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Noções de Direito Administrativo Prof. Marco Praxedes
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará - TJ/CE Serviço de Treinamento
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Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará - TJ/CE. Professor da Faculdade Católica Rainha do
Sertão - FCRS. Especialista em Direito e Processo Constitucionais pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR.
Especialista em Direito e Processo Administrativos pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Especialista em Direito
Processual Penal pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza -
UNIFOR. Membro e Sócio Fundador do Instituto Cearense de Direito Administrativo - ICDA.
[email protected] / www.marcopraxedes.adv.br
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22001122
FFoorrttaalleezzaa // CCEE
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SUMÁRIO
PROPOSTA DO MATERIAL
I. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Origem do Direito Administrativo
2. Importância do Estudo do Direito Administrativo
3. Ramo do Direito Público
4. Administração Pública: Sentido Objetivo e Subjetivo
5. Conceito de Direito Administrativo
6. Fontes do Direito Administrativo
7. Regime Jurídico Administrativo
II. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Conceito de Princípio
2. Organograma dos Princípios da Administração Pública
3. Princípios Constitucionais Básicos (art. 37, caput, CF)
3.1. Princípio da Legalidade
3.2. Princípio da Impessoalidade
3.3. Princípio da Moralidade
3.4. Princípio da Publicidade
3.5. Princípio da Eficiência
4. Princípios Constitucionais Explícitos
5. Princípios Constitucionais Implícitos
6. Princípios Infraconstitucionais Explícitos
7. Princípios Infraconstitucionais Implícitos
III. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Administração Direta x Administração Indireta
2. Autarquias
2.1. Autarquias como Agências
2.2. Autarquias como Conselhos Profissionais
3. Fundação
3.1. Modalidades de Fundação
3.2. Características
4. Empresas Públicas
5. Sociedade de Economia Mista
6. Entidades Paraestatais
6.1. Serviços Sociais Autônomos
6.2. Organização Social (OS)
6.3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
IV. PODERES ADMINISTRATIVOS
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1. Conceito de Poder Administrativo
2. Poder Vinculado
3. Poder Discricionário
4. Poder Hierárquico
5. Poder Disciplinar
6. Poder Normativo
7. Poder de Polícia
7.1. Atributos do Poder de Polícia
V. ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Conceito de Ato Administrativo
2. Elementos do Ato Administrativo
2.1. Competência
2.2. Finalidade
2.3. Forma
2.4. Motivo
2.5. Objeto
3. Atributos do Ato Administrativo
4. Extinção do Ato Administrativo
4.1. Exaurimento dos Efeitos
4.2. Revogação
4.3. Anulação
4.4. Cassação
4.5. Caducidade
4.6. Contraposição
4.7. Renúncia
VI. LICITAÇÃO PÚBLICA E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (LEI Nº 8.666/93)
1. Conceito de Licitação Pública
2. Disciplina Legal
3. Modalidades de Licitação
3.1. Concorrência
3.2. Tomada de Preços
3.3. Convite
3.4. Concurso
3.5. Leilão
3.6. Pregão
4. Fases do Procedimento
5. Fases do Procedimento do Pregão
6. Contrato Administrativo
VII. SERVIDORES PÚBLICOS
1. Conceito de Agente Público
2. Classificação dos Agentes Públicos
2.1. Agentes Políticos
2.2. Servidores Públicos Civis
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2.3. Servidores Públicos Militares
2.4. Empregados Públicos
2.5. Servidores Temporários
3. Acessibilidade
4. Concurso Público
5. Acumulações
6. Estabilidade
7. Sindicalização
8. Greve
9. Responsabilidade dos Servidores
VIII. SERVIÇO PÚBLICO (LEI Nº 8.987/95)
1. Conceito de Serviço Público
2. Mutabilidade do Conceito de Serviço Público
3. Serviço Público x Poder de Polícia
4. Disciplina Legal
5. Princípios
5.1. Princípio da Generalidade
5.2. Princípio da Modicidade das Tarifas
5.3. Princípio do Serviço Adequado
5.4. Princípio da Atualidade
5.5. Princípio da Continuidade do Serviço Público
6. Concessão x Permissão
7. Responsabilidade do Concessionário
IX. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Conceito de Controle Administrativo
2. Controle Externo x Controle Interno
3. Controle do Poder Legislativo
4. Controle do Poder Judiciário
4.1. Habeas corpus
4.2. Habeas data
4.3. Mandado de injunção
4.4. Mandado de segurança individual
4.5. Mandado de segurança coletivo
4.6. Ação popular
4.7. Ação de improbidade administrativa
5. Controle Interno
X. PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI Nº 9.784/99)
1. Processo em Sentido Amplo
2. Disciplina Legal
3. Aplicação Subsidiária da Lei n° 9.784/99
4. Princípios
4.1. Princípio da Pluralidade de Instâncias
4.2. Princípio da Participação Popular
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5. Dever de Decidir
6. Contagem dos Prazos
SUGESTÃO DE LEITURAS
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PROPOSTA DO MATERIAL
Prezados Colegas,
Conforme prometido, deixo à disposição de todos o conteúdo programático referente ao
curso de Noções de Direito Administrativo ministrado no Serviço de Treinamento do Tribunal de
Justiça do Estado do Ceará - TJ/CE.
A elaboração deste material possui a finalidade de servir como uma ferramenta inicial
de pesquisa, fornecendo de maneira bastante resumida e objetiva uma visão panorâmica dos
assuntos mais relevante estudados no Direito Administrativo.
O aprofundamento de todas as temáticas abordadas em sala de aula será realizado
oportunamente em cursos específicos e pontuais, também oferecidos pelo Serviço de Treinamento
do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará - TJ/CE.
Boa leitura.
O Autor
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I. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Origem do Direito Administrativo
O Direito Administrativo surgiu com a implantação do Estado de Direito, no período
que se sucedeu à Revolução Francesa.
Estado Totalitário Estado de Direito
A obra central que deu fundamento aos movimentos de revolução na França foi o livro
“O Espírito das Leis” (L’Esprit des lois), publicada em 1748 pelo filósofo francês Charles-Louis de
Secondatt ou Barão de Montesquieu.
As premissas do Estado de Direito são: o princípio da legalidade, a separação de
poderes e a constitucionalização do Estado.
Com a Revolução Francesa, instaurou-se na França a jurisdição administrativa ou
contencioso administrativo, encarregado de julgar as causas de interesse da Administração Pública,
ficando a jurisdição comum com o julgamento dos demais litígios.
Foram as decisões do Conselho de Estado francês, órgão central do contencioso
administrativo, que teriam identificado os primeiros vetores do direito administrativo.
2. Importância do Estudo do Direito Administrativo
licitações públicas
contratos administrativos
Gestão de atividades rotineiras concurso público
processo administrativo
serviços públicos
desapropriação
tombamento
Restrição da propriedade limitações administrativas
servidões administrativas
requisição administrativa
Quanto maior a participação popular na condução da atividade administrativa e a
sujeição do Estado à Lei ou ao Direito, maiores a incidência de normas de direito público e a
preocupação com o estudo do direito administrativo.
