serviços e deve ser composta de, no mínimo 2 (dois) sócios. No caso do ramo de atividade do ecoturismo, por se tratar, na maioria dos casos, de um tipo de negócio como uma agência de viagem, uma empresa de locação de veículos, barcos e outros equipamentos, um meio de hospedagem ou um restaurante, geralmente constituído com o objetivo social de prestação de serviços, necessitará ter o Contrato Social registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e deverá adotar a figura de uma Sociedade Civil (identificada pela sigla “S/C”).

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COMO ABRIR A SOCIEDADE CIVIL?

1o. Passo: DEFINIR A RAZÃO SOCIALSignifica escolher o nome ou denominação do empreendimento e solicitar a busca de nome nos Cartórios de Registro Civil de Pessoa Jurídica do município onde irá ser sediada a empresa. No município de São Paulo,por exemplo, são dez os Cartórios a serem consultados. Isto depende de cada localidade. Uma vez eleito o cartório de registro, este mesmo providenciará a busca nos demais cartórios, quando houver.

2o. Passo: ELABORAR O CONTRATO SOCIALEm quatro vias, os sócios (quando for o caso) deverão rubricar as folhas e assinar na presença de duas testemunhas. Além disso, o contrato deve ser vistado pelo contador e/ou advogado e as assinaturas deverão ter firmas reconhecidas.

3o. Passo: REGISTRAR O CONTRATO SOCIAL NO CARTÓRIO DE REGISTROS DE TÍTULOS E DOCUMENTOSDepois de elaborar, assinar e reconhecer firma, o contrato deve ser levado ao Cartório de Registro de Títulos e Documentos, com os seguintes documentos anexados:

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Fotocópia autenticada do Registro Geral (RG ou “Carteira de Identidade”) dos sócios;

Fotocópia autenticada do Cadastro de Pessoa Física (CPF ou CIC) dos sócios;

Fotocópia autenticada do comprovante de endereço dos sócios;

Recibo de pagamento da Taxa para Registro. O valor desta taxa é proporcional ao capital da empresa, conforme tabela fornecida pelo próprio cartório. Após cinco dias, aproximadamente, as vias do contrato serão devolvidas e deverão ser encaminhadas ao Posto da Receita Federal ao qual a Sociedade for subordinada.

4o. Passo: DAR ENTRADA NA SECRETARIA DA RECEITA FEDERALEste passo é para permitir cadastrar a empresa no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e implica em:

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Preencher o documento Básico de Entrada do CNPJ, em duas vias, assinado pelo representante legal, com firma reconhecida (emitido automaticamente por meio de programa de computador -CNPJ, cujo disquete deverá ser retirado no Posto da Receita Federal da localidade).

Contrato Social registrado, original e fotocópia autenticada.

Fotocópia autenticada do CPF e RG dos sócios.

Preenchimento da Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica, Quadro de Sócios e Ficha Complementar, em disquete – programa CNPJ, fornecido pelo Posto da Receita Federal.

Fotocópia autenticada do comprovante de endereço dos sócios.

Comprovante de entrega do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) dos sócios, dos últimos cinco anos ou declaração de isenção.

Fotocópia autenticada do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou imposto equivalente da sede onde está registrada a empresa.

Taxa recolhida através da Declaração de Arrecadação da Receita Federal (DARF), código 6621.

O pedido de inscrição será deferido quando não constar nos registros do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) qualquer pendência (recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho dos empregados, INSS, Imposto de Renda, etc.) em relação aos sócios da pessoa jurídica. Constatada a inexistência de pendências, será concedido o Comprovante Provisório de Inscrição no CNPJ, com validade de 60 dias.

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5o. Passo: PROVIDENCIAR A INSCRIÇÃO NA PREFEITURA MUNICIPAL DA LOCALIDADE Mediante a entrega dos seguintes documentos:

Duas vias da Guia de Dados Cadastrais (GDC), que podem ser obtidas através da Internet, em algumas localidades ou pessoalmente nas Prefeituras Municipais, para obtenção do Cadastro de Contribuinte Mobiliário (CCM);

Original e fotocópia autenticada do CNPJ;

Original e fotocópia autenticada do Contrato Social registrado em Cartório;

Original e fotocópia autenticada do RG e CPF dos sócios;

Original e fotocópia autenticada do IPTU da sede;

Fotocópia autenticada do contrato de locação do imóvel sede, registrado em Cartório;

Livros Fiscais modelos 51 e 57 (recolhimento de tributos municipais, conforme a legislação vigente da localidade).

Juntamente com a liberação do Cadastro de Contribuinte Mobiliário (CCM), será entregue a Guia para o pagamento da Taxa de Fiscalização de Localização, Instalação e Funcionamento - TLIF (no caso de alguns municípios, São Paulo, por exemplo). De posse desta documentação deverá ser providenciado o Alvará de Funcionamento, junto à Administração da Prefeitura Municipal.

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6o. Passo: REQUERER O ALVARÁ (LICENÇA) DE FUNCIONAMENTONenhum imóvel poderá ser ocupado ou utilizado para instalação e funcionamento de atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços, sem prévia licença de funcionamento, expedida pela Prefeitura do Município. A expedição do Auto de Licença e Funcionamento será realizada mediante a apresentação de uma declaração de que o estabelecimento está de acordo com o documento de regularidade apresentado e que se encontra em condições de higiene e habitabilidade. Cada município, em função da legislação local terá suas exigências, mas, na maioria das vezes elas dizem respeito às condições adequadas dos sistemas elétrico, hidráulico, sanitário, dos revestimentos do piso (ex.: antiderrapante) e dos azulejos (ex.: até o teto) no caso de uma cozinha numa pousada ou em um restaurante, por exemplo.Também deverão ser anexados:

IPTU do imóvel (que deve ser comercial);

Cópia do Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM);

Taxa de localização e funcionamento (TLIF) nos municípios que se aplicar;

Habite-se (documento municipal renovável e obrigatório para a ocupação do imóvel ou local);

Visto atualizado fornecido pelo Corpo de Bombeiros;

Auto de Verificação de Segurança (AVS);

Alvará da vigilância sanitária;

Além de outras previstas na legislação da localidade (leis ambientais, estatuto da cidade, legislação específica voltada ao setor do turismo);

CPF/CIC e RG dos sócios.

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7o. Passo: PROCURAR UMA EMPRESA GRÁFICA DE IMPRESSOS FISCAISApós todos estes procedimentos e obtendo o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e do Cadastro de Contribuinte Mobiliário (CCM) a empresa deverá procurar uma gráfica de impressos fiscais e fazer o pedido dos talões de Nota Fiscal de Prestação de Serviços, a fim de que possa começar a funcionar.

A FIRMA INDIVIDUALSe o empreendedor ecoturistico for uma única pessoa, poderá ser o caso da constituição de uma Empresa Individual (ex.: um guia turístico que atue como profissional liberal ou autônomo).

COMO ABRIR A FIRMA INDIVIDUAL?Quem é pessoa física, caracterizada como profissional liberal ou autônomo que preste serviços individualmente, necessita apenas de registro na Prefeitura do Município em que irá exercer suas atividades.

A SOCIEDADE MERCANTILA Sociedade Mercantil é aquela constituída por duas ou mais pessoas, cuja atividade poderá ser industrial ou comercial, ou comércio e indústria. O seu registro é feito na Junta Comercial e deverá seguir basicamente os mesmos passos aplicáveis as Sociedades Civis.

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CRIAÇÃO DE UMA COOPERATIVA OU UMA ASSOCIAÇÃO

O QUE É UMA COOPERATIVA?

Além das formas mercantis anteriormente citadas, que se caracterizam prioritariamente pela busca do lucro empresarial, existem duas outras formas alternativas para a constituição de um novo negócio em ecoturismo nas localidades.

Ambas são formas legalmente reconhecidas – uma Sociedade ou Associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida.

Mas atenção: a constituição de uma associação ou cooperativa de trabalho deve ser da iniciativa dos próprios trabalhadores ou associados de uma localidade, e não dos donos de empresas, unicamente para se beneficiarem da dispensa do recolhimento dos encargos sociais.

A Lei 5764/71 estabelece e regulamenta o Cooperativismo no Brasil. Segundo o X Congresso Brasileiro de Cooperativas/ Brasília/ 1988, Cooperativa é uma organização de, pelo menos, vinte pessoas físicas, unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns, cujos aspectos legais e doutrinários são distintos de outras sociedades. Fundamenta-se na economia solidária e se propõe a obter um desempenho econômico eficiente, através da qualidade e da confiabilidade dos serviços que presta aos próprios associados e aos usuários.

RAMOS DE COOPERATIVASSegundo a nomenclatura adotada pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) são os seguintes os ramos e denominações das cooperativas existentes hoje em nosso país:

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De Trabalho - composto pelas cooperativas de trabalhadores de todas as categorias profissionais-, para prestar serviços a terceiros. Peculiarmente aplicável ao setor de turismo, poderemos constituir cooperativas de agentes de viagem, de guias e interpretes, de locadores de veículos e de equipamentos, de donos de pousadas e de restaurantes, etc.

Agropecuário – composto pelas cooperativas de produtores rurais, agropastoris ou de pesca, cujos meios de produção pertençam ao cooperante.

Consumo – composto pelas cooperativas dedicadas à compra em comum de artigos de consumo para seus cooperantes.

Crédito - destinadas a promover à poupança e financiar necessidades ou empreendimentos dos seus cooperantes. Dividem-se em:

De Econômia e Crédito Mútuo – estimular a poupança e desenvolver programas de assistência financeira e de prestação de serviços crediticios aos cooperados;

De Crédito Rural – específica para trabalhadores/produtores rurais.

Educacional - cooperantes são professores, alunos, pais de alunos, etc. (aquisição de material escolar, contratação de professores e serviços de infra-estrutura afins).

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Energia, Telecomunicações e Serviços - atende direta e prioritariamente o próprio quadro social com serviços específicos.

Especial – composto por cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas (relativamente incapazes, crianças em escolas de primeiro grau etc.).

Habitacional - destinadas à construção, manutenção e administração de conjuntos habitacionais para seu quadro social.

Mineral - cooperativas que tem a finalidade pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais.

De Produção - composto pelas cooperativas dedicadas aa produção de um ou mais tipos de bens e mercadorias, sendo os meios de produção propriedade coletiva, através da pessoa jurídica, e não propriedade individual do cooperante.

Saúde - dedicadas à preservação e manutenção da saúde.

Outros – todas as demais cooperativas que não se enquadrarem nos ramos anteriores.

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VALORES DO COOPERATIVISMOAjuda mútua;

Responsabilidade social;

Democracia;

Igualdade;

Equidade;

Solidariedade;

Transparência;

Honestidade;

Preocupação pelo seu semelhante.

PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMOAdesão voluntária e livre;

Gestão democrática e livre;

Contribuição eqüitativa para o capital;

Autonomia e independência;

Educação, formação e informação;

Fomento à intercooperação;

Interesse pela comunidade.

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DIREITOS E DEVERES DOS COOPERANTES

Direitos

Utilizar os serviços prestados pela cooperativa;

Tomar parte nas Assembléias Gerais, discutindo e votando os assuntos que nelas forem tratados;

Propor ao Conselho de Administração e às Assembléias Gerais as medidas que julgar convenientes aos interessados do quadro social;

Efetuar, com a cooperativa, as operações que forem programadas;

Obter, durante os trinta dias que antecedem à realização da Assembléia Geral, informações a respeito da situação financeira da cooperativa, bem como sobre os Balanços e Demonstrativos;

Votar e ser votado para cargos no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal;

No caso de desligamento da cooperativa, retirar o capital, conforme estabelece o Estatuto.

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Deveres

Integralizar as quotas-partes de capital;

Operar com a cooperativa;

Observar o Estatuto da cooperativa;

Cumprir fielmente com os compromissos, em relação à cooperativa;

Respeitar as decisões da Assembléia Geral e do Conselho Diretor;

Cobrir sua parte, quando forem apuradas perdas no fim do exercício fiscal;

Participar das atividades desenvolvidas pela cooperativa.

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e

Sociedade Cooperativa Associação

É uma sociedade de pessoas (mínimo 20 ) É uma sociedade de pessoas (mínimo 20)

Objetivo principal é a prestação de serviços econômicos ou financeiros

Objetivo principal é a realização de atividades assistenciais,

culturais,esportivas etc

Número ilimitado de cooperantes Número ilimitado de associados

Controle democrático= uma pessoa tem apenas um voto

Cada pessoa tem um voto

Assembléias: quorum é baseado no número de cooperantes

quorum é baseado no número de associados

Não é permitida a transferência das quotas-partes a terceiros,

estranhos à sociedadeNão tem quotas-partes

Retorno dos excedentes proporcional ao valor das operações

Não gera excedente

(Fonte-OCB-Organização das Cooperativas Brasileiras-Atualização e complementação da “Orientação para constituição de cooperativas” -organizado por Fred Fonseca/Balcão Sebrae/TO-s/data )

DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE COOPERATIVA E ASSOCIAÇÃO A seguir está apresentado um quadro comparativo que define as principais características que distinguem uma cooperativa, de uma associação.

