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2009 Relatório Anual de Actividades

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2009

Relatório Anual de

Actividades

Page 2: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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I PARTE GERAL CAPÍTULO 1 Introdução 5 CAPÍTULO 2 Organização da ACT e contexto de acção 6 2.1. Organização da ACT e contexto de acção 6 2.1.1. Enquadramento organizacional 6 2.1.1.1. Missão 6 2.1.1.2. Atribuições 6 2.1.1.3. Equipa directiva 8 2.1.1.4. Estrutura 8 II AUTO-AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS 1. Quadro de Avaliação e Responsabilização para 2009 14 1.1. Objectivos e indicadores de desempenho 14 1.2. Resultados atingidos 18 1.2.1. Auto-avaliação evidenciando os resultados obtidos e os desvios

verificados 18

1.2.2. Apreciação, por parte dos utilizadores, da quantidade e qualidade dos serviços

20

1.2.3. Avaliação do sistema de controlo interno 20 1.2.4. Audição de dirigentes intermédios e demais trabalhadores na auto-

avaliação dos serviços 21

1.2.4.1. Descrição de níveis de satisfação 22 1.2.4.2. Descrição do grau de realização dos objectivos fixados 24 1.2.4.3. Condições de conteúdo e contexto de trabalho 26 1.2.4.4. Conclusões 28

1.2.4.5. Desenvolvimento de medidas para reforço positivo de desempenho 28 1.2.5. Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano

nacional e internacional, que possam constituir padrão de comparação

30

1.2.6. Afectação real e prevista dos recursos humanos, materiais e financeiros

30

1.2.6.1. Quanto aos recursos humanos 30 1.2.6.2. Quanto aos recursos materiais 32 1.2.6.3. Quanto aos recursos financeiros 32 1.2.6.4. Avaliação final 34 III ÁREA INSPECTIVA 1. Introdução 36 2. Dados gerais da área inspectiva da ACT 37 2.1. Planeamento da acção inspectiva 38 2.2. Referenciais internacionais da acção inspectiva 38 2.3. Referenciais nacionais da acção inspectiva 40 2.4. Eixos e objectivos estratégicos da actividade inspectiva da ACT 43 2.5. Recursos humanos 45 2.6. Desenvolvimento de competências 47 2.6.1. Formação 47 2.6.2. Grupos de trabalho 49 2.7. Universo sujeito à acção inspectiva 50 2.7.1. Estrutura do emprego 50 2.7.2. Estrutura empresarial 54 2.8. Indicadores sobre a sinistralidade laboral 54 2.8.1. Acidentes de trabalho 54 2.9. Doenças profissionais 55 3. Legislação do trabalho publicada em 2009 58 4. Estatística da actividade inspectiva da ACT 59 4.1. Indicadores de actividade 59 4.2. Procedimentos inspectivos 60 4.2.1. Conceitos 60 4.2.1.1. Procedimentos coercivos 61 4.2.1.2. Procedimentos não coercivos 61 4.2.1.3. Procedimentos de apoio à investigação 62 4.3. Indicadores da actividade de informação, aconselhamento e

cooperação com outras entidades 62

4.4. Actividade geral de controlo da ACT 63 4.4.1. Visitas e estabelecimentos visitados pela área inspectiva da ACT 63 4.4.2. Informações elaboradas 66 4.4.3. Pedidos de intervenção 67 4.4.4. Infracções e sanções 68 4.4.5. Apuramentos salariais e contribuições para a Segurança Social 72 4.5. Actividade de controlo inspectivo no domínio da segurança e saúde

no trabalho (SST) 73

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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4.5.1. Considerações gerais 73 4.5.2. Informações elaboradas em SST 74 4.5.3. Notificações para tomada de medidas, autos de notícia e suspensões

de trabalho em SST 75

4.5.4. Licenciamento industrial 78 4.5.5. Acidentes de trabalho objecto de inquérito pela ACT 79 4.5.5.1. Acidentes de trabalho mortais 79 4.6. Actividade de informação e aconselhamento 84 4.6.1. Considerações gerais 84 4.6.2. Serviço informativo presencial 87 4.7. Principal incidência da acção inspectiva 87 4.7.1. Eixo I – Promoção da SST 87 4.7.1.1. Campanha de avaliação de riscos e desenvolvimento da prevenção

em micro e pequenas empresas 88

4.7.1.2. Promoção da segurança e saúde nos locais de trabalho 89 4.7.1.2.1. SST na indústria metalúrgica e metalomecânica 90 4.7.1.2.2. SST em indústrias com utilização de substâncias perigosas 90 4.7.1.2.3. SST na indústria alimentar 91 4.7.1.2.4. SST na agricultura, agro-pecuária e indústria florestal 92 4.7.1.2.5. Prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais em

outros sectores de actividade 92

4.7.1.2.6. Riscos emergentes 93 4.7.1.2.7. Prevenção e controlo do risco de exposição ao amianto 94

4.7.1.3. Serviços e actividades de SST 94 4.7.1.3.1. Actividades prestadas pelo empregador, por serviços internos ou

interempresas 95

4.7.1.3.2. Actividades prestadas por serviços externos 95 4.7.1.3.3. Auditorias às empresas prestadoras de serviços de SST 96 4.7.1.3.4. Controlo das empresas prestadoras de serviços de SST e técnicos de

segurança e higiene em actividade regular 96

4.7.1.4. Segurança e saúde nos estaleiros temporários ou móveis 97 4.7.1.5. Promoção das actividades de segurança e saúde na Administração

Pública 98

4.8. Eixo II – Promoção do trabalho digno 98 4.8.1. Trabalho não declarado ou irregular 99 4.8.1.1. Trabalho total ou parcialmente não declarado 100 4.8.1.2. Utilização irregular de contratos de trabalho a termo 101 4.8.1.3. Trabalho temporário, cedência e colocação de trabalhadores 102 4.8.1.4. Destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de

serviços 102

4.8.2. Prevenção e controlo da discriminação e condições de trabalho e emprego de grupos vulneráveis de trabalhadores

103

4.8.2.1. Integração de trabalhadores imigrantes 103 4.8.2.2. Condições de emprego e trabalho de menores 104 4.8.2.3. Igualdade e não discriminação no trabalho e no emprego em função

do género 105

4.8.2.4. Prevenção da discriminação e condições de trabalho e emprego de outros grupos vulneráveis de trabalhadores

106

4.8.2.5. Exploração e tráfico de seres humanos 106 4.8.3. Organização e controlo do tempo de trabalho 107 4.8.3.1. Limites à duração do tempo de trabalho 107 4.8.3.2. Modalidades de organização do tempo de trabalho 108 4.8.3.3. Controlo das condições de trabalho e repouso em transportes

rodoviários 109

4.8.4. Representação colectiva e diálogo social 109 4.8.4.1. Condições de exercício da representação colectiva 110 4.9. Eixo III – Planeamento da acção induzida 111 4.9.1. Resposta a solicitações no exercício da acção inspectiva 111 4.9.1.1. Resposta a solicitações no exercício da acção inspectiva 112 4.9.1.2. Realização de inquéritos de acidentes de trabalho 112 4.9.1.3. Licenciamento industrial 113 4.9.1.4. Situações de crise empresarial 113 5. Cumprimento de metas anuais de programas 114 6. Principais intervenções sectoriais 116 6.1. Hotelaria e restauração 116 6.2. Comércio 116 7. Principal incidência de acção inspectiva no domínio da prevenção dos

riscos profissionais 117

7.1. Intervenções transversais 117 7.1.1. Campanha nacional de prevenção da exposição à sílica 117

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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7.1.2. Campanha europeia de avaliação de riscos na utilização de substâncias perigosas

118

7.2. Intervenção em sectores de maior incidência de sinistralidade 119 7.2.1. Construção e obras públicas 119 7.2.2. Indústria extractiva 120 7.2.3. Agricultura 121 7.2.4. Pescas 121 7.2.5. Outros sectores de actividade 122 8. Processamento de contra-ordenações laborais 122 9. Actividade técnica administrativa 123 9.1. Actividade geral 123 9.2. Trabalho de estrangeiros 124 10. Actividades dos Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva 125 IV PROMOÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 1. Actividades de promoção da SST 129 1.1. Processos de regulação em SST 129 1.1.1. Autorização de entidades prestadoras de serviços externos de SST 129 1.2. Dispensa de serviços internos de SST e adopção de acordos

interempresas 130

1.3. Autorização para o exercício das actividades de segurança e higiene no trabalho por trabalhador designado ou pelo próprio empregador

131

1.4. Processos de certificação de competências em segurança e higiene no trabalho (técnicos e técnicos superiores)

132

1.5. Formação profissional em segurança e higiene no trabalho 133 2. Gestão das notificações obrigatórias 134 3. Apoio a projectos no âmbito da SST 135 3.1. Acção promotora 136 3.2. Acção reactiva 136 4. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (AESST) 138 4.1. Actividades inscritas no plano de actividades da AESST 138 4.1.1. Observatório Europeu de Riscos Emergentes (ERO) 138 4.1.2. Representação da AESST 140 4.1.3. Campanha Europeia 2008/2009 141 4.2. Representações no âmbito da Agência 150 4.3. Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho 150 5. Representações institucionais 153 5.1. Nacionais 153 5.2. Internacionais 154 6. Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho 2008-

2012 155

V ÁREAS DE APOIO 1. Apoio à Gestão 173 1.1. Formação e Recursos Humanos 173 1.1.1. Formação 174 1.2. Recursos Patrimoniais e Financeiros 175 1.2.1. Recursos financeiros 176 1.3. Outras actividades 178 1.3.1. Empreitadas de obras públicas 178 1.3.2. Recursos informáticos 179 1.3.3. Rede de comunicações 179 1.3.4. Plataforma tecnológica 179 1.3.5. Arquitecturas aplicacionais 179 1.3.6. Rede de comunicações 179 2. Relações internacionais 180 2.1. Cooperação com os países de língua oficial portuguesa e Timor-Leste 180 2.2. Acolhimento de delegação de entidades congéneres 181 2.3. Acordos bilaterais e protocolos 181 2.4. Execução do acordo bilateral com a Inspecção do Trabalho e

Segurança Social de Espanha 181

2.5. Intercâmbios de inspectores do trabalho 181 2.6. Participações internacionais no âmbito da União Europeia 182 2.7. Participação em outras organizações ou redes internacionais 183 3. Área de informação e divulgação 184 3.1. Comunicação e assessoria de imprensa 184 3.2. Pedidos de informação por e-mail 185 3.3. Projecto de criação e desenvolvimento do Website institucional da

ACT 185

3.4. Instrumentos de comunicação institucional 185

3.5. Clipping 186 3.6. Eventos da ACT 186

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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3.7. Edições 187 3.8. Venda de publicações (presencial e à distância) 188 3.9. Centro de Recursos em Conhecimento 189 VI ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO DAS DIRECÇÕES REGIONAIS 191 ANEXO BALANÇO SOCIAL 196 1. Organograma 197 1.1. Organograma geral 197 1.2. Serviços regionais 197 2. Efectivos globais 200 2.1. Segundo o cargo/carreira 200 2.2. Segundo o vínculo jurídico por cargo/carreira 201 2.3. Efectivos por unidade orgânica e cargo/carreira 202 2.4. Segundo o nível etário 203 2.5. Segundo o nível de antiguidade na função pública 205 2.6. Idade e antiguidade na função pública 206 2.7. Segundo o nível de habilitações 207 2.8. Movimentos 208 2.8.1. Saídas 208 2.8.2. Entradas 209 2.9. Promoção, mudança de nível obrigatório e procedimento concursal 209 2.10. Efectivos com deficiência 209 3. Horários 211 3.1. Modalidades de horário 211

4. Trabalho extraordinário 212 5. Absentismo 213 6. Formação 215 7. Encargos com pessoal 216

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I – PARTE GERAL

CAP. 1 - INTRODUÇÃO

Com o Decreto-Lei nº 326-B/2007, de 28 de Setembro, foi publicada a lei orgânica

da Autoridade para as Condições do Trabalho, que reuniu as atribuições da

Inspecção-Geral do Trabalho e do Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no

Trabalho e que tem por missão, conforme o artigo 3º, nº 1 do mesmo diploma, a

promoção da melhoria das condições de trabalho, através do controlo do

cumprimento das normas em matéria laboral, no âmbito das relações laborais

privadas, bem como a promoção de políticas de prevenção de riscos profissionais e

o controlo do cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho,

em todos os sectores de actividade e nos serviços e organismos da administração

pública central, directa e indirecta e local, incluindo os institutos públicos nas

modalidades de serviços personalizados ou de fundos públicos.

Nos termos do disposto no art.º 5º, nº 2, al. a) da lei orgânica, o relatório anual de

actividades é elaborado sob a responsabilidade do Inspector-Geral do Trabalho. O

documento cumpre com o disposto no Decreto-Lei nº 183/96, de 27 de Setembro e

na Lei nº 66-B/2007, de 28 de Dezembro.

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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CAPITULO 2. ORGANIZAÇÃO DA ACT E CONTEXTO DE ACÇÃO

2.1. ORGANIZAÇÃO DA ACT E CONTEXTO DE ACÇÃO

2.1.1. ENQUADRAMENTO ORGANIZACIONAL

2.1.1.1. Missão

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) criada pelo Decreto Lei n.º 326-

B/2007 de 28 de Setembro e que incorpora desde 1 de Outubro de 2007 as

atribuições da Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) e do Instituto para a Segurança,

Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST)tem por missão a promoção da melhoria das

condições de trabalho, através do controlo do cumprimento das normas em matéria

laboral, no âmbito das relações laborais privadas, bem como a promoção de

políticas de prevenção de riscos profissionais.

Compete-lhe, igualmente, o controlo do cumprimento da legislação relativa à

segurança e saúde no trabalho em todos os sectores de actividade e nos serviços e

organismos da administração pública central, directa e indirecta, e local, incluindo

os institutos públicos, nas modalidades de serviços personalizados ou de fundos

públicos

2.1.1.2. Atribuições

A ACT prossegue as seguintes atribuições:

Promover, controlar e fiscalizar o cumprimento das disposições legais,

regulamentares e convencionais, respeitantes às relações e condições de

trabalho, designadamente as relativas à segurança e saúde no trabalho, de

acordo com os princípios vertidos nas Convenções n.os 81, 129 e 155 da

Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificadas pelo Estado

Português;

Proceder à sensibilização, informação e aconselhamento no âmbito das

relações e condições de trabalho, para esclarecimento dos sujeitos

intervenientes e das respectivas associações, com vista ao pleno cumprimento das normas aplicáveis;

Promover o desenvolvimento, a difusão e a aplicação de conhecimentos

científicos e técnicos no âmbito da segurança e saúde no trabalho;

Promover a formação especializada nos domínios da segurança e saúde no

trabalho e apoiar as organizações patronais e sindicais na formação dos seus representantes;

Promover e participar na elaboração de políticas de segurança e saúde no trabalho;

Promover e assegurar a execução, de acordo com os objectivos definidos, de programas de acção em matéria de segurança e saúde no trabalho;

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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Assegurar a gestão do sistema de prevenção de riscos profissionais, visando a efectivação do direito à saúde e segurança no trabalho;

Gerir o processo de autorização de serviços de segurança e saúde no trabalho;

Coordenar o processo de formação e certificação de técnicos superiores e

técnicos de segurança e higiene no trabalho, incluindo a gestão de eventuais fundos comunitários para o efeito;

Difundir a informação e assegurar o tratamento técnico dos processos

relativos ao sistema internacional de alerta para a segurança e saúde dos

trabalhadores, bem como a representação nacional em instâncias

internacionais;

Assegurar o procedimento das contra-ordenações laborais e organizar o respectivo registo individual;

Proceder à tramitação de actos administrativos, receber e tratar as

comunicações e notificações, respeitantes às condições de trabalho e às relações de trabalho que, nos termos da lei, lhe devam ser dirigidos;

Emitir carteiras profissionais, nos termos da lei;

Exercer as competências em matéria de licenciamento industrial que lhe

sejam atribuídas por lei;

Exercer as competências em matéria de trabalho de estrangeiros que lhe sejam atribuídas por lei;

Prevenir e combater o trabalho infantil, em articulação com os diversos departamentos governamentais;

Colaborar com outros órgãos da Administração Pública com vista ao respeito

integral das normas laborais, nos termos previstos na legislação comunitária

e nas Convenções da OIT, ratificadas por Portugal;

Sugerir as medidas adequadas em caso de falta ou inadequação de normas legais ou regulamentares;

Recolher e analisar informação e elaborar relatórios regulares sobre o funcionamento e a eficácia da ACT;

Proceder à conservação dos registos e arquivos, relativos a acidentes e

incidentes e à avaliação e exposição aos riscos referentes aos trabalhadores

em caso de encerramento da empresa;

Avaliar o cumprimento das normas relativas a destacamento de

trabalhadores e cooperar com os serviços de fiscalização das condições de

trabalho de outros Estados membros do espaço económico europeu, em especial no que respeita aos pedidos de informação neste âmbito;

Prosseguir as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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2.1.1.3. Equipa directiva

A Autoridade para as Condições do Trabalho é dirigida pelo Inspector-Geral do

Trabalho, coadjuvado por dois Subinspectores-Gerais e pelo Coordenador Executivo

para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho.

Inspector-Geral do Trabalho: Paulo Jorge Vieira Morgado de Carvalho

Subinspectora-Geral da ACT: Isabel Maria Canha Delgado Figueiredo Vilar

Subinspector-Geral da ACT: José António de Oliveira Tavares

Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no

Trabalho: Luís Filipe do Nascimento Lopes

2.1.1.4. Estrutura

Figura 1 – Organograma da ACT

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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A ACT tem sede em Lisboa, exercendo competências em todo o território

continental.

A estrutura nuclear da ACT integra os Serviços Centrais, sediados em Lisboa e os

Serviços Desconcentrados.

São Serviços Centrais da ACT:

A Direcção de Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva (DSAAI), com

duas unidades orgânicas flexíveis: a Divisão de Coordenação da Actividade

Inspectiva (DCAI) e a Divisão de Estudos, Concepção e Apoio Técnico à

Actividade Inspectiva (DECATAI);

A Direcção de Serviços para a Promoção da Segurança e Saúde no

Trabalho (DSPSST), com duas unidades orgânicas flexíveis: a Divisão de

Promoção e Avaliação de Programas e Estudos (DPAPE) e a Divisão de

Regulação de Entidades Externas (DREE);

A Direcção de Serviços de Apoio à Gestão (DSAG), com três unidades

orgânicas flexíveis: a Divisão de Formação e Recursos Humanos (DFRH), a

Divisão Patrimonial e Financeira (DPF), a Divisão de Sistemas de Informação

(DSI);

A Divisão de Relações Internacionais (DRI)

A Divisão de Informação e Documentação (DID);

A Divisão de Auditoria e Assuntos Jurídicos (DAAJ).

São Serviços Desconcentrados da ACT:

a) A Direcção Regional do Norte (com sede em Braga), com os seguintes centros

e unidades locais:

Unidade Local de Braga

o Área de jurisdição – concelhos de Amares, Barcelos, Braga,

Cabeceiras de Basto, Esposende, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro,

Vieira do Minho e Vila Verde

Centro Local do Ave (Guimarães)

o Área de jurisdição – concelhos de Celorico de Basto, Fafe, Guimarães,

Vizela e Vila Nova de Famalicão

Centro Local do Nordeste Transmontano (Bragança)

o Área de jurisdição – concelhos de Alfandega da Fé, Bragança,

Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de

Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de

Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais

Centro Local do Grande Porto (Porto)

o Área de jurisdição – concelhos de Espinho, Gondomar, Maia,

Matosinhos, Porto, Póvoa do Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila

do Conde e Vila Nova de Gaia

Unidade Local de Penafiel

o Área de jurisdição – concelhos de Amarante, Baião, Felgueiras,

Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel

Centro Local de Entre Douro e Vouga (São João da Madeira)

o Área de jurisdição – concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Feira,

Oliveira de Azemeis, São João da Madeira e Vale de Cambra

Centro Local do Alto Minho (Viana do Castelo)

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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o Área de jurisdição – concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha,

Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima,

Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira

Centro Local do Douro (Vila Real)

o Área de jurisdição – concelhos de Alijó, Armamar, Boticas, Chaves,

Cinfães, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto,

Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de

Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira,

Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Valpaços, Vila Nova de Foz Côa, Vila

Pouca de Aguiar e Vila Real

Unidade de Apoio ao Centro Local do Douro, em Lamego

o Área de jurisdição – concelhos de Armamar, Cinfães, Lamego,

Moimenta da Beira, Penedono, Resende, São João da Pesqueira,

Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca e Vila Nova de Foz Côa

b) A Direcção Regional do Centro (com sede em Viseu), com os seguintes

centros e unidades locais:

Unidade Local de Viseu

o Área de jurisdição – concelhos de Aguiar da Beira, Carregal do Sal,

Castro Daire, Mangualde, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades,

Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão,

Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela

Centro Local do Baixo Vouga (Aveiro)

o Área de jurisdição – concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha,

Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira do

Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos

Centro Local da Beira Interior (Castelo Branco)

o Área de jurisdição – concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova,

Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de

Rodão

Unidade Local da Covilhã (Covilhã)

o Área de jurisdição – concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão e

Penamacor

Centro Local do Mondego (Coimbra)

o Área de jurisdição – concelhos de Arganil, Cantanhede, Coimbra,

Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do

Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra,

Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares

Unidade de Apoio ao Centro Local do Mondego, na Figueira da Foz

o Área de jurisdição – concelhos de Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-

Velho e Soure

Centro Local do Beira Alta (Guarda)

o Área de jurisdição – concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira

de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas,

Meda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso

Centro Local do Lis (Leiria)

o Área de jurisdição – concelhos de Alvaiázere, Ansião, Batalha,

Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrogão Grande, Pombal e Porto de Mós

c) A Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo (com sede em Setúbal), com

os seguintes centros e unidades locais:

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RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

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Centro Local da Lezíria e Médio Tejo (Santarém)

o Área de jurisdição – concelhos de Abrantes, Alcanena, Almeirim,

Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche,

Entrocamento, Ferreira do Zêzere, Gavião, Golegã, Rio Maior,

Salvaterra de Magos, Santarém e Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila

Nova da Barquinha e Vila Nova de Ourém

Unidade de Apoio ao Centro Local da Lezíria e Médio Tejo, em Tomar

o Área de jurisdição – concelhos de Entroncamento, Ferreira do Zêzere,

Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila Nova de Ourém

Centro Local de Lisboa Oriental (Lisboa)

o Área de jurisdição – concelhos de Amadora, Lisboa e Odivelas

Centro Local de Lisboa Ocidental (Sintra)

o Área de jurisdição – concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra

Centro Local do Oeste (Torres Vedras)

o Área de jurisdição – concelhos de Alcobaça, Bombarral, Cadaval,

Caldas da Rainha, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral

de Monte Agraço, e Torres Vedras

Unidade de Apoio ao Centro Local do Oeste, nas Caldas da Rainha

o Área de jurisdição – concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da

Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche

Unidade Local de Vila Franca de Xira

o Área de jurisdição – concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos,

Azambuja, Loures e Vila Franca de Xira

Centro Local do Península de Setúbal (Almada)

o Área de jurisdição – concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra

Unidade Local do Barreiro

o Área de jurisdição – concelhos de Barreiro, Moita e Montijo

Unidade Local de Setúbal

o Área de jurisdição – concelhos de Alcochete, Palmela e Setúbal

d) A Direcção Regional do Alentejo (Beja), com os seguintes centros e unidades

locais

Centro Local do Alto Alentejo (Portalegre)

o Área de jurisdição – concelhos de Alter do Chão, Arronches, Avis,

Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Marvão,

Monforte, Mora, Nisa, Ponte de Sôr, Portalegre e Sousel

Centro Local do Alentejo Central (Évora)

o Área de jurisdição – concelhos de Alandroal, Alcácer do Sal, Arraiolos,

Borba, Estremoz, Évora, Grândola, Montemor-o-Novo, Mourão,

Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas, Viana do

Alentejo e Vila Viçosa

Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo (Beja)

o Área de jurisdição – concelhos de Aljustrel, Almodovar, Alvito,

Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola,

Moura, Odemira, Ourique, Santiago do Cacém, Serpa, Sines e Vidigueira

e) A Direcção Regional do Algarve (Faro), com os seguintes centros e unidades

locais

Unidade Local de Faro

Page 13: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

12

o Área de jurisdição – concelhos de Albufeira, Alcoutim, Castro Marim,

Faro, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira e Vila Real de Santo

António

Centro Local de Portimão

o Área de jurisdição – concelhos de Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique, Portimão, Silves e Vila do Bispo

A estrutura nuclear da ACT encontra-se prevista nos seguintes diplomas legais:

- Portaria n.º 1294-D/2007, que determina a estrutura nuclear dos serviços da ACT

e as competências das respectivas unidades orgânicas;

- Despacho n.º 29673/2007, que fixa a sede e a área de jurisdição dos serviços

desconcentrados da ACT;

- Despacho n.º 22726-B/2007, que cria as unidades orgânicas flexíveis e define as

respectivas atribuições e competências.

Page 14: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

13

II - Auto-avaliação dos

serviços

Page 15: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

14

1. QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO PARA 2009

(QUAR)

A auto-avaliação do serviço parte dos objectivos estratégicos e operacionais

fixados à organização para o ano 2009.

1.1.Objectivos e indicadores de desempenho

Foram fixados como objectivos estratégicos para o trénio 2008/2010:

OE1 – Melhorar as respostas no âmbito dos processos de certificação de

competências em matéria de segurança e saúde no trabalho, de

homologação de cursos de segurança e saúde no trabalho e de apoio a

projectos de promoção da segurança e saúde no trabalho, entrados em cada

ano.

OE2 – Melhorar a resposta às solicitações de intervenção inspectiva dos

trabalhadores, empregadores, associações sindicais e outras organizações,

no âmbito do trabalho não declarado e irregular, da igualdade e não

discriminação e do trabalho de imigrantes, entrados em cada ano.

OE3 – Intensificar a actividade inspectiva, acompanhando no mínimo 92 000

empresas/estabelecimentos/estaleiros/locais de trabalho, no período

relevante, para efeitos de avaliação.

OE4 – Responder com celeridade aos pedidos de emissão de CAP.

OE5 – Investir no desenvolvimento de competências dos funcionários da

ACT, formando, no mínimo, 50 funcionários na área do direito do trabalho,

50 na área de segurança e saúde no trabalho e 50 na área administrativa,

por ano.

Foram estabelecidos para 2009 os seguintes objectivos operacionais e indicadores

no âmbito do QUAR:

Objectivo 1

Responder com celeridade a um número mínimo de solicitações, no âmbito

das suas competências, na promoção da segurança e saúde no trabalho

Indicador 1 - Responder a 70% das solicitações de certificação profissional

de competências em SST

Indicador 2 - Responder a 70% das solicitações de homologação de cursos

em SST

Page 16: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

15

Objectivo 2

Assegurar uma percentagem mínima de resposta às solicitações de

intervenção inspectiva, no âmbito do trabalho não declarado e irregular, da

igualdade e não discriminação e do trabalho de imigrantes

Indicador 3 – Responder a 70% das solicitações nas matérias identificadas

no Objectivo 2.

Objectivo 3

Aumentar o número de empresas/estabelecimentos/estaleiros/ locais de

trabalho acompanhados/ visitados

Indicador 4 – Acompanhar/visitar no mínimo 31 000 empresas/

estabelecimentos/estaleiros/locais de trabalho.

Objectivo 4

Responder com celeridade aos pedidos de emissão de CAP

Indicador 5 – Responder, em média, num prazo que não exceda os 60 dias.

Objectivo 5

Reduzir o prazo médio de pagamento a fornecedores

Indicador 6 – Prazo médio de pagamentos

Objectivo 6

Desenvolver as competências dos funcionários da ACT, nas áreas do Direito

do Trabalho, da Segurança e Saúde no Trabalho e nas áreas

administrativas e de gestão.

Indicador 7 – Formar 50 funcionários na área do Direito do Trabalho

Indicador 8 – Formar 50 funcionários na área da Segurança e Saúde no

Trabalho

Indicador 9 – Formar 50 funcionários nas áreas administrativa e de gestão

Page 17: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

16

Page 18: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

17

Figura 2 – QUAR 2009

Page 19: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

18

1.2.Resultados atingidos

1.2.1. Auto-avaliação evidenciando os resultados obtidos e os desvios

verificados

No que diz respeito ao Objectivo 1, Indicador 1 - Responder a 70% das

solicitações de certificação profissional de competências de SST

Processos entrados em 2009 Processos instruídos

3133 3132

Quadro 1 – Resultados do Objectivo 1, Indicador 1

Verificou-se, no período em análise, uma duplicação das solicitações de renovação

de CAP (488 em 2008 e 1.094 em 2009).

A taxa de execução do indicador foi de 100%, o qual foi superado.

Quanto ao Objectivo 1, indicador 2 - Responder a 70% das solicitações de

homologação de cursos de SST, a avaliação quantitativa é a seguinte:

Actividade Número de

candidaturas

Número de

processos

concluídos

% Apreciação

objectivo

Homologação 388 331 85 superado

Quadro 2 – Resultados do Objectivo 1, Indicador 2

De 388 candidaturas entradas, foram concluídos 331 processos. A taxa de execução

do indicador foi de 121%, tendo o mesmo sido superado.

A taxa de execução do objectivo foi de 110%.

No que respeita ao Objectivo 2, Indicador 3 – Responder a 70% dos pedidos

de intervenção em matéria de trabalho não declarado e irregular,

igualdade e não discriminação e trabalho de imigrantes, a avaliação é a

seguinte:

Resposta a

solicitações

Total

pedidos

Total

respostas

Cumprimento

70%

Superação

75%

Apreciação

objectivo

Resultados 3488 2699 77% superado

Quadro 3 – Objectivo 2, Indicador 3

Page 20: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

19

A taxa de realização do indicador e do objectivo foi de 110%. O objectivo foi

superado.

Fonte de verificação: Registos efectuados no Sistema de Informação Nacional da

Actividade Inspectiva (SINAI)

No que respeita ao Objectivo 3, Indicador 4 – aumentar o número de

empresas/estabelecimentos/estaleiros/locais de trabalho acompanhados/

visitados) a avaliação quantitativa é a seguinte:

Empresas/estabelecimentos/estaleir

os/ locais de trabalho

Meta anual

31 000

Meta

superada

33 200

Apreciação

objectivo

Resultados alcançados 51 560 superado

Quadro 4 – Objectivo 3, Indicador 4

A taxa de realização do indicador foi de 166%.

Fonte de informação: Registos efectuados no Sistema de Informação Nacional da

Área Inspectiva (SINAI)

A taxa de realização do Objectivo, coincidente com a do indicador, foi de 166%.

No que diz respeito ao Objectivo 4 – Indicador 5 – Responder, em média,

num prazo que não exceda os 60 dias aos pedidos de emissão de CAP, os

prazos médios de resposta foram de 45 dias para os pedidos de emissão de CAP e

de 50 dias para os pedidos de renovação de CAP, com uma média de 47 dias.

Verificou-se no período em análise uma duplicação de solicitações de renovação de

CAP (488 em 2008 e 1094 em 2009).

A taxa de execução do objectivo foi de 127%, o qual foi superado.

Fonte de verificação: documental.

No que respeita ao Objectivo 5 - Indicador 6 – Reduzir o prazo médio de

pagamento a fornecedores, verificou-se que esse prazo médio foi de 28 dias, o

que, tendo por referência o previsto na Resolução do Conselho de Ministros nº

34/2008, de 22 de Fevereiro, representa uma redução de 70%.

No que respeita ao Objectivo 6 – Indicador 7 – Formar 50 funcionários na

área do Direito do Trabalho, foram formados 150 funcionários, com uma taxa de

execução de 300%.

Page 21: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

20

Quanto ao Objectivo 6 – Indicador 8 - Formar 50 funcionários na área da

Segurança e Saúde no Trabalho, foram formados 169 funcionários, com uma taxa

de execução de 338%.

Quanto ao Objectivo 6 – Indicador 9 - Formar 50 funcionários nas áreas

administrativas e da gestão. Foram formados 123 funcionários, com uma taxa de

execução de 228%.

Fonte de verificação: Base de Dados da Formação e acervo documental da Divisão

de Formação e Recursos Humanos e relatórios internos e externos.

A taxa de execução do objectivo foi de 288%, o qual foi superado.

1.2.2. Apreciação, por parte dos utilizadores, da quantidade e qualidade dos

serviços

Não foi efectuada a medição dos níveis de satisfação dos utentes serviços.

1.2.3. Avaliação do sistema de controlo interno

Na área da gestão as operações e procedimentos foram desenvolvidos de modo a

tentar obter ganhos de eficiência e eficácia, além da qualidade do controlo interno,

nomeadamente pela adopção de uma organização de trabalho que garanta pontos

de controlo nas actividades críticas e desenvolver ou adquirir sistemas de

informação que garantam o autocontrole dos procedimentos.

Nesta última vertente, a ACT dispõe de três aplicações informáticas:

- o SRH PLUS

- o SSD - Sistema de Suporte à Decisão

- e o SIADAP

A primeira permite o controlo da assiduidade dos trabalhadores, bem como do

trabalho extraordinário realizado e das ajudas de custo. A segunda aplicação gera

dados pormenorizados e fidedignos de modo a proporcionar análises relacionadas

com a área dos Recursos Humanos e financeiros.

O terceiro sistema consiste numa aplicação para a monitorização dos vários

subsistemas de avaliação de desempenho, permitindo um aproveitamento dos

recursos informacionais existentes e possibilitando a reflexão sobre os resultados

da avaliação de desempenho e a adopção de medidas correctivas, sempre que

necessário.

A ACT adquiriu em 2009 uma plataforma de compras públicas para

desenvolvimento dos procedimentos adjudicatórios.

Foi ainda adquirida uma aplicação informática para gestão dos processos de

emissão de CAP de técnico de higiene e segurança e lançado o procedimento para

aquisição de aplicação para gestão dos processos de autorização de prestadores

externos de serviços de segurança.

Page 22: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

21

Nos serviços centrais da ACT encontra-se implementado um sistema informático de

gestão documental, estando em curso o desenvolvimento de um novo sistema

informático a implementar em todos os serviços da ACT. A ACT é ainda parceira no

projecto de simplificação e processamento electrónico no âmbito do licenciamento

industrial, sob a coordenação do Ministério da Economia.

No que respeita à àrea inspectiva, o controlo da actividade realizada e adopção

dos respectivos procedimentos é efectuado através do SINAI – Sistema de

Informação Nacional da Actividade Inspectiva e da intranet. O primeiro contém

informação sobre empresas e outras entidades sujeitas à intervenção da ACT, o

registo das visitas e procedimentos inspectivos realizados, por acção do Plano, por

matéria, infracção e sector económico, entre outros descritores, assim como de

comunicações obrigatórias e processamento de contra-ordenações. A segunda

contém a informação de gestão necessária ao planeamento e acompanhamento da

actividade pelos Serviços Centrais, a estatística das acções de âmbito nacional,

assim como da actividade desenvolvida em matérias como as autorizações de

alargamento de laboração, pareceres, informações e documentos de apoio técnico

emitidos pela Direcção de Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva.

O SINAI foi actualizado em 2009 com a emissão de relatórios automáticos relativos

a empresas em crise (inclui empresas com salários em atraso, insolvências,

despedimentos colectivos, suspensões ou reduções de actividade).

1.2.4. Audição de dirigentes intermédios e demais trabalhadores na auto-avaliação

dos serviços

Foram consultados e solicitados contributos para a auto-avaliação dos serviços a

dirigentes e trabalhadores dos serviços centrais e de todos os serviços

desconcentrados, através de um inquérito por questionário, com os seguintes

objectivos:

a) identificar o nível de satisfação dos funcionários da Autoridade para as

Condições do Trabalho (ACT) relativamente ao grau de realização dos

objectivos fixados, no ano de 2009, no âmbito da avaliação do desempenho

profissional;

b) descrever os factores relacionados com as condições de trabalho que os

inquiridos consideram como condicionantes positivas ou negativas da

realização dos objectivos de desempenho.

c) descrever o nível de satisfação organizacional, obtido através de uma

medida específica relativa às condições do posto de trabalho.

O objectivo do inquérito consistiu na observação, por meio de perguntas indirectas,

da população constituída pelos funcionários da ACT colocados nos diversos serviços

(centrais e desconcentrados) da organização, a fim de se obterem respostas

susceptíveis de serem tratadas mediante uma análise quantitativa e qualitativa.

A obtenção dos dados foi realizada, indirectamente, através da aplicação de um

inquérito por questionário, aplicado por auto-administração a uma amostra

aleatória simples de 443 trabalhadores, relativamente à qual foi garantida a

aleatoriedade do processo de constituição.

Para além da descrição quantitativa das medidas específicas relativas ao grau de

realização de objectivos de desempenho e ao nível da satisfação em situação de

trabalho, procedeu-se a uma descrição dos dados obtidos por análise de conteúdo

efectuada às respostas constantes dos inquéritos preenchidos.

Page 23: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

22

Os conteúdos das respostas foram analisados por referência a factores relacionados

com condições de contexto e conteúdo de trabalho, em categorias de conteúdo

funcional, organização do trabalho e ambiente físico dos locais de trabalho.

Para a apresentação dos resultados relativos à descrição dos níveis de satisfação e

do grau de realização dos objectivos, utilizam-se, como variáveis independentes, as

carreiras profissionais que enquadram os funcionários da ACT, nomeadamente, as

carreiras de inspector, técnico superior, assistente técnico e assistente operacional.

1.2.4.1. Descrição de níveis de satisfação

Para efeitos de descrição do nível de satisfação em situação de trabalho, obtido

através de uma medida específica relativa às condições do posto de trabalho,

procedeu-se a uma recodificação da escala inicial, sendo os dois primeiros pontos

da escala agrupados na categoria “satisfação baixa” e os dois últimos na categoria

“satisfação elevada”.

O ponto intermédio foi recodificado como nível de “satisfação moderada”,

procedendo-se à apresentação dos resultados segundo a carreira profissional dos

funcionários.

Figura 3

Considerando as condições do posto de trabalho, segundo as funções exercidas,

constata-se que 31% dos inspectores inquiridos expressam uma satisfação baixa,

39% uma satisfação moderada e 30% uma satisfação elevada.

Figura 4

Verifica-se que 22% dos técnicos superiores inquiridos manifestam uma satisfação

baixa quanto às condições do seu posto de trabalho, 45% uma satisfação moderada

e 33% uma satisfação elevada.

0

20

40

60

Satisfação baixa Satisfação moderada

Satisfação elevada

Satisfação dos inspectores com condições do posto de trabalho (%)

01020304050

Satisfação baixa Satisfação moderada

Satisfação elevada

Satisfação dos técnicos superiores com condições do posto de trabalho (%)

Page 24: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

23

Figura 5

30 % dos assistentes técnicos expressam uma satisfação baixa relativamente às

condições do seu posto de trabalho, 53% uma satisfação moderada e 17% uma

satisfação elevada.

Figura 6

Segundo as funções exercidas, constata-se que 17% dos assistentes operacionais

expressam uma satisfação baixa relativamente às condições do seu posto de

trabalho, 66% uma satisfação moderada e 17% uma satisfação elevada.

Figura 7

0

10

20

30

40

50

60

Satisfação baixa Satisfação moderada

Satisfação elevada

Satisfação dos assistentes técnicos com condições do posto de trabalho (%)

0

20

40

60

80

Satisfação baixa Satisfação moderada

Satisfação elevada

Satisfação dos assistentes operacionais com condições do posto de trabalho (%)

0

10

20

30

40

50

Satisfação baixa Satisfação moderada Satisfação elevada

Satisfação dos funcionários da ACT com condições do posto de trabalho (%)

Page 25: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

24

Procedendo à descrição da medida de satisfação dos funcionários da ACT com as

condições do posto de trabalho, constata-se que 23% dos inquiridos expressam

uma satisfação baixa, 46 % manifestam uma satisfação moderada e 31% uma

satisfação elevada.

1.2.4.2. Descrição do grau de realização dos objectivos fixados

Procedeu-se à observação do grau de realização percebido pelos funcionários da

ACT, segundo a carreira profissional, relativamente aos objectivos de desempenho

fixados para o ano de 2009.

Figura 8

Verifica-se que a maioria (55%) dos inspectores do trabalho inquiridos considera

ter superado os objectivos fixados. 36% dos inspectores expressa que atingiu os

objectivos e 9% entende que não realizou os objectivos que foram estabelecidos.

Figura 9

Relativamente ao grau de realização percebido pelos técnicos superiores, verifica-se

que a maioria (61%) dos funcionários da ACT enquadrados nesta carreira considera

ter superado os objectivos que foram estabelecidos para o ano de 2009. 37% dos

técnicos superiores expressa que atingiu os objectivos; 2% entende não ter

atingido os objectivos fixados.

0

10

20

30

40

50

60

Não cumprimento Cumprimento Superação

Grau de realização dos objectivos dos inspectores (%)

0

10

20

30

40

50

60

70

Não cumprimento Cumprimento Superação

Grau de realização dos objectivos dos técnicos superiores (%)

Page 26: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

25

Figura 10

A maioria (51%) dos assistentes técnicos considera ter atingido os objectivos

fixados. 48% dos assistentes técnicos entende que superou os objectivos, em

2009, e 1% dos inquiridos expressa que não deu cumprimento aos objectivos

anuais que foram estabelecidos.

Figura 11

50% dos assistentes operacionais entende ter atingido os objectivos que foram

estabelecidos no ano de 2009 enquanto 50% considera ter superado tais

objectivos.

1.2.4.3. Condições de conteúdo e contexto de trabalho

Os conteúdos das respostas foram analisados por referência a factores relacionados

com condições de contexto e conteúdo de trabalho, em categorias de conteúdo

funcional, organização do trabalho e ambiente físico dos locais de trabalho.

Especificamente, foram consideradas as respostas incluídas em factores percebidos

como positivos na realização dos objectivos de desempenho, nomeadamente, a

auto motivação e o empenho pessoal, as relações de trabalho satisfatórias, as

oportunidades de formação profissional, o conteúdo funcional e as boas condições

de trabalho (no domínio dos equipamentos, das instalações e do ambiente físico).

Foram considerados os factores percebidos como negativos no cumprimento

daqueles objectivos, nomeadamente, a fixação tardia ou a falta de definição dos

objectivos de desempenho, os problemas com a eficiência, disponibilidade e

adequação dos meios informáticos, sobretudo em termos de largura de banda em

alguns serviços desconcentrados, a formação profissional insuficiente, a informação

insuficiente, as más condições de trabalho (no domínio dos equipamentos, das

0

10

20

30

40

50

60

Não cumprimento Cumprimento Superação

Grau de realização dos objectivos dos assistentes técnicos (%)

0

10

20

30

40

50

60

Não cumprimento Cumprimento Superação

Grau de realização dos objectivos dos assistentes operacionais (%)

Page 27: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

26

instalações e do ambiente físico), a sobrecarga quantitativa de trabalho e a

ambiguidade da função (na dimensão de indefinição de responsabilidades e

procedimentos de trabalho).

Na dimensão de ambiente físico e equipamentos de trabalho, verifica-se que um

número elevado (238) de inquiridos refere, como factor que condicionou

negativamente o cumprimento dos objectivos de desempenho, os problemas com a

fiabilidade, a disponibilidade e a adequação dos meios informáticos. São

frequentemente referidas necessidades de melhoria do hardware utilizado e a

inadequação do acesso às redes de Internet e Intranet. São referidas, igualmente,

ineficiências ao nível da utilização da funcionalidade de registo de dados da

aplicação SINAI.

Nesta dimensão, são ainda referidas (161) condições de trabalho percebidas como

insatisfatórias, em aspectos relativos a equipamentos de trabalho, instalações dos

postos de trabalho e ambiente físico.

A sobrecarga de trabalho verifica-se quando as tarefas a realizar pelos

trabalhadores ultrapassam a capacidade (percebida) de responder adequadamente

às exigências. Existe sobrecarga quantitativa quando os funcionários têm um

volume de trabalho excessivo ou demasiadas tarefas para efectuar num período

fixo de tempo, carecendo a pessoa, em regra, de permanecer activa

continuamente, com constrangimentos de tempo limitado.

Nesta dimensão, verifica-se que um número elevado de inquiridos (148) considera

que tem um volume de trabalho excessivo ou demasiadas tarefas para executar.

São indicadas situações em que os indivíduos, para evitar a sobrecarga, aumentam

a duração do tempo de trabalho. Releva-se que o excesso de trabalho, na sua

dimensão quantitativa, é susceptível de provocar respostas de stresse,

nomeadamente, nas situações referidas de aumento excessivo da duração do

tempo de trabalho.

Na dimensão de oportunidades de desenvolvimento, ou seja, relativamente às

expectativas que os trabalhadores da ACT esperam realizar no decurso da carreira

profissional, quanto ao aspecto de aprendizagem e formação, as pessoas (53)

relevam a necessidade de a instituição continuar a desenvolver o incremento da

formação contínua e consideram a formação insuficiente para o desenvolvimento

das competências necessárias ao desempenho da profissão.

Outro aspecto gerador de níveis baixos de satisfação nas organizações consiste na

ambiguidade de papel, ou seja, na falta de definição acerca das exigências do

trabalho e acerca dos objectivos inerentes à função. A ambiguidade pode induzir

incerteza relativamente às funções a cumprir. Uma situação de ambiguidade

prolongada é susceptível de constituir uma ameaça para os mecanismos de

adaptação dos trabalhadores.

Nesta dimensão, alguns inquiridos (43) consideram tardia a fixação dos objectivos

de desempenho no ano de 2009 ou expressam uma situação percebida de definição

insuficiente daqueles objectivos.

A comunicação descendente, seguindo as posições hierárquicas, apresenta um

carácter explicativo, sendo utilizada para difundir a política da instituição, informar

sobre resultados e transmitir informações de carácter normativo ou técnico. Um

número baixo de inquiridos (23) considera insuficiente o nível de informação

descendente. Os tipos de comunicação descendente em relação aos quais os

trabalhadores da ACT principalmente identificam a necessidade de melhoria

reportam-se, de uma forma genérica, a instruções ou orientações relativas ao

Page 28: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

27

exercício da sua actividade e informação sobre procedimentos operacionais de

trabalho.

Um número elevado de inquiridos (243) refere um nível alto de auto-motivação em

situação de trabalho como factor de contribuição para o cumprimento dos

objectivos fixados de desempenho profissional.

Relações interpessoais satisfatórias em contexto organizacional desempenham uma

função de amortecimento relativamente a efeitos negativos eventualmente

produzidos nesse contexto sobre o bem-estar das pessoas no trabalho.

Contrariamente, a má comunicação entre indivíduos de uma organização, a nível de

colegas ou superiores, a falta de coesão grupal ou o clima desfavorável da equipa

de trabalho podem diminuir a motivação e o grau de satisfação dos trabalhadores.

Nesta dimensão, constata-se que é referida pelos inquiridos (113) uma situação

percebida de relações pessoais satisfatórias ou bom ambiente de trabalho.

Relativamente às condições do posto de trabalho, verifica-se que 73 dos

trabalhadores inquiridos expressam satisfação relativamente àquelas condições,

nomeadamente, no que se refere aos equipamentos de trabalho, às instalações e

ao ambiente físico.

Finalmente, 33 funcionários expressam satisfação relativamente ao potencial

motivador da função, nomeadamente em dimensões de variedade de tarefas (que,

permitindo aos indivíduos o desempenho de operações diversas, solicitam o recurso

a aptidões igualmente diversas), de identidade da tarefa (que possibilita ao

indivíduo a realização de uma fase completa do trabalho e, consequentemente,

uma percepção de responsabilidade) e de significado da tarefa (definido como a

percepção que o indivíduo tem do seu trabalho sobre as restantes pessoas).

De um modo geral, as funções caracterizadas pela variedade são percebidas pelos

sujeitos como desafiadoras e permitem o desenvolvimento de um sentido de

competência. Estando presentes nas funções inerentes à profissão, estas

características propiciam um aumento da satisfação e da qualidade de vida no

trabalho.

1.2.4.4. Conclusões

Constata-se que a maioria dos funcionários da ACT inquiridos expressam uma

satisfação moderada (46%) ou elevada (31%) relativamente às condições do seu

posto de trabalho. Verifica-se, nas quatro carreiras profissionais que enquadram os

funcionários da instituição, uma acentuada percepção do cumprimento ou da

superação dos objectivos de desempenho fixados.

Verifica-se uma acentuada percepção de deficiências ao nível da fiabilidade, da

disponibilidade ou da adequação dos meios informáticos; relevam-se as situações

percebidas de sobrecarga quantitativa de trabalho.

Evidencia-se uma acentuada percepção de auto-motivação pessoal como factor de

contribuição para o cumprimento dos objectivos fixados; finalmente, relevam-se as

situações percebidas de relações inter-pessoais satisfatórias.

1.2.4.5.Desenvolvimento de medidas para reforço positivo de desempenho

Foi desenvolvida a rede de intranet com especial relevo para a área inspectiva,

visando implementar a melhoria do sistema de informação ascendente e

descendente através da disponibilização em tempo útil de toda a informação

Page 29: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

28

relativa às acções de âmbito nacional realizadas. Disponibiliza-se também,

informação técnica relevante para o exercício da acção inspectiva e recolha de

informação estatística para avaliação dos resultados. Foi ainda adquirida uma

aplicação informática para a gestão dos processos de autorização de empresas,

estando projectada a aquisição de uma aplicação para a gestão da regulação da

formação em SST.

NA área inspectiva foram desenvolvidos planos de melhoria nos programas de

acção inspectiva a implementar em 2009, nos seguintes termos:

Programa 1 - Campanha de avaliação de riscos e desenvolvimento da

prevenção em micro e pequenas empresas

Meta em 2008: 50 eventos de sensibilização (esta meta foi redefinida face ao

atraso verificado na Campanha Europeia de Avaliação de Riscos nas Pequenas e

Médias Empresas, no âmbito do Comité de Altos Responsáveis das Inspecções do

Trabalho, a qual contrariamente ao inicialmente previsto, terá início no último

trimestre de 2009 e terminará no final do ano de 2010).

Meta em 2009: 50 eventos de sensibilização e acção de controlo inspectivo em

1200 estabelecimentos.

Aumento acção inspectiva: controlo inspectivo em 1200 estabelecimentos.

Programa 2 - Promoção da segurança e saúde nos locais de trabalho

Meta em 2008: 5000 estabelecimentos.

Resultados alcançados em 2008: 6427 estabelecimentos.

Meta em 2009: 5000 estabelecimentos.

Mantém-se a meta relativa ao número de estabelecimentos (aumento de 10% na

eficácia de regulação, conforme indicadores a definir).

Programa 3 - Serviços e actividades de segurança e saúde no trabalho

Meta em 2008:2000 empresas+ 20% de empresas auditadas.

Resultados alcançados em 2008: 3126 empresas.

Meta em 2009: 2000 empresas+ 20% de empresas auditadas.

Mantém-se a meta.

Programa 4 - Segurança e saúde nos estaleiros temporários ou móveis

Meta em 2008:4500 estaleiros.

Resultados alcançados em 2008:5289 estaleiros.

Meta em 2009:5000 estaleiros.

Aumento acção inspectiva: + 500 estaleiros (aumento de 11.1%).

(aumento da eficácia face a situações de risco em 15% conforme indicadores a

definir).

Programa 5 – Promoção das actividades de segurança e saúde na

administração pública

Meta em 2008: 30 serviços.

Resultados alcançados em 2008: 108 serviços.

Meta em 2009: 60 serviços.

Aumento da acção inspectiva: + 30 serviços (aumento de 100%).

Programa 6 Trabalho não declarado ou irregular

Meta em 2008: 12000 estabelecimentos.

Resultados alcançados em 2008: 17233 estabelecimentos.

Meta em 2009: 12000 estabelecimentos.

