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ЧЕРВЕНЬ 2019 N.o 534 (3963) JUNHO 2019 BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL Інформативний бюлетень Українського Товариства Бразилії Al. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected]

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ЧЕРВЕНЬ 2019N.o 534 (3963) JUNHO 2019BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

Інформативний бюлетень Українського Товариства БразиліїAl. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected]

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 N.o 534 (3963) JUNHO 20192

SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

O povo ucraniano sempre teve uma vida bastante difícil ao longo da história, com seu território sempre cobiçado pelos vizinhos, chegando a ser dividido pelos seus inimigos. Sua situação durante o período da I e II Guerras piorou muito, fazendo com que muitos ucranianos transpusessem o oceano em busca de melhor sorte. Para auxiliar e dar apoio aos imigrantes ucranianos que chegavam em condições precárias, foi fundada em 07 de julho de 1922 em Dorizon, distrito de Mallet-Pr, a União Ucraína do Brasil que posteriormente passou a denominar-se Sociedade Ucraniana do Brasil. Em 1923 foi transferida para União da Vitória-Pr e em 1934 transferiu-se para Curitiba, quando também foram incorporados os sócios da Sociedade Tarás Chevtchenko, fundada em 1908. Ao transferir-se para Curitiba, passou a ter maior representatividade junto ao governo brasileiro. Passadas as primeiras dificuldades da fundação e estruturação da entidade, foi criado em 1924o jornal “Hliborób – O Lavrador”, para ser o porta-voz da comunidade ucraniana. Logo de início, já tinha assegurados 2000 assinantes para os quais era enviado semanalmente com a máxima pontualidade.Ainda em 1924, forma-se a Organização Feminina para auxiliar no apoio assistencial dos descendentes carentes, auxiliar nos trabalhos em eventos da Sociedade, orientar recém-chegadas e facilitar sua adaptação aos novos alimentos, costumes e condições climáticas que aqui encontravam. Sob orientação das abnegadas senhoras, surgem também escolas de ucraniano. Em Curitiba permanece até os dias de hoje a Subotna Chkola Léssia Ukrainka. Em 1970, as senhoras criam o atual Museu Ucraniano de Curitiba, onde estão expostas peças de indumentária, artesanato, instrumentos musicais, documentos e muitas outras peças trazidas ainda pelos imigrantes. Em 1930, é iniciado um fabuloso trabalho de manutenção e divulgação de tradições folclóricas ucranianas através da dança e canto, com o surgimento do que posteriormente se tornaria o Grupo Folclórico Ucraniano de Curitiba, atual Folclore Ucraniano Barvinok. Dentre as atividades aqui relacionadas, é preciso ainda incluir o programa de rádio “Um Momento Ucraniano”, que criado em 1952, durante cerca de 50 anos trouxe notícias da Ucrânia e dos acontecimentos da comunidade aqui no Brasil, matérias sobre a cultura ucraniana, além de irradiar as belas canções ucranianas ao público em geral. No ano de 1940, um grupo de jovens estudantes formou o Centro Lítero Esportivo Mocidade, que organizava eventos esportivos, culturais e atividades ao ar livre voltados ao público jovem. Também não podemos deixar de citar que junto à Sociedade Ucraniana do Brasil, por questões políticas, foi fundado o Clube Ucraíno Brasileiro, que representava a Sociedade junto ao Congresso Mundial dos Ucranianos, apoiando a Ucrânia na sua busca pela liberdade e soberania. Com o decorrer do tempo, o Clube Ucraíno cessou suas atividades, permanecendo a Sociedade Ucraniana do Brasil como membro efetivo do Congresso Mundial dos Ucranianos. Com uma relevância histórica tão importante em seus 97 anos de funcionamento, a Sociedade Ucraniana do Brasil tem muito a contar sobre a organização e a vida da comunidade ucraniana no Brasil. Por esta razão, atualmente trabalhamos com a meta de implantar o “Projeto memória ucraniana através do acervo histórico da Sociedade Ucraniana do Brasil”, visando a conservação de valiosos documentos centenários, a partir dos quais é possível traçar não só a história da comunidade, mas também sua importante participação no contexto nacional brasileiro. Junte-se a nós!