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e

PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA SE CONSTITUIR UMA COOPERATIVA

Reunir um grupo de pessoas interessadas;

Determinar os objetivos da cooperativa;

Escolher uma comissão e um coordenador dos trabalhos;

Verificar as condições mínimas que viabilizam a sua constituição:

A necessidade é sentida por todos os interessados?

A cooperativa é a solução mais adequada?

A associação não poderia ser um primeiro passo anterior?

Já existe alguma cooperativa na redondeza que poderia satisfazer os interessados?

Os interessados estão dispostos a entrar com o capital necessário para viabilizar a cooperativa?

O volume de negócios é suficiente para que os cooperados tenham benefícios?

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e

Os interessados estão dispostos a operar integralmente com a cooperativa?

A cooperativa tem condições para contratar pessoal qualificado para administrá-la, e um contador para fazer a contabilidade, que tem características muito específicas?

A comissão deve procurar a Organização das Cooperativas no seu Estado (OCE) e adquirir o disquete com o modelo de Estatuto e formulários a serem preenchidos;

A comissão deve elaborar uma proposta de modelo de Estatuto da Cooperativa, e distribuir uma cópia para cada interessado, para discussão;

Definir o perfil da pessoa que deverá ocupar cada cargo eletivo na cooperativa, sondar possíveis ocupantes dos cargos (que são não-remunerados, mas sim pagos mediante pro labore). Para os cargos executivos, deverão ser contratados profissionais no mercado;

A comissão deverá convocar as pessoas interessadas para participar da Assembléia Geral de Constituição (Fundação da Cooperativa), de forma pública;

Realizar a Assembléia Geral de Constituição (mínimo de 20 pessoas interessadas).

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DEZ PROCEDIMENTOS PARA VIABILIZARA COOPERATIVA

Freqüente sistematicamente a sede da cooperativa, e quando for lá, não procure somente aspectos para ter o que reclamar;

Não procure apenas falhas no trabalho, valorize o foi feito e atingido pelo atual quadro de associados (gestão);

Procure sempre aceitar uma nova incumbência;

Quando a Diretoria solicitar sua opinião, participe;

Faça além do necessário;

Leia as comunicações da cooperativa com atenção e seriedade;

Caso seja convidado para algum cargo eletivo, vá;

Quando houver qualquer divergência na Diretoria, não opte por uma facção, mas procure ajudar na negociação entre as partes, tendo em vista o bem coletivo dos cooperantes;

Sugira, insista e cobre a realização de eventos, empenhe-se e participe;

Procure sempre responder os questionários da Diretoria solicitando sugestões.

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MÃOS À OBRA!

Tomando por base os valores da união das pessoas, da atuação das lideranças, da ética, da cidadania, do profissionalismo, da necessidade/capacidade de mobilização social e do trabalho integrado, vamos simular a constituição de uma cooperativa de trabalho dentre os participantes desta localidade?

PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS ORGANIZAÇÕES DE COOPERATIVAS ESTADUAIS ACESSE:

Site : http://www.ocb.org.br

E-mail: [email protected]

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LINHAS DE CRÉDITO E FINANCIAMENTO PARA O TURISMO – GOVERNAMENTAIS

Instituições públicas pertencentes à administração direta ou indireta, em seus diversos níveis (federal, estadual e municipal);

Instituições privadas brasileiras sem fins lucrativos, que possuam atribuições estatutárias para atuar em áreas do Meio Ambiente, identificadas como:

Organização Não Governamental (ONG); Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP);

Organização de Base (associações de produtores, de bairro ou outras).

Criado pela Lei 7.797 de 10 de julho de 1989, o Fundo Nacional do Meio Ambiente FNMA tem por missão contribuir, como agente financiador e por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA).

Desde sua criação o FNMA apóia projetos ambientais em todo o país, tendo investido mais de cem milhões de reais distribuídos entre mais de mil projetos aprovados.

Quem pode concorrer aos recursos do FNMA?

FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - FNMA

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Para serem consideradas elegíveis, as instituições privadas brasileiras sem fins lucrativos deverão integrar o Cadastro Nacional das Entidades Ambientalistas (CNEA/CONAMA) ou possuir, no mínimo, 2 anos de existência legal.

Como obter recursos?

A obtenção de recursos financeiros do FNMA está condicionada à apresentação de proposta que delineie ações para o aproveitamento do potencial natural de uma região ou que contribua para solucionar ou minimizar problemas ambientais relevantes.

Essa proposta deverá estar em conformidade com as Linhas Temáticas definidas pelo FNMA, e ainda ser apresentado conforme a orientação do Manual para Apresentação de Projetos, para projetos de Demanda Espontânea e, conforme os editais, para projetos de Demanda Induzida.

Para mais informações, acesse o sítio: www.mma.gov.br

É um Programa de apoio ao desenvolvimento rural, a partir do fortalecimento da agricultura familiar como segmento gerador de postos de trabalho e renda. O Programa é executado de forma descentralizada e tem como protagonistas os agricultores familiares e suas organizações.

PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR –PRONAF (SECRETARIA DA AGRICULTURA FAMILIAR DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA)

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A agricultura familiar é uma forma de produção onde predomina a interação entre gestão e trabalho; são os agricultores familiares que dirigem o processo produtivo, dando ênfase na diversificação e utilizando o trabalho familiar, eventualmente complementado pelo trabalho assalariado.

O que é agricultura familiar?

Construir um padrão de desenvolvimento sustentável para os agricultores familiares e suas famílias, visando o aumento e a diversificação da produção, com o conseqüente crescimento dos níveis de emprego e renda, proporcionando bem-estar social e qualidade de vida.

Qual é o objetivo do PRONAF?

Os beneficiários do Programa devem ser agricultores familiares, sejam eles proprietários, assentados, posseiros, arrendatários, parceiros ou meeiros, que utilizem mão-de-obra familiar, e tenham até 2 empregados permanentes. Além disso, não devem deter, a qualquer título, áreas superiores a 4 módulos fiscais, e no mínimo 80% (oitenta por cento) da renda bruta familiar anual devem ser provenientes da atividade agropecuária e não-agropecuária exercida no estabelecimento. O agricultor familiar deve residir na propriedade ou em povoado próximo.

Quais os requisitos para a participação no PRONAF?

O PRONAF promove negociações de políticas públicas com órgãos setoriais, o financiamento de infra-estrutura e serviços públicos nos municípios, o financiamento da produção da agricultura familiar (por meio do crédito rural), e a profissionalização dos agricultores familiares.

Quais as ações desenvolvidas pelo PRONAF?

Agricultores de qualquer município do País podem ser beneficiados pelo PRONAF, por meio do financiamento de sua produção e de programas de profissionalização. No caso do PRONAF Infra-estrutura e Serviços, serão beneficiados os municípios que forem selecionados, a cada ano, de acordo com critérios técnicos estabelecidos pelo Conselho Nacional e que tiverem o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural - PMDRS, aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS.

Qual a abrangência do PRONAF?

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O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar.

Quem coordena o PRONAF em âmbito nacional?

Quem integra o PRONAF?

Município: a Prefeitura, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS, os agricultores familiares, as organizações de agricultores familiares, e outros órgãos e entidades municipais, públicas ou privadas.

Estado: o Governo Estadual, o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - CEDRS, a Secretaria Executiva Estadual do PRONAF, as Superintendências Regionais do Incra, e outros órgãos e entidades estaduais públicas ou privadas.

União: o Governo Federal, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável - CNDRS, a Secretaria da Agricultura Familiar, e outros órgãos e entidades públicas ou privadas.

É uma linha de apoio financeiro do Governo Federal, com recursos não reembolsáveis, que atua em parceria com os governos municipais implementando as prioridades do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural, aprovadas pelo Conselho Municipal, nas áreas de infra-estrutura pública e serviços de apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar.

O que é o PRONAF Infra-estrutura e Serviços?

Desde 2003, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, vem intensificando seu apoio ao desenvolvimento do turismo rural nas propriedades de agricultores familiares.

As transformações no modo de organização das populações rurais, apontam o turismo como ferramenta capaz de proporcionar a diversificação da renda, a valorização da cultura local, a comercialização da produção pelos próprios agricultores familiares e ainda estimular o resgate da auto-estima dessas populações.

O PRONAF e o Turismo Rural

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“a atividade turística que ocorre na unidade de produção dos agricultores familiares que mantêm as atividades econômicas típicas da agricultura familiar, dispostos a valorizar, respeitar e compartilhar seu modo de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando produtos e serviços de qualidade e proporcionando o bem-estar aos envolvidos”.

O objetivo da linha de crédito:Promover o desenvolvimento rural sustentável através da implantação e fortalecimento das atividades turísticas pelos agricultores familiares, integrada aos arranjos produtivos locais, agregando renda e gerando postos de trabalho no meio rural, com conseqüente melhoria das condições de vida.

PROGRAMA DE TURISMO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR BASE CONCEITUAL - TURISMO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR

Visa prover recursos para o financiamento de empreendimentos , obras e serviços de finalidade ou de interesse turístico, a serem definidos pela EMBRATUR.

Condições das Operações Os financiamentos com recursos do FUNGETUR subordinam-se às seguintes condições básicas, além de outras que, a critério da EMBRATUR, se façam necessárias:I - Participação das Fontes de Recursos:a) FUNGETUR - Máximo de 80% (oitenta por cento) do valor do investimento fixo total do projeto;b) Recursos Próprios - Mínimo de 20% (vinte por cento) do valor do investimento fixo total do projeto;c) Na hipótese da existência de qualquer outro financiamento, o seu valor será deduzido da parcela do FUNGETUR;d) Nos convênios a serem firmados, a EMBRATUR poderá estabelecer a obrigatoriedade de participação do Agente Financeiro credenciado com até 10% (dez por cento) do valor financiado.

MINISTÉRIO DO TURISMO FUNDO GERAL DO TURISMO - FUNGETUR

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II - Prazos de Reembolso - até 120 (cento e vinte) meses, a contar da data da assinatura do contrato entre o Agente Financeiro e o mutuário;III - Prazos de Carência - compreendida no prazo acima, observados os limites mínimo de 6 (seis) e máximo de 36 (trinta e seis) meses, fixados com base na capacidade de pagamento do beneficiário e, também, em função do porte do empreendimento financiado e do período necessário à maturação do projeto.IV - Juros:a) 6% (seis por cento) ao ano, nos financiamentos a entidades Estaduais, Municipais, do Distrito Federal e à pequena e média empresas;b) 8% (oito por cento) ao ano, nos financiamentos às demais empresas.V- Atualização do Principal - com base no índice de variação da Taxa Referencial (TR) ou outro que o venha substituir no caso de sua extinção.VI - Remuneração do Agente Financeiro - a título de “del credere” de:a) 3% (três por cento) ao ano, deduzida dos juros cobrados na forma do inciso IV letra “a”;b) 4% (quatro por cento) ao ano, deduzida dos juros cobrados na forma do inciso IV letra “b”.VII - Reembolso do Principal e dos Encargos - em parcelas mensais, fixadas a partir do término da carência, entendido que, durante este período, o mutuário recolherá apenas os juros.VIII - Riscos Operacionais - a cargo do Agente Financeiro.IX - Garantias - Hipoteca de bens dos mutuários ou outras, a critério do Agente Financeiro.

A atuação do FNO abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Esse fundo oferta crédito a taxas de juros que variam, em função do porte do mutuário, de 8,75% a 14% ao ano para as operações relativas aos setores turístico, industrial, agroindustrial, de infra-estrutura, comercial e de serviços. Essas taxas de juros são reduzidas em 15%, a título de bônus de adimplência, desde que a parcela da dívida seja paga até a data do respectivo vencimento. Os recursos do FNO são destinados às micro, pequenas, médias e grandes empresas que desenvolvam atividades nos setores mineral, industrial, agroindustrial, turístico, de infra-estrutura, comercial e de serviços. Os prazos dos empréstimos podem ser de até 12 anos, incluídos até 3 anos de carência. As pessoas – físicas ou jurídicas – interessadas devem dirigir-se a uma agência do Banco da Amazônia S.A (Basa) o agente financeiro do FNO.

FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORTE - FNO

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EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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LINHAS DE CRÉDITO E FINANCIAMENTO PARA O TURISMO – BANCO DO BRASIL

Linhas de crédito Público-alvo Finalidade Prazo Pagamento

B B Giro RápidoFirmas individuais, micro e pequenas

empresaCapital de giro

Até 12 meses, com renovação automática e

sucessiva

MIPEM InvestimentoFirmas individuais, micro e pequenas

empresa

Financiamento a projetos de

investimento com ou sem capital de giro

associado

Até 36 meses, com até 12 meses de carência

MIPEM Proger Urbano

Firmas individuais, micro e pequenas

empresa

Obras de construção civil, aquisição de máquinas e

equipamentos, veículos e motocicletas

Até 60meses, com até 12 meses de carência.Veículos, com 2 meses

de carência

Proger Urbano Setor Informal- FAT

Trabalhadores autônomos

Financiamento de bens, serviços e capital de giro

Até 24 meses, com até 6 meses de carência

Proger Urbano Setor Informal- FAT

Profissionais liberais,portadores de conta/cheque especial

Financiamento de bens, serviços e capital de giro

Até 36 meses, com até 6 meses de carência

BNDES – Automático Micro, pequenas e médias empresas

Financiamento a projetos de investimento

Mínimo de 12 meses

FINAME Pessoas físicas e jurídicas

Aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos

Até 5 anos, com carência de 12 meses

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LeasingPessoas físicas e

jurídicasArrendamento de bens

novos ou usadosAté 36 meses

B B Giro Rápido TR+ 1,95% a.m. Fiança Até R$ 50.000,00

MIPEM Investimento TR+ 1,95% a.m.Fiança ou aval e garantias reais

Até R$ 35.000,00

MIPEM Proger Urbano TJLP + 5,33% a.a.Fiança ou aval e garantias reais

Até R$ 50.000,00

Proger Urbano Setor Informal- FAT

TJLP + 5,33% a.a.Fiança ou aval e garantias reais

Até R$ 5.000,00

Proger Urbano Setor Informal- FAT

TJLP + 6% a.a.Fiança ou aval e garantias reais

Até R$ 10.000,00

BNDES – Automático TJLP + 6% até 8,5% a.a. Garantia real e pessoal Mínimo de R$ 59.000,00

FINAME TJLP + 6% até 8,5% a.a. Garantia real e pessoal Mínimo de R$ 40.000,00

LeasingPré fixados: Veículos-

2,6% a.am ; outros bens- 2,8% a.m.

O próprio bem Mínimo de R$ 3.900,00

(Fonte- Banco do Brasil – Taxas sujeitas às variações de mercado)

Linhas de crédito Público-alvo Finalidade Prazo Pagamento

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e

4MÓDULO

TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E CONTROLE DO NEGÓCIO ECOTURÍSTICO

HABILIDADES GERENCIAIS ENVOLVIDAS

A implantação de um empreendimento exige uma série de habilidades gerenciais, que visam assegurar o cumprimento das funções básicas da administração do negócio:

Planejamento

Organização

Coordenação/Gestão de pessoas

Controle

TECNICAS DE PLANEJAMENTO

Planejar é a atividade de se pensar prévia e cuidadosamente nas linhas básicas mais importantes que caracterizarão o seu futuro negócio ou empreendimento. Não existe um modelo que sirva para todo mundo, mas algumas linhas gerais de preocupação devem ser observadas, como por exemplo:

o produto ou serviço ecoturístico em si

o mercado a que se destina

o objetivo do negócio (o que a empresa quer ser)

o objetivo do empresário (o que o(s) dono(s) quer(em) ser)

o valor do investimento

o capital próprio inicial necessário a ser detido pelo empreendedor e as fontes de financiamento disponíveis

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a capacidade de obter financiamento

a capacidade de recuperação/retorno do investimento

as exigências de capacidade técnica e empresarial exigidas pelo negócio , e assim por diante.

COMO SE FAZ O PLANEJAMENTO EM ECOTURISMO?

OS PASSOS DO PLANEJAMENTO

Prever acontecimentos futuros positivos ou negativos no turismo/ecoturismo da sua região;

Definir objetivos ou alvos que se queira atingir;

Definir como atingir os objetivos (etapas e estratégias);

Definir os recursos necessários para a ação/etapas;

Programar as atividades (ou etapas) que permitirão atingir os objetivos.

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Noções de

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Basicamente são dois os tipos de planejamento que devemos fazer, de acordo com a maior ou menor amplitude de abrangência e o prazo que queremos alcançar em nossas previsões (o chamado horizonte de planejamento). São eles:

POR QUE É IMPORTANTE FAZER O PLANEJAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS?

Antecipamos problemas e oportunidades;

Decidimos previamente o que fazer, de modo cuidadoso e eficiente;

Evitamos desvios, erros, repetições de atividades, ações de “apagar fogo”;

Trabalhamos de modo orientado e controlável;

Garantimos a continuidade do funcionamento eficiente das operações;

Mudamos as coisas no sentido certo, no tempo certo;

Chegamos a um uso mais eficaz dos recursos.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE PLANEJAMENTO?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Plan

ejam

ento

estra

tégi

co

Num primeiro momento, deve-se fazer uma previsão mais global do negócio (dita estratégica), sem se preocupar muito com os detalhes da operação propriamente dita. O planejamento estratégico é voltado para fora do ambiente da empresa e define os aspectos essenciais relativos aos produtos/serviços ecoturísticos, os estágios de evolução da infra-estrutura e do planejamento publico local, os mercados a serem buscados, a tecnologia a ser empregada, no médio e longo prazo.

caracterização geral do ambiente

inventário da oferta

caracterização da demanda

avaliação da opinião da comunidade

verificação das articulações existentes análise da situação organizacional

ASPECTOS ESSENCIAIS DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL A SEREM ANALISADOS

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

MÃOS À OBRA!

Considerando que são 5 as fases de um destino turístico

Exploração (descoberta)

Investimento

Desenvolvimento

Consolidação

Estagnação ou rejuvenescimento

Descreva o estágio que se encontra o destino turístico onde você pretende estruturar o seu negócio.

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Noções de

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Os objetivos do turismo no local estão claros? As necessidades locais são conhecidas e partilhadas por todos os envolvidos? As potencialidades turísticas são conhecidas e avaliadas?

Existe um diagnóstico turístico?Existe um plano orientado para desenvolvimento da atividade turística : diretrizes, projetos, programas e formas de financiamento?

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Noções de

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em

e

A comunidade (principalmente o setor empresarial), está participativa e atuante neste processo?

Pela sua natureza, o processo e a execução participativa são complicados;

Há necessidade de identificar os atores e os parceiros, assim como os diferentes tipos de conflitos existentes;

É preciso fazer um diagnóstico fiel;

É preciso identificar as lideranças e os interesses da comunidade;

Ás vezes esbarra-se na falta de compromisso político e na falta de continuidade na gestão política;

Há inexistência de instrumentos legais que garantam os rumos das principais diretrizes.

LIMITAÇÕES RELACIONADAS AO PROCESSO DO PLANEJAMENTO LOCAL:

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

MÃOS À OBRA!

Liste cinco pontos positivos e cinco pontos negativos relacionados à sua localidade, que podem influenciar o sucesso, a manutenção ou o fracasso do seu negócio.

Foram visualizadas até aqui - nesta primeira fase de planejamento - quaisquer restrições ou barreiras de alto risco ou mesmo intransponíveis para a implantação do negócio? Além do empresário, outros parceiros já experientes no ramo de atividade pretendido também foram consultados (ex.: parceiros, agentes financiadores etc.)? Mostraram favorabilidade?

Foi realizada a avaliação prévia e cuidadosa, com relação ao contexto mais amplo em que o futuro negócio estará inserido? Neste sentido, especial atenção deve ser dada aos aspectos relativos ao estágio de evolução do planejamento público do destino turístico, pois a sua maior adequação, certamente poderá afetar significativamente as chances de sucesso do futuro negócio a ser instalado. Então, considera-se que foi dado o “sinal verde“ para a idéia preliminar e estratégica do negócio (sua viabilidade inicial). Não? Reavaliam-se os riscos da empreitada, alteram-se as condições restritivas, replaneja-se ou abandona-se a idéia inicialmente concebida.

Parte-se para a etapa seguinte do projeto:

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Plan

ejam

ento

Ope

racio

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u Tát

ico

É chegado o momento de iniciar um outro nível da atividade de planejamento, agora com preocupações mais detalhadas por áreas de atividade e nas operações propriamente ditas. O Planejamento Operacional é voltado para dentro da futura empresa, define atividades, funções e operações no curto prazo (um ano) e exige conhecimentos técnicos específicos do negócio pretendido: noções de abertura de empresa, da produção e da prestação de serviços turísticos em si, da gestão de pessoas, da gestão financeira e de contabilização de negócios, de marketing e organização empresarial, dos aspectos da tributação, e assim por diante.

Em síntese, podemos comparar as duas formas de planejamento, conforme a seguir se apresenta:

Planejamento Estratégico Planejamento Operacional

• O enfoque é global• Mais voltado para fora da empresa (ambiente externo)• Define a “razão de ser” da empresa: produtos, serviços, mercados, tecnologias, etc• Voltado para o médio e longo prazo (mais de 1ano)• Feito pelo proprietário, sócio ou dono

• Enfoque localizado por área ou operação e por atividade• Mais voltado para dentro da empresa (ambiente interno)• Define atividades, funções, métodos e tempos de operações• Voltado para prazos mais curtos (até 1 ano)• Feito pelos responsáveis pelas áreas de atuação do negócio ou pelas operações

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

DIFICULDADES DO PLANEJAMENTO

Incerteza sobre o futuro

Incerteza sobre a reação dos agentes externos (clima, economia, política, etc)

Dificuldade de obter informações

Mudanças aceleradas

1.Dificuldades Naturais

Falta de disciplina, insistência eperseverança pessoal

Falta de crença no planejamento

Resistência das pessoas à mudança

Falta de qualificação

2.Dificuldades Humanas

Ausência de um método adequado para tomar decisões em grupo

3.Dificuldades Metodológicas

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Desconhecimento das necessidades das outras áreas de atuação da empresa (campo, administração, vendas, terceirizações, etc)

Sonegação de informações

Ausência de colaboração de outras áreas envolvidas

Falta de apoio da direção ou do sócio/empresário principal

4.Dificuldades Organizacionais

MÃOS À OBRA!

Cite 5 dificuldades reais para a realização de um correto e eficaz trabalho de planejamento que você encontra em seu ambiente de atuação

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Crença no planejamento e disciplina

Uma boa preparação

Participação e envolvimento pessoal

Fazer os planos por escrito

Fazer os planos de modo simples e direto

Enfatizar nos planos o que fazer

Traduzir o que fazer em números (metas)

Encarar o planejamento como uma rotina, um processo contínuo (e não único), que deve ser feito junto com outras tantas providências do dia-a-dia do empresário

Fazer o replanejamento em função de cada etapa do plano atingida ou não (feedback)

CONDIÇÕES PARA O BOM PLANEJAMENTO

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Planejamos pouco e, conseqüentemente, erramos muito durante o processo de execução das tarefas, uma vez que não prevemos antecipadamente as conseqüências de nossas ações.

CAMINHOS DO PLANEJAMENTO

Planejamento Execução

Curto Caminho Longo

Planejamento Execução

Longo Caminho Curto

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

TÉCNICAS DE GESTÃO CONTÁBIL – FINANCEIRA

O Fluxo de Caixa (ou “Cash Flow”, lê-se “Quéxe-flôu”) é um instrumento gerencial de manutenção diária. Auxilia o empresário na tarefa da administração do seu capital-de-giro evitando insuficiência de recursos financeiros (“caixa”) não-previstos, que acabam por provocar atrasos, inadimplência e o pagamento de juros e multas por atraso, e podem consumir parte do lucro mensal, às vezes desnecessariamente.

Capital-de-giro é o nome que se dá ao montante do capital total do negócio que o empresário precisa manter separado em dinheiro vivo - em Caixa e/ou saldo em conta corrente bancária ou ainda em aplicações facilmente (de um dia para outro) transformáveis em dinheiro (por ex. duplicatas descontáveis em banco, cheques pré-datados recebidos de terceiros, aplicações financeiras de curto prazo,etc.). Destina-se a financiar o dia-a-dia dos pagamentos exigidos pelo negócio , sem depender de novos recebimentos de receitas de vendas ou outros. Sem ele, o empreendimento corre o risco de atrasar pagamentos, ficar sem fazer compras à vista, parar, enfim . A seguir é apresentado um modelo muito simples, prático e eficaz para ser implantado imediatamente pelo empresário em seus estudos/negócios, e, com isso, evitar estes tipos de problemas.

PLANEJAMENTO FINANCEIRO E CONTROLE DO FLUXO DE CAIXA

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

RELATÓRIO DO FLUXO DE CAIXA

PERÍODO (diário, mensal ou anual) período período período

SALDO INICIAL DE CAIXA NO PERÍODO

(+) TOTAL DE RECEBIMENTOS NO PERÍODO:

a) vendas recebidas à vista

b) tickets alimentação

c) cartões de crédito

d) desconto de cheque pré-datado

e) empréstimos

f ) cheque especial

g)outros: convênios

TOTAL DE DISPONIBILIDADE

(-) TOTAL DE PAGAMENTOS NO PERíODO:

h) folha de pagamentos

i) concessão de vales/adiantamentos

j) fornecedores

k) consumo de água

l) consumo de eletricidade

m)consumo de telefone

n) consumo de gás

o) serviços prestados por terceiros

p) recolhimento de impostos e taxas

q) pagamento de seguros

r) Simples

s) CPMF e despesas bancárias

t) retiradas pro labore

u) rescisões trabalhistas

SALDO FINAL DE CAIXA NO PERÍODO

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

TÉCNICAS DE GESTÃO OPERACIONAL E DE PESSOAS

É a atividade de dividir o trabalho total a ser cumprido pela sua empresa (o produto ou serviço) em partes, e definir como estas partes (órgãos ou departamentos) trabalharão em conjunto entre si, da forma mais produtiva. Existem várias formas de dividir o trabalho das empresas de ecoturismo para atingir o sucesso, dentre elas:

ORGANIZAÇÃO

Por função ou especialidade – Ex: Recepção, Guia, Socorrista

Por turno de trabalho – Ex: Manhã/tarde, Noite/Madrugada

Por região geográfica – Ex: Pólo ecoturístico Norte, Sul

Por cliente – Ex: Público infantil escolar, adolescentes, estrangeiros

Por produto ou serviço – Ex: Trilhas, Canoagem, Rapel

POR QUE É IMPORTANTE ORGANIZAR A EMPRESA?