Mantém-se a meta do número de estabelecimentos a visitar

Page 30: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

29

(aumento de 15% na capacidade de regulação, conforme indicadores a definir).

Programa 7 - Prevenção e controlo da discriminação e condições de

trabalho e emprego de grupos vulneráveis de trabalhadores

Meta em 2008: 2000 estabelecimentos.

Resultados alcançados em 2008: 3543 estabelecimentos.

Meta em 2009: 2500 estabelecimentos.

Aumento acção inspectiva: + 500 estabelecimentos (aumento de 25%).

Programa 8 - Organização e controlo do tempo de trabalho

Meta em 2008:1500 estabelecimentos / 2000 empresas e 55 000 dias de condução.

Resultados alcançados em 2008: 4819 estabelecimentos e 2949 empresas.

Meta em 2009: 1500 estabelecimentos / 2000 empresas e 55 000 dias de

condução.

Mantém-se a meta.

Programa 9 - Representação colectiva e diálogo social

Meta em 2008: 800 empresas.

Resultados alcançados em 2008: 1127 empresas.

Meta em 2009: 800 empresas.

Mantém-se a meta.

Programa 10 - Resposta a solicitações no exercício da acção inspectiva

Meta em 2008: Não foi definida meta por que o valor depende da quantidade de

solicitações dirigidas à ACT, porquanto não são quantificáveis.

Resultados alcançados em 2008: 10 345 intervenções.

Meta em 2009: aumento de 5% na eficiência e eficácia.

Em 2009, as grandes acções de âmbito nacional ou inter-regional, em número de

41, contaram com o planeamento e avaliação da Direcção de Serviços de Apoio à

Actividade Inspectiva, a qual elaborou intrumentos de gestão para cada acção,

incluíndo directrizes, mapas estatísticos, listas de verificação e outros intrumentos

de apoio.

No que respeita à promoção da segurança e saúde no trabalho, foram fixados no

âmbito da gestão da DSPSST objectivos, no sentido de, num horizonte de três

anos, ser atingido um nível de melhoria do serviço público prestado.

Realizou-se a consolidação efectiva do serviço, associada à melhoria da capacidade

de resposta aos utentes com maior qualidade e em períodos temporais mais

reduzidos, com a introdução de uma aplicação informática para gestão do processo

de certificação profissional. Iniciaram-se as diligências necessárias à introdução de

um sistema de informação automática relativa aos processos de certificação

profissional (via SMS, internet ou mail), que permitirá melhorar a comunicação

entre os utentes e a organização.

Encontram-se em fase de reestruturação os diferentes processos, nomeadamente

através de uma nova lógica associada à numeração e codificação inseridas num

ciclo anual.

1.2.5. Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano

nacional e internacional, que possam constituir padrão de comparação

Não se identificaram serviços comparáveis. A ACT é uma organização que integra

complementarmente duas áreas principais de acção: a promoção das políticas de

segurança e saúde no trabalho e a inspecção das condições de trabalho. Esta

Page 31: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

30

realidade não é comparável com a de outras entidades no domínio da União

Europeia, pelo menos no que é possível à ACT conhecer.

1.2.6. Afectação real e prevista dos recursos humanos, materiais e

financeiros

1.2.6.1. Quanto aos recursos humanos

O pessoal em efectividade de funções, por unidade orgânica, era, em 31/12/2009,

o seguinte:

Quadro 5 – Recursos Humanos a) Neste total estão incluídos 52 juristas em regime de prestação de serviços

Dirigentes

Superiores

Dirigentes

Intermédios

Técnico

Superior

Assistente

Técnico

Assistente

OperacionalInformático Docente

Técnico

InspecçãoTotal

UL Braga 1 7 6 5 13 32

CL Ave 1 2 6 3 12 24

CL Nordeste Transmont. 1 5 2 9 17

CL Grande Porto 1 14 20 3 28 66

UL Penafiel 1 3 4 12 20

CL Entre Douro Vouga 1 1 4 11 17

CL Alto Minho 1 1 8 10 20

CL Douro 1 1 7 8 17

UA CL Douro 2 5 7

Dir. Reg. Norte 1 8 3 1 1 14

Total 1 8 37 65 14 0 0 109 234

UL Viseu 1 4 9 14 28

CL Baixo Vouga 1 6 8 1 15 31

CL Beira Interior 1 1 5 1 8 16

UL Covilhã 6 10 16

CL Mondego 1 7 4 5 8 25

UA CL Mondego 2 1 10 13

CL Beira Alta 1 7 2 10 20

CL Lis 1 3 8 3 15 30

Dir. Reg. Centro 1 8 9

Total 1 6 29 49 13 0 0 90 188

UL Setúbal 1 6 9 12 28

CL Lezíria Médio Tejo 1 9 2 13 25

UA CL Lezíria Médio Tejo 5 1 1 9 16

CL Lisboa Oriental 12 23 4 31 70

CL Lisboa Ocidental 1 9 10

CL Oeste 1 6 1 9 17

UA CL Oeste 2 3 1 10 16

UL V.F. Xira 1 4 2 16 23

CL Península Setúbal 1 12 2 9 24

UL Barreiro 1 1 10 2 12 26

Dir. Reg. Lisboa Vale Tejo 1 6 3 10

Total 1 7 27 81 14 2 0 133 265

UL Litoral Baixo Alentejo 1 3 7 1 14 26

CL Alentejo Central 1 7 2 9 19

CL Alto Alentejo 1 4 1 8 14

Dir. Reg. Alentejo 1 1 2 4

Total 1 3 4 18 4 0 2 31 63

UL Faro 3 9 4 15 31

CL Portimão 1 1 4 1 11 18

Dir. Reg. Algarve 1 1 2

Total 1 1 5 13 5 0 0 26 51

DSAG 2 10 30 6 6 1 55

DSAAI 3 1 1 9 14

DSPSST 3 21 7 31

DAAJ 2 2 2 6

DID 1 6 3 10

DRI 1 1 1 1 4

Direcção 4 2 1 7

Total 4 10 41 46 7 6 0 13 127

TOTAL EFECTIVOS 9 35 143 272 57 8 2 402 928

Serviços Centrais

Direcção Regional do Norte

Direcção Regional do Centro

Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo

Direcção Regional do Alentejo

Direcção Regional do Algarve

Page 32: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

31

Para responder aos novos desafios decorrentes das alterações legislativas nas áreas

de missão e nas áreas administrativa e de gestão, a ACT investiu na formação e

qualificação dos seus trabalhadores, com especial enfoque nas áreas do Direito do

Trabalho, da Segurança e Saúde no Trabalho e nas áreas da Administrativa e da

Gestão.

Com a entrada em vigor da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que regulamenta

os regimes de Vínculos, Carreiras e Remunerações, deu-se início à implementação

de novas medidas e procedimentos na gestão de recursos humanos,

nomeadamente com a fixação de prémios de desempenho e as alterações de

posicionamento remuneratório, de acordo com as finalidades prioritárias para a

gestão dos recursos financeiros inscritos nas rubricas de pessoal.

Por outro lado, a preparação do orçamento para 2009, no que respeita a despesas

com pessoal, teve na sua génese um planeamento dos recursos humanos,

preparado a partir do levantamento das necessidades das unidades orgânicas e as

verbas atribuídas/previstas.

A insuficiente dotação nas classificações económicas respeitantes ao recrutamento

de pessoal para novos postos de trabalho face às reais necessidades do organismo,

em especial de inspectores e técnicos superiores, e considerando o acervo das

actividades e procedimentos que a ACT tem de desenvolver para a prossecução das

competências e atribuições que lhe estão cometidas, determinaram, já no decurso

do corrente ano, uma alteração ao respectivo Mapa de Pessoal, consubstanciada no

aumento de 50 postos de trabalho para a área inspectiva, 25 postos de trabalho

para a área da promoção da segurança e saúde no trabalho e 20 postos de trabalho

para o apoio à área da promoção da segurança e saúde no trabalho.

Em 2009 processaram-se 110 saídas, conforme referido em 2.8.1. do Balanço

Social em anexo.

1.2.6.2. Quanto aos recursos materiais

A ACT dispõe de instalações em 60 edifícios, a nível nacional, para o funcionamento

dos seus serviços centrais e desconcentrados, depósito de arquivos regionais e

centrais, e armazenagem de equipamentos e materiais, das quais 46 em regime de

arrendamento e 14 propriedade do Estado.

Para o exercício das suas atribuições e competências, a nível nacional, a ACT tinha

ao seu serviço, no ano de 2008, 161 viaturas. O estado de degradação do parque

automóvel, face à sua antiguidade e quilometragem, determinou uma programação

Page 33: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

32

faseada de substituição dos veículos existentes, tendo constrangimentos diversos

impedido em 2009 a aquisição de acordo com a programação.

1.2.6.3. Quanto aos recursos financeiros

Nos quadros abaixo, identificam-se os recursos financeiros da ACT em 2007.

Orçamento de Funcionamento/Receita com Transição de Saldos

Código Grupo Económico das Despesas Orçamento Corrigido de

2009

Execução orçamental em 2009

01.00.00 Despesas com Pessoal 30.449.747 25.725.385

02.00.00 Aquisição de Bens e Serviços 11.681.285 7.579.980

04.00.00 Transferências Correntes 3.101.568 1.451.105

06.00.00 Outras Despesas Correntes 7.500 4.616

07.00.00 Aquisição de Bens de Capital 1.787.500 1.154.097

08.00.00 Transferências de Capital 48.216 45.982

Total 47.075.816 35.961.165

PIDDAC 508.750 474.370

Quadro 6 – Orçamento da ACT para 2009

Orçamento para o ano de 2009 por actividades

Actividade Designação Valor

2.10 Saúde Higiene Segurança e Direito do Trabalho 28.731.942

2.46 Receitas Coactivas (C.O) Laborais 12.144.505

2.54 Controle e Acompanhamento (Inspectiva) 7.902.272

2.55 Informação Documentação Conhecimento e Gestão de

Tecnologias de Informação e da Comunicação

1.228.705

2.58 Gestão Administrativa 2.066.540

Total 52.073.964

Quadro 7 – Orçamento da ACT para 2009 (distribuído por actividades)

Page 34: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

33

1.2.6.4. Avaliação final

Tendo superado a maioria dos seus objectivos e atingido todos, a avaliação final de

desempenho da Autoridade para as Condições do Trabalho deve corresponder a

Desempenho Bom.

Page 35: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

34

III - ÁREA INSPECTIVA

Page 36: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

35

1 - INTRODUÇÃO

A elaboração do presente relatório resulta de uma obrigação internacional assumida

por Portugal que, através, respectivamente, do Decreto Lei n.º 44.148 de 6 de

Janeiro de 1962 e do Decreto n.º 91/81 de 17 de Julho, ratificou a Convenção n.º

81 sobre a Inspecção do Trabalho na Indústria e Comércio e a Convenção n.º 129

sobre a Inspecção do Trabalho na Agricultura, adoptadas pela Conferência da

Organização Internacional do Trabalho (adiante designada OIT) nas sessões de 11

de Julho de 1947 e de 25 de Junho de 1969.

De acordo com os artigos 20º e 21º da Convenção n.º 81 e os artigos 26º e

27º da Convenção n.º 129, ambas da OIT, a autoridade central de

inspecção do trabalho publica um relatório anual de carácter geral sobre os

trabalhos dos serviços de inspecção colocados na sua dependência e desse

relatório é enviada uma cópia ao director-geral do Bureau Internacional do

Trabalho. Este relatório deve conter os seguintes assuntos na medida em que

dependam do controlo dessa autoridade central:

a) Leis e regulamentos cujo controlo de aplicação depende da

competência da inspecção de trabalho, publicados no ano em

causa;

b) Quadro de efectivos da inspecção do trabalho;

c) Estatísticas dos estabelecimentos sujeitos ao controlo inspectivo e

número de trabalhadores empregados nesses estabelecimentos;

d) Estatísticas das visitas de inspecção;

e) Estatísticas das infracções cometidas e das sanções impostas;

f) Estatísticas dos acidentes de trabalho;

g) Estatísticas das doenças profissionais;

h) Quaisquer outros assuntos relacionados com estas matérias, desde

que estejam sob a fiscalização e sejam da competência dessa

autoridade central.

Nos termos do disposto no art.º 5º/2-a) do Decreto-lei nº 326-B/2007, de 28 de

Setembro, o relatório anual de actividades da ACT é elaborado sob a

responsabilidade do Inspector-Geral do Trabalho. Ao relatório de actividade

inspectiva são aplicáveis princípios específicos, não sendo o mesmo sujeito a

parecer do Conselho Consultivo para a Promoção da Segurança e Saúde no

Trabalho, conforme nº 3 do artigo 7º da Lei Orgânica (diploma supra mencionado).

A parte do relatório a que se refere a actividade inspectiva respeita à acção

desenvolvida pela área inspectiva da Autoridade para as Condições do Trabalho, no

exercício das suas competências de promoção e controlo do cumprimento das

disposições legais, regulamentares e convencionais respeitantes às condições de

trabalho (cfr. o art.º 3º da Convenção n.º 81 da OIT e o art.º 3º do Decreto

Lei n.º 326-B, de 28 de Setembro). A acção inspectiva da ACT tem por âmbito

o território nacional continental e incide em empresas de todos os sectores de

actividade, seja qual for o regime aplicável aos respectivos trabalhadores, bem

como em quaisquer locais em que se verifica a prestação de trabalho ou em relação

aos quais haja indícios fundamentados dessa prestação. Nos serviços e organismos

da administração pública central, directa e indirecta, e local, incluindo os institutos

públicos nas modalidades de serviços personalizados ou de fundos públicos, a acção

da ACT respeita apenas ao controlo do cumprimento da legislação relativa à

segurança e saúde do trabalho.

Page 37: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

36

A estrutura do relatório da área inspectiva compreende seis partes que a seguir se

referenciam.

O Capítulo 1 pretende reflectir os principais recursos disponíveis para o exercício da

acção inspectiva, tanto do ponto de vista do dispositivo orgânico, como dos

recursos humanos. Num segundo momento, procura dar-se uma caracterização

breve do universo de intervenção da ACT, quanto à estrutura empresarial, ao

emprego e ao comportamento do mercado de emprego, bem como apresentar

alguns indicadores respeitantes à sinistralidade laboral. Neste capítulo inclui-se uma

lista dos diplomas legais publicados no ano em causa que importam às

competências de controlo e de informação da ACT.

O Capítulo 2 identifica os principais indicadores de suporte da actividade inspectiva

com base nos quais se traça uma panorâmica geral da estatística da actividade da

área inspectiva da ACT no ano de 2009 nos domínios nucleares da sua acção: as

relações de trabalho e a segurança e saúde do trabalho.

O Capítulo 3 evidencia a acção inspectiva desenvolvida em cumprimento do plano

plurianual de actividades 2008-2010 concretizada em dez programas e respectivas

acções, dos quais nove são de iniciativa e um programa relacionado com a

resposta inspectiva a solicitações externas às quais a ACT está atenta através de

uma análise contínua. Os programas resultam de três eixos estratégicos: a

promoção da segurança e saúde no trabalho; a promoção do trabalho digno,

considerando-se neste eixo como área prioritária o combate ao trabalho não

declarado ou irregular, a igualdade e a prevenção da discriminação, a organização

dos tempos de trabalho e descanso, a conciliação da vida familiar e profissional, as

condições de representação colectiva e o planeamento da acção induzida.

O Capítulo 4 contempla a acção dominantemente pró-activa da ACT tendo em vista

assegurar o seu contributo na redução dos acidentes de trabalho, particularmente

nos sectores de actividade de maior risco.

O Capítulo 5 apresenta um conjunto de indicadores respeitantes ao processamento

das contra-ordenações laborais que ocorrem na sequência da acção inspectiva

propriamente dita.

O Capítulo 6 trata da actividade técnico-administrativa que incumbe à ACT

desenvolver no âmbito da recepção e tratamento de informação de que é

destinatária, bem como da prática de actos administrativos para os quais a

legislação laboral lhe atribuiu competência, relacionada com a área inspectiva da

organização.

O Capítulo 7 identifica as principais actividades desenvolvidas pela Direcção de

Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva.

2. DADOS GERAIS DA ÁREA INSPECTIVA DA ACT

Neste capítulo apresentam-se alguns dados gerais relativos à área inspectiva. Nos

quadros infra verifica-se que o número de inspectores do trabalho ao serviço em 31

de Dezembro de 2010 era de 253, dos quais 240 nos serviços desconcentrados e

13 nos serviços centrais (dos quais a Direcção de Serviços de Apoio à Actividade

Inspectiva, a Divisão de Relações Internacionais e a Divisão de Auditoria e Assuntos

Jurídicos).

Page 38: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

37

2.1. Planeamento da Acção Inspectiva

O Plano de Actividades da área inspectiva da ACT para 2008-2010 foi elaborado

como um instrumento de planeamento a médio prazo, que assume como visão a

consolidação de um sistema de inspecção do trabalho com ênfase nos resultados e

na efectivação de condições de trabalho seguras, dignas e sustentáveis.

Nesta perspectiva, privilegiam-se dinâmicas de articulação entre a eficácia, a

eficiência e a qualidade da acção inspectiva, com criação de valor acrescentado nos

meios de intervenção, enquanto reveladoras de adequada regulação da vida

económica e social associada ao trabalho, de acordo com a missão da organização

e tendo em consideração os referenciais de enquadramento da Organização

Internacional do Trabalho e das políticas públicas europeias e nacionais.

Identificam-se como vectores estratégicos da actividade inspectiva da ACT a

promoção da segurança e saúde no trabalho, no sector privado e no sector público,

o desenvolvimento de dinâmicas de redução do trabalho não declarado nas suas

várias formas, o trabalho digno como referencial mínimo para todos os

trabalhadores, com reconhecimento das garantias de igualdade e não discriminação

e a dinamização do diálogo social e da responsabilidade social das organizações

como factores de desenvolvimento.

São domínios de intervenção principais da actividade inspectiva da ACT as matérias

de cuja acção possa resultar uma efectiva mais valia reguladora, preferencialmente

com efeito multiplicador, ao nível:

i) da redução dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais;

ii) da eliminação do trabalho não declarado e irregular;

iii) das garantias fundamentais associadas ao trabalho digno, com especial

relevo para a protecção do salário, da igualdade e não discriminação no

trabalho e no emprego e das condições de informação, consulta e diálogo

social.

São domínios de intervenção acessórios:

i) as autorizações administrativas relativas às condições de trabalho e os

deveres de mera formalidade documental, sem relação com os conteúdos do

domínio da acção principal;

ii) a acção de resposta a solicitações não enquadráveis nos eixos

estratégicos para o período 2008-2010.

A actividade inspectiva da ACT deve ainda desenvolver-se de acordo com

referenciais de enquadramento nos planos internacional e nacional, a partir dos

quais se identificam prioridades e se definem as formas de acção.

2.2. Referenciais internacionais da acção inspectiva

As Convenções da Organização Internacional do Trabalho n.os 81 (Inspecção

do Trabalho na Indústria e no Comércio), 129 (Inspecção do Trabalho na

Agricultura) e 155 (Segurança, Saúde dos Trabalhadores e Ambiente de Trabalho).

Com base nestes normativos e na doutrina desenvolvida pela OIT é possível

identificar os seguintes critérios de eficácia e eficiência da actividade inspectiva da

Page 39: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

38

ACT, a partir dos quais devem ser equacionadas as prioridades de intervenção e a

gestão dos meios disponíveis:

i) A relevância dos valores sociais a promover;

ii) A natureza e gravidade das situações;

iii) O possível efeito multiplicador gerado pela intervenção.

2. O trabalho digno, conceito que tem sido desenvolvido pela Organização

Internacional do Trabalho desde a 87ª Conferência Internacional do Trabalho

(1999) e que incorpora quatro objectivos estratégicos fundamentais:

i) a concretização dos princípios e direitos fundamentais do trabalho;

ii) a criação de oportunidades para homens e mulheres no acesso ao

emprego e a igualdade nas condições de remuneração;

iii) a garantia de universalidade de cobertura da protecção social;

iv) o reforço do tripartismo e do diálogo social.

3. A Directiva-Quadro 89/391/CE, que introduziu no sistema normativo

comunitário um conjunto de princípios de gestão da prevenção, conhecidos como

princípios gerais, transpostos inicialmente pelo Decreto-lei n.º 441/91, de 14 de

Novembro e entretanto transpostos pela Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, que

estabelece o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho.

A abordagem da Directiva-Quadro caracteriza-se por:

i) prever a avaliação e planeamento como fase ou operação

fundamental da

prevenção;

ii) inovar, ao prever que a prevenção deve ter em conta o estado da

técnica, quer na identificação dos riscos, quer na implementação da

segurança;

iii) incidir sobre o processo produtivo junto de todas as fontes de

produção do risco;

iv) prever a participação dos trabalhadores e seus representantes;

v) atender a todos os factores de risco e à interacção dos riscos entre

si;

vi) prever a intervenção preferencial na fase de concepção e na

organização

do trabalho;

vii) prever a prevenção direccionada a todos os componentes

materiais do trabalho.

4. A Estratégia Comunitária para a Segurança e Saúde no Trabalho,

adoptada em 21 de Fevereiro de 2007 pela Comissão Europeia, que tem por

objectivo a redução da taxa de incidência de acidentes de trabalho em 25% por 100

000 trabalhadores até 2012 em toda a Europa e que constitui um claro referencial

de acção para a ACT, pela determinação ao estado português da obrigação da

definição de uma estratégia nacional adaptada ao contexto nacional, concretizando

metas mensuráveis para todas as organizações cuja missão, directa ou

indirectamente, possam contribuir para a melhoria das condições de segurança e

saúde no trabalho.

A estratégia deve ser desenvolvida através da:

i) melhoria e simplificação da legislação existente e reforço da sua

aplicação prática através de instrumentos não vinculativos, tais

Page 40: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

39

como, o intercâmbio de boas práticas, campanhas de sensibilização e

acções de informação e formação;

ii) definição e aplicação de estratégias nacionais adaptadas ao

contexto específico de cada Estado-Membro, as quais devem visar os

sectores e as empresas mais afectadas pela sinistralidade e fixar

metas nacionais de redução dos acidentes e das doenças

profissionais;

iii) integração da saúde e segurança no trabalho em outras áreas

políticas aos níveis nacional e europeu (educação, saúde pública,

investigação) e procura de novas sinergias;

iv) identificação e avaliação mais eficazes dos potenciais novos

riscos, através de mais investigação, do intercâmbio de

conhecimentos e da aplicação prática dos resultados.

5. As políticas de coesão social, como preconizadas pela Comunicação da

Comissão Europeia COM (2005) 0299 - Políticas de Coesão em Apoio do

Crescimento e do Emprego: Referenciais Estratégicos Europeus 2007-2013, que

consistem no aumento da qualidade e produtividade do trabalho, na abordagem ao

trabalho de acordo com o ciclo de vida e no desenvolvimento de um mercado de

trabalho inclusivo.

6. A Estratégia de Lisboa para o Emprego e Crescimento, que visa tornar a

Europa num espaço com mais e melhor emprego, em cujos eixos de intervenção se

assinalam:

i) a promoção da retoma do crescimento sustentado dos níveis

de emprego;

ii) a garantia de que as desigualdades e dinâmicas de

segmentação ou de exclusão do mercado de trabalho dos grupos

mais desfavorecidos não se acentuem de forma insustentável;

iii) as novas dinâmicas em torno da flexibilidade com segurança

no emprego, conciliando os direitos dos trabalhadores com a

necessidade de aumento de adaptação das empresas, com o

intuito de reforçar a produtividade e a qualidade do emprego.

2.3. Referenciais Nacionais da acção inspectiva

1. A estratégia nacional para a segurança e saúde no trabalho, aprovada

pela Resolução do Conselho de Ministros nº 59/2008, de 01 de Abril, no âmbito da

qual a ACT desempenha um papel de promotor, preventor e fiscalizador de

ambientes e locais de trabalho seguros e saudáveis, através do desenvolvimento

das competências de inspecção do trabalho e da vertente técnica de prevenção,

áreas que são complementares e convergentes a um fim que é único e que se

traduz na redução da sinistralidade laboral.

Neste domínio, a acção inspectiva deve ser direccionada à efectivação de melhores

condições de segurança e saúde no trabalho em todos os sectores de actividade

económica, com particular acuidade para:

i) os sectores onde tradicionalmente a sinistralidade laboral tem sido

mais significativa, caso da construção civil e da agricultura;

ii) os sectores de risco elevado, por exemplo, com utilização de

substâncias perigosas ou com risco de exposição a agentes biológicos;

iii) as indústrias de mão-de-obra intensiva;

iv) os agentes económicos mais afastados dos processos de informação,

como é o caso das micro e pequenas empresas.

Page 41: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

40

2. O Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 (QREN),

aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n. º 86/2007, de 3 de Julho, que

apresenta objectivos de estímulo à criação e qualidade do emprego e à igualdade

de oportunidades como factor de coesão social, com redução dos custos públicos de

contexto, em harmonia com as Grandes Opções do Plano 2005–2009, expressas na

Lei n.º 31/2007, de 10 de Agosto, particularmente na 2ª opção “Reforçar a coesão

social”, assim como, o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC).

3. O III Plano Nacional para a Igualdade – Cidadania e Género 2007-2010,

aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2007, publicada no Diário

da República, 1ª série, de 22 de Junho, que constitui, também, um referencial de

acção para a ACT e que se desenvolve nas seguintes perspectivas:

i) o género nos diversos domínios de política enquanto requisito de

boa governação;

ii) cidadania e género;

iii) violência de género;

iv) o género na União Europeia, no Plano Internacional e na

Cooperação para o Desenvolvimento.

Entre os objectivos do Plano com interesse para a ACT, prevê-se:

i) a execução eficaz do princípio da igualdade de tratamento entre

mulheres e homens no acesso ao emprego, progressão na carreira e

acesso a lugares de decisão,

iii) o reforço dos mecanismos de fiscalização na identificação de casos

de discriminação em função do sexo, nomeadamente em sede de

negociação colectiva e do conteúdo normativo das convenções

colectivas de trabalho;

iv) a fiscalização das formas de trabalho não declarado e precário

irregular;

v) a prevenção, combate e denuncia do assédio sexual e moral no

local de trabalho, tendo como indicadores de resultado da acção

realizada a prestação de informações e a contabilização anual das

denúncias de assédio sexual no local de trabalho.

4. O I Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos 2007-2010,

aprovado pela Resolução n.º 81/2007, publicada no Diário da República, 1ª série,

de 22 de Junho de 2007, que desenvolve a Decisão-Quadro do Conselho de 19 de

Julho de 2002, relativa à luta contra o tráfico de seres humanos, de acordo com os

princípios da Convenção (n.º 29) sobre trabalho forçado de 1930, a qual proíbe

toda e qualquer forma de trabalho forçado ou obrigatório.

O Plano identifica a partilha de responsabilidades entre as diversas entidades

governamentais e a sociedade civil, numa abordagem holística que permite

congregar diferentes estratégias e dimensões de uma forma coordenada,

apresentando como grupos com maior vulnerabilidade à situação de tráfico as

mulheres e as crianças e contemplando especificamente os aspectos do tráfico

vocacionado para a exploração laboral.

O instrumento estrutura-se em quatro grandes áreas estratégicas de intervenção

que se complementam com as respectivas medidas, a saber:

i) conhecer e disseminar informação;

ii) prevenir, sensibilizar e formar;

iii) proteger, apoiar e integrar;

iv) investigar criminalmente e reprimir o tráfico.

Page 42: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

41

Prevê-se, nas medidas de acção:

i) a formação direccionada a inspectores do trabalho ;

ii) a participação da ACT em processos de informação e

sensibilização;

iii) o incremento do número de fiscalizações a actividades laborais

mais susceptíveis de albergarem focos de criminalidade organizada

relacionada com tráfico de seres humanos, através da definição de

um plano flexível de acções de fiscalização regulares, nomeadamente

em bares, casas de alterne e diversão nocturna, actividades na área

da construção civil, actividades sazonais e serviços domésticos.

5. O Plano Nacional para a Integração dos Imigrantes 2008 - 2010 (PII),

aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 63-A/2007, de 3 de Maio é

outro instrumento de referência da área inspectiva da ACT.

Dada a crescente representatividade dos trabalhadores imigrantes em Portugal (9

% da população activa e 4,5 % da população nacional), foram vistas como

necessárias e prioritárias a adopção de um conjunto de políticas e de medidas

concretas para promover o seu melhor acolhimento e integração, quer numa

perspectiva sectorial, destacando-se a área do Trabalho, quer numa perspectiva

transversal no que toca às questões do racismo e discriminação, igualdade do

género e cidadania.

Consequentemente, através da actuação concertada de diferentes ministérios e da

definição das competências de cada um, o PII identifica um conjunto de medidas

distribuídas por diversas áreas sectoriais verticais e transversais que assumem

como grande finalidade a plena integração dos imigrantes na Sociedade Portuguesa

e que assentam num conjunto de princípios orientadores, dos quais se salientam os

seguintes:

i) igualdade de oportunidades para todos, com particular expressão

na redução das desvantagens no acesso ao trabalho, rejeitando

qualquer discriminação em função da etnia, nacionalidade, língua,

religião ou sexo e combatendo disfunções legais ou administrativas;

ii) especial atenção à igualdade de género, reconhecendo a dupla

vulnerabilidade da condição mulher/imigrante;

iii) afirmação simultânea e indissociável dos direitos e deveres dos

imigrantes.

A concretização deste princípios efectua-se através do:

i) desenvolvimento de uma campanha dirigida aos trabalhadores

imigrantes, em várias línguas, de sensibilização para as questões da

segurança no trabalho, prevenção de acidentes laborais e doenças

profissionais em sectores de actividade com maior incidência de

sinistralidade, tendo como meta a distribuição de 60.000 folhetos em

5.000 empresas e a realização de 50 acções de sensibilização;

ii) reforço da actividade inspectiva sobre entidades empregadoras

que utilizem ilegalmente mão-de-obra imigrante, por forma a obter

um aumento anual de 10% do número de acções efectuadas e um

aumento anual de 10% das empresas fiscalizadas.

2.4. Eixos e objectivos estratégicos da actividade inspectiva da

Autoridade para as Condições do Trabalho

Page 43: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

42

A qualidade de vida no trabalho é uma prioridade estratégica da Europa, não se

concebendo o modelo social europeu sem que se pense o trabalho digno e a

segurança e saúde no trabalho como eixos fundamentais de desenvolvimento.

No âmbito da estratégia de Lisboa, os Estados-membros da União Europeia

reconheceram a influência que a qualidade e a produtividade no trabalho poderão

ter para a promoção do crescimento económico e do emprego. Perspectivar uma

estratégia para a criação de mais e melhores empregos significa aumentar os níveis

de empregabilidade, através de políticas coordenadas nos domínios do emprego e

do trabalho e definir níveis de exigência elevados quanto às condições de trabalho.

A melhoria da segurança e da saúde nos locais trabalho é um dos vectores

estratégicos da ACT para os próximos anos. Para prosseguir este objectivo a

postura da organização deve ser de exigência e de maior visibilidade no terreno,

garantindo mais eficácia e eficiência na utilização dos recursos, através da

articulação em torno das cinco Direcções Regionais e de uma melhor coordenação e

harmonização das práticas inspectivas.

Eixo I – Promoção da segurança e saúde no trabalho

A OIT aprovou, em Junho de 2006 a Convenção n.º 187 sobre o Quadro

Promocional para a Segurança e Saúde no Trabalho que, em consonância com o

que já era estabelecido na Convenção n.º 155, determina aos Estados-membros

um quadro orientado à melhoria contínua, através da definição de uma política

nacional, desenvolvida em estratégias alicerçadas em programas nacionais

calendarizados, com identificação de prioridades, meios de acção e indicadores de

avaliação de resultados.

De acordo com esta obrigação, cabe aos Estados definirem políticas e programas

que lhe dêem cumprimento, sabendo-se que a ausência de níveis de protecção da

segurança e da saúde adequados comportam custos, suportados pelas empresas,

pelos sistemas de segurança social e, em última análise, pelas finanças públicas, e

que os parâmetros europeus de qualidade de vida exigem condições de trabalho

condignas.

A prevenção de riscos profissionais, conforme a abordagem proposta pela Directiva-

Quadro 89/391/CE, considera conjuntamente o emprego e a qualidade de vida no

trabalho, assente na participação e no diálogo social, os riscos tradicionais, os

novos riscos e a organização do trabalho como factores indivisíveis de um mesmo

problema.

A abordagem holística e integrada da prevenção de riscos profissionais, princípio

orientador basilar da directiva, compreende a conjugação de esforços dos agentes

públicos e privados e a compreensão de todos os componentes materiais do

trabalho como variáveis relevantes para a segurança e saúde nas organizações.

O bem estar nos locais de trabalho depende, pois, da correlação entre a definição

de políticas e programas de prevenção, o desenvolvimento das actividades de

avaliação, prevenção e controlo de riscos e de vigilância da saúde, as políticas de

contratação, de remuneração e de gestão de carreiras, de organização dos tempos

de trabalho e da promoção de espaços de diálogo entre os vários níveis

hierárquicos e entre empregadores, trabalhadores e seus representantes, critérios

que orientam a área inspectiva da ACT, na sua acção, no triénio 2008-2010, nos

programas infra identificados.

O Eixo I desenvolve-se nos seguintes programas:

Programa 1 - Campanha de avaliação de riscos e desenvolvimento da prevenção

em micro e pequenas e empresas

Page 44: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

43

Programa 2 - Promoção da segurança e saúde nos locais de trabalho

Programa 3 - Serviços e actividades de segurança e saúde no trabalho

Programa 4 - Segurança e saúde em estaleiros temporários ou móveis

Programa 5 - Promoção das actividades de segurança e saúde na Administração

Pública

Eixo II – Promoção do trabalho digno

O objectivo “Mais e Melhor Emprego” pretende, no que nos é proposto pela

Estratégia de Lisboa, orientar os agentes económicos e os governos para modelos

de desenvolvimento em que se reconheça a importância da qualidade, da

qualificação e das condições de trabalho como factores necessários de sucesso

individual e organizacional. Por outro lado, é um objectivo prioritário, quer da União

Europeia quer do Estado português, o combate ao trabalho não declarado e

irregular e a promoção do emprego sustentado com garantias de empregabilidade

para os trabalhadores.

O trabalho não declarado ou irregular, a igualdade e a prevenção da discriminação

no trabalho e no emprego, a organização dos tempos de trabalho e descanso, a

conciliação da vida pessoal e familiar com a vida profissional, o diálogo social, as

condições de representação colectiva e a promoção da responsabilidade social das

organizações são matérias em que se desenvolvem os objectivos da Autoridade

para as Condições do Trabalho no Eixo do Trabalho Digno.

O Eixo desenvolve-se através dos seguintes programas:

Programa 6 – Trabalho não declarado ou irregular

Programa 7 – Prevenção e controlo da discriminação no trabalho e emprego

Programa 8 – Organização e controlo dos tempos de trabalho

Programa 9 – Representação colectiva dos trabalhadores e diálogo social

Eixo III – Planeamento da acção induzida

Embora constitua a tipologia com maior significado estratégico, a acção pró-activa

não esgota a actividade inspectiva da ACT, sendo a organização interpelada a

intervir em vários domínios a pedido de diversos requerentes.

A acção desenvolvida na sequência de sinalizações ou solicitações de intervenção

por trabalhadores, empregadores, associações sindicais e outros permite retirar

contributos importantes para a prossecução da estratégia nacional.

Por outro lado, mesmo quanto aos pedidos que não encontram lugar nos objectivos

traçados na acção de iniciativa, mantém-se a necessidade de resposta por parte da

organização, a qual, dadas as características de determinadas situações, não deve

deixar de assumir carácter prioritário, cabendo à gestão separar entre o que é

principal e importante daquilo que é acessório, dentro dos parâmetros fixados pela

estratégia.

O Plano para o período entre 2008 e 2010 previu, assim, um eixo relacionado com

a acção induzida, a desenvolver através de um programa.

No final do ano de 2008, verificou-se um aumento das sinalizações e das

solicitações de intervenção relacionadas com as situações de crise empresarial. Em

Page 45: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

44

consequência das alterações ocorridas no contexto da recessão económica, o Plano

de Acção Inspectiva foi alterado para incluir, no período correspondente ao ano de

2009, uma acção específica orientada para a averiguação da legalidade

procedimental naquelas situações.

2.5. Recursos Humanos

Para o desenvolvimento da acção inspectiva, a ACT dispõe de um corpo de

inspectores do trabalho em regime de nomeação,os quais estão investidos dos

necessários poderes de autoridade pública, conforme decorre das obrigações

internacionais assumidas pela ratificação das convenções da Organização

Internacional do Trabalho nº 81 e 129. Um estatuto próprio, aprovado pelo

Decreto-Lei nº 102/2000, de 2 de Junho confere, ainda, a este corpo de

profissionais as adequadas características de autonomia técnica e de independência

face aos interesses que possam prejudicar a sua acção, bem como regras

específicas de deontologia profissional.

Todo este estatuto visa proporcionar os necessários níveis de rigor a uma actuação

que beneficia do critério de oportunidade na selecção de prioridades de intervenção

inspectiva, no âmbito das visitas inspectivas nos locais de trabalho, de selecção de

metodologias e instrumentos de acção mais aptos a reconduzir ao cumprimento da

lei, visando a obtenção de resultados que traduzam um sentido real de eficácia.

De acordo com o artigo 6º da Convenção nº 81 da OIT o pessoal de inspecção será

composto por funcionários públicos cujo estatuto e condições de serviço lhes

garantam a estabilidade nos seus empregos e os tornem independentes de

modificações de Governo ou de quaisquer outras influências externas

inconvenientes.

Ainda de acordo com o artigo 10º da mesma Convenção, o número de inspectores

do trabalho deve ser suficiente para assegurar o exercício eficaz das funções do

serviço de inspecção e será fixado tendo em conta:

a) a importância das funções a exercer pelos inspectores, designadamente:

i. O número, natureza, importância e situação dos

estabelecimentos sujeitos à fiscalização do inspector;

ii. O número e diversidade de categorias dos trabalhadores

empregados nessas empresas; iii. O número e complexidade das disposições legais cuja

aplicação deve ser assegurada.

b) Os meios materiais de execução postos à disposição dos inspectores;

c) As condições práticas em que deverão realizar as visitas de inspecção

para que estas sejam eficazes.

Serviços Nº.

Inspectores Serviços

Nº. Inspectores

Unidade Local de Braga 9 Loja do Cidadão de Aveiro 3

Centro Local do Ave 9 Unidade Local de Setúbal 5

Centro Local do Nordeste 3 Centro Local da Lezíria e Médio Tejo 9

Page 46: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

45

Transmontano

Centro Local do Grande Porto 28

Unidade de Apoio ao Centro Local da

Lezíria e Médio Tejo 4

Unidade Local de Penafiel 6 Centro Local de Lisboa Oriental 29

Centro Local de Entre Douro e Vouga 6 Centro Local de Lisboa Ocidental - Sintra 7

Centro Local do Alto Minho 4 Centro Local do Oeste 6

Centro Local do Douro 6 Unidade de Apoio ao Centro Local do Oeste 4

Unidade de Apoio ao Centro Local Douro 1 Unidade Local de Vila Franca de Xira 5

Direcção Regional do Norte 1 Centro Local da Península de Setúbal 7

Unidade Local de Viseu 6 Unidade Local do Barreiro 6

Centro Local do Baixo Vouga 9 Loja do Cidadão de Odivelas 1

Centro Local da Beira Interior 2 Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo 3

Unidade Local da Covilhã 4 Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo 4

Centro Local do Mondego 8 Centro Local do Alentejo Central 6

Unidade de Apoio ao Centro Local Mondego 7 Centro Local do Alto Alentejo 2

Centro Local da Beira Alta 6 Unidade Local de Faro 8

Centro Local do Lis 11 Centro Local de Portimão 5

Serviços Centrais 13 Total 253

Quadro 9 – Número de inspectores do trabalho distribuídos por serviços

Figura 12 – Distribuição dos inspectores do trabalho por Direcção Regional e Serviços

Centrais

Ano 2005 2006 2007 2008 2009

Total do

Quadro 538 572 572 572 (a) (b)

Lugares

preenchidos

H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total

150 136 286 146 161 307 148 180 328 134 177 311 (b) (b) (b)

Em serviço

H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total

136 130 266 117 133 250 123 160 283 113 151 264 103 150 253

Quadro 10 – Evolução do quadro de inspectores do trabalho 2005/2009 (a) Inclui 39 lugares a extinguir quando vagarem. (b) A partir de Janeiro de 2009, deixou de haver a filosofia de quadro de pessoal para haver mapa

de pessoal, nos termos da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. O número de inspectores existente é de 253. Na identificação dos postos de trabalho, não são contabilizados, nomeadamente, os trabalhadores do serviço que se encontrem provisoriamente em exercício de funções ao abrigo de figuras de mobilidade geral, ou providos em cargos em regime de comissão de serviço, ou em exercício de funções em gabinetes ministeriais.

0

20

40

60

80

100 7356

86

12 13 13

Page 47: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

46

Figura 13 – Distribuição do número de inspectores por sexo 2005/2009

No âmbito da renovação do quadro inspectivo, releva-se, em 2009, o início da

formação inicial de 150 novos inspectores estagiários, em resultado da abertura de

processo de recrutamento, desbloqueado por Despacho do Sr. Ministro do Trabalho,

a que corresponde o concurso aberto por Aviso nº 13086-B/2007, publicado no

D.R., 2ª série, nº 138, Parte A, de 19 de Julho.

2.6. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS

2.6.1. Formação

No ano de 2009, foram ministradas, pela ACT, 66 acções de formação profissional,

que incluíram 48 acções de formação inicial dirigidas a inspectores do trabalho

estagiários e 18 acções de formação profissional contínua. As acções de formação

profissional inicial e contínua corresponderam a uma duração total de 2586 horas.

Do total de horas de actividades de formação desenvolvidas pela ACT, 1920 horas

(74,2%), reportaram-se à formação inical de inspectores estagiários, incluindo os

módulos referentes a relações de trabalho, segurança e saúde no trabalho,

inspecção do trabalho e sua envolvente, gesto e deontologia profissional, quadro

legal fundamental e sistemas de informação. 360 horas (13,9%) reportaram-se a

acções de formação pedagógica de formadores e 120 horas (4,6%) a acções

relativas à aplicação informática Excel.

Por ordem decrescente de duração, foram ainda desenvolvidas 5 acções de

formação relativas ao programa Power Point com duração total de 75 horas, 1

acção referente a auditorias em segurança e saúde no trabalho com duração de 40

horas, 1 acção sobre o Estatuto Disciplinar de trabalhadores em funções públicas

com duração de 35 horas, 1 acção em matéria de nova regras de gestão de

recursos humanos na Administração Pública (24 horas) e 1 acção sobre o novo

Código dos Contratos Públicos (12 horas).

0

50

100

150

200

250

300

2005 2006 2007 2008 2009

Total

H

M

Page 48: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES 2009

47

Quadro 11 – Formação dos inspectores do trabalho

Page 49: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

48

Figura 14 – Distribuição de actividades de formação por matérias

Considerando a carga horária, 23,8% dos conteúdos que foram objecto de acções de

formação profissional (inicial e contínua) inclui-se no domínio das condições de

segurança e saúde. Foram ministradas 528 horas de formação no domínio das

condições gerais de trabalho, que equivalem a 20,4% da duração total das

actividades de formação. Foram desenvolvidos cursos de formação pedagógica de

formadores com duração total de 360 horas, que correspondem a 13,9% da carga

horária total de acções de formação realizadas no ano de 2009. Finalmente, a

duração (339 horas) das acções de formação referentes a aplicações informáticas e

sistemas de informação corresponde a 13,1% da carga horária total das actividades

formativas.

2.6.2. Grupos de trabalho A multiplicidade de competências da Autoridade para as Condições do Trabalho e a

necessidade de uma resposta especializada aos desafios da organização, de forma

participada e que permita recolher e congregar os contributos das experiências que

resultam num capital acumulado, deu origem à constituição dos seguintes grupos de

trabalho internos:

Título

GTAM – Exposição ao amianto

GTMEQ – Segurança de Máquinas e Equipamentos de Trabalho

GTACID – Harmonização de metodologias na realização de inquéritos de acidente de trabalho/ doenças profissionais

GTAGRI – Segurança e Saúde nos Trabalhos na Agricultura, Agro-pecuária e Exploração

Florestal

GTBD – Base de dados de legislação, jurisprudência e instrumentos de regulamentação

colectiva do trabalho

GTCOD – Interpretação do Código do Trabalho e legislação complementar

GTCOL – Contra-ordenações Laborais

0100200300400500600700800

616 528360 339

743

Page 50: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

49

GTMETAL – Segurança e saúde na Indústria metalúrgica e metalomecânica

GTMMC – Segurança e saúde relacionada com a movimentação manual de cargas

GTRPSS – Riscos Psicossociais

GTRQUI- Segurança e saúde nos trabalhos com exposição a riscos químicos

GTRFIS – Exposição a Riscos Físicos

GTTransportes – Legislação e gesto profissional em matéria de transportes rodoviários

GTSSAP – Segurança e Saúde na Administração Pública

GTSCT – Segurança na Construção Civil

GTPESCAS – Segurança e Saúde nas Pescas

GT Serviços internos de segurança e saúde da ACT

Equipa de Projecto para Acompanhamento da Campanha Europeia de Avaliação de Riscos com utilização de substâncias perigosas nos locais de trabalho

Quadro 12 – Grupos de trabalho

2.7. UNIVERSO SUJEITO À ACÇÃO INSPECTIVA Com base em dados estatísticos recolhidos em outras fontes (INE - Instituto Nacional

de Estatística) foram construídos alguns quadros com um conjunto de indicadores

estatísticos, que permitem caracterizar o universo sujeito à acção da ACT.

2.7.1. Estrutura do emprego

Indicadores

Média Anual (milhares)

2005 2006 2007 2008 2009

1. POPULAÇÃO TOTAL 10.563,1 10.585,9 10.604,4 10.622,7 10.638,4

Homens 5.115,2 5.125,0 5.133,1 5.141,3 5.149,2

Mulheres 5.447,9 5.461,0 5.471,3 5.481,3 5.489,2

2. POPULAÇÃO ACTIVA 5.544,9 5.587,3 5.618,3 5.624,9 5.582,7

Homens 2.963,5 2.984,4 2.986,0 2.991,4 2.948,9

Mulheres 2.581,3 2.602,9 2.632,2 2.633,4 2.633,9

3. POPULAÇÃO EMPREGADA 5.122,6 5.159,5 5.169,7 5.197,8 5.054,1

Homens 2.765,4 2.789,7 2.789,3 2.797,1 2.687,6

Mulheres 2.357,2 2.369,8 2.380,4 2.400,7 2.366,5

4. POPULAÇÃO DESEMPREGADA 422,3 427,8 448,6 427,1 528,6

Homens 198,1 194,8 196,8 194,3 261,3

Mulheres 224,1 233,1 251,8 232,7 267,4 Quadro 13 – Indicadores globais população/ Emprego e desemprego (média 2005-2009)

Fonte: INE Estatísticas do Emprego - Portugal

Page 51: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

50

Figura 15 – População total média (milhares)

Fonte: INE Estatísticas do Emprego - Portugal

Actividades Económicas 2008 2009

Agricultura 581,2 564,8

Indústria 1 525,1 1 425,7

Serviços 3 091,5 3 063,6

Quadro 14 – População empregada por sector de actividade principal – Milhares de indivíduos (CAE – Ver. 3) 2008/2009

Fonte: INE Estatísticas do Emprego - Portugal

Figura 16 – População empregada por grupos de actividade económica (Milhares)

Fonte: INE Estatísticas do Emprego - Portugal

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

2005

2006

2007

2008

2009

Pop. Desempregada

Pop. Empregada

Pop. Activa

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Agricultura Indústria Serviços

2008

2009

Page 52: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

51

Indicadores 2008 2009

População Empregada 5 197,8 5 054,1

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 581,2 564,8

Industria, construção, energia e água 1 525,1 1 425,7

Indústrias transformadoras 894,0 851,6

Construção 555,1 505,6

Serviços 3 091,5 3 063,6

Comércio por grosso e a retalho 766,1 762,9

Transportes e armazenagem 177,7 177,9

Alojamento, restauração e similares 319,4 295,1

Actividades de informação e de comunicação 93,2 92,2

Actividades financeiras e de seguros 96,3 88,2

Actividades imobiliárias 27,1 34,0

Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 174,8 167,4

Actividades administrativas e dos serviços de apoio 134,8 137,7

Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória 341,8 334,7

Educação 344,3 357,6

Actividades da saúde humana e apoio social 302,9 322,0

Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas 46,0 46,4

Outros serviços 267,0 247,6 Quadro 15 – População empregada por sector de actividade principal – Milhares de indivíduos

(CAE Ver. 3) 2008/2009 Fonte: INE Estatísticas do Emprego -Portugal

Situação na Profissão

Média Anual (milhares)

2005 2006 2007 2008 2009

Trab. Conta própria com pessoal 300,2 280,1 286,7 287,2 273,2

Trab. Conta própria sem pessoal 903,8 891,4 900,1 910,4 880,5

Trab. Conta outrem 3.813,8 3.898,1 3.902,2 3.949,7 3.855,7

Trab.Familiar não remun. e outros

104,8 89,9 80,7 50,5 44,7

TOTAL (População empregada) 5.122,6 5.159,5 5.169,7 5.197,8 5.054,1

Quadro 16 – Estrutura do Emprego por situação na profissão – média Fonte: INE Estatísticas do Emprego -Portugal

Figura 17 – Estrutura do emprego por situação na profissão – média (milhares)

Fonte: INE Estatísticas do Emprego - Portugal

0 1000 2000 3000 4000

2005

2006

2007

2008

2009Trab. familiar não remunerado e outros

Trab. conta outrem

Trab. conta própria sem pessoal

Page 53: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

52

Profissões Média Anual (milhares)

2005 2006 2007 2008 2009

Dirigentes / Administrad. Empresas 468,5 397,2 344,5 321,7 333,4

Prof. Intelectuais e Cientificas 438,7 448,5 442,6 464,6 476,9

Profissões Técnicas Intermédias 439,6 452,7 453,0 480,5 477,8

Empregados Administrativos 506,7 492,9 479,7 482,0 477,6

Pess. Serv. Segur. Serv. Pes. Dom. 695,7 742,8 767,1 789,8 798,5

Trab. Agricultura e Pesca 560,0 559,2 562,2 565,7 552,3

Trab. Prod. Indust. e Artesãos 955,8 1.014,9 1.020,8 1.006,3 915,1

Operad. Inst. Industriais e Máquinas

409,3 410,9 402,8 390,3 400,6

Trabalho não Qualificado 619,7 610,5 662,1 665,9 592,6

Forças Armadas 28,5 29,8 35,0 31,1 29,3

TOTAL (País) 5.122,6 5.159,5 5.169,7 5.197,8 5.054,1

Quadro 17 – Estrutura do emprego por profissão – média 2005/2009 Fonte: INE Estatísticas do Emprego – Portugal

Tipo de Contrato Média Anual (milhares)

2005 2006 2007 2008 2009

Permanente 3.070,5 3.096,8 3.029,5 3.047,4 3.006,8

Não permanente 580,3 634,1 684,8 727,4 694,3

Outros 163,0 167,1 187,9 174,9 154,6

TOTAL 3813,8 3898,1 3902,2 3949,7 3855,7

Quadro 18 – População empregada por conta de outrem por tipo de contrato – média 2005/2009

Fonte: INE Estatísticas do Emprego – Portugal

Na dimensão de estrutura do emprego por situação na profissão, o trabalho por

conta de outrem equivale, em 2009, a 76,2% do total da população empregada,

enquanto os trabalhadores por conta própria correspondem a 22,8% do total. Os

contratos de trabalho não permanentes correspondem, nesse ano, a 18% do total

da população empregada por conta de outrem.

