no pilotis da reitoria escongelamento...

12
D JULHO DE 2008 ANO XX Nº 824 TER 22 QUA 23 QUI 24 SEX 25 SÁB 26 DOM 27 sintufrj.org.br [email protected] ASSEMBLÉIA-ATO NO PILOTIS DA REITORIA ÀS 11H DE QUARTA-FEIRA, DIA 23 DE JULHO D escongelamento já! As ações judiciais estão congeladas. É hora de arregaçar as mangas e lutar pelos nossos direitos. Não dá para cruzar os braços. O prejuízo está no contracheque. O reajuste de junho não incidiu sobre as ações judiciais. IV Encontro Regional Encontro Sudeste da Fasubra debate agenda política no Rio de Janeiro Durante três dias militantes e dirigentes de sindicatos dos servidores técnico-adminis- trativos em educação passaram a limpo os principais pontos da agenda política da cate- goria. O IV Encontro Regional Sudeste II da Fasubra Sindical, realizado nos dias 17, 18 e 19 de julho no IFCS, reuniu 52 delegados eleitos em assembléias e 53 observadores. Par- ticiparam sindicatos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Universidade de S.Paulo, UniRio, Universidade Rural, UFRJ, Unicamp, São Carlos, UFF e Centro Paula e Souza. PÁGINAS 3, 4, 5 E 6 O congelamento foi decisão do Ministério do Planejamento. Ele atinge o seu bolso: você fica sem ganhar o que tem direito. Portanto, todos à assembléia! CONGELAMENTO Fotos: Cícero Rabello

Upload: others

Post on 19-Nov-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

D

JULHO DE 2008 ANO XX Nº 824 TER 22 QUA 23 QUI 24 SEX 25 SÁB 26 DOM 27 sintufrj.org.br [email protected]

ASSEMBLÉIA-ATONO PILOTIS DA REITORIAÀS 11H DE QUARTA-FEIRA, DIA 23 DE JULHO

Descongelamento já!As ações judiciais estão congeladas. É hora de arregaçar as mangas e lutarpelos nossos direitos. Não dá para cruzar os braços.

O prejuízo está no contracheque. O reajuste de junho não incidiu sobre asações judiciais.

IV Encontro RegionalEncontro Sudeste daFasubra debateagenda política no Riode Janeiro

Durante três dias militantes e dirigentesde sindicatos dos servidores técnico-adminis-trativos em educação passaram a limpo osprincipais pontos da agenda política da cate-goria. O IV Encontro Regional Sudeste II daFasubra Sindical, realizado nos dias 17, 18 e19 de julho no IFCS, reuniu 52 delegadoseleitos em assembléias e 53 observadores. Par-ticiparam sindicatos da Universidade Federaldo Triângulo Mineiro, Universidade deS.Paulo, UniRio, Universidade Rural, UFRJ,Unicamp, São Carlos, UFF e Centro Paula eSouza. PÁGINAS 3, 4, 5 E 6

O congelamento foi decisão do Ministério do Planejamento. Ele atinge o seubolso: você fica sem ganhar o que tem direito. Portanto, todos à assembléia!

CON

GELAME

NTO

Fotos: Cícero Rabello

Page 2: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Nivaldo Holmes, Ednea Martins e Jonhson Braz / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: L.C. M. / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. / Estagiária: Silvana Sá / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís FernandoCouto / Diagramação: Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem:11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados daCoordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CNPJ:42126300/0001-61

NOSSOS DIREITOS

Campanha do descongelamento jáO primeiro ato da categoria

contra o congelamento dasações judiciais será nesta quar-ta-feira, 23, às 11h, no hall daReitoria. A decisão de deflagara campanha DescongelamentoJá, foi tomada na assembléiarealizada na terça-feira, 15, noauditório do CT.

Além de marcar publica-mente o lançamento da Cam-panha Descongelamento Já, amanifestação dos técnicos-ad-ministrativos vai sinalizar,para a Reitoria e para o governo,a disposição dos trabalhadoresem educação da UFRJ em exi-gir respeito aos seus direitosconquistados em anos de mui-ta luta, estresse e espera.

A decisão da categoria incluia utilização de todo o aparatode mobilização das bases à dis-posição do SINTUFRJ para cons-cientizar e conclamar a catego-ria a participar dos atos e mani-festações de massa, que podemser realizados nos campi da Uni-versidade, em frente aos órgãosde justiça, praças públicas até adeflagração de paralisações, sefor necessário.

Isso inclui carro de som; dis-tribuição do Bate-Pronto nasunidades, como reforço diárioàs informações veiculadas se-manalmente no Jornal do SIN-TUFRJ; fixação de cartazes efaixas em todos os locais visí-veis da categoria e do restanteda comunidade universitária eda população em geral; divul-gação da campanha na impren-sa comercial, rádios e TVs co-munitárias, entre outras ações.Para realização do mutirão“Acorda categoria”, estão sen-do convocados os delegados debase e a militância em geral.

A Central Única dos Traba-

Técnicos-administrativos da UFRJ iniciam mobilização contra o congelamento das açõesjudiciais nos seus contracheques pelo Ministério do Planejamento.

chefe de gabinete do reitor, JoãoEduardo. Nas duas vezes Aloí-sio Teixeira não se encontrava,por problemas de saúde e deagenda externa.

Reunião marcadaReunião marcadaReunião marcadaReunião marcadaReunião marcadaO pró-reitor de Pessoal, Luís

Afonso Mariz, informou nestaquinta-feira que foi marcadapara as 16h de quarta-feira, dia23, reunião com o secretário deRecursos Humanos do Ministé-rio do Planejamento, DuvanierPaiva, para tratar do congela-mento das ações dos 3,17% e dos28%, e dos 26%. A reunião seráapenas entre o secretário, o pró-reitor e o superintendente de Pes-soal, Roberto Gambine. A coor-denação e a assessoria jurídicado SINTUFRJ acompanharão areunião em Brasília.

lhadores (CUT) e a Fasubra, en-tidades as quais o SINTUFRJ éfiliado, serão chamados à fazerparte desta mobilização e aatuarem como interlocutoresda categoria em Brasília. Par-lamentares no campo da es-querda também serão aciona-dos pelo Sindicato para abrirespaços ao diálogo com as au-toridades ministeriais.

Congelamento é inaceitávelCongelamento é inaceitávelCongelamento é inaceitávelCongelamento é inaceitávelCongelamento é inaceitávelO congelamento das ações

foi adotado pelo Ministério doPlanejamento,Orçamento eGestão (MPOG). Segundo o as-sessor jurídico do Sindicato,André Viz, o ministério “extra-polou” ao fazer interpretaçãode um acórdão do Tribunal deContas da União (TCU), que su-geria modificações em relaçãoàs ações de planos econômicose não em relação a todas asações judiciais, como acabouacontecendo, prejudicando a

categoria. E mais: no caso dos 26%

não caberia de forma alguma,pois a incorporação do índiceao nosso tem natureza admi-nistrativa; por isso estamos co-brando da UFRJ o cumprimen-to da sentença do mandado desegurança da rubrica adminis-trativa, como era antes de agos-to de 2001 – o que neste casorepresentaria o seu descongela-mento com direito a atrasadosque poderiam ser pagos admi-nistrativamente, como reco-nheceu o superintendente dePessoal, Roberto Gambine, queesteve na assembléia da cate-goria.

O assessor jurídico do SIN-TUFRJ reafirmou que “tambémteve-se o cuidado de que fossemformulados, na ação, pedidospara incorporação dos reajus-tes nas tabelas, o que constouexpressamente das setenças quejá foram encaminhadas ao Mi-

nistério do Planejamento noprocesso administrativo para odescongelamento das rubricasde 28,86% e 3,17%.

Pressão na ReitoriaPressão na ReitoriaPressão na ReitoriaPressão na ReitoriaPressão na ReitoriaA categoria presente à as-

sembléia também aprovou apressão que a direção sindicalestá fazendo junto à Reitoriapara que o reitor Aloísio Tei-xeira use o prestígio da insti-tuição UFRJ e assegure audiên-cias com o Ministério do Plane-jamento, em Brasília. Na sema-na passada, a coordenação-ge-ral e outros dirigentes do SIN-TUFRJ, e militantes de base, es-tiveram duas vezes na Reitoria.A primeira vez foram acompa-nhados da assessoria jurídica econversaram com os pró-reito-res de Planejamento e Desen-volvimento, Carlos Levi, e dePessoal, Luiz Afonso Mariz,além do superintendente dePessoal, Roberto Gambine, e do

000010001315277152771527782229

Rubricas

VENCIMENTO BASICOANUENIO - ART.244, LEI 8112/90DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT.DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT.DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT.VANT.PEC.INDIVIDUAL-L.10698/03

26.05%16,67%3,17%

Valores Mai/2008

R$ 1.193,22 R$ 155,11 R$ 339,03 R$ 224,76 R$ 42,74 R$ 59,87 R$ 2.014,73

Valores Junho/2008 Comas ações congeladas

R$ 1.364,53 R$ 171,31 R$ 339,03 R$ 224,76 R$ 42,74 R$ - R$ 2.142,37

Valores Jun/2008 sem ocongelamento

R$ 1.364,53 R$ 171,31 R$ 400,09 R$ 256,02 R$ 48,69 R$ - R$ 2.240,64

Servidor Nível B111

Servidor Nível C111

000010001315277152771527782229

Rubricas

VENCIMENTO BASICOANUENIO - ART.244, LEI 8112/90DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT.DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT.DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT.VANT.PEC.INDIVIDUAL-L.10698/03

26.05%16,74%3,17%

Valores Mai/2008

R$ 1.424,03 R$ 163,78 R$ 402,41 R$ 276,66 R$ 52,39 R$ 59,87 R$ 2.379,14

Valores Junho/2008 Com asações congeladas

R$ 1.628,47 R$ 204,44 R$ 402,41 R$ 276,66 R$ 52,39 R$ - R$ 2.564,37

Valores Jun/2008 sem ocongelamento

R$ 1.628,47 R$ 204,44 R$ 477,47 R$ 305,55 R$ 58,10 R$ - R$ 2.674,03

Bola rolando· Na sexta-feira, dia 18, o Campeonato de

Futebol da Coppe, que envolve mais de 10 timesda Coppe e do CT, foi aberto com a vitória doOceânica sobre o LTS por 2 a 0 (foto).

