no estado de são paulo, entre 2000 e 2002: uma abordagem ......3 apresentaÇÃo inserção da...

29
Inserção da mulher no Inserção da mulher no Inserção da mulher no Inserção da mulher no Inserção da mulher no mer mer mer mer mer cado formal de trabalho cado formal de trabalho cado formal de trabalho cado formal de trabalho cado formal de trabalho no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: uma abor uma abor uma abor uma abor uma abor dagem regional dagem regional dagem regional dagem regional dagem regional Inserção da mulher no Inserção da mulher no Inserção da mulher no Inserção da mulher no Inserção da mulher no mer mer mer mer mer cado formal de trabalho cado formal de trabalho cado formal de trabalho cado formal de trabalho cado formal de trabalho no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, no Estado de São Paulo, entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: entre 2000 e 2002: uma abor uma abor uma abor uma abor uma abor dagem regional dagem regional dagem regional dagem regional dagem regional Geração de novos empregos no ESP Geração de novos empregos no ESP Geração de novos empregos no ESP Geração de novos empregos no ESP Geração de novos empregos no ESP beneficia mais as mulheres beneficia mais as mulheres beneficia mais as mulheres beneficia mais as mulheres beneficia mais as mulheres Setor público e Setor público e Setor público e Setor público e Setor público e x x x er er er er er ce papel de destaque na ce papel de destaque na ce papel de destaque na ce papel de destaque na ce papel de destaque na inserção feminina inserção feminina inserção feminina inserção feminina inserção feminina Maior desigualdade de salários entre os Maior desigualdade de salários entre os Maior desigualdade de salários entre os Maior desigualdade de salários entre os Maior desigualdade de salários entre os se se se se se x x x os ocor os ocor os ocor os ocor os ocor re nas economias regionais re nas economias regionais re nas economias regionais re nas economias regionais re nas economias regionais mais dinâmicas mais dinâmicas mais dinâmicas mais dinâmicas mais dinâmicas Entre os assalariados com nível superior Entre os assalariados com nível superior Entre os assalariados com nível superior Entre os assalariados com nível superior Entre os assalariados com nível superior completo, 55% são mulheres completo, 55% são mulheres completo, 55% são mulheres completo, 55% são mulheres completo, 55% são mulheres São Paulo novembro de 2004 n o 13 Publicação trimestral editada pela Fundação SEADE

Upload: others

Post on 24-Oct-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Inserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher nomermermermermercado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhono Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:uma aboruma aboruma aboruma aboruma abordagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regional

    Inserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher nomermermermermercado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhono Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:uma aboruma aboruma aboruma aboruma abordagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regional

    Geração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESP

    beneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheres

    Setor público eSetor público eSetor público eSetor público eSetor público exxxxxerererererce papel de destaque nace papel de destaque nace papel de destaque nace papel de destaque nace papel de destaque na

    inserção femininainserção femininainserção femininainserção femininainserção feminina

    Maior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre os

    sesesesesexxxxxos ocoros ocoros ocoros ocoros ocorre nas economias regionaisre nas economias regionaisre nas economias regionaisre nas economias regionaisre nas economias regionais

    mais dinâmicasmais dinâmicasmais dinâmicasmais dinâmicasmais dinâmicas

    Entre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superior

    completo, 55% são mulherescompleto, 55% são mulherescompleto, 55% são mulherescompleto, 55% são mulherescompleto, 55% são mulheres

    São Paulo novembro de 2004 no 13Publicação trimestral editada pela Fundação SEADE

    SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

    GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSecretaria de Economia e Planejamento

    Entidades participantes

    Secretaria do Emprego eRelações do Trabalho do

    Estado de São Paulo – Sert

  • 1

    SUMÁRIO

    APRESENTAÇÃO 3

    EMPREGO FORMAL FEMININO 6

    TIPO DE VÍNCULO 11

    DIFERENÇA SALARIAL 14

    ESCOLARIDADE 18

  • 2

    Governador do EstadoGeraldo AlckminVice-GovernadorCláudio Lembo

    Secretário de Economia e PlanejamentoAndrea Sandro Calabi

    SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

    Diretora ExecutivaFelícia Reicher Madeira

    Diretor Adjunto Administrativo e FinanceiroMarcos Martins Paulino

    Diretor Adjunto de Análise SocioeconômicaSinésio Pires Ferreira

    Diretor Adjunto de Produção de DadosVivaldo Luiz Conti

    Chefia de GabineteAna Celeste de Alvarenga Cruz

    Conselho de CuradoresAndrea Sandro Calabi (Presidente)Ana Maria Afonso Ferreira Bianchi

    Carlos Antonio LuqueHélio Nogueira da Cruz

    Luiz Antonio VaneMárcio Percival Alves Pinto

    Maria Coleta Ferreira Albino de OliveiraMaria Fátima Pacheco Jordão

    Neide Saraceni HahnRuben Cesar Keinert

    Conselho FiscalCaioco Ishiquiriama

    Fábio AlonsoGrace Maria Monteiro da Silva

    Diretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise Socioeconômica

    Gerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaSonia Nahas de Carvalho (gerente)

    Alexandre Jorge Loloian (coordenador)Guiomar de Haro Aquilini, Marcia Halben Guerra e

    Rosileide de Lima Rosendo (equipe técnica)

    Diretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaAssessoria Técnica de Suporte Institucional

    Maria Cecília Comegno

    Gerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteJ. B. de Souza Freitas

    (MTE 10.477)Programação Visual

    Cristiane de Rosa Meira, Icléia Alves Cury eIvana B. Ruiz ToniatoPreparação de Texto

    Vania Regina FontanesiRevisão de Texto

    Maria Aparecida AndradeAudrey Camargo

    Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADEAvenida Cásper Líbero 478 CEP 01033-000

    São Paulo SP Fone (11) 3224.1600 Fax (11) 3224.1700www.seade.gov.br

    [email protected] [email protected]

    Fundação Sistema Estadual

    de Análise de Dados – Seade

    Felícia Reicher Madeira

    (Diretora Executiva)

    Departamento Intersindical

    de Estatística e Estudos

    Sócio-Econômicos – Dieese

    Clemente Ganz Lúcio

    (Diretor Técnico)

    Conselho Estadual da

    Condição Feminina – CECF

    Aparecida Maria de Almeida

    (Presidente)

    Secretaria do Emprego e

    Relações do Trabalho – Sert

    Francisco Prado de

    Oliveira Ribeiro

    (Secretário)

  • 3

    APRESENTAÇÃO

    Inserção da mulher no mercado formal de trabalhono Estado de São Paulo, entre 2000 e 2002:uma abordagem regional

    1. Ver Boletim Mulher & Trabalho, n.9, setembro de 2002, da Fundação Seade.2. Baseado nos dados da Relação Anual de Informações Sociais – Rais (Boletim Mulher e Trabalho nº 9, setembro de 2002).

    Estudos sobre o trabalho femininotêm chamado a atenção pela crescenteincorporação das mulheres ao merca-do de trabalho e pelas característicasdessa inserção. Um olhar atento nas es-tatísticas sobre o tema revela que, nãoobstante o aumento da taxa de desem-prego feminino nos últimos anos, asmulheres ampliaram sua participaçãoentre os ocupados. Embora sua inser-ção ainda se dê, predominantemente,nos segmentos menos valorizados domercado – caso da importante presen-ça feminina no emprego doméstico eno setor informal – as mulheres tam-bém passaram a ocupar postos em no-vos grupos ocupacionais. Observa-se,por exemplo, maior participação femi-nina no grupo de gerentes financeiras,comerciais e de publicidade,1 postos detrabalho historicamente destinados aoshomens. Por outro lado, a maior es-colaridade das mulheres – que já sãomaioria no ensino superior – não temrepercutido em igualdade salarial comos homens, mesmo quando exercem amesma função.

    Em relação ao setor formal da eco-nomia – objeto desse boletim –, obser-va-se que, na década de 90, aumentou aparcela de mulheres assalariadas, mo-vimento associado à expansão dos em-pregos no setor de serviços, em parale-lo à retração do emprego masculino, emespecial no setor industrial.