Figura 18 – Proporção de algumas formas de emprego no emprego total

Fonte: Inquérito ao Emprego, INE - Portugal

0

2000

4000

6000

2005 2006 2007 2008 2009

Outros

Não permanente

Permanente

Page 54: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

53

2.7.2. Estrutura empresarial

C.A.E N.º

Empresas

Pessoal ao

Serviço

Empresas por dimensão Pessoal ao serviço

até 9 10-19 20-49 50-249 +250 até 9 10-19 20-49 50-249 +250

D Ind.Transformadoras 80.558 866.105 64.725 7.579 5.263 2.666 325 197.086 97.803 154.303 247.333 325

F Construção 112.962 458.651 104.204 5.652 2.364 679 63 231.513 68.688 61.874 59.955 36.621

G Com, grosso, retalho, rep. veíc. aut. motoci. e bens uso pes.e doméstico.

235.203 799.771 223.995 7.228 2.931 954 95 446.176 93.524 85.144 86.660 88.267

H Alojamento e restauração (rest. e similares)

65.628 236.439 62.393 2.118 827 251 39 135.465 25.201 25.005 22.561 28.207

K Act. imobiliárias, Alugueres e serviços prestados às empresas

61.574 359.146 58.349 1.780 840 464 141 127.436 23.131 27.524 51.861 129.194

TOTAL 555.925 2.720.112 513.666 24.357 12.225 5.014 522 1.137.676 308.347 353.850 468.370 322.675

% 88,5% 85,9% 89,0% 91,2% 94,3% 96,8% 64,8% 89,3% 90,9% 94,4% 95,9% 53,0%

TOTAL País 628.336 3.165.343 577.429 26.709 12.959 5.181 805 1.274.113 339.093 374.782 488.363 608.423

Quadro 19 – Número de empresas e pessoal ao serviço das actividades mais expressivas Fonte: Estatísticas das Empresas 2004, INE – Portugal

2.8. INDICADORES SOBRE A SINISTRALIDADE LABORAL

2.8.1. Acidentes de trabalho

Actividades Económicas (CAE – Rev. 2.1)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

A – Agricultura, Silvicultura 6.780 7.060 7.103 7092 6.964 6.248 6.714 5.771

B – Pesca 1.798 1.108 2.044 1914 2.352 1.857 1.831 1.450

C – Indústrias Extractivas 2.398 2.877 2.854 2395 2.328 2.029 1.960 2.100

D – Indústrias Transformadoras 84.650 90.786 89.560 81.331 75.795 74.593 74.698 77.423

E – Electricidade, Gás e Água 1.055 1.091 1.021 972 850 1.271 1.141 1.068

F – Construção 48.241 53.721 57.083 51.049 53.957 51.538 51.790 47.322

G – Com. Gr/Ret. Rep V. Auto Moto 31.106 33.017 36.009 34.131 35.599 34.310 36.916 37.754

H – Alojamento e Restauração 8.061 7.678 9.087 8.257 10.434 9.896 11.496 11.882

I – Transportes, Armazenagem e Comunicações 8.675 9.052 10.395 9.460 9.646 9.430 10.665 10.451

J – Actividades Financeiras 913 700 721 586 769 713 793 636

K – Activ. Imob. Alug. Serv. Pr. Emp. 9.687 10.107 11.878 11.299 13.308 13.559 14.406 16.892

L – Adm. Publ. Defesa e Seg. Social 4.768 6.568 5.631 5.298 6.293 6.574 7.450 6.339

M – Educação 1.347 1.436 1.520 1.416 1.564 1.594 2.125 2.233

N – Saúde e Acção Social 3931 5.153 5.651 5.731 6.325 7.881 8.629 9.062

O – Outros Serv. Colectividade, Sociais e Pessoais 4.096 4.401 4.880 4.894 4.932 4.663 4.756 6.554

P – Famílias c/ Empreg. Domésticos 1.231 896 956 1.027 1.004 877 854 313

Q – Org. Inter. e Out. Inst. Ext-Territ 4 32 0 16 10 12 11 0

00 – Ignorada 4.039 1.421 1.704 2.542 1.979 1.839 1.157 159

TOTAL 222.780 237.104 248.097 229.410 234.109 228.884 237.392 237.409

Quadro 20 – Total de acidentes de trabalho por actividade económica

Fonte: DGEEP – Direcção-Geral de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional/GEP – MTSS

Page 55: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

54

Figura 19 – Total de acidentes de trabalho 200-2007

Fonte: DGEEP – Direcção-Geral de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional/ GEP -MTSS

Anos Totais N.º de pessoas expostas aos riscos

2000 222.780 4.222.0

2001 237.104. 5.098.8

2002 248.097 5.106.5

2003 229.410 5.118.0

2004 234.109 5.122.8

2005 228.884 5.122.6

2006 237.392 5.159.5

2007 237.409 5.169.7

Quadro 21 – Acidentes de trabalho 2000/2007

Fonte: DGEEP – Direcção-Geral de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional/ GEP

2.9. Doenças profissionais

Os indicadores disponíveis respeitam às doenças profissionais reconhecidas como tal

pela Segurança Social, através do CNPRP - Centro Nacional de Protecção Contra os

Riscos Profissionais.

210000

215000

220000

225000

230000

235000

240000

245000

250000

Ano 2000

Ano 2001

Ano 2002

Ano 2003

Ano 2004

Ano 2005

Ano 2006

Ano 2007

Page 56: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

55

Anos

Doen

ças

profi

ssio

nais

com

incap

acid

ad

e

Doen

ças

profi

ssio

nais

sem

incap

acid

ad

e

TO

TA

L

N.º

parti

cip

ações

ob

rig

ató

ria

s

N.º

Req

uerim

en

tos

inic

iais

2004 2.023 1.165 3.188 4.552 4.159

2005 1.514 2.110 3.624 4.752 4.342

2006 1.811 1.766 3.577 4.113 4.212

2007 1.901 1.708 3.609 4.343 4.534

2008 1.859 1.315 3.174 4.719 4.541 Quadro 22 – Distribuição das doenças profissionais certificadas com e sem incapacidade

Fonte: CNPCRP - Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais

Anos

Doen

ças p

rovocad

as

por a

gen

tes q

uím

icos

Doen

ças d

o a

parelh

o

resp

irató

rio

Doen

ças c

utâ

neas

Doen

ças p

rovocad

as

por a

gen

tes f

ísic

os

Doen

ças in

feccio

sas e

parasit

ária

s

Ou

tras d

oen

ças

TO

TA

L

2004 25 403 132 2.578 18 32 3.188

2005 12 256 98 1.104 5 26 1.501

2006 11 226 143 1.393 18 20 1.811

2007 11 263 66 3.230 23 16 3.609

2008 103 174 12 2.826 27 32 3.174 Quadro 23 – Distribuição das doenças profissionais certificadas segundo os agentes causais

Fonte: CNPCRP - Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais

Na prevenção de doenças profissionais, assumem particular importância a

perigosidade do agente agressivo, a duração e o tipo de exposição a esse agente, a

natureza dos trabalhos efectuados e também as características individuais dos

trabalhadores expostos.

A abordagem preventiva é mais complexa que nos acidentes de trabalho, que

ocorrem num único momento, pelo que os défices de prevenção, de identificação e

controlo dos riscos apenas tem consequências a médio e a longo prazo, só podem

ser correctamente percepcionados pela intermediação da técnica e exigem ainda um

maior articulação e complementaridade de todos os sistemas, particularmente da

vigilância da saúde e da prevenção dos riscos no local de trabalho, ou seja, entre a

Administração do Trabalho, a Administração da Saúde e a Segurança Social, por

forma a desenvolverem o seu papel próprio e fazerem funcionar as actividades de segurança e saúde no trabalho das empresas.

No ano de 2008, deram entrada no CNPRP 4719 Participações Obrigatórias e 4541

Requerimentos Iniciais. No que se refere à doença profissional certificada a

trabalhadores do regime geral, verificou-se a seguinte distribuição por tipo de

incapacidade:

- 1859 casos foram reconhecidos como doença profissional com incapacidade;

Page 57: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

56

- 1315 casos foram reconhecidos como doença profissional sem incapacidade;

- 1236 casos foram avaliados como sem doença profissional.

O género feminino foi mais atingido pela doença profissional com 2569 casos a

contrastar com os 1841 casos registados no género masculino.

A distribuição geográfica das doenças profissionais apresenta incidência significativa,

num total de 72 %, em quatro distritos, a saber: Porto com 1074 casos, Aveiro com

802 casos, Lisboa com 747 casos e, finalmente, Setúbal com 553 casos.

Em termos de manifestação clínica, as doenças com maior incidência são as doenças

músculo-esqueléticas que no seu conjunto representam 66,32 % (2925 doenças),

seguidas dos casos de Hipoacúsia (surdez) que representam 12,97 % (572 casos) do

total.

Page 58: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

57

3. LEGISLAÇÃO DO TRABALHO PUBLICADA EM 2009

Quadro 24 – Legislação publicada

DIPLOMA ASSUNTO

Dec. -Lei n.º 246/2008, de 18/12 Retribuição mínima mensal garantida (Revoga o Dec. -Lei n.º 397/2007, de 31/12)

Portaria n.º 130/2009, de 30/01 Medidas excepcionais de apoio ao emprego e à contratação para o ano de 2009

Lei n.º 7/2009, de 12/02 Aprova o Código do Trabalho

Declaração de Rectificação n.º 21/2009, de 18/03

Rectifica a Lei n.º 7/2009, de 12/02

Portaria n.º 288/2009, de 20/03 Modelo de relatório anual da actividade dos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho (revoga a Portaria n.º 1184/2002, de 29/08

Dec. -Lei n.º 91/2009, de 09/04 Regime jurídico de protecção social na parentalidade

Dec. -Lei n.º 169/2009, de 31/07

Regime contra-ordenacional aplicável ao incumprimento das regras relativas à instalação e uso do tacógrafo estabelecidas no Regulamento (CEE) n.º 3821/85, do Conselho, de 20/12 alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2135/98, do Conselho, de 24/09, e pelo Regulamento (CE) n.º 561/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15/03

Portaria n.º 977/2009, de 01/09 Regulamento do controlo metrológico dos sonómetros

Lei n.º 96/2009, de 03/09 Conselhos de Empresa Europeus

Lei n.º 98/2009, de 04/09 Regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais

Lei n.º 101/2009, de 08/09 Regime jurídico do trabalho no domicílio

Lei n.º 102/2009, de 10/09 Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho

Lei n.º 105/2009, de 14/09 Regulamenta e altera o Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12/02

Lei n.º 107/2009, de 14/09 Regime processual aplicável às contraordenações laborais e da Segurança Social

Lei n.º 110/2009, de 16/09 Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

Portaria n.º 1106/2009, de 24/09 Controlo metrológico dos instrumentos de medição de radiações ionizantes

Dec. -Lei n.º 259/2009, de 25/09 Regulamenta a arbitragem obrigatória e a arbitragem necessária, bem como a arbitragem sobre serviços mínimos durante a greve e os meios necessários para os assegurar

Dec. -Lei n.º 260/2009, de 25/09 Regula o regime jurídico do exercício e licenciamento das agências privadas de colocação e das empresas de trabalho temporário

Portaria n.º 1172/2009, de 06/10 Regula a entrega em documento electrónico de actos relativos a organizações representativas de trabalhadores e de empregadores e de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho

Dec. -Lei n.º 293/2009, de 13/10

Assegura a execução, na ordem jurídica nacional, das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) n.º 1907/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18/12, relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (REACH) e que procede à criação da Agência Europeia dos Produtos Químicos

Dec. -Lei n.º 295/2009, de 13/10 Altera e republica o Código de Processo do Trabalho

Declaração de Rectificação n.º 76/2009, de 15/10

Rectifica o Dec.-Lei n.º 259/2009, de 25/09

Declaração de Rectificação n.º 86/2009, de 23/11

Rectifica o Dec.-Lei n.º 295/2009, de 13/10

Dec. -Lei n.º 324/2009, de 29/12 Modifica, transitoriamente durante o ano de 2010, o prazo de garantia para acesso ao subsídio de desemprego

Lei n.º 119/2009, de 30/12 Primeira alteração à Lei n.º 110/2009, de 16/09, que estabelece uma nova data para a entrada em vigor do CRCSPSS

Portaria n.º 1460-C/2009, de 31/12 Aprova o modelo do formulário para acção de impugnação judicial da regularidade e licitude do despedimento

Page 59: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

58

4. ESTATÍSTICA DA ACTIVIDADE INSPECTIVA DA ACT

4.1. INDICADORES DE ACTIVIDADE

De acordo com as Convenções n.º 81 e n.º 129 da OIT e das suas concretizações na

legislação nacional (cfr. Lei orgânica da Autoridade para as Condições do Trabalho,

aprovado pelo DL n.º 326-B/2000, de 28 de Setembro) as funções da ACT têm um

caracter diversificado, mas é da sua articulação congruente que pode esperar-se um

correcto e eficaz exercício da sua missão principal de “acompanhamento e de

controlo do cumprimento das normas relativas às condições de trabalho ...” (

princípios das Convenções nº 81, 129 e 155 da Organização Internacional do

Trabalho)

Essas funções conhecem a enumeração seguinte:

Intervenção e controlo inspectivo nos locais de trabalho de todos os sectores

de actividade económica em matéria de segurança e saúde no trabalho e no

sector privado, em questões sócio-laborais;

Informação e conselho aos trabalhadores, aos empregadores e suas

instituições representativas, nos locais de trabalho ou fora deles;

Apoio, animação e cooperação com outras entidades públicas ou privadas que

prosseguem missões no mesmo domínio;

Sugestão, às entidades competentes, das medidas adequadas em caso de

falta ou inadequação de normas legais ou regulamentares.

A par destas funções a ACT desenvolve, ainda, um outro conjunto de actividades

acessórias de que se dá nota nos Capítulos 5 e 6.

Figura 20 – Funções do sistema de inspecção do trabalho

Page 60: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

59

Os indicadores de actividade relacionados com o controlo inspectivo nos locais de

trabalho e os resultados dela resultante que são referenciados no presente relatório

e que a seguir se apresentam não traduzem todo o campo de actuação da ACT,

como resulta da diversidade das funções que desempenha, o que acontece de igual

forma noutros países. Representam-se apenas os dados de intervenção inspectiva

em locais de trabalho.

4,2.Procedimentos inspectivos

4.2.1. Conceitos Visita inspectiva: Deslocação a um estabelecimento, local de trabalho ou sede de

empregador efectuada por um inspector do trabalho e decorrente do exercício da

função inspectiva e da qual resulta uma informação técnica e procedimento

(relatório, notificação para tomada de medidas ou apuramento de quantias em

dívida) auto de notícia, participação, participação-crime ou inquérito) passível de

tratamento no sistema de informação da ACT (SINAI). Estas visitas podem ser

impulsionadas por iniciativa ou a pedido de terceiros.

Segunda visita: A deslocação ou deslocações necessárias à consolidação da recolha

de dados necessários à acção inspectiva que não foi possível realizar numa só visita

ou num dado limite temporal não superior a 2 meses, assim como a verificação do

cumprimento de medidas determinadas em visitas anteriores.

Informações e relatórios: Reporte escrito dos resultados obtidos nas visitas

inspectivas efectuadas em resultado da acção pró-activa da ACT (de acordo com as

prioridades definidas no plano de acção inspectiva ou por iniciativa do inspector do

trabalho) ou da sua acção reactiva (a pedido dos sindicatos, dos trabalhadores ou de

outras entidades).

Inquéritos de acidente de trabalho ou doença profissional: Investigação sobre

as circunstâncias em que ocorrem acidentes de trabalho mortais ou que evidenciem

situações particularmente graves, ou de doenças profissionais que provoquem lesões

graves, com vista ao desenvolvimento de medidas de prevenção adequadas nos

locais de trabalho (art.º 10º, nº 1, al. e do DL n.º 102/2000). Estes inquéritos

podem ter como destinatário o Ministério Público junto dos Tribunais de Trabalho ou

dos Tribunais Judiciais. Na sequência ou por ocasião destes inquéritos podem ser

utilizados quaisquer outros dos procedimentos referenciados.

Vistorias conjuntas e pareceres: Procedimentos de apoio à decisão das entidades

licenciadoras no âmbito de processos de licenciamento relativos à instalação,

alteração e laboração de estabelecimentos, tendo em vista a prevenção de riscos

profissionais (art.º 10º/1-g do DL n.º 102/2000).

Page 61: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

60

4.2.1.1. Procedimentos coercivos Infracções autuadas: Representa o número de infracções constantes dos autos de

notícia ou de instrumento similar (v.g. participação quando a infracção não tenha

sido comprovada pessoal e directamente) tendo em vista promover a aplicação de

uma sanção contra-ordenacional (coima e/ou sanção acessória) de qualquer violação

a normas integradas no âmbito de competência da ACT (art. 633º do Código do

Trabalho).

Participação crime por desobediência: Comunicação ao Ministério Público para

procedimento criminal que ocorre quando o inspector do trabalho verifica factos que

preenchem o tipo legal de crime de desobediência (art.º 348º do Código Penal e

art.ºs 241º, 242º e 243º do Código de Proceso Penal).

Participação crime: Comunicação ao Ministério Público para procedimento criminal,

que ocorre quando o inspector do trabalho recolhe indícios da prática de factos que

constituem um tipo legal de crime.

Participação: procedimento de natureza sancionatória lavrado pelo inspector do

trabalho relativo a infracções que não tenha verificado de forma pessoal e directa.

Participação a outras entidades: Comunicação de factos que possam constituir

ilícito contra-ordenacional às entidades competentes para sua averiguação.

4.2.1.2. Procedimentos não coercivos

Auto de advertência: Procedimento utilizável quando a contra-ordenação consistir

em infracção classificada como leve e da qual não tenha resultado prejuízo grave

para os trabalhadores, para a administração do trabalho ou para a segurança social,

indicando a infracção verificada, as medidas recomendadas ao infractor e o prazo

para o seu cumprimento (art.º 10º/1-d da L nº 107/2009, de 14-09). Do

incumprimento das medidas recomendadas resultam procedimentos coercivos.

Suspensão imediata de trabalhos: notificação para que sejam adoptadas medidas

imediatamente executórias (dispensando a intermediação judiciária para legitimar a

ordem dada), incluindo a suspensão de trabalhos em curso, em caso de perigo grave

ou probabilidade séria da verificação de lesão da vida, integridade física ou saúde

dos trabalhadores (art.º 13º/2-b da Convenção 81 da OIT e art.º 10º/1-d do DL n.º

102/2000). Os trabalhos suspensos só podem ser retomados com autorização

expressa do inspector do trabalho. A suspensão de trabalhos dá origem a acção

sancionatória.

Notificação para tomada de medidas: Procedimento que constitui uma

determinação para que, dentro de um prazo fixado, sejam realizadas nos locais de

trabalho as modificações necessárias para assegurar a aplicação das disposições

relativas à segurança e saúde dos trabalhadores (art.º 13º/2-a da Convenção 81 da OIT e art.º 10º/1-c do DL n.º 102/2000). À notificação podem estar associados procedimentos coercivos.

Mapa de apuramento de quantias em dívida: Documento em que são

identificadas quantias em dívida aos trabalhadores ou à Segurança Social, que faz

Page 62: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

61

parte integrante dos autos de notícia ou que é participado à Segurança Social,

constituindo título executivo. O apuramento é obrigatório se a infracção resultar de

situação de falso trabalho independente, falta de comunicação obrigatória à

Segurança Social ou trabalho não declarado (art.º 7º/4 a 6 do DL nº 102/2000).

Notificação para apuramento de quantias em dívida: Procedimento que

constitui uma determinação para que, dentro de um prazo fixado, o empregador

proceda ao pagamento das quantias em dívida aos trabalhadores ou à segurança

social (art.º 11º/1-l do DL n.º 102/2000).

Recomendações: Procedimento de natureza não vinculativa utilizável no âmbito da

actividade de controlo inspectivo, suportado em referenciais técnicos reconhecidos,

relativamente a factualidades omissas ou não previstas especificamente na lei,

traduzindo uma actividade de conselho sobre a melhor forma de lhe dar

cumprimento (art.º 17º/2 da Convenção 81 da OIT).

4.2.1.3. Procedimentos de apoio à investigação Notificação para apresentação de documentos: Requisição, com efeitos

imediatos ou para apresentação nos serviços da ACT, para examinar e copiar

documentos e outros registos que interessem para o esclarecimento das relações e

condições de trabalho (art.º 11º/1-e do DL n.º 102/2000).

4.3. Indicadores da actividade de informação, aconselhamento e cooperação com outras entidades A ACT dispõe, em todos os seus serviços regionais e nas Lojas do Cidadão, serviços

informativos de atendimento presencial e, nalguns locais, telefónicos, onde os

trabalhadores e os empregadores e suas instâncias representativas podem obter

informação e aconselhamento nos domínios que constituem a sua missão.

Todavia, a Recomendação n.º 81 da OIT e o artº3 e 4º do D.L. 326-B/2007, de 28

de Setembro (Lei orgânica da Autoridade para as Condições do Trabalho) aponta,

ainda, para a necessidade de incentivar a colaboração entre os funcionários dos

serviços de inspecção e as organizações de empregadores e de trabalhadores,

bem como de outras entidades públicas ou privadas, para que se desenvolva o

conhecimento sobre a legislação do trabalho, sobre as questões de segurança

e saúde do trabalho e se transmitam orientações nesse sentido. As actividades

de informação, aconselhamento e cooperação podem ser exercidas,

designadamente, através dos meios a seguir referidos:

Conferências, colóquios, programas de rádio e televisão, folhetos e

outros suportes explicativos que resumam as disposições legais e

proponham métodos de aplicação dessas disposições e das medidas

preventivas contra acidentes do trabalho e doenças profissionais;

Exposições sobre saúde e segurança;

Acções de formação e cursos de saúde e de segurança em estabelecimentos de ensino ou de formação aos seus vários níveis.

Esta actividade encontra ainda expressão na disponibilização de informação no sítio

Internet da ACT cujo endereço é www.act.gov.pt.

Page 63: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

62

4.4. ACTIVIDADE GERAL DE CONTROLO DA ACT

4.4.1. Visitas e estabelecimentos visitados pela área inspectiva da ACT

No ano de 2009 os inspectores do trabalho efectuaram 81213 visitas de inspecção

em função de objectos de intervenção, em estabelecimentos, locais de trabalho e

sedes de entidades empregadoras.

As visitas a seguir referenciadas representam o desenvolvimento do Plano de Acção

Inspectiva para os anos de 2008 a 2010 nos seus vários programas. Significa isto

que os números apresentados correspondem ao somatório das intervenções

realizadas por programa operacional, em função dos respectivos objectos de

intervenção. Assim, o somatório em causa tem em consideração os conteúdos

verificados em cada intervenção nas empresas/ estabelecimentos/ estaleiros/

serviços/ locais de trabalho (universo identificado nas fichas de acção operacional). O

número desagregado de empresas/ estabelecimentos/ estaleiros/ serviços/ locais de

trabalho visitados, sem que se considerem os conteúdos verificados em cumprimento

dos programas do Plano, é de 40 758, em 2009, tendo sido de 27 383, em 2008.

oenças profissionais certificadas por agentes causais com

N.º Tipo de visita %

56534 Visitas de iniciativa própria 69,6

13420 Visitas a pedido de terceiros 16,5

11259 Segundas visitas de inspecção 13,9

81213 Total de visitas 100 Quadro 25 – Visitas em cumprimento do Plano de Acção Inspectiva

Direcções Regionais

Visitas de

iniciativa própria

Visitas a

pedido de terceiros

Segundas

visitas de inspecção

TOTAIS

D.R.Norte 16919 4894 2962 24775

D.R.Centro 11377 1899 4016 17292

D.R.Lisboa V.Tejo 22417 5747 3577 31741

D.R.Alentejo 2831 359 334 3524

D.R.Algarve 2896 441 353 3690

DSAAI 94 80 17 191

TOTAL GLOBAL 56534 13420 11259 81213 Quadro 26 – Visitas inspectivas por Direcção Regional

Nota: Com a entrada em vigor da lei orgânica da ACT, em 1 de Outubro de 2007, foi criada uma direcção de serviços com competência inspectiva nos serviços centrais (DSAAI) – Vd. Cap. VII.

Page 64: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

63

Figura 21 – Distribuição do nº médio de visitas por inspector em cada Direcção Regional

No ano de 2009, em resultado do exercício da função inspectiva, os inspectores do

trabalho afectos aos serviços abrangidos pelas Direcções Regionais do Norte, Centro,

Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve efectuaram, respectivamente, em média,

335, 308, 369, 293 e 283 visitas inspectivas a estabelecimentos, locais de trabalho

ou sedes de empregadores.

Figura 22 – Visitas inspectivas

As visitas da ACT efectuadas no ano de 2009 abrangeram um total de 654 985

trabalhadores, sendo 265 831 (40,6 %) do sexo feminino e 389 154 ( 59,4 %) do

sexo masculino. 91 849 (14 %) dos trabalhadores abrangidos são contratados a

termo, 968 (0,1 %) trabalhadores independentes. Do universo de trabalhadores

abrangidos, 11 343 (1,7 %) são trabalhadores estrangeiros.

Dimensão (Por n.º de trabalhadores)

Número de Estabelecimentos %

0-9 29961 42,2

10-19 9845 13,9

20-49 10730 15,1

50-99 6078 8,5

100-199 4508 6,3

200-499 3620 5,1

500 + 6302 8,9

TOTAL 71044 100 Quadro 27 – Nº de estabelecimentos por dimensão (nº de trabalhadores)

0

100

200

300

400335 308

369

293 283

Iniciativa70%

Pedido16%

2ª visitas14%

Page 65: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

64

Descrição 2005 2006 2007 2008 2009

Visitas Inspecção (a) 53.651 65.284 60.989 71.442 81.213

Iniciativa (a) 23.838 34.683 33.684 48.144 56.534

A pedido (a) 14.545 14.261 11.549 13.329 13.420

2ªs visitas (a) 15.268 16.340 15.756 9.969 11.259

Establ. Visitados 31.593 35.662 38.348 62.477 71.044

Iniciativa 18.291 23.843 27.583 48.781 57.164

A pedido 13.302 11.819 10.765 13.696 13.880

N.º Trabalhadores 550.535 568.926 564.715 620.246 654.985

Homens 391.949 443.917 433.915 366.275 389.154

Mulheres 158.586 125.009 130.800 253.971 265.831

Menores 18 anos 110 71 53 158 92

Menores 16 anos 12 13 5 29 8

Contratos a Termo 43.030 28.732 42.072 86.305 91.849

Homens 28.728 19.150 23.723 48.363 50.245

Mulheres 14.302 9.582 18.349 37.942 41.604

Menores 18 anos 110 71 53 0 0

Trab. Independentes 259 589 343 1.001 968

Trab. Estrangeiros 4.898 2.723 3.668 9.595 11.343

Quadro 28 – Visitas inspectivas, estabelecimentos visitados e trabalhadores abrangidos

(a)Dados correspondentes à especificação constante do Quadro 17.

As actividades com maior incidência na acção da ACT no decurso do ano de 2009,

incluíram os cinco sectores de actividade indicados no quadro seguinte que

concentraram aproximadamente 68% das visitas de inspecção, 40% dos

trabalhadores e 40% dos estabelecimentos visitados.

Actividades N.º Visitas Inspecção

% N.º Trab. % N.º Estab. Visitados

%

Constr. Civil 27964 34,4 55034 8,4 15530 21,9

Serv.Prest. Empr. 7680 9,5 43378 6,6 3882 5,5

Comércio Retalho 9487 11,7 99832 15,2 3727 5,2

Ind. Hoteleira 5854 7,2 28741 4,4 2392 3,4

Transp.Armaz. 4728 5,8 38934 5,9 3054 4,3

Totais parcial 55713 68,6 265919 40,6 28585 40,2

Outras actividades 25500 31,4 389066 59,4 42459 59,8

Total global 81213 100 654985 100 71044 100

Quadro 29 – Actividades com maior incidência na acção da ACT

Page 66: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

65

Figura 23 – Acção inspectiva – principais indicadores

Figura 24 – Visitas por actividades económicas mais significativas

Para melhor entendimento dos dados apresentados, nomeadamente o facto de as

visitas serem referenciadas a empresas/ estabelecimentos/ estaleiros/ serviços/

locais de trabalho, deve ser consultado cada programa do Plano de Acção Inspectiva

2008-2010.

4.4.2. Informações elaboradas Em resultado da actividade desenvolvida, foram elaboradas pelos serviços

desconcentrados da ACT, no ano de 2009, 72 408 informações técnicas indicadas no

quadro seguinte. A estas, acrescem as informações prestadas pela DSAAI – Direcção

de Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva, por correio (1255) e por correio

electrónico ( 11 926).

Informações no ano de 2008 N.º %

Iniciativa 54806 75,7

A pedido dos sindicatos 2502 3,5

A pedido dos trabalhadores 9956 13,7

A pedido de outras entidades 5144 7,1

Total 72408 100 Quadro 30 – Informações técnicas por origem (serviços desconcentrados)

8121361834

71044

34091

1915 671214583

113

0 50001000015000200002500030000

Outras actividades

Construção civil

Serviços prestados

Comércio a retalho

Indústria hoteleira

Tansportes e armazenagem

Page 67: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

66

Figura 25 – Informações técnicas (serviços desconcentrados)

Às informações prestadas pelos serviços desconcentrados, acrescem 13 181 da área

inspectiva nos serviços centrais (gestão do correio electrónico).

2005 2006 2007 2008 2009

Total Informações 42.528 53.244 54.095 65.169 72.408

Iniciativa 25.723 36.862 39.545 49.496 54.806

Segurança, Higiene 10.357 14.431 16.842 21.477 23.405

Outras 15.366 22.431 22.703 28.019 31.401

. Pedido Sindicatos 2.560 2.442 2.473 2.455 2.502

Segurança, Higiene 250 286 311 219 228

Outras 2.310 2.156 2.162 2.236 2.274

. Pedido Trabalhadores 7000 7.162 6510 7.714 9.956

Segurança, Higiene 410 642 637 580 655

Outras 6.590 6.520 5.873 7.134 9.301

. Outros Departamentos 7.245 6.778 5.567 5.504 5.144

Segurança, Higiene 2.331 2.454 2.602 2.912 1.202

Outras 4.914 4.324 2.965 2.592 3.942

Seg. Higiene 13.348 17.813 20.392 25.188 25.490

Outras 29.180 35.431 33.703 39.981 46.918 Quadro 31 – Informações técnicas – distribuição nos anos 2005 a 2009 (serviços

desconcentrados)

4.4.3. Pedidos de intervenção

No ano de 2009 deram entrada nos diversos serviços desconcentrados 18723

pedidos de intervenção com a origem descrita no quadro seguinte.

N.º Origem %

10999 Trabalhadores 58,7

2472 Sindicatos 13,2

1254 Empresas 6,7

3998 Outras entidades 21,4

18723 Total 100

Quadro 32 – Pedidos de intervenção inspectiva

01000020000300004000050000600007000080000

Ano 2005

Ano 2006

Ano 2007

Ano 2008

Ano 2009

42528

53244 54095

6516972408

Page 68: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

67

Origem 2005 % 2006 % 2007 % 2008 % 2009 %

Trabalhadores 7.601 42,7 8.280 43,2 6.678 44,7 8150 48,9 10999 58,7

Sindicatos 2.452 13,8 2.892 15,1 2.370 15,9 2343 14,1 2472 13,2

Empresas 1.538 8,6 1.369 7,1 896 6,0 894 5,4 1254 6,7

Outros 6.211 34,9 6.620 34,5 4.981 33,4 5288 31,7 3998 21,4

Total 17.802 100 19.161 100 14.925 100 16675 100 18723 100 Quadro 33 – Evolução dos pedidos de intervenção 2005/2009

Figura 26 – Pedidos de intervenção entrados/ concluídos

Actividades Pedidos Entrados %

Pedidos Solucionados %

Construção Civil 2549 13,6 2501 14,7

Comércio Retalho 1977 10,6 1791 10,5

Serviços Prestados 2423 12,9 1944 11,4

Industria Hoteleira 2072 11,1 1915 11,3

Serv. Sociais Prest.Colectiv. 1105 5,9 967 5,7

Sub total 10126 54,1 9118 53,6

Outras actividades 8597 45,9 7893 46,4

Total global 18723 100 17011 100 Quadro 34 – Pedidos de intervenção por actividades mais significativas

4.4.4. Infracções e sanções

No ano de 2009 e em resultado da acção inspectiva desenvolvida, foram autuadas 14

583 infracções, a que corresponde um montante mínimo de coimas de 18 791 088 €

e um máximo de 58 629 838 €.

16000 16500 17000 17500 18000 18500 19000

Pedidos entrados

Pedidos solucionados

18723

17011

Page 69: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

68

Os sectores da construção civil, serviços prestados às empresas, comércio a retalho,

indústria hoteleira, transportes e armazenagem concentraram, em 2009, 68,2 % do

total de infracções autuadas.

Actividades Infracções

autuadas

%

Valor Coimas (euros)

Mín Máx.

Construção Civil 3492 23,9 5705279 22423658

Serv. Prest. Emp. 1470 10,1 2149890 6217039

Comércio Retalho 1944 13,3 2204876 5352620

Indústria Hoteleira 2016 13,8 1939330 4641428

Transportes e Armazenagem 1029 7,1 961459 3142282

Sub total 9951 68,2 12960834 41777027

Outras actividades 4632 31,8 5830254 16852811

Total global 14583 100 18791088 58629838

Quadro 35 – Infracções por actividades (de maior incidência)

Figura 27 – Infracções autuadas por actividades

Figura 28 – Coimas aplicadas – Montantes mínimo e máximo

Outras actividades

32%

Construção civil24%

Serviços prestados

10%

Comércio a retalho

13%

Indústria hoteleira

14%

Transportes e

armazenagem7%

18.791.088,00 €

58.629.838,00 €

7.077.953,00 €

27.255.523,00 €

9.204.472,00 €

23.324.736,00 €

2.324.180,00 €

7.384.469,00 €

Total SST Trabalho

digno

Acção

reactiva

a

Page 70: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

69

Discriminação 2005 2006 2007 2008 2009

Total de infracções 12.366 14.751 13.342 14.932 14.583 Infracções / Discrimi. / garantias das partes 1022 936 843 871 1463

Garantias das partes 646 543 485 437 650

Igualdade e não discriminação 22 27 25 20 109

Retribuição 240 251 167 191 455

Contratos a termo 114 115 166 223 249

Tempo Trabalho 3.292 3.775 3.609 3.850 3961

Duração e organização tempo de trabalho 963 951 963 973 1389

Elaboração, afixação mapas, horário trabalho 1.401 1.470 1.793 1.613 1530

Horário de Trabalho Circulação de veículos 560 978 372 908 791

Registo trabalho suplementar 368 376 481 356 251

Férias 202 202 222 133 190

Mapas de férias 202 202 222 133 190

Mapas de Quadros de Pessoal 303 3051 193 328 149

Regulam. Colectiva Trabalho 194 213 293 295 457

Estrangeiros 541 366 371 325 284

Seg., Higiene e Saúde no Trabalho 2.209 2.361 2.660 3.612 2535

Princípios gerais de prevenção 104 153 207 127 107

Informação e consulta 1 8 12 7 14

Formação 994 35 29 133 80

Actividade SHST- vigilância da saúde 125 1196 1378 2017 1130

Actividades emergência 225 6 7 5 13

Coord. act. Externas 16 10 9 11 13

Organização serviços SHST 76 22 19 28 49

Seguro de acidentes de trabalho 478 493 574 960 941

Doc. Obriga. - comunicação acidentes 35 105 115 141 76

Doc. - actividades SHST 16 33 48 53 20

Doc. Obrig.- modalidades serviços SHST 2 14 16 38 24

Doc. Obrig – Relatório anual de actividade 8 37 40 35 13

Outras infracções 129 249 206 57 55

Regras de segurança sectoriais 2.628 1.791 2.939 2.898 1960

Segurança na construção 2.618 1.777 2.932 2.888 1956

Segurança na industria extractiva 8 11 6 10 4

S.H.S.T navios de pesca 2 3 1 - -

Riscos específicos 186 213 298 268 410

Locais de trabalho 53 50 94 70 139

Directiva máquinas 1 - - 2 1

Equipamentos de trabalho 100 140 161 146 187

Equipamentos com visor - - - 2 -

Equipamento de protecção individual 20 12 13 15 19

Movimentação manual de cargas 1 - 1 4 4

Sinalização segurança e saúde no trabalho 9 2 12 8 12

Ruído 1 2 3 3 11

Amianto - 6 12 8 25

Chumbo 1 - - - -

Atmosferas explosivas - - - 2 1

Agentes químicos - - - 4 11

Agentes biológicos - 1 2 4 -

Apresentação / Envio Documentos 781 821 799 924 936

Remuneração Mínima Mensal 2 - - - -

Legislação Desemprego 476 462 496 691 884

Trabalho Temporário 98 43 65 56 43

Título Profissional 8 7 3 13 11

Dever Informação a Trabalhadores 70 105 91 94 83

Trabalho de Menores 43 55 69 25 26

Cessação de contrato de trabalho - - - - 847

Diversos 311 350 391 549 344

Total de Coimas ( euros) 16.405.242 16.008.854 19.778.552 18.423.747

18.791.088

Quadro 36 – Ilícitos contra-ordenacionais (Infracções)

Page 71: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

70

Figura 29 – Ilícitos contra-ordenacionais por Direcção Regional e DSAAI

Figura 18 – Ilícitos contra-ordenacionais por Serviço

Figura 31 – Ilícitos contra-ordenacionais por Serviço

Figura 31 – Ilícitos contra-ordenacionais/ coimas aplicadas

Direcções Regionais e DSAAI

0

1000

2000

3000

4000

50004784

2590

4911

1019 1266

13

0200400600800

1000120014001600

0

2000000

4000000

6000000

8000000 4842155

3398535

7362423

13346391835382

17952

Page 72: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

71

Figura 32 – Ilícitos contra-ordenacionais/ coimas aplicadas

Serviços desconcentrados

4.4.5. Apuramentos salariais e contribuições para a segurança social No ano de 2009 foram realizados apuramentos salariais que beneficiaram 12 222

trabalhadores, com um valor de 15 387 196 euros e 4 289 749 euros de

contribuições para a Segurança Social, perfazendo um total de 19 676 945 euros.

Remuneração Base € 9 694 453

Subsídio Natal € 796 197

Subsídio Férias € 685 674

Férias € 94 670

Outros € 4 116 201 Total de Créditos a Trabalhadores € 15 387 196

Prestações Sociais € 4 289 749

Total global € 19 676 945

Quadro 37 – Apuramentos salariais e prestações sociais

UL de Braga

CL do Nordeste Transmontano

UL de Penafiel

CL do Alto Minho

UA CL do Douro

CL do Baixo Vouga

UL da Covilhã

UA CL do Mondego

CL do Lis

UA CL da Lezíria e Médio Tejo

CL de Lisboa Ocidental

UA CL do Oeste

CL da Península de Setúbal

UL de Setúbal

CL do Alentejo Central

UL de Faro

DSAAI

393495432348

1507151367323

1155535728824

195165398290

20456351470

725465160684149518

563171480282

429294538648

476639173763

18948151448548

614239210086

356217764266

645627778218

425486507689

401463772093

106328817952

Page 73: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

72

Ano Total de Créditos a Trabalhadores

Contribuições P/Seg. Social

Total Trabalhadores Beneficiados

2005 € 6.594.672 € 4.745.739 € 11.340.411 4.169

2006 € 10.692.995 € 6.135.553 € 16.828.548 4.427

2007 € 12.032.380 € 4.421.622 € 16.454.002 8.177

2008 € 11.265.569 € 4.580.993 € 15.846.562 8.875

2009 € 15.387.196 € 4.289.749 € 19.676.945 12.222 Quadro 38 – Evolução dos apuramentos salariais e contribuições para a Segurança Social

Actividades N.º

Trab.

Montante

Total Trab. Seg. Social

Construção Civil 882 € 2.238.393 € 2.017.640 € 220.753

Com. Retalho 1256 € 1.488.896 € 1.066.860 € 422.036

Ind. Hoteleira 1332 € 1.354.727 € 1.033.589 € 321.138

Serv.Prest.Colect 663 € 1.471.113 € 1.205.956 € 265.157

Serv. Prest. Empresas 1408 € 1.422.793 € 1.111.419 € 311.374

Sub total 5541 € 7.975.922 € 6.435.464 € 1.540.458

Outras actividades 6681 € 11.701.023 € 8.951.732 € 2.749.291

Total global 12.222 € 19.676.945 € 15.387.196 € 4.289.749 Quadro 39 – Apuramentos por actividade (de maior expressão)

Os montantes relativos às contribuições apuradas, quer para trabalhadores quer a

favor da Segurança Social, incluem importâncias pagas voluntariamente pelas

empresas após notificação da ACT para o efeito.

4.5. ACTIVIDADE DE CONTROLO INSPECTIVO NO DOMÍNIO DA SEGURANÇA E

SAÚDE DO TRABALHO A abordagem holística e integrada da prevenção de riscos profissionais, princípio

orientador basilar da directiva, compreende a conjugação de esforços dos agentes

públicos e privados e a compreensão de todos os componentes materiais do trabalho

como variáveis relevantes para a segurança e saúde nas organizações.

O bem estar nos locais de trabalho depende, pois, da correlação entre a definição de

políticas e programas de prevenção, o desenvolvimento das actividades de avaliação,

prevenção e controlo de riscos e de vigilância da saúde, as políticas de contratação,

de remuneração e de gestão de carreiras, de organização dos tempos de trabalho e

da promoção de espaços de diálogo entre os vários níveis hierárquicos e entre

empregadores, trabalhadores e seus representantes, critérios que devem orientar a

área inspectiva da ACT, na sua acção.

4.5.1. Considerações gerais No âmbito da verificação das condições de segurança e saúde no trabalho foram

visitados no ano de 2009, 26 636 estabelecimentos, que abrangeram 231 624

Page 74: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

73

trabalhadores, dos quais 82 627 eram do sexo feminino e 148 730 eram do sexo

masculino.

Descrição 2005 2006 2007 2008 2009

Estabelecimentos 20.788 26.151 26.211 23.884 26.636

Trabalhadores 269.689 372.503 373.943 235.915 231.624

Homens 216.235 315.905 311.302 153.594 148.730

Mulheres 53.454 56.598 62.641 82.321 82.867

Menores 55 36 18 - 27

Relatórios 12.567 18.512 20.392 25.188 24.957 Quadro 40 – Evolução da acção inspectiva no domínio da SST

Anos Total Estab.

Visitados Estab.

visitados SST. Ti % SST

N.º total Trab.

Trab. HST.

Ti % SST

2005 31.593 20.788 65,8 550.535 269.689 49,0

2006 35.600 26.151 73,4 568.926 372.503 65,5

2007 38.348 26.211 68,4 564.715 373.943 66,2

2008 62.477 23.884 38,2 620.246 235.915 38,0

2009 71.044 26.636 37,5 654.985 231.624 35,4 Quadro 41 – Incidência da acção inspectiva no domínio da SST

Siglas: SST (Segurança e saúde no trabalho), HST (Higiene e segurança no trabalho)

Actividades Estab.

Visitados %

Construção Civil 13944 52,4

Serv. Prest. Emp. 1863 7,0

Comércio Retalho 1920 7,2

Ind. Prod. Metálicos e Mat. Eléctrico 1294 4,9

Comércio Manutenção e Reparação Auto 500 1,9

Indústria Hoteleira 920 3,5

Sub total 20441 76,7

Outras actividades 6195 23,3

Total global 26636 100

Quadro 42 – Acção inspectiva no domínio da SST – sectores de maior incidência

As actividades com maior incidência de acção inspectiva desenvolvida no domínio

das condições de segurança e saúde no trabalho foram a construção civil, com 13

944 estabelecimentos visitados (52,4% do total), seguindo-se o comércio a retalho

(7,2% do total), os serviços prestados a empresas (7% do total), as indústrias de

produtos metálicos e material eléctrico (4,9% do total), a indústria hoteleira (3,5%),

o comércio, manutenção e reparação automóvel (1,9%). Nestas seis actividades

concentraram-se 76,7% dos estabelecimentos visitados.

4.5.2. Informações elaboradas em SST Do universo (72 408) de informações técnicas elaboradas, no período em análise,

25 490 (35,2% do total) reportam-se a matéria da segurança, higiene e saúde no

trabalho.

Page 75: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

74

4.5.3. Notificações para tomada de medidas, autos de notícia e

suspensões de trabalho em SST A actividade concreta desenvolvida pela ACT nos locais de trabalho exprime-se num

conjunto de instrumentos aplicados pelos inspectores do trabalho (notificações para

tomada de medidas, autos de notícia, suspensões imediatas de trabalho em

situações de perigo grave e iminente e participações crime). Tais instrumentos

revestem-se de uma natureza eminentemente preventiva na estratégia da

abordagem assegurada pelos inspectores do trabalho. Com efeito, a sua utilização

integra uma importante componente técnica que, associada ao exercício dos poderes

de autoridade dos inspectores, tem em vista obter melhorias nas condições de

trabalho, contribuindo para a redução da sinistralidade laboral. O sancionamento das

infracções verificadas cumpre também funções de prevenção, além de prosseguir

objectivos de assegurar a efectividade do direito.

Uma parte significativa destes procedimentos são efectuados com base em

disposições que transpõem Directivas Comunitárias.

Diplomas de transposição de Directivas Comunitárias

2005

2006

2007

2008

2009

Segurança Local de Trabalho 2133

3591

2778 5111 5420

Equipamento de Trabalho

1952

1825

1323 2213 2507

Equipamento com Visor

10

21

205 115 39

Equipamento-Protc.Individual

509

744

443 656 559

Movimentação Manual Cargas 23

76

414 197 555

Sinalização Segurança 319

493

286 566 582

Ruído 197

332

185 415 295

Chumbo 0

0

3 2 1

Agentes Biológicos 21

33

185 78 69

Agentes Cancerígenos 7

10

3 33 24

Amianto 14

63

101 177 272

Agentes Químicos 19

189

136 657 606

Actividades de SHST 3842

3076

1851 785 3827

Estaleiros 7263

9045

10525 15304 18802

Indústria Extractiva 106

280

157 70 13

Amosferas Explosivas -

-

- 16 15

Vibrações -

-

- 10 10

TOTAL 16415

19778

18595 26405 33596

Quadro 43 – Notificações para tomada de medidas por ano (Directivas Comunitárias)

Page 76: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

75

Das 33 596 notificações para tomada de medidas, 18 802 foram efectuadas ao

abrigo do diploma de transposição da Directiva Estaleiros Temporários ou Móveis (DL

n.º 273/2003).

Ano Visitas

Loca

is d

e

Tra

balh

o

Equip

. de

Tra

balh

o

E. P

. I.

Movim

.

Manual

de C

arg

as

Sin

aliz

. de

Segura

nça

Ruíd

o

Act

iv. d

e

SH

ST

Seg. T

rab.

Const

r.

Outr

os

TO

TAL

2005 20.788 53 156 20 1 9 1 1.600 2.618 379 5.073

2006 26.151 50 140 12 0 2 2 1.870 1.777 514 4.367

2007 26.211 94 161 13 1 12 3 1.759 2.932 206 5.181

2008 28.123 70 146 15 4 8 3 2071 2.888 122 5.327

2009 30.647 139 187 19 4 12 11 2535 1956 42 (a) 4 905

Quadro 44 – Procedimentos coercivos: evolução de 2005 a 2009 ( a) Inclui Agentes Quimicos (11), Atmosferas Explosivas (1), Agentes Biológicos (0), Directiva Máquinas (1), Equipamentos dotados de visor (0), Amianto (25) e Indústria Extractiva (4).

Ano 2005 2006 2007 2008 2009

TOTAL 2.281 1.853 2.380 2.056 1.915

Quadro 45 – Suspensões de trabalho no âmbito da Directiva Estaleiros Temporários ou Móveis

Os principais tipos de infracção objecto de procedimento não coercivo e coercivo no

âmbito da segurança e saúde nos locais de trabalho, estão indicados no quadro

seguinte.

Figura 33 – Acção inspectiva no domínio da SST (procedimentos)

3064733596

19154905

Visitas inspectivas Notificações tomada de medidas

Suspensões imediatas de

trabalho

Infracções autuadas

Page 77: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

76

Matérias

Notificações para tomada de medidas

% Infracções % Coimas

Total Autuadas Total (Mínimos)

Organização e Gestão S.H.S.T 3827 11,4 2535 51,7 4624990

Princípios gerais de prevenção 463 12,1 107 4,2 451908

Informação e consulta 269 7,0 14 0,6 72566

Formação 425 11,1 80 3,2 77604

Actividade SST- vigilância da saúde 833 21,8 1130 44,6 1117694

Actividade SST- estatística de sinistralidade 60 1,6 1 - 1440

Actividade SST- análise de acidentes 183 4,8 9 0,4 6996

Actividade SST- planeamento e programação 143 3,7 6 0,2 6834

Actividade SST- avaliação de riscos 400 10,5 32 1,3 61458

Actividade SST- insp. internas de segurança 49 1,3 - - -

Actividades emergência 263 6,9 13 0,5 76872

Coordenação de actividades externas 17 0,5 13 0,5 83520

Representantes Trabalhadores SST – Processo eleitoral 1 - 1 - 960

Organização serviços SST 169 4,4 49 1,9 106722

Seguro de acidentes de trabalho 0 - 941 37,1 2461818

Doc. obrigatórios - comunicação acidentes 5 0,1 76 3,0 59436

Doc. obrigatórios - actividades SST 364 9,5 20 0,8 19182

Doc. Obrigatórios - modalidades serviços SHST 109 2,8 24 1,0 7968

Doc. obrigatórios – relatório anual actividade 50 1,3 13 0,5 2988

Grupos vulneráveis-grávidas/menores 0 - 4 0,2 2496

Prescrições mínimas de SST-Equip. trabalho 9 0,2 1 - 5280

Outras Infracções 15 0,4 1 - 1248

Regras de segurança sectoriais 18815 56,0 1960 40,0 4490188

Segurança na construção 18802 99,9 1956 99,8 4486444

Segurança na indústria extractiva 13 0,1 4 0,2 3744

Riscos específicos 10954 32,6 410 8,3 885813

Locais de trabalho 5420 49,5 139 33,9 367074

Máquinas 0 - 1 0,3 249

Equipamentos de trabalho 2507 22,9 187 45,6 336270

Equipamentos com visor 39 0,4 - -

Equipamento de protecção individual 559 5,1 19 4,6 19764

Movimentação manual de cargas 555 5,1 4 1,0 5166

Sinalização 582 5,3 12 2,9 17772

Ruído 295 2,7 11 2,7 59238

Chumbo 1 - - - -

Amianto 272 2,5 25 6,1 58380

Atmosferas explosivas 15 0,1 1 0,2 4284

Vibrações 10 0,1 - - -

Agentes químicos 606 5,5 11 2,7 17616

Agentes cancerígenos 24 0,2 - - -

Agentes biológicos 69 0,6 - - -

TOTAL 33 596 100 4 905 100 10 000 991

Quadro 46 – Procedimentos coercivos e não coercivos no domínio da SST, por matérias

Page 78: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

77

4.5.4. Licenciamento industrial

Nos termos do regime de exercício da actividade industrial, aprovado pelo Decreto-

Lei nº 209/2008, de 29-10, a Autoridade para as Condições do Trabalho participa

nos processos de licenciamento industrial, emitindo “parecer”, a solicitação da

respectiva entidade coordenadora, e integrando as “vistorias” conjuntas com a

entidade licenciadora e demais entidades participantes a efectuar aos

estabelecimentos industriais antes de iniciarem a respectiva laboração ou na

sequência de alterações à configuração do processo produtivo, tendo em vista

assegurar uma intervenção no domínio da segurança do trabalho na fase de projecto

(segurança integrada).

