no mundo da publicidade infantil - abap

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No mundo da publicidade infantil Pais e mães de 50 países falam sobre a propaganda na vida de seus filhos

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  • No mundoda publicidade infantilPais e mes de 50 pases falam sobre a propaganda na vida de seus fi lhos

  • 2

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    3

    ana ziviani, chile

    nomundodapublicidadeinfantil.indd 3 07/03/14 19:39

  • famlia de marcos lombello, china

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    5

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  • 6

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    7

    vanessa ribeiro mohtadi, espanha

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  • 888

    renata cezar, sucia

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    999

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  • 10

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    11

    ana paula medeiros, canad

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  • 121212

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    131313

    renata cinelli, tailndia

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  • 14

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    15

    thais gracia, holanda

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  • 16

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    17

    sut-mie guibert, bolvia

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  • 18

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    No mundoda publicidade infantilPais e mes de 50 pases falam sobre a propaganda na vida de seus fi lhos

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  • 20

    abap associao brasileira de agncias de publicidade

    Rua Pedroso Alvarenga, 1208 8 andar Itaim Bibi

    04531-004 So Paulo sp

    (11) 3074 2160

    presidente nacional

    Orlando Marques publicis brasil

    vice-presidente de relaes institucionais

    Armando Strozenberg havas worldwide rio comunicaes

    vice-presidente de relaes governamentais

    Bob Vieira da Costa nova s/b comunicao

    vice-presidente de gesto de agnciase relaes com o mercado

    Antnio Lino Pinto talent comunicao e planejamento

    vice-presidente de assuntos regionais

    Severino Queiroz Filho ampla comunicao

    diretor executivo

    Decio Vomero

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    21

    diretor para assuntos legais

    Antnio Fadiga fischer amrica comunicao total

    diretor de relaes interassociativas

    Otto de Barros Vidal Jniorppr - profissionais de publicidade reunidos

    diretor administrativo financeiro

    Paulo Zoega qg comunicao s/a

    diretor regional sudeste

    Clvis Speroni agncia 3 comunicao

    diretora regional norte/nordeste

    Eliziane Colares advance comunicao

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  • Apresentao 25

    Carta do presidente 37

    frica do Sul 42

    Alemanha 46

    Argentina 60

    Aruba 68

    Austrlia 72

    ustria 82

    Blgica 88

    Bolvia 95

    Canad 100

    Chile 110

    China 120

    Cingapura 128

    Colmbia 134

    Coreia do Sul 138

    Costa Rica 142

    Crocia 146

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    Kuwait 286

    Marrocos 290

    Mxico 294

    Moambique 300

    Noruega 304

    Nova Zelndia 314

    Peru 318

    Polnia 332

    Portugal 336

    Sua 340

    Sucia 346

    Tailndia 352

    Taiwan 356

    Uruguai 360

    Venezuela 366

    Vietn 372

    Dinamarca 152

    Emirados rabes 158

    Esccia 162

    Espanha 166

    Estnia 172

    Estados Unidos 176

    Finlndia 206

    Frana 210

    Grcia 216

    Holanda 226

    Hungria 234

    Ilha de Malta 240

    ndia 246

    Inglaterra 252

    Irlanda 258

    Islndia 262

    Itlia 268

    Japo 276

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  • 24

    edio Rachel Campello

    produo

    Medialogue Digital

    projeto grfico

    Danilo de Paulo

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    25

    Apresentao

    Para fazer esta publicao foram entrevistados mais de

    cem pais e mes brasileiros, em 50 pases, no segundo

    semestre de 2013. O trabalho faz parte da campanha

    Somos Todos Responsveis somostodosresponsaveis.

    com.br, promovida pela Associao Brasileira de

    Agncias de Publicidade (abap).

    Todos foram convidados a falar sobre a publicidade

    dirigida para crianas nos lugares onde vivem e a

    estabelecer comparaes com o Brasil. As entrevistas

    foram realizadas por e-mail. Os pais foram informados

    dos objetivos e argumentos defendidos pela campanha.

    A campanha Somos Todos Responsveis posiciona-se

    favoravelmente publicidade dirigida s crianas, dentro

    de um modelo rigidamente regulado e fiscalizado.

    Entre os pases listados, foram escolhidas

    realidades diferentes. Alguns, muito abertos em relao

    a propaganda, outros bem menos, como o Marrocos.

    Um dos principais objetivos dessas entrevistas foi

    identificar as diferentes formas e linguagens usadas

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  • 26

    pela propaganda, os limites impostos por cada pas

    e, naturalmente, as impresses dos pais sobre a

    convivncia de seus filhos com a propaganda. Este

    levantamento teve preocupao especial com a

    pluralidade dos depoimentos. O leitor no encontrar

    vrias referncias crticas sobre a propaganda.

    somos todos responsveis, a campanhaA Campanha Somos Todos Responsveis uma iniciativa

    da Associao Brasileira de Agncias de Publicidade

    (abap) para ampliar o debate sobre o papel da publicidade

    na vida das crianas, convidando a todos, especialmente

    pais e mes, a conhecer fatos, diferentes pontos de vista,

    as experincias e as opinies de especialistas e de pessoas

    comuns sobre o assunto. Este um tema que est sendo

    discutido no mundo todo e comea a ganhar relevncia

    tambm aqui no Brasil.

    Ns reconhecemos o poder de persuaso da

    publicidade, acreditamos que o assunto tem a maior

    importncia e precisa ser amplamente discutido, sem

    radicalismos. As pessoas esto preocupadas com

    problemas como a obesidade e o consumismo. A iniciativa

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    27

    desta campanha sinaliza que a propaganda est disposta

    a participar abertamente da discusso.

    Proibir a propaganda no resolve. No acreditamos

    em passes de mgica e lembramos que vrias ideias

    bem-intencionadas resultaram em interferncias brutais

    na vida das pessoas. Acreditamos que precisamos

    trabalhar juntos para aprimorar o que for preciso, decifrar

    os desafios das mdias em uma era de transformaes

    e evitar retrocessos. Nosso caminho o do dilogo, da

    liberdade, da responsabilidade e da educao.

    somos todos responsveisEm quase dois anos, a campanha j produziu uma

    contribuio expressiva. Publicou mais de 220 vdeos

    com depoimentos de pais, mes e especialistas, que

    foram convidados a falar sobre crianas e propaganda

    sob diversas perspectivas. Ouvimos pedagogos, artistas,

    jornalistas, empresrios, lderes de ongs, ministros de

    Estado, personalidades e publicitrios que acreditam que

    a propaganda feita com responsabilidade, observando-se

    as diversas regras que regulamentam o setor, pode ter um

    papel positivo na vida das crianas.

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  • 28

    A campanha tambm reuniu cerca de 30 mil pessoas

    em seus canais na internet e nas redes sociais para discutir

    como a publicidade interage com as crianas. At agora,

    mais de um milho de pessoas j se engajaram na discusso,

    tambm deixando seus comentrios e suas dvidas.

    Com base nos milhares de dvidas deixadas nos

    canais sociais da campanha, foram criadas cinco cartilhas

    (podem ser obtidas aqui no somostodosresponsaveis.

    com.br) com respostas e consideraes sobre as questes

    levantadas. Um livro com a ntegra dos depoimentos

    publicados pela campanha tambm est disponvel para

    download gratuitamente no site da campanha.

    Publicitrios,a publicidade

    e as crianasO que preciso saber.

    O que d para fazer.

    Jornalistas,a publicidade

    e as crianasO que preciso saber.

    O que d para fazer.

    As leis, a publicidade

    e as crianasO que preciso saber.

    O que d para fazer.

    Educadores,escolas,

    a publicidadee as crianas.

    O que preciso saber.O que d para fazer.

    conhea tambm

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    29

    Uma segunda fase da campanha foi iniciada

    em agosto de 2013. Mais de 20 importantes entidades

    representativas da indstria de comunicao declararam

    apoio formal campanha, entre elas a Associao

    Brasileira de Anunciantes (aba), Associao Brasileira

    de Emissoras de Rdio e Televiso (abert) e Associao

    Brasileira de Propaganda (abp), e ainda de ongs, como

    o Instituto Palavra Aberta. Alm disso, foram realizados

    dois importantes estudos. Um deles este levantamento

    sobre os principais motivos que levam um anncio

    a ser questionado perante o Conselho Nacional de

    Autorregulamentao Publicitria (Conar), que tem

    As leis, a publicidade

    e as crianasO que preciso saber.

    O que d para fazer.

    Educadores,escolas,

    a publicidadee as crianas.

    O que preciso saber.O que d para fazer.

    Pais, mes,a publicidade

    e as crianasO que preciso saber.