· Na próxima sexta-feira, às 16h, no Cam-po da Prefeitura, será realizada uma partida defutebol adulto entre as equipes da Reitoria e daVigilância.

Seminário de Educação a DistânciaO 2º Seminário acontecerá dia 5 de agosto, a

partir das 8h30, no anfiteatro Maria Irene, no pré-dio do NCE/CCMN, no campus da Ilha do Fundão.As vagas são limitadas. Os interessados em partici-par devem enviar e-mail confirmando presença [email protected] com nome completo e afilia-ção. A promoção é do Grupo de Informática Aplicadaà Educação (Ginape/PPGI); Núcleo de ComputaçãoEletrônica (NCE); Instituto COPPEAD de Adminis-tração e Escola Politécnica.

ASSEMBLÉIA-ATOno Pilotis da Reitoriaàs 11h de quarta-feira, dia 23 de Julho

Page 3: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 3

ABERTURA

Fasubra elogia a CUT na lutacontra as fundações estatais

Encontro passa a limpoa agenda política dacategoria, reunindoativistas e dirigentes deentidades do Sudeste

Durante três dias militantes edirigentes de sindicatos dos servido-res técnico-administrativos em edu-cação passaram a limpo os princi-pais pontos de agenda política dacategoria. O IV Encontro RegionalSudeste II da Fasubra Sindical, rea-lizado nos dias 17, 18 e 19 de julhono IFCS, não teve caráter deliberati-vo, mas enriqueceu a discussão parao próximo congresso da Federação.Na abertura do Encontro Regionalda Fasubra, no dia 17, pela manhã,a coordenadora-geral Lea de SouzaOliveira, falou sobre algumas con-quistas da categoria. Ela destacou oprocesso de implantação das funda-ções estatais como um dos proble-mas centrais, hoje, enfrentados pe-las Ifes, e apontou a “unidade”como meio para impedir o seu avan-ço. “Se não tivermos ações conjun-tas e estruturadas contra esse mode-lo de gestão, quem perde é a popula-ção brasileira. Isso está na contra-mão da política que vem sendo de-senvolvida pelo governo brasileiro,inclusive pelo governo Lula”, disse.

A coordenadora elogiou a Cen-tral Única dos Trabalhadores pelasbandeiras defendidas recentemen-te. “A CUT entrou com uma posi-ção de fazer pressão pela retiradado PLP 92 – projeto de lei das fun-dações estatais – do Congresso Na-cional. Posição que nós (Fasubra)corroboramos. Embora sejamos di-ferentes, defendemos o trabalha-dor. Essa é a nossa luta”, comple-tou. A CUT foi representada peladirigente Lucia Reis, que tambémé trabalhadora da UFRJ.

Ela ainda lembrou a impor-tância do processo eleitoral que opaís está vivendo. “Devemos ter cla-ro nosso papel de trabalhadores,mas principalmente de cidadãosnesse período. É através da Câmarade Vereadores, da Prefeitura, quetemos condições de desenvolver eampliar um programa focado notrabalhador”, finalizou.

Conjuntura: visões diferentesConjuntura: visões diferentesConjuntura: visões diferentesConjuntura: visões diferentesConjuntura: visões diferentesNo primeiro debate do Encon-

tro, as conjunturas nacional e in-ternacional foram o tema. Três co-ordenadores da Fasubra, com dife-renças de visão política sobre osfatos, tiveram tempo igual paraexpor suas opiniões. Foram eles LuizAntonio de Araújo Silva, Lea de-Souza Oliveira e João Paulo Ribei-ro. Atuou como mediador da mesa

o dirigente da Federação, Jorge Te-lles (Assuni-Rio).

O debate foi longo, pois a dis-cussão sobre conjuntura envolve vá-rias questões, algumas muito polê-micas, como, por exemplo, a rela-ção do movimento sindical com ogoverno Lula. Mas apesar da discor-dância de pontos de vistas, houve con-senso em torno da necessidade de asforças políticas que atuam na base daFasubra se unirem, pontualmente,para organizar ações fortes em defesade direitos da categoria.

Críticas ao governo LulaCríticas ao governo LulaCríticas ao governo LulaCríticas ao governo LulaCríticas ao governo LulaLuiz Antonio não poupou o go-

verno federal na sua análise da con-juntura: “Não era a revolução que seesperava com a eleição de Lula em2002, mas ela representava a espe-rança de novos rumos para a classetrabalhadora. Esperava-se que pelomenos se conseguisse mais direitos,mais empregos, mais moradia emais terra. No entanto, Lula nãoquebrou a máquina de concentra-ção de renda e elevou os juros para opagamento da dívida pública. Lulatambém fez opção pelo agronegó-cio, reforçou o latifúndio e causouprejuízos à pequena propriedade(agricultura familiar) e à preserva-ção do meio ambiente”.

O segundo mandato de Lula,na avaliação do dirigente da Fasu-bra, é ainda mais conservador queo anterior: “Ele ampliou a compo-

sição do governo para conseguir acoalizão nacional e distribuiu mi-nistérios na busca de maioria noCongresso; garantiu mais lucro aosinvestidores; retomou a agendaneoliberal com uma ofensiva aodireito de greve do setor público,manutenção da agenda privatizan-te (educação, saúde e até o meioambiente) e o estreitamento coma agenda de governos tucanos naquestão das reformas e ataques aosdireitos dos trabalhadores”.

Propostas concretasPropostas concretasPropostas concretasPropostas concretasPropostas concretasLea defendeu a unidade em tor-

no da ratificação pelo governo bra-sileiro da Convenção 151, da Orga-nização Internacional do Traba-lho (OIT), que protege o trabalha-dor público contra qualquer tipode discriminação por parte das au-toridades públicas, entre outras coi-sas; da instituição da negociaçãocoletiva no serviço público; da reti-rada do PLP 92, que cria as funda-

ções estatais de direito privado doCongresso Nacional pelo governoLula; da reforma tributária, quedistribua renda e desonere os traba-lhadores, e que tribute grandes for-tunas e os latifúndios; da mobili-zação, em caráter de urgência, con-tra o congelamento das ações judi-ciais; da formulação de uma agen-da para buscar aliados na socieda-de contra o modelo econômico desuperávit primário e política de al-tos juros; e, na luta contra a infla-ção, de investimento na agricultu-ra familiar, desonerando e dimi-nuindo impostos, aumentando aprodução de mais alimentos, aocontrário do proposto pelo BancoCentral, que é aumentar os juros.

Propôs também a mobilizaçãopelo aprimoramento da carreira(racionalização; Anexo 4, que es-tende para as classes A, B e C omesmo incentivo sobre mestrado edoutorado que as classes D e E rece-bem) e, como prioridade, a cobran-

ça ao governo de aumento do auxí-lio-alimentação, já que a inflaçãoatacou os produtos da cesta básica.“Mas tudo isso é possível se cons-truirmos a unidade entre nós, tra-balhadores, o que não deve ser difí-cil, já que os objetivos são comuns”,afirmou Lea.

Divergências com limitesDivergências com limitesDivergências com limitesDivergências com limitesDivergências com limitesO coordenador João Paulo Ri-

beiro acredita que é possível cons-truir bandeiras conjuntas onde nãohouver divergências, e citou doisexemplos: a defesa dos hospitaisuniversitários contra o PLP 92 e daparidade para os aposentados. “Es-sas bandeiras unem a Fasubra;mas, de qualquer forma, temos queter em mente que as nossas diver-gências políticas não podem atra-palhar e impedir as lutas conjun-tas em defesa do serviço público edo servidor. O inimigo está no po-der, no capital, no patronato e noque mata no campo”, frisou.