Neste contexto, no ano de 2009, os inspectores do trabalho emitiram pareceres e

participaram em vistorias, conforme o quadro evolutivo seguinte.

Actividades 2006 2007 2008 2009

(CAE)

N.º

de

Pareceres

N.º

de

Vis

toria

s

N.º

de

Pareceres

N.º

de

Vis

toria

s

N.º

de

Pareceres

N.º

de

Vis

toria

s

N.º

de

Pareceres

N.º

de

Vis

toria

s

101/132 – Extrt. Produtos Energéticos e Metálicos 2 4 0 0 4 4 1 1

141/145 – Extr. Minerais não metálicos 50 43 77 55 86 115 51 62

151/160 – Industria Alim. Bebidas, Tabaco 477 354 393 470 183 297 118 132

171/177 – Indústria Têxtil 39 42 41 54 38 56 8 10

181/183 – Indústria Vestuário e Confecção 5 15 22 33 11 22 13 14

191/192 – Indústria de Curtumes 6 14 6 13 6 9 4 6

193 - Indústria de Calçado 4 10 16 18 12 19 6 6

201/205 – Indústria de Madeiras e cortiça 104 137 48 70 42 50 23 26

211/212 – Indústria de Papel 10 20 10 14 9 10 8 7

221/223 – Indústria Artes Gráficas, Edição, Publica. 17 21 15 21 12 19 9 15

231/233 – Ind. Coque, Prod. Petr.Com. Nucl. 14 4 5 1 5 6 3 3

241/252 – Indústria Química 66 97 98 79 60 95 36 47

261/262 – Indústria Porcelana, Olaria, Vidro 34 69 28 21 11 15 3 4

263/268 – Indústria Cerâmica e Cimento 175 212 63 82 121 135 77 77

271/278 – Indústria Metalúrgica de Base 36 56 21 20 7 15 8 10

281/355 – Indústria Produtos Met. Material Eléctrico 213 273 146 168 150 166 78 97

361/372 - Outras Indústria Transformadoras 131 95 49 63 61 83 19 21

551/555 – Indústria Hoteleira e Similares (Catering) 10 6 16 17 17 22 5 8

TOTAL 1.393 1.472 1.054 1.199 835 1.138 470 546

Quadro 47 – Licenciamento industrial

Page 79: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

78

Verifica-se um decréscimo do número de pareceres emitidos e vistorias efectuadas,

face a alterações do quadro normativo e a uma diminuição de solicitações das

entidades coordenadoras.

4.5.5. Acidentes de trabalho objecto de inquérito pela ACT

Compete aos inspectores do trabalho proceder à realização de inquéritos de

acidentes de trabalho, em especial sobre os acidentes mortais ou que revistam

carácter grave ou frequente. Esta tarefa é de importância fundamental porque

permite estudar as medidas susceptíveis de evitar a sua repetição, propor, fazer

aplicar e acompanhar a efectivação das medidas de controlo que se demonstrem

necessárias. Acessoriamente, a ACT pode ser solicitada a realizar “inquérito urgente

e sumário” de acidente de trabalho para servir de apoio à actividade dos Tribunais de

Trabalho no âmbito do papel que desempenham de no sistema de reparação de

danos emergentes de acidentes de trabalho ou dos Tribunais Judiciais, para

averiguação de responsabilidade penal.

4.5.5.1. Acidentes de trabalho mortais Constitui objectivo da ACT realizar inquérito sumário e urgente a todos os acidentes

de trabalho que tenham provocado a morte, socorrendo-se para o efeito de todas as

fontes, formais ou informais, de informação que permitam dar conta e abordar o

universo deste tipo de eventos, entre as quais as participações obrigatórias dos

empregadores e, no caso da construção civil, das entidades executantes e dos donos

de obra, as participações das autoridades policiais e a comunicação social. Nestas

circunstâncias e por actividades económicas mais significativas, a incidência dos

inquéritos realizados a acidentes de trabalho mortais é a que resulta do quadro

seguinte.

Actividade económica N.º %

Construção Civil 56 48,7

Indústria Extractiva Minerais não Metálicos 9 7,8

Agricultura/Pecuária/Sev. Agric. 8 7,0

Indústria Prod. Met.Mat.Eléctr. 7 6,1

Administração Pública Regional 6 5,2

Serviços Prestados a Empresas 5 4,4

Indústria Cerâmica e Cimento 4 3,5

Ind.Madeiras e Cortiça 3 2,6

Ind. Aliment./Bebidas/Tabaco 3 2,6

Indústria Têxtil 3 2,6

Silvicultura /Exploração Florestal 2 1,7

Com. Grosso 2 1,7

Serv. Sociais Prest. Colectividade 2 1,7

Transportes e Armazenagem 2 1,7

Serv. Saneamento e Limpeza 1 0,9

Indústria Química 1 0,9

Outras Indústrias Transformadoras 1 0,9

TOTAIS 115 100 Quadro 48 – Inquéritos de acidente de trabalho mortal por actividade económica

Page 80: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

79

Figura 34 – acidentes de trabalho mortais por sector de actividade

Tipo empresa

por n.º de trabalhadores. Totais % Construção %

De 1 – 9 41 35,7 26 46,4

De 10 – 20 23 20 12 21,4

De 21 – 50 10 8,6 2 3,6

Com >50 41 35,7 16 28,6

TOTAL 115 100 56 100 Quadro 49 – Acidentes mortais pela dimensão da empresa

Quanto à dimensão das empresas onde ocorreram acidentes de trabalho mortais,

verifica-se que 35,7% desses acidentes ocorreu em micro empresas.

Figura 35 – Acidentes de trabalho mortais pela dimensão da empresa

0102030405060

10

31

56

7 2 6 3

0

10

20

30

40

50

De 1-9 De 10-20 De 21-50 Com >50

41

23

10

41

Page 81: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

80

Dia da semana N.º % Construção %

2ª feira 24 20,9 9 16,1

3ª feira 23 20 15 26,8

4ª feira 17 14,8 11 19,6

5ª feira 18 15,6 6 10,7

6ª feira 20 17,4 8 14,3

Sábado 12 10,4 7 12,5

Domingo 1 0,9 - -

TOTAL 115 100,0 56 100,0

Quadro 50 – Acidentes de trabalho mortais por dia da semana

Quanto aos dias da semana em que se verificaram acidentes de trabalho mortais nos

locais de trabalho, verifica-se que 20,9% desses acidentes ocorreu a uma 2ª feira.

Figura 26 – Acidentes de trabalho mortais por dia da semana

No que respeita à forma como ocorreram os acidentes de trabalho mortais verifica-

se a predominância das quedas em altura e do choque por objectos.

Forma Nº % Construção %

Esmagamento 15 13 3 5,3

Queda em altura 26 22,6 23 41,1

Afogamento 1 0,9 - -

Choque objectos 23 20 10 17,9

Soterramento 3 2,6 3 5,3

Atropelamento 6 5,2 2 3,6

Electrocussão 10 8,7 6 10,7

Explosão 1 0,9 - -

Queda de nível 1 0,9 1 1,8

Queda de pessoas 5 4,3 2 3,6

Máquina agrícola 5 4,3 - -

Máquina 8 7 2 3,6

Outras formas 3 2,6 - -

Em averiguações 8 7 4 7,1

TOTAL 115 100 56 100

Quadro 51 – Acidentes mortais quanto à forma como ocorreram

0102030

24 23 17 18 2012

1

Page 82: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

81

Direcção Regional / Serviço Desconcentrado

2008

2009

D. R. Alentejo (Beja) 9 11

04 U L do Litoral e Baixo Alentejo Beja 3 3

10 C L do Alentejo Central Évora 6 5

18 C L do Alto Alentejo Portalegre 0 3

D. R. Algarve (Faro) 3 3

12 U L de Faro Faro 2 2

31 C L de Portimão Portimão 1 1

D. R. Centro (Viseu) 28 28

02 C L do Baixo Vouga Aveiro 9 8

07 C L da Beira Interior C.Branco 2 2

08 U L da Covilhã Covilhã 1 1

09 C L do Mondego Coimbra 7 4

11 U A ao C L Mondego Fig. Foz 2 2

13 C L da Beira Alta Guarda 1 3

16 C L do Lis Leiria 4 4

29 U L de Viseu Viseu 2 4

D. R. Lisb. V. Tejo (Setúbal) 43 35

01 C L da Península de Setúbal Almada 4 3

03 U L do Barreiro Barreiro 1 1

17 C L de Lisboa Oriental Lisboa 7 5

33 C L de Lisboa Ocidental Sintra 5 4

20 C L da Lezíria e Médio Tejo Santarém 8 4

23 U A ao C L da Lezíria e Médio Tejo Tomar 2 4

22 U L de Setúbal Setúbal 4 6

24 C L do Oeste T. Vedras 3 0

32 U A ao C L do Oeste C.Rainha 3 2

26 U L de V.Franca de Xira V. F. Xira 3 6

D. R. Norte (Braga) 37 38

05 U L de Braga Braga 8 7

14 C L do Ave Guimarães 4 4

06 C L do Nordeste Transmontano Bragança 2 1

19 C L do Grande Porto Porto 4 11

30 U L de Penafiel Penafiel 3 9

21 C L de Entre Douro e Vouga S.J Madeira 1 1

25 C L do Alto Minho V.Castelo 7 3

28 C L do Douro Vila Real 9 2

15 U A ao C L do Douro Lamego 2 0

TOTAL GERAL 120 115 Quadro 52 – Nº de acidentes de trabalho mortais por Direcção Regional e serviço

desconcentrado, conforme os anos

Page 83: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

82

Figura 37 – Acidentes de trabalho mortais quanto à forma

Figura 38 – acidentes de trabalho mortais por Distrito

Figura 39 – Acidentes de trabalho mortais por Distrito (construção)

05

1015202530

15

2623

610

5 58 9

93

111

36

35

36

153

208

103

24

AVEIRO

BRAGA

C. BRANCO

GUARDA

FARO

LISBOA

PORTO

SETUBAL

VILA REAL

31

60

14

10

23

102

105

61

01

AVEIRO

BRAGA

C. BRANCO

GUARDA

FARO

LISBOA

PORTO

SETUBAL

VILA REAL

Page 84: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

83

Por Direcção Regional, podemos verificar a seguinte distribuição dos acidentes

mortais ocorridos no ano de 2009.

Figura 40 – Acidentes de trabalho mortais por Direcção Regional

4.6. ACTIVIDADE DE INFORMAÇÃO E ACONSELHAMENTO

4.6.1. Considerações gerais No período de referência deste relatório foi dada particular atenção à função da ACT

no domínio da informação e aconselhamento a trabalhadores, empregadores e

seus representantes sobre a melhor forma de dar cumprimento à legislação sobre as

condições de trabalho. O desenvolvimento desta função e a sua visibilização pública

operou-se a partir da modernização e permanente actualização do sítio Internet

(www.act.gov.pt) que serviu de motor às diversas actividades necessárias para

assegurar a disponibilização de conteúdos úteis para os destinatários da acção da

ACT e que são descarregáveis gratuitamente.

Merecem destaque alguns dos conteúdos que a seguir se enumeram:

As publicações electrónicas, respeitantes à clarificação sobre alguns domínios

relevantes da lei para apoio de empregadores e trabalhadores;

A edição em papel de publicações (brochuras, folhetos e livros);

Os formulários relativos a obrigações de comunicação à ACT;

As listas de verificação, fundamentalmente para apoio a actividades de inspecção

interna de segurança e saúde no trabalho, particularmente nas PME‟s;

A actualização da informação sobre destacamento de trabalhadores nos países da

União Europeia, decorrendo da posição da ACT como serviço de ligação a outras

entidades que na UE detêm idêntica missão;

A inclusão das FAQ‟S (perguntas mais frequentes, permitindo, desta forma, dar

resposta a muitas das questões que habitualmente são colocadas);

Os dados estatísticos sobre acidentes de trabalho mortais objecto de inquérito da

ACT.

DRNorte33%

DRCentro24%

DRLVT30%

DRAlent.10%

DRAlg.3%

Page 85: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

84

Título Data

Relatório da OIT para o DNPST 2009 Abril

Código global de integridade para a Inspecção do Trabalho Abril

Sistema integrado de formação em Inspecção do Trabalho Maio

Código do Trabalho Maio

Saúde e segurança do trabalho: Notas historiográficas com futuro Julho

Brochura e Folheto da Comissão Europeia sobre “Violência contra Inspectores do

Trabalho” Novembro

Comunicações do “Dia Temático CARIT 2007” edição bilingue PT/EN Novembro

Directrizes práticas de carácter não obrigatório sobre a protecção da saúde e da segurança dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes químicos no trabalho

Dezembro

Risco de exposição a radiações ionizantes nos locais de trabalho Dezembro

Avaliação de riscos em adegas cooperativas: guia de apoio (reedição) Dezembro

Movimentação manual de cargas e trabalho sentado (reedição) Dezembro

Fábrica segura e saudável: o armazém (reedição) Dezembro

Construção: andaimes: guia prático Dezembro

Construção: estruturas e coberturas: guia prático Dezembro

Construção: espaços confinados: guia prático Dezembro

Construção: execução de valas e escavações: guia prático Dezembro

Construção: demolições: guia prático Dezembro

Construção: organização do estaleiro: guia prático Dezembro

Construção: remoção de fibrocimento: guia prático Dezembro

Construção: substâncias perigosas: guia prático Dezembro

Quadro 53 – Publicações em papel e electrónicas

Tema Tipo

Ampliação da lista de perguntas mais frequentes Faq‟s

Contrato de participação de menor em espectáculo ou

outra actividade de natureza cultural, artística ou

publicitária

Formulários

Comunicação de acidente de trabalho Formulários

Comunicação de admissão de menor sem escolaridade

obrigatória ou sem qualificação profissional Formulários

Comunicação de extinção de posto de trabalho Formulários

Page 86: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

85

Comunicação de início de actividade Formulários

Comunicação de suspensão do contrato de trabalho por

não pagamento pontual da retribuição Formulários

Notificação de actividades com exposição ao amianto Formulários

Regulamento interno de empresa Formulários

Actividades básicas de SST Listas de verificação

Actividades com exposição ao amianto Listas de verificação

Elevação e queda de objectos Listas de verificação

Operadores de caixa Listas de verificação

Padaria / Fabrico de Pão Listas de verificação

Postos de trabalho com equipamentos dotados de visor Listas de verificação

Quedas em altura Listas de verificação

Riscos Comuns às várias secções de um

Estabelecimento Comercial Listas de verificação

Riscos eléctricos Listas de verificação

Soterramento Listas de verificação

SST em PME´S do tipo industrial Listas de verificação

Talhos e peixarias Listas de verificação

Transportes em estaleiro Listas de verificação Quadro 54 – Listas de verificação, questionários e formulários

Tema Local Data N.º de participantes

Seminário “ Trabalho forçado e tráfico de seres humanos”

Hotel Fenix 2 e 3 de Fevereiro

39

Sessão de Lançamento “Direitos Fundamentais e Normas internacionais do Trabalho”

CCL

19 Fevereiro

manhã

200

Seminário Promover a

qualidade através da SST CCL

19 Fevereiro

tarde

454

Seminário Trabalho não declarado e irregular: realidades e estratégias

CCL 20

Fevereiro 231

Seminário no âmbito da

SEGUREX Estratégias de Segurança e saúde no trabalho: uma abordagem ibérica

CRFIL 20 Março 365

Tomada de posse dos

inspectores estagiários(100) Torre do Tombo 15 Abril 200

Congresso Internacional IALI

“A Inspecção do trabalho na direcção da mudança”

CRFIL 16 e 17

de Abril 197

Sessão Comemorativa do Dia Nacional da Prevenção

Assembleia da República 28 Abril 100

Page 87: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

86

Jornadas do Código do Trabalho

Universidade Católica do Porto

5 e 6 de Maio

344

Jornadas do Código do

Trabalho

Centro de Congressos dos Hospitais da Universidade de Coimbra

13 e 14

de Maio 334

Tomada de posse dos

inspectores estagiários (50) CCB 15 Maio 150

Jornadas do Código do Trabalho

CCL

19 e 20 de Maio

744

Seminário Internacional AISS

– Da Escola ao Trabalho CRFIL

1,2 e 3 de

Junho 151

Jornadas do Código do Trabalho – 2ª edição Lisboa

CCL

24 e 25 de Junho

209

Sessão de Lançamento do Estudo “Saúde e Segurança do Trabalho: Notas Historiográficas com Futuro”

Culturgest 13

Novembro 120

Quadro 55 – Colóquios e seminários organizados pela ACT

4.6.2. Serviço informativo presencial

A ACT assegura um serviço de atendimento presencial em cada um dos seus serviços

desconcentrados distribuídos pelo território continental, bem como nas Lojas do

Cidadão.

Discriminação 2005 2006 2007 2008 2009

Total Utilizadores 323.668 276.293 292.568 335.170 429.704

Assuntos tratados 1.119.946 731.043 795.737 711.607 912.718

Reclamações recebidas 1.765 1.482 3.251 2.626 2.566

Quadro 56 – Utilizadores dos serviços de atendimento

Além do atendimento presencial cujos dados constam do Quadro 48, considerando o

número médio semanal estimado, as respostas a solicitações escritas foram 2650, os

assuntos apresentados em correio electrónico foram 1750 e os atendimentos

telefónicos foram 3500.

4.7. PRINCIPAL INCIDÊNCIA DE ACÇÃO INSPECTIVA

4.7.1. EIXO I – PROMOÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

A prevenção de riscos profissionais, conforme a abordagem proposta pela Directiva-

Quadro 89/391/CE, considera conjuntamente o emprego e a qualidade de vida no

trabalho, assente na participação e no diálogo social, os riscos tradicionais, os novos

Page 88: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

87

riscos e a organização do trabalho como factores indivisíveis de um mesmo

problema.

A abordagem holística e integrada da prevenção de riscos profissionais, princípio

orientador basilar da directiva, compreende a conjugação de esforços dos agentes

públicos e privados e a compreensão de todos os componentes materiais do trabalho

como variáveis relevantes para a segurança e saúde nas organizações.

O bem estar nos locais de trabalho depende, pois, da correlação entre a definição de

políticas e programas de prevenção, o desenvolvimento das actividades de avaliação,

prevenção e controlo de riscos e de vigilância da saúde, as políticas de contratação,

de remuneração e de gestão de carreiras, de organização dos tempos de trabalho e

da promoção de espaços de diálogo entre os vários níveis hierárquicos e entre

empregadores, trabalhadores e seus representantes, critérios que orientaram a área

inspectiva da ACT, na sua acção, no ano de 2009, nos programas infra identificados.

4.7.1.1. Programa 1 – Campanha de Avaliação de Riscos e Desenvolvimento da Prevenção em Micro e Pequenas Empresas

A identificação de perigos e a avaliação de riscos nos locais de trabalho, na fase de

concepção de instalações, equipamentos, substâncias e procedimentos é um dos

momentos essenciais de uma política de segurança e saúde no trabalho de

qualidade. A prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais, no entanto,

não se esgota na avaliação de riscos, devendo fazer parte de um processo coerente e

integrado de melhoria contínua, planificado e permanentemente verificado.

As pequenas e médias empresas, que constituem cerca de 90% do tecido

empresarial português, são organizações que, pelas suas características pouco

estruturadas, estão habitualmente mais afastadas dos processos de informação e

que tendem a ver a segurança e saúde no trabalho como um custo desnecessário.

Por outro lado, não obstante a sua dimensão, estas empresas participam em todos

os sectores económicos, muitas vezes como agentes subcontratados de empresas de

maior dimensão e empregam, no seu todo, um número muito significativo de

trabalhadores.

As características deste segmento empresarial justificam que, em articulação com a

área técnica da prevenção, com os parceiros sociais e com a sociedade académica e

tecnológica tivesse sido realizada, no ano de 2009, uma campanha de âmbito

nacional para potenciar fins de disseminação de informação tendente ao aumento da

cultura de segurança, desenvolvida através de estratégias de sensibilização e apoio

técnico, mas também de acompanhamento e intervenção no terreno com vista à

obtenção de maiores níveis de segurança e saúde nos locais de trabalho.

Foi, assim, iniciado um programa, desenvolvido através de 2 acções de âmbito

sectorial, que tem na Campanha Europeia de Avaliação de Riscos em PME a sua

continuidade. Observe-se que, devido a atrasos no processo de aprovação da

candidatura do projecto junto da Comissão Europeia, o desenvolvimento da

Campanha em matéria de avaliação de riscos na utilização de substâncias perigosas

decorre sobretudo em 2010.

Page 89: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

88

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

31 38 38 2 37 5 5.916 15.233

Quadro 57 – Programa 1 – Campanha de Avaliação de Riscos e Desenvolvimento da Prevenção em Micro e Pequenas Empresas

No ano de 2009, foram realizadas 38 visitas dirigidas à avaliação de riscos e ao

desenvolvimento da prevenção em micro e pequenas empresas dos sectores

primário, transformador e terciário.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito do Programa 1, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 5 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 5 916. Foi adoptado o procedimento de notificação

para tomada de medidas relativamente a 38 situações irregulares verificadas em

matéria de avaliação de riscos e prevenção em micro e pequenas empresas.

4.7.1.2. Programa 2 – Promoção da Segurança e Saúde nos Locais de Trabalho

Dadas as metas da Estratégia Comunitária até 2012 e da Estratégia Nacional para a

Segurança e Saúde no Trabalho 2008-2012, cabe à ACT dar um contributo de relevo

para a diminuição da sinistralidade laboral e das doenças profissionais nos próximos

anos. Assim, os esforços da organização são orientados em grande medida para

vectores associados às matérias de segurança e saúde no trabalho.

Foi perspectivada a intervenção de âmbito nacional em sectores de actividade que

têm estado menos representados na acção estruturada em anos anteriores,

alargando-se o domínio de acção sectorial da construção civil, da agricultura e da

indústria extractiva a outros, como o da indústria metalúrgica e metalomecânica, o

das indústrias de transformação alimentar, da agro-pecuária e da exploração

florestal, realizando-se, também, uma acção de âmbito regional, cujos sectores são

identificados localmente entre as indústrias de maior expressão ou com maiores

níveis de risco ou sinistralidade.

Foram desenvolvidas acções transversais em empresas que utilizam substâncias

perigosas e que expõem os trabalhadores a risco de doença profissional, por

exemplo no domínio das perturbações músculo-esqueléticas ou da exposição ao

ruído.

Por fim, na acção denominada Novos Riscos Profissionais, desenvolveu-se a acção

inspectiva direccionada aos riscos psicossociais, como o stresse no trabalho e o

assédio.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

6832 7959 9397 386 6833 929 1.739.344 5.398.348

Quadro 58 – Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho

No ano de 2009, foram realizadas 7959 visitas dirigidas à promoção da segurança e

saúde nos locais de trabalho.

Page 90: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

89

Em resultado da actividade inspectiva realizada, no âmbito do Programa 2, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 929 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 1 739 344. Foi adoptado o procedimento de notificação

para tomada de medidas relativamente a 9397 situações irregulares verificadas em

matéria de condições de segurança e saúde nos locais de trabalho.

4.7.1.2.1. Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

A acção inspectiva dirigida às condições de segurança e saúde no trabalho na

indústria metalúrgica e metalomecânica incidiu na realização de visitas inspectivas

de controlo para verificação do cumprimento das prescrições mínimas de segurança

e saúde nos locais de trabalho, relativamente a segurança de instalações e de

equipamentos, circulação de pessoas, condições de iluminação e instalação eléctrica,

ventilação e ambiente térmico, armazenamento e manipulação de materiais,

organização do trabalho, protecção contra incêndios, dispositivos de emergência e

primeiros socorros, instalações sociais e de bem estar, transferência da

responsabilidade por acidente de trabalho, vigilância da saúde, informação e

formação em segurança e saúde no trabalho.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

620 819 1430 47 660 55 123.320 432.999

Quadro 59 – Acção 2.1 – Segurança e Saúde no Trabalho da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

No ano de 2009, foram realizadas 819 visitas dirigidas às condições de segurança e

saúde no trabalho na indústria metalúrgica e metalomecânica.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 2.1, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 106 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 123 320. Foi adoptado o procedimento de notificação

para tomada de medidas relativamente a 1430 situações irregulares verificadas. Foi

objecto de notificação de suspensão imediata de trabalhos, na indústria metalúrgica

e metalomecânica, uma situação causadora de probabilidade séria de lesão da vida,

integridade física ou saúde dos trabalhadores.

4.7.1.2.2. Segurança e Saúde no Trabalho em Indústrias com Utilização de Substâncias Perigosas

A acção de segurança e saúde no trabalho em indústrias com utilização de

substâncias perigosas incidiu na realização de visitas inspectivas de prevenção e

controlo para verificação do cumprimento das prescrições mínimas de segurança e

saúde nos locais de trabalho com utilização de substâncias perigosas, relativamente

à avaliação do risco de exposição dos trabalhadores, implementação de medidas de

prevenção e controlo do risco, sinalização de segurança, rotulagem dos produtos,

organização e arquivo de registos documentais referentes à utilização de substâncias

perigosas (nomeadamente, as fichas de dados de segurança), informação e

Page 91: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

90

formação dos trabalhadores, vigilância da saúde e transferência da responsabilidade

por acidente de trabalho.

Os sectores de actividade abrangidos foram definidos regionalmente, com prioridade

para o tratamento de peles, fabrico de fibras sintéticas, fabrico de pigmentos, tintas,

vernizes, resinas, esmaltes, lacas, colas, adesivos, decapantes, solventes, corantes,

cosméticos, sabões, perfumes, fertilizantes, pesticidas, abrasivos, enchimento de

extintores, tratamento de couros e madeiras, pirotecnia, fabrico e transformação de

vidro, borracha, plásticos, lâmpadas, extracção e transformação de minérios, fabrico

de calçado, fabrico de mobiliário, limpeza a seco, trabalhos de reparação naval,

garagens e oficinas de reparação automóvel, minas, pedreiras, indústria cerâmica,

cortiça, fabrico, ensacagem e transporte de cimento e refinarias.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

515 732 1086 63 639 90 127.086 351.494

Quadro 60 – Acção 2.2. – Segurança e Saúde no Trabalho em Indústrias com Utilização de Substâncias Perigosas

Foram realizadas 732 visitas dirigidas às condições de segurança e saúde no trabalho

em indústrias com utilização de substâncias perigosas.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 2.2, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 90 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 127 086. Foram objecto de notificação de suspensão

imediata de trabalhos, em indústrias com utilização de substâncias perigosas, duas

situações causadoras de probabilidade séria de lesão da vida, integridade física ou

saúde dos trabalhadores. Foi adoptado o procedimento de notificação para tomada

de medidas relativamente a 1086 situações irregulares verificadas.

4.7.1.2.3. Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria Alimentar

A acção inspectiva efectuada no âmbito das condições de segurança e saúde no

trabalho na indústria alimentar implicou a realização de visitas de prevenção e

controlo para verificação do cumprimento das prescrições mínimas de segurança e

saúde em empresas da indústria alimentar, relativamente à segurança de instalações

e equipamentos, circulação de pessoas e equipamentos, condições de iluminação e

instalação eléctrica, armazenagem e manipulação de materiais, movimentação

manual de cargas, exposição dos trabalhadores a riscos químicos e biológicos,

informação e formação dos trabalhadores, protecção contra incêndios, dispositivos

de emergência e primeiros socorros, vigilância da saúde e transferência da

responsabilidade civil por acidente de trabalho.

As intervenções inspectivas incidiram, prioritariamente, nos sectores de actividade

de reparação e conservação de carne, preparação, conservação, secagem, salga e

congelação de pescado, conservação de frutos e produtos hortícolas, produção de

óleos e gorduras animais e vegetais, produção de lacticínios, transformação de

cereais e leguminosas, fabricação de alimentos para animais, panificação e

pastelaria, fabrico de massas alimentícias e similares e indústria das bebidas.

Page 92: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

91

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

325 374 524 42 285 73 189.285 768.030

Quadro 61 – Acção 2.3. – Segurança e Saúde no Trabalho na indústria alimentar

No ano de 2009, foram realizadas 374 visitas dirigidas às condições de segurança e

saúde no trabalho na indústria alimentar.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 2.3, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 73 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 189 285. Foi adoptado o procedimento de notificação

para tomada de medidas relativamente a 73 situações irregulares verificadas.

4.7.1.2.4. Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Agro-pecuária e Indústria Florestal

A acção inspectiva de prevenção e controlo de condições de segurança e saúde no

trabalho na agricultura, agro-pecuária e indústria florestal teve como conteúdos a

realização de visitas de verificação do cumprimento das prescrições mínimas de

segurança e saúde nas explorações agrícolas, agro-pecuárias e na exploração

florestal, relativamente a segurança de instalações e equipamentos, circulação de

pessoas e equipamentos, armazenagem e manipulação de materiais, movimentação

manual de cargas, exposição dos trabalhadores a riscos químicos e biológicos,

informação e formação dos trabalhadores, vigilância da saúde e transferência da

responsabilidade civil por acidente de trabalho.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

116 130 323 0 96 64 85.542 231.476

Quadro 62 – Acção 2.4. – Segurança e Saúde na Agricultura, Agro-pecuária e Indústria Florestal

Foram efectuadas 130 visitas dirigidas às condições de segurança e saúde na

agricultura, agro-pecuária e indústria florestal, das quais resultou o levantamento de

64 autos de notícia, a que correspondeu a aplicação de coimas no montante de € 85

542. Foi adoptado o procedimento de notificação para cumprimento de medidas de

prevenção relativas a 323 situações irregulares constatadas. Foi objecto de

notificação de suspensão imediata de trabalhos uma situação de probabilidade séria

de lesão da vida, integridade física ou saúde dos trabalhadores.

4.7.1.2.5. Prevenção de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais em Outros Sectores de Actividade

A acção 2.5, de prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais

desenvolveu-se mediante a realização de visitas inspectivas para verificação das

condições de trabalho e de vigilância da saúde, nomeadamente quanto a segurança

de instalações e equipamentos, movimentação manual de cargas, risco de

Page 93: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

92

perturbações músculo-esqueléticas, exposição a níveis de ruído acima do valor limite

de exposição, exposição a radiações, exposição a vibrações, risco de contracção de

doenças infecciosas e parasitárias, vigilância da saúde e transferência da

responsabilidade civil por acidentes de trabalho.

Os sectores de actividade abrangidos foram definidos regionalmente, com prioridade

para trabalhos efectuados na indústria extractiva, em matadouros, unidades de

saúde, transporte de mercadorias, creches, infantários e estabelecimentos escolares,

esgotos, recolha e tratamento de lixos, veterinários, gráficas, discotecas, indústrias

de trabalho intensivo em linha de montagem, grandes superfícies e centros de

distribuição.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

4554 5211 5689 231 4439 591 1.064.494 3.210.088

Quadro 63 – Acção 2.5. – Prevenção de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais em outros Sectores de Actividade

Os serviços da ACT efectuaram, no âmbito da Acção 2.5, 5211 visitas de prevenção e

controlo de acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Na sequência das intervenções inspectivas realizadas, foram objecto de acção

coerciva 591 situações de infracção detectadas, a que se aplicaram coimas no

montante de € 1 064 494. Foi adoptado o procedimento de notificação para tomada

de medidas relativamente a 5689 situações irregulares verificadas. Foram objecto de

notificação de suspensão imediata de trabalhos 27 situações causadoras de

probabilidade séria de lesão da vida, integridade física ou saúde dos trabalhadores.

4.7.1.2.6. Riscos emergentes

A acção reportada a riscos profissionais emergentes teve por conteúdos o

desenvolvimento de metodologias e a realização de visitas inspectivas de prevenção

de riscos profissionais relacionados com ritmos de trabalho, trabalho monótono e

repetitivo, exposição a stresse relacionado com o trabalho, assédio e violência nos

locais de trabalho, com especial incidência nas indústrias de mão-de-obra intensiva,

sector terciário, locais de trabalho com atendimento de clientes e transporte de

passageiros.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

147 155 101 3 130 31 89.028 240.380

Quadro 64 – Acção 2.6 – Riscos Emergentes

Foram realizadas 155 visitas de prevenção de riscos profissionais emergentes.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, os serviços da ACT procederam

ao levantamento de 31 autos de notícia, por motivo de infracções constatadas nas

matérias abrangidas pelo âmbito da Acção 2.6, a que correspondeu a aplicação de

coimas cujo montante mínimo totalizou o valor de € 89 028. Foi adoptado o

procedimento de notificação para tomada de medidas relativamente a 101 situações

irregulares verificadas. Foi ainda utilizada uma notificação de suspensão imediata de

trabalhos.

Page 94: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

93

4.7.1.2.7. Prevenção e Controlo do Risco de Exposição ao Amianto

No âmbito da Acção 2.7, foram desenvolvidas metodologias e realizadas visitas

inspectivas de prevenção e controlo do risco de exposição ao amianto em trabalhos

de remoção, demolição ou outros processos construtivos e em locais de trabalho e

operações com exposição prejudicial à saúde dos trabalhadores.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

555 538 244 0 584 25 60.588 163.878

Quadro 65 – Acção 2.7. – Prevenção e controlo da Exposição a Amianto

Foram realizadas 538 visitas dirigidas ao risco de exposição dos trabalhadores ao

amianto.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, neste âmbito, os serviços da

ACT procederam ao levantamento de 25 autos de notícia, por motivo de infracções

constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante mínimo

totalizou o valor de € 60 588. Foi adoptado o procedimento de notificação para

tomada de medidas relativamente a 244 situações irregulares verificadas. Foram

objecto de notificação de suspensão imediata de trabalhos 10 situações causadoras

de probabilidade séria de lesão da vida, integridade física ou saúde dos

trabalhadores.

4.7.1.3. Serviços e Actividades de Segurança e Saúde no Trabalho

A redução da sinistralidade laboral e das doenças profissionais depende em muito da

qualidade dos serviços de prevenção prestados nas empresas e para as empresas.

Melhorar a qualidade dessa prestação e incrementar as competências dos respectivos

intervenientes – técnicos de higiene e segurança, médicos do trabalho,

representantes dos trabalhadores e dos empregadores, trabalhadores designados e

os próprios empregadores - é o objectivo do programa 3, o qual se desenvolve numa

acção direccionada aos serviços desenvolvidos pelo empregador ou pelos serviços

internos das empresas, outra às actividades prestadas pelos serviços externos

autorizados ou em processo de autorização e, uma última, de controlo das empresas

que, tendo visto o seu pedido de autorização indeferido ou que não o submeteram

sequer a apreciação, estão a desenvolver ilegalmente a sua actividade económica no

mercado.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

3570 4056 1692 185 3481 326 625.991 1.838.698

Quadro 66 – Programa 3 – Serviços e Actividades de Segurança e Saúde no Trabalho

Os serviços da ACT efectuaram, de acordo com os objectivos definidos para execução

do Programa 3, 4056 visitas inspectivas de informação e controlo para dinamizar o

desenvolvimento e cumprimento das actividades principais dos serviços de

segurança e saúde no trabalho.

Page 95: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

94

Na sequência das intervenções inspectivas realizadas, foram objecto de acção

coerciva 326 situações de infracção detectadas directamente relacionadas com o

objecto de acção, a que se aplicaram coimas no montante de € 625 991. Foi

adoptado o procedimento de notificação para tomada de medidas relativamente a

1692 situações irregulares verificadas.

4.7.1.3.1. Actividades prestadas pelo Empregador, por Serviços Internos ou Interempresas A Acção 3.1 foi direccionada à realização de visitas inspectivas de controlo do

desenvolvimento das actividades principais exercidas pelos serviços de segurança e

saúde no trabalho, designadamente identificação e avaliação de riscos, planeamento

e programação da prevenção, promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores,

informação e formação sobre riscos e medidas de prevenção e protecção,

organização dos meios para a prevenção colectiva e individual, coordenação das

medidas a adoptar em caso de perigo grave e iminente, afixação de sinalização de

segurança, análise dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais, recolha e

organização de elementos estatísticos relativos a segurança e saúde no trabalho,

inspecções internas de segurança, manutenção actualizada dos elementos

determinados pela lei, nomeadamente a listagem das medidas, propostas ou

recomendações formuladas pelos serviços de segurança, higiene e saúde no

trabalho.

Foram abrangidas actividades de indústria metalúrgica e metalomecânica, indústria

química, indústria alimentar, hotelaria e restauração, comércio e serviços e outros

sectores definidos regionalmente, sendo intervencionadas empresas e técnicos

prestadores de serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho e empresas que

exercem actividade de risco elevado e/ou com mais de 10 trabalhadores.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

378 421 129 5 385 10 9.366 19.926

Quadro 67 – Acção 3.1. – Actividades prestadas pelo Empregador, por Serviços Internos ou Interempresas

Os serviços da ACT efectuaram, no âmbito da Acção 3.1, 421 visitas inspectivas de

controlo do desenvolvimento das actividades principais exercidas pelos serviços de

segurança e saúde no trabalho.

Na sequência das intervenções inspectivas realizadas, foram objecto de acção

coerciva 10 situações de infracção detectadas, a que se aplicaram coimas no

montante de € 9 366. Foi adoptado o procedimento de notificação para tomada de

medidas relativamente a 129 situações irregulares verificadas.

4.7.1.3.2. Actividades prestadas por Serviços Externos De acordo com os objectivos definidos para implementação da Acção 3.2 do Plano de

Acção Inspectiva da ACT, realizaram-se visitas de controlo do desenvolvimento das

actividades principais exercidas pelos serviços de segurança e saúde no trabalho,

designadamente identificação e avaliação de riscos, planeamento e programação da

Page 96: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

95

prevenção, promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores, informação e

formação sobre riscos e medidas de prevenção e protecção, organização dos meios

para a prevenção colectiva e individual, coordenação das medidas a adoptar em caso

de perigo grave e iminente, afixação de sinalização de segurança, análise dos

acidentes de trabalho e das doenças profissionais, recolha e organização de

elementos estatísticos relativos à segurança e saúde, inspecções internas de

segurança, manutenção actualizada dos elementos determinados pela lei,

nomeadamente a listagem das medidas, propostas ou recomendações formuladas

pelos serviços de segurança e saúde no trabalho e verificação da existência de

representante do empregador.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

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Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

2995 3425 1494 176 2906 306 587.225 1.661.758

Quadro 68 – Acção 3.2. – Actividades prestadas por Serviços Externos

Foram realizadas 3425 visitas direccionadas às actividades prestadas por serviços

externos de segurança e saúde no trabalho.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 3.2, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 306 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 587 225. Foi adoptado o procedimento de notificação

para tomada de medidas relativamente a 1494 situações irregulares verificadas.

4.7.1.3.3. Auditorias às Empresas Prestadoras de Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho

A acção 3.3 consistiu na realização de visitas de inspectores do trabalho, em

acompanhamento de auditorias efectuadas por técnicos da ACT aos prestadores

externos de serviços de segurança e saúde no trabalho no âmbito das respectivas

autorizações de funcionamento para avaliação de requisitos.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

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Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

34 39 24 0 39 3 11.832 66.198 Quadro 69 – Acção 3.3. – Auditorias às Empresas Prestadoras de Serviços de Segurança e

Saúde no Trabalho

Foram efectuadas 39 visitas de acompanhamento de auditorias aos prestadores

externos de serviços de segurança e saúde no trabalho, tendo sido verificadas 24

situações de irregularidade relativamente às quais foi adoptado o procedimento de

notificação para tomada de medidas. Procedeu-se ao levantamento de 3 autos de

notícia, aos quais correspondeu a aplicação de coimas no valor de € 11 832.

4.7.1.3.4. Controlo das Empresas Prestadoras de Serviços de

Segurança e Saúde no Trabalho e Técnicos de Segurança e Higiene em Actividade Irregular

Page 97: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

96

A acção 3.4 foi direccionada, por um lado, para a realização de visitas inspectivas

para verificação do exercício da actividade por prestadores de serviços sem pedido

de autorização de funcionamento, com pedidos de autorização indeferidos ou com

autorização de funcionamento revogada e, por outro lado, para o controlo de

técnicos de segurança e higiene não autorizados a exercer a actividade.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

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Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

163 171 45 4 151 7 17.568 90.816

Quadro 70 – Acção 3.4. – Controlo das Empresas Prestadoras de Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho e Técnicos de Segurança e Higiene em Actividade Irregular

Neste âmbito, os inspectores do trabalho efectuaram 171 visitas, das quais resultou

o levantamento de 7 autos de notícia, aos quais correspondeu a aplicação de coimas

no valor de € 17 568. Foram objecto de notificação para tomada de medidas 45

situações irregulares detectadas.

4.7.1.4. Segurança e Saúde nos Estaleiros Temporários ou Móveis

A sinistralidade laboral em estaleiros de construção temporária ou móvel justificou o

desenvolvimento de um programa de acção inspectiva (de âmbito nacional)

específico para o sector.

A acção de verificação de condições de segurança e saúde em estaleiros da

construção civil desenvolveu-se mediante a realização de visitas inspectivas a

estaleiros temporários ou móveis, nomeadamente quanto a envio e afixação da

comunicação prévia de abertura de estaleiro e actualizações, nomeação de

coordenador de segurança e comunicação em estaleiro, coordenação efectiva das

actividades desenvolvidas em fase de projecto e em fase de obra, registo das

actividades de coordenação, registo da cadeia de contratação, realização de plano de

segurança e saúde adequado ao estaleiro e devidamente actualizado ou, quando

indevido, de fichas de procedimentos de segurança, protecção contra os riscos em

estaleiro (nomeadamente, queda em altura, soterramento, riscos de circulação de

veículos, riscos eléctricos), segurança na utilização de equipamentos, movimentação

manual de cargas, sinalização de segurança, vigilância da saúde e transferência da responsabilidade civil por acidentes de trabalho.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

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Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

5948 18405 20820 665 14442 2220 4.694.040 19.970.122

Quadro 71 – Acção 4.1 – Segurança e Saúde em Estaleiros de Construção

Foram realizadas 18405 visitas dirigidas às condições de segurança e saúde em

estaleiros da construção civil.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 4.1, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 2220 autos de notícia, por motivo

de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 4 694 040. Foi adoptado o procedimento de notificação

Page 98: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

97

para tomada de medidas relativamente a 20820 situações irregulares verificadas.

Foram objecto de notificação de suspensão imediata de trabalhos, em estaleiros da

construção civil, 1805 situações causadoras de probabilidade séria de lesão da vida,

integridade física ou saúde dos trabalhadores.

As infracções referidas reportam-se a ilícitos previstos na legislação sectorial da

construção civil e em outros diplomas de segurança e saúde no trabalho. Para

infracções relativas a legislação da segurança na construção, devem ser consultados

os Quadros 28 e 38.

4.7.1.5. Promoção das Actividades de Segurança e Saúde na

Administração Pública

Como um dos maiores empregadores no país, com uma grande diversidade de locais

de trabalho, a administração pública reúne características, nomeadamente no

domínio legal, que justificou a previsão de um programa próprio, que exigiu uma

estreita articulação entre a área inspectiva e a área da prevenção. Consideradas

algumas diferenças estruturais e diferentes experiências da ACT no âmbito quer da

administração central, quer da administração local, foram realizadas duas acções,

relativas às actividades de segurança e saúde na administração pública local, por um

lado, e na administração pública central, por outro.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

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Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

191 189 83 1 164 6 12.660 33.120

Quadro 72 – Programa 5 – Promoção das Actividades de Segurança e Saúde na Administração Pública

Neste âmbito, os inspectores do trabalho efectuaram 189 visitas. Foram objecto de

notificação para tomada de medidas 83 situações irregulares detectadas. Os serviços

da ACT procederam ao levantamento de 6 autos de notícia, por motivo de infracções

constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante mínimo

totalizou o valor de € 12 660.

4.8. EIXO II - PROMOÇÃO DO TRABALHO DIGNO O objectivo “Mais e Melhor Emprego” pretende, no que nos é proposto pela

Estratégia de Lisboa, orientar os agentes económicos e os governos para modelos de

desenvolvimento em que se reconheça a importância da qualidade, da qualificação e

das condições de trabalho como factores necessários de sucesso individual e

organizacional. Por outro lado, é um objectivo prioritário, quer da União Europeia

quer do Estado português, o combate ao trabalho não declarado e irregular e a

promoção do emprego sustentado com garantias de empregabilidade para os

trabalhadores.

O trabalho não declarado ou irregular, a igualdade e a prevenção da discriminação

no trabalho e no emprego, a organização dos tempos de trabalho e descanso, a

conciliação da vida pessoal e familiar com a vida profissional, o diálogo social e as

Page 99: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

98

condições de representação colectiva são matérias em que se desenvolvem os

objectivos da Autoridade para as Condições do Trabalho no Eixo do Trabalho Digno.

4.8.1. Trabalho não declarado ou irregular

O trabalho total ou parcialmente não declarado à Administração do Trabalho e à

Segurança Social, por empresas da economia informal ou da economia estruturada e

fenómenos como a dissimulação do contrato de trabalho, através de figuras como a

falsa prestação de serviços, os falsos estágios remunerados ou outros tipos

contratuais, constituem fenómenos que contribuem para a segmentação social - com

a constituição de grupos de trabalhadores afastados da protecção social - para a

insuficiência financeira das receitas públicas, sendo ainda um grave factor de

concorrência desleal para as empresas que cumprem as suas obrigações.

De igual modo, a utilização das flexibilidades contratuais, fora das situações em que

a lei o permite, constitui um meio injustificável de criação de desigualdades entre

trabalhadores e entre empresas.

A globalização e a livre circulação no território da União Europeia tornou, por outro

lado, mais frequente o destacamento de trabalhadores de Portugal para outros

países da União e destes para Portugal, em que, não raras vezes, se assiste a

fenómenos de exploração da mão-de-obra a que é preciso dar resposta.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

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Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

17685 22092 685 2976 19602 4545 5.464.720 14.012.607

Quadro 73 – Acção de controlo do Trabalho não Declarado e Irregular (Programa 6)

Foram realizadas 22092 visitas inspectivas, no âmbito do Programa 6, com o

objectivo de desenvolver estratégias de combate ao trabalho não declarado e ao

desenvolvimento irregular das flexibilidades contratuais com vista à sua integração

no emprego estruturado e conforme ao quadro normativo.

Na sequência da actividade inspectiva desenvolvida neste programa, os serviços da

ACT procederam ao levantamento de 4545 autos de notícia a que correspondeu a

aplicação de coimas no valor de € 5 464 720. Foram levantados 2976 autos de

advertência relativamente a irregularidades sanáveis das quais não havia resultado

prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a administração do trabalho ou para

a segurança social.

N.º. de Empre

sas Acomp.

N.º. de Trabalhadores Objecto de Regularização

Contribuições Segurança Social

Participações

Coimas aplicadas

A termo Ilegal

Temp. Ilegal

Contrato Dissim.

Não Declarado

Pagas Apuradas Seg. Social

Adm. Fiscal

Min. Máx.

19719 4243 122 326 940 1 592 363 2 697 386 228 34 5 529 304 14 133 039

Quadro 74 – Acção inspectiva no âmbito do trabalho não declarado ou irregular (Programa 6 e outros)

Page 100: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

99

A acção inspectiva realizada em matéria de trabalho não declarado ou irregular foi

ainda exercida, por forma acessória, em visitas inspectivas cujo objecto inicial não

tinha por fim aquelas matérias (não incluídas no Programa 6). O quadro 66 reproduz,

assim, a actividade da ACT no que concerne à verificação de situações de trabalho

total ou parcialmente não declarado e trabalho irregular no âmbito dos dez

programas do plano de acção inspectiva.

Dessa actividade, contata-se que continuam a ter uma dimensão considerável os

fenómenos de não declaração de trabalhadores, nomeadamente à Administração do

Trabalho, à Administração Fiscal e à Segurança Social, sendo também significativo o

recurso à celebração de contratos de prestação de serviços que podem dissimular

uma verdadeira relação de trabalho, com as suas características próprias de

subordinação jurídica, técnica e económica.

Por outro lado, o recurso à celebração de contratos de trabalho a termo e a utilização

de trabalho temporário fora dos condicionalismos legais previstos para cada um dos

casos, foi objecto de atenção porquanto a estas formas de contratação está

associado um elevado nível de precariedade que merece ser objecto de uma

intervenção abrangente de acordo com os objectivos atrás enunciados.

Os dados respeitantes ao ano de 2009 relativos a apuramentos constantes deste

relatório referem-se em boa medida a trabalho não declarado. Foi, assim, apurado

um montante global de € 4.289.749 a favor da segurança social. Foram, também,

apurados € 15.387.196 respeitantes a salários devidos a 12.222 trabalhadores,

conforme dados constantes do Quadro 29.

No quadro supra encontra-se identificado o número de trabalhadores não declarados

ou em situação contratual irregular que foram objecto de regularização (inscrição na

Segurança Social, conversão do contrato e pagamento das diferenças salariais

devidas, assim como das respectivas contribuições), após intervenção da ACT.

4.8.1.1. Trabalho Total ou Parcialmente não Declarado

A acção 6.1 consistiu no exercício da actividade inspectiva em situações de trabalho

não declarado à Administração do Trabalho e à Segurança Social, trabalho

parcialmente não declarado, subdeclaração de remunerações e dissimulação do

contrato de trabalho. No âmbito desta acção, foi desenvolvida a verificação

cumulativa da vigilância da saúde, transferência da responsabilidade civil por

acidentes de trabalho e cumprimento de deveres formais de comunicação perante a

ACT.

Foram considerados todos os sectores de actividade, com prioridade para a

construção civil, hotelaria e restauração, institutos de beleza e cabeleireiros, centros

de lavagem automóvel, call centers, exploração florestal, agricultura e agro-

pecuária, comunicação social, comércio, empresas de organização de eventos,

espectáculos, indústria transformadora, banca e seguros, actividades sazonais.

Page 101: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

100

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

13966 17654 631 2260 15635 4146 4.882.418 12.646.296

Quadro 75 – Acção 6.1. – Trabalho Total ou Parcialmente não Declarado

Foram realizadas 17 654 visitas inspectivas direccionadas aos fenómenos de trabalho

total ou parcialmente não declarado.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 6.1, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 4146 autos de notícia, por motivo

de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 4 882 418. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 2260 autos de advertência relativamente a irregularidades sanáveis das

quais não havia resultado prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a

administração do trabalho ou para a segurança social.

4.8.1.2. Utilização Irregular de Contratos de Trabalho a Termo

A acção centrada na utilização irregular de contratos de trabalho a termo foi

desenvolvida por exercício da acção inspectiva em matéria de fundamento e duração

dos contratos de trabalho a termo, sucessão de trabalhadores a termo no mesmo

posto de trabalho, preferência na admissão dos trabalhadores contratados a termo,

informação da admissão e cessação de contratos de trabalho a termo às entidades

competentes e igualdade de tratamento dos trabalhadores contratados a termo.

Cumulativamente, a acção reportou-se à vigilância da saúde e à transferência da

responsabilidade civil por acidentes de trabalho.

Foram objecto de intervenção prioritária as actividades de construção civil, hotelaria

e restauração, institutos de beleza e cabeleireiros, centros de lavagem automóvel,

call centers, exploração florestal, agricultura e agro-pecuária, comunicação social,

comércio, empresas de organização de eventos, espectáculos, indústria

transformadora, banca e seguros e actividades sazonais.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

3345 3911 39 706 3483 338 468.907 1.104.098

Quadro 76 – Acção 6.2. – Utilização Irregular de Contratos a Termo

Foram realizadas 3911 visitas inspectivas no âmbito da utilização irregular de

contratos a termo.

Na sequência da actividade inspectiva desenvolvida, os serviços da ACT procederam

ao levantamento de 338 autos de notícia a que correspondeu a aplicação de coimas

no valor de € 468 907. Foram levantados 706 autos de advertência relativamente a

irregularidades sanáveis das quais não havia resultado prejuízo irreparável para os

trabalhadores, para a administração do trabalho ou para a segurança social.