Quanto mais democrático for o ambiente institucional de um país, mais seus cidadãos-
Revolução Francesa
1789
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administrados poderão exigir o exato cumprimento do direito administrativo.
democrático importância do direito
administrativo
3. Ramo do Direito Público
Embora o direto seja uno, não podendo ser separado, a sua clássica divisão em direito
público e direito privado, proposta pelo jurista romano Ulpianus, ajuda a compreender melhor as
diferentes funções deste ramo da ciência social.
Há duas partes neste estudo: o direito público, que diz respeito ao estado das
coisas de Roma; e o privado, relativo à utilidade os particulares, pois certas
utilidades são públicas e outras, privadas. O direito público consiste (nas
normas relativas) às coisas sagradas, aos sacerdotes e magistrados. O
direito privado é tripartido: é, de fato, coligido de preceitos naturais, ou das
gentes, ou civis. (Ulpianus).
Portanto, o direito administrativo é ramo do direito público interno. Direito público,
pois regula as relações em que o Estado é parte, ou seja, relações entre governantes e governados,
em uma perspectiva vertical, regendo sua organização, atuando com supremacia e visando sempre o
interesse público. Em contraposição está o direito privado, que regula as relações entre particular e
particular, em uma perspectiva horizontal, atuando com igualdade. Direito público interno, pois
aborda as atividades administrativas tendo em vista os fins interiores do Estado. Em contraposição
está o direito internacional público, que regula as relações entre países diferentes.
4. Administração Pública: Sentido Objetivo e Subjetivo
O termo Administração pública pode ser utilizado tanto no sentido subjetivo, indicando
o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas, sendo grafada com letras maiúsculas, como no sentido
objetivo, usado no contexto de função administrativa sob o regime de direito público, sendo grafada
com letras minúsculas.
Subjetivo: órgãos/pessoas
Administração Pública
Objetivo: função/atividade
5. Conceito de Direito Administrativo
Não há uma uniformidade quanto ao conceito de direito administrativo. Cada autor
escolhe certos elementos que considera mais importante para edificar seu conceito próprio.
O conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-se no
conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes
e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente
os fins desejados pelo Estado. (Hely Lopes Meirelles. Direito Administrativo
Brasileiro. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002).
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O Direito Administrativo é o ramo do direito público que disciplina a função
administrativa, bem como pessoas e órgãos que a exercem. (Celso Antônio
Bandeira de Mello. Curso de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2009).
É o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade
jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública. (Maria Sylvia Zanella di
Pietro. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Atlas, 2009).
Direito Administrativo é o conjunto de normas e princípios que, visando
sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e
órgãos do Estado e entre estes e as coletividades a que devem servir. (José
dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2009).
O Direito Administrativo é o ramo do direito público interno que trata de
princípios e regras que disciplinam a função administrativa e que abrange
órgãos, agentes e atividades desempenhadas pela Administração Pública na
consecução do interesse público. (Irene Patrícia Nohara. Direito
Administrativo. São Paulo: Atlas, 2011).
6. Fontes do Direito Administrativo
Fonte Primária Lei
Jurisprudência
Fonte Secundária Princípios Gerais do Direito
Costume
Embora o Direito Administrativo não possua uma codificação própria, a exemplo do
Código Penal, do Código Civil, do Código Tributário, estando seus princípios e regras previstos na
CF e Legislação Extravagante, em 2007 foi instalada uma comissão de juristas para elaborar um
anteprojeto sobre uma Lei Orgânica da Administração Pública.
Portaria n° 426, de 6 de dezembro de 2007, do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão. (Alterada pela Portaria n° 84, de 23 de abril de 2008).
7. Regime Jurídico Administrativo
A expressão regime jurídico-administrativo consagra tanto a união dos princípios
peculiares ao direito administrativo, que conservam entre si não apenas união, mas relação de
interdependência, como também as prerrogativas e sujeições, visando a satisfação do interesse público limitando restringindo a sua autonomia de vontade.
Prerrogativas presunção de legitimidade, autoexecutoriedade, autotutela, etc.
Restrições concurso público, licitação pública, legalidade administrativa, etc.
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II. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Conceito de Princípio
Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas
que condicionam todas as estruturações subsequentes. Princípios, neste
sentido, são os alicerces, os fundamentos da ciência. (José Cretella Júnior.
Filosofia do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1999).
2. Organograma dos Princípios da Administração Pública
Básicos (art. 37, caput, CF)
Princípios Constitucionais Explícitos
Princípios da Implícitos
Administração
Pública Explícitos
Princípios Infraconstitucionais
Implícitos
3. Princípios Constitucionais Básicos (art. 37, caput, CF)
Princípio da Legalidade
Princípios Princípio da Impessoalidade
Constitucionais Princípio da Moralidade
Básicos Princípio da Publicidade
Princípio da Eficiência
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:
3.1. Princípio da Legalidade
É o princípio basilar do Estado de Direito. É a atuação da Administração Pública
(órgãos/agentes) dentro dos parâmetros definidos em lei, sendo vedada sua atuação sem prévia e
expressa permissão legislativa.
X
Legalidade Privada
Ao particular é permitido fazer
tudo o que a legislação não
proíba
Legalidade Pública
Ao administrador somente é
permitido fazer o que estiver
previsto em lei
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Não se deve confundir o princípio da legalidade com o princípio da reserva de lei.
X
Art. 37 (...)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
atuação;
3.2. Princípio da Impessoalidade
finalidade
Impessoalidade imputação
isonomia
Sob a ótica da finalidade, é a atuação impessoal e genérica da Administração Pública,
visando a satisfação do interesse coletivo, sem corresponder ao atendimento do interesse exclusivo
do administrado.
Art. 37 (...)
§ 1°. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Sob a ótica da imputação, o ato praticado é atribuído ao órgão (pessoa jurídica) e não ao
agente público (pessoa física). Desta forma, a responsabilidade civil recairá sob a entidade no qual o
agente público emprega sua força de trabalho. Porém, o direito de regresso oferece a possibilidade
de a pessoa jurídica agir contra o responsável pelo dano.
Art. 37 (...)
§ 6°. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes,
nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Sob a ótica da isonomia, é o tratamento igualitário dispensado a todos os administrados, independentemente de qualquer interesse político.
3.3. Princípio da Moralidade
É a atuação administrativa baseada na boa fé, em consonância com a moral, os
P. Legalidade
É a submissão da
Administração Pública
(órgãos/agentes) aos impérios
da legislação
P. Reserva de Lei
É a limitação à forma de
regulamentação de
determinadas matérias cuja
natureza é indicada pela
legislação (ex. 37, XIX, CF)
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princípios éticos e a lealdade, não podendo contrariar os bons costumes, a honestidade e os deveres
de boa administração.
O princípio da moralidade não se refere a moral comum, mas aquela moral tirada da
conduta interna da Administração Pública. Logo, a moral relacionada ao princípio não é a moral
subjetiva, mas a moral jurídica, ligada a outros princípios da própria Administração como também
aos princípios gerais do direito.
Quando a doutrina administrativista menciona a imoralidade administrativa na forma
qualificada ela está se referindo ao ato imoral configurado como ato de improbidade (art. 37, § 4°,
CF; Lei n° 8.429/92).