ABERTURA. No centro da mesa, o coordenador-geral do SINTUFRJ, Francisco de Assis. O Sindicato foi o anfitrião

João Paulo Lea Oliveira Luiz Antonio

Page 4: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

4 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

ENCONTRO DA FASUBRA/SAÚDE

25% se aposentam por invalidezA taxa de aposentadoria por in-

validez dos trabalhadores do servi-ço público federal é muito alta:25%. Quem chama atenção para oíndice é o coordenador da FasubraWalter Gomes, que abriu o debateda manhã no dia 18, abordando aquestão do Auxílio à Saúde Suple-mentar. Na sua opinião, a assis-tência à saúde deve ter como focoespecial os aposentados e que é pre-ciso combater a aposentadoria porinvalidez.

O coordenador detalhou a ques-tão da assistência à saúde para otrabalhador do serviço público fe-

deral e as modalidades que os ór-gãos podem adotar: prestada peloSUS, diretamente pelo órgão ouentidade ao qual estiver vinculadoo servidor, por convênio ou contra-to, ou ainda na forma de auxílio.

Têm direito ao auxílio à saúdesuplementar trabalhadores ativos,aposentados, dependentes e pensio-nistas. Mas hoje quem mais neces-sita do benefício são mesmo os apo-sentados, avalia Walter, para quema assistência à saúde deve estar li-gada a uma política de saúde dotrabalhador: “Quem está na ativaprecisa lutar por saúde do traba-

Fasubra: GT-Aposentados

lhador. O aposentado precisa deauxílio à saúde suplementar”.

Ele diz que o sistema prestadodiretamente pelo órgão é mais sim-ples do que se imagina: um órgãocria a assistência própria e contrataos serviços necessários. A grande di-ferença, segundo ele, é que a gestãode serviços será na própria institui-ção, com a criação de um setor deassistência que incluirá a parte pre-ventiva.

O modelo foi adotado na UFMShá 14 anos. Há crises, mas vêmsendo superadas. Assembléias comos titulares discutem como contor-

nar as dificuldades. Entre as vanta-gens, de acordo com o coordena-dor, estão, por exemplo, a proximi-dade com o usuário e a autonomiade gerenciamento com consultaaos trabalhadores. Mas consideraque na UFRJ, com 44 mil vidasenvolvidas, a situação é um poucomais complexa. Na UFMS há 10mil.

Segundo ele, os trabalhadoresda UFRJ que aderirem à Caurj de-vem fazer seus exames comple-mentares nos postos da Caixa. Paraquem não aderiu, a instituição deveutilizar o dinheiro destinado à saú-

de suplementar para os exames pe-riódicos.

Para Walter Gomes, estes exa-mes são primordiais para compro-var doenças ocupacionais: “Não po-demos mais aceitar que nossoscompanheiros sejam aposentadosnessas condições. Não se aposentapor invalidez. Isso não é aposenta-doria. E os que chegam a se apo-sentar por tempo de serviço estãoem condições cada vez piores. Ossindicatos devem fazer uma dis-cussão ampla da importância daassistência para o aposentado e dosexames periódicos”.

Hospitais: Ameaça de privatizaçãoRolando Rubens, da Coordena-

ção de Políticas Sociais e Anti-Ra-cismo, explicou a Portaria 04, lan-çada pelo MEC no fim de abril, quealtera a gestão dos hospitais uni-versitários a partir de 1º de junho.Disse que tem uma aura de melho-ria de gestão, qualidade e transpa-rência, mas no fundo prepara oterreno para a aprovação do PLP 92– das fundações estatais, em tra-mitação no Congresso.

A última plenária decidiu pormaioria exigir a suspensão da por-taria que, segundo explicou, sepa-ra os hospitais universitários dasuniversidades. Assim, o novo gestordo hospital não dará mais satisfa-ção ao reitor, mas ao MEC. A porta-ria dá autonomia administrativae de orçamento ao hospital: “Quemlê a portaria e o PLP 92 não temdúvida – uma prepara o terrenopara o outro”.

Para ele, os trabalhadores dehospitais universitários são daeducação, mas com essa desvin-culação “marota” promovida pelaportaria, quando o projeto de leidas fundações for aprovado, gran-de parte já estará em prática. “Auniversidade está abrindo mão deseu patrimônio. Com a desvincu-lação, nada impede que numa ca-netada o hospital passe para a Saú-de. O governo considera que HU é

mais assistência que Educação.Portanto, não tem que ficar narubrica da Educação. Nós enten-demos que HU é Educação, sim.Por mais que faça assistência, elaé feita pelo aluno, pelo residente.Fundação estatal visa privatiza-ção. Esse é o nome certo”, denun-cia o coordenador.

Se o PLP passar, o último cam-po de batalha serão os conselhosuniversitários, alertou Rolando:

“Nós, da universidade, temos a prer-rogativa de não deixar passar (aopção pela transformação do HUem fundação estatal) no ConselhoUniversitário. As outras (áreas) nemtêm esse privilégio. Em Uberaba,vamos tocar fogo no Conselho. Porsorte, a última trincheira será nosConsunis. Tragam para o debate asassociações de moradores, o povoque é o maior perdedor”.

A Reforma da Previdência foio último tema da manhã. Muitacoisa mudou com o advento daPEC 41, entre as quais a paridadena aposentadoria, assim como noque diz respeito ao trabalhadorque se acidentou dentro ou forado local de trabalho. O novo cál-culo da aposentadoria proporcio-

nal também levou a um enormeprejuízo.

Rolando explicou que a Fasu-bra tomará como princípio básicoa luta pela PEC 441, que amenizaos efeitos drásticos da PEC 41 nocaso dos aposentados, por invalideze as pensões.

Luiz Francisco Martins, da Co-

ordenação de Aposentados apontouque a solução, em parte, é de fato aPEC 441 de 2005, que garante aparidade para todos os aposentadospor invalidez e a integralidade dapensão. Ele também falou da im-portância da luta imediata pelaaprovação da emenda.

Nesse momento, ele explicou,

a categoria está sentindo os efei-tos da PEC 41. Um comunicadodo Ministério do Planejamentoexigiu que os efeitos da PEC se-jam aplicados, e todas a universi-dades o estão fazendo para os queestão se aposentando por invali-dez, de forma proporcional ou com-pulsória. Com isso, há redução de

no mínimo 30% do salário.Martins destacou a iniciativa

inédita da Fasubra, a instalaçãodo GT-Aposentados. Será nos dias26 e 27, com uma oficina de ni-velamento. A criação de um GTpermanente demonstra a gravi-dade do tema e suas conseqüên-cias para os servidores.

NO PLENÁRIO. No debate sobre Seguridade Social, um amplo leque de preocupações: aposentadoria e fundações estatais nos hospitais

Fotos: Cícero Rabello

Page 5: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 5

CARREIRA

Carreira: a luta pelo aprimoramentoN o segundo dia de encontro,

a Fasubra discutiu carrei- ra e as principais conquis-

tas. O coordenador Jurídico e deRelações Trabalhistas, Paulo Hen-rique Rodrigues, lembrou que de1994 a 2004 houve um profundodebate para a implementação dacarreira, que mesmo assim foi im-plementada pela metade. “De 1994a 2004 houve mudanças no mun-do do trabalho, nas relações, e onosso plano de carreira não acom-panhou. Essa não é a carreira quepensamos e aprovamos. É partedela. Dentre as coisas que faltamestá a ascensão funcional”, disse.De acordo com o dirigente, devehaver um processo contínuo deaprimoramento da carreira, “paranão ficar defasada, como a quetemos hoje”.

Os destaques feitos por PauloHenrique trataram da ascensãofuncional, da racionalização doscargos, dos níveis de qualificação edo Anexo IV, que trata dos percen-tuais de incentivo à qualificação.“Quando brigávamos pelo incen-tivo à qualificação (que consegui-mos manter), abríamos preceden-tes para o incentivo à certificaçãotambém”, disse. “No entanto, cadacarreira tem um percentual e umaforma de avaliar o título. Aindaprecisamos avançar mais nessasnossas conquistas”, afirmou.

DefesaDefesaDefesaDefesaDefesaPaulo Henrique defendeu a

Fasubra das acusações da base deque o acordo fechado na últimagreve não contemplava a carrei-ra em sua totalidade. “É a CasaCivil que define o que vai para oCongresso. O sr. Luiz Alberto mo-dificou tudo o que tinha sidoaprovado nas mesas de negocia-ção”, afirmou.

Efeitos da MP 431Efeitos da MP 431Efeitos da MP 431Efeitos da MP 431Efeitos da MP 431O dirigente também relacio-

nou as principais alterações na Lei11.091/2005, através da MedidaProvisória 431, de 14 de maio de2008. Uma alteração importante éo que que diz respeito ao incentivoà qualificação. “Antes da MP, oservidor só tinha direito de apre-sentar seus títulos após 4 anos deserviço. Agora, a partir de 14 demaio, poderá fazê-lo em qualquertempo”, disse.

A avaliação, em vez de ser acada 2 anos, passa a ocorrer a cada18 meses. “O efeito disso é que em22 anos o servidor estaciona, nãotem mais para onde crescer”, disse,lembrando que agora todos os seto-

Racionalização: tema polêmicores do serviço público terão proces-so de avaliação. “Esse será um pon-to fundamental para fazermos odebate com a categoria.”