Page 102: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

101

4.8.1.3. Trabalho Temporário, Cedência e Colocação de

Trabalhadores A acção 6.3 reportou-se ao exercício da acção inspectiva em matéria de regularidade

do exercício da actividade de colocação de trabalhadores e cedência de mão-de-obra,

fundamento, duração e sucessão dos contratos de trabalho temporário, em

correlação com os contratos de utilização de trabalho temporário, condições de

trabalho dos trabalhadores temporários, nomeadamente face aos trabalhadores da

empresa utilizadora e regularidade da cedência ocasional de trabalhadores, quanto

aos pressupostos, condições de execução e formalidades.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

340 491 14 10 448 55 110.394 256.307

Quadro 77 – Acção 6.3. – Trabalho Temporário, Cedência e Colocação de Trabalhadores

Foram realizadas 491 visitas inspectivas em matéria de trabalho temporário,

cedência e colocação de trabalhadores, das quais resultou o levantamento de 55

autos de notícia, por motivo de infracções constatadas, a que correspondeu a

aplicação de coimas cujo montante mínimo totalizou o valor de € 110 394, e o

levantamento de 10 autos de advertência.

4.8.1.4. Destacamento de Trabalhadores no âmbito de uma Prestação

de Serviços A acção relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de

serviços teve por conteúdos a averiguação, informação e exercício da acção

inspectiva – esta última, em caso de destacamento realizado para território

português - em matéria de destacamento ao abrigo da Directiva 96/71/CE,

relativamente a condições de trabalho de trabalhadores destacados no âmbito de

uma prestação de serviços de um estado membro da UE para território português e

condições de trabalho de trabalhadores destacados do território nacional para prestar

actividade noutro estado membro da UE. Foi dada resposta a 40 pedidos de

informação de serviços de ligação de outros estados membros da União Europeia.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

34 36 1 - 36 6 3.000 5.904

Quadro 78 – Acção 6.4. – Destacamento de Trabalhadores no Âmbito de uma Prestação de Serviços

Foram realizadas 36 visitas inspectivas direccionadas ao destacamento de

trabalhadores para território português no âmbito de uma prestação de serviços,

tendo-se procedido ao levantamento de 6 autos de notícia a que correspondeu a

aplicação de coimas no valor de € 3 000.

Page 103: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

102

4.8.2. Prevenção e Controlo da Discriminação e Condições de

Trabalho e Emprego de Grupos Vulneráveis de Trabalhadores Um mercado de trabalho inclusivo, a abordagem da igualdade de género como uma

questão de cidadania, a conciliação da vida familiar, pessoal e profissional, o respeito

pelas diferenças e a universalidade das garantias associadas ao contrato de trabalho,

assim como a protecção de grupos vulneráveis de trabalhadores - como os menores,

sobretudo na utilização do seu trabalho em espectáculos, publicidade e actividades

afins - justificaram a realização de um programa desenvolvido em cinco acções.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

3995 4836 1803 271 4247 616 681.816 1.503.435

Quadro 79 – Programa 7 – Prevenção e Controlo da Discriminação e Condições de Trabalho e Emprego de Grupos Vulneráveis de Trabalhadores

Foram realizadas 4836 visitas, com o objectivo de desenvolver estratégias de

prevenção e controlo para promover políticas e práticas de igualdade e não

discriminação no acesso ao emprego e nas condições de trabalho.

Em resultado da acção inspectiva, no âmbito do Programa 7, foram levantados 616

autos de notícia, a que correspondeu a aplicação de coimas no valor de € 681 816, e

271 autos de advertência.

4.8.2.1. Integração de Trabalhadores Imigrantes A acção de integração de trabalhadores imigrantes foi realizada por exercício da

actividade de informação e controlo direccionada para assegurar a igualdade de

tratamento no acesso ao emprego e nas condições de trabalho dos trabalhadores

imigrantes e prevenir a discriminação no trabalho e emprego em função da

nacionalidade.

Foram considerados todos os sectores de actividade económica, com especial

incidência na construção civil, hotelaria e restauração, agricultura, limpezas

industriais e comércio.

Intervençõ

es

Visita

s

Notificaçõ

es

T.Med

Autos

Advertênc

ia

Informaçõ

es

Infracçõ

es C. O.s

Coimas

aplicadas

Min. Máx.

2638 3282 30 145 2885 332 301.617 649.435

Quadro 80 – Acção 7.1. – Integração de Trabalhadores Imigrantes

Foram realizadas 3282 visitas inspectivas em matéria de integração de trabalhadores

imigrantes.

Page 104: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

103

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 7.1, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 332 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 301 617. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 145 autos de advertência relativamente a irregularidades sanáveis das

quais não havia resultado prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a

administração do trabalho ou para a segurança social.

4.8.2.2. Condições de Emprego e Trabalho de Menores

A acção dirigida às condições de emprego e trabalho de menores consistiu no

exercício da acção inspectiva em matéria de idade mínima de admissão e

escolaridade dos trabalhadores menores, condições de participação dos

trabalhadores menores em espectáculos, publicidade e actividades afins,

cumprimento dos deveres de comunicação e autorização, transferência da

responsabilidade civil por acidentes de trabalho e vigilância da saúde.

A acção foi desenvolvida com especial incidência nas actividades de espectáculo e

publicidade.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

152 202 - 8 186 31 40.339 94.338

Quadro 81 – Acção 7.2. – Condições de Emprego e Trabalho de Menores

Foram realizadas 202 visitas inspectivas direccionadas às condições de emprego e

trabalho de menores, tendo-se procedido ao levantamento de 31 autos de notícia a

que correspondeu a aplicação de coimas no valor de € 40 339. Foram levantados,

pelos inspectores do trabalho, 8 autos de advertência relativamente a irregularidades

sanáveis.

No âmbito das metodologias utilizadas pela ACT, as situações de trabalho infantil

foram comunicadas a outras entidades envolvidas, por forma a desencadear

mecanismos de acompanhamento e apoio às famílias dessas crianças.

Foram também testadas metodologias de envolvimento na acção inspectiva, de

empresas, que subcontrataram serviços a outras onde fora detectado trabalho de

menores, articulando com os Serviços de Fiscalização da Segurança Social e da

Administração Fiscal.

Os quadros seguintes representam um conjunto de indicadores representativos da

acção desenvolvida pelos inspectores do trabalho e que se afiguram com significado

para analisar a evolução deste fenómeno no nosso país.

Page 105: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

104

Ano Visitas

específicas Menores

detectados Menores detectados

por 1.000 visitas

1999 4.736 233 49,20

2000 5.620 126 22,42

2001 7.100 91 12,82

2002 11.043 42 3,80

2003 6.957 18 2,70

2004 11.755 16 1,36

2005 12.142 8 0,66

2006 3.811 13 3,40

2007 3.722 5 0,13

2008 1.203 6 0,49

2009 1.089 6 0,55

Quadro 82 – Evolução do nº de menores 1999-2009

A evolução registada neste domínio é francamente positiva. Se em 1999, por cada

mil visitas inspectivas específicas aos locais de trabalho considerados de risco para

este efeito, eram encontrados 49 menores, esse indicador é em 2009 praticamente

inexpressivo (0,55). Incluem-se, nestas visitas realizadas, intervenções orientadas

para objectivos não incluídos no âmbito do Programa 7, no decurso das quais os

inspectores procederam à verificação das condições de trabalho e emprego de

menores.

Uma análise mais pormenorizada do quadro permite constatar que o número de

menores em situação de trabalho ilegal tem expressão muito pouco significativa e

que o fenómeno, a considerar-se que persiste, é meramente residual.

4.8.2.3. Igualdade e Não Discriminação no Trabalho e no Emprego em função do Género

O exercício da actividade de informação e controlo no âmbito da igualdade e não

discriminação no trabalho e no emprego em função do género teve por objectivos a

protecção das garantias associadas à maternidade e paternidade, a prevenção da

discriminação no trabalho e emprego em função do género e a garantia da igualdade

de remuneração entre homens e mulheres para trabalho de natureza, qualidade e

quantidade igual.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

585 647 11 84 549 132 125.886 314.528

Quadro 83 – Acção 7.3 – Igualdade e não Discriminação no Trabalho e no Emprego em Função do Género

Page 106: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

105

No âmbito da acção 7.3, foram realizadas 647 visitas dirigidas às matérias de

igualdade e não discriminação em função do género, em resultado das quais foram

levantados 132 autos de notícia, a que correspondeu a aplicação de coimas no valor

de € 125 886, e 84 autos de advertência.

Em desenvolvimento dos restantes programas foram integrados conteúdos de

igualdade e não discriminação em função do género.

4.8.2.4. Prevenção da Discriminação e Condições de Trabalho e Emprego de Outros Grupos Vulneráveis de Trabalhadores

A acção orientada para a prevenção da discriminação e condições de trabalho e

emprego de outros grupos vulneráveis de trabalhadores incidiu, preferencialmente,

na protecção das garantias associadas a estatutos de especial protecção de

trabalhadores e na prevenção da discriminação no trabalho e emprego em função de

factores de diferenciação com protecção legal.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

511 546 4 33 485 112 202.886 426.207

Quadro 84 – Acção 7.4. – Prevenção da Discriminação e Condições de Trabalho e Emprego de Outros Grupos Vulneráveis de Trabalhadores

Foram realizadas 546 visitas inspectivas em matéria de discriminação, de acordo

com os objectivos definidos na Acção 7.4.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito desta acção, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 112 autos de notícia, aos quais

correspondeu a aplicação de coimas cujo montante mínimo totalizou o valor de € 202

886. Foram levantados 33 autos de advertência relativamente a irregularidades

sanáveis.

4.8.2.5. Acção 7.5: Exploração e Tráfico de Seres Humanos A Acção 7.5 teve por principais objectivos identificar e participar às entidades

competentes as situações de indício de tráfico e de exploração de seres humanos,

com especial incidência nos estabelecimentos de diversão nocturna, indústria, casas

de alterne e similares, agricultura, construção civil e actividades sazonais.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

109 159 - 1 142 9 11.086 18.924

Quadro 85 – Acção 7.5. – Exploração e Tráfico de Seres Humanos

Page 107: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

106

Foram efectuadas 159 visitas inspectivas dirigidas aos fenómenos de exploração e

tráfico de seres humanos, em resultado das quais foram verificadas 9 infracções

punidas com coimas de € 11 086. Foi ainda levantado um auto de advertência.

4.8.3. Programa 8 – Organização e Controlo do Tempo de Trabalho

A duração dos tempos de trabalho e de descanso constitui um domínio essencial da

organização do trabalho, sendo a regular duração dos tempos de descanso um factor

determinante para o desenvolvimento da vida social do trabalhador, do seu bem

estar físico e psicológico e muitas vezes, como no caso dos condutores de

transportes rodoviários, um elemento de relevo para a segurança de terceiros, neste

caso, a segurança rodoviária.

As flexibilidades na organização dos tempos de trabalho, o trabalho por turnos e a

adaptabilidade devem, também, ser perspectivadas como factores relevantes para o

correcto equilíbrio entre as necessidades de produção e organizacionais das

empresas e a qualidade de vida no trabalho.

Assim, a ACT desenvolveu, no ano de 2009, um conjunto de acções neste domínio,

com o objectivo de desenvolver estratégias de informação e controlo tendentes a

garantir o respeito pelos limites da duração do tempo de trabalho e a regularidade

das modalidades de organização do tempo de trabalho praticadas.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

10 694 11 384 156 1587 9995 3494 2.803.410 7.120.586

Quadro 86 – Programa 8 – Organização e Controlo do Tempo de Trabalho

Foram realizadas 11 384 visitas com o objectivo de desenvolver estratégias de

informação e controlo tendentes a garantir o respeito pelos limites da duração do

tempo de trabalho e a regularidade das modalidades de organização do tempo de

trabalho praticadas.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito do Programa 8, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 3494 autos de notícia, por motivo

de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 2 803 410. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 1587 autos de advertência relativamente a irregularidades sanáveis das

quais não havia resultado prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a

administração do trabalho ou para a segurança social.

4.8.3.1. Limites à Duração do Tempo de Trabalho

A acção direccionada para a duração do tempo de trabalho teve por conteúdo o

exercício da actividade inspectiva em matéria de limites máximos dos períodos

normais de trabalho diários e semanais, limites máximos de prestação de trabalho

suplementar, obrigações de registo e comunicação relativos à organização do tempo

de trabalho e remuneração da realização de trabalho suplementar e atribuição dos

Page 108: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

107

períodos de descanso compensatório. Foram considerados todos os sectores de

actividade económica, com especial incidência na construção civil, instituições

particulares de solidariedade social, bancos e seguradoras, segurança privada,

limpezas industriais, agricultura e comércio.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

5771 6449 47 1162 5483 2232 1.959.913 4.613.468

Quadro 87 – Acção 8.1 – Limites à Duração do Tempo de Trabalho

Foram realizadas 6449 visitas inspectivas em matéria de limites à duração do tempo

de trabalho.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 8.1, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 2232 autos de notícia, por motivo

de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 1 959 913. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 1162 autos de advertência relativamente a irregularidades sanáveis das

quais não havia resultado prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a

administração do trabalho ou para a segurança social.

4.8.3.2. Modalidades de Organização do Tempo de Trabalho

A acção inspectiva reportada às modalidades de organização do tempo de trabalho

incidiu em matérias relativas à regularidade do funcionamento em período alargado

ou com laboração contínua, realização de trabalho por turnos e flexibilidade na

organização do tempo de trabalho por utilização de instrumento de adaptabilidade.

Foram consideradas todas as actividades económicas, com especial incidência nos

sectores de maior recurso ao alargamento dos períodos de laboração, ao trabalho

por turnos e à adaptabilidade do período normal de trabalho, como, por exemplo, o

sector têxtil e de vestuário, farmácias, unidades privadas de saúde e instituições

particulares de solidariedade social.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

904 919 11 71 798 200 219.954 504.648

Quadro 88 – Acção 8.2. – Modalidades de Organização dos Tempos de Trabalho

Foram realizadas 919 visitas inspectivas em matéria de modalidades de organização

do tempo de trabalho.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito desta acção, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 200 autos de notícia, aos quais

correspondeu a aplicação de coimas cujo montante mínimo totalizou o valor de € 219

954. Foram levantados 71 autos de advertência relativamente a irregularidades

sanáveis.

Page 109: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

108

4.8.3.3. Controlo das Condições de Trabalho e Repouso em Transportes Rodoviários

O exercício da actividade de controlo das condições de trabalho e repouso em

transportes rodoviários e restantes sectores com utilização de transportes pesados

de passageiros e/ou mercadorias incidiu em matérias de duração dos períodos de

condução e repouso na condução de veículos pesados, registo dos tempos de

condução e repouso em suporte documental adequado, conservação dos registos,

informação e formação prestadas aos trabalhadores, transferência da

responsabilidade civil por acidentes de trabalho e vigilância da saúde.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

4019 4016 98 354 3714 1062 623.543 2.002.470

Quadro 89 – Acção 8.3. – Controlo das Condições de Trabalho e Repouso em Transportes Rodoviários

Foram realizadas 4016 visitas de controlo das condições de trabalho e repouso em

transportes rodoviários.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito da Acção 8.3, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 1062 autos de notícia, por motivo

de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 623 543. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 354 autos de advertência relativamente a irregularidades sanáveis das

quais não havia resultado prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a

administração do trabalho ou para a segurança social.

4.8.4. Programa 9: Representação Colectiva e Diálogo Social A participação e o diálogo social afiguram-se como factores fundamentais para a

consensualização de políticas e práticas de melhoria das condições de trabalho e do

bem-estar nos locais de trabalho. Os mecanismos de participação dos representantes

dos trabalhadores e dos empregadores em diferentes fóruns de diálogo devem ser

encarados de molde a constituírem um importante instrumento na promoção do

cumprimento das obrigações dos empregadores e dos trabalhadores, no exercício

efectivo do direito à informação, consulta e participação destes, bem como da

cooperação entre os sujeitos das relação laboral e respectivas estruturas

representativas.

Se aos empregadores cabe desenvolver políticas e estratégias organizacionais que

reconheçam as condições de trabalho e a prevenção de riscos profissionais como um

factor de sucesso e não como um custo, aos trabalhadores e seus representantes

cabe tomar parte nas medidas desenvolvidas pelos empregadores como reais

interessados.

Page 110: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

109

A mera responsabilidade legal das empresas deve, por outro lado, ser elevada a um

patamar de maior exigência e de cumprimento voluntário, o da responsabilidade

social.

Assim, foi realizada uma acção que teve por objectivo promover condições favoráveis

ao exercício da representação colectiva dos trabalhadores e do diálogo social com

assunção da responsabilidade social das organizações.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

1547 1666 133 239 1606 236 254.524 688.106

Quadro 90 – Programa 9 – Representação Colectiva e Diálogo Social

Foram realizadas 1666 visitas com o objectivo de promover condições favoráveis ao

exercício da representação colectiva dos trabalhadores e do diálogo social com

assunção da responsabilidade social das organizações.

Em resultado da actividade inspectiva desenvolvida, no âmbito do Programa 9, os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 236 autos de notícia, por motivo de

infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 254 524. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 239 autos de advertência.

4.8.4.1. Acção 9.1: Condições de Exercício da Representação Colectiva O exercício da acção inspectiva no âmbito das condições de exercício da

representação colectiva incidiu em matérias de protecção dos direitos e garantias

atribuídos aos representantes dos trabalhadores no exercício das funções de

representação e por causa desse exercício, condições de exercício das funções de

representação colectiva nas empresas e prestação de informação e diálogo entre as

empresas e as estruturas representativas dos trabalhadores.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções

C. O.s Coimas aplicadas

Min. Máx.

1547 1666 133 239 1606 236 254.524 688.106

Quadro 91 – Acção 9.1. – Condições de Exercício da Representação Colectiva

Foram realizadas 1666 visitas dirigidas às condições de exercício da representação

colectiva, em resultado das quais foram levantados 236 autos de notícia, a que

correspondeu a aplicação de coimas no valor de € 254 524, e 239 autos de

advertência.

Page 111: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

110

4.9. EIXO III – PLANEAMENTO DA ACÇÃO INDUZIDA

Embora constitua a tipologia com maior significado estratégico, a acção pró-activa

não esgota a actividade inspectiva da ACT, sendo a organização interpelada a intervir

em vários domínios a pedido de diversos requerentes.

A acção desenvolvida na sequência de sinalizações ou solicitações de intervenção por

trabalhadores, empregadores, associações sindicais e outros permite retirar

contributos importantes para a prossecução da estratégia nacional.

Por outro lado, mesmo quanto aos pedidos que não encontram lugar nos objectivos

traçados na acção de iniciativa, mantém-se a necessidade de resposta por parte da

organização, a qual, dadas as características de determinadas situações, não deve

deixar de assumir carácter prioritário, cabendo à gestão separar entre o que é

principal e importante daquilo que é acessório, dentro dos parâmetros fixados pela

estratégia.

O eixo relacionado com a acção induzida foi executado, no ano de 2009, através de

um programa específico.

4.9.1. Resposta a Solicitações no Exercício da Acção Inspectiva A acção induzida foi realizada, de modo a cumprir objectivos de oportunidade,

eficácia, eficiência e qualidade da resposta. A fixação de directrizes e indicadores de

acção e resultados constitui um meio de melhorar a articulação da actividade

reactiva com a acção de iniciativa. O facto, ainda, de ter origem no ambiente externo

à organização pode justificar uma abordagem diferenciada em algumas das suas

características, nomeadamente na avaliação de resultados e na (re)definição de

prioridades. O programa desenvolveu-se em três acções.

Este programa teve por âmbito a acção induzida por solicitações externas não

enquadrável nos programas e acções dos eixos estratégicos de segurança e saúde no

trabalho e trabalho digno, e consubstanciou-se na resposta a pedidos de informação

que envolvem o exercício da acção inspectiva, na realização de inquéritos de

acidente de trabalho e no desenvolvimento de pareceres e vistorias em processos de

licenciamento industrial.

O objectivo principal deste programa consistiu em garantir a celeridade e qualidade

na resposta a solicitações, enquadradas pelas orientações estratégicas da

organização.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

12079 9799 650 369 10425 2154 2.324.179 7.384.468

Quadro 92 – Programa 10 – Resposta a Solicitações no Exercício da Acção Inspectiva

Page 112: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

111

Foram realizadas 9799 visitas em resposta a solicitações, em resultado das quais os

serviços da ACT procederam ao levantamento de 2154 autos de notícia, por motivo

de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante

mínimo totalizou o valor de € 2 324 179. Foi adoptado o procedimento de notificação

para tomada de medidas relativamente a 650 situações irregulares verificadas.

Foram objecto de notificação de suspensão imediata de trabalhos, no âmbito do

Programa 10, 44 situações causadoras de probabilidade séria de lesão da vida,

integridade física ou saúde dos trabalhadores. Foram levantados, pelos inspectores

do trabalho, 369 autos de advertência.

4.9.1.1. Resposta a Solicitações no Exercício da Acção Inspectiva A resposta a solicitações no exercício da acção inspectiva teve por objectivos

assegurar a harmonização de prioridades, tempos de resposta e procedimentos em

matéria de acção inspectiva induzida e realizar as diligências necessárias à satisfação

dos pedidos de intervenção, sem prejuízo dos objectivos fixados pela estratégia

nacional ou regional de acção inspectiva.

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

10347 8061 134 341 8727 1833 1.800.522 5.473.453

Quadro 93 – Acção 10.1 – Reposta a Solicitações no Exercício da Acção Inspectiva

Foram realizadas 8061 visitas inspectivas de resposta a solicitações, na sequência

das quais os serviços da ACT procederam ao levantamento de 1833 autos de notícia,

por motivo de infracções constatadas, a que correspondeu a aplicação de coimas

cujo montante mínimo totalizou o valor de € 1 800 522. Foi adoptado o

procedimento de notificação para tomada de medidas relativamente a 134 situações

irregulares verificadas. Foram levantados, pelos inspectores do trabalho, 341 autos

de advertência relativamente a irregularidades sanáveis das quais não havia

resultado prejuízo irreparável para os trabalhadores, para a administração do

trabalho ou para a segurança social.

4.9.1.2. Realização de Inquéritos de Acidente de Trabalho

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

981 1095 251 28 965 319 522.840 1.909.280

Quadro 94 – Acção 10.2 – Acção relacionada com a realização de inquéritos de acidente de trabalho

Foram realizadas 1095 visitas para realização de inquéritos de acidente de trabalho.

Procedeu-se ao levantamento de 319 autos de notícia, a que correspondeu a

aplicação de coimas no valor de € 522 840. Foram levantados, pelos inspectores do

trabalho, 28 autos de advertência relativamente a irregularidades sanáveis. Foi

adoptado o procedimento de notificação para tomada de medidas relativamente a

Page 113: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

112

251 situações irregulares verificadas. Em resultado de diligências efectuadas para

elaboração de inquéritos de acidente de trabalho, foram objecto de notificação de

suspensão imediata de trabalhos, 42 situações causadoras de probabilidade séria de

lesão da vida, integridade física ou saúde dos trabalhadores.

4.9.1.3. Licenciamento Industrial

Intervenções Visitas Notificações

T.Med Autos

Advertência Informações

Infracções C. O.s

Coimas aplicadas

Min. Máx.

751 643 265 - 733 2 816 1734

Quadro 95 – Acção relacionada com a processos de licenciamento industrial

Os serviços da ACT participaram em 643 vistorias de licenciamento de

estabelecimentos industriais, na sequência da qual foram levantados 2 autos de

notícia.

3.9.1.4. Situações de crise empresarial

A acção centrada nas situações de crise empresarial foi desenvolvida por exercício da

averiguação da legalidade procedimental em situações de redução ou suspensão

temporária dos contratos de trabalho por facto respeitante ao empregador,

nomeadamente, situações de crise empresarial, encerramento e diminuição

temporária da actividade.

A acção reportou-se, ainda, à averiguação da legalidade procedimental em situações

de despedimento colectivo, extinção de postos de trabalho, falência ou insolvência, e

„salários em atraso‟.

Finalmente, a acção 10.4 incidiu na recolha de indícios para efeito de participação-

crime em situações de fraude à lei, em crimes de encerramento ilícito, na prática de

actos proibidos em caso de encerramento temporário ou de falta de pagamento

pontual da retribuição e em outros crimes no âmbito da segurança social.

Em resultado da actividade desenvolvida no âmbito da acção 10.4, os inspectores do

trabalho efectuaram 64 participações-crime ao Ministério Público para procedimento

criminal, principalmente, por verificação de factos em matéria de encerramento

ilícito, responsabilidade penal em caso de encerramento por facto imputável ao

empregador e desobediência qualificada.

A maioria das participações-crime foi efectuada em resultado da intervenção

inspectiva desenvolvida em empresas dos sectores da indústria de vestuário e

confecção, da construção civil e da hotelaria e similares.

Conforme se verifica no gráfico seguinte, as participações-crime em situações de

crise empresarial foram efectuadas por verificação de factos em matéria de

encerramento ilícito, “lock out”, pagamento da retribuição e actos proibidos.

Page 114: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

113

Figura 41 – Participações crime relacionadas com situações de crise empresarial

5. Cumprimento de metas anuais de Programas

Figura 42 – metas anuais dos programas e resultados

No Plano de Acção Inspectiva, foi definida, para o ano de 2009, uma meta anual de

1200 estabelecimentos a visitar no âmbito da Campanha de Avaliação de Riscos e

Desenvolvimento da Prevenção em Micro e Pequenas Empresas (Programa 1).

Relativamente ao objectivo previamente fixado, foram visitados 31

estabelecimentos. O atraso na aprovação dos termos de referência da Campanha de

avaliação de riscos na utilização de substâncias perigosas levou a que o seu

desenvolvimento fosse concentrado no ano de 2010.

Ficou estabelecida, no Plano de Acção Inspectiva, para o ano de 2009, uma meta

anual de 5000 estabelecimentos a visitar no âmbito do Programa 2, em matéria de

53

5 3 3

Encerramento ilícito

"Lock out" Pagamento da retribuição

Actos proibidos

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

1200

5000

2000

5000

60

12000

25003500

80031

6728

3548

5948

145

19678

4405

9912

1320

Meta Realizado

Page 115: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

114

promoção da segurança e saúde nos locais de trabalho. Relativamente ao objectivo

definido, foram visitados 6728 estabelecimentos, que correspondem a uma taxa de

cumprimento superior às metas em 34,5%.

Para desenvolvimento do Programa 3, foi definida, em fase de planeamento, uma

meta anual de 2000 empresas a visitar com o objectivo de controlar o cumprimento

das actividades principais dos serviços de segurança e saúde no trabalho. Os

serviços da ACT realizaram, neste âmbito, visitas a 3548 empresas, correspondendo

esta actividade a uma taxa de cumprimento que superou as metas em 77,4%.

Para execução do Programa 4, relativo a condições de segurança e saúde em

estaleiros temporários ou móveis, foi estabelecida uma meta de 5000 estaleiros de

construção a visitar no ano de 2009, tendo-se realizado intervenções inspectivas em

5948 estaleiros, que equivalem a uma superação de 19% face aos objectivos

esperados.

No âmbito da promoção das actividades de segurança e saúde na administração

pública, foi fixado um resultado esperado de 60 serviços a serem objecto de acção

inspectiva. Foram visitados 145 estabelecimentos.

Para desenvolvimento do Programa 6, foi planeada uma meta de 12 000

estabelecimentos a visitar para combate ao trabalho não declarado e ao

desenvolvimento irregular das flexibilidades contratuais. Os serviços da ACT

efectuaram, neste âmbito, visitas a 19678 estabelecimentos, que correspondem a

uma taxa de cumprimento superior em 63,9% às metas fixadas.

Foi fixada uma meta anual de 2500 estabelecimentos para prevenção e controlo da

discriminação e condições de trabalho e emprego de grupos vulneráveis de

trabalhadores, tendo sido visitados 4405 estabelecimentos, que equivalem a uma

taxa de execução do Programa 7 de 176,2%.

Foi fixado um objectivo de 1500 estabelecimentos a visitar, em matéria de limites à

duração do tempo de trabalho e de modalidades de organização do tempo de

trabalho, e de 2000 empresas a controlar em matéria de condições de trabalho e

repouso em transportes rodoviários. Os serviços da ACT efectuaram, neste âmbito,

visitas a 6623 estabelecimentos para desenvolvimento das Acções 8.1 e 8.2, e

visitas a 3289 empresas para desenvolvimento da Acção 8.3. As acções 8.1 e 8.2

superaram aproximadamente 4 vezes as metas, enquanto na acção 8.3 houve um

resultado adicional de 64,4%.

Finalmente, o Programa 9, para a promoção de condições favoráveis ao exercício da

representação colectiva dos trabalhadores e do diálogo social, foi planeado de acordo

com uma meta de 800 empresas a abranger, tendo sido visitadas 1320 empresas,

que correspondem a uma taxa de cumprimento superior em 65%.

Page 116: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

115

6. PRINCIPAIS INTERVENÇÕES SECTORIAIS

6.1. Hotelaria e restauração

As empresas hoteleiras e de restauração são responsáveis por um significativo

contributo para a economia do país, encontrando-se distribuídas por todo o território

nacional, sendo dentro do sector terciário, um dos subsectores que emprega maior

número de pessoas.

Alguns problemas específicos deste subsector estão relacionadas com alguma

sazonalidade, com a escassez de mão-de-obra qualificada e com a dificuldade na

sua fixação.A intensidade e exigência dos horários de trabalho, conjugado com os

baixos níveis salariais praticados, influenciam negativamente as condições de

trabalho.

Dos factores apontados resultam, no caso da indústria hoteleira, irregularidades a

nível da organização dos tempos de trabalho e descanso, trabalho suplementar e

respectiva remuneração, redundando também, no caso da restauração, em situações

de trabalho precário e não declarado.

N.º Estab.

Visitados N.º

Visitas N.º Trab.

Abrangidos N.º

Rel/Inf.

Apuramentos

N.º de Infrac.

Coimas aplicadas

Trab. S. Social Mín. Máx.

2392 5854 28741 5659 1.033.589 321.138 2016 1.939.330 4.641.428

Quadro 96 – Acção Inspectiva no Sector da Hotelaria e Restauração

6.2. Comércio

Parte significativa do tecido económico nacional é constituído por micro, pequenas e

médias empresas. A par desta multiplicidade de empresas, existem neste sector

áreas especificas ligadas essencialmente ao sector da distribuição e a grandes grupos

empresariais, que se encontram disseminadas por todo o território.

Em ambos os casos deparamos com situações recorrentes de irregularidades na

contratação, a nível dos vínculos existentes, das categorias profissionais e

respectivas remunerações, assim como na organização dos tempos de trabalho e de

descanso.

A abordagem no ano de 2009 continuou a incidir sobre empresas e grupos

económicos com práticas de flexibilidade interna e externa mais desreguladoras e

ilegais.

Page 117: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

116

N.º Estab.

Visitados N.º

Visitas N.º Trab.

Abrangidos N.º

Rel/Inf.

Apuramentos

Autos Notícia

Coimas aplicadas

Trab. S. Social Mín. Máx.

5336 12752

125653 11592 1.710.632 972.667 2652 2.887.247 7.364.348

Quadro 97 – Acção inspectiva no sector do Comércio

6.3. Sector bancário e segurador Tradicionalmente, os grandes problemas associados às actividades bancária e

seguradora têm sido os que resultam da organização dos tempos de trabalho e de

descanso, com especial incidência na prestação generalizada de trabalho

suplementar à qual nem sempre corresponde a respectiva remuneração e gozo de

descanso compensatório.

N.º Estab.

Visitados N.º

Visitas N.º Trab.

Abrangidos Autos Notícia

Coimas aplicadas

Mín. Máx.

327 503 3610 88 231.994 689.102

Quadro 98 – Acção inspectiva no sector financeiro

N.º Estab.

Visitados N.º

Visitas N.º Trab.

Abrangidos Autos Notícia

Coimas aplicadas

Mín. Máx.

44 96 577 20 27.162 71.088

Quadro 99 – Acção inspectiva no sector segurador

7. PRINCIPAL INCIDÊNCIA DE ACÇÃO INSPECTIVA NO DOMÍNIO DA PREVENÇÃO

DOS RISCOS PROFISSIONAIS

7.1. INTERVENÇÕES TRANSVERSAIS

7.1.1. Campanha Nacional de Prevenção da Exposição à Sílica

A sílica cristalina, sendo um componente natural de vários minerais e produtos

minerais, é utilizada numa grande variedade de indústrias. A inalação de poeiras

finas, contendo sílica, pode provocar danos irreparáveis no corpo humano. O

principal efeito da inalação da sílica cristalina respirável é a silicose, havendo

informação que permite concluir que o risco de contrair cancro do pulmão é superior

em pessoas que sofrem dessa doença.

Com o objectivo de proteger a saúde dos trabalhadores expostos à sílica cristalina,

minimizar a sua exposição no local de trabalho e aprofundar os conhecimentos sobre

os potenciais riscos para a saúde, foi celebrado um acordo, a nível da União

Page 118: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

117

Europeia, entre Associações Patronais e Federações Sindicais, “relativo à protecção

da saúde dos trabalhadores através da utilização e manuseamento correctos de sílica

cristalina e produtos contendo sílica cristalina”.

Associando-se a esta iniciativa, a ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho,

no âmbito da sua missão de promoção de políticas de prevenção de riscos

profissionais, tem em curso uma campanha, iniciada em 2008, visando a adopção de

boas práticas para minimizar os riscos decorrentes da exposição à sílica cristalina

respirável, nos locais de trabalho, bem como proteger a saúde dos trabalhadores,

direccionada, especialmente, para as empresas não representadas pelas entidades

que subscreveram o acordo, as quais, doutra forma, poderiam ficar à margem do esforço de divulgação e de sensibilização para adopção de boas práticas.

São objectivos da Campanha Nacional da ACT:

Alertar, através de acções de sensibilização, para a importância da prevenção

da exposição à sílica cristalina respirável presente em matérias-primas,

materiais e produtos contendo sílica cristalina;

Dar a conhecer medidas concretas que permitam minimizar a exposição à

sílica cristalina respirável nos locais de trabalho, com vista à eliminação ou

redução dos riscos para a segurança e saúde no trabalho, relacionados com

este contaminante;

Sensibilizar para a importância da organização dos serviços de SHST na

empresa; Divulgar as boas práticas, nomeadamente as constantes do acordo europeu.

A mensagem põe a tónica nos aspectos da prevenção, nomeadamente, a

necessidade de, nos locais de trabalho:

Prevenir ou reduzir a formação de poeiras;

Controlar a disseminação de poeiras;

Impedir que os trabalhadores inalem poeira.

A campanha, que envolve acções de sensibilização e de esclarecimento, é dirigida às

empresas onde se produzem ou utilizam produtos que proporcionam exposição à

sílica cristalina respirável, incluindo-se unidades onde exista manuseamento,

armazenagem e transporte do referido material.

Complementarmente, a Campanha põe também a tónica na importância de se

organizarem os serviços de segurança e saúde no trabalho (SHST) nas empresas e

de se divulgarem as boas práticas existentes no sector.

7.1.2. Campanha Europeia de Avaliação de Riscos na Utilização de

Substâncias Perigosas

O Comité de Altos Responsáveis da Inspecção de Trabalho deliberou, em reunião

plenária realizada em Lyon, em 2 de Dezembro de 2008, realizar uma campanha

europeia de comunicação e inspecção relacionada com a prevenção de riscos

profissionais resultantes da exposição dos trabalhadores a substâncias perigosas.

Page 119: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

118

Também por deliberação do Comité, a coordenação do projecto foi atribuída a

Portugal, através da ACT.

Foi constituído um grupo de trabalho para apoio à coordenação, com a participação

de representantes da Bélgica, Eslováquia, França, Grécia, Irlanda e Reino Unido.

Os objectivos gerais da Campanha são os seguintes:

a) Melhorar a harmonização do cumprimento das prescrições mínimas relativas à

utilização de substâncias perigosos nos locais de trabalho, contribuindo para a redução

do número de doenças profissionais e acidentes de trabalho no espaço comunitário; b) Aumentar a capacidade de actuação das Inspecções do Trabalho de cada Estado-

membro em matéria de substâncias perigosas;

c) Contribuir para uma maior eficácia das directivas comunitárias relacionadas com riscos químicos.

Entre os princípios estruturantes do projecto, o CARIT definiu que a campanha devia introduzir elementos de inovação e que devia ser explorada a possibilidade de a informação ser orientada quer para os locais de trabalho, quer para os jovens em ambiente escolar ou já em ambiente laboral. A campanha dirige-se preferencialmente a micro e pequenas empresas (que não excedam 50 trabalhadores) nos seguintes sectores de actividade: transformação da madeira e mobiliário, reparação automóvel, limpeza a seco e industrial e panificação. A selecção dos sectores foi consensualizada com os Estados Membros, devendo cada país desenvolver a acção de informação de inspecção em um ou mais sectores. No caso português, foi escolhido a indústria da madeira e mobiliário. Durante o ano 2009, a ACT preparou e apresentou a candidatura a financiamento por parte da Comissão Europeia, a qual corresponde a 70% dos custos do projecto, de acordo com as regras da Comissão, constituiu uma equipa de projecto estruturada em 3 núcleos (de definição de estratégias, métodos e elaboração de conteúdos técnicos, de execução financeira e avaliação, de comunicação e meios de informação), definiu os termos de desenvolvimento da iniciativa, os instrumentos de planeamento e gestão do projecto e desenvolveu os primeiros contactos com os Estados Membros, através do envio e tratamento de um questionário para recolha de informação relevante. Foram ainda lançados os procedimentos adequados à execução dos materiais da campanha. O calendário da campanha foi definido de modo a concentrar a produção dos materiais de informação, a produzir em todas as línguas da União Europeia, com excepção do italiano

1

(cartazes, brochuras, uma página electrónica na internet) no primeiro semestre de 2010, com divulgação ainda no primeiro semestre e a acção inspectiva junto dos locais de trabalho entre 15 e 31 de Dezembro de 2010. O projecto encerra com um seminário em Março de 2011, no qual serão identificados os resultados da campanha, assim como boas práticas por parte da administração e das empresas.

7.2. INTERVENÇÃO EM SECTORES DE MAIOR INCIDÊNCIA DE SINISTRALIDADE

7.2.1. Construção e obras públicas Desde o início da década de 90, por força do aumento do número de obras públicas

construídas, o sector tem conhecido um desenvolvimento significativo, atraindo a si

1 Itália não participa no projecto.

Page 120: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

119

um conjunto considerável de mão-de-obra, da qual se destaca a mão-de-obra

imigrada, quer sobretudo dos países do Leste europeu quer, ainda, de países de

língua portuguesa.

As especificidades deste sector de actividade que bem se expressa na intensa

variabilidade das situações de trabalho, na cadeia de responsabilidades própria, bem

como a sucessão de decisores e equipas de trabalho, marcam diferenças

significativas por comparação com outros sectores produtivos. Este contexto

determina que a abordagem inspectiva deva ter em conta estes factores e utilize os

instrumentos e os gestos inspectivos que se mostrem mais adequados e que

produzam melhores efeitos.

No plano normativo, embora alguns passos importantes tivessem sido dados,

particularmente a publicação do DL n.º 273/2003, revendo o DL n.º 155/95 e o início

da elaboração do novo regulamento de segurança na construção, denotam-se

algumas lacunas que se expressam enquanto dificuldades inerentes à actuação

inspectiva, tais como a inexistência de um quadro de definição e reconhecimento das

competências relativas aos coordenadores de segurança e saúde no trabalho.

N.º Estab.

Visitados N.º

Visitas N.º Trab.

Abrangidos Nº

Rel/Inf.

Apuramentos

Autos Notícia

Coimas aplicadas

Trab. S. Social Advert Mín. Máx.

15 530 27 964 55 034 23 797 2 017 640 220 753 1 424 3 492 5 705 279 22 423 658

Quadro 100 – Acção inspectiva em empresas de construção em matérias de segurança e saúde e sócio-laborais

Estaleiros

Visitas Empres

as N.º

Trab. Notif. Advert.

Susp. Trab.

Relat. Inq A.T

Autos Notícia

Coimas aplicadas

Mín. Máx.

5 948 18 405 11 838 42 168 20 820 665 1 915 14 442 56 2 220 4 694 041 19 970 122

Quadro 101 – Acção inspectiva em estaleiros

No ano de 2009, o enfoque colocou-se, para além dos riscos de queda em altura, nos

riscos de queda de objectos por elevação, nos riscos provocados pela circulação de

veículos e de outras máquinas de estaleiro, nos riscos eléctricos, nos riscos de

soterramento, bem como nas questões associadas à gestão e à coordenação de

segurança nesses mesmos estaleiros.

De relevar, ainda, a dinamização do diálogo social sectorial que envolve os actores

determinantes no sector da construção – donos de obra, projectistas, entidades

executantes, empregadores, trabalhadores e seus representantes, autoridades

nacionais responsáveis pela aplicação da legislação – que se empenharam numa

interacção de cooperação que se materializou em iniciativas diversificadas.

7.2.2. Indústria extractiva

No ano de 2009, em resultado da intervenção inspectiva realizada no sector da

indústria extractiva, foram adoptados os procedimentos descritos no quadro

seguinte.

Page 121: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

120

N.º Estab. Visitad

os

Nº Visitas

Nº Trab.

Abrangidos

Nº Rel/Inf

Apuramentos Advert

Autos

Notícia

Coimas aplicadas

Trab. S. Social Mín. Máx.

206 370 5303 387 16.309 8.745 16 81 59.812 253.604

Quadro 102 – Acção inspectiva na indústria extractiva

7.2.3. Agricultura O sector agrícola nacional é integrado por empresas familiares e pequenas e médias

empresas (PME‟s) muito dispersas, com défices de organização e marcadas por uma

forte sazonalidade.

Desenvolve-se também a agricultura intensiva em zonas geográficas mais aptas e as

empresas que operam neste segmento reúnem cada vez mais as características

comuns às empresas da generalidade dos sectores de actividade, salvo no que

respeita à sazonalidade que é aqui maior.

A abordagem da acção inspectiva no sector agrícola no ano de 2009 consta do

quadro seguinte.

N.º

Estab. Visitados

Nº Visitas

Nº Trab.

Abrangidos

Nº Rel/Inf

Apuramentos Advert.

Autos Notícia

Coimas aplicadas

Trab. S. Social Mín. Máx.

397 727 5745 570 331.448 59.244 52 207 214.873 601.232 Quadro 103 – Acção inspectiva na agricultura

7.2.4. Pescas

O sector das pescas constitui uma actividade em que as condições de segurança e

higiene no trabalho são particularmente potenciadoras da ocorrência de acidentes de

trabalho.

Tratando-se de um dos sectores de actividade que nos países comunitários

apresentam uma taxa de incidência de acidentes de trabalho superior à média dos

restantes sectores, resultantes da especificidade dos riscos que lhe estão associados,

considerou-se ser da maior relevância desenvolver uma Campanha de informação

nomeadamente junto de Armadores, Trabalhadores, das Capitanias dos Portos e

Administrações Portuárias, perspectivando-se a plena vigência do DL n.º 116/97, de

12 de Maio e da Portaria n.º 356/98, de 24 de Junho.No plano do controlo

inspectivo, em 2009, foram levantados 8 autos de notícia com aplicação de coimas

no montante de 2 066 euros.

N.º Estab.

Visitados

Nº Visita

s

Nº Trab. Abrangido

s

Nº Rel/Inf

.

Apuramentos Adver

t

Autos Notíci

a

Coimas aplicadas

Trab. S.

Social Mín. Máx.

28 47 61 53 1.516 527 1 8

2.06

6

11.42

8 Quadro 104 – Acção inspectiva nas pescas

Page 122: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

121

7.2.5. Outros sectores de actividade De acordo com o plano de acção inspectiva da ACT para os anos de 2008 a 2010 foi

considerada a importância da intervenção em outras actividades da indústria

transformadora (a metalurgia e produtos metálicos, a indústria têxtil e vestuário e a

indústria de madeiras), entre outras. A expressão dessa intervenção no ano de 2009

traduz-se em alguns indicadores que constam do quadro seguinte.

Actividade Estab. Visitas Trab. Relats Advert Autos

de notícia

Coimas aplicadas Inq. Acid. Trab Mín. Máx.

Ind. Metalurgia 1460 3713 93603 3245 225 324 457.220 1.680.624 7 Ind. Têxtil e

Vestuário 941 2030 32987 1823 121 457 609.387 1.584.057 3

Com. Rep. Auto 661 1517 6513 1358 160 293 433.312 1.149.754 -

Ind. Madeiras e

Cortiça 287 596 11405 553 61 120 111.228 324.076 3

Quadro 105 – Acção inspectiva em outros sectores de actividade

8. PROCESSAMENTO DE CONTRA-ORDENAÇÕES LABORAIS

No ano de 2009 foi depositado um total de 10.707.656 Euros apurados em resultado

da tramitação dos processos de contra-ordenação laboral e das coimas aplicadas nos

diversos Serviços Desconcentrados da ACT.

Anos 2005 2006 2007 2008 2009

Depósitos 12.127.574 12.241.619 14.099.249 15.576.990

10.707.656

Quadro 106 – Depósito de coimas cobradas entre 2005 e 2009

Os processos de contra-ordenação laboral são a sequência de procedimentos

coercivos aplicados pelos inspectores do trabalho ou, ainda, por outras entidades,

designadamente da GNR ou da PSP, relativamente à notícia de infracções que

detectam no exercício das suas funções.

Origem IT Origem Outras Entidades Total

N.º de

Processos

(a)

N.º de

Infracções

(b)

Valor de

coimas

N.º de

Processos

(a)

N.º de

Infracções

(b)

Valor de

coimas

N.º de

Processos

(a)

N.º de

Infracções

(b)

Valor de

coimas

12687 15977 21 455 916 22267 23764 12 753 279 34954 39741 34 209 195

Quadro 107 – Processos iniciados em 2009

(a) N.º de processos autuados (b) N.º de infracções autuadas

Page 123: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

122

Pagamento voluntário Pagamento

coercivo (c) Absolvição Admoestação Arquivados Enviados a outras

entidades

Total de Processos Concluídos

N.º Coimas N.º Coimas

22479 10 378 868 573 869 656 1235 144 5486 0 29917

Quadro 108 – Processos concluídos em 2009

9. ACTIVIDADE TÉCNICA ADMINISTRATIVA

9.1. ACTIVIDADE GERAL

No ano de 2009 deram entrada e foram registados nos diversos Serviços 340.943

documentos, tendo sido expedidos 171.706 . Verificou-se, ainda, a entrada de 6.501

mapas de quadros de pessoal, 5.080 pedidos de emissão de títulos profissionais,

26.283 isenções de horários de trabalho, 123.085 mapas de horário de trabalho,

55.017 cadernetas de condutores, 19.666 requerimentos diversos e 55.017 outros

documentos.

Indicadores 2005 2006 2007 2008 2009

Corresp. Registada

. Entrada 288.662 253.128 259.841 340.396 344.380

. Expedida 198.096 211.785 192.820 211.965 217.266

Mapas Quadro de pessoal 19.442 41.154 13.909 24.268 330.251(a)

Títulos Prof. Emitidos 5.266 4.024 6.434 4.600 5.409

Horário de trabalho

. Isenção 30.652 24.420 29.566 27.123 27.181

. Mapas 118.838 122.669 104.483 106.410 126.880

Diversos

. Cader. Condutores 18.543 9.372 10.272 40.809 55.864

. Requerimentos 21.743 23.843 24.210 21.398 19.771

. Outros 29.903 32.218 38.598 36.246 55.230

(a) Inclui os mapas de quadro de pessoal recebidos em suporte electrónico do Gabinete de Estratégia e

Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

Quadro 109 – Actividade administrativa de 2005 a 2009

No ano de 2009, o sector da actividade administrativa, apresenta os seguintes

indicadores mais relevantes quanto a comunicações obrigatórias dirigidas à ACT.

Page 124: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

123

Comunicações N.º

Contratos de trabalhadores de estrangeiros 45594

Celebração contratos trabalho a termo 15449

Cessação contratos trabalho a termo 13061

Início de actividade 12870

Alterações início actividade 2694

Relações semestrais de trabalho suplementar 8249

Mapa de horário de trabalho 123084

Isenções H.T. cargos de chefia 12681

Isenção H.T Trab. conta outrem 2410

Isenção H.T. viaturas 5649

Comunicações abertura estaleiro 6634

Doenças profissionais 1203

Comunicação de acidente de trabalho 279

Regulamentos internos 366

Admissão de menores – 16 anos e escolaridade obrigatória 74

Comunicação de abandono escolar 70

Com. Prévia trabalho temporário no estrangeiro 159

Subtotal 250526

Outras comunicações 89624

TOTAL 340150

Quadro 110 – Comunicações administrativas obrigatórias

9.2. Trabalho de estrangeiros

No ano de 2009 verificou-se a comunicação de 45 594 contratos de trabalho

relativos a trabalhadores estrangeiros.

Direcções Regionais Ano de 2009

Dr.Norte 4 850

Dr.Centro 5 277

Lisboa V.Tejo 25 025

Alentejo 3 887

Algarve 6 555

TOTAL 45 594 Quadro 111 – Distribuição geográfica de contratos de trabalho celebrados com trabalhadores

estrangeiros comunicados

Page 125: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

124

Classe etária Nº de contratos registados %

15 a 24 4 100 9,0

25 a 34 15 947 35,0

35 a 54 23 706 52,0

55 a 64 1 785 3,9

65 56 0,1

TOTAL 45 594 100

Quadro 112 – Distribuição etária dos trabalhadores estrangeiros cujos contratos foram comunicados

10. ACTIVIDADE DA DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE APOIO À

ACTIVIDADE INSPECTIVA

A Direcção de Serviços de Apoio à Actividade (DSAAI) é uma unidade orgânica de

concepção e intervenção que funciona junto dos serviços centrais da ACT e que tem

por missão programar coordenar, acompanhar e avaliar o exercício da acção

inspectiva, sob a dependência directa do Inspector-Geral do Trabalho e dos

Subinspectores-Gerais da ACT.

A DSAAI desenvolve as suas competências através de duas divisões: a Divisão de

Coordenação da Actividade Inspectiva (DCAI) e a Divisão de Estudos, Concepção e

Apoio Técnico à Actividade Inspectiva (DECATAI).

Cabe à DCAI propor desenvolver e avaliar os resultados das grandes acções

inspectivas temáticas ou sectoriais, programar, participar e elaborar relatórios de

avaliação de outras acções inspectivas realizadas no âmbito da competência da ACT,

elaborar e acompanhar o plano anual da acção inspectiva, preparar e desenvolver

projectos e programas decorrentes do plano ou outros, recolher e tratar informação

relacionada com a actividade inspectiva, conceber metodologias que melhor

garantam o cumprimento do planeamento estratégico da organização e elaborar

instrumentos de suporte ao exercício do gesto inspectivo.

Cabe à DECATAI assegurar assessoria técnica especializada e apoio ao

desenvolvimento da actividade inspectiva, elaborar pareceres, normas e

instrumentos técnicos e de suporte para apoio, harmonização e avaliação da acção

inspectiva, colaborar no enriquecimento do quadro normativo nas matérias

relacionadas com o âmbito da intervenção da ACT, desenvolver processos de

informação e esclarecimento aos destinatários da acção da ACT, elaborar estudos

sobre sinistralidade laboral monitorizar a evolução da taxa de acidentes de trabalho.

No que concerne às actividades da Direcção de Serviços de Apoio à Actividade

Inspectiva (DSAAI) destaca-se a programação, planeamento e avaliação de 41

grandes acções inspectivas de âmbito nacional.