Contribui para a clareza nos papéis e funções

facilita o processo decisório eficaz;

permite localizar responsabilidades e o controle para efeitos de correções;

induz à cooperação.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Proporciona clima favorável á

produtividade;

satisfação no trabalho.

Faz ótimo uso dos recursos

humanos;

materiais;

financeiros.

CONSEQUÊNCIAS DA MÁ ORGANIZAÇÃO

INTERNAS

Desperdício de recursos, como matérias-primas, materiais de consumo e dinheiro;

Perda de tempo, de espaço físico e de boas idéias;

Má utilização do pessoal;

Limitação do crescimento da empresa/negócio;

Baixa produtividade e competitividade.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

EXTERNAS

Mau serviço ao cliente;

Comprometimento da imagem;

Afastamento da clientela;

Dificuldade na hora da obtenção de empréstimos/financiamentos;

Dificuldade na contratação/manutenção de mão-de-obra competente.

MÃOS À OBRA!

Você conhece, ou já ouviu falar, de pelo menos um exemplo de empresa ou negócio em sua região que sofre em decorrência do que aprendemos a chamar de má organização, não é mesmo ? Cite e caracterize 3 ou mais fatores que atestem o seu ponto-de-vista.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Um dos componentes mais relevantes para assegurar o sucesso nas atividades de prestação de serviços é, sem dúvida alguma, a eficaz gestão das pessoas envolvidas em todas as etapas do processo de trabalho. Na atividade turística isto é particularmente importante, já que os funcionários dos empreendimentos atendem diretamente aos visitantes. Na ocasião do atendimento, terão a oportunidade de:

GESTÃO DE PESSOAS

encantá-los (para o sucesso de nosso negócio), ou

decepcioná-los, caso o atendimento não seja condizente com as expectativas dos visitantes. Isso afetará bastante as chances do sucesso e sobrevivência do negócio.

Nas micro e pequenas empresas, na maioria das vezes, cabe ao(s) sócio(s) empresário(s) a tarefa de exercer a função administrativa básica de gestão das pessoas, o que se inicia pela etapa da direção ou condução participativa do negócio. Quando nenhum sócio tem esta condição, quer por experiência, formação ou até mesmo gosto, cabe à empresa contratar um gerente para exercer esta importante função, arcando, neste caso, com os gastos que daí advêm.

Consiste em estabelecer os planos de trabalho do negócio, com a participação e a colaboração das equipes de funcionários, bem como orientá-los sobre a execução das tarefas necessárias para atingi-los. A função de direção envolve os seguintes aspectos:

DIREÇÃO PARTICIPATIVA

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Comunicação – processo através do qual se fornecem ou trocam informações, idéias e sentimentos, por meio da linguagem. Pode se dar de duas formas:

Verbal - palavras faladas ou escritasNão verbal - gestos, posturas, expressões, silêncio. Pesquisas indicam que a comunicação ocorre:55% pelo não verbal38% pelo tom de voz07% pelo conteúdo.

O processo de comunicação envolve 5 aspectos:

Clara

Precisa

Concisa

Breve

MENSAGEM

CÓDIGO

EMISSOR RECEPTOR

RETROINFORMAÇÃO(“feed back”, lê-se fídibéque )

Características da boa mensagem:

Deixar de falar

Ser paciente

Eliminar distrações

Dominar seu temperamento

A habilidade de ouvir, pressupõe os seguintes aspectos:

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Demonstrar disposição para escutar

Estabelecer empatia com seu interlocutor

Fazer com que ele tenha confiança

Não criticar, nem argumentar em excesso

Perguntar o que for necessário, para entender a mensagem.

Delegação – consiste em dar autoridade aos funcionários para que eles ajam em nome do chefe.

Exigências:

estar disposto a abrir mão da tarefa

observar as áreas de interesse dos funcionários

confiar no funcionário e treiná-lo

controlar a distância e em pontos-chave

Motivação – é a predisposição, o interesse não forçado da pessoa pela realização de um trabalho e o seu cumprimento até o final. Fatores que influenciam a motivação:

relacionamento com a chefia

salários

benefícios

condições de trabalho

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

realização pessoal

reconhecimento

progresso

desafios

possibilidade de crescimento

responsabilidade

Chefia X Liderança?Hoje em dia, a autoridade decorre do conhecimento e não da posição detida pela pessoa. O chefe controlador dá lugar ao líder, que tem consciência de que trata com seres humanos e que será avaliado também pela capacidade de gerenciar as mudanças que a evolução do negócio exigir.

Características do Líder:

Comunica-se com facilidade

Tem transparência

Tem objetividade

Sabe ouvir

É acessível à equipe

É receptivo

Transmite segurança

Tem credibilidade

Ressalta o lado positivo dos fatos e das pessoas

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

É flexível ao assimilar e encaminhar as críticas

É um educador da equipe

Sabe identificar soluções e oportunidades

Incentiva à criatividade

É um modelo pessoal e profissional de admiração

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL é a combinação estratégica de um ou mais critérios de organização de negócios em seus vários níveis hierárquicos. Ex: O 1º nível hierárquico é organizado por função/atividade (recepção, alojamento, alimentação); o 2º nível, por produto/serviço (trilhas, canoagem e rapel) e o 3º nível, por turno de trabalho (matutino e vespertino/noturno).

ORGANOGRAMA é a fotografia ou desenho da estrutura organizacional da sua empresa ou negócio.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ORGANOGRAMA DE UMA EMPRESA DE ECOTURISMO

Gerência

Recepção Alojamento Alimentação

Recepcionista Instrutores Camareiras

Enc.de Cozinha Atend.Restaurante

1o. turno 2o. turno

1o. turno 2o. turno

1o. turno 2o. turno

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Descreva como será a organização interna do seu negócio. Procure caracterizar as responsabilidades de cada funcionário/colaborador.

GESTÃO DE MARKETING, PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

O Marketing orientado para o turismo sustentável deve ser:

institucional;

responsável;

integrado e coordenado em parceria (setores público e privado);

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

ter uma identidade conceitual e estética;

adotar uma estratégia de comunicação dirigida; ser orientado à mídia especializada;

ter uma abordagem ampla, agregando valores ao produto;

abordar a questão da conduta de mínimo impacto; dar orientações sobre as atrações – segurança e qualidade;

divulgar ações de manejo sustentável.

O Marketing Responsável

O turismo sustentável pressupõe um marketing:

baseado na oferta e não na demanda; que impõe outras considerações além do lucro como elemento principal;

considera o impacto sócio- ambiental;

preocupa-se com as necessidades e desejos da comunidade;

avalia a estrutura do município;

inteira-se de como a atividade está organizada.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

O Marketing Irresponsável

O Marketing feito de forma irresponsável é inadequado, isolado, individualista, imediatista e sem identidade.

compromete a imagem do destino; compromete a qualidade do ambiente;

cria conflitos com a comunidade;

atrai um perfil de público errado;

não atende a satisfação da demanda;

não atende as expectativas dos empresários;

exige maior esforço de venda;

amplia os gastos com propaganda.

Gestão de Marketing de empreendimento ecoturístico é o nome que se dá às decisões que o empresário deve tomar em seu negócio, com relação às seguintes atividades básicas:

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

DEFINIÇÃO DO PRODUTO/SERVIÇO ECOTURÍSTICOO produto ou serviço ecoturístico tem algumas peculiaridades:

trata-se de uma atividade complexa e de crescente importância;

proporciona impactos de ordem econômica, social, cultural e ambiental nas comunidades;

não pode ser praticado de forma desordenada;

exige preparo e interesse da comunidade;

o produto em si é a melhoria da qualidade de vida das: populações, dos lugares e regiões e dos visitantes.

como todo produto de mercado, está sujeito às suas variantes e influências;

por isso, é extremamente importante a identificação do perfil dos usuários (estudo da demanda).

só a partir desta pesquisa que será possível definir possibilidades e alternativas capazes de viabilizar o desenvolvimento sustentável do turismo e consolidá-lo como uma atividade econômica rentável.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

PÚBLICO-ALVOPara o pesquisador Kreg Lindberg, o ecoturista pode ser caracterizado em 4 tipos:

Ocasional – escolhe um roteiro ecológico de forma acidental, dentro de uma viagem maior, que não pressuponha o ecoturismo como maior interesse;

De Fases Naturais - esporadicamente decide por visitar um local com vocação para o ecoturismo, porém nem sempre faz este tipo de viagem;

Interessado – é o ecoturista nato, todas as viagens que realizar serão de cunho ecológico, porque se enquadra no conceito de turista que quer desfrutar a natureza e não quer passar as suas férias em cidades. Existe constância na opção do tipo de destino.

Engajado – é aquele que, além de se deslumbrar com um destino ecológico, quer aprender ou ajudar na conservação do meio ambiente. Incluem-se aqui, entre outros, cientista, pesquisadores e estudiosos interessados (Lindberg, apud Heras: 1999,43-44).

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Exigências

Independente da classe, o ecoturista tem um padrão de comportamento e gostos mais ou menos invariáveis:

tem alto grau de exigência;

tem consciência de que paga mais para ter seus anseios satisfeitos;

tem necessidade de informações especializadas;

requer guias qualificados.

Um perfil

De acordo com a Ecotourism Society, o ecoturista-padrão tem as seguintes características:

está na faixa etária de 35 a 54 anos;

divide-se igualmente entre ambos os sexos;

gasta, em média, duas semanas para suas viagens;

hospeda-se em hotéis mais simples;

prefere atividades relacionadas à água;

prefere alojamentos em plena natureza;

aprecia a observação da flora e da fauna selvagem e andar em trilhas.

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EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Defina uma marca para sua empresa e/ou produto/serviço ecoturístico.

DEFINIÇÃO DE UMA MARCA PARA SUA EMPRESA E/OU PRODUTOS/SERVIÇOS ECOTURÍSTICOUma marca bem trabalhada pode contribuir de forma efetiva para o sucesso de seu negócio. Ela está associada à qualidade de seu produto/serviço e à credibilidade da empresa junto aos visitantes. Enfim, consolida uma imagem no mercado. Você deve estar atento para sua facilidade de pronúncia e de memorização, para fácil lembrança e associação com o produto/serviço ecoturístico que será ofertado.

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EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

ESTABELECIMENTO DA ESTRATÉGIA DE POSICIONAMENTO/IMAGEM EM RELAÇÃO AO MERCADOA ação visa buscar uma afinidade com o seu visitante potencial. Pretende direcionar todo esforço de marketing no sentido de associar o seu negócio às diversas características que são atribuídas ao mercado. Exemplo: “empresa de confiança”, “empresa jovem”, “empresa de vanguarda”, etc.

MÃOS À OBRA!

Defina uma estratégia de posicionamento/imagem em relação ao mercado.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Com base nos valores praticados pelos seus concorrentes, qual o preço que você pretende cobrar dos visitantes do seu negócio?

ESTABELECIMENTO DA ESTRATÉGIA DE PREÇO São duas as formas de estabelecimento do preço de venda dos produtos/serviços turísticos. A primeira é comumente utilizada pelo pequeno empresário ou, ainda no caso do início de um novo negócio, quando não haja dados históricos suficientes sobre o passado do empreendimento. Consiste em tomar por base os preços praticados pela concorrência e, situar-se, em torno dele, em função dos diferenciais que o seu negócio tem em relação ao deles.

A segunda forma pressupõe o conhecimento dos seus custos de produção/operação, ou seja, quanto você gasta para proporcionar o produto/serviço ao seu visitante, pois o preço final deve cobrir o custo e, ainda, gerar um resultado adicional positivo.

Neste caso exige certo grau de profissionalismo e a ajuda de um administrador ou de contador.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

MÃOS À OBRA!

Quais as estratégias de comunicação que serão utilizadas por você na divulgação de seu negócio e/ou produtos/serviços?

ESTABELECIMENTO DA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃODevem ser analisados os meios de comunicação (rádio, TV, mala direta, Internet, carro de som, faixas, jornal, telemarketing) que seu empreendimento irá utilizar, sua freqüência e custo.

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e

DEFINIÇÃO DOS CANAIS DE PROMOÇÃO E VENDASA forma com que você vai promover e vender o produto/serviço ecoturístico no mercado irá influir no alcance do seu cliente potencial, na sua capacidade de atingir novos mercados e no seu dimensionamento. A empresa pode adotar uma representantes, agentes de viagem, parceiros e prestadores de serviços turísticos complementares, Internet, etc.