Mirna Slava Kirylowicz VoloschenPresidente

EDITORIAL

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 3 N.o 534 (3963) JUNHO 2019

FOLCLORE UCRANIANO BARVINOK

Neste mês de junho, o Folclore Ucraniano Barvinok se dedicou integralmente aos ensaios e preparação do seu espetáculo no 58º Festival Folclórico de Etnias do Paraná.

A apresentação do Barvinok, a ser realizada dia 05 de julho às 20:30 no Teatro Guaíra, contará com todos os departamentos do Folclore, sendo eles orquestra, coral, dança adulto e juvenil, assim como da Subotna Chkola Lessia Ukrainka, departamento da Sociedade Ucraniana do Brasil que se dedica a manutenção da cultura ucraniana desde a mais tenra idade. Durante o mês de julho, diversos ensaios adicionais ocorreram na programação do Barvinok para fazer da noite ainda mais especial.

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Do Barvinok, estiveram presentes componentes do grupo adulto, juvenil e coral, representando diversas regiões da Ucrânia como a Bukovyna, a Hutsulschyna, a Boikivschyna, a Zaporizhia, a Volynia e região central. ParaentrarnoclimadoFolclorize,aconteceunodia22umdesfiledeaberturadoFestival,comuma caminhada dos folcloristas trajados com vestimentas típicas, para a divulgação do Festival. A marcha saiu do Teatro Guaíra às 11h e seguiu pela Rua XV até a Boca Maldita. Foi uma oportunidade para o grande público conhecer um pouco do que será apresentado no Festival. O evento é realizado pela Associação Interétnica do Paraná (Aintepar) e produzido pela Universidade Livre da Cultura (Unicultura)atravésdaLeiEstadualdeIncentivoàCultura–Profice,comapoiodaCopel,HavanedaFundação Cultural de Curitiba.

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 5 N.o 534 (3963) JUNHO 2019

DIAS DO CINEMA UCRANIANO NO BRASIL

Na última semana de junho, a comunidade ucraniana teve a oportunidade de assistir à exibição deseisfilmesucranianosduranteoevento “Dias do Cinema Ucraniano no Brasil”.Naabertura oficial nodia 25 de junho, foi servido um coquetel e participaram o Embaixador da Ucrânia no Brasil, Sr. Rostyslav Tronenko, o Presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira, Sr. Vitório Sorotiuk, o Cônsul Honorário da Ucrânia em Curitiba para o Estado do Paraná Sr. Mariano Czaikowski, do Coordenador de etnias Carlos Hauer, da Coordenadora da Cinemateca de Curitiba Thaisa Marques Teixeira além de um grande número de membros da comunidade em geral, lotando o auditório da Cinemateca de Curitiba. Osfilmesexibidosforam“Nobres Vagabundos” uma história engraçada que se passa na cidade de Lviv nos anos de 1938-39, produção de 2018 do diretor Oleksandr Berezan; “Portão”, um drama místico do diretor Volodymyr Tykhiy de 2017; “Nível de Preto”, filmede2018quefoiocandidatodaUcrâniaaoOscarna categoria “Melhor Filme Estrangeiro”, do diretor Valentyn Vassyanovich; a comédia “Um Pergaminho Desaparecido” de Borys Ivchenko, baseado na história de Mykola Gogol sobre a aventura dos cossacos Vasil e Andryivna em viagem à São Petersburgo para entregar uma carta do Hetman à Rainha e seu feliz retorno à aldeia. Também foi apresentado o filme“Fortaleza”, uma aventura/fantasia que conta a história do menino Vitkose que volta no passado aos tempos da Rus’ de Kyiv e se vê no auge de uma batalha entre o bem e o mal de Yurii Kovaliov, e “Nome de Guerra ‘Banderas” de Zaza Buadze, baseado na história de um experiente capital do grupo de inteligência Anton Sayenko (nome de guerra - Banderas) que tenta sabotar as incursões do russo Khodok. Estaéumamostrainéditadefilmesucranianosno Brasil e revela o fortalecimento e vitalidade da produção audiovisual que a Ucrânia tem experimentado nos últimos anos, segundo o Embaixador Rostyslav Tronenko.VitórioSorotiuk frisouquedosseisfilmesapresentados,apenasumfoifilmadoantesdosanos1991, quando a Ucrânia declarou sua independência. A seleçãodefilmes também foi apresentadaem Brasília no Cine Brasília, com a presença da delegação da Agência Estatal de Cinema da Ucrânia.