Desenvolveu-se assessoria técnica especializada à actividade inspectiva

nomeadamente através de 1255 pareceres e informações prestadas na área do

direito do trabalho e da segurança e saúde no trabalho para clientes internos e

externos à ACT e assegurou-se a participação em acções inspectivas, exercidas

Page 126: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

125

principalmente como teste de metodologia ou em áreas de intervenção menos

tradicional ou por outras necessidades identificadas pela Direcção. De salientar, a

acção de enriquecimento do quadro normativo que contou com a elaboração e

apreciação de 11 projectos de diploma legal, o contributo técnico para a realização

de 54 comunicações técnicas em representação da ACT, as respostas a perguntas de

deputados (218), as resposta a pedidos de informação internacionais (33) assim

como o desenvolvimento de projectos de médio e longo prazo e a integração em

grupos de trabalho internos e externos interinstitucionais ou internacionais.

No ano de 2009, foram realizadas, pelos inspectores do trabalho afectos à Direcção

de Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva, 191 visitas de inspecção, sobretudo de

âmbito exploratório, em função do menor conhecimento do universo de intervenção,

da matéria ou para teste de métodos e instrumentos. Em resultado da actividade

inspectiva desenvolvida pela DSAAI, procedeu-se ao levantamento de 13 autos de

notícia, a que correspondeu a aplicação de coimas cujo montante mínimo totalizou o

valor de € 17 952. Foi adoptado o procedimento de notificação para tomada de

medidas relativamente a 19 situações irregulares verificadas.

Título Número

Pareceres prestados sobre Direito do Trabalho e Segurança e Saúde no Trabalho

1.255

Participação em projectos inter-institucionais ou internacionais de médio ou longo prazo (duração superior a 3 meses)

39

Preparação/ realização de comunicações técnicas em representação da ACT

(congressos/ seminários/ workshops) 54

Análise e parecer ou iniciativa de projectos de diploma legal na área das relações de trabalho ou da segurança e saúde no trabalho/ Enriquecimento do quadro normativo

11

Resposta a relatórios de aplicação de convenções internacionais e directivas/ pedidos de informação técnica internacionais

33

Respostas a perguntas de deputados 218

Instrução de processos de alargamento do período de laboração 110

Colaboração em trabalhos de investigação académica 9

Processos de destacamento de trabalhadores 40

Número de informações prestadas por correio electrónico (gestão do act.mail) 11.926

Respostas ao Tribunal 51

Acções inspectivas de âmbito nacional preparadas e avaliadas (elaboração dos guias de acção / mapas estatísticos / avaliação de resultados)

41

Artigos técnicos para publicação 12

Elaboração de propostas de ofícios circulares 11

Reuniões realizadas com entidades externas com interesse para a acção inspectiva (de âmbito nacional ou internacional)

132

Quadro 113 – Principais actividades da Direcção de Serviços de Apoio à Actividade Inspectiva

Page 127: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

126

Figura 43 – Acções de âmbito nacional preparadas e avaliadas pela DSAAI (Comparativo 2008 e 2009)

Conforme se verifica pela Figura 43, o primeiro trimestre de 2009 representa o

período de maior concentração de acções programadas de âmbito nacional.

Figura 44 – Acções organizadas pela DSAAI por actividade

Em consonância com o Plano de Acção Inspectiva 2008-2010, as áreas em que

mais acções foram realizadas foram o controlo dos tempos de condução e

repouso nos transportes rodoviários, a segurança na construção e o combate ao

trabalho não declarado.

Acçõ

es

Título do Gráfico

1210

43

2 21 1 1 1 1 1 1 1

Page 128: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

127

IV. PROMOÇÃO DA

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Page 129: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

128

1. ACTIVIDADES DA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO

TRABALHO 1.1. Processos de regulação em segurança e saúde no trabalho

1.1.1. Autorização de entidades prestadoras de serviços externos de

segurança e saúde no trabalho Prevista desde 1994 no Decreto Lei n.º 26/94, de 1 de Fevereiro, a autorização para

o exercício da actividade de prestação de serviços externos, apenas veio a ser

regulamentada em 2002, pela Portaria n.º 467/2002, de 23-04, estando actualmente

versada na Lei n.º 35/2004, de 29-07 (Regulamentação do Código do Trabalho).

Após a definição de critérios necessários à análise de centenas de processos

entretanto acumulados desde 1994, deu-se início à mesma em meados de 2004.

O ano de 2009 foi marcado, no âmbito deste processo de regulação, pela publicação

da Lei 102/2009, de 10 de Setembro.

Este diploma legal veio transformar significativamente o processo de regulação em

matéria de prestação de serviços externos de segurança e saúde no trabalho,

nomeadamente:

Definindo competências de instrução processual e de autorização autónomas

em matéria de segurança no trabalho (Autoridade para as Condições do

Trabalho) e de saúde laboral (Direcção-Geral da Saúde);

Criando um regime transitório, no âmbito do qual as entidades que, à data da

entrada em vigor do diploma, se encontrassem com pedido de autorização em

fase de apreciação, deveriam requerer ao organismo competente a respectiva

vistoria.

Como resposta a este mecanismo, a ACT recebeu, nesse ano, 291 pedidos de

vistoria, aos quais não deu resposta, na medida em que não dispunha de um

instrumento essencial – o diploma que procede à identificação dos actos sujeitos ao

pagamento de taxa e fixa os respectivos montantes.

Por outro lado e, relativamente à tramitação de novos processos (15 requerimentos

apresentados até ao final do ano), a mesma não foi iniciada, uma vez que, para além

da questão focada anteriormente (ausência de diploma regulador das taxas), não foi,

ainda, publicado o diploma que aprova os modelos de requerimento.

Este quadro levou a que, após a saída da referida Lei 102/2009, a actividade da ACT

se tivesse concentrado na resolução das situações de processos de autorização que,

pelo estado de desenvolvimento, permitiam outorgar as autorizações ainda ao abrigo

do anterior regime.

No Quadro 115 apresentam-se os valores relativos à actividade dos anos de 2008 e

2009, assim como os valores globais desde o início do processo (2005).

Page 130: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

129

20087 2009 Total

Requerimentos relativos a autorização

100 69 888

Requerimentos relativos a alteração de autorização

3 1 13

Entidades autorizadas

● Segurança, higiene e saúde no trabalho

6 5 28

● Segurança e higiene no

trabalho

11 18 79

● Saúde no trabalho 3 6 14

Total 20 29 121

Vistorias realizadas 35 36 172

Processos indeferidos / extinções de procedimento

36 34 242

Taxas cobradas (em €) 88.400 130.300 491.350

Vistoria 80.150 122.550 450.850

Apreciação de

requerimento

8.250 7.750 40.500

Quadro 115 – Autorização das entidades prestadoras de serviços externos de SST

1.2. Dispensa de serviços internos de SST e adopção de acordos

interempresas A legislação previa que, em determinadas circunstâncias, as empresas podessem ser

dispensadas da organização de serviços internos de SST podendo, em alternativa

organizar serviços interempresas.

Este processo era objecto de regulação da ACT, tendo-se iniciado em 2008 a

estruturação dos procedimentos referentes à fase de apreciação destas solicitações.

Também neste domínio, o ano de 2009 foi marcado pela publicação da Lei 102/2009,

de 10 de Setembro.

Este diploma legal veio alterar os processos referentes à dispensa de serviços

internos e à aprovação de serviços comuns, nomeadamente:

Definindo competências de instrução processual e de autorização autónomas

em matéria de segurança no trabalho (Autoridade para as Condições do

Trabalho) e de saúde laboral (Direcção-Geral da Saúde);

Prevendo modelos de requerimento para a dispensa de serviços internos e à

aprovação de serviços comuns

Page 131: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

130

Também neste domínio, após a saída da referida Lei 102/2009, a actividade da ACT

concentrou-se na resolução das situações de processos de autorização que, pelo

estado de desenvolvimento, permitiam outorgar as autorizações anda ao abrigo do

anterior regime.

Apresentam-se no quadro infra os valores referentes a estes processos.

Quadro 116 – Dispensa de serviços internos e autorização de serviços interempresas

1.3. Autorização para o exercício das actividades de segurança e

higiene no trabalho por trabalhador designado, ou pelo próprio empregador

Em empresas com menos de dez trabalhadores e sem actividade de risco elevado, a

legislação prevê que a existência de um modelo simplificado, no qual as actividades

de segurança e higiene no trabalho podem ser executadas pelo próprio empregador,

ou por um trabalhador por si designado.

Assim, relativamente ao processo de autorização da figura de empregador ou

trabalhador designado para o exercício das actividades de segurança e higiene, no

Quadro 117 apresenta-se o número de pedidos relativos ao respectivo processo de

autorização referente a 2008 e 2009 e os valores acumulados, desde o início do

processo (2003) até 31 de Dezembro de 2009.

Quadro 117 – Autorização para a prestação de actividades de SHT por trabalhador designado ou pelo próprio empregador

Este quadro revela que, por um lado, o recurso a esta figura, um instrumento

especificamente concebido para as micro empresas, está cada vez mais divulgado

entre estas, mas também que o esforço desenvolvido pela ACT junto das instituições

de formação para o aumento da oferta formativa nesta área está a dar frutos.

2008 2009

Candidaturas 23 11

Processos concluídos 4 42

2008 2009 Total

Candidaturas 32 91 283

Autorizações concedidas:

● Empregador

9

34

43

● Trabalhador designado 7 18 49

Total de autorizações concedidas 16 52 92

Processos indeferidos / extinções de procedimento

4 14 95

Page 132: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

131

1.4. Processo de Certificação de competências em segurança e higiene no trabalho (Técnicos e Técnicos Superiores)

As actividades de segurança e higiene do trabalho são efectuadas por profissionais –

técnicos e técnicos superiores – para cujo exercício é obrigatória a titularidade de um

certificado de aptidão profissional (CAP). Inscreve-se nas competências da ACT a

coordenação e gestão deste processo de regulação.

A actividade desenvolvida em 2009, foi pautada pelos seguintes aspectos:

Um incremento do número de candidaturas para renovação de CAP (mais

50% do que no ano anterior);

Um acréscimo das solicitações de urgência, face a situações de concursos

públicos ou de emissão ou renovação de alvará de industrial da construção ou

de empreiteiro de obras públicas.

Apesar de tudo, foi possível recuperar um atraso, sistematicamente transportado do

passado e, cuja tendência, foi possível, finalmente, começar a inverter neste ano de

2009.

No que concerne ao processo de certificação de aptidão profissional em matéria de

SHT, no Quadro 118 apresentam-se os números relativos aos anos de 2008 e 2009,

bem como os relativos a todo o processo, desde o seu início (2001) até 31 de

Dezembro de 2009.

Quadro 118 – Emissão de certificados de aptidão profissional

Não deve esquecer-se que o número de técnicos formados se reporta a um único

decénio, o que significa que em cerca de 10 anos foram formados mais de 20.500

técnicos de SST.

Relativamente ao processo de renovação dos certificados de aptidão profissional (que

ocorre com periodicidade quinquenal), no Quadro 119 apresentam-se os números

relativos aos anos de 2008 e 2009, assim como os totais.

2008 2009 Total

Candidaturas recebidas 2.650 2.033 21.332

CAP emitidos: ● Técnico (nível 3)

378

404

3.514

● Técnico superior (nível 5) 2.111 2.471 17.021

Total de CAP emitidos 2.489 2.875 20.535

Autorizações provisórias concedidas: 1 4 248

Processos indeferidos / extinções de procedimento

7

9

1.251

Taxas geradas (em €) 124.151,32 143.405,00 --

2008 2009 Total

Candidaturas 488 1.094 2.600

CAP renovados: ● Técnico (nível 3)

151

166

718

● Técnico superior (nível 5) 293 825 1.627

Total de CAP renovados 444 991 2.345

Page 133: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

132

Quadro 119 – Renovação de certificados de aptidão profissional

1.5. Formação profissional em segurança e higiene do trabalho

A realização de cursos de formação inicial para técnicos e técnicos superiores de

segurança e higiene no trabalho pressupõe a respectiva homologação prévia, tal com

a autorização para a realização de novas acções.

Este processo iniciou-se em 2001, a par como a certificação dos técnicos (a

publicação da legislação regulamentadora verificou-se a partir do ano de 2000,

designadamente o Decreto-Lei n.º 110/2000, de 30 de Junho, alterado pela Lei

nº14/2001, de 4 de Junho e pela Portaria n.º 137/2001, de 1 de Março ).

No final do ano de 2008, foi publicado o Catálogo Nacional de Qualificações. Este

instrumento, gerido pela Agência Nacional para as Qualificações, inscreve-se no

Programa “Novas Oportunidades”.

Como consequência desta publicação:

Verificou-se um incremento da oferta formativa de nível 3, em diversas

modalidades e para diferentes públicos-alvo;

Surgiram novas metodologias de execução da formação, nomeadamente as

denominadas “Unidades de formação de curta duração”, para as quais não

existe, ainda, adequado mecanismo de regulação.

No Quadro 120 apresentam-se os números relativos aos anos de 2008 e 2009, assim

como os valores globais desde o início do processo (2000), diferenciando entre

cursos de nível 3 e cursos de nível 5.

Quadro 120 – Homologação de cursos de nível 3 e nível 5

No quadro seguinte apresenta-se o número de novas acções realizadas no âmbito de

homologações concedidas.

Quadro 121 – Autorização de novas acções de formação profissional

Taxas geradas (em €) 11.073,36 24.715,54 --

2008 2009 Total

Nível 3 27 48 233

Nível 5 23 28 364

2008 2009 Total 2007/2009

Nível 3 9 33 60

Nível 5 83 89 309

Page 134: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

133

A regulação referente a formação contínua compreende os processos de

reconhecimento de acções de formação para a renovação dos certificados de aptidão

profissional, consistindo em percursos formativos de 30 ou 100 horas, conforme os

candidatos à renovação demonstrem ter mais ou menos de dois anos de actividade

profissional, respectivamente.

A validação da formação diz respeito aos trabalhadores designados e aos

empregadores, sendo obrigatórias no âmbito da autorização para o exercício de

funções por ou, ainda, para os representantes dos empregadores nos serviços

externos ou interempresas.

Quadro 122 – Reconhecimento e validação de formação contínua em SHT

A regulação em matéria de formação profissional em SHT encontra-se sujeita à

cobrança de taxa em alguns actos (homologação de cursos, autorização de novas

acções e reconhecimento de acções) que, no ano de 2009, gerou um montante de

48.700,00 €.

À ACT compete participar nos júris de avaliação de trabalhos finais dos cursos de

formação inicial de nível 3 e de nível5.

De referir que, embora a prioridade tenha sido assegurar o acompanhamento dos

cursos de nível 3 – cabendo à ACT a presidência dos júris – assegurou-se igualmente

a presença em cursos de nível 5 sempre que tal participação se afigurou oportuna e

possível.

Quadro 123 – Participação em júris de avaliação de trabalhos finais

2. Gestão das notificações obrigatórias Todas as entidades empregadoras estão obrigadas à entrega anual do relatório das

actividades de SST do ano transacto.

A entrega podia ser feita em suporte de papel (Modelo 1714 INCM), na ACT se o

número de trabalhadores fosse menor ou igual a 10 ou, obrigatoriamente, por meio

informático (CD-ROM, disquete ou correio electrónico) para entidades com mais de

10 trabalhadores.

A aplicação informática do relatório, assim como os respectivos manuais de operação

necessários ao preenchimento e entrega por meio informático, são disponibilizados

pelo Gabinete de Estudos e Planeamento do MTSS, de acordo com a lei.

2008 2009 Total 2007/2009

Reconhecimentos 30 55 121

Validações 20 28 65

2008 2009 Total 2007/2009

Cursos de nível 3 17 16 50

Cursos de nível 5 18 12 65

Page 135: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

134

A seguir apresentam-se os dados referentes à recepção, em 2009, do relatório

anual.

Relatórios certificados

Correio electrónico

2008 2009

143.029 148.330

Quadro 124 – Recepção do relatório anual das actividades de SST

Os relatórios entregues por estas entidades dizem respeito a um universo de

148.702 estabelecimentos, abrangendo, em matéria de serviços de segurança no

trabalho, 2.277.578 trabalhadores e em matéria de saúde ocupacional, 2.368.679

trabalhadores.

O trabalho com agentes biológicos, é de notificação obrigatória, uma vez que

estamos em presença de uma actividade considerada de risco elevado, pese embora

o número de notificações recebidas se poder considerar reduzido.

Esta notificação deverá ser remetida quer à ACT quer à DGS, tendo em 2009, sido

recepcionadas 18 notificações.

3. Apoio a projectos no âmbito da segurança e saúde no trabalho

O apoio a projectos no âmbito da SHST, enquadra dois tipos de acções, a acção

promotora e a acção reactiva.

Como acção promotora entende-se o conjunto de actividades relacionadas com o

desenvolvimento e materialização das políticas de prevenção de riscos

profissionais que têm sido consideradas, isto é, da implementação de Programas

Enquadradores junto dos parceiros da Rede Nacional de Prevenção de Riscos

Profissionais, enquanto que como acção reactiva se considera a que decorre da

apresentação de propostas, por iniciativa dos diversos promotores.

Ainda nesta matéria há que realçar que foram elaborados novos referenciais

(Programa dos Apoios e respectivo Regulamento), submetidos ao Conselho

Consultivo da ACT e nele aprovados por unanimidade e que vieram substituir os

anteriores referenciais, já com cerca de 10 anos, permitindo adaptá-los às definições

e prioridades da Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho 2008-

2012.

3.1. Acção promotora

Campanha Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho

Page 136: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

135

Sob a responsabilidade da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho

decorre, em todo o espaço comunitário, a Campanha Europeia de Segurança e Saúde

no Trabalho.

No âmbito interno, as actividades inerentes à implementação das campanhas

europeias têm sido desenvolvidas com o enquadramento da representação do Ponto

Focal Nacional, contando a respectiva coordenadora com o apoio dos diversos

serviços da Área da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho.

Projectos 2008 2009

Apresentados 2 --

Acompanhados 2 2

Apoiados 2 --

Encerrados 7 2

Montante aprovado (em €) 10.000,00 --

Montante disponibilizado (em €) 19.819,92 2.000,00

Quadro 125 – Projectos no âmbito da semana europeia

Deve referir-se que 2009 constituiu pela primeira vez, o segundo e último ano de

vigência de uma Campanha Europeia. Ou seja, pela primeira vez vigorou o novo

modelo de Campanha Europeia que a estende por 2 anos. Assim se pode

compreender a aparente diminuição de projectos em 2009. Na realidade o que se

passou foi que a maioria desses projectos, como seria de esperar, foram

apresentados no primeiro ano da Campanha, mesmo que alguns se prolongassem

pelos dois anos.

3.2. Acção reactiva

A actividade desenvolvida em 2009 no âmbito do apoio a projectos enquadrados na

designada acção reactiva, verificou-se ao nível do apoio técnico para apresentação

das candidaturas e reformulação de projectos apresentados, na apreciação e

instrução para decisão do apoio a conceder.

As candidaturas apresentadas enquadram-se em três tipos de acções: Formação,

Estudos/investigação e Informação/divulgação.

Entidade

Projectos

apresentados Projectos apoiados

2008 2009 2008 2009

Associação patronal 12 8 10 7

Associação sindical 42 78 39 72

Associação profissional 4 11 4 10

Associação empresarial 2 7 2 5

Comunidade técnica/científica 6 11 4 10

Estabelecimentos de ensino 12 16 5 8

Administração Pública -- 1 -- 1

Page 137: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

136

Outros 2 3 2 2

TOTAL 80 135 66 115

Quadro 126 – Projectos apresentados e apoiados por tipo de promotor

Tipo de acção 2008 - Projectos

apresentados

2009 - Projectos apresentados

Informação e divulgação 33 60

Estudos e investigação 9 5

Formação 38 68

Não enquadráveis -- 2

TOTAL 80 135

Quadro 127 – Projectos apresentados por tipo de acção

Tipo de acção

2008 - Montante aprovado

(€)

2008 – Montante

disponibilizado (€)

2009 – Montante aprovado

(€)

2009 - Montante

disponibilizado (€)

Informação

Divulgação

435.160,48

319.559,39

496.907,91

357.437,48

Estudos Investigação

193.667,88

191.720,59

83.316,00

119.980,53

Formação 752.499,87 741.812,10 633.788,95 532.994,56

TOTAL 1.381.328,23 1.253.092,08 1.214.012.86 1.010.412,57

Quadro 128 – Montantes dos apoios concedidos no âmbito dos projectos da acção reactiva

Tipo de acção Projectos apresentado

s

Projectos aprovados

Projectos encerrados

Montantes aprovados (€)

Acção promotora

Semana Europeia

-- -- --2 2 000,00

Acção

reactiva

Informação

e divulgação

60 52 34 496.907,91

Estudos e

investigação

5 1 6 83.316,00

Formação 68 62 40 633.788,95

Outros 2

Total 135 115 82 1.214.012,86

Quadro 129 – Quadro síntese da actividade global desenvolvida em 2009 no âmbito da gestão de projectos

4. AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Page 138: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

137

A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (AESST) é o organismo

da Comissão que tem como missão recolher e tratar informação técnico-científica de

segurança e saúde no trabalho, assim como difundir este conhecimento através de

uma rede de informação, prestando particular atenção às PME que são normalmente

mais vulneráveis aos problemas de SST e proporcionando-lhes soluções práticas e

eficazes no local de trabalho.

A rede da AESST, constituída pelos parceiros sociais, comunidade técnico - científica,

técnicos de SHT, peritos de SST, parceiros institucionais e empresas, é gerida em

cada Estado - membro pelo respectivo Ponto Focal Nacional, que assegura estas

tarefas de recolha e troca de informação e representa a AESST ao nível desse Estado

- membro.

No âmbito das suas atribuições, o Ponto Focal Nacional (PFN), de carácter tripartido,

realiza um conjunto de actividade variadas, inscritas no Plano de Actividades da

AESST e no Plano de Actividades da organização nacional que a representa e que em

Portugal é a ACT- Autoridade para as Condições de Trabalho.

4.1. Actividades inscritas no Plano de Actividades da AESST

4.1.1. Observatório Europeu de Riscos Emergentes (ERO).

O ERO foi criado no âmbito da Estratégia Europeia para a Segurança e saúde no

Trabalho 2002-2006 com o objectivo de antecipar o conhecimento dos riscos

resultantes das novas formas de trabalho, os riscos tradicionais que estão a

aumentar em resultado dos novos processos produtivos ou das novas percepções e

conhecimento científico.

Tem como missão antecipar o conhecimento dos riscos, identificar medidas de

prevenção e protecção e informar a Comissão e os Estados - membros para tomada

de decisões.

Elabora relatórios com base em estudos de carácter técnico e recolha bibliográfica.

Para estes relatórios, contribuem os elementos do Observatório, na escolha dos

temas, metodologias e indicação de peritos.

A informação produzida pelo ERO, é remetida aos Pontos Focais Nacionais para

aprovação. Esta aprovação é feita com o apoio da comunidade técnico -científica e,

quando necessário são sugeridas alterações ou a introdução de novos elementos.

No caso dos relatórios elaborados pela própria AESST compete aos elementos do

ERO a recolha de informação e envio à Agência.

Em 2009, foram produzidos e/ou editados 13 relatórios, entre os quais se destacam

os relatórios relativos a riscos biológicos, químicos e psicossociais, as resenhas da

literatura sobre riscos químicos, biológicos e pandemias e ainda os estudos

aprofundados sobre ruído e substância otótoxicas, nanopartículas, substâncias

reprotóxicas e valores limite de exposição química e interface homem

máquina.(Quadro 19).

New and emerging risks in occupational safety and health

Combined exposures to noise and ototoxic substances

Page 139: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

138

Biological agents and pandemics: review of the literature and national politics

OSH in figures : stresse at work. – facts and figures

Labour inspectorate strategie planning on safety and health at work

Expert forecast on emerging chemical risks related to occupational safety and health

Workplace exposure to vibration in Europe on expert review

The occupational safety and health of cleaning working

Expert forecast on emerging chemical risks related to occupational safety and health – review of literature

The human machine interface as an emerging risk

Workforce exposure to nanoparticles

Exploratory survey of occupational exposure limits (OELS) for carcinogenic, mutagens and reprotoxrc substances (CMRs) at EU Member States level

Exploratory survey of occupational exposure limits table

Quadro 130 – Lista das publicações e trabalhos ERO em 2009

O ERO foi apresentado em todas as iniciativas realizadas sob o patrocínio do PFN e

foram remetidas 2 notas de imprensa para a comunicação social sobre os trabalhos

do ERO (Quadro 20).

Os trabalhadores europeus enfrentam novos e maiores riscos para a saúde

provocados por substâncias perigosas

Avaliação de riscos – a chave para um melhor ambiente de trabalho

Cimeira da campanha Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis dedicado a avaliação

de riscos

A campanha Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis dedicada à avaliação chega ao

fim

Concurso de fotografia sobre segurança e saúde no trabalho. Aproxima-se a data

limite para entrega dos trabalhos

Prémio Cinematográfico para o melhor documentário sobre temas relacionados com

o trabalho

Agência Europeia lança 1º Concurso Europeu de fotografia sobre SST

Atarefados como uma abelha na promoção de melhores condições de trabalho na

empresa

O que pensam os europeus das sua condições de trabalho

Quadro 131 – Lista das notas de imprensa enviadas para a comunicação social em 2009

A difusão da informação do ERO é feita on line e em papel através de instrumentos

tais como fichas técnicas (Facts), relatórios, desdobráveis, cartazes, DVD, notas de

imprensa, entre outros.

Estes produtos, elaborados pelos Centros Temáticos ou pela AESST, são aprovados

pelos PFN, em colaboração com os especialistas, remetidos ao Gabinete das

Publicações Oficiais da União Europeia para tradução e finalmente aos PFN para

revisão da tradução. A sua divulgação é feita directamente pela Agência pelos

parceiros da Rede e pelos Pontos Focais nas iniciativas apoiadas por estes e através

da Internet. Em 2009 foram revistas 7 traduções remetidas pela AESST (Quadro 21)

Page 140: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

139

FACT 83 – Boas Práticas de promoção de riscos profissionais para os jovens

trabalhadores . resumo de um relatório

FACT 84 – Previsões de peritos sobre os riscos químicos emergentes relacionados

com a segurança e saúde no trabalho

FACTS 85 – Avaliação, eliminação e redução substancial dos riscos profissionais –

Síntese de um relatório da Agência

FACT 86 – Prevenção de acidentes e doenças profissionais dos trabalhadores do

sector da limpeza

REPORT – Workplace diversity and risk assessment: ensuring everyone is covered

REPORT – Preventing harm to cleaning workers

REPORT ~Assessment, elimination and substantial reduction of occupational risks

REPORT – OSH in the school curriculum: requirement and activities in the EU

Member States

REPORT –Preventing risks to young workers : policy programmes and workplace

pratices

REPORT –Labour inspectorate strategie planning on safety and health at work

REPORT –Occupational safety and health and economics professional in small and

medium. Sized enterprises: a review

Prevention of risks in practices: Good practices related to risk assessment

EFACT 46 – Mental health promoting in the health care sector

EU . OSHA Annual Report 2009: health and safety in hard times

Relatório Anual da Agência 2008 Resumo

2009 Annual Management Plan and Work Plan Quadro 132 – Publicações da AESST e revisão das traduções

4.1.2. Representação da AESST

Compete ao PFN representar a AESST a nível nacional. Esta representação é

assegurada pelo técnico que assegura a representação a nível nacional, pelos

representantes dos Parceiros Sociais que têm assento no Conselho de Direcção da

AEEST e fazem parte do Ponto Focal ou pelo dirigente do serviço que tem

competências atribuídas e assento no Conselho de Direcção da AESST.

Em 2009 a ACT, enquanto Ponto Focal Nacional, apoiou 107 iniciativas e esteve

presente com uma comunicação oficial em 63 destas iniciativas. As iniciativas

promovidas com o patrocínio da Agência desenvolvem-se na sua generalidade em

parceria com os elementos da rede de prevenção, concretizando assim a sua visão

de estabelecer ligações e difundir a informação. Estabeleceram-se neste período 68

parcerias, 12 delas com novas entidades que aderiram à Rede de Prevenção de

Riscos Profissionais.

As entidades que trabalharam com o PFN foram: 6 instituições de ensino superior, 9

empresas, 14 autarquias, 24 parceiros sociais, 4 centros de formação profissional, 2

centros tecnológicos e de investigação, 2 Governos Regionais, a Força Aérea e 1

serviço público e 3 escolas de ensino secundário e profissional. (Quadro 22).

Page 141: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

140

Figura 45 - Parcerias

4.1.3. Campanha Europeia 2008/9

A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho actua como catalisador

do desenvolvimento e da divulgação da informação, visando melhorar a situação da

segurança e saúde no trabalho (SST) na UE.

Através de iniciativas de informação, onde se destacam as campanhas, a Agência

tem vindo a contribuir desde 2000 para o desenvolvimento de uma cultura de

prevenção na UE, promovendo a consciencialização dos riscos e alterando

comportamentos através de campanhas de informação/sensibilização.

Neste contexto, em 2008/9, a ACT realizou a Campanha Europeia “Locais de

Trabalho Seguros e Saudáveis” dedicada à avaliação de riscos que permitiu na

comunidade um debate em torno do tema da avaliação de riscos, de modo a

viabilizar a implementação de uma cultura de segurança que comece em cada um de

nós e possa convergir nas organizações privadas e públicas contribuindo para a

criação de locais de trabalho seguros e saudáveis.

Esta Campanha que decorreu sob o slogan “Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis.

Bom para si. Bom para as Empresas”, teve um horizonte temporal mais alargado do

que as anteriores, dois anos 2008/9, permitindo assim mais tempo para organização

e concretização dos seus objectivos. Teve quatro objectivos específicos:

- Sensibilizar os empregadores para a responsabilidade jurídica e a necessidade

prática de avaliar todos os riscos no local de trabalho;

- Informar sobre o processo de avaliação de riscos enquanto processo que se

pretende simples e claro de forma a ser entendido por todos na empresa;

- Promover uma abordagem de avaliação de riscos faseada, incentivando as

empresas (particularmente as Micro e PME) a construírem a sua própria avaliação

0

5

10

15

20

25

30

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

ParceriasAutarquias

Comunidade Educativa

Parceiros sociais

Centros de Formação Profissional

Empresas

Outros

Centros Tecnológicos e de Investigação

Page 142: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

141

dos riscos com metodologias que pressuponham o conhecimento do processo

produtivo, a legislação e a bibliografia disponível;

- Consolidar a ideia de que a avaliação dos riscos é inclusiva, ou seja, é

responsabilidade de todos no local de trabalho; não pode ser apenas preocupação

do empregador ou dos técnicos de SHT mas beneficia de uma abordagem

participativa.

O objectivo estratégico da campanha foi transmitir claramente que a avaliação dos

riscos consiste num exame sistemático de todos as vertentes do trabalho para

determinar o que pode causar ferimentos ou danos, se os riscos podem ser

eliminados, e em caso contrário quais as medidas para os controlar.

A Campanha foi dirigida, particularmente, às pessoas envolvidas na execução das

medidas SST: representantes para a SST, técnicos de SHT, parceiros sociais,

empresas, comunidade técnico - científica e decisores políticos.

O balanço da execução da Semana Europeia é positivo e permite-nos concluir que a

cultura de segurança, enquanto objectivo da Agência Europeia e da ACT é um

caminho que se vai construindo com a colaboração de toda a comunidade do mundo

do trabalho, técnico - científica e ensino.

Realizaram-se ao longo do ano mais de uma centena de iniciativas: 45 seminários,

57 acções de sensibilização, 12 workshops, 6 sessões de esclarecimento, 3

concursos, 2 acções de rua, 1 exposição. Estas iniciativas decorreram por todo o

país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Figura 46 – Evolução das actividades apoiadas pelo Ponto Focal Nacional

Na Campanha Europeia, em 2009, foram abordados, entre outros, temas como:

avaliação de riscos químicos, físicos, psicossociais e stresse e lesões músculo -

esqueléticas e visitaram-se locais de trabalho nos sectores da construção, saúde,

têxtil, cutelaria, calçado, cerâmica e vidro, minas e pedreiras, transportes, segurança

de máquinas, comércio, termalismo e forças armadas.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Acções de InformaçãoSeminários

Acções de sensibilização

Jornadas de Porta Aberta/Acções Rua

Workshops

Exposições

Concursos

Acções de formação

Page 143: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

142

No âmbito do desenvolvimento da prevenção de riscos profissionais nas empresas,

como pressuposto de uma melhoria sustentada das condições de trabalho foi

apontado como objectivo promover a aplicação efectiva da legislação de SST, em

especial nas PME, através de medidas, tais como a elaboração de documentos de

abordagem simples e adaptados aos sectores de actividade de maior risco.

Assim foram produzidos, a nível nacional, alguns materiais alusivos ao tema,

nomeadamente: 3 guias para motoristas sobre legislação, fadiga e LMERT e álcool e

VHISIDA em ambiente de trabalho e 3 folhetos sobre os mesmos temas

Foram ainda produzidas 2 brochuras sobre Boas Práticas, em resultado da atribuição

do prémio europeu de Boas Práticas e do Prémio Nacional, atribuídos no âmbito da

Campanha Europeia.

Figura 47 – Publicações acompanhadas pelo Ponto Focal Nacional

As iniciativas da campanha foram suportadas por alguns instrumentos de

comunicação, nomeadamente 28 artigos publicados na imprensa nacional e regional

e em revistas da especialidade e 9 comunicados de imprensa, que deram origem a

um número significativo de inserções tanto na imprensa diária como regional. Foram

,ainda criados um site para os representantes dos trabalhadores , um blogue e 3

newsletters

0

2

4

6

8

10

12

Publicações

Brochuras

CDs e DVDs

Folhetos Informativos

Cartazes

Painéis Informativos

Newsletters

Edições on line

Page 144: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

143

Figura 48 – Acções de comunicação

A campanha europeia “Locais de trabalho seguros e saudáveis. Bom para si. Bom

para a empresa” teve como objectivo sensibilizar os actores da prevenção para a

importância de realizar avaliações de risco e cumprir os princípios da prevenção com

vista a melhores índices de segurança e saúde no trabalho e da produtividade das

empresas, numa perspectiva enquadrada nos objectivos da Cimeira de Lisboa, de

criar qualidade no emprego, num esforço conjunto, que só poderá ser atingido

através de um trabalho em rede. Os indicadores nacionais apresentados demonstram

o empenho que a ACT tem vindo a colocar nesta iniciativa e no reforço da Rede

Nacional de Prevenção de Riscos Profissionais.

O êxito da campanha pode-se avaliar não só pelo número de parceiros envolvidos

mas sobretudo pelo número de participantes que rondaram os 19 000 e da

população atingida pelas várias iniciativas que foram certamente acima de um

milhão.

Figura 49 – Número de participantes

Das actividades mais relevantes no âmbito da Campanha destacam-se:

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Acções de Comunicação

Artigos de Imprensa

Comunicados de Imprensa

Spots TV/Radio

Entrevistas

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Número de participantes

Page 145: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

144

AUTARQUIAS

As Autarquias têm vindo, ano após ano, a aderir cada vez mais à promoção da

segurança e saúde no trabalho, o que se reveste de particular interesse na medida

em que sendo estes organismos, na maioria das vezes, os maiores empregadores

nas regiões conseguem dinamizar não só as suas estruturas internas mas também

o tecido empresarial e as populações locais. Têm sido muitas as Autarquias que

têm aderido às campanhas europeias. A esta última Campanha aderiram: Chaves,

Guimarães, Penafiel, Sintra, Lisboa, Loulé, Faro, Lourinhã, Coimbra, Vila Nova de

Gaia, S. Brás de Alportel, Barreiro e Pombal e Montalegre. Estas autarquias

realizaram as suas actividades, na grande maioria com o objectivo assinalar a

Semana Europeia da SST.

As iniciativas que na sua maioria foram Seminários pontuaram pela pertinência

dos temas escolhidos que foram desde os riscos emergentes ao álcool em

ambiente de trabalho, passando por riscos na construção, no sector da saúde, nos

transportes, na indústria têxtil, nomeadamente.

Estima-se que estiveram envolvidos nestas iniciativas mais de 5 mil participantes

e destacam-se de entre elas:

A Câmara Municipal de Guimarães que comemorou a Semana Europeia 2009

com a realização de um seminário e uma exposição nos Paços do Concelho.

A Câmara Municipal de S. Brás de Alportel realizou várias actividades,

nomeadamente uma acção de sensibilização sobre “Avaliação de Riscos, sessões

de esclarecimento sobre avaliação de riscos e uma exposição na Galeria Municipal.

COMUNIDADE EDUCATIVA

É objectivo da ACT, inscrito na Estratégia Nacional 2007-2012, promover

iniciativas para a promoção de uma cultura de prevenção que começando na

escola torne as gerações actuais e vindouras mais conscientes da importância da

segurança e saúde no trabalho e assim tem sido impulsionadora da criação de

espaços para o diálogo e troca de experiências entre estes dois mundos de forma

a reduzir a sinistralidade laboral e as doenças profissionais, através da mudança

de mentalidades e interiorização de uma cultura de prevenção e de segurança nos

jovens como preparação para a vida activa.

Envolveram-se nesta campanha diversas escolas desde o ensino básico ao

Superior.

Escolas do Ensino Básico e Secundário

São diversos os agrupamentos que assinalaram a Semana Europeia de SST, com

actividades tão diversas como concursos, acções de sensibilização e exposições.

Estão entre elas a Escola Secundária José Belchior Viegas, em S. Brás de Alportel,

a Escola Secundária Inês de Castro em Alcobaça, a Escola Profissional de Setúbal,

Escola Profissional de S.Cosme em Famalicão e Escola Básica de S. Jorge em Fafe.

Centros de Formação Profissional

Os jovens que integram o mercado de trabalho devem ser informados dos riscos

relacionados com a sua actividade profissional. A aprendizagem de

Page 146: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

145

comportamentos seguros e de boas práticas deve ter lugar o mais precocemente

possível, permitindo identificar e controlar os riscos profissionais. Aos Centros de

Formação Profissional compete o desenvolvimento dos conhecimentos e das

competências necessárias para os trabalhadores identificarem os factores de risco,

avaliar os riscos e implementar as medidas preventivas visando a sua eliminação

ou controlo.

Com este objectivo, alguns Centros de Formação Profissional, designadamente o

IEFP de Seia, o CENFIC , o CICCOPN e o IEFP de Famalicão desenvolveram

actividades de sensibilização sobre avaliação de riscos com os seus formandos.

Escolas do Ensino Superior

As escolas de ensino superior, tanto os Institutos Politécnicos como as

Universidades, têm tido um papel relevante na informação/sensibilização dos seus

alunos, dos técnicos de SST e empregadores, divulgando o conhecimento científico

tanto através das comunicações proferidas nas diversas iniciativas de informação

de SST como das iniciativas organizadas no seio destas organizações, como são

exemplo: os Institutos Politécnicos de Viseu (Escola Superior de Saúde), de Viana

do Castelo (Escola Superior de Gestão), de Tomar (Escola Superior de Construção

Civil), de Coimbra (Escola Superior de Tecnologias da Saúde), de Santarém

(Escola Superior de Gestão), o ISMAI – Instituto Superior da Maia, o ISEL –

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e as Universidades de Trás os Montes,

do Minho e de Coimbra.

CENTROS TECNOLÓGICOS

Os Centros Tecnológicos constituem um excelente auxiliar da execução das

políticas económicas direccionadas para as Micro, Pequenas e Medias Empresas

dos sectores industrial, comércio e serviços e construção. Visam contribuir para o

reforço do tecido empresarial e para a qualificação do emprego actuando, através

do fomento e apoio à criação e ao desenvolvimento sustentado de empresas

inovadoras e/ou de base tecnológica.

Com o objectivo de transmitir informação sobre segurança e saúde no trabalho,

particularmente sobre avaliação de riscos e dar a conhecer exemplos de Boas

Práticas neste campo, realizaram actividades no âmbito da Campanha Europeia de

SST: o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, o CITEVE – Centro Tecnológico

das Indústrias Têxtil e do Vestuário e o Centimfe – Centro Tecnológico da

Indústria de Moldes e Ferramentas.

ASSOCIAÇÕES SINDICAIS

Sendo a ACT, enquanto ponto Focal Nacional, de carácter tripartido, a presença

das Associações Sindicais e Patronais é, por um lado, uma constante nas principais

actividades e, por outro, são parceiros activos em muitas iniciativas como é

exemplo as actividades promovidas pelo SINDEL - Sindicato da Energia e

Indústria, SITRA – Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, STF - Sindicato dos

Trabalhadores Ferroviários, FIEQUIMETAL – Federação Intersindical das Indústrias

Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas, ASPP – Associação

Sindical dos Sindicatos de Polícia e outros. Estas iniciativas tiveram como

Page 147: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

146

destinatários os Representantes dos Trabalhadores para a SST e dirigentes

sindicais.

Estima-se o envolvimento nestas iniciativas de cerca de 1500 representantes para

a SST e dirigentes sindicais.

A FECTRANS – Federação dos Sindicatos de Transportes

A Estratégia Comunitária 2007-2012 considera o sector dos transportes como um

sector de risco elevado no qual é necessário intervir dando

particular atenção às lesões músculo-esqueléticas, riscos psicossociais e consumos

aditivos.

Neste quadro, a ACT em parceria com a FECTRANS decidiram intervir, de forma

organizada, na sensibilização e esclarecimento dos trabalhadores/representantes e

dirigentes sindicais, realizando acções de sensibilização que, no âmbito das

condições de trabalho, se destinaram a proporcionar um conjunto de informações

básicas sobre: a legislação em vigor, nacional e internacional, sobre direitos e

deveres dos trabalhadores e sobre legislação específica do sector, de acordo com o

emanado da União Europeia e da Organização Internacional do Trabalho;

A prevenção do alcoolismo e do HIV/SIDA, o combate à fadiga e a prevenção de

lesões músculo-esqueléticas foram os outros temas tratados numa campanha que

durou dois anos

Subjacente à necessidade de sensibilizar para a prevenção do alcoolismo está o

facto de Portugal ser um dos países da UE que maior consumo de bebidas

alcoólicas apresenta e o facto do consumo de álcool ser uma das causas mais

atribuídas à sinistralidade rodoviária e à sinistralidade rodoviária.

Intervir nesta área permite, não só, actuar sobre o problema na sua raiz, como

contribui para a promoção da segurança rodoviária, tendo esta que ser uma

prioridade para todos os que andam na estrada.

No que respeita ao HIV/SIDA, esta é uma vertente importante da segurança e

saúde no trabalho que, em nosso entender, é necessário e urgente assumir

enquanto tal. Sabendo que a única estratégia possível de combate à doença

assenta na prevenção e que este é um problema transversal a todos os sectores

de actividade, o sector rodoviário encontra-se entre os mais expostos ao risco de

contracção da infecção/doença. Esta exposição decorre, sobretudo, do facto do

sector prestar um serviço em condições que, por si só, potenciam comportamentos

de risco: os longos períodos que os motoristas passam fora de casa e da família e

a condução nocturna são factores que realçam a solidão e podem desencadear

comportamentos de risco.

Assim promoveu-se uma campanha assente na informação e sensibilização de

trabalhadores e seus representantes, enquanto rede privilegiada de influência e de

contactos, através da qual é possível levar a informação sobre a prevenção de

riscos psicossociais, consumo de álcool e outros consumos aditivos a um elevado

número de trabalhadores em todo o país.

Sensibilizar para a necessidade de combater a fadiga assume também particular

importância pelas implicações directas que esta tem no exercício de uma condução

segura. Erradamente, a condução em estado de fadiga está associada ao facto de

se “adormecer ao volante”, mas correspondendo a um estado de cansaço ou

exaustação; a fadiga diminui as capacidades necessárias para uma condução

Page 148: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

147

segura muito antes do adormecimento e os seus efeitos podem ter lugar sem que

o condutor se aperceba. Por força da própria actividade que exercem, os

motoristas estão frequentemente sujeitos à fadiga, sobretudo, se afectos ao

transporte de longo curso, nacional/internacional (a condução nocturna, por ex.,

potencia o estado de fadiga).

Quanto às lesões músculo-esqueléticas LMERT, estas são reconhecidas como o

problema de saúde mais comum entre os trabalhadores europeus, afectando

milhões de trabalhadores.

Sabendo que a maioria destas lesões se desenvolve com o passar do tempo e que

são causadas quer pelo trabalho em si quer pelas condições de trabalho em que

este se processa, as suas consequências podem traduzir-se em dores,

incapacidade, dependência e até perda de emprego para os trabalhadores

afectados. No entanto, as LMERT afectam também os empregadores e o Estado,

em consequência do custo que representam face ao absentismo que provocam, à

quebra na produtividade e a uma eventual redução na qualidade do trabalho

prestado.

Ainda que as lesões músculo-esqueléticas ocorram em todos os sectores de

actividade e em contextos diversificados, também aqui os motoristas integram o

conjunto de grupos profissionais de risco, pelo que se considerou pertinente uma

intervenção direccionada neste domínio, passível de proporcionar um melhor

conhecimento dos riscos inerentes e das medidas de prevenção associadas, tendo

em consideração que o aparecimento destas lesões pode ser motivado por causas

físicas, organizacionais e individuais.

De forma articulada, este projecto pretendeu contribuir para a redução da

sinistralidade rodoviária, para a melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores

e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida.

Para além da elaboração de 3 Manuais (Regulamentação, Fadiga e LMERT e álcool

e drogas em ambiente de trabalho) foram elaborados 5 cartazes e um spot

radiofónico que foi para o ar nas Semana Europeias de 2008/9, no Rádio Clube, no

horário mais ouvido pelos motoristas.

O SINDEL Sindicato da Energia e Indústria levou a cabo uma campanha de

sensibilização/informação dirigida a representantes dos trabalhadores e

empregadores.

Esta iniciativa com a designação “3Ps - Participar para Prevenir “ teve a duração

de 2 anos (2008/9) e como objectivos:

- Contribuir para a implementação de estratégias de segurança e saúde nas

empresas e na prevenção e eliminação dos riscos;

- Melhorar as competências dos representantes dos trabalhadores e dos

empregadores, em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho;

As actividades desenvolvidas foram:

2 Seminários de apresentação pública do projecto e de encerramento

4 Workshops: Évora, Lisboa, Coimbra e Porto

4 Newsletters, uma para Workshops e uma global para o Seminário de

avaliação e encerramento;

Page 149: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

148

I portal

1 blogue

Participaram nesta iniciativa cerca de 700 representantes quer dos trabalhadores

quer dos empregadores.

Forças de Segurança e Defesa Nacional

A Força Aérea Portuguesa assinalou a Semana Europeia com um seminário, sobre

avaliação de riscos, conjuntamente com as comemorações do Dia Nacional da

Prevenção.

A Escola de Saúde Militar do Exército integrou a apresentação do tema da

campanha nas acções de formação dirigidas aos oficiais superiores dos 3 ramos

das Forças Armadas (Força Aérea, Marinha e Exército), PSP e GNR.

SONAE Distribuição

Inserida no objectivo da Estratégia Nacional de conceber e implementar

campanhas de consciencialização e sensibilização da opinião pública, procurando

integrar o pensamento relativo à prevenção de riscos profissionais no quotidiano

dos cidadãos, promoveu-se em parceria com a SONAE Distribuição uma campanha

de sensibilização dirigida aos trabalhadores e utilizadores dos Supermercados

Continente, Modelo, Modelo Bonjour e Modelo Champion que se desenvolveu em

três momentos: em Janeiro com uma mensagem de estímulo para o novo ano, no

dia Nacional da Prevenção e na Semana Europeia.

Para cada uma destas efemérides foi produzido um cartaz e um folheto alusivos.

Manteve-se o mesmo slogan no Dia Nacional e na Semana Europeia porque se

entendeu que seria uma forma mais eficaz de chamar a atenção do público.

Realizaram-se, ainda, outras iniciativas no Porto, Vila da Feira, Matosinhos,

Oliveira do Bairro, Vila Nova de Famalicão, Gaia, Maia, Vila Nova de Gaia,

Coimbra, Santarém, Tomar, Chaves, Lisboa, Guimarães, Funchal, Ponta Delgada e

Viana do Castelo Estas iniciativas foram promovidas, entre outras, pela Associação

Portuguesa da Qualidade (APQ) - Associação Empresarial de Portugal (AEP),

Petrica, Associação Comercial e Industrial da Bairrada ACIB), Instituto Superior da

Maia (ISMAI), Instituto Politécnico de Santarém, Instituto Politécnico de Tomar,

Escola Secundária Camões, Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE),

Blaupunkt, Governos Regionais da Madeira e Açores e Hospital de Viana do Castelo

Os participantes destas iniciativas que se estimam em cerca de 19.000 são, na sua

maioria, técnicos de SST, formadores, professores, representantes dos

trabalhadores, dirigentes sindicais, empregadores e responsáveis de recursos

humanos.

Participaram, ainda, diversas empresas que realizaram acções de

informação/sensibilização a nível interno, recorrendo aos materiais disponíveis

para download no site da Agência.

PRÉMIO EUROPEU DE BOAS PRÁTICAS

Uma das actividades promovidas pela Agência consiste num concurso para

atribuição do Prémio Europeu de Boas Práticas, onde são premiados exemplos de

Page 150: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

149

Boas Práticas inovadoras que estejam em concordância com a legislação europeia

e as regras da Estratégia Comunitária.

A ACT, atribuiu prémios às melhores candidaturas nacionais apresentadas. Estes

prémios revestem-se de grande importância, pois se por um lado significam o

reconhecimento pelo bom contributo dado à segurança e saúde no trabalho no

nosso país, por outro, são um estímulo para que as empresas façam mais e

melhor. Os prémios foram entregues em Évora num Seminário realizado em

parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do

Alentejo.

Foram distinguidas as seguintes entidades:

1º Prémio: SONAE Distribuição

2º Prémio: Centro Hospitalar do Alto Minho

3º Prémio: Grupo AUCHAN.

Receberam, ainda, Prémios de Mérito: a EDP, a Câmara Municipal de Lisboa, o

CENTIMFE, o CENFIC, a Engenharia 44 e o Centro Hospitalar do Alto Minho.

4.2. Representações no âmbito da Agência

Reuniões N.º de reuniões

Pontos Focais 3

Observatório 1

Internet 1

TOTAL 5

Quadro 133 – Reuniões da AESST

4.3. Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho .

Em 2001, a Assembleia da República aprovou uma resolução que criou o Dia

Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho e recomendou ao Governo a

realização, neste dia, de uma campanha de sensibilização com o objectivo de

reduzir os acidentes. Anualmente, nesta data deverá ser apresentado á AR um

relatório com dados relativos á sinistralidade laboral e que dê conta das iniciativas

tomadas para prevenir os acidentes de trabalho e anuncie as medidas previstas

para o ano seguinte.

O Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho foi comemorado num apelo

à vida como um valor único a preservar, reforçando a cultura de segurança, como

factor de bem estar no trabalho e de cidadania.

Page 151: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

150

Para além da Sessão Comemorativa na Assembleia da República e da apresentação

do Relatório das Actividades de Promoção da Segurança e Saúde relativas a 2008,

as comemorações do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho contaram

com um grande número de realizações por todo o país que permitiram através da

ligação ao meio empresarial e escolar atingir faixas significativas da população,

possibilitando um despertar de consciências para a importância social e económica

da prevenção de riscos profissionais.

A ACT tem vindo a envolver toda a comunidade nas acções de informação e

sensibilização mas de forma particular, nas comemorações do Dia Nacional,

incentivando e apoiando iniciativas por todo o país.

Apresentamos de seguida algumas iniciativas que se desenvolveram neste contexto

e que, não esgotando este esforço conjunto de divulgação, nos mereceram,

contudo, uma referência particular pela sua dimensão ou carácter inovador.