Uma das principais perdas parao serviço público foi a alteração dotexto do parágrafo 5º do artigo 41.“Antes dizia que o salário-base nãopodia ser inferior ao salário míni-mo. A nova redação diz que a re-muneração é que não pode ser in-ferior. Com isso, 16 carreiras foramafetadas, porque perderam comple-mentações no salário-base.”

Propostas para a basePropostas para a basePropostas para a basePropostas para a basePropostas para a basePaulo Henrique pediu para

que os sindicatos de base instalas-sem a discussão com a categoriasobre o aprimoramento da carrei-ra. “Dentre os assuntos, precisa-mos pautar o aprimoramento databela salarial”. Além dessa de-manda, o dirigente apresentou a

necessidade de aumentar o núme-ro de padrões da carreira, que hojesão 16, para evitar o “estaciona-mento” do servidor com 22 anosde carreira. “Isso deve ser objeto denegociação para compatibilizarcom o tempo necessário para aaposentadoria.”

Uma outra idéia é colocar um

percentual de incentivo à qualifi-cação igual ao estepe (3,6%), por-que assim o servidor poderia con-tinuar fazendo seus cursos sem cor-rer o risco de estourar a tabela decapacitação. “A pessoa tambémcontinuaria ganhando a cada cur-so completado”, comentou.

Ele lembrou, ainda, que a Fasu-

bra está lutando, e precisa do apoiodas bases, para que a Convenção 151da Organização Internacional doTrabalho (OIT), que estabelece a ne-gociação coletiva no serviço públi-co, não caia: “Não podemos deixarque essa Convenção caia, como caiua 185 – que tratava da demissãosem justa causa”.

O tema mais polêmicoda tarde foi o debate sobrea racionalização da carrei-ra. Dirigentes de diversasentidades sindicais presen-tes questionaram o fato denenhuma proposta sobreracionalização ter sido pau-tada na MP 431. “O temaainda está em debate namesa de negociação. Pre-

cisamos estar atentos à si-milaridade de atribuições,aos requisitos de ingresso,patamar salarial e jurispru-dência”, disse.

Os cargos de técnico deenfermagem e auxiliar de en-fermagem são exemplos des-sa luta. Ambos os profissio-nais realizam as mesmas ati-vidades, mas estão posicio-

nados de forma diferente natabela, recebendo de formadesigual, apesar das atri-buições dos cargos seremas mesmas. “É importantelembrar que precisamos fa-zer todos esses debates afi-nados com a cultura e rea-lidade de cada lugar. Cadasetor da categoria deve semanifestar”, finalizou.

Fotos: Cícero Rabello

PAULO HENRIQUE. O coordenador de Relações de Trabalho: debate profundo sobre a carreira

NO DEBATE. Nivaldo no debate sobre carreira NO DEBATE. Rolando, de Minas, expõe sua posição

Page 6: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

6 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

ESTATUTO

No último dia, o EstatutoSábado, último dia do En-

contro, delegados e observadoresdiscutiram e apresentaram con-tribuições ao novo Estatuto daFasubra, que substituirá o atu-al, em vigor desde 1999. O deba-te durou cerca de seis horas seminterrupção, e apenas três pon-tos suscitaram polêmica.

As divergências entre as for-ças políticas nesta discussão fo-ram com relação ao modeloadotado pela Federação para es-colha de seus dirigentes; cláu-sulas de barreiras aplicadas tan-to na proporcionalidade entrechapas que disputam represen-tação para os fóruns da entida-de quanto na eleição de delega-dos de direção às plenárias.

Como os encontros regionaisnão são deliberativos, coube aoscoordenadores da Fasubra regis-trar as contribuições dos delega-dos e observadores para levá-lasà plenária nacional. O que sóocorrerá após a realização doúltimo encontro regional, ecomo faltam ainda três – Piauí,Pelotas e Amazonas –, a datamais provável é o próximo mêsde setembro.

Considerações finaisConsiderações finaisConsiderações finaisConsiderações finaisConsiderações finaisO Encontro foi encerrado

com os coordenadores da Fasu-bra, que ficaram até o últimodia dos trabalhos fazendo umaavaliação do evento, e tambémcom o coordenador-geral do SIN-TUFRJ, Francisco de Assis.

“Este encontro, assim comoos demais, foi altamente produ-tivo”, afirmou a coordenadora-geral da Fasubra, Lea de SouzaOliveira, ressaltando a impor-tância do contato direto da en-tidade com suas bases, os sindi-catos, principalmente na discus-são de todos os temas pautadospara a plenária nacional da en-tidade. “Os resultados das dis-cussões subsidiarão a direção da

Federação no debate para a cons-trução de uma agenda políticapara o próximo período. Agrade-cemos à diretoria recém-empos-sada do SINTUFRJ que, com to-das as dificuldades naturais domomento de promoção de ajus-tes na casa, sediaram o evento”,disse a dirigente.

Luiz Antonio afirmou que osencontros regionais aproxi-mam, fortalecem e minimizamos problemas vividos pela Fasu-bra, em conseqüência do mo-mento de crise com as bases peloqual atravessa. Como uma dasprioridades de luta, ele elegeu acampanha contra a criação dasfundações estatais de direito pri-vado. “Esta é uma luta do con-junto dos trabalhadores brasi-leiros”, disse.

“Este encontro cumpriu oseu papel, porque debateu ques-tões importantes e revelou, peloalto grau de participação, queainda há um foco de resistênciapolítica nas bases”, avaliou ocoordenador para Assuntos deAposentados da Fasubra, LuizFrancisco Martins Alves.

Para a coordenadora das Es-taduais da Fasubra, Maria An-gela Ferreira Costa, “barrar defato o projeto que institui asfundações estatais de direito pri-vado é uma necessidade urgentedo movimento sindical”.

Paulo Henrique, coordena-dor Jurídico e de Relações Tra-balhistas da Federação, agrade-ceu ao SINTUFRJ pela acolhidae a todas as entidades que apoia-ram o Encontro.

Estevão Moura, coordenadorde Formação e Comunicação daentidade, considerou este Encon-tro como um reforço aos debatesjá realizados pela Fasubra até omomento com as bases.

“O que há de mais impor-tante entre nós é a disputa e aluta política em prol da cate-goria”, disse o coordenador dePolíticas Sociais e Anti-Racis-ta da Fasubra, Rolando Rubens.

Dever cumpridoDever cumpridoDever cumpridoDever cumpridoDever cumpridoO coordenador-geral do

SINTUFRJ, Francisco de Assis,afirmou que valeu a pena o es-forço da diretoria e, em parti-cular, de alguns diretores paraque o evento se realizasse. “Fo-ram muitas as dificuldades queenfrentamos, mas o desafio de

organizar o Encontro foi va-lioso, porque as entidadescompareceram. E nos colo-camos à disposição da Fasu-bra para contribuir com ou-tros fóruns.”

NúmerosNúmerosNúmerosNúmerosNúmerosO Encontro Regional Su-

deste da Fasubra reuniu 52 de-legados eleitos em assembléiase 53 observadores. Participaramas entidades sindicais represen-tativas dos trabalhadores emeducação das seguintes insti-tuições federais de ensino su-perior: UFRJ, Unicamp, SãoCarlos, UFF, Universidade Fe-deral do Triângulo Mineiro,Universidade de São Paulo,UniRio, Universidade Rural edo Centro Paula Souza.

SIAPESIAPESIAPESIAPESIAPE NOMENOMENOMENOMENOME0367417 Ana Maria Amorim Alencar0367830 Ary Vieira Barradas0362827 Cleide de Morais Lima0360154 Elenice de Jesus Santos0359722 Hilseni Reis de Almeida0362146 Isabel dos Santos Reis0366145 Julio Cesar de A. C. e Reis Soares0365485 Leda Maria Jeronimo0371693 Maria Cecilia Cordeiro Pedro

O Setor de Convênios do SINTUFRJ so-licita que os(as) sindicalizados(as) abaixoespecificados(as) compareçam à sede, im-preterivelmente até o dia 25/7, das 9h às17h, para alterar a forma de pagamentodo(s) plano(s) de saúde e/ou odontológico.

Mais informações pelos telefones 2270-5268 e 2260-9343. O não-comparecimentolevará ao cancelamento do plano.

Convênio0364011 Maria Cristina Rocha Vidinho0376061 Maria Lucia Marinho Domingues0365185 Mario Luiz Gambine Moreira0362348 Marisa Pereira Goes de Araujo0360658 Miriam Abduche Kaiuca0373432 Renata Gerard Bondim0362837 Rosangela Maria Medeiros Gambine0364378 Sandra Cristina Soares de Carvalho0374178 Vanderlei de Siqueira0364291 Wania Lucia Ribeiro Santiago

LÚCIA REIS. Dirigente nacional da CUT no encontro FRANCISCO. Falou na plenária final em nome do SINTUFRJ

Fotos: Cícero Rabello

Page 7: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 7

Indignação no IFCSPESSOAL

A direção do IFCS deci-diu instituir, de forma unila-teral, o ponto eletrônicopara servidores técnico-ad-ministrativos em educaçãocomo solução para proble-mas apontados na unidadeque dizem respeito tambéma docentes e a condiçõesde trabalho. A decisão cau-sou indignação. A tal pontoque o cadastro que deveriaser feito até o dia 20 paraviabilizar o funcionamentodo mecanismo (que entra-ria em ação esta semana)esbarrou na resistência dagrande maioria. Acompa-nhados pelo SINTUFRJ, osfuncionários se organiza-ram, constituíram uma re-presentação, e entregaramcarta aberta ao reitor nasexta-feira, dia 18. No do-cumento informam sobre aatitude desrespeitosa porparte da direção e pedemmediação da Reitoria paraamainar os ânimos da dire-ção e discutir a decisão. Acarta foi endereçada tam-bém à Fasubra, SINTUFRJ,Adufrj, DCE e unidades daUFRJ. Os funcionários tam-bém entregaram carta à di-reção..