    Estudo realizado pela FundaçãoSeade2 registrou, no Estado de São Pau-lo, entre 1989 e 2000, um crescimentode 13,4% no emprego feminino. Talmovimento decorreu, em especial, daampliação de empregos nos grupos ocu-pacionais de trabalhadoras dos serviçosde limpeza e outros, e dos serviços ad-ministrativos, sendo que este passou aser, em 2000, ocupado majoritaria-mente por mulheres. Esses dois gran-des grupos ocupacionais – que secaracterizam por reunir as ocupaçõestradicionalmente desempenhadas pormulheres – respondiam por cerca dametade do contingente de mulheres as-salariadas. Não obstante o enxugamentodas ocupações industriais ter ocorrido,em termos absolutos, com maior inten-

  • 4

    sidade para os homens, referido estu-do também registrou a diminuição depostos de trabalho entre as mulheresdesse setor, o que fez com que o grupode trabalhadoras na indústria paulistapassasse da segunda posição na estru-tura ocupacional, em 1989, para a quar-ta, em 2000.

    O presente trabalho abordará o mo-vimento da mão-de-obra masculina e fe-minina no setor formal3 da economia pau-lista no período mais recente (2000-02),detalhando o exame sob a ótica regionale das condições, inclusive de salário, emque se deu o aumento desse emprego,contrapondo as oportunidades de empre-go das mulheres em relação a dos homens.Tal análise será desenvolvida a partir dosdados da Relação Anual de InformaçõesSociais – Rais, base de registros admi-nistrativos do Ministério do Trabalho eEmprego – MTE.

    A Rais tem periodicidade anual e le-vanta informações relativas ao mercadode trabalho formal brasileiro, obtidas pormeio da declaração prestada por todosos estabelecimentos que tenham manti-do alguma relação de emprego durante oano anterior ao da declaração. Representaa Rais, assim, um tipo de censo anual,abrangendo um conjunto de informações

    que apresenta as características do esta-belecimento empregador (localização,atividade econômica, tamanho, etc.) e da-dos sobre os vínculos empregatícios queo estabelecimento tenha mantido duran-te o ano-base (sexo, idade, ocupação, re-muneração, grau de instrução, etc.).

    Embora refira-se apenas aos empre-gos do setor formal da economia, essabase de dados permite grande desagre-gação das informações, possibilitando aanálise detalhada do comportamento des-se segmento nas diferentes regiões doEstado. Sua utilização possibilita eviden-ciar a diversidade nos padrões de inser-ção ocupacional, revelando as particula-ridades da dinâmica econômica regional.A divisão regional do Estado de São Pau-lo, adotada nesse estudo, corresponde àssuas regiões administrativas4 . A base dedados da Rais, em dezembro de 2002,contabilizava um contingente de cerca de8,5 milhões de empregados com vínculoformal de trabalho, no Estado de SãoPaulo, dos quais 5,2 milhões de homense 3,3 milhões de mulheres, o que repre-senta aproximadamente metade da popu-lação ocupada no Estado.5

    É possível verificar que o movimen-to de inserção da mulher no mercado detrabalho mantém a trajetória de cresci-

    3. Emprego formal refere-se ao total de vínculos empregatícios composto por contratos regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas– CLT (trabalhador urbano/rural vinculado a empregador pessoa jurídica/física, por tempo determinado/indeterminado; trabalhar avulso;trabalhador temporário, e menor aprendiz), pelo Regime Jurídico Único e Militar (federal, estadual e municipal) e Legislação Especial(servidor público não-efetivo). Deve-se mencionar que um único trabalhador pode ter mais de um vínculo empregatício.4. Regiões Administrativas do Estado de São Paulo: Araçatuba, Barretos, Bauru, Campinas, Central, Franca, Marília, Presidente Pru-dente, Registro, Ribeirão Preto, São José dos Campos, RM da Baixada Santista, RM de São Paulo, São José do Rio Preto e Sorocaba.5. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, havia 16,8 milhões de pessoas ocupadas no Estado deSão Paulo, em 2002.

  • 5

    mento do emprego formal, verificadanos anos 90, o que contribui para abran-dar a tendência, revelada em estudosanteriores, de entrada das mulheres eminserções mais vulneráveis, desprote-gidas e sem perspectiva de continuida-de, que comprometem o futuro de suascarreiras e o acesso à previdência so-cial. Em termos regionais, a despeito doemprego feminino no Interior do Esta-do ter se elevado de forma mais intensa,permanece a concentração acentuada deassalariadas nas áreas de maior expres-são populacional, como a Região Me-tropolitana de São Paulo – RMSP e aRA de Campinas. Confirma-se também,o predomínio feminino nos empregoscom maior nível de escolaridade, bemcomo, a manutenção da desigualdade

    salarial. Em todas as regiões, verificou-se que o nível de remuneração das mu-lheres é inferior ao dos homens. As pro-porções, porém, são bem distintas e in-dicam que, quanto mais complexa a es-trutura ocupacional, maior é a tendên-cia de diferenciação salarial em favordos homens, como ilustra a registradana RA de São José dos Campos.

    Desta forma, o objetivo deste tra-balho foi o de apresentar um quadro ge-ral da situação regional do emprego fe-minino no Estado de São Paulo, que aofinal, potencializou a necessidade de,em trabalhos futuros, abordar mais pro-fundamente alguns aspectos importan-tes nele suscitados para a discussão so-bre a desigualdade de gênero nesse mer-cado.

  • 6

    AS MULHERES FORAM MAIS BENEFICIADASQUE OS HOMENS ENTRE OS NOVOSEMPREGOS GERADOS

    O contingente de ocupados com vín-culo formal de trabalho no Estado de SãoPaulo cresceu 6,4% nos dois primeirosanos dessa década, atingindo 8.563.882postos de trabalho, em 2002. O contin-gente feminino empregado elevou-se em9,1%, no período, e o masculino em 4,7%.

    Dos 514.350 empregos gerados noperíodo, 54% foram ocupados por mulhe-res, o que aumentou em 1,0 ponto percen-tual sua participação no total de postosde trabalho formais existentes no Estadode São Paulo. Em 2002, essa participa-ção passou a corresponder a 38,9%, oque, em termos absolutos, equivale a 3,3milhões de postos de trabalho, enquanto5,2 milhões eram ocupados por homens.

    Em termos regionais, houve aumen-to generalizado do emprego para ambosos sexos. Quanto às mulheres, a amplia-ção de seu nível de emprego, em termosrelativos, foi particularmente intensa nasRegiões Administrativas de Barretos(21,9%), São José do Rio Preto (16,5%)e Franca (16,0%), muito superior à mé-dia estadual (9,1%), embora tal fato devalevar em conta a pequena expressão de-

    mográfica dessas regiões, que respon-diam, respectivamente, por apenas 0,7%,2,3% e 1,2% do total do emprego for-mal das mulheres, em 2002, no Estadode São Paulo. As Regiões Administrati-vas em que as taxas de crescimento doemprego feminino registraram menor in-tensidade foram as RM da BaixadaSantista (5,0%), Sorocaba (7,5%) e RMde São Paulo (8,0%).

    Para a população masculina, as re-giões que se destacaram na variação re-lativa do número de empregos foram asde Presidente Prudente (11,5%), São Josédo Rio Preto (11,1%) e Ribeirão Preto(10,2%). As que apresentaram crescimen-tos mais tímidos foram as de Sorocaba(1,9%), Marília (2,6%), RM da BaixadaSantista (3,0%) e RM de São Paulo(3,5%).