Das iniciativas realizadas destacam-se:

As Comemorações promovidas pela Assembleia da República conjuntamente com a

ACT que tiveram lugar no Palácio Foz;

A distribuição pela ACT de um cartaz alusivo à efeméride;

Universidade de Coimbra

A Universidade de Coimbra associou-se às iniciativas do Dia Nacional da

Prevenção e Segurança no Trabalho e do Dia Internacional para a Segurança

e Saúde no Trabalho, com uma workshop subordinada ao título “Afinal havia

outras - uma questão de segurança no laboratório de química” que teve lugar

no dia 22 de Abril no Departamento de Química.

Foi também colocado na página inicial do site da Universidade o banner

disponibilizado pela ACT e uma faixa com a mensagem “Na UC, estamos todos

os dias a fazer melhor. Torne este dia o primeiro de muitos outros”,

convidando todos os interessados a visitar o Portal de Saúde, Segurança e

Ambiente em http://e-prevencao.uc.pt e foram afixados cartazes em vários

locais da Universidade.

SONAE Distribuição

O Grupo associou-se, uma vez mais, à ACT nas comemorações do Dia Nacional da

Prevenção afixando em todas as suas lojas um cartaz dirigido ao grande público com o

slogan “Seja feliz enquanto trabalha de forma segura e saudável” e um folheto com a

imagem do cartaz que durante a última semana de Abril e durante todo o mês de Maio

esteve em distribuição em todas as lojas do Continente/Modelo.

SONAE SIERRA

Para assinalar o dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho a SONAE

SIERRA levou a cabo de 28 de Abril a 2 de Maio, na Praça Central do Centro

Comercial Colombo, um conjunto de iniciativas a cargo de várias entidades entre as

quais a ACT. Esta iniciativa foi inserida no evento “My life, my work, my safe work”,

no âmbito do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, promovido pela OIT.

Pretendeu-se neste dia alertar toda a população trabalhadora em qualquer actividade

ou local, envolvendo e chamando a atenção dos empregadores e dos trabalhadores,

para a prevenção dos acidentes e doenças profissionais.

Page 152: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

151

Durante estes 5 dias foram apresentados 5 temas dedicados à Prevenção e

Segurança e Saúde no Trabalho:

Dia 28 Abril - Prevenção de Acidentes num Centro Comercial

Dia 29 Abril - Saúde e Bem-Estar

Dia 30 Abril - Segurança Rodoviária

Dia 1 Maio - Prevenção de Incêndios e Emergências

Dia 2 Maio - Prevenção de Acidentes Laborais.

A ACT esteve presente no dia 2 de Maio neste evento com uma apresentação

sobre avaliação de riscos e inovação em SST e distribuição de material

informativo sobre avaliação de riscos e comemorativo da efeméride.

O objectivo, para além de participar de uma forma activa neste evento foi

divulgar junto da população em geral a missão e actividades da ACT, bem

como a importância da prática da Avaliação de Riscos enquanto instrumento

fundamental da Prevenção de Riscos Profissionais.

Foram ainda desenvolvidas actividades, entre outras entidades:

- pela Câmara Municipal de Torres Vedras;

- pela Câmara Municipal do Barreiro;

- pela Câmara Municipal de S. Brás de Alportel;

- pela Câmara Municipal da Lourinhã;

- pela Força Aérea Portuguesa;

- pelo CENTIMFE;

- pela Igreja Católica.

Entidades participantes Acções

Assembleia da República/ACT Sessão Comemorativa

ACT Entrega do Prémio Prevenir de 2006 e Prémio Europeu de BP 2007

Modelo/Continente/Modelo Bonjour Acção de sensibilização

SINDEL Seminário

FECTRANS Spot radiofónico

Somincor Acção de sensibilização

Força Aérea Portuguesa Seminário

Colégio dos Maristas Acção de sensibilização

ANA Jornadas Técnicas

ISEC Dia Aberto de SST

Jorge Lozano Comunicado

Universidade Fernando Pessoa Acção de sensibilização

Universidade de Coimbra Acção de sensibilização

Instituto Politécnico de Tomar Seminário

Escola Superior de Educação de Coimbra Programa TV (RTP2)

Estação Zootécnica de Santarém Acção de sensibilização

CENTIMFE Seminário

Escola Profissional Aveiro Acção de sensibilização

Escola Secundária Emídio Navarro de Viseu Exposição

Agrupamento Vertical das Escolas de Alijó Acção de sensibilização

Escola EB 23 da Maia Acção de sensibilização e produção de materiais alusivos às comemorações

Escola Secundária Vergílio Ferreira Acção de sensibilização

Page 153: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

152

Câmara Municipal de Águeda Acção de sensibilização sobre o álcool em meio laboral

Câmara Municipal de Guimarães Cartaz e acção de sensibilização

Câmara Municipal de S Brás de Alportel Acção de rua

Escola Profissional de Fermil em Celorico de Basto

Exposição

Escola EB de Baião em Vale de Oil Acção de sensibilização

Escola Sá da Bandeira, em Santarém Acção de sensibilização

Escola Básica Álvaro o Velho de Setúbal Acção de sensibilização

Escola EB 23 de Telheiras Acção de sensibilização

Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes

Ecclesia Artigo

Revista Segurança Artigo

Revista Projectar Artigo

Revista Perspectiva Artigo

Tribuna Médica Artigo

Diário Jurídico Artigo

Mega FM Programa

Rádio Clube Português Spot radiofónico

TV Viana Programa

TV Universidade Programa

RTP2 Programa

Quadro 134 – Resumo das entidades participantes no Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho

5. REPRESENTAÇÕES INSTITUCIONAIS

Durante o ano de 2009 a ACT manteve e, na medida do possível, incrementou a sua

participação em diversos organismos e fóruns nacionais e internacionais, dos quais

destacamos:

5.1. Nacionais

Comissão Nacional de Protecção contra Radiações;

Comissão Consultiva do Instituto Português de Acreditação;

Plano Nacional da Acção Ambiente e Saúde (grupos de trabalho);

Grupo de Trabalho Secretaria Geral do MTSS/ACT, para implementação dos

serviços de SST no MTSS;

Grupo de Trabalho de acompanhamento do protocolo Agência Nacional para a

Qualificação/ACT;

Grupo de Trabalho “Estatísticas do Mercado de Trabalho”;

Comissão Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas;

Comissão Técnica de Normalização CT 42 “Segurança e Saúde do Trabalho;

Grupo de Trabalho para o trabalho temporário, no âmbito da APESPE;

Grupo de Trabalho para a Formação de Profissionais da Educação no âmbito

da Estratégia Nacional para a Segurança Infantil, Alto Comissariado da

Saúde;

Grupo de Trabalho interministerial que constitui a Comissão Executiva,

nomeada para dar cumprimento ao disposto no Despacho Conjunto n. º

257/2006, de 15 de Março, relativo ao Regulamento da Construção Civil e da

Coordenação de Segurança;

Page 154: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

153

Grupo de Trabalho Interministerial relativo ao modelo de relatório anual das

actividades de segurança saúde no trabalho;

Plataforma Laboral Contra a Sida. Nesta área há a destacar a assinatura do

Código de Conduta “Empresas e VIH” que visa o compromisso das empresas

em relação à prevenção, à não discriminação e ao acesso ao tratamento dos

trabalhadores que vivem com a infecção pelo VIH;

Grupo de Acompanhamento da RSE e de apoio à participação no CSR

Grupo de Acompanhamento do PNE/PNACE.

5.2. Internacionais

Conselho de Administração do Comité Consultivo para a Segurança, Higiene e

a Protecção da Saúde no Local de Trabalho da União Europeia;

Grupo de Trabalho “Pescas”, cuja presidência foi atribuída a Portugal (para

preparação de um Guia de Boas Práticas em prevenção de riscos para

embarcações de pesca com menos de 15 metros);

Grupo de Trabalho sobre Radiações Ópticas, no Comité Consultivo da EU

(para preparação do respectivo Guia de Boas Práticas);

Grupo de Trabalho “Educação e Formação”.

No âmbito da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no

Trabalho(AESST):

o Conselho de Administração;

o Grupo dos Pontos Focais Nacionais

o Grupo de Trabalho “Monitorização”;

o Observatório Riscos Emergentes (ERO);

o Grupo HORECA (hotelaria e restauração)

Conselho de Administração da Fundação Europeia para a Melhoria das

Condições de Vida e de Trabalho.

Assegurou-se igualmente a participação em diversos eventos internacionais, dos

quais destacamos a participação como oradores estrangeiros convidados no

Seminário de apresentação da “I Encuesta Nacional de Condiciones de Trabajo en el

Sector Agropecuario”, em Sevilha, no 2º Congreso Extremeño de Prevención de

Riesgos Laborales, em Cáceres, no VI Congreso de la Fundición Iberica, no

workshop de apresentação das Estratégias Nacionais de SST, em Bruxelas

Há ainda a referir a organização, no âmbito da Segurex, do primeiro Fórum Luso-

espanhol de Prevenção de Riscos Laborais, com a participação da Directora do INSHT

de Espanha.

Rede europeia para a formação – ENETOSH;

WORKINGON - Rede mundial para a prevenção de AT e DP;

Grupo de Trabalho da Formação da METROnet;

GT5 da AISS (Educação e Formação para a Prevenção);

CSR HLG (Corporate Social Responsability - High Level Group - Grupo de

Alto Nível em Responsabilidade Social;

Fórum de Ética e Responsabilidade Social – Mirror Committee do

ISO/TMB/WGSR;

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154

6. ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO 2008-2012

A Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho, aprovada em Conselho

de Ministros de 1 de Abril de 2008, através da Resolução n.º 59/2008. é o referencial

fundamental de acção da Autoridade para as Condições do Trabalho, em matéria de

segurança e saúde no trabalho, para o período de referência: 2008 – 2012.

Esta Estratégia, que ancora na Estratégia Europeia para a SST 2007-2012, com ela

partilhando o objectivo central da redução significativa e sustentada dos acidentes de

trabalho e das doenças relacionadas com o trabalho, toma como ponto de partida a

realidade nacional e encontra-se estruturada de forma a conseguir um maior e mais

efectivo cumprimento da lei por parte das micro, pequenas e médias empresas, as

quais constituem o grosso do nosso tecido empresarial.

Trata-se do primeiro documento enquadrador, em termos estratégicos, cuja

implementação é garantida (e monitorizada) através de planos anuais, que têm

vindo a ser aprovados em sede de Conselho Consultivo da ACT.

Foram efectuados até ao presente momento dois balanços de execução da

Estratégia, que foram apresentados ao Conselho Consultivo para a Promoção da

Segurança e Saúde no Trabalho, por ocasião das respectivas reuniões.

Das 59 medidas que integram a Estratégia Nacional, e ainda antes de chegados a

meio termo do seu prazo de execução, 9 medidas encontram-se já concluídas e

outras 34 estão no terreno em plena implementação, correspondendo a mais de

75% das medidas constantes da ENSST. Acresce a a esta constatação o facto de

muitas das medidas em execução, não poderem considerar-se nunca como

concluídas, ou seja, trata-se de medidas que terão de estar permanentemente em

execução.

Page 156: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

155

SÍNTESE DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A SEGURANÇA

E SAÚDE NO TRABALHO 2008-2012

Objectivo 1 Desenvolver e consolidar uma cultura de prevenção

entendida e assimilada pela sociedade

Em execução

Medida 1.1 Realizar um Inquérito Nacional às Condições de Trabalho Em execução

Prevê-se que em 2010 se identifiquem os indicadores sobre os quais se pretende obter dados e se lance o Inquérito no terreno.

Medida 1.2 Conceber e implementar campanhas de consciencialização e

sensibilização da opinião pública

Em execução

Medida que deverá ser executada ao longo de toda a vigência da Estratégia. Prosseguiu a campanha gizada em conjunto com a

AEP e que se materializou, entre outras realizações, pela criação da Banda Desenhada “Tó e Kika”,. O filme referido no relatório

intercalar do ano transacto foi realizado e foram aprovadas em sede de POAT 20 histórias adicionais da série “Tó e Kika”.

Há também a referir o aproveitamento do 28 de Abril para a realização de eventos de sensibilização da opinião pública, por

exemplo através de stands no Centro Comercial Colombo, ou de cartazes e spots áudio em toda a cadeia Modelo/Continente.

Poderia ainda referir-se os eventos promovidos pelo SINDEL no âmbito do projecto “Participar para Prevenir”, e a campanha de

spots radiofónicos emitidos no Rádio Clube Português no âmbito da campanha da FECTRANS para trabalhadores do sector dos

transportes.

Medida 1.3 Revitalizar o Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho Executada

Foi elaborado o Relatório anual e feita a sua entrega à Assembleia da República, de novo em sessão solene na Sala do Senado,

tendo estado presentes e usado da palavra representantes dos grupos parlamentares e dos parceiros sociais. Para além disso

realizou-se uma campanha de divulgação do Dia junto da sociedade, com cartazes, publicidade nas caixas ATM e spots na

rádio. Foi feita a decoração das vitrinas do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social com cartazes alusivos à data.

Há ainda a referir o número sempre crescente de empresas e autarquias que organizaram comemorações próprias da data e

cujo volume já inviabiliza a sua referência neste relatório.

Page 157: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

156

A intenção é de manter e se possível aumentar ainda mais o grau de visibilidade do Dia Nacional em anos futuros.

Medida 1.4 Dar projecção adequada às iniciativas da Semana Europeia

de Segurança e Saúde no Trabalho

Executada

Apesar de o formato da Campanha ter mudado significativamente, tendo esta passado a ter uma vigência de 2 anos e de se

terem verificado grandes alterações no esquema de financiamento, que deixou de ser directamente ao Ponto Focal Nacional e

passou a ser adjudicado a uma empresa de consultoria (o que não implicou diminuição do trabalho a desenvolver pelo Ponto

Focal Nacional), o volume de acções desenvolvidas, quer pela consultora, quer directamente pelos parceiros sociais, quer pelas

empresas ou instituições não representou qualquer quebra em relação aos anos transactos, tendo de novo atingido mais

pessoas.

De salientar que na primeira edição do concurso europeu de fotografia “Segurança e Saúde no Local de Trabalho”, cujos

prémios foram atribuídos em Bilbao por ocasião da cerimónia de encerramento da Campanha Europeia, o 3º prémio foi

atribuído a um fotógrafo português. Fruto da crescente adesão de novas instituições e empresas a esta campanha, é previsível

uma projecção cada vez maior nos próximos anos.

Medida 1.5 Estabelecimento de acordos com meios de comunicação

social para divulgação de mensagens e emissão de

programas

Em execução

Prosseguiu a participação, de elevado nível técnico e oportunidade política na única revista da especialidade existente em

Portugal (a revista “Segurança”), que se pretende manter e, se possível aumentar, por forma a garantir que se atinge um

público alvo técnico-científico da maior importância, sendo de salientar a edição, no âmbito dessa revista, de vários

suplementos da responsabilidade da ACT sobre temas considerados oportunos.

Materializando a intenção expressa no relatório do ano transacto, iniciou-se a colaboração em newsletters de empresas, para

além de ter sido criada a newsletter da ACT.

Medida 1.6 Dinamizar programas de prevenção de riscos profissionais na

Administração Pública central, regional e local

Em execução

A aproximação tem sido feita, sobretudo através da adesão de um número crescente de autarquias às actividades da

Campanha Europeia e através da colaboração na elaboração de planos concretos como sejam os Regulamentos de Controlo e

Combate ao Alcoolismo. Serão expectáveis desenvolvimentos significativos nesta área nos próximos anos.

Page 158: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

157

Destaca-se em 2009, como bom exemplo, o protocolo assinado com as 3 autarquias que integram a ADIRBA (Associação para o

Desenvolvimento Integrado da Região do Barroso – Chaves, Boticas e Montalegre) e que se materializou na realização de

sessões de sensibilização e na elaboração de um inquérito dirigido aos trabalhadores dessas autarquias, cujos dados serão

tratados no próximo ano. Para além disso continuou a colaboração com a Força Aérea Portuguesa, que se tem materializado

através da participação da ACT nas várias actividades integradas no “Curso de Segurança e Higiene no Trabalho e Ambiente”,

organizado pela FAP e que, com vista ao aprofundamento desta colaboração, se materializou igualmente na formalização de um

Grupo de Trabalho composto por elementos da ACT e da FAP, o qual se prossegue a sua actividade.

Há ainda a referir a colaboração com outros organismos da Administração Pública, com particular ênfase no âmbito da

elaboração de Planos de Contingência no seguimento da pandemia de Gripe H1N1, mas igualmente no apoio à criação de

serviços de SHT nesses organismos, tendo sido efectuadas diversas reuniões de trabalho, nomeadamente com a ASAE,

Provedoria de Justiça, Secretaria Geral do MTSS, Ministério da Justiça, Procuradoria Geral da República e Conselho Superior de

Magistratura.

Medida 1.7 Desenvolver, em articulação com o PNDT programas de

prevenção em meio laboral para combater o alcoolismo e

outras toxicodependências

Em execução

Prosseguiram os trabalhos no âmbito do Protocolo de Cooperação entre a ACT e o Instituto da Droga e Toxicodependência.

Salienta-se a participação nos grupos restrito e alargado que têm como missão a elaboração de linhas orientadoras para a

intervenção em meio laboral. Tem sido assegurado um número significativo e sempre crescente de pedidos de apoio e

informação sobre prevenção do alcoolismo no local de trabalho, nomeadamente sobre “Regulamentos Internos”. Estão em fase

de conclusão os trabalhos para o lançamento da Campanha de Prevenção do Uso de Substâncias Psicoactivas em ambiente de

trabalho na cedência temporária de trabalhadores, a desenvolver em conjunto com o IDT e a APESPE. Salienta-se ainda a

colaboração nas actividades decorrentes da assinatura do Protocolo com a FECTRANS (campanha de sensibilização dirigida a

representantes de trabalhadores do sector dos transportes).

Objectivo 2 Aperfeiçoar os sistemas de informação no domínio da SST Em execução

Medida 2.1 Reestruturação do sistema estatístico de acidentes de trabalho e

doenças profissionais

Em execução

Deu-se continuidade à participação no grupo de trabalho “Estatísticas do Mercado de Trabalho”.

Page 159: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

158

Medida 2.2 Criação de um modelo único de participação de AT e mapa de

encerramento de processos para AP e sector privado

Não iniciada

Esta medida poderá ser abordada no âmbito do Grupo de Trabalho sobre Estatísticas do Mercado de Trabalho”, sendo que como

as Seguradoras não participam nesse GT haverá que estudar como proceder à indispensável articulação.

Medida 2.3 Recolha, tratamento e disponibilização de informações sobre

ATs e doenças profissionais pela ACT

Em execução

Continua a ser disponibilizada, por parte da área inspectiva, toda a informação relativa a acidentes de trabalhado mortais

reportados e objecto de inquérito. Para além disso a página da Internet da ACT disponibiliza um link para o Gabinete de

Estratégia e Planeamento do MTSS onde podem ser consultadas as estatísticas disponíveis sobre acidentes de trabalho em

geral. Uma execução mais efectiva desta medida está dependente dos trabalhos do grupo interministerial referido na nota à

Medida 2.1

Medida 2.4 Assegurar um efectivo diagnóstico das doenças profissionais Em execução

A articulação com as estruturas próprias do Ministério da Saúde já se iniciou, no âmbito da discussão das alterações

legislativas.

Objectivo 3 Incluir nos sistemas de educação e investigação abordagens

no âmbito da SST

Em execução

Medida 3.1 Reforçar a inclusão de matérias de SST na aprendizagem a

partir do 1º Ciclo do Ensino Básico

Não iniciada

Não obstante a discussão formal com o Ministério da Educação sobre esta medida não ter ainda tido início, continuaram a

desenrolar-se acções pontuais de intervenção junto de escolas, de carácter reactivo, desenvolvidas essencialmente por técnicos

oriundos do extinto PNESST.

Page 160: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

159

Medida 3.2 Apoiar a formação de professores em SST e a produção de

conteúdos informativos e materiais pedagógicos

Em execução

Apesar de não se terem operado desenvolvimentos significativos no âmbito da formação de professores, prosseguiu a produção

de materiais pedagógicos e de sensibilização. Para além disso encontra-se em fase de elaboração final/aprovação um projecto

apresentado pela RECET, Rede de Centros Tecnológicos que, entre outros objectivos, visa distribuir por várias centenas de

escolas de todo o país um kit de sensibilização para o uso de EPI‟s.

Há ainda a referir os trabalhos em curso com a Universidade Aberta com o objectivo de se estabelecerem os referenciais que

devem balizar a formação em e-learning e b-learning em matérias de SST. Medida 3.3 Promover, no sistema de formação profissional, a integração

de conteúdos curriculares reportados à especificidade da

PRP nas diferentes áreas de formação e incluir os

referenciais de SST nos Planos Nacionais de Formação

Profissional

Em execução

A intervenção da ACT prossegue sobretudo ao nível dos EFA‟s e da sinalização (e já não autorização) dos cursos de técnicos

ministrados pelo IEFP.

Prosseguiram as reuniões com a ANQ no âmbito do Catálogo Nacional das Qualificações.

Foi assinado o protocolo entre a ACT e a ANQ, referido no relatório do ano transacto e que formaliza a colaboração da ACT no

âmbito do desenvolvimento curricular em SST nos cursos que venham a surgir, integrados no Programa “Novas

Oportunidades”. Medida 3.4 Dinamizar a integração de conteúdos de SST nas estruturas

curriculares dos cursos de licenciatura

Não iniciada

Apesar de os trabalhos nesta área não se terem formalmente iniciado, há a referir que de alguma forma já se trabalha nesta

medida em virtude de competir à ACT a homologação para efeitos de atribuição de CAP dos cursos de licenciatura em SHT, o

que nos obriga à análise da estrutura curricular dos mesmos.

Objectivo 4 Dinamizar o Sistema Nacional de Prevenção de Riscos

Profissionais

Em execução

Page 161: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

160

Medida 4.1 Promover a troca de informação entre as entidades da RNPRP Em execução

Esta medida estará em execução ao longo de todo o período de vigência da ENSST e materializa-se através da existência de

canais abertos em permanência para a troca de informação. Um elemento chave para esta medida é o site electrónico da ACT,

do qual se está a ultimar a versão definitiva. Deve referir-se que no decurso deste ano se extinguiram os domínios dos antigos

sites da IGT e do ISHST, pelo que o site passa a ser o único institucional no âmbito da ACT. O Conselho Consultivo da ACT

desempenha nesta medida um papel crucial.

Medida 4.2 Divulgar informação sobre as entidades integrantes da

RNPRP através da ACT

Executada

Esta medida estará em execução ao longo de todo o período de vigência da ENSST. Considera-se que em 2009 foi executada

em virtude da publicitação no site da ACT de toda a informação enviada pelos parceiros sociais e demais entidades integrantes

da RNPRP, nomeadamente dos eventos por estes organizados. Julga-se poder melhorar, quando se receba mais informação das

diversas entidades sobre as suas próprias actividades.

Objectivo 5 Melhorar a coordenação entre os serviços públicos com

competências no domínio da SST

Em execução

Medida 5.1 Definir e implementar mecanismos de articulação entre os

serviços com competências inspectivas, preventivas e

promotoras da saúde com implicações na SST

Em execução

A execução desta medida prosseguiu através da articulação e cooperação entre a área inspectiva da ACT e outros serviços,

como o a Direcção-Geral de Saúde, o SEF, a ASAE, a PSP, a GNR e a Direcção Geral das Minas e Energia.

Ao nível da área da Promoção, verificou-se essencialmente a articulação com a área da Saúde na discussão de alterações

legislativas e na participação na Plataforma Laboral HIV Sida e do combate ao alcoolismo e outras toxicodependências.

Prosseguiram as vistorias conjuntas ACT/DGS no âmbito do processo de autorização de entidades prestadoras de serviços

externos de SST ao abrigo da anterior legislação.

A ACT participa, igualmente, no Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração de um Plano Nacional de Prevenção de

Acidentes, coordenado pela DGS. O ano 2009 foi igualmente marcado pela estreita colaboração entre a ACT e a DGS no âmbito

da pandemia de Gripe H1N1, colaboração essa que se materializou, entre muitos outros aspectos, pela elaboração de uma

newsletter conjunta e pela participação na elaboração e implementação de planos de contingência, para não falar da importante

disponibilização de informação para as nossas áreas inspectiva e de prevenção.

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161

Medida 5.2 Promover uma estreita articulação entre as estruturas da

Administração Pública com atribuições e competências na

SST do Continente e das Regiões Autónomas

Executada

Prosseguiu a realização nas Regiões Autónomas de acções no âmbito da Campanha Europeia, sempre marcadas pela enorme e

activa participação das estruturas regionais e dos parceiros sociais locais..

Continuou igualmente a verificar-se a participação de técnicos e dirigentes das Regiões Autónomas em diversos eventos

promovidos ou apoiados pela ACT.

Não se pode igualmente deixar de referir a participação de representantes das Regiões Autónomas no Conselho Nacional de

SHST.

No seguimento do referido no relatório do ano transacto, existem já procedimentos estabelecidos para o envio para estruturas

congéneres da ACT nas Regiões Autónomas dos materiais e edições por nós elaborados.

Há ainda a referir a formação de médicos do trabalho (em fase de conclusão), na Região Autónoma dos Açores, o que irá

permitir melhorar a saúde no trabalho nessa Região Autónoma.

Objectivo 6 Concretizar, aperfeiçoar e simplificar normas específicas de

SST

Em execução

Medida 6.1 Participação na Revisão do Código do Trabalho Executada Um Grupo de Trabalho da ACT participou activamente na discussão técnica da revisão do Código do Trabalho.

Medida 6.2 Ratificação da Convenção 167 da OIT e adopção da

Recomendação 175 da OIT

Em execução

A ACT deu o seu parecer favorável à ratificação desta Convenção. Medida 6.3 Ratificação da Convenção 184 da OIT e adopção da

Recomendação 192 da OIT

Não iniciada

A iniciar oportunamente.

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162

Medida 6.4 Ratificação da Convenção 187 da OIT e adopção da

Recomendação 197 da OIT

Em execução

A ACT deu o seu parecer favorável à ratificação desta Convenção.

Medida 6.5 Conclusão da elaboração do Regulamento de Segurança no

Trabalho para os estaleiros de construção

Em execução

Os contributos da ACT para esta medida foram dados em tempo devido. Medida 6.6 Conclusão da elaboração das normas definidoras do

exercício da coordenação de segurança na construção

Em execução

A ACT participou no Grupo de Trabalho sobre este tema. Medida 6.7 Elaboração de normas específicas para a agricultura Não iniciada

Não se iniciaram os trabalhos para a implementação desta medida, a qual fará sentido implementar após a ratificação da

Convenção 184 da OIT.

Medida 6.8 Revisão e elaboração de normas específicas de SST para o sector das pescas

Em execução

Os trabalhos tendentes à implementação desta Medida iniciaram-se com a importante clarificação que a Lei 102/2009, de 10 de

Setembro veio materializar, ao substituir o conceito de “pesca de companha” pela definição, muito mais clara de “embarcações

com comprimento até 15 metros não pertencentes a frota pesqueira de armador ou empregador equivalente”.

No entanto, o grosso dos trabalhos para a implementação desta medida estão pendentes da conclusão, por parte da Comissão

Europeia, do Guia de Boas Práticas de SST para embarcações de pesca com menos de 15 metros. O primeiro concurso público

lançado pela Comissão para a elaboração deste Guia não obteve candidatos, pelo que a Comissão lançou novo concurso, que

levou à selecção de uma empresa. O Guia em si deverá estar pronto em meados/finais do próximo ano.

Page 164: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

163

Objectivo 7 Implementar o modelo orgânico da ACT Em execução

Medida 7.1 Implementar o modelo orgânico da ACT em todo o país Em execução

A medida continua em execução. A estrutura está implementada, continuando a desenvolver-se o esforço de harmonização de

procedimentos e articulações.

Medida 7.2 Reforçar os meios humanos, materiais e técnicos da ACT,

nomeadamente promovendo a existência de técnicos com

competências em SST em todos os serviços desconcentrados

Em execução

O concurso inicialmente previsto para admissão de 100 novos inspectores de trabalho foi alargado para 150. Para a área da

Promoção foi aberto concurso para a admissão de 25 técnicos, dos quais 11 irão integrar os serviços centrais e os restantes 14

irão integrar os serviços regionais. Há ainda a referir a abertura de concurso para admissão de 20 assistentes técnicos e de 1

técnico de informática.

Estes concursos permitirão um reforço significativo dos meios humanos da ACT, nomeadamente na área inspectiva

Passaram à aposentação vários funcionários, pelo que continua a ser necessário um reforço adicional de meios humanos,

nomeadamente na área da prevenção.

Para além disso há que considerar as necessidades de formação interna acrescida, para qualificar funcionários em toda a

estrutura. Objectivo 8 Promover a aplicação efectiva da legislação de SST, em

especial nas PMEs

Em execução

Medida 8.1 Para as empresas em que a SST seja assegurada pelo

empregador ou trabalhador designado, deverão ser criados

documentos explícitos mas simples e adaptados à realidade

sectorial para a integração plena da prevenção na

actividade produtiva

Em execução

Esta medida apesar de só agora poder começar a ser implementada na sua vertente prática, já é claramente influenciada pelo

aumento exponencial da oferta formativa para empregadores e trabalhadores designados que se verificou ao longo deste ano.

Page 165: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

164

Medida 8.2 Disponibilização de manuais de auto-avaliação Em execução

Esta medida, iniciada aquando da campanha da sílica livre, foi materializada em 2009, por exemplo, no decurso das campanhas sectoriais desencadeadas no âmbito do projecto “Prevenir”, no sector da cerâmica e vidro. Há igualmente que referir os inquéritos de auto-avaliação distribuídos pela APESPE às empresas de trabalho temporário suas associadas. Para além disso foi desenvolvida e disponibilizada no site da ACT a adaptação do Manual de Autoauditoria para Micro e PME’s, elaborado pela Comissão Europeia.

Medida 8.3 Publicação de guias de aplicação Não iniciada

Esta medida deverá começar a ser implementada no próximo ano, já adaptada às alterações legislativas. Medida 8.4 Disponibilização de informação técnica sobre aplicação da

legislação, em especial para PMEs na página da ACT,

incluindo informação dirigida a trabalhadores migrantes

Em execução

Esta medida já começou a ser implementada, por exemplo com informação sobre “trabalhadores destacados” disponibilizada no

site da ACT, bem como a informação referente às obrigações dos empregadores em matéria de SST, nomeadamente as formas

de organização das actividades de SHT para as pequenas e micro empresas.

Medida 8.5 Concretizar a Resolução 24/2003 da AR sobre utilização de amianto em

edifícios públicos

Não iniciada

Esta medida deverá começar a ser implementada no decurso do próximo ano.

Medida 8.6 Elaboração de guias técnicos com orientações práticas para actividades em

que possa haver exposição a amianto

Em execução

Esta medida iniciou-se com a edição, no final de 2009 do Guia Prático “Remoção de Fibrocimento”, na série “Divulgação”, da

linha editorial da ACT.

Page 166: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

165

Medida 8.7 Regular o processo de certificação das empresas para a remoção do amianto Não iniciada

Esta medida deverá começar a ser implementada no decurso do próximo ano, em articulação com a medida 8.6.

Medida 8.8 Consagrar nos planos da ACT acções preventivas e inspectivas

prioritariamente dirigidas para empresas ou locais de trabalho onde, nos

últimos 3 anos tenham ocorrido acidentes mortais ou graves

Executada

A medida encontra-se contemplada nos planos de acção quer da área da promoção quer da área inspectiva.

Objectivo 9 Melhorar a qualidade dos serviços de SST e incrementar competências dos

intervenientes

Em

execução

Medida 9.1 Privilegiar e incentivar os serviços internos Em execução

Esta medida já se encontra em execução, sendo tomada em linha de conta, por exemplo, aquando da análise dos pedidos de

dispensa de serviços internos.

A medida sofreu um incremento decisivo através da Lei 102/2009, a qual veio equiparar a serviços internos os até então

designados “serviços interempresas”.

Medida 9.2 Incentivar a formação para trabalhadores designados e empregadores Executada

Esta medida, de execução ao longo de toda a vigência da ENSST, já se encontra em execução, nomeadamente através do

incentivo nesse sentido expresso em inúmeros seminários e workshops, mas igualmente em artigos publicados e no repto

lançado directamente às instituições de formação para que disponibilizem essa oferta formativa.

Em consequência, no decurso deste ano a oferta formativa para empregadores e trabalhadores designados passou, de quase

residual a uma realidade palpável, com tendência a crescer ainda mais. Medida 9.3 Promover alterações legislativas para agilizar os procedimentos de

autorização de serviços externos de SST

Executada

Esta medida foi materializada através da publicação da Lei 102/2009, de 10 de Setembro.

Page 167: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

166

Medida 9.4 Desenvolver auditorias aos serviços externos autorizados Não iniciada

Esta medida não foi ainda iniciada, em virtude da recente alteração legislativa de fundo (Lei 102/2009). Deverá iniciar-se após

o reforço de meios da área da promoção e da disponibilização de formação interna em auditoria aos técnicos da área da

promoção.

Medida 9.5 Reforçar as auditorias aos cursos de formação em SST homologados Em execução

Esta medida já se encontra em execução. O seu grau de cumprimento poderá crescer exponencialmente após o reforço de meios e a formação interna referidos em 9.4.

Medida 9.6 Estabelecer um programa de auditorias aos serviços internos,

prioritariamente dirigido a empresas com relevância social e económica, para

avaliar os serviços e identificar boas práticas

Não iniciada

Esta medida deverá resultar da articulação entre as áreas inspectiva e da promoção e, para ser iniciada, está dependente do

reforço de técnicos para a área da promoção e da formação referida nas duas medidas anteriores. Medida 9.7 Plano de visitas inspectivas aos serviços internos, incidindo prioritariamente

sobre sectores e empresas com maior índice de sinistralidade e tendo em

conta os riscos emergentes

Em execução

Esta medida para execução ao longo de toda a vigência da ENSST já se encontra contemplada nas actividades da área

inspectiva, no programa 3 do Plano de Acção Inspectiva.

Medida 9.8 Conceber e implementar um sistema de avaliação da qualidade dos serviços

de SST

Não iniciada

Esta medida só agora, após a entrada em vigor da Lei 102/2009, poderá ser iniciada, em articulação com o Ministério da

Saúde.

Page 168: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

167

Medida 9.9 Proceder à simplificação do modelo de relatório anual de actividades dos

serviços de SST, com eventual fusão com o modelo 1360

Executada

Sem prejuízo de futuras e desejáveis simplificações, aliás previstas, o modelo anterior foi substituído por um novo, mais

simples e disponível em formato electrónico e já foi aplicado este ano. Medida 9.10 Incentivar e apoiar financeiramente a formação de técnicos e técnicos

superiores de SHT

Em execução

Esta medida está a ser executada, estando-se neste momento a tentar privilegiar a formação de técnicos de nível III, em

virtude do seu escasso número e estando a aproveitar-se a contrapartida da cedência de vagas na formação de técnicos de nível V apoiadas para proporcionar formação a técnicos da ACT e dos parceiros sociais e de outros organismos da Administração

Pública. Medida 9.11 Reavaliar a organização e duração da formação inicial em SHT, em especial

do nível 3

Em execução

As modalidades EFA e UFCD flexibilizaram a frequência desta formação pela população activa. No decurso do próximo ano

deverá proceder-se à revisão do Manual de Certificação.

Medida 9.12 Restringir a formação de técnicos superiores de SHT a entidades de ensino

superior e outras entidades idóneas

Não iniciada

Esta medida só poderá sem implementada após a revisão do actual Manual de Certificação.

Medida 9.13 Definir entre a ACT e a DGS metodologias e procedimentos agilizadores do

processo de autorização das empresas prestadoras de serviços

Executada

Esta medida foi materializada com a entrada em vigor da Lei 102/2009. A sua completa implementação está apenas

dependente da publicação da Portaria das taxas e do modelo de pedido de vistoria, ambos já prontos.

Page 169: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

168

Medida 9.14 Dinamizar e apoiar a formação de médicos do trabalho Em execução

A implementação desta medida, que será seguramente facilitada pela aprovação, no decurso deste ano, da legislação que

regula a carreira de médico do trabalho, começa a ser visível, por exemplo pela já atrás referida formação de médicos do

trabalho na Região Autónoma dos Açores.

Medida 9.15 Elaborar com a DGS um guia geral e guias sectoriais de orientação para as

actividades de vigilância da saúde dos trabalhadores

Não iniciada

Esta medida deverá ser iniciada no decurso do próximo ano. Medida 9.16 Promover a formação de jovens empresários em SST e gestão da segurança

nas PMEs

Em execução

Realizaram-se várias reuniões com a ANJE, cujos resultados práticos poderão começar a tomar forma no próximo ano. Para

além disso irão ser desenvolvidos, no próximo ano, os contactos necessários para a implementação desta medida com as

confederações patronais e associações empresariais.

Objectivo 10 Aprofundar o papel dos parceiros sociais e implicar empregadores e

trabalhadores na melhoria das condições de trabalho nas empresas

Em

execução

Medida 10.1 Institucionalizar mecanismos de concertação social sectorial nos sectores

com maiores índices de sinistralidade

Em execução

Esta medida já se encontra de certa forma implementada no sector da Construção Civil e Obras Públicas, importando nos anos

que se seguem aprofundá-la e solidificá-la neste sector e implementá-la em outros.

Medida 10.2 Dinamizar a constituição de comissões paritárias de SST a implementar nas

grandes obras

Não iniciada

Esta medida será implementada à medida que se iniciar o ciclo de grandes obras previsto para os próximos anos.

Page 170: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

169

Medida 10.3 Incentivar a introdução de matérias de SST na negociação colectiva Em execução

Esta medida encontra-se em implementação e é da responsabilidade dos parceiros sociais.

Medida 10.4 Acompanhar em sede de CNHST a implementação dos acordos estabelecidos

no âmbito do diálogo social europeu em matérias de SST

Em execução

Existe já um acordo nacional estabelecido entre CGTP e CCP de implementação do acordo europeu sobre o stresse. Esse

acordo, nalgumas das medidas que concretizam a sua implementação foi objecto de apoio da ACT, no âmbito do seu Programa

de Apoios.

Medida 10.5 Promover, incentivar e apoiar financeiramente a formação de representantes

dos trabalhadores, trabalhadores designados e empregadores

Em execução

Esta medida está a ser implementada à medida da chegada dos pedidos de apoio nesse sentido e após a análise das

candidaturas e verificação das condições de elegibilidade.

Para além disso há a referir o apoio dado pela ACT à elaboração de manuais para representantes dos trabalhadores.

Medida 10.6 Reequacionar e clarificar as formas de participação dos trabalhadores na no

domínio da SST, designadamente na sua relação com os serviços de

prevenção, internos ou externos

Não iniciada

Esta medida só poderá ser iniciada no próximo ano, em sede de Conselho Consultivo ou em grupo de trabalho específico por

este criado.

Page 171: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

170

V. ÁREAS DE APOIO

Page 172: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

171

1.APOIO À GESTÃO

Nos termos do art.º 4 da Portaria 1294-C/2007, de 28 de Setembro encontram-se

previstas diversas competências inerentes ao exercício de funções da Direcção de

Serviços de Apoio à Gestão, tendo o presente plano de actividades sido enquadrado

de forma a desenvolver algumas dessas valências tendo em conta as Divisões que

lhe estão afectas e que desenvolvem as respectivas actividades. Tendo em conta as

competências atribuídas à DSAG, esta Direcção de Serviços desenvolveu, entre

outros, os seguintes processos com alcance transversal para todos os serviços da

ACT:

Regulamentos e manuais:

- Manual de Acolhimento

- Regulamento de Horário (iniciado em 2009)

- Plano contra a Corrupção e Acções Conexas

- Iniciou o Manual de procedimentos para aquisição de bens e serviços e

empreitadas de obras públicas

Procedimentos de modernização:

- Renovação e Melhoramento da aplicação informática de gestão da

formação;

- Desenvolvimento de uma aplicação informática, para apoio na gestão do

parque automóvel;

- Inicio do desenvolvimento de uma aplicação para Gestão de stocks;

- Procedeu-se ao carregamento da base de Dados dos imóveis do Estado,

designada por SIIE- Sistema de Informação do Imóveis do Estado da

Direcção Geral do Tesouro e Finanças;

- Levantamento de toda a informação para preenchimento de diversos

questionários, promovidos pela Agência Nacional de Compras Públicas e pela

Unidade Ministerial de Compras do Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Social, referentes aos Acordos – Quadro -, de modo a permitir todo um

processo de globalização, quer no âmbito do parque automóvel do estado,

quer no âmbito das compras públicas;

- Implementação da Plataforma electrónica das Compras Públicas.

1.1. Divisão de Formação e Recursos Humanos

1.1.1. Recursos Humanos No ano de 2009 os serviços públicos desenvolveram esforços para a concretização

da reforma da Administração Pública, nomeadamente as decorrentes das alterações

profundas ao nível dos vínculos, das carreiras e da avaliação do desempenho. Estas

alterações legislativas tiveram consequências profundas nas actividades,

desenvolvidas pelos serviços com missões de apoio, nomeadamente ao nível da

Gestão dos Recursos Humanos, e no seu próprio funcionamento e organização.

Page 173: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

172

Neste contexto, para além dos procedimentos normais decorrentes do

funcionamento do sector de Recursos Humanos como:

O enquadramento do pessoal tendo em conta a nova lei dos vínculos; carreiras e

remunerações e a correspondente execução dos procedimentos decorrentes dessa

legislação, desenvolveu-se uma nova aplicação informática relativa ao SIADAP de

forma a dar eficiência aos procedimentos única possibilidade de cumprir os prazos

fixados na lei, numa organização com a dimensão e complexidade organizacional

como é a ACT. Carregaram-se os dados relativos à avaliação do desempenho

relativos ano de 2009, criando-se, assim possibilidades para que a avaliação

relativa ao ano de 2010 se desenvolva de modo mais eficiente e eficaz.

Destaca-se, pela sua dimensão e complexidade, a participação da divisão de

Recursos Humanos e Formação nos procedimentos relativos ao concurso de estágio

para inspector superior. O processo de candidatura que envolveu mais de 8000

candidatos obrigou ao envolvimento de todos os profissionais da Divisão.

Foi também necessário envolver os técnicos da Divisão no apoio aos júris do

concurso nas diversas fases do mesmo, assim como toda a área de pessoal nos

procedimentos inerentes aos recursos e à notificação dos contra-interessados.

O peso das tarefas associadas ao concurso de inspectores criou constrangimentos

em algumas da Divisão, nomeadamente:

. Controlo sobre os processos e procedimentos;

. Actualização dos processos e arquivos;

. Inovação e desenvolvimento conducentes à melhoria da qualidade.

Nº Postos

de Carreira/Categoria

Modalidade do

procedimento Vinculo

Âmbito de

Recrutamento

Publicação

no DR

Page 174: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

173

Quadro 135 – Procedimentos concursais em 2009

1.1.2. Formação A programação do Plano de Formação da ACT para o ano de 2009, reflectiu a

preocupação da formação a desenvolver no âmbito do Estágio de formação inicial

para novos inspectores, bem como acções a realizar destinadas a dirigentes e

chefias, inspectores do trabalho, técnicos superiores das áreas de apoio, técnicos

superiores e técnicos de SHST, pessoal afecto às contra-ordenações laborais e

funcionários das carreiras técnico-profissional e administrativa. No cumprimento do

plano de formação estabelecido para o ano de 2009, foram realizadas as seguintes

acções de formação:

Trabalho

31 assistente técnico (AAI/COL -

Serv.Desc.)

procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com relação

jurídica de

emprego

público por

tempo

indeterminado

Aviso nº

22664

17-12-2009

7 assistente técnico (COL -

Serv.Desc.)

procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com relação

jurídica de

emprego

público por

tempo

indeterminado

Aviso nº

22663 de

17-12-2009

20 Assistente Técnico (PSST) procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com relação

jurídica de

emprego

público por

tempo

indeterminado

Despacho

nº 20731

de 15-09-

2009

1 Técnico de Informática do Grau 1,

Nível 1 interno de ingresso

CTFP por tempo

indeterminado

com relação

jurídica de

emprego

público por

tempo

indeterminado

Despacho

nº 20761

de 17-11-

2009

13 técnico superior (ATA/DAAJ) procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com relação

jurídica de

emprego

público por

tempo

indeterminado

Aviso nº

22131 de

10-12-2009

56 técnico superior (COL) procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com e sem relação

jurídica de

emprego

público

Despacho

nº 18625

de 20-11-

2009

25 técnico superior (PSST) procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com e sem relação

jurídica de

emprego

público

Despacho

nº 20793

de 16-09-

2009

9 técnicos superiores (AAI) procedimento concursal

comum

CTFP por tempo

indeterminado

com relação

jurídica de

emprego

público por

tempo

indeterminado

Aviso nº

21616 de

30-11-2009

Page 175: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

174

Acções de Formação Entidade

Formadora

Nº de

Acções

Duração

(horas) Formandos

Estagio F. Inicial Insp.

Trabalho

ACT

Módulos

Rel. Trabalho 8 528 150

S. Saúde no Trabalho 8 576 150

A Insp. do Trabalho S/

Envolvente 8 144 150

G. Deont. Profissional 8 384 150

Q.Leg.Fundamental 8 144 150

Sistemas de Informação 8 144 150

Quadro 136 – Formação interna (inspectores estagiários)

Acções de Formação Entidade

Formadora

Nº de

Acções

Duração

(horas) Formandos

Power Point ACT 5 75

13

12

10

12

9

Form. Ped. Formadores ACT 4 360

11

12

12

12

Nov. Regras G. de Rec.

Hum,Ad. Pub. ACT (INA) 1 24 14

Estat. Discip. Trab. Exercem

F. Públicas ACT 1 35 13

Auditorias em SST ACT(Burau

Veritas) 1 40 19

Novo Cód. Cont.Públicos* ACT 1 12 13

Formação em Excel ACT 5 120

12

12

9

12

13

Quadro 137 – Formação para outro pessoal da ACT

1.2. Divisão Patrimonial e Financeira

1.2.1. Recursos Financeiros

Page 176: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

175

No que se refere à área financeira dever-se-á ter em linha de conta a elaboração do

Projecto de Orçamento, respectiva execução orçamental, assegurar a gestão do

orçamento e propor as transferências, reforços e/ou anulações que se revelaram

necessárias a uma boa gestão.

O projecto de Orçamento global da ACT compreende o Orçamento de

Funcionamento de serviços próprios financiado por dotação do OE, o Orçamento de

despesa com compensação em receita financiado pelas receitas próprias, isto é

coimas coercivas e verba proveniente da Taxa Social Única e o Orçamento do

PIDDAC. Tal como em anos anteriores este projecto de Orçamento elaborado e

executado no âmbito das actividades previamente definidas, designadamente:

- 254 - Controlo e Acompanhamento da Actividade Inspectiva;

Esta actividade suporta os encargos inerentes às normas legais relativas às

condições do trabalho, apoio ao emprego e à protecção no desemprego.

- 210 - Saúde, Higiene Segurança e Direito do Trabalho;

A presente actividade suporta as despesas de informação, divulgação e apoio

técnico nos domínios da segurança, higiene e saúde no trabalho.

- 255 - Informação, Documentação, conhecimento e Gestão de

Tecnologias de Informação e da Comunicação;

Suporta as despesas com a modernização dos serviços administrativos,

através de novos métodos de trabalho e sistemas de informação, bem como

a modernização do atendimento personalizado ao cidadão.

- 258 - Gestão Administrativa

Suporta todos os encargos da realização de acções comuns a todas as outras

actividades necessárias à prossecução das atribuições da ACT.

- 246 - Receitas Coactivas (Contra-Ordenações Laborais)

Esta actividade suporta os encargos decorrentes da instrução dos processos

de Contra – Ordenações Laborais e aplicação de Coimas.

Page 177: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

176

Orçamento da ACT para o ano de 2009 Orçamento de Funcionamento/Receita com Transição de Saldos

Código Grupo Económico das Despesas Orçamento Corrigido de

2009

Execução orçamental em 2009

01.00.00 Despesas com Pessoal 30.449.747 25.725.385

02.00.00 Aquisição de Bens e Serviços 11.681.285 7.579.980

04.00.00 Transferências Correntes 3.101.568 1.451.105

06.00.00 Outras Despesas Correntes 7.500 4.616

07.00.00 Aquisição de Bens de Capital 1.787.500 1.154.097

08.00.00 Transferências de Capital 48.216 45.982

Total 47.075.816 35.961.165

PIDDAC 508.750 474.370

Quadro 138 – Orçamento da ACT para 2009

Orçamento para o ano de 2009 por actividades

Actividade Designação Valor

2.10 Saúde Higiene Segurança e Direito do Trabalho 28.731.942

2.46 Receitas Coactivas (C.O) Laborais 12.144.505

2.54 Controle e Acompanhamento (Inspectiva) 7.902.272

2.55 Informação Documentação Conhecimento e Gestão de

Tecnologias de Informação e da Comunicação

1.228.705

2.58 Gestão Administrativa 2.066.540

Total 52.073.964

Quadro 139 – Orçamento da ACT para 2009 (distribuído por actividades)

No que respeita ao Orçamento do PIDDAC o plafond atribuído à ACT para os

programas em curso - Sistema de Gestão da Informação da ACT - e

Modernização dos Serviços técnicos de Apoio à Gestão da ACT Setúbal -, foi

de 508.750€-

Page 178: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

177

1.3. OUTRAS ACTIVIDADES

Foram desencadeados diversos outros procedimentos, designadamente:

Preparação de todos os procedimentos administrativos e de autorização

para a celebração de contratos de arrendamento de novas instalações,

designadamente para as instalações dos serviços desconcentrados em

Vila Franca de Xira, Beja, Barreiro, Guarda, Viseu, Penafiel, S. João da

Madeira e Bragança.

Aquisição de Mobiliário; Equipamentos de cópia; equipamento telefónico,

entre outros;

Aquisição de serviços de segurança atendimento e vigilância das

instalações, limpeza e manutenção das instalações.

1.3.1. Empreitadas de obras públicas

Em 2009, foram desenvolvidas as seguintes empreitadas:

- Remodelação das instalações do Centro Local de Lisboa Ocidental, em

Sintra;

- Remodelação das instalações da Direcção Regional de Lisboa e Vale do

Tejo, em Setúbal;

- Remodelação de gabinetes, iluminação e execução de rede armada de

incêndios nos Serviços Centrais da ACT (Av. Casal Ribeiro);

- Remodelação e ampliação da Rede estruturada nos Serviços Centrais da

ACT (Praça de Alvalade);

- Obras de reparação em diversos serviços desconcentrados da ACT.

1.3.2. Recursos Informáticos

Nesta área, os objectivos para o ano de 2009 apontaram para o desenvolvimento

de diversos sistemas informacionais internos, para optimização dos recursos

informáticos, bem como a aquisição de material de hardware e software. Foi dada

particular importância à implementação e desenvolvimento de aplicações que

permitiam uma maior eficiência no apoio à gestão interna e à gestão da actividade

inspectiva.

De entre os projectos previstos para o ano de 2009 desenvolveram-se os

seguintes:

- Continuação da reestruturação da rede Global da ACT;

- Continuidade do projecto de telefonia IP;

- Renovação de parte do parque informático da ACT;

- Melhoria de infra-estruturas de rede dos serviços desconcentrados.

Page 179: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

178

- Criação do novo domínio interno da ACT e procedimentos para projecto do

sistema de gestão da informação da ACT.

1.3.3. Rede de comunicações Deu-se continuidade à instalação física da infra-estrutura necessária à

implementação de uma solução de VPN a interligar com a rede de dados da

segurança social.

No que concerne à reestruturação e construção de redes locais, foram preparados

os procedimentos para a execução de novas redes locais de dados em 12 serviços

desconcentrados e para substituição das redes de dados dos Serviços Centrais. Em

2009 foram realizadas as redes de dados do Centro Local de Lisboa Ocidental, do

Centro Local do Lis, da Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo e dos Serviços

Centrais (Praça de Alvalade).