MÃOS À OBRA!

Descreva quais os canais de promoção e de vendas que você pretende utilizar em seu negócio.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

TÉCNICAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Critérios para serem empregados no planejamento, na organização e na operacionalização de instalações ecoturísticas com sustentabilidade ambiental

Aspectos relacionados à arquitetura dos empreendimentos - elementos e processos construtivos:

Construir edificações cujo estilo esteja em harmonia com o ambiente natural;

No projeto das edificações, utilizar técnicas de construção, materiais e conceitos culturais do local, e compatíveis com o ambiente;

As instalações devem aproveitar matéria-prima local e recorrer ao trabalho de artesãos e artistas da região, sempre que possível;

Situar os prédios e as construções, de modo a evitar o corte de árvores importantes e a minimizar a descontinuidade visual;

Sempre que possível, utilizar árvores cuja queda foi natural (vendavais ou outros fenômenos naturais);

As edificações devem ser espaçadas, a fim de permitir o deslocamento dos animais e o crescimento da floresta;

Planejar, tendo em vista futuras ampliações, para evitar desperdícios;

O planejamento da obra deve refletir preocupações ambientais, especialmente no que se refere ao uso da madeira;

Os elementos da paisagem devem ser posicionados de forma a propiciar a ventilação natural das instalações e a evitar o consumo desnecessário de energia;

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

O projeto deve utilizar técnicas de ventilação natural, sempre que possível;

O projeto deve considerar as variações sazonais, como estações chuvosas e ângulos de inclinação solar;

A iluminação do local deve ser limitada e controlada, a fim de evitar interferências nos ritmos circadianos dos animais;

Vias de acesso para deficientes físicos devem ser providenciadas.

Aspectos relacionados à eletricidade e ao saneamento ambiental – água, lixo, esgoto etc.

Examinar cuidadosamente quaisquer fontes potenciais de mau cheiro relacionadas às instalações, que possam ser perturbadoras do ambiente ou desagradáveis ao visitante;

Sempre que possível, utilizar soluções de baixa tecnologia;

Considerar o uso da energia solar, passivo ou ativo, ou de fontes de energia eólica;

Os encanamentos de água adjacentes às trilhas devem ser projetados com o mínimo de movimentação de terra;

O uso de ar condicionado deve limitar-se às áreas onde o controle de temperatura é fundamental;

Garantir o emprego de métodos de tratamento do lixo que não prejudiquem o meio ambiente e que sejam seguros em relação aos insetos e outros animais;

Providenciar meios de reciclagem;

Utilizar tecnologias apropriadas para o tratamento de resíduos orgânicos, tais como compostagem, fossas sépticas ou tanques de biogás;

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Procurar utilizar métodos de reciclar a água, para usos não-potáveis e de tratar as águas contaminadas, antes que elas sejam lançadas novamente ao meio ambiente natural.

Aspectos relacionados à construção e manutenção de trilhas ecoturísticas:

O sistema de trilhas deve respeitar os padrões de deslocamento e os habitats da vida selvagem;

Levar em consideração o controle da erosão na disposição de cada construção ou trilha;

Desviar a água para fora das trilhas e estradas, antes que ela crie fluxo e velocidade suficientes para criar problemas significativos de erosão;

Nas trilhas, reduzir os pontos de travessia de rios e riachos;

Providenciar painéis informativos no início das trilhas, que estabeleçam claramente as regras de comportamento e orientes o visitante na apreciação da natureza;

Considerar a utilização de dossel para cobrir trilhas de uso intenso entre edificações, a fim de reduzir a erosão e proporcionar abrigo durante a estação chuvosa;

Manter, nas cabeceiras das trilhas, sanitários e recipientes ambientalmente adequados, para a coleta de lixo, e criar cronograma de manutenção/remoção dos materiais.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

Aspectos a serem adotados pelos meios de hospedagem :

Fixar regras sobre o comportamento e ”conduta ambiental consciente” dos hóspedes nos quartos;

Instalar placas de identificação junto às árvores e plantas do entorno imediato aos alojamentos, para que os visitantes se familiarizem com as espécies que possam encontrar nas áreas preservadas/protegidas existentes nas imediações do hotel/pousada;

Afixar um código de conduta para os visitantes e os funcionários, que instrua sobre o comportamento em relação ao meio ambiente;

A mobília e outros acessórios de interiores devem ser fabricados com recursos locais, exceto quando houver necessidade de material específico que não possa ser fornecido no local;

Evitar o uso de produtos que consumam grande quantidade de energia e envolvam materiais perigosos;

Providenciar a colocação de limpador de botas, de chuveiros externos e similares, para manter condições adequadas de limpeza e garantir o bom funcionamento da instalação.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

ASPECTOS A SEREM ADOTADOS PELAS PROPRIEDADES RURAIS – SÍTIOS TURÍSTICOS

fazer o zoneamento turístico-ambiental da área, limitando e ordenando o uso para a prática turística e as restrições ambientais.

fazer a recuperação das condições ambientais e recomposição florestal.

vetar a circulação de veículos motorizados nas Áreas de Preservação Permanente (APP’s).

fazer o licenciamento das obras de infra-estrutura e trilhas, pelo poder público municipal/estadual.

pastos, currais e cocheiras para cavalos e outros animais de pastejo devem estar localizados de modo a não poluir os mananciais ou outros recursos hídricos.

com relação aos meios de transporte: evitar vazamentos e evitar excesso de emissão de gases e ruídos.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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ASPECTOS RELACIONADOS A INFORMAÇÃO PRESTADA AO TURISTA PARA MELHOR INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL E PARA O COMPROMISSO AMBIENTAL:

prestar informações sobre local, ambiente, sua conservação, o turismo e a história.

orientar os turistas sobre os cuidados que se deve ter ao visitar um ambiente natural :

não jogar lixo e comprometer-se em recolher os dejetos encontrados nos ambientes naturais; evitar barulho e ruídos; usar adequadamente as instalações sanitárias; instruir sobre como evitar incêndio e acidentes; instruir sobre comportamento do grupo quanto à fauna, flora e moradores; instruir sobre técnicas de caminhada.

denunciar qualquer ação de depredação ambiental, como caça, pesca ilegal e desmatamento irregular.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Outros aspectos gerais:

A preservação do ecossistema deve ter prioridade sobre projetos imponentes, que queiram impressionar o visitante;

O uso de automóveis e outros veículos deve ser limitado ao mínimo;

Praias e margens de rios não devem sofre desmatamento excessivo;

Manter as áreas de vegetação adjacentes a lagos, lagoas, riachos perenes e intermitentes como faixas-litro para reduzir o escoamento de sedimentos e entulho.

Não colocar qualquer tipo de propaganda, evitando a poluição visual do atrativo;

Promover ações de educação e conservação ambiental junto à comunidade.

(Fonte: FERREIRA, L.F. Curso de Capacitação Continuada/Gestão de Pousadas Ecológicas,realização Ing-Ong e Bioma Educação Ambiental, maio 2001 e NASCIMENTO, D.S. Apostila de palestra ministrada sobre Práticas Sustentáveis

em Ecoturismo)

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

TÉCNICAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE DAS ATIVIDADES

CONTROLE

Acompanhamento

Verificação

Análise

Avaliação

é a atividade gerencial que consiste em

das atividades de cada órgão ou unidade produtiva ou de serviço constituinte do empreendimento ecoturístico e seus resultados alcançados, com o objetivo de tomar medidas que mantenham tais atividades com a máxima produtividade econômica, social e ambiental.

CONDIÇÕES PARA UM BOM CONTROLEConhecimento das atividades

Boa comunicação com o pessoal

Bom sistema de informações para acompanhamento das atividades

Atenção e zelo nas verificações

Clareza sobre os objetivos do controle e padrões desejados

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Aponte com um “x” quais dos sintomas abaixo você percebe que ocorrem em sua empresa ou negócio?

Alguns sintomas de desorganização :As pessoas não sabem bem a quem se dirigir, no desenvolvimento dos seus trabalhosAs pessoas não sabem o que devem fazerDiferentes pessoas fazem o mesmo trabalho desnecessariamenteAs pessoas não têm tempo para discutir assuntos de trabalhoAs pessoas têm tempo de sobra para discutir assuntos pessoaisHá conflitos devido aos problemas de autoridadeAs decisões são lentasAs regras não têm sentidoAs normas tornam-se um fim em si mesmas

Quais são as conseqüências do quadro que você caracterizou anteriormente?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Vamos tentar encontrar, na prática juntamente com o instrutor, as soluções de alguns destes casos?

MÃOS À OBRA!

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

TÉCNICAS PARA MONITORAMENTO E CONTROLE DOS IMPACTOS DA VISITAÇÃO EM AMBIENTES NATURAIS1.Seleção de indicadores:

infra-estrutura (manejo/ segurança)

número de árvores danificadas (vegetação)

largura e profundidade da trilha (solo e vegetação)

presença de serapilheira (solo)

presença de lixo (contaminação solo/água)

número de trilhas (vegetação)

classe da condição atual (condições ambientais)

2. Identificação da ocorrência do impacto e as suas causas

falta de conscientização dos turistas

falta de orientação adequada

falta de equipamentos

falta de conservação da área

histórico do uso

manutenção inadequada

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

3.Recomendações gerais

definição de número de usuários (capacidade de carga)

recomposição da vegetação ciliar (reflorestamento)

4.Ações de manejo emergenciais

implantar rampa

monitorar área de nascente

fechar e organizar acesso

plantio de rasteiras para recobrimento de solo nu

fechar trilha

diminuir declividade da escada de acesso

5.Estabelecer metas

alcançar nova classe de condição ambiental

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

6.Definição das estratégias de manejo

treinamento

manutenção limpeza

implantar infra-estrutura adequada

recuperação da vegetação

redução da largura da trilha

fechamento das trilhas não oficiais

sinalização

serviço de monitores e orientação aos turistas

7.Estabelecer plano de monitoramento

definição dos indicadores selecionados (pelos técnicos locais)

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Vamos tentar avaliar impactos do turismo sobre alguns atrativos naturais relacionados aos produtos ecoturísticos já existentes no local?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MONITORAMENTO DA SATISFAÇÃO DO TURISTA Pode ser feito através de uma pesquisa e com o emprego de um questionário.

A partir dos dados coletados no questionário, avaliam-se:

o perfil dos turistas e,

o nível de satisfação com os produtos e serviços oferecidos.

É possível, ainda, fazer uma análise de comportamento dos visitantes.

O resultado advindo do questionário dá dicas sobre como implementar estratégias de Educação ambiental, a melhoria da infra-estrutura e do planejamento do empreendimento.

MÃOS À OBRA!

Faça um pequeno questionário que possa ser aplicado para verificar a satisfaçãodo turista com relação ao produto/serviço que você oferece.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

5MÓDULO

PLANO DE NEGÓCIOS

ESTOU PENSANDO EM MONTAR OU AMPLIAR UM NEGÓCIO!POR ONDE DEVO COMEÇAR?

Para abrir uma empresa, deve ser levado em conta que o sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo, de um bom planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos, é preciso prevenir-se contra eles.

INTRODUÇÃO

É um instrumento que visa estruturar as principais características, concepções e alternativas para uma correta análise de viabilidade do negócio, proporcionando uma avaliação, antes de colocar em prática a nova idéia e, com isto, reduzir as possibilidades de se desperdiçarem recursos e esforços em um negócio inviável. Também é exigido no caso de necessidade da solicitação de empréstimos e de financiamentos junto aos bancos e demais instituições financeiras comerciais ou governamentais.

O QUE É O PLANO DE NEGÓCIOS?

Sabemos que empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um risco que pode ser evitado. O Plano de Negócios, apesar de não ser a garantia do sucesso, irá ajudá-lo, entre outras coisas, a conhecer a realidade e as particularidades do ramo de negócio pretendido, além de favorecer o processo da tomada de decisões, e ser, ainda, um importante instrumento que possibilitará você não se desviar dos seus objetivos iniciais.

Neste sentido, no trabalho de montar um novo negócio ou mesmo de ampliar uma atividade ecoturística já existente, é preciso que o futuro empresário tenha em mente que - antes de começar a colocar em prática os passos necessários para a abertura ou legalização da empresa - ele deve reunir uma série de conhecimentos prévios e essenciais, a respeito da área de atuação pretendida, como por exemplo:

POR QUE É FUNDAMENTAL ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIOS?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

conhecer o ramo de atividade onde quer atuar;

conhecer as características do mercado que deseja atingir;

fazer um planejamento do produto/serviço ecoturístico que vai ser colocado em prática pela nova empresa;

estabelecer os objetivos que pretende atingir com o negócio, tanto empresarial, quanto pessoalmente e, assim por diante.

