noções de planejamento, controle e acompanhamento de obras

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Page 1: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras
Page 2: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

À medida que a tecnologia vai aumentando no

decorrer do tempo, a construção civil vai delineando

as formas de um processo produtivo mais adequado

para os próximos anos.

O aumento da concorrência e a evolução tecnológica

pressionam as empresas para que reavaliem seus

métodos e sistemas de produção em busca de

produtividade e competitividade.

No entanto, apesar dos objetivos semelhantes a

todos, os meios de alcançá-los não são unânimes. Pelo

contrário, muitas são as perspectivas e idéias que

surgem no setor para adaptar a produção aos novos

tempos.

Page 3: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Uma das correntes, a lean construction,

também conhecida como construção

enxuta...

A proposta é reduzir custos sem necessidade de

investimentos, somente através de uma melhor

organização do processo, eliminando reservas de

mão-de-obra ociosa e otimizando cada recurso

disponível.

Neste cenário, ganha importância o crescimento da

produtividade da equipe, responsável pelo

ritmo da obra, em relação ao controle da

produtividade individual.

Page 4: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

No Brasil é visível o crescimento da Industria da

Construção Civil, porém a maioria das obras

ainda são “tocadas” por empresas de pequeno,

empresas estas que não se preocupam com

planejamento...

No caso do planejamento pode-se dizer que é um

déficit comum a todas empresas do ramos, seja

qual for o porte.

Ou essas empresas fogem do planejamento por acharem ser

mais fácil dirigir o presente do que pensar no futuro, dessa

maneira, por exemplo, os serviços passam a ter uma

seqüência ou uma rotina diária de improviso e

indeterminação, saindo de uma programação ou de um

cronograma previamente elaborado para a obra.

Page 5: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Todos esses fatores geram incerteza de prazo, de custo e

de garantia da qualidade final do serviço. Outro fator que

pode ser considerado é o fator humano envolvido em cada

fase do serviço, a falta de treinamento e incentivo da mão-

de-obra, afetam diretamente na produtividade e na

qualidade do serviço e aumenta o tempo de execução e os

custos. Portanto:

Page 6: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

A primeira fase do desenvolvimento de um

empreendimento corresponde ao estudo de viabilidade

do mesmo, sendo que algumas etapas do planejamento,

que se iniciam nesta fase, estender-se-ão até as fases de

planejamento e execução do empreendimento, e terão

grande influência sobre a fase de utilização do imóvel.

Vejamos o esquema a seguir:

Page 7: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

ESTUDO DE VIABILIDADE DO

EMPREENDIMENTO

ANÁLISE DE MERCADO;

ANÁLISE DO TERRENO;

AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS SOCIAIS

E JURÍDICOS DO EMPREENDIMENTO;

PROGRAMA DAS NECESSIDADES DO

USUÁRIO;

ANÁLISE DO INVESTIMENTO;

FINANCIAMENTO DO

EMPREENDIMENTO;

PLANEJAMENTO DO

EMPREENDIMENTO;

MARKETING/VENDAS.

FASES DE

PLANEJAMENTO E

EXECUÇÃO

LEVANTAMENTO DE DADOS;

ESTUDO PRELIMINAR;

ANTEPROJETO;

PROJETO LEGAL;

PROJETO EXECUTIVO;

PREPARAÇÃO DA LICITAÇÃO;

COLABORAÇÃO NA

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS;

SUPERVISÃO DE OBRA;

ACOMPANHAMENTO DA

OBRA E DOCUMENTAÇÃO.

FASE DE

FUNCIONAMENTO

MANUTENÇÃO;

REPAROS;

ADMINISTRAÇÃO/

DIREÇÃO;

GERENCIAMENTO;

REFORMAS/

RESTAURAÇÕES;

MUDANÇA DE USO;

DEMOLIÇÃO;

CONCEPÇÃO DO

EMPREENDIMENTO

Page 8: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

É a comparação entre a estimativa de custo do

mesmo e os rendimentos que se espera obter por

meio da sua comercialização.

O E.V.E. não deve ser considerado como um tópico à

parte. Ele deve ser realizado periodicamente, em espaços

de tempo tão curtos quanto possível e várias vezes em

cada etapa do planejamento, permitindo uma rápida

reação aos desvios, que otimize, ou interrompa o

desenvolvimento do empreendimento.