Art. 37. (...)
§ 4°. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Lei n° 8.429/92
Art. 4°. Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a
velar pela estrita observância dos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhes são afetos.
O controle jurisdicional dos atos que violem a moralidade administrativa também pode
ocorrer via promoção da ação popular com a finalidade de invalidar o ato lesivo ou contrário à
moralidade (art. 5°, LXXIII, CF; Lei n° 4.717/65).
Art. 5°. (...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Vale lembrar que o princípio da moralidade rege o comportamento não só dos agentes
públicos, mas de todos aqueles que de qualquer forma se relacionam com a Administração Pública.
Desta forma, os particulares também deverão agir com boa fé e honestidade, podendo também
responder por ato que violem tal preceito.
3.4. Princípio da Publicidade
É a atuação transparente dos atos da Administração Pública, facilitando seu controle. O
princípio constitucional oferece a oportunidade das pessoas de obterem informações, certidões e
atestados da Administração Pública.
Art. 5°. (...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
O princípio da publicidade também determina que todos os julgamentos realizados pelo
Poder Judiciário sejam públicos.
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Art. 93. (...)
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito
à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação;
O remédio constitucional para o abuso do direito á informação de caráter particular é o
habeas data (art. 5°, LVII, CF).
Embora a publicidade seja a regra, o próprio Texto Constitucional permite a manutenção
do sigilo para aquelas informações que dizem respeito à segurança da sociedade e do próprio
Estado.
Lei n° 11.111/05
Regulamenta o acesso aos documentos públicos de interesse particular ou de
interesse coletivo e a possibilidade de restrição em razão da segurança da
sociedade e do Estado.
3.5. Princípio da Eficiência
O Princípio da Eficiência foi inserido no texto constitucional pela EC 19/98,
denominada de reforma administrativa.
Sob a ótica do agente público, significa que deve ele buscar a consecução do melhor
resultado possível.
Sob a ótica da forma de organização, significa que deve a Administração Pública
atentar para os padrões modernos de gestão ou administração, vencendo o peso burocrático,
atualizando-se e modernizando-se.
4. Princípios Constitucionais Explícitos
Ao longo do texto constitucional são encontrados diversos princípios explícitos da
administração pública.
Princípio do Concurso Público (art. 37, II, CF)
Princípios Princípio da Licitação (art. 37, XXI, CF)
Constitucionais Princípio da Resp. Objetiva do Estado (art. 37, § 6°, CF)
Explícitos Princípio da Motivação das Decisões Administrativas (art. 93, X, CF)
5. Princípios Constitucionais Implícitos
Ao longo do texto constitucional também são encontrados diversos princípios implícitos
da administração pública.
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Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Princípios Princípio do Interesse Público
Constitucionais Princípio da Hierarquia
Implícitos Princípio da Presunção de Legitimidade
Princípio da Especialidade
6. Princípios Infraconstitucionais Explícitos
O ordenamento jurídico administrativo revela inúmeros princípios explícitos, servindo
para regulamentar aquela legislação em especial, como também funciona de vetor interpretativo
para a administração pública.
Art. 4°, Lei n° 8.429/92 (Improbidade Administrativa)
Princípios Art. 3°, Lei n° 8.666/93 (Licitações e Contratos)
Infraconstitucionais Art. 6°, § 1°, Lei n° 8.987/95 (Serviços Públicos)
Explícitos Art. 2°, Lei n° 9.784/99 (Processo Administrativo)
Lei n° 8.429/92 (Improbidade Administrativa)
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
Lei n° 8.666/93 (Licitações e Contratos)
Art. 3° A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade,
da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Lei n° 8.897/95 (Serviços Públicos)
Art. 6° (...)
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na
sua prestação e modicidade das tarifas.
Lei n° 9.784/99 (Processo Administrativo)
Art. 2° A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
7. Princípios Infraconstitucionais Implícitos
O ordenamento jurídico administrativo também revela inúmeros princípios implícitos,
servindo para regulamentar aquela legislação em especial, como também funciona de vetor
interpretativo para a administração pública.
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Princípios Princípio da Supremacia do Interesse Público
Infraconstitucionais
Explícitos Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
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III. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Administração Direta x Administração Indireta
Administração Direta ou Centralizada é o centro originário da administração,
compreendendo as pessoas jurídicas políticas centrais dotadas de função administrativa: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Administração Descentralizada é o deslocamento da atividade administrativa do núcleo,
compreendendo determinadas pessoas jurídicas de direito público ou privado, agindo de forma
específica para o qual foram criados.
Indireta: Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.
Particulares: Concessionárias e Permissionárias.
Entidades Paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado; não integram a
Administração Pública, apenas agem paralelamente a elas, atuando em comunhão com o Poder
Público; são os integrantes do chamado terceiro setor: Serviços Sociais Autônomos, Organizações
Sociais (OS) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
1° Setor: Estado
2° Setor: Mercado
3° Setor: Entidades Paraestatais
↗ União ↗ Autarquias ↗ Concessionárias
↗ Estados ↗ Fundações ↗ Permissionárias
↗ Distrito Federal ↗ Emp. Públicas
↗ Municípios ↗ Soc. Economia Mista
Estado
Entidades Paraestatais
Administração
Descentralizada Administração Direta /
Centralizada
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2. Autarquias
• São criadas por lei ordinária específica.
• Possuem personalidade jurídica de direito público.
• Executam atividades típicas da Administração Pública.
• Especialização dos fins ou atividades, sendo-lhes vedado exercer atividades diversas daquelas para
as quais foram instituídas.
• Atuam em nome próprio, respondendo de forma objetiva pelos atos que seus agentes causarem a
terceiros, sendo assegurada ação regressiva.
Ex. INSS, Banco Central do Brasil, INCRA, etc.
2.1. Autarquias como Agências
As Autarquias podem ganhar feições próprias de Agências. Existem duas modalidades
de Agências no regime jurídico administrativo brasileiro: Agências Executivas e Agências
Reguladoras.
Agências Executivas
É uma qualificação concedida por decreto específico para aquelas autarquias que
celebrarem contrato de gestão com a Administração a fim de melhorar a eficiência e reduzir custos;
ex. art. 37, § 8°, CF.
Agências Reguladoras
São autarquias qualificadas com regime especial definido em lei, responsáveis pela
regulação e fiscalização de assuntos determinados; ex. Lei n° 9.472/96 (ANATEL), Lei n° 9.984/00
(ANA), etc.
2.2. Autarquias como Conselhos Profissionais
As Autarquias também podem funcionar como Conselhos Profissionais. São
denominadas de Autarquias-Corporativas, pois apresentam função específica de fiscalização das
profissões. Ex. Conselho de Medicina (Lei n° 3.268/57), Conselho de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia (Lei n° 5.194/66), Conselho de Psicologia (Lei n° 5.766/71), etc.
OBS. ADI 3.026/DF – STF: Este julgamento rotulou a OAB como uma espécie de autarquia
especial. O que a difere dos demais conselhos profissionais é que além das finalidades corporativas,
possui indispensável participação na administração da justiça (art. 133, CF).