Para isto, é preciso fazer um levantamento de dados e reunir algumas informações em uma série de órgãos, tais como:

IBGE;

sindicatos;

associações (ABIH, ABAVE etc.);

SEBRAE;

Instituto de Hospitalidade;

diversos Ministérios do Governo (ex.:Ministério do Meio Ambiente, do Turismo, do Interior, e outros);

fornecedores;

concorrentes e parceiros prestadores de serviços complementares que já atuam no setor;

entre outros.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Estas ações têm por objetivo conhecer, dentre outros aspectos:

como se encontra o mercado/ramo;

quanto o futuro empresário terá que vender por mês para não vir a fracassar;

quanto poderá retirar por mês de pró-labore, sem prejudicar o bom funcionamento da empresa;

quais os impostos a pagar e suas alíquotas incidentes na atividade;

quanto guardar de recursos financeiros para fazer frente aos compromissos nos primeiros meses (o chamado capital-de-giro), entre outras informações.

Saiba que existem muitas atividades a serem exploradas na área do turismo com sustentabilidade, mas atenção! Há uma série de fatores básicos e que influenciam a escolha do seu ramo de negócio. Dentre eles, podemos citar, por exemplo:

a existência e o tamanho do mercado (isto se chama demanda);

a capacidade de oferta dos negócios concorrentes e/ou complementares hoje existentes ou prestes a se instalar;

os conhecimentos específicos da área ambiental e do ramo de ecoturismo detidos pelo pretendente ao negócio (experiência);

uma parcela (chamada poupança ou capital próprio) ou todo o capital exigido (investimento) na montagem do negócio;

os programas e as linhas de financiamento disponíveis e que se prestam para apoiar o ramo de atividade pretendido, etc.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Enfim, é preciso fazer o planejamento da estrutura operacional e financeiro da nova empresa, e estar consciente que o Plano de Negócios por você desenvolvido não representa somente um instrumento de planejamento formalizado em um papel. Ele deve, sim, estar integrado a todo o negócio, difundido entre os parceiros e os colaboradores envolvidos e realimentado permanentemente com novas informações, que possam contribuir para o sucesso do empreendimento.

Chegou o momento de elaborar o Plano de Negócios do seu empreendimento. A seguir, é apresentado um modelo de plano contendo um roteiro composto de nove etapas ou providências básicas que permitirão avaliar a viabilidade do seu empreendimento:

VAMOS À PRÁTICA DA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS EM ECOTURISMO

1ª Etapa - CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTOVisa conhecer o perfil do empreendedor, do empreendimento e a finalidade da elaboração do Plano de Negócios, que pode ser um dentre os três casos apresentados a seguir:

Para criação um novo negócio (implantação);

Para a expansão de um negócio já existente (expansão);

Para a modificação da localização da empresa (relocalização).

1ª EX

IGÊN

CIA

É necessário conhecer o ramo de atividade – Precisam ser conhecidos alguns dados fundamentais que caracterizam o ramo em que se pretende atuar, quais são as possibilidades de atuação dentro do segmento, e, assim por diante. Por exemplo, o turismo é o ramo de atividade; dentro dele pode-se atuar específicamente com o ecoturismo, oferecendo opções de caminhadas por trilhas, as práticas do turismo de observação ou contemplação, os esportes de aventura, os motivos de pesquisa e/ou educativos, etc. As agências de viagem, as empresas de locação de veículos e equipamentos esportivos (rapel, canoísmo,etc.), as ecopousadas e os serviços de restaurantes, bem como o de guias constituem outras alternativas de negócios. Mais ainda, o seu negócio pode querer estar voltado para público adulto e/ou infantil, ou só para estrangeiros, ou para pesquisadores e estudiosos e, assim por diante.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Preencha o cadastro do empreendedor abaixo, com os seus dados pessoais simulados e especifique com um ¨X¨ qual é a finalidade da elaboração do seu Plano de negócios.

CADASTRO DO EMPREENDEDOR

Pessoa Física:

C.P.F:

Razão Social:

C.N.P.J:

Data de Fundação:

Endereço:

Telefone/ E-mail:

FINALIDADE DE ELABORAÇÃO DO PLANO Para criar um novo negócio (implantação); Para a expansão de um negócio já existente (expansão); Para a modificação da localização da empresa (relocalização).

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Quais são os aspectos que tornam o ecoturismo diferente, quando comparado às outras formas de turismo que você conhece? (Turismo de lazer ou diversão, Turismo de negócios ou convenções, religioso, Turismo por motivos de saúde/tratamento médico (Spas) ou qualquer outro)?

Faça uma síntese do tipo de empreendimento que você pretende montar. Identifique de forma clara e objetiva, o ramo em que pretende atuar e os motivos que o levaram a tomar esta decisão. Ofereça detalhes sobre o empreendimento.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

2ª EX

IGÊN

CIA

É igualmente necessário conhecer o mercado consumidor - O estudo do mercado consumidor é um dado importante para o empreendimento, pois abrange as informações necessárias à identificação dos prováveis visitantes compradores dos produtos e serviços ecoturísticos (clientes). O que produzir? De que forma vender? Qual é o local adequado para a localização do negócio? Qual é o mercado potencial para o seu produto/serviço ecoturístico? Mercado potencial significa identificar seu público principal - para quem você pretende produzir, vender, prestar serviços, etc. (região, sexo, faixa de idade, costumes, estilo de vida, renda). Deve-se priorizar os mercados identificados. Procure dimensionar quantitativamente seu mercado principal, de preferência atribuindo-lhe números objetivos.

As informações quanto ao raio de atuação da empresa, tamanho de mercado, número de clientes potenciais, dentre outras variáveis, podem ser obtidas através da consulta em bancos de dados, censos econômicos e demográficos, publicações especializadas do setor, associações comerciais e de classes, sindicatos, órgãos do governo federal, estadual e municipal, com os concorrentes ou ainda em pesquisas de mercado junto ao mercado-alvo.

Uma outra preocupação do futuro empresário deve ser a da identificação se o setor possui sazonalidade no consumo.

A sazonalidade está ligada diretamente à variação da demanda dos produtos/serviços da empresa. Por exemplo: uma demanda de um produto ecoturístico representada predominantemente pelo público constituído por jovens estudantes provavelmente tem seu pico de vendas no período de férias escolares e uma queda acentuada no consumo desse produto/serviço nos meses em que ocorre atividade escolar regular. Ao conhecer as oscilações que seus produtos/serviços possam sofrer em determinadas épocas do ano, o empresário deve pensar em alternativas para resolver o problema (Exemplo: inserção de novos produtos/serviços ecoturísticos que visam atender outros tipos de visitantes, promoções durante os feriados prolongados, eventos temáticos etc.).

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Que tipos de negócios vinculados à atividade ecoturística poderiam ser oferecidos na sua localidade? Responda considerando a oferta de infra-estrutura básica e turística existentes no seu município e o perfil da demanda dos visitantes que você pretende atender.

Quais são os aspectos que você considera fundamentais para atender as necessidades dos ecoturistas em um empreendimento do tipo ecopousada?:

Área para estacionamento de seus veículos?

Televisão em cores ?

Banheiro privativo e com água quente dentro do alojamento ?

Uma decoração arrojada e moderna na recepção ?

Funcionários que falem mais de um idioma?

Guias/condutores bem informados e qualificados?

Roupa de cama e mesa limpas e confortáveis?

Toalhas de banho e rosto de qualidade?

Cardápio variado com comida sofisticada?

O que mais o ecoturista necessita num meio de hospedagem?

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃOSIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

SIM NÃO

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

2ªEtapa – DEFINIÇÃO DOS PRODUTOS/SERVIÇOS ECOTURÍSTICOSÉ necessário definir e caracterizar os produtos a serem oferecidos e os serviços a serem prestados e conhecer os detalhes do seu produto/serviço ecoturístico. Ofereça produtos e serviços que atendam às necessidades de seu mercado.

MÃOS À OBRA!

Levando em consideração o perfil traçado para o ecoturista-padrão, cite que tipos de serviços ou produtos ecoturísticos sua empresa poderia oferecer, se fosse uma agência de viagens?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Um meio de hospedagem (ecopousada)?

Uma empresa de aluguel de veículos ou equipamentos esportivos e de aventura?

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Noções de

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em

e

Uma associação de guias/condutores?

Uma associação de artesãos?

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e

Um restaurante?

Uma Reserva de Proteção do Patrimônio Natural (RPPN)?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

3ª Etapa – ANÁLISE DE MERCADOSão as seguintes exigências para o correto cumprimento desta etapa do Plano de Negócios:

1ª EX

IGÊN

CIA

A identificação de oportunidades - Muitas oportunidades são encontradas pela identificação de tendências de mercado (ex.: a elevação do nível de educação e a consciência ambiental por parte das pessoas, o crescimento no número de jovens de uma população, o crescimento da renda e do poder aquisitivo de um segmento social, etc.). Estas tendências merecem rigorosa atenção por parte do empreendedor, para detectar uma oportunidade de oferta de novos produtos e serviços.

MÃOS À OBRA!

Descreva quais são as tendências de mercado do turismo que você nota em sua região e que possa se prestar à abertura de um negócio.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Quais os principais atrativos ecoturísticos que a sua região possui?

Quais são as oportunidades de negócio que você percebe nesse contexto?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

2ª EX

IGÊN

CIA

A identificação de ameaças - As ameaças também são uma constante no ambiente empresarial e surgem de todas as esferas. Podem surgir do desinteresse do mercado consumidor por seu produto, diante da entrada de novos concorrentes ofertando novos produtos/serviços (denomina-se senilidade do produto), passando pela ausência ou queda da qualidade dos serviços prestados, pela ocorrência das limitações sazonais impostas pelo clima às vias de acesso e, assim por diante.

MÃOS À OBRA!

Quais são as principais ameaças que você prevê em seu negócio?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

4ª Etapa – A ESCOLHA DA LOCALIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DO NEGÓCIO

Onde montar o meu negócio ecoturístico? A resposta certa a essa pergunta pode significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um empreendimento. Tudo é importante para esta escolha e deve ser observado e registrado. O local deve oferecer a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento do seu negócio, ter acesso facilitado aos clientes e fornecedores, enfim, propiciar o seu crescimento.

LOCALIZAÇÃO

MÃOS À OBRA!

Através do preenchimento do quadro a seguir, você poderá ter um melhor direcionamento quanto às vantagens e desvantagens do local a ser escolhido. Faça uma análise dos diversos fatores que possuem os diversos pontos potenciais de localização existentes, para tomar uma decisão sobre o local a ser instalado seu empreendimento. Os fatores permitirão fazer uma classificação pelo grau de importância. A escala é de um a cinco em ordem crescente, com o valor 5 correspondendo ao valor mais favorável para sua empresa.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Fatores 1 2 3 4 5

Área comercial movimentada

Área para abrigar todas instalações

Bom acesso rodoviário ou outro

Concorrente mais próximo

Entrada de serviço para entregas

Estado do imóvel

Facilidade de entrada e saída

Facilidade de estacionamento

Fluxo de tráfego

Histórico do local

Localização do empreendimento

Melhorias exigidas na locação

Passagem de pedestres

Preço do Arrendamento/aluguel

Serviços urbanos

Segurança

Tempo de contrato do aluguel

Transporte público

Zoneamento adequado/Leg.Ambiental

Outro (especificar)

O quadro acima poderá ser aplicado para diversos locais e oferecer mais de uma alternativa para a localização do empreendimento.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Após a sua definição quanto à escolha da localização descreva-a abaixo e justifique os motivos que o levaram a esta decisão.

Qual é a distância dos mercados fornecedores, e as principais vias de acesso em relação ao seu empreendimento?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

O porte ou tamanho do empreendimento está associado à sua capacidade de oferta de produtos e serviços e deve levar em consideração as expectativas da demanda pelos produtos e serviços, as tendências de mercado para o futuro, o perfil da concorrência e os riscos financeiros, entre outros aspectos.

Para evitar ociosidade ou até mesmo desperdício de recursos é importante que o empresário faça um dimensionamento realista de suas instalações, do volume de atendimento, do número de funcionários, dentre outras variáveis que poderão fazer parte desta análise.

DIMENSIONAMENTO

MÃOS À OBRA!

Estime a capacidade instalada (isto é, a área total, número de aposentos (se for o caso), principais equipamentos e, assim por diante), em função do volume de atendimento esperado aos visitantes, válido para o primeiro ano de atividade de seu empreendimento ecoturístico.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

5ª Etapa – DEFINIÇÃO DO PROJETO OPERACIONALEsta parte do plano trata do como fazer para operar o negócio e, exige certa dose de experiência na área de atuação. Devem ser abordadas questões tais como: que trabalho deverá ser feito e quais são as fases da produção/venda/prestação de serviços; quem será o responsável pela prestação dos serviços e quando o fará, especificação do nível de qualidade no atendimento, de quais serão os equipamentos, instalações e utensílios utilizados e, aspectos similares.

MÃOS À OBRA!

É preciso verificar quem tem conhecimento e experiência no ramo pretendido: você? Um futuro sócio? Ou um profissional contratado?

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

6ª Etapa – AVALIAÇÃO LOGÍSTICA E A CARACTERIZACAO DOS FORNECEDORES, inclusive fornecimento de pessoal (RECURSOS HUMANOS)

Para iniciar e manter a atividade empresarial em ecoturismo, como em qualquer outra, a empresa depende de seus fornecedores - o mercado fornecedor. Mercado fornecedor é aquele que fornece ao empreendimento ecoturístico os equipamentos, matéria-prima, mercadorias, funcionários, energia e outros itens necessários ao seu funcionamento. O conhecimento desse mercado vai se refletir nos resultados pretendidos pela empresa.