Mirna Slava K.Voloschen

DESCENDENTE DE UCRANIANOS NO TRIO PARANAENSE

Recentemente, nos meses de maio e junho, os curitibanos tiveram o privilégio de ouvir um belíssimo repertório da música clássica. Tal privilégio, foi proporcionado pelo Trio Paranaense, formado pelos músicos Luiz Guilherme Pozzi (piano), Winston Ramalho (violino) e para orgulho da comunidade ucraniana, Adriane Savytzky (violoncelo). Adriane, é filhadocasalBogdanoSavytzky,quefoiPresidenteda Sociedade Ucraniana do Brasil, e Edna Ritzmann Savytzky. Aliás, duas filhas do casal, Adriane eSimone Ritzmann Savytzky, tocarão na orquestra do Folclore Ucraniano Barvinok, no Festival Folclórico e de Etnias do Paraná neste ano. A violoncelista do Trio, Adriane, tem um vasto currículo, sendo formada bacharel em Instrumento (violoncelo) pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Especializou-se em violoncelo na Yale University, em New Haven (EUA) e na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa (Portugal). Atuou como primeiro cello nas orquestras Camerata Antiqua de Curitiba, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra de Câmera de Blumenau e Orquestra Metropolitana de Lisboa. Durante 10 anos atuou como spalla nas orquestras europeias Salzburg Chamber Soloists (Áustria), Deutsche Kammerakademie Neuss am Rhein (Alemanha), em turnês na França, Alemanha, Espanha, Holanda, Suíça, Itália, Dinamarca, Japão, Líbano, Rússia, México, EUA, Chile e Argentina. Além de se apresentar como solista e camerista, também é professora de violoncelo da Associação do Talento Musical do Paraná, método Suzuki. Prêmio “Cidade de Curitiba” da Câmara Municipal de Curitiba (2012).O Trio Paranaense é uma recriação do primeiro conjunto camerístico no Estado do Paraná, que surgiu em 1932. As apresentações aconteceram no auditório do Guairinha, na Capela Santa Maria e no Paço da Liberdade. O público pôde ouvir os acordes de obras clássicas de Rachmaninoff, Strauss eBrahms.

Texto: Mirna Voloschen

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 N.o 534 (3963) JUNHO 20196

Embaixador da Ucrânia no Brasil visita Fecomércio PR

Maior país inteiramente no continente europeu, a Ucrânia tem fortes laços com o Paraná. O estado abriga aproximadamente 80% de uma população de mais de um milhão de imigrantes, que começaram a chegar em 1891. As primeiras famílias se estabeleceram na colônia de Rio Claro, onde foi constituído o município de Mallet. Mas foi Prudentópolis que recebeu o maior número de imigrantes e hoje abriga em torno de 38 mil ucranianos e descendentes. Em Curitiba vivem cerca de 33 mil ucranianos e descendentes.

Visando estreitar ainda mais esse vínculo, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e vice--governador do Paraná, Darci Piana, recepcionou, na manhã de ontem (26), na sede da Fecomércio PR, o embaixador da Ucrânia no Brasil,Rostyslav Tronenko. O embaixador proferiu a palestra “Oportunidades de Negócios entre Brasil e Ucrânia”. O evento também contou com a presença do Cônsul Honorário da Ucrânia em Curitiba, Mariano Czaikowski; do diretor de relações internacionais da Fecomércio PR, Rui Lemes; do presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Paraná (Abav-PR), Antônio João Monteiro de Azevedo; do Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, João Kopytowski; do diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB),ZulfiroAntônioBósio,ederepresentantesdesindicatos e empresários de diversos setores. O embaixador destacou que o principal objetivo do encontro foi falar sobre as oportunidades de negócios que a Ucrânia oferece. Em sua apresentação, Tronenko informou que o PIB da Ucrânia cresceu 8,4% de 2016 a 2018 e o percentual de investimentos estrangeiros aumentou 8% no ano passado. A economia do país tem como destaques a produção alimentos e bebidas, indústria farmacêutica, tecnologia da informação e o turismo.“Vemos o Brasil como parceiro estratégico e forma de substituir o mercado russo. É um caminho de duplo