    Note-se que o nível de emprego cres-ceu mais fortemente, para ambos os se-xos, nas regiões localizadas no noroestepaulista e apresentou menores taxas decrescimento na RMSP e em algumas daslimítrofes à metrópole, como as de San-tos e Sorocaba. O emprego das mulhe-res, de fato, elevou-se de forma mais in-tensa que o dos homens em todas as re-giões analisadas, mas tudo indica que osfatores determinantes de sua expansão

    EMPREGO FORMAL FEMININO

    Estado de São Paulo e Regiões Administrativas,entre 2000 e 2002

  • 7

    Tabela 1Emprego Formal, segundo Sexo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2000-2002

    2000 2002Estado de São Paulo eRegiões Administrativas

    Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

    Estado de São Paulo 4.994.897 3.054.635 8.049.532 5.230.930 3.332.952 8.563.882

    RA de Araçatuba 68.438 41.997 110.435 74.644 46.938 121.582

    RA de Barretos 46.684 19.986 66.670 51.111 24.371 75.482

    RA de Bauru 120.312 59.177 179.489 125.722 65.908 191.630

    RA de Campinas 724.691 389.281 1.113.972 766.404 432.552 1.198.956

    RA Central 115.293 55.893 171.186 124.403 62.890 187.293

    RA de Franca 70.979 33.236 104.215 76.902 38.546 115.448

    RA de Marília 97.967 48.933 146.900 100.546 53.557 154.103

    RA de Presidente Prudente 66.762 35.990 102.752 74.413 40.873 115.286

    RA de Registro 17.373 7.367 24.740 17.933 8.291 26.224

    RA de Ribeirão Preto 137.679 73.272 210.951 151.711 81.282 232.993

    RA de S. J. dos Campos 219.267 109.805 329.072 236.801 120.926 357.727

    Região Metropolitana daBaixada Santista 151.984 86.032 238.016 156.560 90.367 246.927

    Região Metropolitana deSão Paulo 2.744.727 1.886.082 4.630.809 2.841.381 2.037.310 4.878.691

    RA de S. J. do Rio Preto 128.185 66.390 194.575 142.454 77.363 219.817

    RA de Sorocaba 284.556 141.194 425.750 289.945 151.778 441.723

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    parecem ser os mesmos para ambos ossexos, uma vez que se nota coincidênciadaquelas regiões mais e menos dinâmi-cas na geração de empregos para homense mulheres. Há algumas exceções notá-veis a essa regra, os casos das RAs de

    Registro, Bauru e mesmo Campinas, ondeo crescimento do emprego feminino foimais intenso do que o masculino.

    Quando se observa o ocorrido nessecampo, em termos absolutos, as regiõescom maior expressão populacional, como

    EMPREGO FORMAL FEMININO

  • 8

    era de se esperar, são as que mais se des-tacam. Estes são, claramente, os casos dasRegiões Metropolitana de São Paulo eAdministrativa de Campinas. Durante operíodo em análise, a primeira foi res-ponsável por 54% dos postos de traba-lho gerados no Estado ocupados pelasmulheres, e por 41% daqueles ocupadospelos homens. Na Região de Campinas,essas proporções corresponderam a 16%e 18%, respectivamente. Desse modo, aRMSP passou a responder, em 2002, por61,1% do emprego feminino no Estado epor 54,3% do masculino. Na Região deCampinas, esses percentuais passaram aequivaler a 13,0% e 14,7%, respectiva-mente (Gráfico 2).

    Outra forma de se observar essasinformações é por meio da proporçãode homens e mulheres empregadas em

    cada uma das Regiões Administrativasque compõem o Estado de São Paulo(Gráfico 3).

    Não é novidade afirmar que a maiorou menor presença da mulher no mer-cado de trabalho associa-se tanto a fa-tores individuais e familiares – escola-ridade, idade, estado conjugal, númerode filhos, posição na família, rendimen-to familiar – como às característicaseconômicas e culturais das diferentesunidades geográficas analisadas. O casopaulista, porém, chama a atenção pelarelativa homogeneidade na distribuiçãodo emprego formal por sexo na maio-ria das regiões, independentemente desuas especificidades. A parcela de mu-lheres situa-se entre 32,3% (RA deBarretos) e 38,6% (RA de Araçatuba)do total do emprego formal dessas re-

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 1Variação do Emprego Formal, segundo Sexo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2000/2002

    Reg

    istr

    o

    Bar

    reto

    s

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    loHomens Mulheres

    Em %

    3,0

    1,9 3

    ,5

    2,6

    8,0

    10,2

    5,8

    4,5

    9,1

    7,9

    3,2

    11,5

    8,3

    11,1

    9,5

    5,0

    7,5

    8,0 9,

    4 10,1

    10,9

    11,1

    11,4

    11,8

    12,5

    12,5 13

    ,6 16,

    0

    16,5

    21,9

    EMPREGO FORMAL FEMININO

  • 9

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 3Distribuição do Emprego Formal, segundo SexoRegiões Administrativas do Estado de São Paulo

    2002

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 2Distribuição do Emprego Formal, segundo SexoRegiões Administrativas do Estado de São Paulo

    2002

    Em %

    54,3

    14,7

    5,5

    4,5

    3,0

    2,9

    2,7

    2,4

    2,4

    1,9

    1,4

    1,4

    1,5

    1,0

    0,3

    61,1

    13,0

    4,6

    3,6

    2,7

    2,4

    2,3

    2,0

    1,9

    1,6

    1,4

    1,2

    1,2

    0,7

    0,2

    Reg

    istr

    o

    Bar

    reto

    s

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Homens Mulheres

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    Reg

    istr

    o

    Bar

    reto

    s

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    loHomens Mulheres

    58,261

    ,4

    63,4

    63,9

    64,5

    64,8

    65,1

    65,2

    65,6

    65,6

    66,2

    66,4

    66,6

    67,7

    68,4

    41,8

    38,6

    36,6

    36,1

    35,5

    35,2

    34,9

    34,8

    34,4

    34,4

    33,8

    33,6

    33,4

    32,3

    31,6

    Em %

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    EMPREGO FORMAL FEMININO

  • 10

    giões, sendo que as de Registro (31,6%)e São Paulo (41,8%), registram a me-nor e maior proporção, respectivamen-te. Mesmo diante dessa homogeneida-de, não deixa de ser curioso o fato deser encontrada na RA de Araçatuba amaior presença feminina no total deempregos formais entre as regiõesinterioranas, superando até as re-gistradas na RA de Campinas e na RMda Baixada Santista (36,1% e 36,6%,respectivamente).

    Nesse sentido, merecem destaqueduas regiões: a RMSP (41,8%) e a RAde Registro (31,6%). Na primeira, a ele-vada presença feminina nos empregos

    formais disponíveis relaciona-se, pro-vavelmente, com maior propensão deas mulheres ali residentes a se inseri-rem no mercado de trabalho, associadaàs maiores oportunidades de empregofeminino que caracteriza essa região(como se verá, o emprego público, queincorpora proporção expressiva dasmulheres, está fortemente concentradona RMSP). Também deve ser registra-do o fato de a população feminina en-tre 10 a 64 anos de idade correspondera cerca de 52% do total de habitantesda RMSP nessa faixa etária, enquantona RA de Registro tal proporção equi-vale a 49%, aproximadamente.

    EMPREGO FORMAL FEMININO

  • 11

    6. Embora se associe os vínculos celetistas ao setor privado, a rigor, não são raros os casos da presença de tais vínculos no setorpúblico. Assim, quando o emprego no setor público é dimensionado nesse trabalho, não estão sendo considerados os vínculos celetistas,o que significa uma subestimação da real dimensão desse setor.7. Deve-se mencionar que devido a forma de declaração da Rais, os vínculos empregatícios dos órgãos estaduais distribuídos nasdemais regiões administrativas do Estado, em sua quase totalidade, estão identificados com os endereços de suas sedes administrati-vas localizados na capital, superdimensionando o total de vínculos da RMSP, sobretudo os serviços públicos de competência estadualque não foram municipalizados, como educação e segurança. No caso dos empregos da esfera federal, não há esta sobre-representa-ção, uma vez que a maioria dos vínculos empregatícios encontram-se declarados nas suas sedes administrativas. Portanto, o empregopúblico referido das regiões do interior do Estado é, sobretudo, de âmbito municipal.

    TIPO DE VÍNCULO

    Papel do setor público é mais importante para ainserção das mulheres do que para os homens

    Segundo o tipo de vínculo, observa-se que, no total do emprego formal doEstado, predominam os empregos regi-dos pela CLT (85%). Os outros 15% sãosubmetidos à legislação própria do serviçopúblico. No balanço relativo ao período2000-2002, houve aumento de 1,7 pontopercentual na participação no conjunto doemprego formal destes últimos, isto é, dosvínculos típicos do emprego público,resultando nas proporções mencionadas.