3. Fundação
É um conjunto de bens/patrimônio afetados visando atender um determinado fim. Dá-se
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personalidade jurídica ao conglomerado de bens para que possa existir pro si mesmos.
Há divergência na doutrina quanto à existência de fundação de caráter público, porém a
grande maioria da doutrina admite a sua possibilidade.
3.1. Modalidades de Fundação
Admite-se no direito brasileiro três modalidades de fundações: Fundação instituída por
Particulares de Direito Privado, Fundação instituída pelo Poder Público de Direito Público
(Autarquia Fundacional) e Fundação instituída pelo Poder Público de Direito Privado.
3.2. Características
• São autorizadas por lei ordinária específica, mas compete à lei complementar definir as áreas de
sua atuação.
• Possuem personalidade jurídica de direito público.
• Não executam atividades típicas da Administração Pública.
• Também podem receber a qualificação de agências executivas, desde que celebrem um contrato de
gestão com o Poder Público.
Ex. IBGE, FUNAI, etc.
4. Empresas Públicas
• São autorizadas por lei ordinária específica.
• Possuem personalidade jurídica de direito privado.
• Não executam atividades típicas da Administração Pública.
• Possuem patrimônio próprio e capital exclusivamente público.
• Organizada sob qualquer forma societária prevista na legislação.
• Exploram atividade econômica ou prestam serviço público.
Ex. CEF, ECT, etc.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1°. A lei estabelecerá o estatuto da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre:
(...)
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5. Sociedade de Economia Mista
• São autorizadas por lei ordinária específica.
• Possuem personalidade jurídica de direito privado.
• Não executam atividades típicas da Administração Pública.
• Possuem patrimônio próprio e capital parcialmente público e privado (híbrido), mas a lei confere
ao estado o poder acionário.
• Organizada sob a forma societária de Sociedade Anônima (S/A).
• Exploram atividade econômica ou prestam serviço público.
Ex. BB, Petrobras, etc.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1°. A lei estabelecerá o estatuto da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre:
(...)
6. Entidades Paraestatais
A expressão Entidades Paraestatais era utilizada para designar de modo indiscriminado
toda Administração Indireta. Atualmente, entende-se que as Entidades Paraestatais não integram a
estrutura da Administração Pública.
Serviços Sociais Autônomos
Entidades Organização Social (OS)
Paraestatais Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
6.1. Serviços Sociais Autônomos
São serviços instituídos por lei, com personalidade de direito privado, para ministrar
assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupo de profissionais, sem fins lucrativos,
sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.
Ex. O chamado Sistema “S”: Serviço Social do Comércio (SESC), Serviço Social da Indústria
(SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (SENAC), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), etc.
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6.2. Organização Social (OS)
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de
particulares, para desempenhar atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, á cultura e à saúde.
Encontra-se regulamentado pela Lei n° 9.637/98.
O vínculo das Organizações Sociais com a Administração Pública é formalizado através
do contrato de gestão.
Para obterem a qualificação, devem habilitar-se perante a Administração Pública. O ato
de qualificação é discricionário.
Ex. Casas de Misericórdia, Santas Casas, etc.
6.3. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de
particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado com incentivo e
fiscalização pelo Poder Público. Encontra-se regulamentado pela Lei n° 9.790/99.
O vínculo das OSCIPs com a Administração Pública é formalizada através do termo de
parceria.
Para obterem a qualificação, devem habilitar-se perante o Ministério da Justiça. O ato
de qualificação é vinculado.
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IV. PODERES ADMINISTRATIVOS
1. Conceito de Poder Administrativo
São as prerrogativas que a Administração Pública dispõe sobrepondo o interesse público
ao privado.
• Poder Vinculado
• Poder Discricionário
Poderes • Poder Hierárquico
Administrativos • Poder Disciplinar
• Poder Regulamentar
• Poder de Polícia
2. Poder Vinculado
A atuação da Administração Pública deverá estar pautada na legalidade. Logo, a
atividade administrativa será vinculada se o regramento legal impuser as exigências para sua
atuação.
3. Poder Discricionário
Há determinadas situações em que o legislador faz contemplar alguma liberdade para o
administrador, concedendo-lhe uma ligeira discricionariedade. Desta forma, podemos afirmar que
existe uma discricionariedade regrada, mas nunca uma discricionariedade absoluta.
O principal fundamento para apontado para a existência do poder discricionário é a
impossibilidade do legislador de positivar todas as condutas possíveis dos agentes públicos.
O Poder Judiciário, exercendo o controle externo dos atos administrativos, não poderá
adentrar na seara da discricionariedade administrativa, limitando-se ao campo legal.
4. Poder Hierárquico
A organização administrativa é estruturada por regras de coordenação e subordinação
entre órgãos e agentes. O vínculo de autoridade entre os órgãos de escalonamento superior com os
de escalonamento inferior denomina-se hierarquia.
• poder de ordenar atividades
• poder de controlar e fiscalizar
• poder de rever as decisões inferiores
Decorrências • poder de anular os atos ilegais
da Hierarquia • poder de revogar os atos inconvenientes e inoportunos
• poder de punir
• poder de avocar atribuições
• poder de delegar atribuições
ATENÇÃO: O Poder Hierárquico, sob a ótica de coordenação e subordinação de atividades, é um
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poder exclusivo da função administrativa, não se admitindo a sua incidência no âmbito legislativo
ou jurisdicional.
5. Poder Disciplinar
É o poder que compete à Administração Pública para apurar infrações funcionais e
aplicar penalidades aos seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços.
Condescendência Criminosa (art. 320, CP)
Obrigatoriedade do exercício
do Poder Disciplinar
Improbidade Administrativa (Lei n° 8.429/92)
6. Poder Normativo
É o poder em função do qual a Administração Pública edita atos com efeitos gerais e
abstratos. O Poder Regulamentar é o que cabe aos Chefes do Poder Executivo, com a finalidade de
expedir normas gerais complementares à lei.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Regra geral, os decretos não podem inovar na ordem jurídica, devendo se limitar a regulamentar o
disposta na legislação, nos limites nela determinados.
Todavia, com o advento da EC 32/01, passou a existir a possibilidade do Chefe do Executivo editar
regulamentos autônomos e independentes, podendo inovar na ordem jurídica.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
7. Poder de Polícia
Consiste na atividade do Estado de condicionar e restringir o exercício de direitos
individuais, tais como a propriedade e a liberdade, em benefício do interesse público.
O Código Tributário Nacional (CTN) oferece um conceito normativo de poder de
Inovação da ordem jurídica
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polícia.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública
que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
7.1. Atributos do Poder de Polícia
Discricionariedade: É a escolha do melhor momento para agir, o meio de sua atuação e a sanção
mais se enquadra na situação concreta.
Autoexecutoriedade: É a prerrogativa que detém a Administração Pública de praticar atos e de
executar suas próprias decisões, sem precisar socorrer-se previamente a outros poderes.
Coercibilidade: É a imposição coativa das decisões adotadas pela Administração Pública,
admitindo o emprego da força pública.
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V. ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Conceito de Ato Administrativo
É o resultado do desempenho da função administrativa, isto é, é a manifestação de
vontade desenvolvida com prerrogativas e restrições próprias do Poder Público, submissa ao regime
jurídico administrativo.