    O que d para fazer.

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  • 30

    o objetivo principal de orientar os profissionais de

    propaganda sobre essa questo. Um segundo, em fase

    de concluso, entrevistou mes em mais de 50 pases

    a fim de obter suas impresses sobre a influncia da

    propaganda na vida das crianas em diversos cenrios.

    A campanha segue seu caminho na orientao desse

    debate com uma posio clara de que a simples proibio e

    o isolamento do pblico infantil informao publicitria

    no so as melhores escolhas. No mundo de hoje, as

    crianas nascem rodeadas pela mdia. No s a tv, o rdio,

    os jornais, as revistas, estes, objeto de antigas discusses.

    H temas novssimos para ser discutido. Existem telas em

    elevadores, computadores esto se tornando equipamentos

    universais. Anncios publicitrios so veiculados em

    videogames, mensagens esto circulando em e-mails e

    redes sociais. Estamos em um mundo de promoes e de

    marketing. H mais de 240 milhes de celulares, sendo que

    37 milhes so smartphones, usados para envio de e-mails,

    vdeos e acesso a redes sociais. Podemos acabar com tudo

    isso? Sabemos que no. A publicidade uma das peas

    dessa rede, e analis-la de forma isolada provavelmente

    resultar em concluses equivocadas.

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    31

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  • 32

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    33

    elis artz, estados unidos

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  • 34

    diovana magalhes, frica do sul

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    35

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  • 36

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    37

    Vrias culturas, preocupaes semelhantes

    A campanha Somos Todos Responsveis foi criada para

    contribuir com a discusso sobre a publicidade dirigida

    s crianas com a apresentao de fatos, informaes

    e opinies sobre o tema. J publicamos centenas de

    depoimentos de pais, mes e especialistas. Tambm

    produzimos um estudo detalhado sobre os erros mais

    comuns cometidos pelas agncias quando se dirigem

    ao pblico infantil e editamos uma srie de cartilhas

    que respondem s principais dvidas deixadas pelos fs

    de nossa pgina no Facebook. Esta publicao mais

    uma contribuio que visa a enriquecer o debate sobre

    a influncia da propaganda na formao das crianas.

    Desta vez, fizemos um amplo levantamento jornalstico

    para identificar pais e mes em mais de 50 pases com

    culturas e leis diferentes sobre a propaganda. Realizamos

    mais de cem entrevistas para descobrir como seus

    filhos se relacionam com a propaganda e como veem

    a influncia da publicidade na vida de seus filhos e o

    papel desempenhando pelo Estado. Curiosamente, os

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  • 38

    relatos apresentados aqui guardam muitos pontos de

    convergncia: a preocupao dos pais com a influncia

    da propaganda generalizada, o papel da famlia para

    ajudar as crianas a lidar com o assunto foi destacado

    pela maioria e poucos defenderam a proibio da

    propaganda como uma sada. Os depoimentos tambm

    mostram que os pais no se consideram vtimas. Eles

    se dizem preparados para lidar com este assunto e se

    mostram muito ativos neste papel, no atribuindo

    toda a responsabilidade da formao de suas crianas

    ao que estas veem na mdia. Tambm importante

    ressaltar que os depoimentos so geralmente crticos

    sobre a propaganda e preocupados com o papel, cada

    vez mais forte, da mdia na vida de todos ns. Esta uma

    mensagem importante que deve ser ouvida por todos os

    envolvidos.

    Em resumo, os depoimentos que voc vai ler aqui reforam

    uma tese que temos sustentado h muito tempo: a

    interferncia da publicidade na vida das crianas um

    assunto que preocupa e que exige um envolvimento de

    toda a sociedade para que essa relao seja mantida em

    um nvel saudvel. O leitor ainda poder ver que o Brasil

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    est em uma posio avanada nesta discusso quando

    comparado a outros pases. Aqui, temos um conjunto de

    leis e instituies que vm se mostrando eficientes para

    limitar abusos. Avanamos, mas os desafios pela frente

    so grandes e no existem solues simples para a questo.

    Nisso podemos dizer que concordamos com pais e mes do

    mundo todo.

    Orlando Marquespresidente da abap

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  • 40

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  • 42

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    43

    frica do Sul

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    45

    Alessandra Ribeiro Macedo,

    tradioMeu filho no assiste tv, mas sofre influncia principalmente em relao a produtos industrializados da famlia do meu marido, das funcionrias da creche que frequentae das mes dos amiguinhos.

    atores negros apenasA particularidade mais gritante na publicidade infantil da frica do Sul a presena, apenas, de crianas negras. Dificilmente voc v outras etniasnos comerciais.

    dona de casaUm filho de 1 ano

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  • Alemanha

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  • 48

    A questo do consumo algo que

    deve ser ensinado pelos pais.

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    49

    A questo do consumo algo que

    deve ser ensinado pelos pais.

    julia rehrl, alemanha

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  • 50

    Deise Domingues, dona de casaUm filho de 11 anos e uma filha de 3 anos

    a presena da publicidadeA publicidade fundamental para as empresas maximizarem suas vendas e igual em qualquer pas. Ela est presente em todos os lugares, e no somente na televiso. Aparece em revistas, nas ruas, nas escolas. Como a Alemanha um pas seguro, as crianas andam mais sozinhas. E nas ruas no podemos controlar o que elas veem. A nica forma de evitarmos algum excesso por meio do dilogo aberto entre pais e filhos.

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    51

    dona de casaDuas filhas, de 12 e 4 anos

    Elisngela Dhring,

    o papel dos pais claro que as crianas ficam felizes ao ganhar um produto que apareceu em uma propaganda. Mas quem precisa impor este limite de querer, precisar e merecer so os pais. Na minha casa, colocamos este limite de acordo com a nota escolar e os deveres de casa e, acima de tudo, conforme nosso oramento permite.

    o pblico certoEm alguns canais, a quantidade de propagandas parece ser maior do que a prpria programao. Mas o que acho interessante exibirem propagandas direcionadas ao pblico dos programas. Ou seja, propagandas para adolescentes aparecem durante a programao de adolescentes.

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  • 52

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    53

    elisngela dhring, alemanha

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  • 54

    Quem precisa impor o limite de querer, precisar

    e merecer soos pais.

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    Quem precisa impor o limite de querer, precisar

    e merecer soos pais.

    elisngela dhring, alemanha

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  • 56

    Julia Rehrl,gerente de projetos de internetDuas meninas, de 5 e 3 anos, e grvida do terceiro filho

    o poder dos paisAcredito que o problema maior na publicidade seja a propaganda de produtos e servios inadequados para crianas. Mas a questo do consumo algo que deve ser ensinado pelos pais. So eles que devem educar as crianas para viver neste mundo cheio de opes e tomar decises corretas e melhores. importante que os pais acompanhem o que os filhos veem na televiso, seja programas ou publicidade, e sejam capazes de dizer no e de explicar que a publicidade no justifica a compra do produto.

    a coernciaAlguns tipos de publicidade me preocupam. Por exemplo, aquelas que mostram alimentos com muito acar ou gordura e apresentada por um jogador de futebol, que suponho ter uma alimentao saudvel. Mas, se me irrito, cabe a mim mudar o canal.

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    57

    hotelariaUma menina de 5 anos e um menino de 10 anos

    Morgania Httinger,

    o papel da publicidadeA publicidade til na comunicao e, certamente, influencia as crianas. Portanto, os pais devem ser bem orientados a colocar limites e regras. Seria bom se a publicidade tivesse o papel de orientar as crianas a buscar cultura e livros, e no induzi-las a ser futuras consumistas. No Brasil, que um pas que passa por cima das leis, o uso abusivo de propagandas acaba influenciando famlias sem orientao situao que na Europa mais controlada.

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    A publicidade til na

    comunicao.

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    A publicidade til na

    comunicao.morgania httinger, alemanha

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    Argentina

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  • 62

    A programao infantil como um todo me

    preocupa, no tanto a publicidade dirigida

    s crianas.

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    A programao infantil como um todo me

    preocupa, no tanto a publicidade dirigida

    s crianas.herbert santos, argentina

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  • 64

    Herbert Santos,

    a programaoMinha filha assiste bastante televiso, tanto canais pagos quanto abertos. A programao infantil como um todo me preocupa, no tanto a publicidade dirigida s crianas. Nossos filhos crescem acostumados com o jeito norte-americano, que muitas vezes, parece ser o nico.

    designerUma menina de 10 anos

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    65

    Tany Fernandes,

    alimentos e brinquedosAs propagandas, normalmente, aparecem no fim dos programas. A maioria de brinquedos, mas nada apelativo ou com uma megaproduo. H, tambm, propaganda de alimentos, porm menos que no Brasil, embora similares.

    a qualidade da propagandaNo me preocupo com a publicidade desde que seja verdadeira e apropriada para a faixa etria. O mercado infantil muito grande e, infelizmente, as crianas so muito consumistas.

    editora de modaUma filha de 15 anos e um menino de 8 anos

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  • 66

    No me preocupo com a publicidade desde que seja

    verdadeira e apropriada para cada faixa etria.