    Para a inserção das mulheres nomercado formal de trabalho, o empregopúblico6 ainda é importante, uma vezque, na média do Estado, 23,1% delasinserem-se em ocupações com tal carac-terística, enquanto isso ocorre para ape-nas 10,1% dos homens. Em algumas re-giões do interior paulista, no entanto, érelativamente pequena (Gráfico 4) a par-ticipação desse setor no total do empre-go feminino.

    Concentram-se na Região Metropo-litana de São Paulo, em especial na ca-pital do Estado, os empregos com vín-culos característicos do segmento públi-co. Em determinadas áreas da ação doEstado – saúde, educação, assistênciasocial –, a presença feminina é franca-mente majoritária, e mesmo nas demaisé muito elevada. Assim, é de se esperarque, sobretudo na Região Metropolita-na de São Paulo, o emprego público te-nha um papel importante para a inser-ção das mulheres no mercado formal detrabalho. Isso efetivamente ocorre (Grá-fico 4), pois cerca de 30% das mulheresempregadas nessa região trabalham nosetor público. Também para os homenso emprego público é relevante nessa re-gião: quase 14% deles possuem esse tipode vínculo contratual.7

    Nas demais regiões, repete-se essemesmo padrão – de maior inserção das

  • 12

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.(1) Resultado da adição de servidores regidos pelo Regime Único, militares e servidores públicos não-efetivos (demissíveis ad nutum ou admitidos porlegislação especial, distinta da CLT).(2) Empregos regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.

    Gráfico 4Distribuição do Emprego Formal, por Sexo, segundo Tipo de Vínculo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2002

    Reg

    istr

    o

    Bar

    reto

    s

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Em %

    7,4

    8,9

    9,1

    10,2

    12,1

    13,2

    14,1

    14,8

    14,9

    15,0

    17,6

    19,7

    20,0

    20,1 2

    9,9

    92,6

    91,1

    90,9

    89,8

    87,9

    86,8

    85,9

    85,2

    85,1

    85,0

    82,4

    80,3

    80,0

    79,9

    70,1

    Regime Único (1) CLT (2)

    Mulheres

    Homens

    Reg

    istr

    o

    Bar

    reto

    s

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Em %

    3,0

    4,1

    4,1

    4,5

    5,4

    6,2

    6,3

    6,9

    7,5

    7,9

    8,4

    9,1

    9,5 13

    ,7 22,

    4

    97,0

    95,9

    95,9

    95,5

    94,6

    93,8

    93,7

    93,1

    92,5

    92,1

    91,6

    90,9

    90,5

    86,3

    77,6

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    TIPO DE VÍNCULO

  • 13

    mulheres com vínculos típicos do em-prego público – , variando de cerca de20% nas regiões de Presidente Prudentee Registro, a menos de 10% nas deFranca (7,4%), Bauru (8,9%) e Central(9,1%).

    Entre os homens, a parcela dos quese inserem com tais vínculos é sempreinferior a 10%. As regiões onde sua pre-sença é mais elevada também são as dePresidente Prudente (9,5%) e Registro(8,4%), mas acompanhadas pela de Ara-çatuba (9,1%). Tal como verificado en-tre as mulheres, as regiões de Franca(3,0%), Bauru (4,1%) e Central (4,1%)são aquelas em que o emprego públicotem menor participação na geração deempregos para os homens.

    A exceção a essa regra é a região deMarília, onde não somente a importân-cia do emprego público parece anormal-mente elevada, como chega a ser aindamais importante para os homens (22,4%)do que para as mulheres (20,1%). Talcomportamento na região mereceria es-tudo específico.

    Por seu turno, as regiões de Presi-dente Prudente e, sobretudo, de Regis-tro são historicamente marcadas pelo

    baixo dinamismo econômico. É de seesperar, pois, que o emprego público ain-da tenha peso importante na estruturaocupacional dessas regiões, como suge-rem as informações do Gráfico 4. Re-corde-se que Registro é a região ondese assinala a menor participação dasmulheres no conjunto do emprego for-mal em comparação com as demais re-giões paulistas, o que reforça a idéia deque ainda são relativamente escassas asoportunidades de emprego para as mu-lheres no segmento privado da econo-mia regional.

    As informações sobre as regiões deFranca, Bauru e Central sugerem umasituação oposta a de Registro, isto é, queseus mercados formais de trabalho se-jam suficientemente dinâmicos a pontode tornar pouco expressivo o peso doemprego público para ambos os sexos.Nessas regiões, há importantes institui-ções públicas de ensino superior – nor-malmente grandes empregadoras demão-de-obra, sobretudo feminina – , tan-to da esfera federal como da estadual,mesmo assim, o peso do emprego pú-blico, para ambos os sexos, é inferior àmédia estadual.

    TIPO DE VÍNCULO

  • 14

    Em geral, a média dos rendimentosdas mulheres é inferior a dos homens.No caso do Estado de São Paulo, o sa-lário médio recebido pelas mulheres for-malmente empregadas, em 2002, era deR$ 1.033, enquanto o dos homens, namesma condição, era de R$ 1.294. Par-te dessa diferença reflete o que se pode-ria chamar de “discriminação salarial”,isto é mulheres e homens exercendo amesma ocupação, mas recebendo salá-rios diferentes. Outros elementos igual-mente contribuem para explicar tal dis-crepância, como a extensão da jornadade trabalho (em geral mais extensa en-tre os homens) e a qualidade das ocupa-ções exercidas por homens e mulheres,o que poderia ser denominada “discri-minação ocupacional”.

    No que diz respeito à jornada de tra-balho, estudo recente elaborado pelaFundação Seade, para a Prefeitura doMunicípio de São Paulo, estabeleceucomparações tomando como base o salá-rio/hora de homens e mulheres e demons-trou que, nessa cidade, esses valores são

    muito mais próximos do que sugerem osrendimentos médios mensais: o salário/hora das mulheres correspondia a cercade 95% do salário/hora dos homens.Pode-se argumentar que o acúmulo deafazeres domésticos e as maiores respon-sabilidades familiares impedem as mu-lheres de estender sua jornada e, assim,ampliar sua remuneração. Se tal hipóte-se se sustenta, e há evidências para tan-to,8 não se trata de uma discriminaçãosalarial propriamente, mas dos diferen-tes papéis que homens e mulheres de-sempenham em nossa sociedade. Portan-to, as diferenças de salários entre os se-xos envolve questões muito mais profun-das e complexas do que as contidas di-retamente no mercado de trabalho.

    Quanto a aqui chamada “discrimi-nação ocupacional”, que se refere às bar-reiras enfrentadas pelas mulheres noacesso a determinadas ocupações, em es-pecial as de maior remuneração, eviden-temente, também tem implicações paraa comparação de salários médios de ho-mens e mulheres.9 Como as mulheres

    8. Estudos recentes, utilizando dados da PNAD – 2001, mostram que cerca de 40% dos homens e 90% das mulheres declararamdesenvolver atividades domésticas.9. Também nesse aspecto, além da discriminação a que as mulheres estão sujeitas, os problemas relacionados ao uso do tempo porhomens e mulheres fora de suas atividades profissionais parecem ser relevantes para a explicação da situação desfavorável destasquanto ao acesso a ocupações melhor remuneradas.

    DIFERENÇA SALARIAL

    Maior desigualdade de salário entre os sexos éregistrada nas regiões com estrutura ocupacionalmais complexa

  • 15

    ainda enfrentam barreiras para o ingres-so em ocupações mais valorizadas, so-cial e economicamente, seus saláriosmédios tendem a ser permanentementeinferiores aos dos homens. Nessas con-dições, tal diferença nos valores médiosseria mantida mesmo que homens emulheres recebessem salários iguais emocupações iguais. Também sob essa óti-ca, reduzir a diferença entre saláriosmédios de homens e mulheres é umaquestão muito mais profunda e comple-xa do que a “discriminação salarial”deixa transparecer.