Poder Legislativo Atos Legislativos
Poder Executivo Atos Administrativos
Poder Judiciário Atos Jurisdicionais
2. Elementos do Ato Administrativo
A doutrina administrativista costuma se utilizar do art. 2° da Lei da Ação Popular (Lei
n° 4.717/65) para definir os cinco os elementos do ato administrativo.
• Competência
Elementos do • Finalidade
Ato Administrativo • Forma
• Motivo
• Objeto
2.1. Competência
Diz respeito ao conjunto de atribuições inerentes ao cargo do agente público ou ao
órgão público previamente fixadas por lei. É a competência do agente estatal ou do órgão público
para a prática de determinado ato administrativo.
Lei n° 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo)
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como próprias, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos.
2.2. Finalidade
É o objetivo final que a Administração Pública quer alcançar com a prática do ato
administrativo. Podemos visualizar a existência de duas espécies de finalidade: a lato sensu e a
stricto sensu.
REGRA → A competência é IRRENUNCIÁVEL
EXCEÇÃO → Salvo nos casos de AVOCAÇÃO e DELEGAÇÃO
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Finalidade lato sensu É o interesse público, presente em todos os atos administrativos.
Finalidade stricto sensu É a finalidade extraída da lei para o caso em concreto.
2.3. Forma
É o modo de exteriorização do ato administrativo, devendo ser obedecido as exigências
determinadas pela legislação.
Em regra os atos administrativos são produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e
o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável (art. 22, § 1°, Lei n° 9.784/99).
Todavia, admite-se a edição tanto de atos verbais, como também através de símbolos, gestos ou
sinais.
2.4. Motivo
É o pressuposto de fato e de direito que autoriza a Administração a praticar um
determinado ato. Deve-se entender por pressupostos de fato o conjunto de circunstâncias e
acontecimentos que levam a Administração a praticá-lo, e por pressupostos de direito a orientação
normativa que dão ensejo ao ato.
Ex.
Estacionar em lugar proibido
(pressuposto de fato)
Multa de Trânsito
Previsão legal como conduta irregular
(pressuposto de direito)
2.5. Objeto
É o efeito jurídico esperado pela prática do ato administrativo. É o resultado pretendido
pela conduta administrativa.
Ex.
Estacionar em lugar proibido
Multa de Trânsito
Previsão legal como conduta irregular (objeto)
REGRA → Não depende de forma determinada
EXCEÇÃO → Salvo quando a lei exigir forma específica
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ATENÇÃO
Elementos do Ato Administrativo Vinculado/Discricionário
Competência Vinculado
Finalidade Vinculado
Forma Vinculado
Motivo Discricionário
Objeto Discricionário
3. Atributos do Ato Administrativo
Todo ato administrativo é dotado de atributos que lhe são peculiares, os distinguindo
dos atos de direito privado.
Presunção de Legitimidade É a presunção de que os atos praticados pela Administração Pública são validos diante do Direito
tendo em vista a submissão á lei.
Autoexecutoriedade É a capacidade da Administração de executar suas próprias decisões sem se submeter previamente a
outros Poderes.
Imperatividade É a imposição do ato administrativo ao particular, independentemente de sua concordância.
4. Extinção do Ato Administrativo
Embora haja divergência doutrinária, podemos apontar sete formas de extinção do ato
administrativo.
• Exaurimento dos Efeitos
• Revogação
Extinção do • Anulação
Ato Administrativo • Cassação
• Caducidade
• Contraposição
• Renúncia
4.1. Exaurimento dos Efeitos
É a via normal de extinção dos atos administrativos. Ocorre pelo cumprimento dos
efeitos almejados pelo agente público.
Ex.
Necessidade de realizar Realização de Fim do certame
concurso público concurso público
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4.2. Revogação
É a extinção do ato administrativo motivada pela apuração da conveniência e
oportunidade do gestor estatal, não sendo mais aquele assunto de interesse para a Administração
Pública.
Súmula 473, STF
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos e ressalvados, em todos os casos, a apreciação judicial.
Lei n° 9.784/99 (Processo Administrativo)
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
4.3. Anulação
A anulação do ato administrativo deriva da constatação de ilegalidade praticada.
Súmula 346, STF
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
Súmula 473, STF
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos e ressalvados, em todos os casos, a apreciação judicial.
Lei n° 9.784/99 (Processo Administrativo)
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Efeitos
Revogação: ex nunc (não retroage)
Anulação: ex tunc (retroage)
4.4. Cassação
A cassação pressupõe o descumprimento de obrigações fixadas no ato por seu
destinatário ou beneficiário direto.
Ex.
Obtém licença Descumprem Licença
de funcionamento obrigação legal cassada
4.5. Caducidade
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É consequencia da nova legislação cujos efeitos sejam contrários aos decorrentes do ato
administrativo já exarado.
4.6. Contraposição
É quando a extinção do ato administrativo é ordenada por novo ato cujos efeitos são
contrapostos ao primeiro.
Ex.
Ato de nomeação Ato de exoneração
de servidor de servidor
4.7. Renúncia
É quando a extinção do ato administrativo decorre da manifestação de vontade do
próprio beneficiário do ato.
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VI. LICITAÇÃO PÚBLICA E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (LEI Nº 8.666/93)
1. Conceito de Licitação Pública
É um procedimento administrativo mediante o qual um ente, no exercício da função
administrativa, seleciona a proposta mais vantajosa entre as oferecidas para a celebração de contrato
de seu interesse.
REGRA Licitação + Contratação
EXCEÇÕES Não haver Licitação + Contratação (art. 23, dispensa; art. 24, inexigibilidade)
Licitação + Não haver Contratação
2. Disciplina Legal
O disciplinamento legal da licitação e dos contratos administrativos pode ser encontrado
tanto na Constituição Federal, quanto na legislação extravagante.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 22, XXVII (competência para legislar é da União)
Art. 37, XXI (norma básica da licitação)
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL Lei n° 8.666/93 (Lei Geral)
Lei n° 10.520/02 (Pregão)
Decreto n° 3.555/02 (Pregão)
Decreto n° 5.450/05 (Pregão na forma eletrônica)
Decreto n° 5.504/05 (Exigência na utilização do Pregão)
Decreto 7.174/10 (Informática)
3. Modalidades de Licitação
Analisando o sistema normativo das licitações podemos afirma que existem seis
modalidades diferentes (art. 22, Lei n° 8.666/93; art. 1°, Lei n° 10.520/02).
• Concorrência
• Tomada de Preços
Modalidades • Convite
• Concurso
• Leilão
• Pregão
3.1. Concorrência
É a modalidade de licitação mais burocrática, pois é a responsável por contratos de
grande expressão econômica (art. 22, § 1°).
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• obras e serviços de engenharia $ 1.5000.000,00
Concorrência
(art. 23, I e II)
• compras e serviços em geral R$ 650.000,00
3.2. Tomada de Preços
É a modalidade de licitação menos burocrática que a Concorrência, pois envolve
contratos de valores intermediários, exigindo-se o prévio cadastramento daquelas pessoas
interessadas na participação do procedimento (art. 22, § 2°).