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    No me preocupo com a publicidade desde que seja

    verdadeira e apropriada para cada faixa etria.

    tany fernandes, argentina

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    Aruba

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  • 70

    Bel Kock-Allaman,

    a presena da publicidadeA publicidade nos canais infantis foi a minha motivao para tirar a tv a cabo de casa. Como em Aruba no existe tv aberta, minha filha assiste somente a vdeos e programas que baixo no computador. Mas impossvel tirar a publicidade da vida dela. Ela no exposta publicidade na internet e o acesso que tem controlado por mim. Infelizmente, no existe um controle de publicidade nas escolas.

    os brindesAs redes de fast-food do brindes assim como no Brasil, e os supermercados oferecem desgustao de produtos nos fins de semana. Eu no probo o consumo para no criar uma atrao, mas no incentivo.

    administradora de empresasUma menina de 6 anos

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    crianas na publicidadeEmbora muitos pais no percebam, a publicidade destinada a crianas muito importante aqui. Aruba uma ilha dominada por cadeias de fast-food, que usam crianas em suas propagandas sem nenhum critrio, e tem um dos maiores ndices de obesidade do mundo, superior ao americano. Existem cartazes na ilha com fotos de crianas comendo esses produtos.

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    Austrlia

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    Gisele Scantlebury,

    o foco da propagandaMinha filha assiste ao canal de tv estatal, que no tem publicidade de produtos e servios, e canais infantis pagos, que no tm anncio de comidas nem bebidas. No me importo com anncios de brinquedos. J explicamos a ela que no temos de comprar tudo o que aparece na tv. Observo que a publicidade aqui mais focada em atividades, servios e diverso para a famlia e em brinquedos, claro.

    o apeloA publicidade no Brasil nos pega pelo lado emocional, como os comerciais da Estrela, Caloi e at mesmo da Coca-Cola. A gente aprende o jingle, o slogan, e aquela propaganda vira uma lembrana da infncia. Na Austrlia mais comercial mesmo: mostram o brinquedo, o que ele faz e onde pode ser comprado.

    gerente de projetosUma menina de 3 anos

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    o controleOs australianos so muito cuidadosos com o que chega aos olhos das crianas. Se uma propaganda considerada ofensiva, organizaes fazem logo um protesto e a campanha tirada do ar. Alm disso, no permitem que alguns produtos sejam anunciados em determinados horrios.

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  • 76

    Priscila Ali,

    o consumoAtualmente, ainda no me preocupo com a publicidade. Mas acredito que, mais tarde, isso pode levar as crianas a um consumismo desnecessrio. No entanto, no vejo como um problema. Acho que o consumismo vem de dentro de casa. No vou proibi-lo de assistir tv, mas deixarei bem claro que presente tem hora e motivo para ganhar.

    a presena da publicidadeH muita propaganda que incentiva brincar ao ar livre e a fazer artesanato. Mas existem, tambm, revistas gratuitas, onde toda a publicidade voltada para crianas, como restaurantes com o apelo kids eat free, para atrair os pais.

    gerente de projetosUm menino de 3 anos e grvida do segundo filho

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    priscila ali, austrlia

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    O consumismo vem de dentro de

    casa.

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    priscila ali, austrlia

    O consumismo vem de dentro de

    casa.

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    ustria

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    Elisngela Valente,

    o papel dos paisMinha filha assiste ao canal de tv estatal, que no tem publicidade de produtos e servios, e canais infantis pagos, que no tm anncios de comida ou bebida. No me importo com anncios de brinquedos. J explicamos a ela que no temos de comprar tudo o que aparece na tv. Observo que a publicidade aqui mais focada em atividades, servios e diverso para a famlia e em brinquedos, claro.

    tv, o sossego dos paisNo sei como so as leis sobre este assunto na ustria, mas percebo que aqui os pais so mais preocupados com a alimentao dos filhos do que no Brasil. Por outro lado, vejo que muitos esto to interessados em suas carreiras que acabam deixando as crianas na frente da tv para ter sossego.

    mdicaUm menino de 1 ano

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    elisngela valente, ustria

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  • Blgica

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    Cludia Pereira da Silva,

    os desenhos do momento e a propaganda Ns assistimos a dois canais com propagandas voltadas para as crianas. Elas so apelativas de brinquedos, calados e alimentos infantis, nem sempre saudveis. Observo que so bem parecidas com as propagandas da minha poca no Brasil: com desenhos da moda, as empresas criam brinquedos, roupas e acessrios que influenciam as crianas a querer o que veem.

    o apelo no s na publicidadeCabe aos pais identificar e escolher a qualidade do contedo que oferecem aos filhos. Se no gosta de um canal, desligue a tv e busque outro incentivo visual. Eu fao vdeos dela e compro vdeos com msicas e personagens da cultura brasileira, o que tambm no deixa de ter publicidade, como o caso de Xuxa e A Galinha Pintadinha.

    formada em artes visuaisUma filha de 2 anos

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    cludia pereira da silva, blgica

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    Bolvia

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    Raquel Lima Miranda,

    a influncia dos colegas Existe muita publicidade na tv, mas h, tambm, bastante influncia dos colegas na escola. E ns conversamos muito com as crianas a respeito disso o que realmente necessrio e o que outras crianas simplesmente compram porque os pais se veem forados a comprar por conta da presso da mdia. Aqui em casa, tentamos manter o equilbrio entre o que as crianas veem na tv e o que realmente importante, educativo e necessrio.

    supervisora da embaixada dos eua em la pazTrs filhos, de 8 anos, 5 anos e 2 anos

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    Sut-Mie Guilbert,

    a publicidade dos canais estrangeiros Ns vemos a Rede Globo Internacional e outros canais estrangeiros, como Discovery Kids e Disney. Minha filha v repetidamente brinquedos e alimentos infantis. Mas, ainda bem, como so canais com publicidade estrangeira, muitas vezes, no conseguimos comprar o que mostram.

    a publicidade no prioridade A Bolvia um pas pobre, com outras prioridades. No vejo a publicidade como uma preocupao no momento.

    blogueiraDuas filhas, de 6 e 2 anos

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    Amigos da escola tambm exercem

    muita influncia.

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    raquel lima miranda, bolvia

    Amigos da escola tambm exercem

    muita influncia.

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    Canad

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    Ana Paula Medeiros,

    netflix Minhas filhas gostam de assistir tv. H dois meses, cancelamos a assinatura da tv a cabo e usamos apenas o Netflix. Um dos motivos foi justamente por no ter propagandas. Antes, com a tv a cabo, elas assistiam a canais americanos, que tm bastante publicidade, e sempre pediam tudo o que viam. Isso mudou muito desde que tiramos a tv.

    propagandas institucionais Quando tnhamos tv, via alguns canais canadenses e observava que a publicidade era basicamente institucional do canal, indicando outros programas da rede. J os canais americanos me pareciam bem mais comerciais.

    jornalistaDuas filhas, de 9 e 5 anos

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    Flvia Caurim,

    oportunidade para ensinar os filhos Minha filha assiste a canais pagos, com pouca publicidade, e programas especifcos que acessamos pela Apple tv e Netflix. Mas, s vezes, no temos como evitar que as crianas vejam programas destinados a adultos ou at canais estrangeiros, portanto, a publicidade infantil ou no no uma questo preocupante para mim, e sim uma oportunidade para ensinarmos nossos filhos a pensar criticamente sobre a mensagem veiculada.

    debates em pauta A pequena quantidade de propaganda nos canais infantis talvez seja fruto de debates anteriores acerca do tema. Debates sobre consumo de produtos alimentcios, com foco na obesidade infantil, esto sempre presentes.

    administradora de empresasUma filha de 2 anos

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    flvia caurim, canad

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    A publicidade uma oportunidade para

    ensinarmos nossos filhos a pensar criticamente sobre a mensagem veiculada.