Page 9: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

ANÁLISE DE MERCADO

Pesquisas específicas, feitas por institutos e

associações especializadas. Como: aspectos

demográficos, população por idade, sexo, estado civil,

tamanho da família, etc.

ANÁLISE DO TERRENO

Situação geográfica: topografia, orientação solar, formato do

terreno entorno, etc.

Infra-estrutura:redes de água, esgoto e elétrica, vias de tráfego,

instituições de ensino, comércio, etc.

Imposições relativas ao ambiente:proteção da paisagem local, do

meio ambiente, monumentos tombados, etc.

Page 10: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

PROGRAMA DE NECESSIDADES DO USUÁRIO

Serão pesquisadas e analisadas as condições

determinantes, como necessidades, objetivos e

meios financeiros dos usuários/compradores.

ANÁLISE DE INVESTIMENTO/FINANCIAMENTO

Levantamento e aquisição de meios para o investimento;

Análise do fluxo de caixa, velocidade de vendas;

Estudo das possibilidades de financiamento.

Page 11: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MARKETING

As atividades de marketing devem ser iniciadas tão cedo

quanto possível, paralelamente à análise de mercado,

pois a concepção do empreendimento, que resultará da

análise de mercado, deve ser testada já bem cedo,

quanto à real possibilidade de aceitação do produto. No

prosseguimento do empreendimento, então, devem ser

desenvolvidas estratégias de marketing concretas, para

resultar finalmente na venda do produto.

Page 12: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Planejar é :

Elaborar um roteiro de ações para se atingir um

determinado fim.

É prever decisões que envolvem o estabelecimento de metas

e a definição dos recursos necessários para atingí-las.

O planejamento permite:

definir a organização para execução dos serviços;

tomar decisões;

alocar recursos;

integrar e coordenar esforços e conhecimentos de todos os envolvidos;

garantir a comunicação entre os participantes da obra;

conscientizar a todos sobre prazos, custos e qualidade referentes a obra;

definir a hierarquia dentro e fora da obra;

criar bancos de dados, composições e parâmetros de controle e custo;

definir diretrizes para o projeto.

Page 13: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

O planejamento é vital para uma empresa realizar as suas

metas e si firmar no mercado, as pequenas empresas da

construção civil devem desenvolver um plano de trabalho

que vise não só os lucros, mas sim o planejamento correto

de suas atividades dentro e fora do canteiro de obras, as

planilhas orçamentárias e os cronogramas, devem ser

elaborados dentro uma realidade estimada de acordo com

a obra, as empresas devem desenvolver planos de

investimento em treinamento, capacitação e apoio técnico,

tudo isso de forma que se enquadre dentro da realidade

financeira da empresa.

Page 14: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Níveis do planejamento

Page 15: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

está na raiz da competitividade (metas orientadas

por objetivos). Só pode estar no nível da

diretoria.

estabelecido em nível macro do

empreendimento, com determinação das datas

principais, fontes de financiamento, entre

outros dados.Também é da diretoria.

estabelecido para a produção: elaboração do

plano geral, com a identificação dos recursos

principais: é o enlace entre o planejamento de

longo prazo e o planejamento operacional. É o

planejamento da engenharia.

dirigido à produção: inclui a definição

detalhada das atividades, momentos e prazos

para execução e alocação dos recursos.

Estabelece o compromisso dos responsáveis

pela produção com as metas estabelecidas

anteriormente.

Page 16: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Existem dois métodos de organização do trabalho

que podem ser importantes para o aumento de

produtividade e melhoria da qualidade de

execução de serviços. Esses métodos são dados

pela formulação de instruções de trabalho e

pelas pesquisas sobre o trabalho de

construção(link).

Através das instruções de trabalho, os operários recebem

sistematicamente instruções e treinamento para a utilização

dos métodos novos que deverão ser empregados na obra.

Nas pesquisas sobre o trabalho de construção, é feito

um acompanhamento sistemático do desenvolvimento da

obra, anotados os tempos necessários para a execução das

atividades e das etapas de construção e também levantadas as

falhas no decorrer dos trabalhos.

Page 17: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Planejamento das atividades da obra:

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

A construção civil depende essencialmente de

materiais de boa qualidade e, por conseguinte, de

mão-de-obra adequada para sua aplicação

Para iniciar o planejamento das atividades de uma

obra, precisa-se ter total conhecimento dos

materiais que serão empregados para realização

dos serviços que farão parte da mesma.