    O presente estudo não pretendeaprofundar essas questões, mas apenasincluir uma dimensão adicional, nemsempre devidamente explorada, que tratadas diferenciações salariais entre ho-mens e mulheres sob uma perspectivaregional (Tabela 2). Observe-se, que orendimento médio das mulheres que tra-balham na RMSP, embora menor que odos homens na mesma região, é maiorque o salário da população masculinaempregada nas demais regiões do Esta-do, à exceção das de Campinas, RM daBaixada Santista e São José dos Cam-pos. Ou seja, há um componente regio-nal importante que define os níveis sa-lariais de homens e mulheres que, cer-tamente, envolve aspectos relativos àestrutura e funcionamento dos mercadosde trabalho regionais e à própria dispo-nibilidade e possibilidades de acesso àsocupações disponíveis pelas pessoas –homens e mulheres – que trabalham nes-sas regiões.

    Porém, o que de mais relevante aTabela 2 sugere é a possibilidade de seestabelecer a hipótese de que quanto maiscomplexa a estrutura ocupacional, maiortende a ser a diferenciação salarial entrehomens e mulheres. Na RA de Registro,por exemplo, praticamente não há dife-renciação salarial entre sexos. A região,contudo, é sabidamente uma das menosdinâmicas do Estado e as pessoas que alitrabalham encontram-se entre as que rece-bem menor remuneração do Estado deSão Paulo. É razoável se concluir, por-tanto, que devido as reduzidas diver-sificações das atividades produtivas e deoportunidades de trabalho disponíveis naregião, sobretudo com vínculo formal, eque diante dos níveis salariais relativa-mente baixos, seja pequeno o espaço paraprovocar a referida diferenciação. Outrasituação ocorre em regiões mais dinâ-micas, como as de Franca, Barretos eAraçatuba, onde pode-se supor que devi-do ao fato de suas economias apresen-tarem graus relativamente elevados deespecialização, da mesma forma haveriapouco espaço para diferenciação expres-siva de sua estrutura ocupacional.

    Na Região Metropolitana de SãoPaulo, na RA de Campinas e na RM daBaixada Santista, cujas estruturas pro-dutivas e ocupacionais são mais com-plexas, a diferenciação salarial entre ho-mens e mulheres é relativamente gran-de. O caso da RA de São José dos Cam-pos, onde essa diferenciação atinge omaior nível, parece ser um caso espe-cial, tendo em vista que sua economia

    DIFERENÇA SALARIAL

  • 16

    está fortemente assentada em segmen-tos industriais complexos, mas tradici-onalmente empregadores de pessoas dosexo masculino. Não obstante essas ca-racterísticas distintas dos respectivosmercados de trabalho regionais, o ba-lanço da situação salarial entre 2000 e2002 foi negativo tanto para as mulhe-res como para os homens em todas as

    RAs do Estado. A análise regional, po-rém, expressa intensidade diferenciadana redução salarial de ambos. Confor-me o Gráfico 5, a perda salarial foi maiorpara os trabalhadores do sexo masculi-no na maioria das RAs, as exceções ocor-reram nas regiões Central, Metropolita-na de São Paulo, de São José dos Cam-pos, Barretos, e Ribeirão Preto, onde as

    Tabela 2Rendimento Médio Real do Emprego Formal, segundo Sexo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2002

    Em reais de dezembro de 2003

    Homens MulheresEstado de São Paulo eRegiões Administrativas

    (A) (B)(B) / (A)

    Estado de São Paulo 1.294,17 1.033,41 0,80

    RA de Barretos 720,91 574,50 0,80

    RA de Araçatuba 747,38 618,85 0,83

    RA de Franca 790,29 656,47 0,83

    RA de Registro 665,61 659,63 0,99

    RA de Marília 758,18 675,32 0,89

    RA Central 870,73 680,23 0,78

    RA de Pr. Prudente 759,04 682,40 0,90

    RA de S. J. do Rio Preto 762,79 707,96 0,93

    RA de Bauru 852,05 714,97 0,84

    RA de Sorocaba 930,27 721,77 0,78

    RA de Rib. Preto 998,57 809,56 0,81

    RA de Campinas 1.169,55 911,47 0,78

    RA de S. J. dos Campos 1.456,59 919,02 0,63

    RM da Baixada Santista 1.209,46 936,71 0,77

    RM de São Paulo 1.511,83 1.176,23 0,78

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.Nota: Inflator utilizado: INPC.

    DIFERENÇA SALARIAL

  • 17

    empregadas do setor formal registraramprejuízos maiores.

    A magnitude da perda do poderaquisitivo dos salários femininos tam-bém foi distinta: as maiores ocorreramna RA de Ribeirão Preto (13,7%), RMSP(11,25%) e RA de São José do Rio Pre-to (11,20%), as menores registraram-seem São José dos Campos (3,84%) eAraçatuba (3,85%). Para os homens, asmaiores perdas foram nas RAs de SãoJosé do Rio Preto (12,20%), de Ribei-rão Preto (11,32%) e de Marília

    (10,54%), as menores, na RA Central(5,38%) e na RA São José dos Campos(0,60%), que se destaca pela pequenavariação em relação à elevada magnitu-de verificada em todas as demais RAs.As menores quedas registradas nos sa-lários, tanto de homens como de mulhe-res, do setor formal da região de São Josédos Campos indicam que as caracterís-ticas da atividade regional conseguiramassegurar um melhor desempenho eco-nômico ante ao de outras regiões, no pe-ríodo 2000-02.

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 5Variação do Rendimento Médio Real do Emprego Formal, segundo Sexo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2002

    Reg

    istr

    o

    Bar

    reto

    s

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Homens Mulheres

    Em %

    -0,6

    -10,

    0

    -7,9 -8,4

    -8,1 -

    9,3

    -5,4

    -10,

    5

    -9,0 -1

    0,0

    -6,8

    -10,

    2 -12

    ,2

    -9,5

    -11,

    3

    -3,8

    -3,9

    -6,3 -6,7

    -6,7 -7,0 -

    8,3

    -8,3 -8,7 -9,0

    -9,2 -1

    0,1 -11,

    2

    -11,

    3

    -13,

    7

    DIFERENÇA SALARIAL

  • 18

    10. Ver Boletim Mulher & Trabalho, nº 3, março de 2001, da Fundação Seade.

    Com relação à escolaridade, em2002, o contingente de empregados noEstado de São Paulo era constituído por0,9% de analfabetos, 26,1% que nãocompletaram o ensino fundamental,17,0% com ensino fundamental comple-to, 8,9% possuíam o ensino médio in-completo, 8,2% de pessoas com ensinomédio completo, 4,9% não concluíramo ensino superior e 14,0% possuíam oensino superior completo.

    Nos últimos anos, o aumento da es-colaridade média da população – pro-cesso do qual as mulheres foram maisbeneficiadas – e a maior seletividade naocupação dos postos de trabalho ocasio-naram modificações no perfil de esco-laridade da população ocupada. Emcomparação à situação existente no anode 2000, verifica-se, por um lado, o de-créscimo no número de analfabetos e depessoas com o ensino fundamental in-completo e, por outro, o aumento dossegmentos com ensino médio e superiorcompletos (Gráfico 6).

    Por sexo, verifica-se que mulherese homens seguem a mesma tendência dototal do Estado, porém as primeiras apre-

    sentam proporções maiores nos níveisde escolaridade superiores, confirman-do a vantagem já observada em 2000.10Enquanto, em 2002, 23,8% e 10,4% doshomens ocupados com vínculo formalde trabalho possuíam, respectivamente,ensino médio completo e superior com-pleto, entre as mulheres essas propor-ções eram de 35,2% e 19,7%.