Foi ainda desenvolvido um processo de instalação de servidores informáticos (25) e

fontes de energia para abastecimento dos servidores e os bastidores dos serviços

desconcentrados, a fim de garantir o seu funcionamento adequado e a instalação

dos novos sistemas de comunicações (rede global de comunicações e sistema de

telefonia IP).

No que concerne ao projecto de telefonia IP (VOIP), foram adquiridos os sistemas

de comunicações e equipamento telefónico necessário para concluir o projecto nos

serviços de Almada, Guimarães, Lisboa, Penafiel e Porto, envolvendo cerca de 400

postos telefónicos.

Foram preparados os procedimentos para a implementação dos novos servidores

centrais de comunicações e a instalação dos sistemas de comunicações dos serviços

das Direcções Regionais do Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo para, após a

entrada em exploração da nova rede de comunicações (VPN-ACT) se dar início à

implementação deste sistema.

1.3.4. Plataforma tecnológica

Em 2009 foram desenvolvidas as seguintes actividades:

Preparação do lançamento do procedimento para o desenvolvimento de

software e serviços para a reestruturação do domínio;

Aquisição de 140 computadores portáteis e 5 desktops, no âmbito da

renovação do parque informático;

Negociação do contrato de suporte para os equipamentos servidores, routers

e switches.

Implementação de uma plataforma de servidores e de armazenamento de

dados que visa consolidar todos os sistemas suportados em bases de dados

SQL Server 2005 e instalar as soluções de intranet e o novo portal da ACT.

1.3.5. Arquitectura aplicacional O processo de actualização da linguagem de desenvolvimento do SINAI, através da

aquisição de sistemas de software teve continuação em 2009, através de uma

iniciativa para migração para a Web deste Sistema de Informação.

Page 180: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

179

Foram desenvolvidas as acções necessárias para a entrada em produção da

aplicação para dar resposta às solicitações no âmbito da emissão de certificados de

aptidão profissional (CAP) que integra numa única página Web o controlo de todos

os processos individuais, o encaminhamento desses processos para despacho e

para a emissão e pagamento dos CAP.

No âmbito do desenvolvimento dos sistemas aplicacionais para suportar a

actividade reguladora no domínio da segurança e saúde no trabalho, foram

adquiridos os serviços para desenvolvimento do sistema de informação para os

processos de autorização das entidades prestadoras de serviços de SST.

1.3.6. Rede de comunicações

Em 2009 iniciou-se a implementação de um sistema de gestão documental

alargado a todos os serviços da ACT. Esta acção visa a aquisição de software e

serviços com o objectivo do estabelecimento de um sistema de gestão documental

único para a ACT que, para além da interligação com os sistemas de informação

actuais (SINAI e novos sistemas no âmbito da promoção da segurança e saúde no

trabalho) permita a integração com os sistemas de informação no âmbito do REAI

(Regime de Exercício da Actividade Industrial).

Prosseguiu-se a iniciativa de ligação a sistemas de informação da segurança social,

administrados pelo ISS, I.P. e instalados no II-MTSS no âmbito do combate ao

trabalho irregular. A conclusão deste processo está dependente de autorização da

CNPD.

2.RELAÇÕES INTERNACIONAIS

2.1. Cooperação com os países de língua oficial portuguesa e Timor-leste

No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de Cooperação relativas

ao Reforço Institucional dos PALOP e de Timor-Leste, inerentes ao desenvolvimento

do Projecto “A Cooperação na área da Inspecção do Trabalho nos Estados Membros

da CPL, o qual tem por base um Acordo de Parceiros estabelecido entre todas as

Inspecções do Trabalho e todos os Serviços de Cooperação dos Ministérios

Homólogos do MTSS nos Países da Comunidades de Países de Língua Portuguesa,

CPLP 2, bem como com o Escritório da OIT em Lisboa, com base no respectivo

Documento de Projecto, adoptado pelos Ministros do Trabalho e dos Assuntos

Sociais dos Países da CPLP na Reunião de Bissau, em 4 e 5 de Setembro 2006

(Declaração de Bissau).

A ACT é, no âmbito do referido Projecto, a entidade parceira responsável pelo

adequado apoio técnico: elaboração de legislação laboral, implementação de acções

de formação inicial e específica e troca de informações e de experiências na área da

Inspecção do Trabalho.

Em 2009 foram ministradas em Portugal duas acções de formação em segurança na

agricultura e nas pescas, nas quais participaram inspectores dos PALOP e de Timor-

Leste, num total de 39 formandos.

2 Embora tenha assinado o Acordo de Parceiros, o Brasil declinou qualquer outra participação / apoio ao

referido Projecto

Page 181: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

180

2.2. Acolhimento de delegação de entidades congéneres

Em 2009, a ACT recebeu delegações das seguintes entidades congéneres, para

recolha e partilha de experiências em matéria de boas práticas:

Inspecção do Trabalho da Polónia;

Inspecção do Trabalho da Sérvia;

Inspecção do Trabalho do Azerbeijão;

Inspecção do Trabalho de Hong Kong;

Inspecção do Trabalho da Roménia;

Inspecção do Trabalho da Bélgica.

2.3. Acordos bilaterais e protocolos

No período em questão, foram assinados ou prosseguida a execução dos seguintes

acordos ou protocolos de cooperação em matéria de troca de informações e

experiências no domínio da segurança e saúde no trabalho e do destacamento de

trabalhadores:

-Tunísia (assinado em 19 de Abril de 2008),

-Bulgária (assinado em 27 de Maio de 2008),

-Polónia (assinado em 1 de Setembro de 2008),

-Roménia (assinado em 14 de Abril de 2009),

-República SRPSKA (assinado em 15 de Junho de 2009),

-República Sérvia (assinado em 19 de Junho de 2009),

-Bélgica (assinado em 7 de Agosto de 2009).

2.4. Execução do acordo bilateral com a Inspecção do Trabalho e

Segurança Social de Espanha Neste período, a Cooperação com a Inspecção do Trabalho e Segurança Social de

Espanha tem-se desenvolvido em duas vertentes complementares:

- Através do acompanhamento da implementação do Acordo Bilateral por

uma “Comissão Mista de Acompanhamento” composta por elementos

de ambos os Países, no âmbito da qual, para além de uma reunião

anual de avaliação, se implementaram já formas de actuação eficazes

conducentes à melhoria das condições do trabalho dos trabalhadores

transnacionais e transfronteiriços;

- Através da participação na chamada “Cooperação Luso-Espanhola”,

consubstanciada num Grupo de Trabalho coordenado pelo Gabinete de

Estratégia e Planeamento, cujo objectivo é promover a actualização do

ponto da situação relativa à cooperação desenvolvida com Espanha

pelos organismos que integram o Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, conducente à elaboração final do Memorando e

ser apresentado na Cimeira anual entre Portugal e Espanha.

2.5.Intercâmbios de inspectores do trabalho

Page 182: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

181

Foram realizados intercâmbios de inspectores do trabalho, com financiamento da

Comissão Europeia, com a Bulgária, a Espanha, a Letónia e a Polónia.

2.6.Participações internacionais no âmbito da união europeia

A ACT é o Ponto Focal da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no

Trabalho em território nacional, participando activamente nos seguintes Comités:

Comité Educação e Formação para a Prevenção (Vice-Presidente do

“Bureau” - Dr. Luís Lopes, Coordenador Executivo para a Promoção da

Segurança e Saúde no Trabalho)

Grupo de Trabalho 5 - «Formação em SST: da escola ao trabalho

Grupo de Trabalho 6 «Estratégias de desenvolvimento

Comité para a Prevenção dos Riscos Profissionais na Agricultura

(membro do Conselho Consultivo)

Comité para a Prevenção dos Riscos Profissionais na Indústria da

Construção

A ACT participa ainda nos seguintes grupos de trabalho da Agência Europeia para a

Segurança e Saúde no Trabalho:

Observatório Europeu de Riscos

Grupo de Trabalho dos Pontos Focais Nacionais

GT da Semana Europeia

GT Internet

GT para a Monitorização da Segurança e Saúde no Trabalho

GT para a Inclusão Progressiva da SST no Sistema Educativo

GT para a Nova Estratégia da «Web»

A ACT participa no Comité Consultivo para a Segurança e Saúde no Trabalho,

criado pela Decisão 2003/C 218/01 do Conselho, de 22 de Julho de 2003, tendo

como função assistir a Comissão Europeia na preparação, aplicação e avaliação de qualquer iniciativa relativa à segurança e à saúde no local de trabalho.

No âmbito deste Comité, funcionam os Grupos de Trabalho Educação e Formação,

“Radiações Ópticas e Pescas (este último presidido pela ACT).

No Conselho de Administração tem assento o Coordenador Executivo para a

Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, como representante governamental

efectivo.

A ACT participa também na Fundação Europeia para a Segurança e Saúde no

Trabalho. A representação nesta Fundação concretiza-se através do Conselho de

Administração, como representante governamental efectivo e do Grupo de Peritos

sobre “Condições de Trabalho e Diálogo Social”.

A ACT está representada no Comité de Altos Responsáveis da Inspecção do

Trabalho. Este Comité tem por objectivo dar parecer à Comissão Europeia, a

pedido desta ou por iniciativa própria, sobre todos os problemas relacionados com o

controlo, pelos Estados Membros, da aplicação do Direito Comunitário em matéria

de Segurança e Saúde no Trabalho.

Page 183: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

182

O seu propósito é monitorizar, com base na estreita cooperação entre os seus

membros e a Comissão, a aplicação eficaz e equivalente de direito comunitário

sobre segurança e saúde no trabalho e analisar as questões práticas envolvidas na monitorização da aplicação de legislação neste campo.

Desenvolve ainda trocas de informações entre os organismos nacionais e, nesse

âmbito, promove o intercâmbio de inspectores do trabalho entre os países que o

proponham mediante apresentação de candidatura, com o objectivo de alcançar

bases comuns em inspecção do trabalho no domínio da segurança e saúde no trabalho.

Neste fórum, a ACT foi representada, no período em avaliação nos seguintes grupos

de trabalho

Preparação e desenvolvimento da Campanha Europeia de Avaliação de

Riscos na Utilização de Substâncias Perigosas (grupo coordenado pela ACT);

Grupos de Avaliação dos Sistemas de Inspecção do Trabalho;

Campanha sobre “Movimentação Manual de Cargas”;

Rede MACHEX (Rede Europeia sobre Segurança de Máquinas) – grupo

coordenado pela ACT;

Grupo de Trabalho “Enforcement” (sobre implementação e controlo da

aplicação da legislação europeia em matéria de segurança e saúde no

trabalho);

KSS (Knowledge Sharing Site) – Subgrupo do GT “Enforcement”, cujo

objectivo é a troca de informação entre as inspecções do trabalho dos

Estados Membros em matéria de segurança e saúde no trabalho, através de

uma aplicação electrónica;

Grupo de Trabalho “Estratégia”, para implementação da Estratégia

Comunitária de Segurança e Saúde no Trabalho 2007/2012).

A ACT faz-se representar no Comité de Peritos sobre Destacamento de

Trabalhadores, da Comissão Europeia, grupo que visa melhorar a cooperação

entre os Estados Membros em matéria de troca de informação relativa a

destacamento de trabalhadores, ao abrigo da Directiva 96/71/CE e no Subgrupo

para o desenvolvimento de um sistema electrónico de troca de informação nesta

matéria.

2.7. Participação em outras organizações ou redes internacionais

A ACT está representada na Rede Internacional das Instituições de Formação

na área do trabalho (RIFFT). Para além de Portugal, esta Rede integra a Argélia,

Marrocos, França, Itália, Polónia, Roménia, a Tunísia e a República Centro-Africana.

A ACT integra a METRONET, Rede Mediterrânica de Formação e Investigação

em Segurança e Saúde no Trabalho, a qual agrupa actualmente os organismos

responsáveis pela Segurança e Saúde no Trabalho de França (Institut National de

Recherche et de Sécurité), de Itália (Istituto Superiore Prevenzione e Sicurezza sul

Lavoro), de Espanha (Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo) e de

Page 184: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

183

Portugal (ACT), desenvolvendo-se os trabalhos em torno de dois eixos

fundamentais: a formação e a investigação em SST.

Na METRONET, a ACT está representada no Comité de Pilotagem, no Grupo de

Trabalho “Formação” e no Grupo de Trabalho “Investigação”.

A ACT participa também de um Grupo de Alto Nível sobre Responsabilidade

Social que tem uma tripla função: troca de informação sobre os desenvolvimentos

em Responsabilidade Social das Empresas ao nível da UE, a contribuição para o

desenvolvimento e a implementação de uma estratégia da União Europeia sobre

Responsabilidade Social das Empresas e troca estruturada de informação sobre

políticas nacionais em Responsabilidade Social das Empresas.

A ACT é o centro de ligação CIS-DOC da Organização Internacional do Trabalho.

A ACT participou ainda, na pessoa do Inspector-Geral do Trabalho, no Comité de

Direcção da Associação Internacional das Inspecções do Trabalho.

3. ÁREA DE INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO A informação e divulgação dinamizadas pela Divisão de Informação e

Documentação consistiu em 2009

3.1. COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA

Foram publicadas 2.903 notícias sobre a ACT, com a seguinte distribuição:

Imprensa Nacional: 48%

Internet: 40%

Televisão: 7%

Rádio: 5%

Destas, foram:

Muito positivas:12%

Positivas:83%

Negativas:5%

Destacam-se, ainda 175 intervenções do IGT na rádio e TV (anexo), que tiveram na

generalidade uma avaliação de tom muito positiva e cujo retorno em valores

equivalentes de publicidade perfez € 5.865.558,42.

Houve, também, contributos para os seguintes órgãos de comunicação social e

revistas técnicas:

«Revista Segurança»:

«Perspectiva», Revista mensal do Jornal «Público»:

Suplemento sobre SHST da Revista da Associação Empresarial da Bairrada

(ACIB):

«Jornal de Sintra»:

«Diário de Leiria»:

Page 185: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

184

Além disso, assegurou-se a edição regular de conteúdos para o website,

nomeadamente através da produção de:

“Notícias”: 42 notas

“Eventos”: 50 notas

Conteúdos para o menu “Quem somos”

Actualizações das FAQ

3.2. PEDIDOS DE INFORMAÇÃO POR E-MAIL

Em 2009 foi recepcionado um total de 1.885 pedidos via e-mail.

Destes, 91% foram reencaminhados para os serviços internos competentes em

razão do assunto. Paralelamente, informou-se o remetente do reencaminhamento

do respectivo email.

Cerca de 9% dos pedidos de informação foram respondidos directamente pela DID,

por se tratar de respostas simples e/ou passíveis de serem esclarecidas através da

mera consulta das FAQ disponíveis no website da ACT.

3.3. PROJECTO DE CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO WEBSITE INSTITUCIONAL DA ACT

Na sequência da atribuição da gestão do projecto do novo website institucional à

DID foi preciso garantir o acompanhamento, ligação e articulação entre a equipa de

desenvolvimento da PT-Sistemas de informação e as equipas internas da ACT

envolvidas no projecto.

Destas tarefas destacam-se a:

Realização do processo de levantamento de requisitos para o website;

Revisão da estrutura de funcionalidades e de conteúdos do website, em

resultado das reuniões internas realizadas com interlocutores das áreas de

“promoção da SST” e “apoio à actividade inspectiva”;

Revisão dos manuais “Levantamento de Requisitos” e “Especificação

Funcional”.

Revisão da componente gráfica do website;

Elaboração de conteúdos, nomeadamente os relativos ao “Glossário” e à

“Livraria Online”;

Realização da proposta de aquisição do serviço de vocalização do website;

Realização da proposta de aquisição das imagens a usar no grafismo do

website;

Realização da proposta de aquisição da prestação de serviços de integração

da base bibliográfica/normas/legislação “docweb” no novo website.

Já no final do ano de 2009 o website «entrou em produtivo», ficando acessível ao

público e substituindo definitivamente os anteriores websites da ex-IGT e do ex-

ISHST.

3.4. INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

Page 186: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

185

No âmbito da imagem corporativa, a DID desenvolveu em 2009 as seguintes

tarefas:

Supervisão da produção do estacionário;

Coordenação do levantamento das necessidades em sinalética para os

serviços desconcentrados;

Supervisão da edição da newsletter da ACT;

Coordenação da publicação de quatro suplementos temáticos na Revista

Segurança;

Gestão e supervisão da operação de emissão dos cartões de identificação

individual;

Supervisão da consolidação e alargamento da utilização da intranet.

3.5. CLIPPING

Tendo em vista garantir o acompanhamento noticioso, a DID realizou as seguintes

tarefas,:

Elaboração do briefing/caderno de encargos para a prestação de serviços de

clipping noticioso

Selecção das notícias e gestão do serviço de clipping

Organização de dossiers de imprensa em suporte digital

Apoio à gestão de topo na pesquisa e análise de informações

3.6. EVENTOS DA ACT

Tema Local Data Pessoas

Seminário “ Trabalho forçado e tráfico de seres humanos”

Hotel Fenix 2 e 3 de Fevereiro

39

Sessão de Lançamento “Direitos Fundamentais e Normas

internacionais do Trabalho”

CCL 19 Fevereiro

manhã 200

Seminário Promover a qualidade através da SST

CCL 19 Fevereiro

tarde 454

Seminário Trabalho não declarado

e irregular: realidades e estratégias

CCL 20 Fevereiro 231

Seminário no âmbito da SEGUREX

Estratégias de Segurança e saúde

no trabalho: uma abordagem ibérica

CRFIL 20 Março 365

Tomada de posse dos inspectores Torre do Tombo 15 Abril 200

Page 187: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

186

estagiários (100)

Congresso Internacional IALI “ A Inspecção do trabalho na direcção da mudança”

CRFIL 16 e 17 de

Abril 197

Sessão Comemorativa do Dia Nacional da Prevenção

Assembleia da República 28 Abril 100

Jornadas do Código do Trabalho

Universidade Católica do Porto

5 e 6 de Maio 255

Jornadas do Código do Trabalho

Centro de Congressos dos Hospitais da

Universidade de Coimbra

13 e 14 de Maio

179

Tomada de posse dos inspectores estagiários (50)

CCB 15 Maio 150

Jornadas do Código do Trabalho CCL

19 e 20 de Maio

744

Seminário Internacional AISS – Da Escola ao Trabalho

CRFIL 1,2 e 3 de

Junho 151

Jornadas do Código do Trabalho – 2ª edição Lisboa

CCL

24 e 25 de Junho

209

Sessão de Lançamento do Estudo

“Saúde e Segurança do Trabalho: Notas Historiográficas com Futuro”

Culturgest 13 Novembro 120

Quadro 140 – Eventos organizados em 2009

3.7. EDIÇÕES

Relatório da OIT para o DNPST 2009 Abr-09 OIT

Código global de integridade para a Inspecção

do Trabalho

Abr-09 IALI

Sistema integrado de formação em Inspecção

do Trabalho

Mai-09 OIT

Código do Trabalho Mai-09 Portugal, Leis e

Decretos, etc.

Saúde e segurança do trabalho: Notas

historiográficas com futuro

Jul-09 Carlos Silva Santos e

António de Sousa Uva

Brochura e Folheto da Comissão Europeia sobre

“Violência contra Inspectores do Trabalho”

Nov-09 CE/CARIT

Comunicações do “Dia Temático CARIT 2007”

edição bilingue PT/EN

Nov-09 CARIT

Directrizes práticas de carácter não obrigatório

sobre a protecção da saúde e da segurança dos

trabalhadores contra os riscos ligados à

exposição a agentes químicos no trabalho

Dez-09 CE

Page 188: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

187

Risco de exposição a radiações ionizantes nos

locais de trabalho

Dez-09 Maria Elizabete da

Cruz Lima e Maria de

Fátima Silva

Avaliação de riscos em adegas cooperativas:

guia de apoio (reedição)

Dez-09 Sofia André

Movimentação manual de cargas e trabalho

sentado (reedição)

Dez-09 FRANCISCO REBELO E

ERNESTO FILGUEIRAS

Fábrica segura e saudável: o armazém

(reedição)

Dez-09 Francisco Rebelo e

Ernesto Filgueiras

Construção: andaimes: guia prático Dez-09 José Manuel Mendes

Delgado e José

Gandra do Amaral

Construção: estruturas e coberturas: guia

prático

Dez-09 José Manuel Mendes

Delgado e José

Gandra do Amaral

Construção: espaços confinados: guia prático Dez-09 José Manuel Mendes

Delgado e José

Gandra do Amaral

Construção: execução de valas e escavações:

guia prático

Dez-09 José Manuel Mendes

Delgado e José

Gandra do Amaral

Construção: demolições: guia prático Dez-09 José Manuel Mendes

Delgado e José

Gandra do Amaral

Construção: organização do estaleiro: guia

prático

Dez-09 José Gandra do

Amaral e José Manuel

Mendes Delgado

Construção: remoção de fibrocimento: guia

prático

Dez-09 José Manuel Mendes

Delgado e José

Gandra do Amaral

Construção: substâncias perigosas: guia prático Dez-09 José Gandra do

Amaral e José Manuel

Mendes Delgado Quadro 141 – Obras publicadas em 2009

3.8. VENDA DE PUBLICAÇÕES (PRESENCIAL E À DISTÂNCIA)

A venda de publicações cumpre uma importante função na difusão de estudos da

linha editorial sobre temáticas diversas da SST. No quadro abaixo dá-se conta dos

quantitativos, por séria, de volumes vendidos e valores realizados.

Títulos Nº

Série Divulgação 291

Série Estudos 89

Série Formação 81

Série Informação Técnica 140

Série Informação 4

Série Legislação 11

Outras publicações ACT 70

Publicações de outros editores 11

Totais 697

Quadro 142 – Venda de publicações

Page 189: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

188

3.9. CENTRO DE RECURSOS EM CONHECIMENTO

O fundo documental do CRC é composto por um acervo de mais de 8.000

referências documentais, em língua portuguesa e estrangeira, que estão disponíveis

online.

Além disso, o CRC proporciona ainda acesso à base de dados bibliográfica do

Centro Internacional de Informação sobre Segurança e Higiene no Trabalho (CIS)

da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a qual permite a consulta online

dos textos nela referenciados.

Aquisição de recursos de informação

Monografias: 56

Normas:120

Periódicos (assinaturas): 32

Caracterização dos serviços prestados

Clientes

o Atendimentos de externos

Presencial: 2346

E-mail:1092

Telefone: 2110

o Atendimentos de internos

Presencial: 58

E-mail: 128

Telefone: 42

Empréstimos:

o Internos: 360

o Domiciliários: 28

o Entre CRC: 6

o Consultas a bases de dados especializadas: 1239

Venda de publicações

Encomendas por e-mails: 480

Encomendas por telefone: 126

Número de facturas emitidas: 657

Valor facturado € 4.756,03

Page 190: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

189

Desenvolvimento de acções de formação de utilizadores

Acções de formação de utilizadores realizadas pelo CRC:23

Número de participantes nas acções de formação organizadas pelo CRC: 23

Visitas de estudo organizadas pelo CRC: 2

Produção e/ou divulgação dos recursos de informação SHST

Bibliografias temáticas: 83

Unidades disponibilizadas: 1239

Produção e/ou divulgação dos recursos de informação na Intranet

Bibliografias temáticas: 1

Modelo de difusão selectiva de Informação: 1

Modelo de inquérito de satisfação: 2

Total de diplomas inseridos na intranet: 398

Relações laborais: 53

o SST: 23

o RH: 36

o Diversa: 129

o Jurisprudência: 58

Tratamento documental

Catalogação: 1000

Identificação (cotas/etiquetas): 1000

Descritores criados: 360

Descritores corrigidos: 201

Inventariação dos Recursos de Informação

Recursos bibliográficos: 10.026

Associação a multimédia: 6.122

Page 191: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

190

VI. ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO DAS DIRECÇÕES REGIONAIS

Page 192: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

191

DIRECÇÃO REGIONAL DO ALENTEJO

SESSÕES DE FORMAÇÃO

TEMA DESTINATÁRIO N.º

Agricultura - SST Países da CPLP 1

CAMPANHAS

Sílica, Lagares, Hotelaria/Restauração, Administração Pública Local

INTERVENÇÕES EM SEMINÁRIOS SOLICITADOS POR DIVERSAS ENTIDADES

TEMÁTICA N.º

SST 7

Sócio-laboral 6

DIRECÇÃO REGIONAL DO ALGARVE

SESSÕES DE FORMAÇÃO/ESCLARECIMENTO REALIZADAS PELA DR

TEMA DESTINATÁRIO N.º

Formação sobre o Código do Trabalho ANECRA/ACRAL 1

Sessão de esclarecimento sobre

Código do trabalho e Prevenção de

Riscos Profissionais

Imigrantes de S. Brás de

Alportel

1

CAMPANHAS

Campanha da sílica

INTERVENÇÕES EM SEMINÁRIOS SOLICITADOS POR DIVERSAS ENTIDADES

TEMÁTICA N.º

SST 3

Sócio-laboral 1

DIRECÇÃO REGIONAL DO CENTRO

CAMPANHA SECTORES ESTAB/EMPRESAS

ENVOLVIDOS

Integração Imigrantes 1 evento

Movimentação Manual

Cargas

Comércio 25 estabelecimentos

Construção civil 37 empresas

Prevenção da Exposição

à Sílica

Industria extractiva e de

serragem, corte e

acabamento de rochas

ornamentais e de outras

pedras de construção

235 empresas envolvendo

1645 trabalhadores

EXPOSIÇÕES SECTORES APRESENTAÇÕES

Exploflorestal 2009 Florestal Riscos do trabalho florestal

ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

Page 193: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

192

TEMÁTICA N.º ACÇÕES

SST 11

ACTIVIDADES REALIZADAS COM A COMUNIDADE EDUCATIVA

TEMÁTICA N.º

SST 12

Sócio-laboral 3

INTERVENÇÕES EM SEMINÁRIOS SOLICITADOS POR DIVERSAS ENTIDADES

TEMÁTICA N.º

SST 7

Sócio-laboral 7

DIRECÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO

REALIZAÇÃO DE EVENTOS

TEMÁTICA SECTOR N.º

Divulgação da Estratégia Nacional

para a Promoção da Segurança e

saúde no Trabalho

Construção Civil 1

Comércio Retalhista 2

Grupo EDP 1

Campanha de Integração

Imigrantes

Todos 2

Legislação laboral em geral e em

especial no âmbito do controle dos

tempos de trabalho nos

transportes

GNR/PSP 3

INTERVENÇÕES EM SEMINÁRIOS SOLICITADOS POR DIVERSAS ENTIDADES

TEMÁTICA N.º TEMÁTICA N.º

Socio-laboral 10 SST 10

COMUNICAÇÃO SOCIAL

MATÉRIA ARTIGOS MEIO COMUNICAÇÃO SOCIAL N.º

Socio-laboral e SST Imprensa Regional 3

MATÉRIA MEIO COMUNICAÇÃO SOCIAL N.º

Socio-laboral e SST RTP-2 – programa “Nós” 3

PROJECTOS INTERNACIONAIS

GRUPO TRABALHO TIPO PARTICIPAÇÃO

MACHEX Chairman

Page 194: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

193

DIRECÇÃO REGIONAL DO NORTE

CAMPANHA SECTORES ESTAB/EMPRESAS

ENVOLVIDOS

Prevenção da Exposição

à Sílica

Industria extractiva e de

serragem, corte e

acabamento de rochas

ornamentais e de outras

pedras de construção

103 empresas

EXPOSIÇÕES SECTORES

Exposição acerca do

dia Nacional da

Prevenção e segurança

no Trabalho

Comércio e Serviços

Associação empresarial

ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

TEMÁTICA N.º ACÇÕES

SST 22

ACTIVIDADES REALIZADAS COM A COMUNIDADE EDUCATIVA

TEMÁTICA N.º

SST- Sessões de Informação/Sensibilização

Participação em Júris de cursos de Técnicos de SST

29

10

COMUNICAÇÕES EM SEMINÁRIOS SOLICITADOS POR DIVERSAS

ENTIDADES

TEMÁTICA N.º TEMÁTICA N.º

Socio-laboral SST 7

Page 195: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

194

ANEXO - BALANÇO

SOCIAL

Page 196: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

195

Nota Introdutória De acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 1º do Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de

Outubro “Os serviços e organismos da Administração Pública Central, Regional e

Local, incluindo os Institutos públicos que revistam a natureza de serviços

personalizados e fundos públicos que, no termos de cada ano civil, tenham no

mínimo 50 trabalhadores ao seu serviço, qualquer que seja a respectiva relação

jurídica de emprego, devem elaborar anualmente o seu balanço social com

referência a 31 de Dezembro do ano anterior”.

O Balanço Social constitui um relevante documento de gestão, de informação e de

apoio ao planeamento e gestão nas áreas sociais e de recursos humanos e tem por

objectivo essencial, demonstrar a realidade existente relativamente aos aspectos

mais significativos da organização no que se refere aos seus trabalhadores.

As reflexões fundamentadas na análise dos dados do ano de 2009 permitem avaliar

o seu desempenho social e o desenvolvimento do capital humano da Autoridade

para as Condições do Trabalho (ACT), apresentando-os de forma dinâmica,

permitindo, com base nos indicadores que se disponibilizam, uma melhor

compreensão da organização, comportamento e cultura, facilitando a definição de

estratégias a adoptar no futuro.

O Balanço Social da ACT relativo ao ano de 2009 está estruturado em 7 pontos que

percorrem os aspectos que de seguida se sintetizam:

O ponto 1 evidencia o organograma da ACT e dos serviços

desconcentrados e respectivos responsáveis que, no âmbito das definições

do Decreto-Lei n.º 326-B/2007, serviram efectivamente de suporte à

actividade desenvolvida pela ACT no período em referência.

indicadores de recursos humanos referidos no Decreto-lei n.º 190/96.

característico da ACT.

-se à utilização do trabalho extraordinário.

através do número de horas de formação e a sua distribuição por

cargo/categoria.

respectiva percentagem no orçamento da ACT.

Page 197: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

196

Page 198: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

197

Page 199: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

198

Page 200: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

199

2. Efectivos Globais (3) 2.1. Segundo o Cargo/Carreira

Gráfico n.º 1 - Efectivos globais da ACT por cargo/carreira e género

Em 31/12/2009 a ACT registou o total 958 efectivos globais, dos quais 73% (699)

pertenciam ao sexo feminino e 27% (259) pertenciam ao sexo masculino.

Verifica-se um acréscimo geral do total de efectivos globais da ACT, quando

comparado com o total de efectivos globais do último ano (2008 – 898 efectivos

globais).

No ano de 2009 entraram para a ACT 152 novos trabalhadores. Por concurso 138

inspectores do trabalho e por mobilidade interna 1 inspector do trabalho, 3 técnicos

superiores e 10 assistentes técnicos. Este aumento significativo de novos

trabalhadores, cerca de 17 % relativamente aos números de 2008, impôs um esforço

adicional, em toda a organização, em termos de apoio administrativo e técnico e de

acolhimento e formação.

Embora nos efectivos globais estejam incluídos 27 contratos de avença, nas páginas

seguintes, estes não serão considerados, uma vez que se trata de trabalho não

subordinado e sem horário de trabalho.

3

Efectivos Globais - número de trabalhadores que se encontrava ao serviço em 31/12/2009, independentemente do tipo de vínculo, onde se inclui 27 em prestação de serviços em regime de avença e 3 trabalhadores auxiliares de

limpeza.

615

41

43

157 0

132

320

129

229

43

1 2

270

F

M

Page 201: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

200

Igualmente estão incluídos 3 trabalhadores, em regime de tarefa, (antigos contratos de

ajuste verbal), regime jurídico que ainda não se encontra completamente definido face

às novas figuras jurídicas.

2.2. Segundo o Vínculo Jurídico por Cargo/Carreira

Quadro n.º 1 – Distribuição dos efectivos globais por cargo/carreira, segundo o tipo de vínculo

O Quadro n.º 1 retrata as alterações em termos de vínculos e carreiras decorrentes

do novo quadro legal - LVCR.

100XGlobaisEfectivos

DirigentesntoEnquadramedeTaxa 5%

100XDirigentes

femininosDirigentesFemininantoEnquadramedeTaxa 52%

100XGlobaisEfectivos

femininosEfectivosoFeminizaçãdeTaxa 73%

100XGlobaisEfectivos

DocInforTécSupInspeTecnicidaddeTaxa 60,75%

Nomeação

Definitiva

Nomeação

Definitiva/

Período

Experimental

CT em Funções

Públicas por Tempo

Indeterminado

Comissão de

Serviço no

âmbito da LVCR

Avença Tarefa Total

Dirigentes Superiores - - 9 - - 9

Dirigentes Intermédios - - 35 - - 35

Técnico Superior - - 143 - 27 - 170

Assistentes Técnicos - - 272 - - - 272

Assistentes Operacionais - - 57 - - 3 60

Informática - - 8 - - - 8

Docentes - - 2 - - - 2

Inspector do Trabalho 253 149 - - - - 402

TOTAL 253 149 482 44 27 3 958

50,31% 4,59% 2,82% 0,31%41,96%

Page 202: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

201

2.3. Efectivos por Unidade Orgânica e Cargo/Carreira

Quadro n.º 2 – Distribuição de efectivos, por unidade orgânica

Dirigentes

Superiores

Dirigentes

Intermédios

Técnico

Superior

Assistente

Técnico

Assistente

OperacionalInformático Docente

Técnico

InspecçãoTotal

UL Braga 1 7 6 5 13 32

CL Ave 1 2 6 3 12 24

CL Nordeste Transmont. 1 5 2 9 17

CL Grande Porto 1 14 20 3 28 66

UL Penafiel 1 3 4 12 20

CL Entre Douro Vouga 1 1 4 11 17

CL Alto Minho 1 1 8 10 20

CL Douro 1 1 7 8 17

UA CL Douro 2 5 7

Dir. Reg. Norte 1 8 3 1 1 14

Total 1 8 37 65 14 0 0 109 234

UL Viseu 1 4 9 14 28

CL Baixo Vouga 1 6 8 1 15 31

CL Beira Interior 1 1 5 1 8 16

UL Covilhã 6 10 16

CL Mondego 1 7 4 5 8 25

UA CL Mondego 2 1 10 13

CL Beira Alta 1 7 2 10 20

CL Lis 1 3 8 3 15 30

Dir. Reg. Centro 1 8 9

Total 1 6 29 49 13 0 0 90 188

UL Setúbal 1 6 9 12 28

CL Lezíria Médio Tejo 1 9 2 13 25

UA CL Lezíria Médio Tejo 5 1 1 9 16

CL Lisboa Oriental 12 23 4 31 70

CL Lisboa Ocidental 1 9 10

CL Oeste 1 6 1 9 17

UA CL Oeste 2 3 1 10 16

UL V.F. Xira 1 4 2 16 23

CL Península Setúbal 1 12 2 9 24

UL Barreiro 1 1 10 2 12 26

Dir. Reg. Lisboa Vale Tejo 1 6 3 10

Total 1 7 27 81 14 2 0 133 265

UL Litoral Baixo Alentejo 1 3 7 1 14 26

CL Alentejo Central 1 7 2 9 19

CL Alto Alentejo 1 4 1 8 14

Dir. Reg. Alentejo 1 1 2 4

Total 1 3 4 18 4 0 2 31 63

UL Faro 3 9 4 15 31

CL Portimão 1 1 4 1 11 18

Dir. Reg. Algarve 1 1 2

Total 1 1 5 13 5 0 0 26 51

DSAG 2 10 30 6 6 1 55

DSAAI 3 1 1 9 14

DSPSST 3 21 7 31

DAAJ 2 2 2 6

DID 1 6 3 10

DRI 1 1 1 1 4

Direcção 4 2 1 7

Total 4 10 41 46 7 6 0 13 127

TOTAL EFECTIVOS 9 35 143 272 57 8 2 402 928

Serviços Centrais

Direcção Regional do Norte

Direcção Regional do Centro

Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo

Direcção Regional do Alentejo

Direcção Regional do Algarve

Page 203: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

202

2.4. Segundo o Nível Etário

Gráfico n.º 2 – Efectivos segundo o nível etário por género

Média Etária Média Etária Homens Média Etária Mulheres

46,3 48,3 45,6

Quadro n.º 3 – Média Etária

A média etária da ACT é de 46,3 anos. Este valor, que no ano anterior era de 47,9 anos,

deve-se essencialmente à admissão dos novos inspectores do trabalho, conjugado com

as aposentações entretanto ocorridas.

10055

XEfectivos

anosEfectivos entoEnvelhecimdeÍndice 29%

Do total de efectivos da ACT, 49,7% tem idade superior à média etária e 29% têm 55

ou mais anos de idade.

0

5

13

37

47

23

35

62

23

8

0

25

68

121

106

90

81

137

43

4

MHNíveis Etários

65 - 69...................................................................

60 - 64...................................................

55 - 59........................

50 - 54...............................................

45 - 49.....................................................

40 - 44......................................

35 - 39..............................................

30 - 34...............................................................

25 - 29.........................................................................

18 - 24 ................................................................................

Page 204: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

203

Registou-se, em geral, uma subida da média etária das várias carreiras, excepto nos

inspectores do trabalho, cuja causa essencial é o número de admissões.

Nível Etário

Dirigente Superior 53,0

Dirigente Intermédio 47,2

Técnico Superior 46,1

Assistente Técnico 50,7

Assistente Operacional 52,5

Informático 43,5

Docente 40,5

Inspector do Trabalho 43,0

Quadro n.º 4 – Média etária por cargo/carreira

As carreiras de inspector do trabalho têm:

Uma das médias etárias mais baixas, de 43,0 anos, diminuindo 5 anos

relativamente ao ano anterior;

22,4% idade superior a 55 anos;

A média etária dos novos inspectores é de 33,8 anos.

A carreira técnica superior tem:

Uma média etária de 46,1 anos, aumentando 5 anos relativamente ao ano

anterior;

22,4% idade superior a 55 anos.

A carreira de assistente técnico tem:

Uma média etária de 50,7 anos;

42,3% idade superior a 55 anos.

A carreira de assistente operacional tem:

Uma média etária de 50,7 anos;

43,9% idade superior a 55 anos.

Page 205: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

204

Quadro n.º 5 – Média etária por Unidade Orgânica

2.5. Segundo o Nível de Antiguidade na Função Pública

Gráfico n.º 3 – Efectivos segundo a antiguidade na FP, por género

Direcção Regional do

NorteMédia Etária

Direcção Regional do

CentroMédia Etária

Direcção Regional de Lisboa e

Vale do TejoMédia Etária

UL Braga 46,9 UL Viseu 45,4 UL Setúbal 46,2

CL Ave 47,9 CL Baixo Vouga 49,6 CL Lezíria Médio Tejo 48,8

CL Nordeste Transmontano 43,7 CL Beira Interior 40,7 UA CL Lezíria Médio Tejo 45,9

CL Grande Porto 47,8 UL Covilhã 45,3 CL Lisboa Oriental 49,8

UL Penafiel 39,6 CL Mondego 46,8 CL Lisboa Ocidental 42,1

CL Entre Douro Vouga 44,0 UA CL Mondego 43,1 CL Oeste 44,7

CL Alto Minho 46,7 CL Beira Alta 48,2 UA CL Oeste 37,3

CL Douro 49,0 CL Lis 46,4 UL V.F. Xira 39,9

UA CL Douro 42,1 Dir. Regional Centro 47,4 CL Península Setúbal 48,5

Dir. Regional Norte 48,2 - UL Barreiro 45,4

- Dir.Regional Lisboa Vale Tejo 50,4

UL Litoral Baixo Alentejo 43,8 UL Faro 47,7 DSAG 48,5

CL Alentejo Central 46,0 CL Portimão 43,8 DSAAI 44,5

CL Alto Alentejo 47,8 Dir. Regional Algarve 38,0 DSPSST 46,3

Dir. Regional Alentejo 43,0 - - DAAJ 46,3

- - - - DID 52,0

- - - - DRI 48,3

Direcção Regional do

AlentejoMédia Etária Média Etária Média Etária

Direcção Regional do

AlgarveServiços Centrais

128

101

91

70

47

52

86

97

3

26

34

35

15

20

28

54

35

6

00 - 05

05 - 09

10 - 14

15 - 19

20 - 24

25 - 29

30 - 35

35 - 39

40 - …

H M

Page 206: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

205

Antiguidade na FP (média)

Antiguidade na FP Homens (média)

Antiguidade na FP Mulheres (média)

19 21 18

Quadro n.º 6 – Antiguidade média na função pública

Considerando 928 efectivos 51% têm antiguidade superior à média e 30% têm 30 ou

mais anos de antiguidade na FP.

Antiguidade

(Média)

Dirigente Superior 28

Dirigente Intermédio 20

Técnico Superior 18

Assistente Técnico 26

AssistentesOperacional 20

Informático 19

Docente 16

Inspector do Trabalho 14

Quadro n.º 7 – Antiguidade média por cargo/carreira

2.6. A Idade e a Antiguidade na Função Pública

60 ou mais anos (idade) e 35 ou mais anos (serviço)

60 ou mais anos (idade) e com menos de 30 anos

(serviço)

Menos de 62 anos (idade) e 35 ou mais anos

(serviço)

Dirigente Intermédio 1 1 4

Técnico Superior 4 2 12

Assistente Técnico 21 3 70

Assistente Operacional 6 6 4

Informático 0 0 0

Inspector do Trabalho 8 3 31

TOTAL 40 15 121

Quadro n.º 8 – A idade e antiguidade cargo/carreira

Page 207: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

206

De referir que em alguns casos não está contabilizado o tempo de serviço militar, que

acresce ao tempo de serviço na Função Pública, pelo que os valores apresentados

poderão ser um pouco superiores.

2.7. Segundo o Nível de Habilitações

Gráfico n.º 4 – Percentagem de efectivos segundo o nível habilitacional, por género

Verifica-se que cerca de 56% do total de efectivos da ACT, têm licenciatura, tendo

este valor aumentado face a anos anteriores (2009 – 56%, 2008 – 49% e 2007 - 47%),

seguindo-se os efectivos com 12 anos de escolaridade (14%) e com 9 anos de

escolaridade (12%), sendo diminuta a taxa de escolaridade inferior a 4 anos, com

valores inferiores a 0,1%.

100XGlobaisEfectivos

Bach.Licen.Mest.Doutor.Superior FormaçãodeTaxa 57%

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00

< 4 anos

4 anos

6 anos

9 anos

11 anos

12 anos

Bach.

Licenc.

Mestrado

%

H M

Page 208: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

207

Quadro n.º 9 – Habilitações por cargo/carreira

2.8. Movimentos

2.8.1. Saídas

Quadro n.º 10 – Total de saídas de efectivos

globais por cargo/carreira

100XGlobaisEfectivos

SaídasSaídasdeTaxa 11%

Durante o ano de 2009 ocorreram 110 saídas.

Dirigente intermédio:

1 por aposentação

3 cessação de substituição

Técnico Superior:

11 por aposentação

12 concurso para a carreira de inspector do trabalho

1 fim de mobilidade interna

1 para exercício de cargo dirigente em outro

Assistente Operacional:

10 por aposentação

1 falecimento

1 licença sem vencimento

Inspector do Trabalho:

11 por aposentação

1 por falecimento

1 concurso para outro serviço

1 desistência de estágio

< 4 anos 4 Anos 6 Anos 9 Anos 11 Anos 12 Anos Bacharelato Licenciatura Mestrado Total

Dirigente Superior 9 9

Dirigente Intermédio 33 2 35

Técnico Superior 3 3 4 129 4 143

Assistente Técnico 8 25 68 60 101 1 9 272

Assistente Operacional 1 18 9 20 1 8 57

Informático 2 2 3 1 8

Docente 2 2

Inspector do Trabalho 21 31 17 2 316 15 402

TOTAL 1 26 34 111 97 132 7 499 21 928

Saídas

Dirigente Superior 0

Dirigente Intermédio 4

Técnico Superior 26

Assistente Técnico 28

Assistente Operacional 12

Informático 0

Docente 1

Inspector do Trabalho 14

Avença 25

TOTAL 110

Gráfico n.º 5 – Motivo de saídas

51%

2%5%

20%

22%

Aposentação Falecimento Fim de mobilidade

Outros Motivos Avença

Page 209: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

208

serviço

1 para exercício de funções em Gabinete Ministerial

Assistente Técnico:

24 por aposentação

2 fim de mobilidade

1 concurso para outro serviço

1 mobilidade especial

Docente:

1 fim de mobilidade interna

2.8.2. Entradas

Quadro n.º 11 – Entradas por cargo/carreira

100XEfectivos

EntradasEntradasdeTaxa 18%

2-9. Promoção, Mudança de Nível Obrigatório e Procedimento Concursal

Promoções Mudança de

Nível/Escalão Obrigatória

Total

Técnico Superior 4 4

Assistente Técnico 9 9

Assistente Operacional 8 8

Inspector do Trabalho 10 10 20

TOTAL 10 31 41

Quadro n.º 12 – Número de Promoções e Mudanças de Nível/Escalão

100XEfectivos

PromoçõesPromoçõesdeTaxa 1,08 %

100XEfectivos

N/E MudançalãoNível/Esca de Mudança de Taxa 3,34%

Procedimento

Concursal

Mobilidade

Interna

Comissão de

ServiçoCEAGAP Regresso Total

Dirigente Superior 0

Dirigente Intermédio 1 1

Técnico Superior 2 1 1 4

Assistente Técnico 10 1 11

Assistente Operacional 0

Informático 0

Docente 0

Inspector do Trabalho 150 1 1 152

TOTAL 150 13 1 1 3 168

Page 210: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

209

Procedimentos concursais abertos Lugares a concurso

Técnico Superior 4 103

Assistente Técnico 3 58

Informático 1 1

Inspector do Trabalho 1 10

TOTAL 9 172

Quadro n.º 13 – Número de procedimentos e lugares a concurso

2.10. Efectivos com Deficiência

Homens Mulheres

Total % do Total de

Efectivos

Trabalhadores Deficientes

3 21 24 2,6%

Quadro n.º 14 – Número de Efectivos com Deficiência

Page 211: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

210

3. Horários 3.1. Modalidades de Horário

Gráfico n.º 6 – Percentagem de efectivos por horário praticado

Nos Serviços Regionais o horário é rígido. Nos postos de atendimento da Loja do Cidadão o trabalho é em regime de turnos. Nos Serviços Centrais o horário é flexível.

73%

9%4%3%

6%

5%

Horário Rígido Horário Flexível Horário Desfasado Jornada Contínua Isenção de Horário Turno

Page 212: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

211

4. Trabalho Extraordinário 4

Em 2009 foram realizadas 13.907,5 horas de trabalho extraordinário,

verificando-se uma diminuição de cerca de 17% relativamente ao ano

anterior.

Relativamente ao total de horas extraordinárias realizadas:

Nomeados

o 58% é trabalho extraordinário diurno

o 22% é trabalho extraordinário nocturno

o 19,7% é trabalho extraordinário em dia de descanso

CTFP

o 25% é trabalho extraordinário 1ª hora

o 44% é trabalho extraordinário outras horas

o 30% é trabalho extraordinário em dia de descanso

Gráfico n.º 7 – Número de horas de trabalho extraordinário em 2009, por carreira e segundo o tipo de hora

Considerando o total de 928 efectivos, em média, cada trabalhador realizou cerca de

15 horas de trabalho extraordinário, o que corresponde a cerca 2 dias de trabalho,

por efectivo/ano.

4 O trabalho extraordinário inclui o trabalho em dia de descanso semanal, complementar e feriados.

2.353,0

900,5

311,0 7,0

91,0

1248,0854,0

459,5

6,5

93,0

1966,0

1825,0

800,5

485,5

14,0

469,0

1861,0

163,0

Inspector Tecnico Superior Docente Informatica Ass. Técnico Ass. Operacional

Diurnas (Nomeação) Nocturnas (Nomeação) 1ª H (CTFP) Outras Horas (CTFP) Dias de descanso

Page 213: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

212

5. Absentismo

Gráfico n.º 8 – Número de dias de ausência

O ano de 2009 teve 249 dias úteis de trabalho (Potencial Máximo Anual - PMA)5, o

que se traduz num total de 207.721 dias de trabalho, atendendo aos 928 efectivos da

ACT a 31/12/2009.

Registou-se um total de 19.228,5 dias de ausências, pelo que, em média cada

trabalhador faltou 20,7 dias/ano.

Taxa de Absentismo 6

Taxa de Absentismo

Homens

Taxa de Absentismo

Mulheres

Número de dias de ausência em

média

9,26% 4,91% 10,88% 20,7

Quadro n.º 15 – Taxa de absentismo e número de dias de ausência em média

5 PMA é o número de dias que teoricamente foram trabalhados na ACT, tendo em conta o período normal de

trabalho efectuado pelos 928 efectivos, nos dias úteis do ano (excluindo as férias, feriados e tolerâncias oficiais). 6 Taxa de Absentismo (TA) = (Total de dias de ausência (TDA) / Potencial Máximo Anual (PMA) ) X 100.

12.544,0

2.038,5

747,0 567,5 898,0

173,00,0

2.243,5

Page 214: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

213

Taxa de Absentismo

Dirigente 2,16%

Técnico Superior 11,49%

Assistente Técnico 12,43%

Assistente Operacional 13,44%

Informático 7,67%

Inspector do Trabalho 6,64%

Quadro n.º 16 – Taxa de absentismo por Cargo/Carreira

O tipo de ausência mais significativo foi a doença em que 312 efectivos

(33,62% dos 928 efectivos) faltaram 12.544 dias (65% do total de

ausências).

Do total de faltas dadas por doença, 10.923 dias foram dadas por efectivos

femininos e 1.621 dias por efectivos masculinos.

Relativamente aos efectivos que apresentaram ausências por doença, 90 tiveram

mais de 30 dias. De salientar que durante o ano de 2009 um total de 6 efectivos

registou mais de 300 dias de ausência por doença.

Gráfico n.º 9 – Número de dias de faltas por doença/mês

Os meses com maior número de dias de doença foram os de Janeiro (1.176),

Fevereiro (1.091), Março (1.298) e Novembro (1.095), que ultrapassaram a média

mensal de faltas por doença (1.044,5).

0

500

1.000

1.500

2.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

dias

média mensal faltas/doença

n.º dias faltas/doença/mês

Page 215: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

214

6. Formação

Número de acções de formação/Duração da acção

< a 30 h 30h a 59 h 60h a 119 h >120 h Total

Interna 36 10 20 66

Externa 9 1 10

Total 45 10 20 1 76

Quadro n.º 17 – Número de acções de formação, por duração da acção

Durante o ano 2009 verificou-se um aumento do volume de horas de

formação, (face ao número de horas de formação de 2008 que foi de

45.864), tendo os efectivos da ACT realizado o total de 297.693 horas de

formação.

Este aumento substancial deve-se ao volume de horas de formação

ministradas aos novos inspectores do trabalho, que representam 96,7% do

total de horas de formação.

Quadro n.º 18 – Número de horas de formação, por Cargo/Carreira

Internas Externas Total

Dirigente Superior 268 7 275

Dirigente Intermédio 1.327 1.073 2.400

Técnico Superior 1.855 106 1.961

Assistente Técnico 869 18 887

Assistente Operacional 72 72

Informático

Docente

Inspector do Trabalho 292.083 15 292.098

Total 296.474 1.219 297.693

Page 216: No período em avaliação, a ACT desenvolveu actividades de

215

100XEfectivos

tesparticipandeTotal formação em ãoparticipaç de Taxa

7.Encargos com pessoal

Gráfico n.º 10 – Encargos com pessoal

O total de encargos com pessoal no ano de 2009 foi de € 25.688.837,27 o que

representou 54,63% do total do orçamento da ACT.

1,5%

12,3%0,5%

78,4%

6,6%

0,7%

Ajudas Custo Outras Prest. Sociais Remuneração Sup. Func. Insp. Trab. Extraordinário

39%