Por isso, se faz necessário conhecer as especificações e

inspeções dos materiais (EIM - Especificação e inspeção de

materiais) e a ficha para controle de recebimento dos

mesmos na obra (FVM - Ficha de verificação de materiais).

Page 18: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Modelo FVM

Page 19: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Modelo EIM

Page 20: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Depois de conhecida a especificação do material, é

necessário determinar a quantidade do mesmo que será

utilizada em cada serviço. Ela pode ser calculada através do

coeficiente de consumo de materiais, ele informa a

quantidade de material necessária para executar a

unidade do serviço.

Por exemplo, para a execução de 1,00 m3 de alvenaria de pedra

calcárea argamassada precisa-se de:

• Areia lavada média - 0,3648 m3

• Pedra calcárea - 1,10 m3

• Cimento CPII E-32 - 109,35 Kg

Page 21: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Além de conhecer as especificações e determinar as

quantidades dos materiais utilizados na obra, é

necessário saber como controlar o recebimento e

armazenamento dos mesmos no canteiro de obras de

forma prioritária.

Para isso, a ferramenta utilizada é a Curva ABC que é um

importante instrumento para se examinar estoques,

permitindo a identificação daqueles itens que justificam

atenção e tratamento adequados quanto à sua administração.

Page 22: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do

valor, dá-se a denominação de itens da classe A, aos

intermediários, itens da classe B, e aos menos

importantes, itens da classe C.

A experiência demonstra que poucos itens, de

10% a 20% do total, são da classe A, enquanto

uma grande quantidade, em torno de 50%, é da

classe C e 30% a 40%, são da classe B.

A Curva ABC dos materiais lista em ordem decrescente, o material que

custou mais caro, até o mais barato, ali empregado, anotando também as

suas quantidades.

Page 23: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Exemplo:

1º Passo- Determina-se o Valor do consumo = Preço unitário x

Consumo:

Page 24: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

2º Passo-Classificar os materiais em ordem decrescente pelo

Valor do consumo:

Page 25: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

3º Passo-Determinar as porcentagens individuais de cada

material e suas porcentagens acumuladas:

Page 26: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

4º Passo–Traçar a Curva ABC (Eixo X- materiais e Eixo Y-

porcentagem acumulada):

Page 27: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Para a definição das classes A, B e C, adotando-se o

critério de que A = 20%; B = 30% e C = 50% dos

itens. Sendo, nos10 itens, 20% são os dois primeiros

itens, 30% os três itens seguintes e 50% os cinco

últimos itens, resultando, assim, os seguintes valores:

-classe A (2 primeiros itens) = 62,44%;

-classe B (3 itens seguintes) = (85,22% - 62,44%) = 22,78%;

-classe C (5 itens restantes) = (100% - 85,22%) = 14,78%;

Page 28: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

“Em qualquer país, o caminho mais sustentável

para a melhoria do padrão de vida é o aumento

da produtividade. Os ganhos de produtividade

englobam tanto processos mais eficientes como

inovações em processos e serviços. O uso

adequado de recursos permite que a economia

forneça bens e serviços a custos menores para o

mercado interno e possa competir em mercados

internacionais.” (MCKINSEY, 1998)

Page 29: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

A adequação dos métodos de produção, a redução de

ineficiência dos equipamentos, o uso de técnicas mais avançadas

como: estudos de tempo e movimentos, layout e movimentação

de materiais, são aspectos de grande relevância e contribuem

para redução de perdas e, conseqüentemente, para melhoria da

produtividade.

Para conseguir melhor produtividade é importante:

- desenvolver um ambiente de trabalho harmônico, seja em

seu aspecto físico ou no relacionamento com os colegas

(ambiente limpo, seguro, arejado, num clima de amizade e

confiança);

- investir na formação básica e na qualificação profissional dos

funcionários (cursos de alfabetização, supletivos, de habilidades

e atualização tecnológica);

Page 30: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

-valorizar o profissional, afastando-o do medo, da

insegurança, propiciando o conhecimento de assuntos de

interesse de seu trabalho (palestras, encontros, trabalhos

em grupo, feiras);

- estabelecer metas e controlar resultados que estejam

associados às melhorias das operações (controles de

documentos, atrasos de produção e entrega, desperdícios,

redução da ociosidade, paradas de máquinas, etc.)