sentido: além de apresentar produtos e serviços para o Brasil, também queremos abrir o mercado ucraniano, que tem Zona de Livre Comércio com aUnião Europeia, Canadá e países do Médio Oriente. Destacamos os laços humanos que unem o Estado do Paraná e meu país. São várias gerações de ucranianos que aqui chegaram há 130 anos e moldaram economicamente, politicamente e culturalmente o Sul do Brasil”,afirmouTronenko. A Ucrânia exporta para o Brasil principalmente produtos farmacêuticos, com destaque para a insulina, aço, eletrodos de carvão, aparelhos de telecomunicação e fertilizantes. No outro sentido, o país importa do Brasil café, fumo, amendoins, açúcar, carne, tratores e outros produtos alimentícios. Um dos destaques da fala do embaixador foram os atrativos turísticos da Ucrânia, que dá isenção de vistos para os brasileiros por um período de 90 dias. O país do Leste Europeu recebeu 14,2 milhões de turistas detodo o mundo em 2018. Piana mencionou a forte ligação que o Sul do Brasil possui com a Europa. “No entanto, ainda há certa resistência em relação aos países do Leste Europeu, por conta do histórico de interferência da antiga União Soviética. E nada disso existe mais, ainda que existam alguns conflitos pontuais naregião. Precisamos desmistificar isso, mostrar osatrativos do Leste Europeu, começar rotas novas e novos caminhos para o turismo”, reiterou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. Transferência do Consulado da Ucrânia Durante o encontro, o embaixador Rostyslav Tronenko entregou a nova Carteira de Registro Diplomático (CRD) do Ministério das Relações Internacionais ao cônsul da Ucrânia em Curitiba, MarianoCzaikowski,oficializandoatransferênciadoConsulado de Paranaguá para Curitiba.

Apresentação do embaixador da Ucrânia reuniu representantes da Fecomércio, sindicatos e empresários.

Entrega das novas credencias diplomáticas do Cônsul da Ucrânia em Curitiba, Mariano Czaikowski, pelo embaixador Rostyslav Tronenko, com a presença de Darci Piana

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 7 N.o 534 (3963) JUNHO 2019

A Ucrânia terá eleições antecipadas a 21 de Julho? Afinal, quais as regras do Tribunal

Constitucional?

A Ucrânia terá as eleições parlamentares de 2019 em 21 de julho? Esta questão estava no ar desde 20 de maio, quando o recém-eleito presidente Volodymyr Zelenskyy anunciou a dissolução do atual parlamento durante seu discurso de posse. Em 23 de maio, o decreto correspondente entrou em vigor. Em20dejunho,aperguntafinalmenterecebeuumaresposta: sim, haverá eleições antecipadas em 21 de julho. Zelenskyy justificou sua decisão pela altademanda da sociedade, mas especialistas políticos explicaram isso pela atual popularidade do partido do presidente “Sluha Narody” (Servo do Povo). De acordo com as recentes pesquisas, o partido é apoiado por cerca de 50% dos ucranianos, muito à frente do resto das partes. No dia seguinte em que a decisão sobre a dissolução do parlamento entrou em vigor, deputados do partido “Narodnyi” da Frente Arseniy Yatseniuk (Frente Popular) apresentou um pedido ao Tribunal Constitucional para reconhecer o decreto como inconstitucional e 62 deputados assinaram. Seu principal argumento era de que existia uma coalizão no momento, tornando impossível para o presidente Zelenskyy dissolver o parlamento pela lei ucraniana.

A coalizão de discórdia

De acordo com a Constituição ucraniana, há três razões para acabar com os poderes do parlamento: 1. O parlamento não pode formar uma coalizão de acordo com a Constituição durante um mês. 2. Durante 60 dias após a renúncia do Gabinete de Ministros, o governo não é formado. 3. Durante 30 dias de uma sessão regular, as sessões do parlamento não podem começar. A primeira, a existência da coalizão, tornou-

se uma maçã de discórdia na sociedade ucraniana.

“É uma pena que as discussões sobre a constitucionalidade da dissolução do parlamento restringiram-se a existência ou não da coalizão” escreveu Serhiy Riznyk, Professora Associada do Departamento de Direito Constitucional da Universidade Nacional Ivan Franko de Lviv e presidente do Centro de Iniciativas Constitucionais. Em particular, as próximas três questões tornaram-se centrais:

1. Se a coalizão deixa de existir quando as facções a abandonam; 2. Se é legal para os deputados em particular, sejuntaremàcoalizãoecomoverificarisso; 3. Se o presidente da Verkhovna Rada (Parlamento) anunciou que a coalizão deixou de existir. “A coalizão não é o objetivo final, mas antes de tudo formar e apoiar o governo ... Na Ucrânia, tudo é o oposto. De alguma forma, a coalizão quase se transformou no assunto central da política do Estado ” , explica a especialista.