Procure identificar seus fornecedores considerando sua localização, preço, forma e prazos de pagamento, disponibilidade de fornecimento, lote mínimo de compra, etc, quando se tratar de mercadorias e equipamentos necessários para a produção e prestação dos serviços ecoturísticos. Todos os fatores mencionados devem ser levantados para que a empresa possa avaliar a melhor opção para atender às suas necessidades.

Neste sentido, é fundamental que o empreendedor tenha a consciência e a responsabilidade social de procurar aproveitar todos os recursos e os serviços proporcionados pelos parceiros pertencentes à própria comunidade local/regional, prioritariamente e, sempre que possível, em seu projeto de negócio. Com isto, cria-se uma cadeia de produção e serviços turísticos, na qual todos saem beneficiados, pois a produção de uns poderá atender aos outros, que, por sua vez, poderão gerar novas demandas entre si, complementando-se e proporcionando desenvolvimento social e econômico generalizado na comunidade. É igualmente necessário conhecer se o setor possui sazonalidade no fornecimento de matérias-primas para produção. Deve ser observado que a disponibilidade de matérias-primas, equipamentos, alimentos e demais suprimentos essenciais durante os diversos períodos do ano podem sofrer alterações.

Logo, é fundamental que a empresa analise a possibilidade de recorrer a insumos substitutos, para que não comprometa a sua cadeia de produção ou de prestação de serviços.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Identifique os fornecedores para o seu negócio, considerando a sua localização, os preços praticados, a forma e prazos de pagamento, a disponibilidade e a confiabilidade do fornecimento, lote mínimo de compra, etc. utilizando a escala de valorização de 1 a 6 pontos e o quadro a seguir sugerido:

FatoresFornecedor

“A”Fornecedor

“B”Fornecedor

“C”

Atendimento

Capacidade de Entrega

Condições de Pagamento

Facilidade de Acesso

Garantias dos Produtos

Localização

Lote Mínimo de Compra

Pontualidade de Entrega

Conveniência de preço

Qualidade do Produto

Relacionamento

6 5 4 3 2 1

Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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e

Nas atividades pertencentes à área da prestação de serviços - é o caso do ecoturismo – o fator mão-de-obra é dos mais importantes, já que serão as pessoas que proporcionarão o atendimento de qualidade capaz de encantar o visitante, fazendo-o querer retornar um dia ou indicando bem o seu empreendimento para o seu círculo de relacionamento, que sabemos que é sempre significativo. Pessoas despreparadas podem colocar em risco a viabilidade e todo o investimento realizado no negócio, e exigem muitos recursos e custos de marketing para remediar em médio prazo esta verdadeira ameaça.

OFERTA DE PESSOAL (RECURSOS HUMANOS)

MÃOS À OBRA!

Faça um organograma da sua empresa, definindo claramente as funções e linhas hierárquicas.

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Noções de

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e

Faça um resumo das responsabilidades e das qualificações necessárias para realizar o trabalho a contento de cada pessoa que deverá ocupar uma posição no organograma da sua empresa (isto se chama “perfil” das pessoas que irá contratar).Com estas informações, você terá condições de procurar no mercado o profissional adequado às necessidades de sua empresa.

Dimensione sua equipe de trabalho (defina o número de pessoas), relacionando número de empregados, cargos, salários e encargos sociais esperados.

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Noções de

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em

e

Há pessoas na comunidade com conhecimentos profissionais suficientes da área de ecoturismo e outros, no nível que será exigido pelo padrão a ser utilizado no seu negócio? Haverá a necessidade de treinamento para alguma área específica? Quem será capaz de fazê-lo na sua localidade/região?

7ª Etapa – ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA E COMPETITIVIDADEÉ necessário que o empreendedor conheça o mercado concorrente que é aquele composto pelas pessoas ou empresas que oferecem produtos ecoturísticos ou serviços iguais ou semelhantes aos que ele pretende oferecer. Este mercado deve ser analisado cuidadosamente, e deve-se identificar quais são os seus concorrentes diretos e indiretos, em termos de seus pontos fortes e fracos, canais de distribuição utilizados, custos e preços de venda praticados, políticas de crédito e formas de divulgação. O conhecimento sobre a concorrência é importante para que a empresa esteja atenta a todos os acontecimentos que estão em torno de seu mercado. Pode também auxiliar o empreendedor na definição de estratégias de atuação junto aos concorrentes, com vistas a alcançar vantagens e diferenciais em termos de competitividade.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Identifique quem são e atribua uma nota aos seus principais concorrentes diretos na localidade (isto é, aqueles que prestam serviços muito parecidos com o oferecido pelo seu negócio).

FatoresFornecedor

“A”Fornecedor

“B”Fornecedor

“C”

Qualidade no Atendimento

Atendimento pós-venda (Assist.Técnica)

Canais de Promoção e Venda

Divulgação

Garantias Oferecidas

Localização

Forma de Recebimento (c/crédito, dinheiro)

Preços praticados

Qualidade dos Produtos oferecidos

Reputação

Outros (especificar):

6 5 4 3 2 1

Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Faça o mesmo para o caso dos concorrentes indiretos (aqueles que proporcionam não os mesmos, mas outros serviços ou produtos ecoturísticos e que possam também interessar o seu futuro cliente visitante).

FatoresFornecedor

“A”Fornecedor

“B”Fornecedor

“C”

Qualidade no Atendimento

Atendimento pós-venda

Canais de Distribuição

Divulgação

Garantias Oferecidas

Localização

Forma de Recebimento

Preços praticados

Qualidade dos Produtos oferecidos

Reputação

Outros (especificar):

6 5 4 3 2 1

Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Descreva quais são as características básicas dos produtos e serviços ecoturísticos oferecidos pelo seu principal concorrente direto.

Dê uma idéia do volume de vendas que ele costuma ter, em média, pelo que você pôde observar.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Você acredita que os seus clientes usuários lhe são fiéis?

8ª Etapa – DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA COMPETITIVADefinir uma estratégia competitiva é fundamental para traçar um direcionamento do seu negócio. Essa estratégia pode ser alcançada através de um diferencial no que se refere à qualidade dos produtos/serviços, atendimento, tecnologia, marketing, etc.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Defina uma estratégia competitiva para o seu negócio, tomando como base as variáveis: diferenciação/qualidade de atendimento, profissionalismo e segurança. Escreva como o seu produto/serviço ecoturístico deverá fazer para ser diferente, em relação aos dos demais concorrentes.

9ª Etapa – PLANO DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO

Marketing, como muitos pensam, não é só propaganda. Marketing é um conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa ecoturística, para que esta atenda aos desejos (expectativas) e às necessidades de seus visitantes. As atividades de marketing podem ser classificadas em algumas áreas básicas, a saber:

CONHECER O MARKETING

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Devem ser analisados os meios de comunicação (rádio, TV, mala direta, Internet, carro de som, “rádio poste”, faixas, jornal, telemarketing) que sua empresa irá utilizar, sua freqüência e custo.

MÃOS À OBRA!

Cite duas formas de comunicação/ divulgação que você acredita serem suficientes para atrair os visitantes para o seu negócio.

A forma com que você vai levar o produto/serviço ao mercado irá influir no alcance do seu cliente potencial, na sua capacidade de atingir novos mercados e no seu dimensionamento. A empresa pode adotar uma série de canais para isso, como: vendedores internos e externos, representantes, agentes de viagem, Internet, etc.

COMUNICAÇÃO

CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Quais os parceiros de sua região e/ou de outras localidades que você está pensando em utilizar como agentes para promover e vender o seu produto ou serviço ecoturístico?

Uma marca bem trabalhada pode contribuir de forma efetiva para o sucesso de seu negócio. Ela está associada à qualidade de seu produto/serviço, e à credibilidade da empresa junto aos clientes. Enfim, ela consolida uma imagem no mercado. Você deve estar atento para a sua facilidade de pronúncia e de memorização, para a fácil lembrança e a associação com o produto/serviço que é oferecido.

MARCA

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Estabeleça uma marca para sua empresa e/ou produtos/serviços.

Esta ação visa a buscar uma afinidade com o seu cliente potencial. Pretende direcionar todo o esforço de marketing no sentido de associar o seu negócio às diversas características que são atribuídas ao mercado. Exemplo: “empresa tradicional”, “empresa jovem”, “empresa de vanguarda”, “empresa de confiança”, “negócio de profissionais” etc.

POSICIONAMENTO/IMAGEM

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Defina uma estratégia de posicionamento/imagem de seu negócio, em relação ao mercado.

Há pelo menos duas maneiras de estabelecer preços para os produtos/serviços ecoturísticos. A primeira - amplamente utilizada pelos empresários individuais e pelos donos de micro e pequenos negócios - é a do estabelecimento dos preços de vendas, tomando-se por base os níveis de preços que são praticados pela concorrência e situando-se ora acima, ora abaixo destes valores de referência, em função, quase sempre, de eventuais diferenciações havidas entre os estabelecimentos (vista para um ponto ambiental estratégico, piscina aquecida, toalete no quarto etc.). A segunda maneira é mais comumente encontrada no caso das empresas de maior porte, e toma por base a determinação e o conhecimento dos seus valores de custos internos de produção e de serviços, bem como das margens de resultado preestabelecidas (lucros) que visam garantir o retorno do investimento.

PREÇOS

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Estabeleça, com base na pesquisa dos preços praticados pelos seus concorrentes, o preço dos produtos e dos serviços ecoturísticos a serem cobrados em seu empreendimento. Em quantos por cento ele é mais caro ou mais barato, em relação àqueles praticados pelo seu concorrente (vamos calcular juntos)? Quais as conclusões a que você chega, a partir destes dados?

10ª Etapa – INVESTIMENTOS EXIGIDOSO quadro de detalhamento dos investimentos a seguir está apresentado de forma simplificada. Iremos considerar - somente para fins de exemplo a ser dado durante este treinamento - que o empreendimento no caso se trata da implantação de uma ecopousada turística na sua localidade. Deste modo, o empreendedor poderá detalhar alguns itens, identificando a quantidade, o valor unitário, o total de cada um deles e, assim por diante.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

MÃOS À OBRA!

Relacione os investimentos fixos que serão necessários para a implantação do projeto da sua ecopousada.

INVESTIMENTOS FIXOS R$

Obras Civis Terraplanagem

Construção

Projeto

Terreno e Instalações Custo de Compra / aluguel / terreno

Melhorias / Reformas

Outros

Equipamentos Móveis, Fogão, Camas, etc.

Máquinas e Equipamentos

Veículos

Utensílios

Outros: Informática

TOTAL

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Qual é a parcela do valor do investimento total exigido em seu negócio que você acredita ser capaz de participar com os seus próprios recursos financeiros (chamamos isto de poupança ou capital próprio)?

Você sabe que há diversas fontes de financiamento que se prestam para completar o capital necessário para abrir ou expandir um negócio na área de ecoturismo. Neste exercício, iremos recorrer ao Programa de Geração de Emprego e Rendas –PROGER para obter um financiamento complementar de R$ 50.000,00 destinados à compra de equipamentos operacionais para nosso negócio. O custo contratual será de 5% a.a. + a inflação (medida pela variação da TJLP – Taxa de juros de longo prazo no período, avaliada em 8% a.a.).

Obs.: No quadro abaixo adotaremos por hipótese que a participação do empreendedor com o seu capital próprio (poupança) será de R$ 30.000,00. Se for o caso, refaça os cálculos conforme a planilha a seguir apresentada.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Vamos aprender a calcular o custo médio ponderado do capital a ser investido no negócio.

Modalidade de Capital Valor % Custo (ªª) %xCusto

Capital do Empresário 30.000,00 0,38 0,14 0,0525

Capital de Terceiros (PROGER)

50.000,00 0,63 0,13 0,0813

Total 80.000,00 1,00 0,1338

CUSTO MÉDIO PONDERADO

13,38% ªª

11ª Etapa – VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRARESUMO ‘PASSO A PASSO’ DE UM ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE PLANO DE NEGÓCIO – caso de uma ECOPOUSADA.

Passo 1 - Levantar o investimento fixo(máquinas, instalações, móveis e utensílios) Transcreva o valor total do investimento fixo que foi determinado anteriormente para o resumo abaixo:

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

INVESTIMENTO FIXO

Passo 2 - Estimar o faturamento médio mensal da ecopousada e o valor dos impostos

Faturamento R$

Receita da venda de Diárias (1)*

Receita de Serviços de Lavanderia (2)

Receita de Telefonia (3)

Outras receitas ( ex.: souveniers,etc.) (4)

T O T A L

* Fórmulas:

(1) = Número de Diárias/mês x preço da Diária Média;(2) = 20% x Valor da Receita da venda de Diárias;(3) = 7% x Valor da Receita da venda de Diárias; (4) = 18% x Valor da Receita da venda de Diárias.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Passo 3 - Estimar os custos fixos mensais da ecopousadaAplique as porcentagens indicadas em cada tipo de custo fixo sobre o valor do faturamento (receita de vendas) apurado no passo 2.