Na OuvidoriaNa OuvidoriaNa OuvidoriaNa OuvidoriaNa OuvidoriaNa carta endereçada ao reitor

na sexta-feira, dia 18, os funcioná-rios informam sobre os lamentá-veis equívocos relacionados ao pes-soal técnico-administrativo doIFCS, que “depõem seriamente”contra seu profissionalismo e des-qualifica seu nome diante dos co-legas da Universidade.

Os funcionários explicam quea diretora justificou a implanta-ção do ponto eletrônico devido adenúncias feitas à Ouvidoria daUFRJ, e ao fato de que, em umareunião com a Reitoria, havia crí-ticas ao mau funcionamento daunidade, atribuídas aos servido-res. “Não nos foi dito, em mo-mento algum, quais os proble-mas arrolados para tal atitude ex-tremada e desrespeitosa para oconjunto dos trabalhadores destacasa. Quanto às denúncias feitaspela Ouvidoria da UFRJ à Direçãodo IFCS, gostaríamos de saberquais são, e que elas sejam enca-minhadas ao nosso Sindicato de-talhadamente para que ao menosassim tenhamos o direito de defe-sa ou possamos corrigir tais casosinternamente com nossas chefiasimediatas e direção, como nas de-mais unidades da UFRJ”, regis-traram os funcionários.

Não é serventia, masestá aberta

Na reunião, a diretora negou que tenha ditoaos funcionários que “a porta da rua é a serventiada casa”. Os funcionários insistem em criticaros termos da medida e consideram-se ofendi-dos, relatando na carta entregue ao gabinete: “E,ainda mais Magnífico Reitor, disse textualmente‘Que a porta da rua estava aberta’.”

Segundo o superintendente de Pessoal, Ro-berto Gambine, o controle de ponto está previstoem lei e pode ser usado na forma de ponto eletrô-nico. Mas para ele o mecanismo não deveria serusado como punição. Ele avalia que, se existealgum problema, que seja identificado e que seaplique os mecanismos previstos no RJU.

Essa é a tônica da crítica dos funcionários. Amaioria está lá há mais de 20 anos, e, comodizem, sabem seu trabalho. Mas sentem-se per-plexos, constrangidos e desprestigiados com ageneralização.

O grupo fez um levantamentocom dados de 2006 e descobriuque o IFCS é a quarta unidade emnúmero de alunos de graduação– são 2.335 alunos (além de 390alunos de pós-graduação e 118professores dos departamentos).Mas conta com apenas 63 técni-co-administrativos. Ou seja, são45,1 alunos e professores para cadafuncionário.

Direção do Instituto decide instituir, de forma unilateral, ponto eletrônico para servidorestécnico-administrativos em educação

Direção irredutívelDireção irredutívelDireção irredutívelDireção irredutívelDireção irredutívelEm reunião no dia 16 com o

SINTUFRJ e representantes dos fun-cionários, a diretora da unidade, Jes-sie Jane, mostrou-se irredutível,mesmo com o argumento de queum contingente expressivo mani-festou vontade de colocar-se à dispo-sição, o que poderia inviabilizar oretorno às aulas. Jéferson Salazar,coordenador-geral do Sindicato que

informou os funcionários sobre oresultado da reunião, espantou-secom o argumento de que 50% dostrabalhadores da unidade não tra-balham, executam serviços particu-lares (de secretário) para determi-nados professores ou trabalham ape-nas eventualmente. A Coordenaçãodo SINTUFRJ, em reunião com aOuvidoria, apurou que denúnciasseriam essas que chegaram sobre o

IFCS. Havia reclamações não só so-bre funcionários, mas tambémquanto a ausência de professores,instalações, condições de trabalho euma série de outras. O SINTUFRJquestionou, então, por que apenas ocontrole de ponto eletrônico para osfuncionários. Mesmo assim, e ape-sar do clima cordial da reunião coma direção do IFCS, a decisão serámantida.

FUNCIONÁRIOS MOBILIZADOS. Na mesa, Angélica (IFCS), Francisco, Jeferson (Sintufrj) e Gilson Navega (IFCS)

COORDENADOR. Jéferson Salazar COORDENADOR. Francisco de Assis

Fotos: Cícero Rabello

Page 8: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

8 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

PESSOAL

Apesar das férias, servidorescomparecemA maioria criticou a utilização do ponto eletrônico como meio de punição generalizada

Apesar do período de fé-rias, o comparecimento àreunião dos funcionários doIFCS na quinta-feira, dia 17,foi expressivo. E mais: emmeio à indignação geral,as deliberações foram vo-tadas e aprovadas por to-dos, sem qualquer voto con-trário. Os coordenadores doSINTUFRJ informaram doresultado da reunião com adiretoria no dia anterior edas ações até então. O SIN-TUFRJ entrou em contatocom o decano do CFCH,Marcelo Correia e Castro,que se dispôs a conversarcom a diretora. O coorde-nador-geral Francisco deAssis disse que o Sindicatoestava presente para forta-lecer a decisão colegiadados funcionários e defen-der a posição da categoria.

A maioria das críticas na reuniãocentrava-se na solução adotada: uti-lizar o mecanismo eletrônico comopunição generalizada - em vez deprocurar localizar e solucionar pro-blemas que, se de fato há, foram tra-tados com omissão por parte da dire-ção. Os funcionários criticaram tam-bém a falta de uma política de recur-sos humanos. “Estão botando todomundo no mesmo patamar. Isso nãoaceitamos”, reagiram.

“A gente precisa saber a neces-sidade de pessoal, para que possa-mos cobrar da Reitoria. Precisa-mos de uma política de capacita-ção para avançar no cumprimentode nossas metas”, disse Francisco.

“Dizer que 50% não trabalham,

SINTUFRJ questiona direção do IFCS

é generalizar. Quem não trabalha?Não podemos permitir que esse dis-curso seja colocado de forma gene-ralizada”, disse Jéferson.

Além da carta ao reitor, os funcio-

nários deliberaram que o SINTUFRJenviaria carta à direção do IFCS questi-onando quem são os que não traba-lham e por que até então não houvemedidas administrativas em relação a

isso. Decidiram reivindicar a suspen-são temporária do processo de implan-tação do ponto eletrônico, com a ma-nutenção da situação atual, ou seja,assinatura do ponto e escolheram os

nomes que formariam sua comissãode negociação – com representantesde cada área, tudo feito unanimente.

O SINTUFRJ entregará a carta àdireção na segunda-feira, no dia 21.

A coordenação do SINTUFJ en-tregou documento à diretoria doIFCS com as propostas aprovadasna reunião com os técnicos-admi-nistrativos da unidade. Além dacarta ao reitor, a coordenação doSindicato informa que foi eleita,por unanimidade, a comissão comatribuição de negociar com a dire-ção uma solução para o conflito.

A comissão é composta por Gil-son Navega Queiroz (representanteTAE na Congregação e lotado nosetor de Manutenção), Angélica (re-presentante TAE na Congregação echefe da Biblioteca), Rosane Albu-querque (secretária do CEFM), Már-cia Ramos (secretária do PPGHC),Flávio Antônio Pacheco dos Santos(lotado na Secretaria Acadêmica),

Marcelo Rangel (secretário do De-partamento de História) e SôniaMiranda (secretária do PPGF). OSINTUFRJ acompanhará a comis-são nas reuniões de negociação.

Foi aprovado também por una-nimidade o encaminhamento dasolicitação de instalação, o maisbreve possível, de uma mesa de ne-gociação composta pela direção doIFCS, pelo SINTUFRJ e pela comis-são de representantes.

Foi aprovada, mais uma vezpor unanimidade, a solicitaçãode suspensão temporária do pro-cesso de implementação do pontoeletrônico, sendo mantido o re-gistro de freqüência na folha, atra-vés de assinatura, até o fim danegociação.

CobrançaCobrançaCobrançaCobrançaCobrançaNo documento, a coordenação

solicita que a diretoria do IFCS in-forme à comissão quais os servido-res do IFCS que não trabalham esua lotação. “Solicitamos que se-jam informadas quais as providên-cias tomadas quanto às demais re-clamações, em especial as relacio-nadas às faltas de servidores docen-tes, às condições de trabalho dosservidores, ambientes de trabalhoinadequados à saúde do trabalha-dor, condições de infra-estrutura,manutenção e habitalidade dasinstalações físicas e prediais”, co-bra a coordenação.