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    A publicidade uma oportunidade para

    ensinarmos nossos filhos a pensar criticamente sobre a mensagem veiculada.

    flvia caurim, canad

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    Roberta Belmudes,

    brasil x canad A publicidade infantil deve ser algo importante aqui, pois comecei a reparar agora que na televiso no h propaganda de brinquedos. Acredito que deva ser proibida. J no Brasil, fico chocada com a quantidade de propaganda de brinquedos.

    empresriaDois filhos, de 19 meses e 4 anos

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    Suzana Pires,

    tv fechada Meu filho mais velho assiste a canais pagos, nos quais a publicidade basicamente da programao da emissora. Como o tempo que permito em frente tv pequeno, a publicidade no algo que me incomoda.

    a frmula da publicidade No vejo diferena entre a publicidade do Canad e a do Brasil. Nos canais infantis, a frmula a mesma: propaganda de brinquedos, comida para crianas. Todas sempre voltadas para o consumo. Eu fujo delas. E meu filho sempre acha que precisa de todos os carrinhos que aparecem na tv.

    estudanteDois filhos, de 1 e 3 anos

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  • Chile

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    Ana Ziviani,

    o consumo Acho dispensvel incentivar tanto o consumo em canais infantis. A publicidade deveria ser mais ldica, menos direta.

    designerUm filho de 3 anos

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    Priscila Costa Nagata,

    a escola No Chile, no h muitos programas nacionais para crianas. Ento, meus filhos veem canal pago internacional. Em tudo o que veem, h a publicidade dos produtos. E nas escolas as crianas sempre comentam o que est na moda. Alis, no Chile, tudo vira moda. As crianas ficam loucas com os ritmos de dana mais atrevidos que passam na tv.

    telefonistaQuatro filhos, de 12, 10, 9 e 4 anos

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    priscila costa nagata, chile

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    Marisa de Oliveira,

    o consumismo Existe muita publicidade na programao que meu filho acompanha. Aqui, fomenta-se o consumismo desde a mais tenra idade, em todos os nveis sociais. Com meu filho, o que fazemos mostrar limites e no deixar que ele caia nesta onda de consumismo desde pequeno. Tentamos ensin-lo outros valores, que ele tenha o necessrio e que lhe faz bem, porque o resto puro consumismo.

    preveno A publicidade destinada s crianas importante. Com ela, muitas tm a chance de reconhecer que certos eventos que acontecem podem ser considerados abusos. E as crianas esto mais conscientes de seus direitos de ser bem tratadas.

    empresriaUm filho de 4 anos

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    a economia No acho que o pas deveria ser mais rigoroso em relao publicidade. Ele faz a sua parte em trazer bens de consumo. Isto importante para a economia, faz parte do crescimento de uma nao. O que deveria haver uma mudana na cabea do chileno, que tudo o que v quer comprar. E, com isso, somos um dos pases mais endividados no planeta. com a educao que as pessoas aprendem a aproveitar o que de positivo existe na propaganda.

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    marisa de oliveira, chile

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    China

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    Daniella Barros,

    influncia positiva Meus filhos assistem a poucos canais com publicidade. Normalmente, as propagandas so de cds de msica infantil e dvds de msica. Mas me preocupo com a vontade que despertada na criana de ter as posturas e atitudes mostradas na tv. Em muitos casos, pode at ser uma boa influncia. Mas nem sempre.

    shoppings e supermercados Levo meus filhos a shoppings e supermercados, e eles querem e pedem tudo o que veem exposto nas lojas. Mas entendem quando explico que no podemos comprar tudo o que queremos, que h datas especiais para comprar.

    dona de casaTrs filhos, de 9, 3 e 1 ano

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    Marcos Lombello,

    foco na educao Na China, em geral, a propaganda menos erotizada, menos apelativa, mais ldica. O apelo mais voltado para a vantagem competitiva da educao. No sei se existem regras ou se algo cultural. As crianas passam de 12 a 16 horas, por dia, na escola, onde no permitido assistir tv. Alm disso, o chins acredita que a televiso faz mal aos olhos. Propaganda mais agressiva voltada para crianas no surtiria efeito aqui.

    professor universitrioDois filhos, de 22 e 2 anos

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    daniella barros, china

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    Patrcia Coelho,

    propagandas menos agressivas Como no Brasil, aqui existem propagandas voltadas para crianas, mas em menor nmero e menos agressivas. As coisas so mais pudicas, a cultura, em si, tende a reprimir qualquer comportamento fora deste padro, existem mais inocncia e mais respeito aos costumes. Acredito que deva haver rgos que fiscalizem a propaganda infantil, assim como fiscalizam tudo. De qualquer forma, o interesse geral aumentar as vendas.

    dona de casaDois filhos, de 17 e 13 anos

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    Cingapura

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    Ana Paula de Camargo,

    educao A publicidade uma questo importante. A educao dos filhos papel dos pais, mas a educao do cidado papel de todos. Em relao ao que eles podem ver, no proibimos nada. Ns optamos por estar por perto, sempre acompanhando-os. At agora, deu certo.

    estudanteDois filhos, de 13 e 15 anos

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    Ricardo Beninatto,

    publicidade branda A publicidade infantil aqui muito branda. Meus filhos assistem a canais como Disney Junior e Discovery Kids. Neles, a propaganda normalmente de outros desenhos, da programao da emissora e de parques temticos. Nos cinemas, h pouca publicidade infantil. Outdoors so proibidos. O nico meio de publicidade nas ruas via painis em nibus.

    bancrioDois filhos, de 7 e 2 anos

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    A publicidade uma questo importante na sociedade.

    A educao dos filhos papel dos pais, mas a educao do cidado papel de todos.

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    A publicidade uma questo importante na sociedade.

    A educao dos filhos papel dos pais, mas a educao do cidado papel de todos.

    ana paula de camargo, cingapura

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  • Colmbia

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    Anny Vasconcelos,

    influncias Minha filha adora assistir desenhos animados e filmes. Se deixar, passa a tarde na frente da tv. Por isso, permito apenas duas horas por dia. Ela gosta de Discovery Kids e do canal da Disney. Este ltimo tem muita publicidade da grade da programao, o que a faz preferir o outro. Mas ela canta os jingles de vrias propagandas, principalmente de bonecas. E tambm influenciada pelos amigos da escola, em relao aos brinquedos que pede.

    dilogo No probo minha filha de ver propaganda nos canais de tv nem deixo de lev-la a qualquer local onde possa ter os produtos dessas publicidades. Tenho um dilogo claro e direto com ela sobre o que necessrio e o que no precisa.

    dona de casaUma filha de 3 anos

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    consumismo Aqui na Colmbia, a publicidade muito agressiva, eles exageram tanto que chega a fazer parte da rotina. Por exemplo, o supermercado sempre d um jornalzinho com as promoes do dia e tem um exemplar s para brinquedos, roupas e acessrios infantis. Na poca do Halloween, a cidade tem tanta publicidade que chega a criar lixo visual. Mas isso tudo condiz com a sociedade local, que compra qualquer coisa que traga status.

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    Coreia do Sul

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    Lilian Souza Ventura,

    infantilizadas Vejo pouca publicidade voltada para criana aqui, a maioria de alimentos. Noto que so bem infantilizadas, sem maldade nem influncia consumista, chegando at a ser meio ridculasaos meus olhos.

    dona de casaUm menino de 4 anos

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  • Costa Rica

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    Ana Claudia da Fonseca Valente,

    presena da publicidade Meu filho assiste, geralmente, a canais pagos na tv, que tem publicidade massiva, de brinquedos e guloseimas. A cidade tambm tem muitos outdoors e existe propagandas em cinemas. H, ainda, a propaganda que os amiguinhos da escola fazem de seus brinquedos preferidos.

    proteo s crianas H uma grande preocupao em torno das crianas aqui. Existe um rgo para proteg-las, o que torna assuntos como bullying e maus-tratos bem frequentes.

    professora de portugusUm menino de 3 anos

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  • Crocia

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    Marlia Peixoto Coelho de Souza,

    brasil x crocia Ao entrar no site Somos Todos Responsveis e ler as cartilhas, percebo que h muita coisa acontecendo no Brasil e que h uma preocupao maior que a da Crocia quando o tema publicidade. Espero que, em breve, as coisas mudem por aqui tambm.

    orientao dos pais Acho que o maior exemplo em relao ao que deve ser consumido ou no precisa aparecer em casa. A exposio aos meios de comunicao e o contato com outras crianas fazem com que se queira consumir ou ter determinado brinquedo ou alimento. A comunicao com os pais essencial neste ponto.

    professora de histria e guia tursticaUma menina de 6 meses

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    Kelly Campos Kalebic,

    publicidade amena A publicidade aqui no nada agressiva, talvez por ter feito parte do comunismo, somente agora comea o capitalismo. Por isso amena. Levo meu filho a supermercados e lojas. Ele pede coisas e eu compro com moderao.