• obras e serviços de engenharia R$ 1.5000.000,00
Tomada de Preços R$ 150.000,00
(art. 23, I e II)
• compras e serviços em geral R$ 650.000,00
R$ 80.000,00
3.3. Convite
Destina-se a contratações de pequeno valor. (art. 22, § 3°). É realizada no mínimo com
três interessados no ramo pertinente, cadastrados ou não. Esta modalidade não exige publicação de
edital, pois a comunicação é feita por escrito em forma de carta-convite.
• obras e serviços de engenharia $ 650.000,00
Convite
(art. 23, I e II)
• compras e serviços em geral R$ 80.000,00
3.4. Concurso
Modalidade de licitação para a escolha de trabalhos técnicos, científicos ou artísticos,
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores (art. 22, § 4°). Há a necessidade
da publicação na imprensa oficial de edital prévio trazendo todas as regras daquela seleção, com
uma antecedência mínima de 45 dias.
OBS. Esta modalidade de licitação não tem nenhuma relação com o certame administrativo que
envolve a seleção de pessoal para o Poder Público denominado concurso público.
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3.5. Leilão
É modalidade de licitação realizada entre quaisquer interessados que não está atrelada a
valores fixos, mas à atividade de alienação de bens por parte da Administração Pública (art. 22, §
5°).
• venda de bens imóveis inservíveis para a Administração
• venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados
Leilão • alienação de bens de bens imóveis adquiridos em procedimento judicial ou
em dação em pagamento, a quem possa oferecer maior lance, igual ou
superior ao da avaliação.
3.6. Pregão
É a modalidade de licitação mais recente, recaindo apenas sobre a aquisição de bens e
serviços comuns, sob a forma presencial ou eletrônica, independentemente do valor do bem ou
serviço adquirido (art. 22, § 8°, Lei n° 8.666/93; art. 1°, Lei n° 10.520/02).
É popularmente denominado de “leilão às avessas”, pois enquanto nesta modalidade de
licitação a Administração vende pelo maior preço ofertado, no pregão ele adquire bens/serviços pelo
menor valor apresentado.
Venda Compra
Leilão Pregão
Maior preço Menor preço
4. Fases do Procedimento
EDITAL
(art. 40. requisitos
obrigatórios)
HABILITAÇÃO
(art. 27.
documentação)
CLASSIFICAÇÃO
(art. 43.
procedimentos de
julgamento)
ADJUDICAÇÃO
atribui ao vencedor o
objeto da licitação
HOMOLOGAÇÃO
é a aprovação do
procedimento como
um todo
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5. Fases do Procedimento do Pregão
6. Contrato Administrativo
A licitação é finalizada com a formalização da avença através de um contrato
tipicamente administrativo, regida por cláusulas exorbitantes típicas do direito público, colocando a
Administração em posição de supremacia.
• Alteração unilateral do contrato
Cláusulas • Rescisão unilateral do contrato
Exorbitantes • Fiscalizar a execução do contrato
• Aplicar sanções
• Ocupar provisoriamente as instalações
EDITAL
(art. 40. requisitos
obrigatórios)
HABILITAÇÃO
(art. 27.
documentação)
CLASSIFICAÇÃO
(art. 43.
procedimentos de
julgamento)
HOMOLOGAÇÃO
é a aprovação do
procedimento como
um todo
ADJUDICAÇÃO
atribui ao vencedor o
objeto da licitação
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VII. SERVIDORES PÚBLICOS
1. Conceito de Agente Público
Agente Público é uma terminologia genérica que representa a existência de um vínculo
jurídico-profissional entre qualquer pessoa física e o Poder Público. Desta forma, toda pessoa física
que, a qualquer título, exerça funções públicas é considerada agente público.
2. Classificação dos Agentes Públicos
Embora haja divergência, segundo a melhor doutrina podemos classificar agentes
públicos em cinco espécies.
• Agentes Políticos
• Servidores Públicos Civis
Agentes Públicos • Servidores Públicos Militares
• Empregados Públicos
• Servidores Temporários
2.1. Agentes Políticos
São os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos de cargos,
funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício
das atribuições constitucionais.
Agentes Políticos
São eles:
• Chefes do Executivo (Presidente da República, Governador dos Estados e Distrito Federal e
Prefeitos Municipais), seus auxiliares diretos (Ministros de Estado, Secretários de Estado e
Secretários Municipais);
• Membros do Poder Legislativo (Senadores da República, Deputados Federais, Estaduais e
Distritais e Vereadores);
• Membros do Poder Judiciário (Magistrados);
• Membros do Ministério Público (Procuradores da República e Promotores de Justiça);
• Membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros);
• Representantes Diplomáticos.
FUNÇÃO PÚBLICA = AGENTE PÚBLICO
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2.2. Servidores Públicos Civis
São aqueles incumbidos do exercício da função administrativa civil (não militar),
regidos pelas normas do art. 39 da Constituição Federal, sujeitos ao regime estatutário.
2.3. Servidores Públicos Militares
São aqueles que integram as carreiras militares dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios e das Forças Armadas (art. 42, CF; art. 142, § 3°, CF).
Estados / DFT Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar
Forças Armadas Exército, Marinha e Aeronáutica
ATENÇÃO
E os integrantes da Polícia Civil? E os integrantes da Polícia Federal? São Servidores Públicos
Civis.
2.4. Empregados Públicos
São aqueles ocupantes de emprego público, remunerados por salários e sujeitos às
regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em regra, são os vinculados às Empresas
Estatais (Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista).
2.5. Servidores Temporários
São aqueles contratados para atender a situações transitórias e excepcionais (art. 37, IX,
CF).
Art. 37. (...)
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
Lei n° 8.745/93
Dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
3. Acessibilidade
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma da lei (art. 37, I, CF).
CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS
• Art. 12, § 3°, CF: Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos
Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministros do STF; Carreira Diplomática; Oficial das
Forças Armadas; Ministro de Estado da Defesa.
• Art. 89, VII, CF: Integrantes do Conselho da República.
4. Concurso Público
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A investidura em cargos ou empregos públicos depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego. Excepcionalmente, as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, não exige aprovação em concurso público (art. 37, II, CF).
REGRA Concurso Público
Cargos em Comissão (art. 37, II)
Cargos Eletivos
EXCEÇÃO Função de Confiança (art. 37, V)
Serviços Temporários (art. 37, IX)
Agentes Comunitários (art. 198, § 4°)
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogáveis uma vez,
por igual período (art. 37, III, CF). A prorrogação da validade do concurso é um ato discricionário
da Administração Pública.
As nomeações observarão a ordem de classificação (art. 37, IV).
Regra geral, o aprovado em concurso público tem apenas expectativa de direito quanto
a investidura no cargo, ficando a critério da Administração Pública realizar as nomeações. Porém,
há diversos julgamentos do STF relatando certas situações ocorridas no mundo dos fatos
concedendo direito adquirido aos aprovados em concurso público. Ex. aprovado dentro do número
de vagas.