No documento, o SINTUFRJmanifesta perplexidade diante dainformação dada pela direção de que

50% dos servidores do IFCS não traba-lham e avalia que a informação sema identificação dos faltosos serve paradesqualificar os demais que traba-lham, confundindo-os de forma des-respeitosa com aqueles que, alegada-mente, não trabalham: “Uma vezque todos os servidores estão subor-dinados a alguma chefia imediata,nos restam algumas dúvidas quesolicitamos que sejam dirimidas, asaber: a direção do IFCS ratifica ainformação de que 50% dos servido-res TAE da unidade não trabalham?Quais foram às providências admi-nistrativas tomadas pela direçãojunto às respectivas chefias imedia-tas para sanar esta situação? Quaisforam as providências administra-tivas tomadas pelas respectivas che-

fias imediatas de cada servidor quese encontra nesta situação?”

A coordenação do SINTUFRJ ava-lia que a solução do problema não sedará através da simples cobrança defreqüência visando apenas a um dossegmentos do IFCS: “Será necessárioum verdadeiro esforço coletivo dosservidores TAE e docentes neste senti-do e, para tanto, reafirmamos a nossaproposta de constituição de um Con-selho de Administração, paritário,entre TAE e docentes, o qual deveráter, entre as suas prioridades, o papelde estabelecer instrumentos demo-cráticos de controle administrativo,permitindo ao IFCS não só superar acrise instalada, mas ser pioneiro eavançar na concepção de gestão (...)”,conclui o documento.

Fotos: Cícero Rabello

PARTICIPAÇÃO. A decisão unilateral dadireção do IFCS provocou reação imediata dosfuncionários do Instituto. Na reunião com adireção do SINTUFRJ, eles manifestaram a suainsatisfação com a tentativa de, segundo eles,desqualificação do compromisso do conjuntodos servidores com o trabalho. Recorrendo anúmeros, eles lembraram que para cadaservidor existem 45 alunos e docentes. Aindignação maior dos servidores técnico-administrativos em educação foi com autilização do ponto eletrônico como puniçãodos funcionários.

Page 9: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 9

Orientação Profissional

CPV/SINTUFRJ

Na hora de escolher a profissão.....Especialista orienta estudantes do Curso Pré-Vestibular do SINTUFRJ sobre rumos a seguir

Na maioria das vezes, a escolhade uma profissão não é nada fácilpara um aspirante à graduação su-perior. A dúvida sobre qual carreiraseguir é um tormento para qual-quer estudante, não importa a ida-de que tenha — à exceção de al-guns poucos. Sabendo disso, o Cur-so Pré-Vestibular do SINTUFRJ ofe-rece aos seus alunos o auxílio deuma especialista no assunto hávários anos, desde 1989.

Cabe à pedagoga com habili-tação em orientação educacionale psicóloga Iara Barros socorrer osindecisos do Curso Pré-Vestibular.Seu trabalho com os pré-vestibu-landos segue um programa queela batizou de Orientação Profis-sional. As atividades começam emmarço e só terminam quando en-cerra a fase de inscrições para osconcursos de acesso às universida-des públicas.

AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividadesIara explica que a orientação

profissional começa com conver-sas em salas de aulas:

“A primeira vez que me reúnocom eles, oriento sobre como de-vem estudar e promovo um debatesobre seus interesses. Faço isso coma ajuda de uma apostila com baseem duas perguntas: ‘Por onde co-meçar?’ e ‘Você está bem informa-do?’ Em abril, distribuo textos comdicas e sugestões que podem facili-tar a decisão deles sobre a carreira aser escolhida, falo dos cursos, in-formo sobre a relação de cursos no-turnos, os oferecidos pela UFRJ eseus desdobramentos em termos dovestibular”.

A terceira atividade em sala deaula não é muito diferente da se-gunda, só que dessa vez a orienta-dora educacional destrincha paraos alunos a UFRJ. E o debate avan-ça. Os alunos são estimulados apensar a respeito de vocação. “Elaexiste?” e “A expectativa da famí-lia, onde fica?”

A parte mais prática, pode-sedizer, acontece em junho e julho.Os vestibulandos do SINTUFRJ par-ticipam do evento “Conhecendo aUFRJ”, no qual universitários eprofessores apresentam de forma te-órica e prática as graduações ofere-cidas pela Universidade; e o CPV/SINTUFRJ organiza um painel comprofissionais, ex-alunos do Pré-Ves-tibular, que contam suas experiên-

Socializando experiências

cias como universitários (dificul-dades, sucessos e fracassos) e falama respeito da opção feita, experiên-cias no mercado de trabalho, ex-pectativas, desilusões e como é acarreira escolhida na vida real. “Oobjetivo do painel é apresentar cur-sos que possam despertar o interes-se dos alunos e também estimulá-los a seguir em frente, sempre”, dizIara.

Nos meses de agosto e setem-bro, Iara se dedica a completar oleque de informações sobre as ins-tituições públicas: UniRio, UFF,Rural, Uerj, Cefet e Cefet-Q, fechan-do, assim, o mapeamento das ofer-tas de cursos (diurnos e noturnos)nas universidades e escolas técni-cas públicas.

Pé na realPé na realPé na realPé na realPé na realPara este ano, Iara incluiu no

seu programa de trabalho, além dascinco atividades em sala de aulaobrigatórias para todos os alunos, opainel de profissionais, orientaçõesindividuais ou em pequenos gru-pos. “Os grupos se reúnem comigoantes ou no intervalo das aulas emdias agendados; e murais fixadosreforçam as informações sobre o ves-tibular 2009, como também peque-nas entradas que faço no início ouno fim das aulas, sempre que solici-tada”, sintetizou.

O que mais a orientadora edu-cacional valoriza na sua ação comos aos alunos do Curso Pré-Vestibu-

lar do SINTUFRJ é a oportunidadeproporcionada aos jovens e adultos(na maioria filhos de funcioná-rios e técnicos-administrativos, daUFRJ) de refletirem sobre “o seudesejo quanto ao projeto de se tor-nar aluno de uma universidadepública, e de proporcionar a elesmeios para que possam definir seusobjetivos, considerando o seu con-texto de vida e sua relação com osestudos.”

Na quinta-feira, 10 de julho, 38 alunos doCurso Pré-Vestibular do SINTUFRJ partici-param do Painel de Orientação Profissional,no auditório da subsede sindical, no HospitalUniversitário Clementino Fraga Filho, cam-pus do Fundão. Iara Barros mobilizou para oevento cinco ex-alunos do CPV/SINTUFRJ:duas arquitetas, uma assistente social, umabibliotecária e um advogado.

Por mais de duas horas e sem intervalo,

os convidados expuseram as experiênciasvividas como estudantes universitários e coma profissão, e responderam a muitas pergun-tas dos vestibulandos. As principais dúvidase curiosidades foram a respeito do mercadode trabalho, como escolheram a carreira, sehouve influência da família, as matérias le-cionadas e o tempo de duração dos cursos,material utilizado nas aulas, o que é mono-grafia...

IARA BARROS:orientação

começa comconvesas na sala

de aula

DE OLHO NO FUTURO. Ex-alunos do CPV/SINTUFRJ participaram do painel sobre Orientação Profissional na subsede do HU

Fotos: Cícero Rabello

Continua na página seguinte > > >

Page 10: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

10 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

Orientação Profissional

CPV/SINTUFRJ

Histórias de persistência

“A faculdade me deu subsí-dio para atuar e evoluir dentrode uma coisa que eu já fazia,que era edificações, pois curseio segundo grau técnico. Acredi-tei na universidade como umaferramenta que fosse me ajudarna prática e com ela evoluir”,disse Cátia. E aconselhou os es-tudantes a experimentarem to-das as vertentes que o curso uni-versitário oferece e a estagiaremlogo: “A faculdade apenas abreporta, o estágio ensina a tra-balhar”.

Outra dica de Cátia: “Arqui-tetura está saturada para quemnão sabe o que quer. Sabendo, sefaz a diferença. Gosto do quefaço, vivo disso e invisto semprena profissão”. Ela teve acesso ao

Profissionais dão dicas de lições aprendidas com a experiência

CPV/SINTUFRJ porque sua irmãé professora-adjunta da UFRJ efiliada ao Sindicato.

Duas tentativas Duas tentativas Duas tentativas Duas tentativas Duas tentativasMaria das Graças Souza é au-

xiliar administrativa do Depar-tamento de Microbiologia doInstituto de Microbiologia daUFRJ. Em março concluiu a gra-duação em Serviço Social, de-pois de tentar dois exames vesti-bulares e freqüentar o CPV/SIN-TUFRJ em 2002 e 2003. “Come-cei a faculdade grávida, aos 43anos, e desde 1982 não estuda-va. Morava em Niterói e saía decasa de madrugada para estarna Praia Vermelha, Urca, às 7h.Depois vinha para o Fundão tra-balhar, e só saía daqui às 18h.Minha meta era me formar emquatro anos, e consegui”, disse.