    Observa-se, também, que a propor-ção de homens ocupados é francamentemaior nos níveis de ensino mais baixos,enquanto a presença de mulheres se ele-va gradativamente à medida que aumen-ta o nível de escolaridade (Tabela 3).Assim, em 2002 as mulheres representa-vam um pouco mais da metade (54,6%)dos assalariados no Estado com ensinosuperior completo. Entre as pessoas comensino médio completo as mulheres re-presentavam 48,5%. Em contrapartida, oemprego masculino predominava entre osníveis de nenhuma (72,8% dos analfabe-tos) ou de baixa escolaridade (74,8% dosque possuíam o ensino fundamental in-completo). Essa composição pode serparcialmente explicada pela participaçãode homens de mais idade e com maior

    ESCOLARIDADE

    Emprego de mulheres com ensino superiormantém crescimento e passa a representar maisda metade desse segmento

  • 19

    Tabela 3Distribuição do Emprego Formal, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Estado de São Paulo2002

    Em porcentagemNível de Ensino Homens Mulheres Total

    Total 61,1 38,9 100,0

    Analfabetos 72,8 27,2 100,0

    Ensino Fundamental Incompleto 74,8 25,2 100,0

    Ensino Fundamental Completo 69,6 30,4 100,0

    Ensino Médio Incompleto 64,8 35,2 100,0

    Ensino Médio Completo 51,5 48,5 100,0

    Ensino Superior Incompleto 49,6 50,4 100,0

    Ensino Superior Completo 45,4 54,6 100,0

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 6Variação do Emprego, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Estado de São Paulo2000/2002

    -21

    ,4

    -10

    ,2

    4,0

    4,0

    33,

    9

    1,2

    13,

    5

    4,7

    -23

    ,4

    -12

    ,6

    -2,

    1

    -6,

    9

    32,

    6

    1,6

    18,

    6

    9,1

    -22

    ,0

    -10

    ,8

    2,1

    -0,

    1

    33,

    3

    1,4

    16,

    2

    6,4

    Em %

    Homens Mulheres Total

    Tota

    l

    En

    sin

    o S

    up

    erio

    rC

    om

    ple

    to

    En

    sin

    o S

    up

    erio

    rIn

    com

    ple

    to

    En

    sin

    o M

    éd

    ioC

    om

    ple

    to

    En

    sin

    o M

    éd

    ioIn

    com

    ple

    to

    En

    sin

    o F

    un

    da

    me

    nta

    lC

    om

    ple

    to

    En

    sin

    o F

    un

    da

    me

    nta

    lIn

    com

    ple

    to

    An

    alfa

    be

    tos

    ESCOLARIDADE

  • 20

    tempo de trabalho em ocupações que secaracterizam pela baixa qualificação,sobretudo na construção civil, agropecuá-ria e nas ocupações de auxiliares de pro-dução na indústria.

    O aumento do emprego femininocom ensino superior completo, no perío-do 2000-02, foi maior que o masculino(18,6% e 13,5%, respectivamente). Ape-sar de intensa, a ampliação das oportuni-dades ocupacionais para as mulheres comensino médio completo foi ligeiramentemenor do que a ocorrida entre os homens(33,9% e 32,6%, respectivamente). Nosníveis de menor escolaridade, verifica-se decréscimo significativo de analfabe-tos ocupados, em maior medida para asmulheres (23,4% contra 21,4% entre oshomens), e crescimento discreto, paraaqueles que haviam concluído o ensinofundamental (4,0%) e pequena reduçãopara as mulheres (2,1%).

    Quando se analisa a composição doemprego feminino, segundo escolarida-de, por Regiões Administrativas do Es-tado de São Paulo, destacam-se as se-guintes informações:• a proporção de trabalhadoras com ní-

    vel superior completo, em relação aototal de ocupadas, é maior que a doshomens em todas as regiões do Esta-do, (Gráfico 7). Os maiores índicesfemininos foram verificados na RMSP(22,7%), RM da Baixada Santista(18,8%) e RA de Presidente Pruden-te (18,0%), enquanto no outro extre-mo encontram-se a RA Central(11,7%), RA de Registro (12,2%) e

    RA de Sorocaba (12,6%). O maiordiferencial entre os sexos ocorre naRA de Barretos, onde a proporção deemprego feminino com superior com-pleto (13,7%) supera em quase trêsvezes a do masculino (5,2%, o menorvalor registrado para os homens). Fatodiverso do que ocorre na RMSP, RAde Campinas e RA de São José dosCampos, onde as diferenças entrehomens e mulheres são as menores;

    • com exceção de apenas duas RAs(Barretos, 27%, e Franca, 28%), amaioria das mulheres trabalhadoras(em torno de um terço do total de cadaregião) possui pelo menos o ensinomédio completo, tendência revigora-da com relação ao ano 2000. Entre oshomens, a maior parcela não concluiuo ensino fundamental – exclusive naRA de São José dos Campos onde amaioria (29%) dos trabalhadores ter-minaram o ensino médio – principal-mente nas RAs de Barretos (52%),Registro (48%) e Franca (46%) (VerAnexo).

    Quando se analisa a composição donível de escolaridade por sexo, vale res-saltar:• a proporção de assalariadas que con-

    cluíram o ensino superior é maior doque a dos homens nessas condições naquase totalidade das regiões, com ex-ceção das RAs de São José dos Cam-pos (47,9%) e Central (49,5%), (Grá-fico 8). Destacam-se, com os maioresvalores, as regiões Metropolitana daBaixada Santista (57,2%) e de São José

    ESCOLARIDADE

  • 21

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 8Distribuição dos Empregados com Ensino Superior Completo, segundo Sexo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2002

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 7Proporção dos Empregados com Ensino Superior Completo em

    Relação aos Respectivos Totais, segundo SexoRegiões Administrativas do Estado de São Paulo

    2002

    Reg

    istr

    o

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Homens Mulheres

    Em %

    Bar

    reto

    s

    10,4

    13,0

    8,1

    8,2

    7,39

    ,3

    7,07,6

    7,8

    6,3

    5,7

    5,26

    ,9

    5,9

    5,26,0

    19,

    7 22

    ,7

    18,

    8

    18,

    0

    17,

    6

    16,

    7

    16,

    4

    16,

    1

    14,

    3

    14,

    2

    14,

    0

    13,

    7

    13,

    5

    12,

    6

    12,

    2

    11,

    7

    Est

    ado

    Reg

    istr

    o

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Homens Mulheres

    Em %

    Bar

    reto

    s

    Est

    ado

    45,4

    42,8

    43,1

    44,1

    44,5

    44,6

    44,9

    45,0

    45,2

    45,8

    46,7

    47,3

    47,8

    49,2

    50,5

    52,1

    54,

    6

    57,

    2

    56,

    9

    55,

    9

    55,

    5

    55,

    4

    55,

    1

    55,

    0

    54,

    8

    54,

    2

    53,

    3

    52,

    7

    52,

    2

    50,

    8

    49,

    5

    47,

    9

    ESCOLARIDADE

  • 22

    do Rio Preto (56,9%). O maior acessodas mulheres ao ensino superior estárefletido nessas estatísticas e confirmaa tendência verificada desde o inícioda década passada, quando os dadosdo Censo 1991 indicaram que asmulheres já respondiam, naquele ano,por mais da metade do contingente quefreqüentava esse nível de ensino noEstado. A predominância das mulheresentre os empregados com nível superiorse justifica não só pela facilidade deacesso, como também pela maiorpermanência feminina no sistemaeducacional, uma vez que as mulherestambém são maioria entre os concluin-tes do ensino superior;

    • entre os trabalhadores com ensino mé-dio completo, os homens são maioriaem todas as regiões, com exceção da

    RM de São Paulo (49,1%), (Gráfico9). Nas regiões administrativas de Re-gistro e Araçatuba, as proporções demulheres e homens são as que apre-sentam o menor diferencial, aproxi-mando-se da média do Estado, queregistra 48,5% e 51,5% de empregosocupados por mulheres e homens comensino médio completo, respectiva-mente. A RA de São José dos Camposapresenta o comportamento mais dis-tinto, com as mulheres representando39,2% dos empregados com essa esco-laridade, menor proporção observada.