A necessidade da realização de exame psicotécnico em concursos públicos precisa estar
previamente estabelecida e lei e deverá ser pautada e critérios objetivos.
Súmula 686, STF
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público.
A lei deverá reservar percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão (art. 37, VIII, CF). Ex. O art. 5° da
Lei n° 8.112/90 reserva em até 20% das vagas para portadores de deficiência.
5. Acumulações
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos (art. 37, XVI, CF).
REGRA Acumulação Proibida
EXCEÇÃO
Compatibilidade de horários
Exigências Nos casos permitidos em lei
Dentro do teto remuneratório
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2 cargos de professor
1 cargo de professor + 1 cargo técnico/científico
Hipóteses 2 cargos/empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões
regulamentadas
1 cargo público + 1 Vereador (art. 38, III)
6. Estabilidade
Para os agentes públicos em geral, são estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público (art. 41,
caput, CF).
Todavia, para os Magistrados e Membros do Ministério Público a estabilidade recebe o
nome especial de vitaliciedade, sendo adquirida após dois anos de exercício (art. 95, I, CF; art. 128,
§ 1°, I, CF).
3 anos
Estabilidade
2 anos
7. Sindicalização
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical (art. 37, VI,
CF).
O agente público não poderá ser dispensado do serviço público se estiver inscrito para
eleição de cargo de direção ou representação sindical, durante o mandato e no período de um ano
após o seu término, salvo se vier a cometer falta grave, na forma em que dispuser a lei, ou se for
ocupante de cargo de provimento em comissão, quando poderá, a qualquer tempo, ser dispensado
(art. 8°, VIII, CF; RE 183.884-SP, STF).
8. Greve
É garantido ao servidor público civil o direito de greve, que deverá ser exercido dentro
nos termos e nos limites definidos em lei (art. 37, VII, CF).
Por muito tempo, devido a ausência da lei que regulamenta o direito de greve dos
servidores públicos, inúmeros julgados consideravam ilegal o movimento. Em 2007, o STF
considerou aplicável aos servidores públicos, ante a omissão do legislador, a Lei n° 7.783/89, que
regulamenta o direito de greve para a iniciativa privada (MI 670-ES, 708-DF e 712-PA).
9. Responsabilidade dos Servidores
A prática de ato ilícito pelo agente público no exercício de suas funções pode ensejar a
responsabilidade civil, criminal e administrativa.
Resp. Civil + Resp. Criminal Poder Judiciário
Resp. Administrativa Administração Pública
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A regra é a independência/autonomia entre as três esferas. Todavia, se o agente público
for absolvido criminalmente por duas situações especiais também deverá ser absolvido nas demais
esferas.
CRIMINAL • negação da
existência do fato
ou
• negação da
autoria do fato
CIVEL
ADMINISTRATIVA
Noções de Direito Administrativo Prof. Marco Praxedes
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VIII. SERVIÇO PÚBLICO (LEI Nº 8.987/95)
1. Conceito de Serviço Público
A noção de serviço público é variável em função do espaço e do tempo. É o
ordenamento que outorga a determinada categoria de atividade a qualificação jurídica de serviço
público, submetendo-a total ou parcialmente ao regime jurídico administrativo.
Serviço público é a atividade material que a lei atribui ao Estado para que
exerça diretamente ou por meio de delegados, com o objetivo de satisfazer
concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou
parcialmente público. (Maria Sylvia Zanella di Pietro. Direito
Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Atlas, 2009).
Serviço público é toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados,
basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de
necessidades essenciais e secundárias da coletividade. (José dos Santos
Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2009).
Serviço público é toda atividade material ampliativa, definida pela lei ou
pela Constituição como dever estatal, consistente no oferecimento de
utilidades e comodidades ensejadoras de benefícios particularizados a cada
usuário, sendo prestada pelo Estado ou por seus delegados, e submetida
predominantemente aos princípios e normas de direito público. (Alexandre
Mazza. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2012).
2. Mutabilidade do Conceito de Serviço Público
A noção de serviço público alterou-se muito ao longo do tempo. Variou de acordo com
as diferentes expectativas políticas, econômicas, sociais e culturais de cada comunidade.
A mutação dos anseios da coletividade e do papel reservado ao Estado ao
procurar satisfazê-los acarreta modificações no conceito de serviço público a
altera o seu substrato material. Novas demandas sociais exigem novos meios
de prestação de serviços públicos. Estes se alteram de modo a assegurar que
os anseios da sociedade sejam atendidos. (Marcelo Harger. Consórcios
Públicos na Lei n° 11.107/05. Belo Horizonte: Fórum, 2007).
3. Serviço Público x Poder de Polícia
O administrativista Celso Antonio Bandeira de Mello faz uma impecável comparação
sobre a diferença entre Serviço Público e Poder de Polícia.
Enquanto o serviço público visa a ofertar ao administrado uma utilidade,
ampliando, assim, o seu desfrute de comodidades, mediante prestações feitas
em prol de cada qual, o poder de polícia, inversamente (conquanto para a
proteção do interesse de todos), visa restringir, limitar, condicionar, as
possibilidades de sua atuação livre. (Celso Antônio Bandeira de Mello.
Curso de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Malheiros, 2009).
4. Disciplina Legal
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A prestação de serviços públicos está disciplinada tanto na Constituição Federal, quanto
na Legislação Extravagante.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão e
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL Lei n° 8.987/95 (Dispõe sobre o regime de concessão e permissão de serviços públicos).
5. Princípios
Constituem princípios que devem orientar a prestação dos serviços públicos.
• Princípio da Generalidade
• Princípio da Modicidade das Tarifas
Princípios • Princípio do Serviço Adequado
• Princípio da Atualidade
• Princípio da Continuidade do Serviço Público
5.1. Princípio da Generalidade
Os serviços públicos devem beneficiar o maior número possível de indivíduos sem
discriminação dos usuários, isto é, a prestação deve ser feita de forma igual e impessoal,
indistintamente à totalidade dos usuários, em busca da universalidade (art. 6°, § 1°).
5.2. Princípio da Modicidade das Tarifas
Os serviços públicos devem ser remunerados a preços módicos, pois, se forem pagos
com valores elevados, muitos usuários serão alijados do universo de beneficiários (art. 6°, § 1°).
5.3. Princípio do Serviço Adequado
Toda concessão ou permissão de serviço público pressupõe a prestação de um serviço
adequado ao pleno atendimento dos usuários (art. 6°, § 1°).
5.4. Princípio da Atualidade
A atualidade na prestação do serviço público compreende:
• Modernidade das técnicas
• Modernidade dos equipamentos
Atualidade • Modernidade das instalações
• Conservação das instalações
• Melhoria do serviço
• Expansão do serviço
5.5. Princípio da Continuidade do Serviço Público
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As atividades qualificadas como serviço público não podem ser interrompidas, devendo
ser eternamente contínuas a sua prestação (art. art. 6º, § 1°).
Todavia, a legislação elencou três possibilidades de paralisação do serviço sem que este
interrupção fosse considerada uma descontinuidade (art. 6°, § 3°).