“Conciliar trabalho, facul-dade, estágio, serviço domésticoe filhos não é fácil, mas possí-vel. Vocês que são jovens che-gam lá com certeza”, Disse. Elacontou ainda, que lançou mãoda sua experiência de vida comotema da monografia: “Escrevisobre a trajetória de jovens dacamada popular, das suas difi-culdades de acesso e de perma-nência numa universidade pú-blica”.

Determinação é a chaveDeterminação é a chaveDeterminação é a chaveDeterminação é a chaveDeterminação é a chave“Sou funcionária da UFRJ e,

em 2001, resolvi mudar a mi-nha vida e entrei no CPV. Passeipara a UniRio, estudei à noite, edigo que não é fácil passar e sairda faculdade. Mas planejei omeu futuro, tive força de vonta-

de, tesão e fui vencendo todas asdificuldades. Hoje tenho umacarreira, Biblioteconomia, e jáfiz até pós-graduação”, contouLuciana Ferreira Machado. Elaé lotada na Coppe como técnicado Laboratório de EngenhariaNaval e Oceânica, mas em des-vio de função, pois teve a chan-ce, ainda estudante, de organi-zar a biblioteca da unidade,onde passou a exercer a nova car-reira.

Aos futuros universitários,aconselhou: “Esqueçam oOrkut, MSN e vasculhem sitesdas universidades, conheçam oscursos e vejam até onde eles po-dem te levar. Aproveitem bem aoportunidade de estarem noCPV/SINTUFRJ, que é sensacio-nal.”

Exemplo de obstinaçãoExemplo de obstinaçãoExemplo de obstinaçãoExemplo de obstinaçãoExemplo de obstinaçãoJonhson Braz da Silva, fun-

cionário da UFRJ e coordena-dor de Comunicação do SIN-TUFRJ, é um exemplo de obs-tinação. Depois de quase dezanos sem estudar, matriculou-se no CPV/SINTUFRJ em 1996,mas somente na terceira ten-tativa passou para a universi-dade pública. “Era desenhistae tentei Belas Artes. Tirei me-nos de um em Física, em 1997,e fui reprovado. Fiz de novo opré-vestibular, tentei Progra-mação Visual, fiquei em Quí-mica. Em 1998 nova tentati-va, dessa vez para Arquitetura,mas levei pau de novo. Nãoachava que era possível pas-sar. Fui aprovado em Direitona UFF (pensava que esse eraum curso só para f i lhinhosf i lhinhosf i lhinhosf i lhinhosf i lhinhosde papaide papaide papaide papaide papai) e, por edital de vaga,a UFRJ me chamou para BelasArtes. Mas cursei apenas umperíodo. Optei pelo Direito,

que é um sonho antigo. Quementra é quem está muito afimde estudar, porque é uma car-reira promissora e leva a con-curso público. Forma bacha-rel em Direito e ainda tem queprestar o exame da Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB),que hoje está muito difícil.Na UFF o curso era em seisanos, concluí em cinco, e nosegundo período defini minhamonografia.”

Jonhson contou que, comum mês de formado foi apro-vado no exame da OAB. “Fizestágio no Sepe e logo fui con-tratado para prestar assessoriano núcleo de Nova Iguaçu”.

Segundo Jonhson, estagiá-rio de Direito é um carregadorde processos de gravata sob solquente. Mas ele aconselhou atodos a buscar logo estágio.Disse também que para ele “foimais difícil entrar numa uni-versidade pública do que sair”,e garantiu que a orientação daIara foi determinante para al-cançar seu objetivo. Antes deouvi-la, se limitava a concor-rer a vagas somente na UFRJ, oque considera um erro do vesti-bulando não disputar em todasas instituições públicas.

CPV, divisor de águasCPV, divisor de águasCPV, divisor de águasCPV, divisor de águasCPV, divisor de águasPara Andréa Figueiredo da

Silva, o CPV/SINTUFRJ foimais que um excelente pré-ves-tibular: “O CPV/SINTUFRJ foium divisor de águas na mi-nha vida, pois lá eu conhecimeu marido e muita gente le-gal”. Como a colega de profis-são Cátia, Andréa também che-gou a iniciar outra graduaçãoaté ser aprovada em Arquite-tura e Urbanismo, na UFRJ.

Durante um período, cur-sou Matemát ica na UERJ .“Consegui passar para arquite-tura, que era o que eu queria.Mas fiquei grávida e tranquei amatrícula. Voltei e me formei.Gosto de urbanismo, porquesempre trabalhei na área deconstrução civil, e a UFRJ levamuito para o lado técnico”. An-dréa deu o seguinte recado aosestudantes que se decidirempela Arquitetura: “Vão para auniversidade de cabeça aberta enão pensando em ser artista,um Oscar Niemeyer”.

Fotos: Cícero Rabello

Formada emarquitetura pelaUFRJ, Cátia Carvalhofalou aosvestibulandos sobrea experiência aotentar qualquer cursopor não ter passadona primeira opção,que era o querealmente queria. Aprimeira vez quefreqüentou o CPV/SINTUFRJ, em 1996,foi reprovada emhabilidade específica,mas como pontuoubem na prova escrita,entrou para um outrocurso. Insatisfeita,retornou ao Pré-Vestibular e, em1998, finalmente foiaprovada para aFaculdade deArquitetura eUrbanismo da UFRJ.

Maria das Graças Luciana Ferreira Cátia Carvalho

Andréa Figueiredo Jonhson Braz

Page 11: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 824 - 22 a 27 de julho de 2008 - www.sintufrj.org.br - [email protected] – 11

SAÚDE

Vacinação de adultosprevine doenças graves,como pneumonia,difteria e tétano

Faz anos que a vacinação ficourestrita às crianças. Mais recentementeas pessoas com mais de 60 anos passa-ram a ser contempladas pelo Progra-ma Nacional de Imunizações, com avacinação contra a gripe, infecçõespor pneumococo (tipo de bactériamais freqüentemente relacionado àpneumonia), difteria e tétano. Masos adultos secundarizam a preven-ção, tanto por desconhecimento dosriscos das doenças a que estão expos-tos quanto por falta de vacinas à dis-posição na rede pública. Na UFRJexiste o Centro de Vacinação de Adul-tos da Divisão de Saúde do Trabalha-dor (CVA/DVST), que vacina servido-res, alunos e população do entorno.

Segundo Edmilson Migowski,infectologista do Instituto de Pueri-cultura Martagão Gesteira (IPPMG),mais de 90% dos casos de tétano, sabi-damente uma doença infecciosa, masnão contagiosa, ocorrem em adultos.“Esta população não tem o hábitosaudável de se manter vacinado, oque a protegeria contra várias doen-ças graves”, alerta. Ele destaca que osprofissionais de saúde e as categoriasque trabalham em atividades insa-lubres e, ou perigosas devem atentarpara a importância de cuidarem dasaúde. Migowski considerou a cria-ção do CVA/DVST e o trabalho inicia-do como um grande passo na univer-sidade, mas afirma que ainda hámuito o que se fazer, principalmenteno campo da saúde do trabalhador.

Falta dinheiroFalta dinheiroFalta dinheiroFalta dinheiroFalta dinheiroA coordenadora do CVA/DVST,

Maira Fontanelli, diz que o CVA da

Centro de Vacinação da DVST oferece serviço gratuito ediário para servidores, estudantes e população dascomunidades próximas

DVST é uma batalha antiga e que oCentro de Vacinação sofre – como asdemais unidades e setores da universi-dade – com a falta de verbas e pessoal.Mas as dificuldades não esmorecem aequipe, que já em agosto inicia, no dia11, a campanha de vacinação contra arubéola. A CVA oferecerá as vacinastríplice viral (sarampo, caxumba e ru-béola) e a dupla viral (sarampo e rubé-ola). Os interessados devem dirigir-seao CVA, das 8h às 16h, na Rua 7 s/n,entre a Gráfica e a Garagem, na Ilhado Fundão.

Além das campanhas, o Centrofaz vacinação de rotina, de segunda asexta-feira, no mesmo horário, contraas seguintes doenças: tétano, difteria,rubéola, sarampo, caxumba, hepatiteB, gripe (influenza), febre amarela eraiva. Mais informações pelos telefo-nes 3867-6543 e 3867-6693, ramal 24.

ABC das doençasTétano: Doença infecciosa, não contagiosa, causada por um bacilo que se desenvolve na ausência de oxigênio em ferimentoscontaminados.Difteria: Doença bacteriana infecciosa, contagiosa, conhecida com crupe.Rubéola: Doença viral, infecciosa, contagiosa, com especial importância quando atinge fetos e recém-nascidos, pois pode provocarinúmeras seqüelas.Sarampo: Doença viral, infecciosa, contagiosa, em processo de erradicação no Brasil.Caxumba: Doença viral, infecciosa, contagiosa, também conhecida como parotidite ou papeira.Hepatite B: O vírus é muito contagioso e pode ser transmitido através do sangue, sêmen, secreções e também, no caso de gestantesinfectadas, no momento do parto para o bebê. Tem especial importância para acadêmicos e profissionais da área de saúde.Hepatite A: O vírus é transmitido de pessoa para pessoa e também através de água e alimentos contaminados. Esta vacina não estádisponível no setor público para a população em geral. A vacinação sistemática só pode ser realizada em clínicas privadas. Para aspessoas que não foram vacinadas contra as hepatites A e B existe uma vacina que combina as duas.Influenza (gripe): Doença viral, contagiosa, muito comum em nosso meio.Raiva: Essa doença, por ser extremamente grave e freqüentemente fatal, deve ser evitada com vacinas específicas. Veterinários e adultosque lidam com mamíferos (cão, gato, morcego, mico, macaco, entre outros) devem freqüentemente ser vacinados. A lambedura demucosa por cão ou gato, embora considerada inofensiva por muitos, é indicação de vacinar as pessoas que foram lambidas na boca,independente da aparência e estado vacinal do animal.Febre amarela: Doença viral, infecciosa, sendo mosquitos contaminados os transmissores, e o homem e o macaco, os hospedeiros.