    guia tursticaUm menino de 4 anos

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    marlia peixoto, crocia

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    Dinamarca

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    Heloiza Helena Jorgensen,

    publicidade que educa Moro em um pas onde a maioria das propagandas voltada para o bem-estar e para a sade das pessoas. Elas deixam bem claro que devemos comer alimentos saudveis, fazer exerccios, no fumar nem beber lcool. No canal infantil que assinamos, tambm observo que existe a preocupao em educar, ensinar sobre animais e cuidados com a sade e at por que no legal zombar de outras crianas. No tenho do que reclamar da publicidade!

    faxineiraUma menina de 3 anos e um beb de 4 meses

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    Marilia Maciel,

    publicidade que educa A propaganda est em toda a parte e em diferentes doses. Nos canais aos quais meus filhos assistem h pouca publicidade. Aumenta perto do Natal, mas ainda assim menor que no Brasil. H, ainda, propagandas informativas sobre cultura, doenas sexualmente transmissveis, lcool e cigarro.

    engenheiraQuatro filhos, de 27, 19, 15 e 5 anos

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    helosa helena jorgensen, dinamarca

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    Emiradosrabes

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    Ana Claudia Mattei de Oliveira Ribeiro,

    brasil x emirados rabes Meus filhos assistem a dois canais infantis. Neles, a publicidade bem parecida com a do Brasil. No vejo distino. Nas ruas, vemos em outdoors propagandas de pasta de dente, teatros infantis, lojas de brinquedos e at menu infantil de McDonalds. Se fosse para um pblico adulto, a, sim, seria diferente, pois no haveria beijo, contato entre casais, roupas curtas afinal, estamos em um pas muulmano.

    gerente administrativaUma menina de 9 anos e um menino de 6 anos

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  • Esccia

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  • 164

    Andria Nobre,

    canais abertos No tenho televiso em casa. Meus filhos s veem o canal infantil da bbc, o CBeebies, que disponibilizado pelo computador. Nele, os comerciais so somente de programas infantis do canal. No h nem mesmo produtos relacionados aos programas. A publicidade infantil est nos canais abertos, pois o Reino Unido um lugar consumista.

    jornalistaDois meninos, de 5 anos e 4 meses

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    165

    Goretti Correa,

    influncia sob controle Existe pouca publicidade aqui, eu acho. Em outdoors e cinemas, superlimitado. Acho que est mais presente na internet. De qualquer forma, procuro fazer com que meu filho no sofra muita influncia da propaganda nem de amiguinhos da escola. Sempre o levo a lojas e supermercados e explico que no posso comprar tudo o que ele quer.

    empresriaUm menino de 5 anos

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 166 07/03/14 19:42

    Espanha

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  • 168

    Marina Simone Dias,

    publicidade infantil para os pais A publicidade influencia muito. As crianas passam a pedir produtos que nunca viram. A publicidade deveria ser dirigida aos pais, que podem comprar e tm condies de avaliar e julgar o produto, e no diretamente s crianas, que acreditam em tudo que o veem.

    arquitetaUm menino de 6 e uma menina de 2 anos

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    169

    Renata Penilhas,

    compramos o til Minhas filhas passam o dia na escola. No fim do dia, vamos a parques ou a aulas extracurriculares. Portanto, sobra pouco tempo para ver tv. Elas assistem a canais sem publicidade ou filmes em dvd. Na Espanha, no temos os dolos infantis, como Xuxa e companhia, no vejo outdoor nem a massificao para alienar as crianas. Mas lgico que quando minhas filhas veem um produto da Dora a Aventureira, elas o desejam. E, se for til, compramos.

    dona de casaDuas filhas, de 6 e 4 anos

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  • Vanessa Ribeiro Mohtadi,

    publicidade na internet A publicidade um assunto importante. Acho interresante abrir um pouco a discusso para no limitar somente publicidade de tv. Hoje existem muitas outras formas de se fazer propaganda, j que nossos filhos esto expostos aos muitos canais da internet, como Facebook, apps de tablets e smartphones, YouTube, cdigos de qr em produtos de supermercado que direcionam voc a uma pgina da Disney na qual possvel comprar tal produto. Um absurdo!

    relaes-pblicas e blogueiraUm filho de 3 anos e grvida

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  • Estnia

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 174 07/03/14 19:42

    175

    Denise Silva,

    infncia na rede Desde 2004, no assisto tv, e minha filha vai seguir o mesmo caminho. Ela assiste programas na internet via YouTube. Do pouco que j vi nos canais estonianos, no h propaganda de brinquedo, por exemplo. Noto, porm, crianas bem novas j usando iPad. E muitos pais se sentem forados a comprar, pois todo mundo tem. Isto faz parte da vida estoniana.

    cantoraUma menina de 2 anos

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 176 07/03/14 19:42

    Estados Unidos

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  • 178

    Gosto de ver as propagandas para saber as novidades

    de produtos.

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    patricia brum, estados unidos

    Gosto de ver as propagandas para saber as novidades

    de produtos.

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  • 180

    Izabella Iannotti,

    publicidade positiva Meus filhos assistem a canais pagos, que tm publicidade infantil, sim. Gosto muito do efeito positivo dos comerciais que ensinam sobre bullying nas escolas e outros tipos de violncia. A publicidade est presente em todos os lugares, ento questo de os pais filtrarem a quantidade de tempo permitida aos filhos na frente da tv.

    dona de casaDois meninos, de 9 e 6 anos

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    181

    Ana Rodrigues,

    A influncia da propaganda grande, mas no apenas na tv: est em outdoors, na internet, com os amigos na escola. Temos de saber lidar com isso e ensinar nossos filhos a conviver com este cenrio. As empresas querem vender e, de fato, existem muitos brinquedos interessantes e que estimulam o desenvolvimento. Mas ns, pais, temos de mostrar a eles como dosar o consumismo.

    dona de casaUm menino de 14 anos

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  • 182

    Gosto muito do efeito positivo dos comerciais que

    ensinam sobre bullying nas escolas e outros tipos

    de violncia.

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    Gosto muito do efeito positivo dos comerciais que

    ensinam sobre bullying nas escolas e outros tipos

    de violncia.izabella iannotti, estados unidos

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  • 184

    Cristiane Passarela,

    mensagens positivas At o momento, no considerei nenhuma publicidade ofensiva ou que trouxesse alguma mensagem negativa. Muito pelo contrrio. Meu filho adora escovar os dentes por causa de uma propaganda na qual aparecem crianas sendo incentivadas a escov-los. Ele nunca assiste tv sem superviso, e eu sempre converso sobre o que est passando.

    mais cidadania As propagandas voltadas para o pblico infantil nos eua utilizam crianas de diferentes etnias. Acho que este o papel da sociedade: tornar a criana um cidado livre de preconceitos, j que muitos pais no o fazem. Propagandas nas quais crianas de diferentes raas interagem de forma saudvel ensina a criana a perceber o outro, alm de enriquecer o sujeito em crescimento.

    tradutora e professora de idiomasUm menino de 2 anos

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    185

    Elis Artz,

    brasil x eua Noto que nos Estados Unidos, a propaganda infantil est mais voltada para a educao. Existe a preocupao de desenvolver uma educao paralela da escola. J no Brasil diferente. H uma verdadeira coao ou chantagem para a compra dos bens anunciados na tv.

    psicloga e musicistaUma menina de 4 anos

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  • 186

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    cristiane passarela, estados unidos

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  • 188

    Meu filho adora escovar os dentes por causa de

    uma propaganda na qual aparecem crianas sendo

    incentivadas a escov-los.

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    Meu filho adora escovar os dentes por causa de

    uma propaganda na qual aparecem crianas sendo

    incentivadas a escov-los.

    cristiane passarela, estados unidos

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  • 190

    Flvia Cruz,

    consumo desenfreado A publicidade exibida nos canais infantis me preocupa um pouco, pois em razo das diferenas culturais, no sou muito f do consumismo sem limites. Acho que, de certa forma, essas propagandas incentivam o pensamento de que tudo descartvel e refora a cultura do desperdcio, da reposio e da oferta quase ilimitada.

    outros recursos Os produtos no so anunciados apenas na tv. Eles so exibidos com bastante recursos visuais nas lojas, supermercados e farmcias. H estaes de produtos nas entradas e sadas e h sempre muitas ofertas e promoes em todos os lugares.

    supervisora de inventrioUma menina de 7 anos

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    191

    Melissa Lopes,

    publicidade educativa Hoje h publicidade voltada para uma alimentao saudvel. At os desenhos estimulam a ingesto de frutas, legumes e produtos naturais. Isto algo novo nos eua, onde sempre se estimulou o consumo de fast-food e alimentos muitos gordurosos. Parece que acordaram e esto se conscientizando que desde cedo que as crianas precisam criar hbitos saudveis.

    gerente trade lane managerUm menino de 18 meses

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  • 192

    As propagandas nos eua utilizam crianas de

    vrias etnias. Este o papel da sociedade: tornar a

    criana um cidado livre de preconceitos, j que muitos

    pais no o fazem.