    Na comparação entre 2000/2002,destaca-se o seguinte:• as mulheres com nível superior com-

    pleto ampliaram sua participação nospostos de trabalho em todas as RAs,exceto nas de Ribeirão Preto e São

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    Gráfico 9Distribuição dos Empregados com Ensino Médio Completo, por Sexo

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2002

    51,5

    51,6

    53,2

    54,5

    55,3

    55,7

    53,7

    54,0

    53,1

    50,252

    ,5

    60,8

    53,0

    49,153

    ,056,2

    48,

    5

    48,

    4

    46,

    8

    45,

    5

    44,

    7

    44,

    3

    46,

    3

    46,

    0

    46,

    9

    49,

    8

    47,

    5

    39,

    2 47

    ,0 50,

    9

    47,

    0

    43,

    8

    Reg

    istr

    o

    Fra

    nca

    P. P

    rude

    nte

    Ara

    çatu

    ba

    Mar

    ília

    Cen

    tral

    Bau

    ru

    S.J

    . Rio

    Pre

    to

    R. P

    reto

    RM

    da

    Bai

    xada

    San

    tista

    S.J

    .Cam

    pos

    Sor

    ocab

    a

    Cam

    pina

    s

    RM

    de

    São

    Pau

    lo

    Homens Mulheres

    Em %

    Bar

    reto

    s

    Est

    ado

    ESCOLARIDADE

  • 23

    José dos Campos, em que registramligeiros decréscimos, ainda assim asmulheres continuam maioria;

    • o emprego cresceu mais para homensdo que para mulheres que haviamcompletado o ensino médio, com ex-ceção da RMSP, que apresentou varia-ções muito próximas entre os sexos:34,1% entre os homens e 35,3% entreas mulheres;

    • em termos relativos, a Região Admi-nistrativa de Franca registrou a maiorampliação de empregos ocupados porpessoas com ensino médio completo:no período, o incremento do empregofeminino foi de 40,1% e o masculinode 43,0%.

    Possuir oito anos de estudos comple-tos é praticamente a linha divisória paraa entrada ou permanência entre os traba-lhadores contratados. A retração de em-pregos ocorreu de forma predominanteentre os ocupados com escolaridade in-

    ferior a esse nível de ensino, que nessesdois primeiros anos da década foi respon-sável pelo maior saldo negativo (291 mil).

    Em contraste, o maior saldo positi-vo verificou-se entre as pessoas de am-bos os sexos que possuíam ensino mé-dio completo (603 mil), merecendo des-taque o saldo de novos postos de traba-lho ocupados por mulheres com o ensi-no superior completo (103 mil).

    Esses fatos expressam fenômenospresentes na dinâmica do mercado detrabalho paulista que exigem o aprofun-damento de algumas questões que foramapenas indicadas nesse trabalho.

    Nesse sentido, análises que cor-relacionassem níveis de escolaridade,sexo e ocupações numa perspectiva re-gional, talvez trouxessem contribui-ções para a maior compreensão das ca-racterísticas da inserção feminina nomercado formal de trabalho no Esta-do de São Paulo.

    Tabela 4Variação do Emprego Formal, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Estado de São Paulo2000/2002

    Nível de Ensino Homens Mulheres Total

    Total 236.033 278.317 514.350

    Analfabetos -14.700 -6.179 -20.879

    Ensino Fundamental Incompleto -189.711 -80.885 -270.596

    Ensino Fundamental Completo 39.172 -9.301 29.871

    Ensino Médio Incompleto 18.926 -19.820 -894

    Ensino Médio Completo 315.098 288.260 603.358

    Ensino Superior Incompleto 2.475 3.312 5.787

    Ensino Superior Completo 64.773 102.930 167.703

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    ESCOLARIDADE

  • 24

    ANEXOVínculos Empregatícios, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2000-2002

    2000 2002Nível de Ensino

    Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

    Estado de São Paulo 4.994.897 3.054.635 8.049.532 5.230.930 3.332.952 8.563.882Analfabetos 68.674 26.392 95.066 53.974 20.213 74.187Ensino Fundamental Incompleto 1.864.488 644.102 2.508.590 1.674.777 563.217 2.237.994Ensino Fundamental Completo 972.756 450.538 1.423.294 1.011.928 441.237 1.453.165Ensino Médio Incompleto 472.794 286.711 759.505 491.720 266.891 758.611Ensino Médio Completo 928.606 884.993 1.813.599 1.243.704 1.173.253 2.416.957Ensino Superior Incompleto 206.624 208.862 415.486 209.099 212.174 421.273Ensino Superior Completo 480.955 553.037 1.033.992 545.728 655.967 1.201.695

    RA de Araçatuba 68.438 41.997 110.435 74.644 46.938 121.582Analfabetos 919 266 1.185 794 220 1.014Ensino Fundamental Incompleto 28.670 11.256 39.926 27.017 9.670 36.687Ensino Fundamental Completo 12.877 7.038 19.915 14.781 7.888 22.669Ensino Médio Incompleto 7.597 5.069 12.666 8.629 5.389 14.018Ensino Médio Completo 12.201 11.554 23.755 16.482 15.474 31.956Ensino Superior Incompleto 1.738 1.761 3.499 5.181 6.344 11.525Ensino Superior Completo 4.436 5.053 9.489 5.181 6.344 11.525

    RA de Barretos 46.684 19.986 66.670 51.111 24.371 75.482Analfabetos 788 285 1.073 1.321 463 1.784Ensino Fundamental Incompleto 25.935 6.849 32.784 26.621 8.162 34.783Ensino Fundamental Completo 8.218 2.967 11.185 8.406 3.203 11.609Ensino Médio Incompleto 3.410 1.695 5.105 3.938 2.082 6.020Ensino Médio Completo 5.386 4.997 10.383 7.349 6.458 13.807Ensino Superior Incompleto 820 620 1.440 830 652 1.482Ensino Superior Completo 2.127 2.573 4.700 2.646 3.351 5.997

    RA de Bauru 120.312 59.177 179.489 125.722 65.908 191.630Analfabetos 1.666 621 2.287 1.658 565 2.223Ensino Fundamental Incompleto 53.592 14.597 68.189 49.863 14.567 64.430Ensino Fundamental Completo 24.662 10.655 35.317 25.902 10.984 36.886Ensino Médio Incompleto 11.794 6.659 18.453 13.167 7.129 20.296Ensino Médio Completo 18.458 15.767 34.225 24.167 20.214 44.381Ensino Superior Incompleto 2.983 2.899 5.882 3.097 3.120 6.217Ensino Superior Completo 7.157 7.979 15.136 7.868 9.329 17.197

    (continua)

  • 25

    ANEXOVínculos Empregatícios, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2000-2002

    2000 2002Nível de Ensino

    Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

    RA de Campinas 724.691 389.281 1.113.972 766.404 432.552 1.198.956Analfabetos 8.977 3.487 12.464 7.456 2.821 10.277Ensino Fundamental Incompleto 290.073 102.475 392.548 261.483 93.672 355.155Ensino Fundamental Completo 164.040 73.198 237.238 177.730 79.095 256.825Ensino Médio Incompleto 65.975 39.260 105.235 72.842 42.361 115.203Ensino Médio Completo 121.553 102.703 224.256 164.807 133.428 298.235Ensino Superior Incompleto 20.249 16.617 36.866 22.089 19.180 41.269Ensino Superior Completo 53.824 51.541 105.365 59.997 61.995 121.992

    RA Central 115.293 55.893 171.186 124.403 62.890 187.293Analfabetos 2.250 1.018 3.268 2.173 1.049 3.222Ensino Fundamental Incompleto 54.636 17.003 71.639 51.153 17.127 68.280Ensino Fundamental Completo 22.223 9.904 32.127 25.893 11.056 36.949Ensino Médio Incompleto 9.783 5.125 14.908 11.742 5.491 17.233Ensino Médio Completo 17.803 15.075 32.878 23.664 18.822 42.486Ensino Superior Incompleto 2.169 1.780 3.949 2.303 2.006 4.309Ensino Superior Completo 6.429 5.988 12.417 7.475 7.339 14.814

    RA de Franca 70.979 33.236 104.215 76.902 38.546 115.448Analfabetos 993 229 1.222 842 200 1.042Ensino Fundamental Incompleto 36.657 9.081 45.738 35.396 9.366 44.762Ensino Fundamental Completo 12.460 6.172 18.632 13.913 6.588 20.501Ensino Médio Incompleto 6.560 3.772 10.332 8.019 4.225 12.244Ensino Médio Completo 8.867 7.819 16.686 12.684 10.957 23.641Ensino Superior Incompleto 1.708 1.693 3.401 1.665 1.827 3.492Ensino Superior Completo 3.734 4.470 8.204 4.383 5.383 9.766