ESPORTE – Futebol para a comunidadeA PR-4 desenvolve projeto para

estimular a prática do esporte noscampos da UFRJ. Filhos e depen-dentes de servidores e pessoas dascomunidades próximas podem

participar do projeto.As inscrições já estão abertas e

são gratuitas, às terças e sextas, das14h às 16h, no Campo da PrefeituraUniversitária, na Ilha do Fundão

Categorias MasculinaCategorias MasculinaCategorias MasculinaCategorias MasculinaCategorias Masculinasssss Mirim (nascidos em 1995, 1996 e 1997) Infantil (nascidos em 1993 e 1994) Juvenil (nascidos em 1991 e 1992)

Categoria FemininCategoria FemininCategoria FemininCategoria FemininCategoria Femininaaaaa também nas modalidades mirim, infantil e juvenil também nas modalidades mirim, infantil e juvenil também nas modalidades mirim, infantil e juvenil também nas modalidades mirim, infantil e juvenil também nas modalidades mirim, infantil e juvenil

NA DVST. Equipe do Centro de Vacinação de Adultos: atendimento diário

Fotos: Cícero Rabello

Page 12: NO PILOTIS DA REITORIA escongelamento já!sintufrj.org.br/wp-content/uploads/2018/12/Jornal824.pdf · TUFRJ; fixação de cartazes e faixas em todos os locais visí-veis da categoria

12PÁGINA

Despoluição no centro do debateSeminário vai discutir o Programa de Despoluição do Canal do Cunha

e a preservação da Serra da Misericórdia Com o apoio do SINTU-

FRJ e patrocinado porduas dezenas de entida-des e instituições, um se-minário – para passar alimpo o Programa de Des-poluição da Baía de Gua-nabara dentro de um te-mário com as questões es-pecíficas relacionadas aoCanal do Cunha e à Serrada Misericórdia – será rea-lizado no sábado, 2 deagosto. O temário da reu-nião envolve a discussãodo controle social e parti-cipação cidadã nas ques-tões de meio ambiente e opolêmico Programa deDespoluição da Baía deGuanabara, que já se ar-rasta há pelo menos 15anos. As obras do PAC (pro-grama do Governo Fede-ral em Manguinhos e noComplexo do Alemão e adragagem do Canal doCunha) fazem parte dapauta do seminário. É aprimeira vez que tantasentidades se reúnem nauniversidade para umadiscussão tão vasta sobrequalidade de vida e meioambiente. Um outro pontoespecífico é a situação daVila Residencial, comuni-dade abrigada na Ilha doFundão.

SEMINÁRIO POPULAR SOBRE A DESPOLUIÇÃO INTEGRADA DOCANAL DO CUNHA E A PRESERVAÇÃO DA SERRA DA MISERICÓRDIA –BAÍA DE GUANABARA

CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

DIA: 2 DE AGOSTO DE 2008 – SÁBADO

HORA: DAS 9H30 ÀS 17

LOCAL: AUDITÓRIO NO SUBSOLO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DAILHA DO FUNDÃO (CIDADE UNIVERSITÁRIA UFRJ)

PROGRAMAÇÃO:9H30 – ABERTURA- Reitor da UFRJ- Prefeito da UFRJ- Presidente da Fiocruz- Reitor da SUAM- AMA Vila Residencial da UFRJ- SINTUFRJ- SESC RAMOS- UNICEF

10H30 – EXPOSIÇÃO 1 - PROJETO DE DRAGAGEM DO CANAL DOCUNHA

- PROGRAMA DE DESPOLUIÇÃO DA BAÍA DE GUANABARA (PDBG)– OS IMPACTOS E BENEFÍCIOS DA CONSTRUÇÃO DA ESTAÇÃO DETRATAMENTO DE ESGOTOS DA ALEGRIA

- CENPES – PETROBRAS- SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE/SERLA- CEDAE- ALEXANDRE PESSOA (FIOCRUZ, SANITARISTA)- ELMO AMADOR (GEÓGRAFO, EX-DIRETOR DO INSTITUTO DE

GEOCIÊNCIAS, UFRJ)

Ambientalista questiona obras doCanal do Cunha

- COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE CREA-RJ (PROF. ADACTOOTONI)

- REPRESENTANTES DOS PESCADORES DO CAJU

OBS: 15 MIN CADA

12H30 - DEBATE COM A PLENÁRIA (Perguntas e respostas)

13/14H - ALMOÇO

14H30 - EXPOSIÇÃO 2 – PROJETOS PAC DOS COMPLEXOS DOALEMÃO E DE MANGUINHOS

- CEF - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL- GOVERNO DO ESTADO – SECRETARIA ESTADUAL DE OBRAS- PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO- DEPOIMENTOS DOS GRUPOS LOCAIS QUE ATUAM NOS

CONSELHOS GESTORES DO PAC DO ALEMÃO E DE MANGUINHOS

16H – DEBATE COM A PLENÁRIA (Perguntas e respostas)

17H – PLENÁRIA FINAL: ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DA CARTADA SERRA DA MISERICÓRDIA E DO CANAL DO CUNHA

ORGANIZAÇÃO: AMA VILA RESID. UFRJ – COMITÊ DEDESENVOLVIMENTO LOCAL DA SERRA DA MISERICÓRDIA –VERDEJAR – SINTUFRJ - RAÍZES EM MOVIMENTO – CRESAM –NASCEBEM – ÉFETA - CENTRO DE CULTURA E ARTES DA MARÉ –MOBILIDADE E AMBIENTE BRASIL – REDECCAP MANGUINHOS -FÓRUM SOCIAL DE MANGUINHOS - APELT-ASSOC.PESCADORES DE TUBIACANGA/ILHA DO GOVERNADOR –ASSOC. PESCADORES DO CAJU – COLÔNIA PESCA DO CAJU -PREFEITURA DA UFRJ

APOIO::::: SINTUFRJ

O ambientalista Sérgio Ri-cardo, integrante da ONG Verde-jar Proteção Ambiental e Huma-nismo, é um dos organizadoresdo seminário. Atento estudiosoda questão ambiental, nos últi-mos anos Ricardo tem concen-trado a sua atuação nos proble-mas de meio ambiente na re-gião da Leopoldina, que com-preende 49 bairros e que envolvea Serra da Misericórdia e rioscomo Faria Timbó, Nunes, Ja-

caré e o Canal do Cunha. O temacentral do seminário é precisa-mente a preservação da Serra daMisericórdia e as obras do Canaldo Cunha, cuja obra, como foramplanejadas, é questionada por Sér-gio Ricardo.

Segundo o ambientalista, dra-gar o Canal não irá resolver o pro-blema. Pelo contrário: irá removeros metais pesados concentrados noleito do Canal por décadas de depó-sito de lixo industrial, especialmen-

que não se articulam entre si.Sérgio Ricardo disse que essasobras, que fazem a festa das em-preiteiras, deveriam ser alvo docontrole social, através de conse-lhos, para impedir superfatura-mentos e ineficiência. Ele lem-bra os problemas surgidos com oPrograma de Despoluição da Baíade Guanabara, que se arrasta hámais de 10 anos, com os recursossendo consumidos sem que o pro-blema ambiental seja resolvido.

te feito pela Refinaria de Mangui-nhos. Na opinião do especialista, énecessário uma perspectiva amplano planejamento das obras queenfrente o problema do escoamen-to de esgotos das comunidades eque acabam desembocando no Ca-nal do Cunha. “O Canal do Cunhaé a área mais poluída da Baía deGuanabara”, observa. “Historica-mente essa poluição foi formadapela indústria, pelos metais depo-sitados pela Refinaria de Mangui-

nhos e pelo esgoto doméstico”, si-tua Sérgio Ricardo.

Para que o problema seja resol-vido, é necessário, na sua opinião,que as obras financiadas pelo go-verno federal, dentro do PAC (Pro-grama de Aceleração do Crescimen-to) na região devam ser articula-das, “vistas no seu conjunto”. Sér-gio Ricardo lembrou que existempelo menos quatro projetos do PAC(entre eles, obras no Complexo doAlemão, Ramos e Manguinhos) e

RICARDO. Superfaturamento e ineficiência nas obras BAÍA DE GUANABARA. No Fundão, a foto revela parte da devastação ambiental na baia

Fotos: Cícero Rabello