Page 31: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

O dimensionamento da mão-de-obra é uma tarefa

que exige muito conhecimento, pois ele está

sujeito a limitações de recursos (p.ex.:potencial

disponível da empresa) e de espaço físico

(p.ex.:espaço no canteiro de obras).

MÃO-DE-OBRA

Esse dimensionamento é feito através do “coeficiente de

produtividade”, que são dados muito

importantes que objetivam a aplicação de mão-

de-obra para cada tipo de serviço a ser

executado num canteiro de obras.

Recomenda-se que esses dados sejam cadastrados

por pessoas confiáveis, por tratar-se de uma tarefa

que requer muita atenção, pois os dados levantados

no decorrer de um determinado serviço, podem vir a

ser utilizados em novas composições.

Page 32: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

O coeficiente de produtividade (Cp) é dado por:

Qop x Tex

QservCp=

Onde:

Qop– quantidade de operários;

Tex.– tempo de execução do serviço;

Qserv.– quantidade de serviço;

MÃO-DE-OBRA

Page 33: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Exemplo:

Suponha a execução de chapisco em parede, traço

1:4, os coeficientes de produtividades são:

Pedreiro –0,20 horas/m2

Servente–0,26 horas/m2

MÃO-DE-OBRA

Page 34: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

Formação de equipes

O planejamento da obra depende do tipo de grupo de

trabalho que será empregado para a execução dos

serviços. Existem as seguintes possibilidades de formação

das equipes de trabalho:

a) Equipes mistas ou complexas:

Este grupo de trabalho é composto por diversos

profissionais que realizam vários tipos de atividades.

Ex.: pedreiro, oficial de concreto, carpinteiro, montador de

formas, armador, servente.

Page 35: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

b) Equipes especializadas:

A divisão do trabalho em grupos que realizam

continuamente a mesma tarefa pode ter como efeito o

aumento da produtividade. Equipes especializadas são

geralmente pequenas e compõem-se de 04 a 08

trabalhadores no máximo, em que a maioria é

especializada e a utilização de serventes é reduzida.

c) Equipes mecanizadas:

Nas quais a produtividade é determinada principalmente

pela utilização de equipamentos.

Page 36: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Métodos de planejamento de equipes

MÃO-DE-OBRA

Podemos organizar a realização das atividades pelas equipes

de trabalho, através de três métodos principais:

a) Produção em sequência:

Neste método de produção os trabalhos de uma etapa

são realizados um após o outro por uma equipe de

trabalho, geralmente do tipo mista.

b) Produção simultânea:

Na produção simultânea são usadas, em uma mesma etapa

de produção (desde que a etapa seja grande o suficiente

para isto), ou em etapas de produção paralelas, diversas

equipes ao mesmo tempo, sendo estas geralmente mistas.

Page 37: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

c) Produção em linha/trabalho cadenciado:

Produção em linha/trabalho cadenciado são formas de

produção seqüencial onde ocorrem interrupções

obrigatórias no processo, porém de forma organizada.

Métodos de planejamento de equipes

Page 38: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

MÃO-DE-OBRA

Representação do planejamento da mão-de-obra

Pode ser feita sob a forma de histograma de recursos que,

na maioria dos casos, é apresentado juntamente com o

cronograma.

Page 39: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

A qualidade da obra como um todo é resultante do seu

planejamento e gerenciamento, da organização do canteiro

de obras, das condições de higiene e segurança do

trabalho, da correta operacionalização dos processos

administrativos em seu interior, do controle de

recebimento e armazenamento de materiais e

equipamentos e da qualidade na execução de cada serviço

específico do processo de produção.

Um instrumento adequado para a

padronização de processos (serviços) é a

aplicação do ciclo PDCA:

Page 40: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Plan (planejamento) : estabelecer missão, visão, objetivos

(metas), procedimentos e processos (metodologias)

necessárias para o alcance dos resultados;

Do (execução) : realizar, executar as atividades;

Check (verificação) : monitorar e avaliar periodicamente

os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-

os com o planejado, objetivos, especificações e estado

desejado, consolidando as informações, eventualmente

confeccionando relatórios;

Action (agir) : Agir de acordo com o avaliado e de acordo

com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar

novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade,

eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo

eventuais falhas.