    RA de Marília 97.967 48.933 146.900 100.546 53.557 154.103Analfabetos 1.388 438 1.826 1.147 322 1.469Ensino Fundamental Incompleto 44.996 12.239 57.235 40.366 10.882 51.248Ensino Fundamental Completo 17.181 7.866 25.047 17.771 7.888 25.659Ensino Médio Incompleto 10.375 5.624 15.999 11.405 5.853 17.258Ensino Médio Completo 15.554 13.277 28.831 20.417 17.360 37.777Ensino Superior Incompleto 2.367 2.338 4.705 2.380 2.492 4.872Ensino Superior Completo 6.106 7.151 13.257 7.060 8.760 15.820

    (continua)

    ANEXO

  • 26

    ANEXOVínculos Empregatícios, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2000-2002

    2000 2002Nível de Ensino

    Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

    (continua)

    RA de Presidente Prudente 66.762 35.990 102.752 74.413 40.873 115.286Analfabetos 648 177 825 664 165 829Ensino Fundamental Incompleto 27.895 7.919 35.814 26.727 7.343 34.070Ensino Fundamental Completo 12.889 5.669 18.558 14.508 5.808 20.316Ensino Médio Incompleto 6.740 3.460 10.200 7.955 3.559 11.514Ensino Médio Completo 12.302 11.735 24.037 17.000 15.031 32.031Ensino Superior Incompleto 1.552 1.428 2.980 1.489 1.597 3.086Ensino Superior Completo 4.736 5.602 10.338 6.070 7.370 13.440

    RA de Registro 17.373 7.367 24.740 17.933 8.291 26.224Analfabetos 438 100 538 394 64 458Ensino Fundamental Incompleto 9.401 2.140 11.541 8.609 2.030 10.639Ensino Fundamental Completo 3.102 1.297 4.399 3.106 1.174 4.280Ensino Médio Incompleto 1.375 674 2.049 1.663 784 2.447Ensino Médio Completo 2.119 2.169 4.288 3.031 3.004 6.035Ensino Superior Incompleto 202 244 446 201 222 423Ensino Superior Completo 736 743 1.479 929 1.013 1.942

    RA de Ribeirão Preto 137.679 73.272 210.951 151.711 81.282 232.993Analfabetos 2.087 579 2.666 1.784 478 2.262Ensino Fundamental Incompleto 60.898 17.119 78.017 60.077 15.827 75.904Ensino Fundamental Completo 25.763 11.754 37.517 29.308 12.286 41.594Ensino Médio Incompleto 13.159 8.160 21.319 15.145 9.100 24.245Ensino Médio Completo 21.676 20.633 42.309 29.263 26.480 55.743Ensino Superior Incompleto 4.292 3.751 8.043 4.616 3.990 8.606Ensino Superior Completo 9.804 11.276 21.080 11.518 13.121 24.639

    RA de S. J. dos Campos 219.267 109.805 329.072 236.801 120.926 357.727Analfabetos 3.460 1.406 4.866 1.997 674 2.671Ensino Fundamental Incompleto 69.896 21.818 91.714 63.016 19.364 82.380Ensino Fundamental Completo 49.758 19.644 69.402 50.445 18.689 69.134Ensino Médio Incompleto 19.593 10.084 29.677 21.739 11.081 32.820Ensino Médio Completo 52.836 35.898 88.734 69.543 44.872 114.415Ensino Superior Incompleto 7.244 5.401 12.645 8.122 6.079 14.201Ensino Superior Completo 16.480 15.554 32.034 21.939 20.167 42.106

    ANEXO

  • 27

    ANEXOVínculos Empregatícios, por Sexo, segundo Nível de Ensino

    Regiões Administrativas do Estado de São Paulo2000-2002

    2000 2002Nível de Ensino

    Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

    RM da Baixada Santista 151.984 86.032 238.016 156.560 90.367 246.927Analfabetos 3.272 1.016 4.288 2.486 730 3.216Ensino Fundamental Incompleto 57.902 17.975 75.877 52.361 15.531 67.892Ensino Fundamental Completo 34.884 13.903 48.787 34.815 13.356 48.171Ensino Médio Incompleto 13.989 8.319 22.308 14.613 8.026 22.639Ensino Médio Completo 26.172 25.494 51.666 34.742 30.870 65.612Ensino Superior Incompleto 4.340 4.405 8.745 4.851 4.909 9.760Ensino Superior Completo 11.425 14.920 26.345 12.692 16.945 29.637

    RM de São Paulo 2.744.727 1.886.082 4.630.809 2.841.381 2.037.310 4.878.691Analfabetos 36.680 14.158 50.838 26.915 10.713 37.628Ensino Fundamental Incompleto 923.926 349.486 1.273.412 805.828 288.833 1.094.661Ensino Fundamental Completo 497.757 244.502 742.259 503.818 224.950 728.768Ensino Médio Incompleto 265.785 168.646 434.431 260.272 140.937 401.209Ensino Médio Completo 542.872 558.092 1.100.964 728.072 754.963 1.483.035Ensino Superior Incompleto 148.046 157.673 305.719 146.032 154.838 300.870Ensino Superior Completo 329.661 393.525 723.186 370.444 462.076 832.520

    RA de S. J. do Rio Preto 128.185 66.390 194.575 142.454 77.363 219.817Analfabetos 1.435 563 1.998 1.281 573 1.854Ensino Fundamental Incompleto 55.024 15.107 70.131 54.870 15.466 70.336Ensino Fundamental Completo 25.420 10.460 35.880 28.920 11.366 40.286Ensino Médio Incompleto 12.058 6.080 18.138 13.980 6.505 20.485Ensino Médio Completo 22.503 20.305 42.808 29.810 26.394 56.204Ensino Superior Incompleto 3.156 3.027 6.183 3.250 3.424 6.674Ensino Superior Completo 8.589 10.848 19.437 10.343 13.635 23.978

    RA de Sorocaba 284.556 141.194 425.750 289.945 151.778 441.723Analfabetos 3.673 2.049 5.722 3.062 1.176 4.238Ensino Fundamental Incompleto 124.987 39.038 164.025 111.390 35.377 146.767Ensino Fundamental Completo 61.522 25.509 87.031 62.612 26.906 89.518Ensino Médio Incompleto 24.601 14.084 38.685 26.611 14.369 40.980Ensino Médio Completo 48.304 39.475 87.779 62.673 48.926 111.599Ensino Superior Incompleto 5.758 5.225 10.983 6.414 5.885 12.299Ensino Superior Completo 15.711 15.814 31.525 17.183 19.139 36.322

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais 2002 preliminar; Fundação Seade.

    ANEXO

  • Inserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher nomermermermermercado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhono Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:uma aboruma aboruma aboruma aboruma abordagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regional

    Inserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher noInserção da mulher nomermermermermercado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhocado formal de trabalhono Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,no Estado de São Paulo,entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:entre 2000 e 2002:uma aboruma aboruma aboruma aboruma abordagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regionaldagem regional

    Geração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESPGeração de novos empregos no ESP

    beneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheresbeneficia mais as mulheres

    Setor público eSetor público eSetor público eSetor público eSetor público exxxxxerererererce papel de destaque nace papel de destaque nace papel de destaque nace papel de destaque nace papel de destaque na

    inserção femininainserção femininainserção femininainserção femininainserção feminina

    Maior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre osMaior desigualdade de salários entre os

    sesesesesexxxxxos ocoros ocoros ocoros ocoros ocorre nas economias regionaisre nas economias regionaisre nas economias regionaisre nas economias regionaisre nas economias regionais

    mais dinâmicasmais dinâmicasmais dinâmicasmais dinâmicasmais dinâmicas

    Entre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superiorEntre os assalariados com nível superior

    completo, 55% são mulherescompleto, 55% são mulherescompleto, 55% são mulherescompleto, 55% são mulherescompleto, 55% são mulheres

    São Paulo novembro de 2004 no 13Publicação trimestral editada pela Fundação SEADE

    SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

    GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSecretaria de Economia e Planejamento

    Entidades participantes

    Secretaria do Emprego eRelações do Trabalho do

    Estado de São Paulo – Sert