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    As propagandas nos eua utilizam crianas de

    vrias etnias. Este o papel da sociedade: tornar a

    criana um cidado livre de preconceitos, j que muitos

    pais no o fazem.cristiane passarela, estados unidos

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  • 194

    Micki Mihich,

    programao direcionada A publicidade aqui bem mais agressiva, por isso optamos por assistir apenas o Netflix, com uma programao adequada a ele. Crianas so como esponjas e parte da cultura americana seguir tudo o que est acontecendo.

    a mdia como problema O maior problema aqui no a publicidade infantil, mas a mdia no geral, que apresenta uma imagem de sucesso como a coisa mais importante do mundo, o que gera monstruosidades como os concursos de miss infantis.

    jornalista e cineastaUm menino de 2 anos

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    195

    o excesso Nos cinemas, h 20 minutos de trailers antes de o filme comear. Ou seja, so 20 minutos de propaganda. Nos canais abertos, voc ver at cinco comerciais de carro no mesmo intervalo. As propagandas de remdios tambm abundam, e isso reflete no comportamento dos americanos, que tomam remdio para tudo.

    brasil x eua Os comerciais dos eua no apenas mencionam como mostram rtulos e produtos concorrentes sendo destrudos ou ridicularizados. Isto no permitido no Brasil, sendo considerado concorrncia desleal. Eu concordo. Mas na guerra da publicidade americana vale tudo.

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    micki mihich, estados unidos

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    O maior problema aqui no a publicidade infantil,

    mas a mdia no geral, que apresenta uma imagem de sucesso como a coisa mais importante do mundo.

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    O maior problema aqui no a publicidade infantil,

    mas a mdia no geral, que apresenta uma imagem de sucesso como a coisa mais importante do mundo.

    micki mihich, estados unidos

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  • 200

    Patricia Brum,

    por dentro das novidades Meus filhos assistem ao Netflix porque gostam de escolher os episdios dos desenhos. Quando assistem a algum canal que tem propagandas, eles no ficam mais consumistas. Mas no tenho problema com a publicidade. Muito pelo contrrio. At gosto de ver as propagandas para saber as novidades de produtos.

    dona de casaUm menino de 7 e uma menina de 2 anos

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    Patricia Stifelman Chapman,

    querer e no ter A educao das crianas papel dos pais, e no da televiso ou da publicidade. Penso que a criana deve aprender que existem muitas coisas que ela quer ter, mas que preciso esperar para ganhar ou at mesmo se frustrar ao no ganhar. Quando vou ao supermercado, meus filhos ficam loucos com alimentos que tm fotos de personagens nas embalagens. Mas eles sabem que, s vezes, vose frustrar.

    jornalistaUm menino de 2 anos e uma menina de 1

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  • 202

    A educao das crianas papel dos pais,

    e no da televisoou da publicidade.

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    A educao das crianas papel dos pais,

    e no da televisoou da publicidade.

    patricia stifelman chapman, estados unidos

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  • 204

    Raquel Reis,

    mais proteo O marketing de bens destinados s crianas praticamente considerado um direito constitucional fundamental j h algumas dcadas. O que no necessariamente nos livra das burlaes, mas definitivamente as tornam mais difceis e suas punies extremamente enrgicas. No entanto, aqui podemos ver e vivenciar o lado absurdo e capitalista da publicidade.

    executiva de marketingUma menina de 2 anos

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 206 07/03/14 19:42

    Finlndia

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  • 208

    Eduardo Domingues de Jesus,

    a diferena est na educao Aqui na Finlndia, a programao adulta e infantil enormemente controlada. A publicidade tambm como no mundo todo, mas regulamentada. A diferena que este um pas onde as crianas so to bem-educadas, que vo sozinhas, depois da escola, para bibliotecas, onde tambm existem educadores muito bem preparados para orient-las.

    gerente de desenvolvimento de tiUm menino de 9 e uma menina de 6 anos

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    209

    Eva da Silva,

    sem preocupao Os canais de tv a que meus filhos assistem no tm publicidade. Mas eles veem muita publicidade na internet, no YouTube. Meu filho de 7 anos autista e passa grande parte do tempo vendo publicidade e repetindo o que v nos anncios. No entanto, isto no me preocupa de maneira alguma. Sempre que possvel, vamos ao shopping, o que no quer dizer que compro o que vemos pela frente.

    brasil x finlndia Estou h 11 anos na Finlndia. E uma coisa que me chama a ateno que no Brasil vemos, em lojas, cenas de crianas rolando no cho, esperneando e xingando a me para comprar algo. Aqui, nunca presenciei algo parecido. No culpo a publicidade e tambm no digo para a me bater no filho. Mas falta uma boa conversa com as palavras certas.

    importao e exportaoDois meninos, de 8 e 7 anos

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  • Frana

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    Juliana Couto Fernandez Blanco,

    publicidade discreta H publicidade na televiso. Mas nenhuma outra forma vista na cidade. A publicidade aqui superdiscreta, no agressiva e, normalmente, as crianas descobrem os brinquedos por catlogos. No existe muita influncia na escola, pois as crianas no levam brinquedos de casa e, como no so expostas publicidade de massa, no interagem a este respeito.

    publicidade por catlogo No importa se as crianas assistem a propagandas na tv ou veem brinquedos no supermercado. Na Frana, ns recebemos pelo correio um catlogo de brinquedos e dizemos aos filhos para recortarem o que desejam de Natal. Ganharo o que os pais puderem dar. Este sistema infalvel.

    publicitriaUm menino de 2 anos

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    juliana couto fernandez blanco, frana

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 216 07/03/14 19:43

    Grcia

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    Carla Gonalves,

    o poder da publicidade A publicidade mostrada nos canais pagos me preocupa, sim. Acredito que a criana influenciada por um sistema de valores que mostra como ela deve ser, pensar, fazer, vestir, brincar e a faz acreditar que desta forma ser feliz. Por meio da utilizao de objetos promovidos pela publicidade, as crianas aprendem os papis sociais que no so sempre os mais criativos, com cenrios fantsticos e irreais que impulsionam as crianas, numa idade precoce, ao mundo do consumismo.

    papel de pais e professores dever de ambos, pais e professores, ajudar a criana a perceber o verdadeiro objetivo da propaganda e a obter uma atitude correta de consumidor.

    agente de viagensUm menino de 3 anos

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    219

    brasil x grcia Acho que a influncia da televiso no Brasil, por meio da publicidade, bem mais intensa, mais forte,mais direcionada e, por sua vez, direciona pais e filhos a entrar, cada vez mais, no mundo do consumismo, algo que no ocorre com a mesma intensidade na Grcia.

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  • 220

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    carla gonalves, grcia

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    dever de ambos, pais e professores, ajudar a criana

    a perceber o verdadeiro objetivo da propaganda e a obter uma atitude correta

    de consumidor.

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    dever de ambos, pais e professores, ajudar a criana

    a perceber o verdadeiro objetivo da propaganda e a obter uma atitude correta

    de consumidor.carla gonalves, grcia

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  • 224

    Shirlei Aparecida Bento,

    sem propaganda Meus filhos assistem a Xuxa e Turma da Mnica pela internet ou canais infantis daqui. Antes da crise, havia muitos comerciais supercriativos. Agora, at propaganda de brinquedo foi proibida antes das 10 horas da noite.

    esteticistaUm menino de 7 e uma menina de 5 anos

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 226 07/03/14 19:43

    Holanda

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    Barbara Eesa,

    publicidade infantil para os pais Existe propaganda na programao infantil, mas a maioria direcionada aos pais, e no aos filhos. O que existe so formas de publicidade nas prprias lojas. Por exemplo, a campanha do principal supermercado na Holanda oferece figurinhas e um lbum para ser preenchido a cada compra. Esta publicidade dirigida aos pais, que dificilmente tm com quem deixar as crianas para fazer compras, e aos filhos, que aproveitam a hora das compras para juntar figurinhas.

    estudante de comunicao internacionalUm menino de 5 anos

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    brasil x holanda A quantidade de publicidade voltada para a criana no Brasil demasiada. A criana j cresce manipulada, confusa, objeto da mdia excessiva. As crianas desejam e cobram umas das outras os brinquedos das marcas da moda, fomentando o preconceito entre quem no tem. Os pais no sabem como lidar com a situao e continuam incentivando o sistema e gastando o que no tm para atender desejos infantis.

