no restaurante

2
No restaurante Personagens: P.: Pai F.: Filha G.: Garçom Cenário: Mesa de um restaurante F.: - Vou querer Lasanha. P.: - Filhinha, porque não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão. F.: - Gosto, mas quero Lasanha. P.: - Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão, tá? F.: - Quero Lasanha, papai. Não quero camarão. P.: - Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal? F.: - Você come camarão e eu como lasanha. G.: O garçom aproximou-se, e ela logo foi instruindo: F.: - Quero uma lasanha. O pai corrigiu: P.: - Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. (Menina, representar, alguns questionamentos a seguir podem ser feitos em voz alta...) A coisinha amuou (ficou aborrecida). Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. G.: (Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou): F.: - Moço, tem lasanha? G.: - Perfeitamente, senhorita. O pai, no contra-ataque: P.: - O senhor providenciou a fritada? G.: - Já, sim, doutor. P.: - De camarões bem grandes? G.: - Daqueles legais, doutor. P.: - Bem, então me vê um chinite, e pra ela... O que é que você quer, meu anjo? F.: - Uma lasanha. P.: - Traz um suco de laranja pra ela. Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fitada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda mais uma vez, no mundo, a vitória do mais forte. P.: - Estava uma coisa, hem? – comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. – Sábado que em, a gente repete... Combinado?

Upload: victor-taiar

Post on 03-Oct-2015

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Fragmento de texto

TRANSCRIPT

No restaurante

No restaurante

Personagens: P.: Pai

F.: Filha

G.: Garom

Cenrio: Mesa de um restaurante

F.: - Vou querer Lasanha.

P.: - Filhinha, porque no pedimos camaro? Voc gosta tanto de camaro.

F.: - Gosto, mas quero Lasanha.

P.: - Eu sei, eu sei que voc adora camaro. A gente pede uma fritada bem bacana de camaro, t?

F.: - Quero Lasanha, papai. No quero camaro.

P.: - Vamos fazer uma coisa. Depois do camaro a gente traa uma lasanha. Que tal?

F.: - Voc come camaro e eu como lasanha.

G.: O garom aproximou-se, e ela logo foi instruindo:

F.: - Quero uma lasanha.

O pai corrigiu:

P.: - Traga uma fritada de camaro pra dois. Caprichada.

(Menina, representar, alguns questionamentos a seguir podem ser feitos em voz alta...)

A coisinha amuou (ficou aborrecida).

Ento no podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que proibido comer lasanha? Essas interrogaes tambm se liam no seu rosto, pois os lbios mantinham reserva. G.: (Quando o garom voltou com os pratos e o servio, ela atacou):F.: - Moo, tem lasanha?

G.: - Perfeitamente, senhorita.

O pai, no contra-ataque:

P.: - O senhor providenciou a fritada?

G.: - J, sim, doutor.

P.: - De camares bem grandes?

G.: - Daqueles legais, doutor.

P.: - Bem, ento me v um chinite, e pra ela... O que que voc quer, meu anjo?

F.: - Uma lasanha.

P.: - Traz um suco de laranja pra ela.Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fitada de camaro, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, no foi recusada pela senhorita. Ao contrrio, papou-a e bem. A silenciosa manducao atestava, ainda mais uma vez, no mundo, a vitria do mais forte.

P.: - Estava uma coisa, hem? comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. Sbado que em, a gente repete... Combinado?

F.: - Agora a lasanha, no , papai?

P.: - Eu estou satisfeito. Uns camares to geniais! Mas voc vai comer mesmo?

F.: - Eu e voc, ta?

P.: - Meu amor, eu...

F.: - Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.

P.: O pai baixou a cabea, chamou o garom, pediu.Vocabulrio:

Amuou: ficou aborrecida.

Manducao: mastigao

Chinite: um copo de chopp

Traa: gria que quer dizer come.