• Sem aviso situações de Emergência
Possibilidade de
Interrupção • razões de ordem técnica/segurança
• Com prévio aviso
• inadimplemento do usuário
OBS. A temática da interrupção da prestação do serviço público por inadimplemento do usuário é
bastante polêmico. Há muitos julgamentos no sentido de que, se aquela atividade for considerada
essencial não haverá a possibilidade de paralisação, devendo a concessionária buscar as vias
judiciais para reaver os valores não pagos. Ex. Hospitais.
Regra Para atividades gerais há a possibilidade de interrupção
Exceção Para atividades essenciais, não há possibilidade de interrupção
6. Concessão x Permissão
Há quatro diferenças básicas entre concessão e permissão de serviços públicos (art. 2°,
II; art. 2°, IV).
Concessão Permissão
Licitação na modalidade concorrência Licitação
Pessoa jurídica ou consórcio de empresas Pessoa física ou jurídica
Ato não precário Ato precário
Para ser extinta deverá seguir os trâmites legais
e contratuais
Pode ser revogado a qualquer tempo
7. Responsabilidade do Concessionário
O concessionário atua em seu nome, por sua conta e risco, incidindo a regra da
responsabilidade objetiva (art. 37, § 6°, CF; art. 25, Lei n° 8.987/95).
ATENÇÃO O Estado pode ser responsabilizado? Sim, desde que exauridas as possibilidades de reparação dos
prejuízos causados pelo concessionário. Logo, a responsabilidade do Poder Público é subsidiária.
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IX. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Conceito de Controle Administrativo
É o conjunto de mecanismos que permitem a vigilância, a orientação e a correção da
atuação administrativa quando ela se distancia das regras e dos princípio dos ordenamento jurídico
administrativo.
2. Controle Externo x Controle Interno
O controle da Administração Pública compreende tanto o controle externo, como o
controle interno.
• Poder Legislativo
• Externo
• Poder Judiciário
Controle
• Interno
3. Controle do Poder Legislativo
O Poder Legislativo tem por atribuição típica, além de inovar na ordem jurídica, a
fiscalização do Poder Executivo.
O controle do Legislativo sobre o Executivo somente é efetivado na forma e nos limites
permitidos pela Constituição Federal.
• Político ex. CPI (art. 58, § 3°); possibilidade do CN de sustar atos
normativos do Executivo (art. 49, V); convocação de Ministros
(art. 50).
Controle
• Financeiro ex. controle sob aspectos contábeis, financeiros e
orçamentários com auxílio do Tribunal de Contas (art. 70).
4. Controle do Poder Judiciário
Existem inúmeros instrumentos jurídicos que podem ser utilizados pelo administrado
resultando no controle da atuação administrativa: Habeas corpus (art. 5°, LXVIII), Habeas data
(art. 5°, LXXII), Mandado de injunção (art. 5°, LXXI, CF; Lei n° 9.507/97), Mandado de segurança
individual (art. 5°, LXIX, CF; Lei n° 12.016/09), Mandado de segurança coletivo (art. 5°, LXX, CF;
Lei n° 12.016/09), Ação popular (art. 5°, LXXIII, CF; Lei n° 4.717/65), Ação civil pública (art. 129,
III, CF; Lei n° 7.347/85), Ação de improbidade administrativa (art. 37, § 4°, CF; Lei n° 8.429/92).
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4.1. Habeas corpus
Art. 5° (...)
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Ex. Asilo que proíbe a saída dos idosos.
4.2. Habeas data
Art. 5° (...)
LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
Lei n° 9.507/97 (Disciplina o habeas data)
Ex. Comissão de licitação não fornece vista dos autos do procedimento administrativo a uma das
partes interessadas.
4.3. Mandado de injunção
Art. 5° (...)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e
à cidadania;
4.4. Mandado de segurança individual
Art. 5° (...)
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Lei n° 12.016/09
Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo.
Ex. Edital de concurso público exige já na fase da inscrição a comprovação da qualificação para o
cargo.
4.5. Mandado de segurança coletivo
Art. 5° (...)
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados;
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Lei n° 12.016/09
Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo.
4.6. Ação popular
Art. 5° (...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Lei n° 4.717/65 (Regulamenta a Ação Popular).
4.7. Ação de improbidade administrativa
Art. 37. (...)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.
Lei n° 8.429/92 (Lei da Improbidade Administrativa)
Ex. Agente público que percebe vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de
verba pública de qualquer natureza (art. 9°, IX).
5. Controle Interno
É aquele efetuado pela própria Administração Pública.
• fiscalização
• de ofício
• revisão
Controle
• petições
• provocado
• recursos administrativos
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X. PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI Nº 9.784/99)
1. Processo em Sentido Amplo
Pode-se falar em processo em sentido amplo, de modo a abranger os instrumentos de
que se utilizam os três Poderes do Estado para a consecução de seus fins.
Poder Legislativo processo legislativo Função legislativa
Poder Executivo processo administrativo Função Administrativa
Poder Judiciário processo jurisdicional Função Jurisdicional
2. Disciplina Legal
O disciplinamento do processo administrativo pode ser encontrado tanto na
Constituição Federal, quanto na legislação extravagante.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 5°, LV (contraditório e ampla defesa no processo administrativo)
Art. 5°, LXXVIII (razoável duração do processo administrativo)
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL Lei n° 9.784/99 (processo administrativo federal)
3. Aplicação Subsidiária da Lei n° 9.784/99
As leis de processo administrativo aplicam-se subsidiariamente aos processos
específicos.
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por
lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta
Lei.
Ex.
Lei n° 8.666/93 Lei n° 8.112/90
Lei n° 9.784/99 Lei n° 9.784/99
4. Princípios
O processo administrativo deve observar uma série de princípios (art. 2°): Contraditório,
Ampla defesa, Publicidade, Economia processual, Pluralidade de instâncias e Participação popular.
4.1. Princípio da Pluralidade de Instâncias
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias
administrativas, salvo disposição legal diversa.
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4.2. Princípio da Participação Popular
A participação popular na gestão e no controle da Administração Pública é decorrência
do modelo de Estado Democrático de Direito, adotado pela Constituição Federal de 1988.
EXEMPLOS • Audiências públicas (art. 32)
• Consultas públicas (art. 31)
• Ouvidoria (art. 33)
• Disque-denúncia (art. 33)
5. Dever de Decidir
A Administração Pública tem o dever de emitir decisão expressa nos processos
administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência (art. 48).
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração
tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual
período expressamente motivada.
6. Contagem dos Prazos
Os prazos processuais são contados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia
do vencimento (art. 66).
Ex.
Fato hoje Dia Seguinte Dia Vencimento
(exclui-se) (início da contagem) (fim da contagem)
1ª Instância
2ª Instância
3ª Instância
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SUGESTÃO DE LEITURAS
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2009.
CRETEJA JÚNIOR, José. Filosofia do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1999.
HARGER, Marcelo. Consórcios Públicos na Lei n° 11.107/05. Belo Horizonte: Fórum, 2007.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2012.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2009.
NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2011.
NOHARA, Irene Patrícia; MORAES FILHO, Marco Antonio Praxedes de. Processo
Administrativo: Temas Polêmicos da Lei n° 9.784/99. São Paulo: Atlas, 2011.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.