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    barbara eesa, holanda

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  • 232

    Thais Garcia,

    os brindes e slogans Na Holanda, os supermercados fazem comerciais voltados totalmente para as crianas. Elas acabam sendo influenciadas e influenciando os pais por causa dos brindes que tal lugar oferece. Um deles, inclusive, diz no slogan que o melhor. Eu precisei desmentir esta frase e aproveitei a oportunidade para explicar que nem o tudo que se fala na tv real ou verdade.

    dona de casaUma menina de 7 e um menino de 5 anos

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    233

    a grande influncia Tanto no Brasil como na Holanda, os comerciais de produtos voltados para a famlia e as crianas so inteligentes, mas persuasivos. Sei que isso o que toda empresa de propaganda quer: convencer o consumidor a comprar o produto. E, como a criana ainda no tem um esprito crtico forte e muito facilmente influenciada, optei por oferecer dvds e programas na internet aos meus filhos.

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  • nomundodapublicidadeinfantil.indd 234 07/03/14 19:43

    Hungria

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  • 236

    Carolina Szabadkai,

    evitando a publicidade Os canais que meus filhos gostam tm propaganda, sim, mas sinto que em menor quantidade. As crianas, por sua vez, tm menos tempo para assistir tv, j que a escola toma grande parte do dia. No inverno, o tempo de televiso aumenta, mas justamente para evitar a publicidade, muitos pais preferem colocar dvds e programas gravados.

    a grande influncia Quando estamos no Brasil, vejo que meus filhos querem escolher o que comprar pelas propagandas, no pelo prprio gosto ou vontade. Certa vez, um deles ganhou dinheiro de presente da famlia e queria comprar o que via nas propagandas. Mantivemos uma longa conversa at acharmos algo que fosse realmente do gosto dele. Fizemos a nossa propaganda para influenci-lo a querer produtos adequados.

    escritora e dona de casaDois meninos, de 7 e 5 anos

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    brasil x hungria Quando passo frias com meus filhos no Brasil, visvel a influncia que eles sofrem pela propaganda brasileira. Eles falam frases formadas e pedem mais brinquedos, enquanto que na Hungria este processo acontece de maneira mais natural. Eles demoram a pedir algo novo e o interesse normalmente vem por saber que um amigo tem o brinquedo. A propaganda no Brasil parece ser mais profissional, e isto quer dizer que tem um poder de influncia maior. Na Hungria, como h pouca publicidade de brinquedo, a criana tem tempo de refletir sobre o que realmente gosta ou no. No Brasil, no h tempo para reflexo.

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    carolina szabadkai, hungria

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    Ilha de Malta

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    243

    Paula Nassif,

    propaganda na internet No autorizo meu filho a assistir a canais com publicidade. Mas ele v muitas propagandas de comida fast-food e brinquedos no YouTube. O mais engraado que ele no pede para comprar nada

    talvez por ser pequeno e no entender que est vendo anncios.

    o poder dos pais Por mais que exista publicidade, os pais so os detentores do recurso (financeiro), e eles decidem se devem ou no comprar determinados produtos.Quando digo a meu filho que no pode ter algo, no h cartaz de palhao ou balo de ar que me far mudar de ideia.

    empresria e dona de casaDois meninos, de 6 meses e 3 anos

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  • 244

    Quando digo a meu filho que no pode ter algo, no

    h cartaz de palhao ou balo de ar que me far

    mudar de ideia.

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    Quando digo a meu filho que no pode ter algo, no

    h cartaz de palhao ou balo de ar que me far

    mudar de ideia.paula nassif, ilha de malta

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    ndia

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    Marcela Ingaray,

    brindes e personagens A maioria das propagandas na ndia de produtos para complementar uma alimentao precria, como achocolatados com vitaminas. Mas, claro, assim como no Brasil, todas as propagandas relacionadas alimentao oferecem um presente dos personagens dos quais as crianas gostam.

    a censura Na ndia, a censura fortssima e atuante. Cenas de sexo, morte, fumo, drogas, lcool e com o uso de palavras pejorativas so cortadas de filmes e comerciais. Assim, a criana jamais tem acesso a esses contedos nos canais infantis ou em outras programaes. Percebo que por essa razo elas so mais ingnuas e educadas.

    psiclogaUm menino de 4 anos

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    marcela ingaray, ndia

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    Inglaterra

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    Glaucy Fontes Morton,

    publicidade direcionada mesmo Marketing est em todo lugar. Aqui, a placa de sorvete sempre no meio da calada e na altura dos olhos da criana. E criana igual em qualquer lugar do mundo. Ns precisamos colocar regras e limites e dar o exemplo.

    dona de casaDois meninos, de 6 e 2 anos

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    Marcia Dray,

    brasil x inglaterra No vejo diferena entre a publicidade infantil no Brasil e na Inglaterra. Ambos os pases atuam da mesma maneira, promovendo o consumo. Mas eu deixo claras as condies em que me encontro, se posso ou no adquirir algo.

    metroviriaDuas meninas, de 15 e 4 anos

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    filhos de glaucy fontes morton, inglaterra

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    Irlanda

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    Andr Luiz da Silveira,

    a presena da publicidade Existe publicidade infantil, sim, e so dos mais variados produtos, desde brinquedos at produtos alimentcios. E no apenas na tv. As propagandas esto em revistas, jornais, internet, outdoors, cinema e estabelecimentos comerciais. Eu no deixo de frequentar os lugares por conta disso, mas explico que ir ao shopping no significa ter de comprar algo. Um sorvete, quem sabe!

    gerente de facilitiesUma menina de 9 anos e um casal de gmeos de 6 anos

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    brasil x irlanda A publicidade no Brasil muito mais agressiva do que na Irlanda. Creio que aqui seja algo mais informativo e no Brasil mais apelativo. Levando em considerao que a Irlanda o pas das batatas e do leite, existem muitas propagandas de chocolates, iogurtes e chips, o que no concordo, e tambm de atividades esportivas vinculadas a patrocinadores que so fabricantes de bebidas alcolicas.

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    Islndia

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    Rejane Santana

    foco na educao A publicidade na Islndia voltada para a educao, pois aqui o princpio fundamental do sistema educacional de que todos devem ter oportunidades iguais para adquirir uma boa educao. O mesmo no acontece no Brasil.

    Dois meninos, de 6 e 4 anos

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    rejane santana, islndia

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    Itlia

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    Daphne Desire Pierin,

    quem educa so os pais A publicidade exerce a mesma influncia no Brasil e aqui na Itlia. Obviamente, toda criana quer aquilo que v na tv, a empresa quer vender e fantasia ao mximo o brinquedo. No vejo problemas na publicidade, porque no dou tudo o que eles pedem nem acho errado conhecerem os brinquedos do momento. Quando vai a casa de algum amigo, ele brinca com o que no tem e fica satisfeito sem precisar comprar. Visto que a publicidade continuar presente, somos ns, pais, que temos de controlar e educar conforme nosso modo de pensar.

    dona de casaUm menino de 5 anos e uma menina de 2

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    Jaqueline da Silva,

    publicidade est em todo lugar Na Itlia, a publicidade a mesma, seja em canal aberto ou pago. A diferena que nos canais pagos, a propaganda passa no final. Nos canais abertos, ela entra nos intervalos. A linguagem imperativa e est em todo lugar, como internet e supermercados. No algo que me preocupa, afinal, minha filha pede o que v, mas sabe que no comprarei tudo.

    trabalha em uma casa de repousoUm filho de 23 e uma menina de 7 anos

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    daphne desire pierin, itlia

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    No vejo problemasna publicidade,

    porque no achoerrado conhecerem

    os brinquedosdo momento.

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    No vejo problemasna publicidade,

    porque no achoerrado conhecerem

    os brinquedosdo momento.

    daphne desire pierin, itlia

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    Japo

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    Evandro Raiz Ribeiro,

    publicidade para os pais Acredito que a publicidade de produtos infantis dirigida aos pais, pois no Japo, a escola toma boa parte do dia das crianas, depois existe o tempo gasto no percurso de ida e volta, acrescente mais algumas horas de lio. Ou seja, as crianas em idade escolar no despendem muito tempo assistindo tv.

    publicidade indireta A propaganda direta no atinge as crianas do Japo, e sim a propaganda pensada de forma indireta, pois as famlias tm o costume de passar os domingos nos shoppings, que vivem lotados em qualquer poca do ano. Pensando desta forma, com certeza a decorao das lojas e a disposio dos produtos devem atrair seu pblico.

    chefe de setor de reciclagemUma filha de 6 anos

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    regulamentao Acredito que deva haver alguma medida regulatria para a publicidade infantil aqui. Se no houvesse, certamente seria abusiva. Isto porque a publicidade voltada para adultos massiva e, at certo ponto, irritante. Em alguns programas, antes da atrao principal, passam at trs blocos de comerciais que ultrapassam cinco minutos cada um.