CUSTOS FIXOS% do

FaturamentoR$

RETIRADA DOS SÓCIOS – Pró labore 1,4

ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A RETIRADA 0,8

SALÁRIOS – Funcionários contratados 17,8

ENCARGOS SOCIAIS SOBRE SALÁRIOS 9,5

SEGUROS 2,1

DESPESAS BANCÁRIAS–Taxas manutenção 0,1

JUROS – sobre financiamentos 1,0

HONORÁRIOS DO CONTADOR 0,1

SEGURANÇA E JARDINAGEM 0,1

ALUGUEL/LEASING – Equip./veículos 3,9

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 2,5

PROPAGANDA/PROMOÇÃO 1,3

DEPRECIAÇÃO – Investimentos fixos 1,0

FINANCIAMENTOS EXISTENTES-Amortiz. 1,0

OUTROS 0,7

TOTAL 43,3

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

CUSTOS VARIÁVEIS% do

FaturamentoR$

CONSUMO DE ELETRICIDADE 9,1

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL 4,7

CONSUMO DE GAS 0,8

CONSUMO DE ALIMENTOS 5,4

CONSUMO DE BEBIDAS 4,1

CONSUMO DE MATERIAIS DE LIMPEZA 3,3

CONSUMO DE LAVANDERIA 3,6

CONSUMO DE TELEFONE/INTERNET 2,8

GASTOS COM TRANSPORTE, LOCOMOÇÃO 2,6

OUTROS 1,4

TOTAL 37,8

Passo 5- Pesquisar o percentual de impostos + comissões

IMPOSTOS (%)

ICMS - sobre receita de alimentos/bebidas

ISS - sobre diárias

COFINS

PIS

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO

IMPOSTO DE RENDA

SIMPLES

COMISSÕES

TOTAL

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Passo 6 - Calcular a margem de contribuição e o seu índice

DISCRIMINAÇÃO R$

Faturamento

( - ) Custos Variáveis

( - ) Custos Fixos

( - ) Impostos + comissões

( = ) Margem de contribuição

DISCRIMINAÇÃO (%)

Índice da Margem de Contribuição:(Margem de Contribuição ÷ Faturamento) x 100

Passo 7 - Calcular o ponto-de-equilíbrio da ecopousada

DISCRIMINAÇÃO R$

Ponto-de-equilíbrio:(Custos fixos ÷ índice da Margem de contribuição) x 100

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

DISCRIMINAÇÃO R$

Faturamento Estimado

Custos Fixos

Lucro: ((Faturamento Estimado x Índice da Margem de Contribuição) / 100) - Custos Fixos

Passo 8 - Determinação do lucro para o nível de faturamento estimado

Passo 9 - Calcular a necessidade de capital de giroExemplo: A soma dos custos fixos + variáveis mensais previstos nos três primeiros meses de funcionamento da ecopousada.

Capital de giro inicial

Passo 10 – Determinação do Investimento Total necessárioconsiderado o investimento fixo + a necessidade de capital de giro.

Exemplo: O valor estabelecido no Passo 1 + Passo 9.

INVESTIMENTO TOTAL R$

Investimento fixo

Capital de giro inicial

T o t a l

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Passo 11- Taxa de rentabilidadeFórmula = (lucro/mês ÷ investimento total necessário) x 100.

A resposta será dada em porcentagem.

MÃOS À OBRA!

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Passo 12 - Prazo de retorno do investimento (¨Payback¨):

Fórmula = investimento total necessário ÷ lucro/mês.

A resposta será dada em número de meses.

MÃOS À OBRA!

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

CONCLUSÃO !

MÃOS À OBRA!

Compare a taxa de rentabilidade prevista com o custo médio do capital que você aplicou em seu negócio (constante da 10ª Etapa do Plano de negócios). Sempre que a taxa que mede a rentabilidade do projeto de negócio for igual ou superior ao custo de obtenção do capital investido, então poderemos dizer que o projeto possui viabilidade econômico-financeira. Caso ocorra o contrário, a idéia do negócio deve ser recusada, ou modificada, pois ela demonstrou ser inviável (isto vale dizer que não permitirá a recuperação do capital investido). A seguir, consulte o prazo de tempo que o negócio exigirá para haver a recuperação do capital inicialmente investido e o compare com a suas expectativas ao pretender iniciar o negócio. Caso este seja compatível com as suas expectativas, o projeto deve ser aceito. Senão, deverá ser abandonado ou então reformulado. Coloque as suas conclusões quanto à viabilidade econômico-financeira do negócio, tomando por base os dados que lhe foram fornecidos pelo seu Plano de Negócios.

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Parabéns, por ter feito o planejamento anterior à implantação do negócio!

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

BIBLIOGRAFIA

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EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

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TREINAMENTO MOTIVACIONAL COM RESULTADOS. Competências essenciais do empreendedor. Série Empreendedorismo, 2000.

SITES RELACIONADOS A MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

AGENDA 21

AGIR AZUL

ÁGUA ON-LINE

ÁGUA VIVA

AIPA

AMBIENTE BRASIL

http://www.agenda21local.com.br/pas1.htm

http://www.agirazul.com.br

http://www.aguaonline.com.br

http://www.ate.com.br/agua

http://www.aipa.org.br

http://www.ambientebrasil.com.br

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

AMBIENTE GLOBAL

AMBIENTE TOTAL

APOEMA – PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ASSOCIAÇÃO ITUANA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL AMAZÔNIA

ATIBAIA – PROGRAMA EDUCACIONAL PARA RECICLAGEM

BDT BASE DE TROPICAL

BIBLIOTECA VIRTUAL DE EDUCAÇÃO

BIBLIOTECA VIRTUAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

BIODIVERSITAS

CATÁLOGO JURÍDICO SOBRE CONSUMO E MEIO AMBIENTE FIESP

CENTRO DE REFERÊNCIA EM BIODIVERSIDADE BIOTA

CENTRO DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

CIDADANIA NA INTERNET

CIDADANIA PELAS ÁGUAS

CIÊNCIA HOJE

CLUBE DA SEMENTE

COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM

http://www.uol.com.br/ambienteglobal

http://www.ambientetotal.pro.br

http://www.apoema.com.br

http://www.amazonia.org.br

http://www.atibaia.com.br/sucata

http://www.bdt.fat.org.br/index

http://www.bve.cibec.inep.gov.br

http://www.biblioclima.gov.br

http://www.biodiversitas.org.br

http://www.fiesp.com.br/meio_ambiente

http://watson.fapesp.br/biota

http://www.geocities.com/cream_br

http://www.cidadania.org.br

http://www.cidadaniapelasaguas.net/

http://www2.uol.com.br/cienciahoje

http://www.clubedasemente.org.br

http://www.cempre.org.br

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

EA NAS EMPRESAS

ECOAGÊNCIA NOTÍCIAS

ECOKIDS

ECOLINKS

EDITORA TERCEIRO MILÊNIO

FOLHA DO MEIO AMBIENTE

FUNDAÇÃO BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL –RS

FUNDAÇÃO ONDA AZUL

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO

FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA – WORLD WATCH INSTITUTE-BRASIL

FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

GREENPEACE DO BRASIL

HORTA VIVA – EDUCAÇÃO AMBIENTAL

INSTITUTO & PESQUISA AMBIENTAL 5 ELEMENTOS – RECICLAGEM DE PET

INSTITUTO AMBIENTAL VIDÁGUA WWF

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

http://www.mma.gov.br/conama

http://www.grupos.com.br/grupos/ea_nas_empresas

http://www.ecoagencia.com.br

http://www.uol.com.br/ecokids

http://www.ecolinks.vilabol.uol.com.br

http://www.etm.com.br/ecologia

http://www.folhadomeio.com.br

http://www.fbds.org.br

http://www.fepam.rs.gov.br

http://www.ondazul.org.br

http://www.frm.org.br/ecologia

http://www.wwiuma.org.br

http://www.mma.gov.br/port.fnma

http://www.greenpeace.org.br

http://www.hortaviva.com.br

http://www.5elementos.org.br

http://www.wwf.org.br

http://www.ibama.gov.br

Page 173: Noções de Planejamento e Gestão de Negócios em Ecoturismo

173

Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

INSTITUTO DE ECOLOGIA POLÍTICA

INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVIAS DO CERRADO

INSTITUTO DE PESQUISA AMBIENTAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO ECOAR PARA A CIDADANIA

INSTITUTO SOCIEDADE, POPULAÇÃO E NATUREZA

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL

INTERNATIONAL COUNCIL OF LOCAL ENVIRONMENTAL INICIATIVES (CONSELHO INTERNACIONAL PARA INICIATIVAS AMBIENTAIS LOCAIS)

LIXO

MEC – EDUCAÇÃO AMBIENTAL

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA BRASIL

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO NO BRASIL

PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

PROJETO DE EDUCAÇÃO TOM DA MATA

PROJETO SAÚDE & ALEGRIA

RADAR AMBIENTAL

RECICLAGEM PARA CONSTRUIR

http://www.mma.gov.br/conama

http://www.grupos.com.br/grupos/ea_nas_empresas

http://www.ecoagencia.com.br

http://www.uol.com.br/ecokids

http://www.ecolinks.vilabol.uol.com.br

http://www.etm.com.br/ecologia

http://www.folhadomeio.com.br

http://www.fbds.org.br

http://www.fepam.rs.gov.br

http://www.ondazul.org.br

http://www.frm.org.br/ecologia

http://www.wwiuma.org.br

http://www.mma.gov.br/port.fnma

http://www.greenpeace.org.br

http://www.hortaviva.com.br

http://www.5elementos.org.br

http://www.wwf.org.br

http://www.ibama.gov.br

http://www.cfh.usfc.br/~iep

http://www.permacultura.org.br/ipec

http://www.ipam.org.br

http://www.ecoar.org.br

http://www.ispn.org.br

http://www.socioambiental.org

http://www.iclei.org

http://www.lixo.com.br

http://www.mec.gov.br/sef/ambiental

http://www.mma.gov.br

http://www.unesco.org.br

http://www.undp.org.br

http://www.eletrobras.gov.br/procel

http://www.tomdamata.org.br

http://www.saudeealegria.org.br

http://www.radarambiental.com.br

http://www.reciclagem.pcc.usp.br

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

RECICLOTECA

REDE DE INFORMAÇÕES PARA O TERCEIRO SETOR

REVISTA AMBIENTE

REVISTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO

REVISTA ELETRÔNICA DO MESTRADO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA FURG

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SENAC-SP

SISTEMA BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – CONTEXTO INSTITUCIONAL

SOCIEDADE DE PESQUISA EM VIDA SELVAGEM

SOS MATA ATLÂNTICA

VIDÁGUA

(Fonte: CARVALHO, Isabel Cristina de Moura Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. Docência em formação. São Paulo: Cortez,2004)

http://www.recicloteca.org.br

http://www.rits.org.br

http://www.revista-ambiente.com.ar

http://www.revistaea.arvore.com.br

http://www.sf.dfis.furg.br/mea/remea

http://www.ambiente.sp.gov.br

http://www.sp.senac.br

http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/sibea

http://www.spvsorg.br

http://www.sosmatatlantica.org.br

http://www.vidagua.org.br

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Programa Nacional de Ecoturismo - PNEPrograma de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal - PROECOTUR

Unidade de Gerenciamento do Programa – UGP/ MMA

Coordenador-GeralAllan MilhomensGerente Técnico do ProecoturRinaldo Mancin Gerente Administrativo / Financeiro (interino)Flávio Camiá Equipe Técnica Proecotur-PNEAmado Mota, Daniela Nascimento, Fernando Ferreira, Liliana de Salvo, Lucila Egydio, Marcello Lourenço, Wagneide RodriguesEquipe Administrativa / FinanceiraBruno Farias, Eurides de Carvalho, Elenice Maurício, Josineide Paes, Patrícia Azevedo, Pedro Araújo, Rafael Gangana, Wellington de Sousa, Yuri Carvalho

COMPONENTE DE CAPACITAÇÃO EM ECOTURISMO DO PROECOTUR/PNE

Coordenação Nacional: Fernando FerreiraCoordenação na Amazônia Legal: Liliana de Salvo Elaboração da CartilhaTexto: João Batista Paranhos Texto de apoio: ECOTURISMO: Visitar para conservar e desenvolver a Amazônia, MMA/SCA/ PROECOTUR, 2002. Colaboração e revisão: Daniela Nascimento e Lucila Egydio Projeto Gráfico: ATO3 - Comunição & DesignConsultoria: Consórcio MundiServiços e Ruschmann Consultores de Turismo

Ministério do Meio AmbienteSecretaria de Políticas para o Desenvolvimento SustentávelPrograma de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal – PROECOTUREsplanada dos Ministérios, Bloco B, sala 930 – CEP: 70.068-900Brasília – DF – BrasilTel.: (55) (0XX61) 4009.1413 / 4009.1329Fax.: (55) (0XX61) [email protected]

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Noções de

EcoturismoGestão de NegóciosPlanejamento

em

e

Banco Interamericano de Desenvolvimento