Page 41: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

As empresas de construção civil não tinham a prática de

documentar formalmente o procedimento executivo de

cada serviço e os critérios de inspeção desses serviços.

Com isso, o seu domínio tecnológico passava a ser

limitado e variável em função da mão-de-obra ou do

empreiteiro utilizado em cada época e local. Para tornar a

empresa mais estável com relação à qualidade das obras

que oferece a seus clientes, é fundamental documentar os

procedimentos de execução e inspeção de cada serviço.

Page 42: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Essa documentação é composta pelo PES

(Procedimento de Execução de Serviços), PIS

(Procedimento de Inspeção de Serviços), e da FVS

(Ficha de Verificação de Serviços). Os PES e os PIS

devem ser elaborados para cada serviço inicialmente

priorizado e fazem parte do acervo técnico da empresa. A

FVS é o documento que deve ser preenchido na obra, no

decorrer do processo de execução de cada serviço.

VEJAMOS A SEGUIR A FVS:

Page 43: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

FVS

Obs.métodos construtivos

Page 44: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Canteiro de obras

Pode ser definido como:

•A área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações

de apoio e execução de uma obra.

•O conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da

indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de

vivência.

•É a fábrica cujo produto final é o edifício.

Localização do canteiro de obras:

O canteiro, como regra geral, está localizado no próprio

terreno em que se vai executar a obra. Há que se citar, no

entanto, outras posturas que podem ser adotadas para

complementar a área disponível para a fábrica:

Page 45: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

• aluguel de residência vizinha ou próxima para servir

para escritório, stand de vendas ou alojamento;

• empréstimo ou aluguel de terreno vizinho ou próximo

para alocar centrais de processamento e/ou estoques de

materiais, ou ainda para abrigar alojamentos de operários;

• existência de canteiro central de obras da empresa, que

pode abrigar um ou mais serviços referentes às etapas de

estocagem e processamento intermediário dos materiais.

Canteiro de obras

Obs: Na discussão quanto à opção de utilização de áreas externas à

própria obra, deve-se lembrar de computar os ônus gerados com

transportes bem como analisar a legislação vigente para não incorrer em

ônus de impostos extras por execução de serviços fora do local de

produção da obra.

Page 46: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Aspectos a serem considerados na implantação do canteiro

de obras:

•condições locais da obra: possibilidades de abastecimento, área

disponível, possibilidade de acesso;

•tipo e tamanho da obra;

•métodos de produção;

•técnicas de transporte;

•tempo de construção e planejamento da execução da obra;

•recursos operacionais disponíveis.

Instalações de infra-estrutura:

1. Áreas de vivência: escritórios da obra, refeitório, vestiários, WC’s, etc.

2. Armazenamento e estocagem de materiais: almoxarifado, galpão para

depósito;

3. Central de carpintaria;

4. Fornecimento de água, energia e esgoto da obra;

Page 47: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Caminhos para veículos e pedestres dentro do

canteiro de obras:

Na definição dos caminhos entre os diversos pontos

do canteiro de obras, deve-se, por motivo de segurança,

tentar fazer a separação de caminhos para veículos e para

pedestres, mesmo que, na prática, isso não seja

completamente realizável.

O traçado das ruas dentro do canteiro deve possibilitar que

os transportes sejam realizados sem que haja empecilhos ou

situações de conflito. Para isso devem ser considerados os

pontos seguir :

Page 48: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

•a entrada e saída de veículos da obra deve ser posicionada de

modo a permitir boa visibilidade;

•as ruas dentro do canteiro devem possibilitar uma ligação

direta entre os meios de transporte verticais e horizontais;

•se possível, deve-se tentar, através do traçado de ruas, facilitar

o acesso dos veículos aos principais pontos de produção

dentro do canteiro;

•quando ocorrer o descarregamento de veículos no canteiro,

os demais transportes não devem ser prejudicados por esta

atividade;

•entre a construção e o caminho de veículos deve haver

espaço suficiente para o depósito de materiais e para a

realização de trabalhos, principalmente quando o traçado

circunda o edifício.

•por motivo de segurança, deve-se deixar espaço suficiente

entre os caminhos de veículos e os equipamentos, andaimes e

alojamentos.

Page 49: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Exemplos de traçados para vias de acesso de automóveis:

Page 50: Noções de Planejamento, Controle e Acompanhamento de Obras

Equipamentos que podem ser utilizados no canteiro:

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