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    Marcelo Minoru Miyashita,

    mesmo sem publicidade, o desejo o mesmo Na televiso japonesa no existem muitas propagandas dirigidas ao pblico infantil. As poucas que existem tm cunho educativo. A escassez de propagandas no Japo, no entanto, no diminui em nada o consumo das crianas. Meu neto, mesmo sem ter vivido no Brasil, tem o mesmo mpeto das crianas brasileiras. Talvez s faltem as propagandas brasileiras para ele se alegrar mais.

    funcionrio em fbrica de peas para motosPai de trs adultos e av de um menino de 7 anos, que mora com ele

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    marcelo ninoru miyashita, japo

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    A escassez de propagandasno Japo no diminui

    em nada o consumismo.Meu neto, mesmo sem ter

    vivido no Brasil,tem o mesmo mpeto

    das crianas brasileiras.

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    A escassez de propagandasno Japo no diminui

    em nada o consumismo.Meu neto, mesmo sem ter

    vivido no Brasil,tem o mesmo mpeto

    das crianas brasileiras.marcelo minoru miyashita, japo

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    Kwait

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    Marco Rodrigo de Andrade,

    inimiga dos pais A publicidade voltada para as crianas no ofensiva. Entretanto, quando a publicidade voltada para o consumo, principalmente de brinquedos, ela acaba se tornando uma inimiga dos pais. No entanto, em sua maioria, inteligente e nos cativa tambm.

    a mesma essncia Meus filhos ainda no falam rabe, mas, assim como eu, entendem a mensagem final das propagandas. Assim como no Brasil, so de fcil comprenso, pois a essncia a mesma.

    preparador fsicoUm menino de 9 anos e uma menina de 5 anos

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    armas Desde que cheguei aqui, uma coisa me chamou a ateno: a intensa publicidade e a grande venda de brinquedos que so rplicas perfeitas de armas de fogo. Fico bem chocado ao ver como um pas que viveu os horrores da guerra consegue fazer crianas brincar de guerra.

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  • Marrocos

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    Pricylla Nara,

    brasil x marrocos Acredito que a publicidade e a programao infantil no Brasil mostram a realidade do mundo, informam a criana e vendem os produtos. Acho importante a publicidade infantil ter restries, porm ela precisa ser rica em informao e ajudar na formao do indivduo. Aqui, a criana poupada da realidadedo mundo.

    cuidado com as crianas Nas propagandas de produtos infantis, a linguagem imperativa no utilizada, pois se trata de um pas subdesenvolvido, onde existe muito cuidado para que as crianas no sofram ainda mais com o desejo do querer e no poder consumir.

    vendedoraUma menina de 8 meses

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    censura Nos canais infantis, no existem intervalos com propagandas. So mostrados desenhos e videoclipes infantis, sendo que a maioria fala de Deus e feita com crianas. A tv aqui muito limitada, pois a censura controla tudo.

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    Mxico

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    Cristiano Bueno,

    A publicidade infantil, do ponto de vista educativo, deveria ser utilizada para conscientizar as crianas sobretudo no Mxico, onde temos um grande ndice de crianas agressivas e que fazem dos pais o que bem entendem.

    diretor comercialUm menino de 8 anos e uma menina de 5 anos

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    Luciana Ferreirado Nascimento Santos,

    personagens nas escolasNo Mxico, a publicidade infantil usa frases como venha voc e sua famlia, seja parte desta aventura, venha conhecer o castelo da Cinderela. A publicidade vai at as escolas. Eles levam personagens para promover parques de diverso. Tambm levam empresas de viagens para apresentar pacotes para crianas, antes mesmo de apresentar as propostas aos pais. Nos shoppings, nos sales de beleza a publicidade est em todos os lugares.

    dona de casaDuas filhas, de 21 e 10 anos

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    cristiano bueno, mxico

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    Moambique

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    Jaymilson Pinto Magalhes,

    brasil x moambiqueHoje, a publicidade voltada para crianas no Brasil muito intensa, pois acredito ter encontrado ali um potencial de consumo muito grande. Em razo do padro de vida e potencial de consumo das famlias moambicanas, no vejo uma publicidade que aposte muito em algo voltado para o pblico infantil.

    limitesA exibio de publicidade no me preocupa. O que procuro fazer impor limites e criar um senso de prioridade em relao ao que consumir.

    gerente de operao de minaDois meninos, de 12 e 9 anos

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    Luciana Chagasde Assumpo Faria,

    as influnciasOs desejos da minha filha por produtos e servios basicamente acontecem quando v algo no Disney Channel ou quando surge uma msica nova. Ela fica sabendo pela internet, por amigos, e, em seguida, tem a vontade de consumir.

    brasil x moambiqueComo Moambique um pas jovem no ps-guerra, a publicidade para crianas ainda no uma preocupao. Aqui, as pessoas esto tendo acesso a mais informaes h pouco tempo. Ainda h vrios problemas srios, como a pobreza e falta de saneamento bsico. Por tudo isso, a publicidade ainda no tem a importncia que possui no Brasil. No futuro ser diferente e haver mudanas de hbitos.

    dona de casaUma menina de 13 anos

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    Noruega

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    No se deve culpar a publicidade por tudo de ruim que rola na tv, afinal, ela no

    tem obrigao de informar nem de selecionar bons

    produtos para crianas.

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    No se deve culpar a publicidade por tudo de ruim que rola na tv, afinal, ela no

    tem obrigao de informar nem de selecionar bons

    produtos para crianas.cludia bjrgum, noruega

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    Cludia Bjrgum,

    a culpa no da publicidadeAcho que as regras precisam ser mais duras na publicidade adulta, a origem de tudo. Mas no se deve culpar a publicidade por tudo de ruim que rola na tv, afinal, ela no tem obrigao de informar nem de selecionar bons produtos para crianas. Eles so responsveis pela criao de campanhas privadas, de produtos comerciais autorizados para o pblico.

    restriesComo h restries em relao publicidade infantil, nunca me preocupei com esta questo. Mas sempre me incomodei com a publicidade adulta que vista por crianas e adolescentes. Ela pode ser bem imprpria para estes jovens e impossvel de ser evitada, j que eles circulam pela casa quando os adultos esto na frente da tv.

    doutoranda e pesquisadoraUm menino de 15 anos e uma menina de 14

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    Kelly Cristiani Solheim,

    publicidade positivaNingum est livre da publicidade. Ela est a no nosso dia a dia, no s na tv, mas no rdio, nos jornais, nas ruas. Uma publicidade responsvel e consciente pode ser positiva para os pequenos. Afinal, crianas absorvem tudo o que veem e ouvem. E se a propaganda prope algo de bom, prtico, tico ou coerente, pode ser 100% positivo para o desenvolvimento infantil em todas as suas fases.

    presso para comprarNa Noruega existem claras regras sobre o que pode ser veiculado ou no em relao a crianas nos canais estatais e nos canais pagos. J quanto aos canais de fora, a regra no existe, o que tem criado muitas reclamaes por parte dos pais noruegueses. Os reclames so dublados e os nomes das lojas aparecem claramente para as crianas.

    funcionria pblicaQuatro filhos, de 26, 21, 10 e 4 anos

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    kelly cristiani solheim, noruega

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    Uma publicidade responsvel e

    consciente podeser positiva para

    os pequenos.

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    Uma publicidade responsvel e

    consciente podeser positiva para

    os pequenos.kelly cristiani solheim, noruega

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    Nova Zelndia

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    Vanessa Krambeck,

    brasil x nova zelndiaA publicidade aqui no agressiva. Muitas so at construtivas, relacionadas a drogas, lcool e sexo seguro. Falam de como se proteger de violncia em casa e na escola, de terremotos, entre outras coisas. Ela no est relacionada venda de produtos e, sim, direcionada a educar.

    brindesNo cinema, voc compra o combo pipoca-refrigerante-doce e ganha um copo personalizado do filme. Mesma coisa no McDonalds, onde voc compra um combo e ganha uma surpresa. Os mercados aqui tambm fazem essas promoes: a cada 20 dlares gastos com determinado produto infantil, voc ganha um adesivo e, ao juntar 20 adesivos, ganha um brinde. No acho esse tipo de publicidade agressiva, mas no acho que seja correta.

    dona de casaUm menino de 13 anos