A professora Riznyk diz que os debates sobre se a coalizão existe estão incorretos porque a Constituição não relaciona o direito do presidente de dissolver o parlamento ao término formal da coalizão. No entanto, a questão da coalizão tornou-se tão acirrada que a Comissão Eleitoral Central (CEC) teve que se unir. Na véspera da decisão do Tribunal Constitucional, Tetiana Slipachuk, chefe do CEC, especulou que o Tribunal não pode parar as eleições, mas apenas reconhecer a decisão como inconstitucional. Ela explicou que o processo de preparação para as eleições já começou. “Eles não podem ser adiados ou pausados temporariamente por algum período. Agora estamos na fase final do registro, que terminou em 20 de junho. Depois, tivemos cinco dias para realmente fazer o registro e tomar a decisão correspondente. ”

A decisão final

Na quinta-feira, 20 de junho, os meios de comunicação foram os primeiros a informar sobre a decisão do Tribunal Constitucional "O Tribunal reconheceu o decreto do presidente sobre a dissolução do parlamento como constitucional", escreveu o portal Ukrinform referindo-se à sua fonte no tribunal. A equipe de Zelenskyy havia dito o mesmo. "Vitória! O decreto de Zelenskyy sobre a dissolução do parlamento foi reconhecido como constitucional ”, escreveu Yuliya Mendel, porta-voz do presidente, em sua página no Facebook, mas

Foto: http://www.mukachevo.net 2019/06/20 - 22:28 UCRÂNIA

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depois apagou. Uma mensagem semelhante ainda está presente no canal de comunicação da equipe de Zelenskyy. Maisanoite,adecisãofinalapareceunositedo Tribunal. Otextonositeexplicaqueoconflitoentreopresidente e o parlamento sobre o assunto não tem solução legal, porque a Constituição não descreve o procedimento de como a coalizão deixa de existir. Ao mesmo tempo, observa que o povo é o “único portador de soberania e a única fonte de poder na Ucrânia” e que sua expressão de vontade é implementada por meio de eleições. Assim, prescreveu que o conflitoconstitucionalpodeserresolvidoatravésdarealização de eleições.

Fonte: http://euromaidanpress.com/2019/06/20/ukraine-will-have-snap-elections-on-21-july-after-all-constitutional-court-rules/

O que se sabe sobre os partidos que visam o próximo parlamento da Ucrânia

Parece que o futuro parlamento da Ucrânia serádefinidopeloenigmáticoSluhaNarodu(“Servodo Povo”) de Zelensky e pelo “Partido da Revanche”, representando o ex-Partido das Regiões de Viktor Yanukovych. Estimativas sobre quais partidos políticos chegarão à Verkhovna Rada, ou Parlamento ucraniano, nas eleições de 21 de julho estão em andamento. Até agora, de acordo com as pesquisas, existem cinco forças que podem seguramente esperar obterassentosnaVerkhovnaRada.O líder final éSluha Narody, o partido do recém-eleito presidente Volodymyr Zelenskyy - esta alta popularidade é considerada a principal razão pela qual as eleições antecipadas estão sendo realizadas em primeiro lugar. No entanto, a composição restante do futuro parlamento não é menos importante. A última pesquisa foi apresentada pelo Sociological Group Rating. Foi realizado de 29 de maio a 3 de junho. Segundo ele, “Sluha Narodu” (Servo do Povo)

tem uma taxa de apoio de 48,2%. O número dois é a Plataforma de Oposição “Za Zhyttia” (Pela Vida), com 10,7%. A “Solidariedade Europeia” é o terceiro com 7,8%. “Batkivshchyna” tem 6,9% e “Holos” (A Voz) 5,6% são quarto e quinto respectivamente. Apesar de tal vantagem sobre as outras partes, Sluha Narodu permanece um mistério - o trabalho na lista do partido está em andamento. No finaldemaio,opartidoanunciouumadisputaparacandidatos de um eleitorado de mandato único . Mas quais são essas partes número dois, três, quatro e cinco?

O partido da revanche

Enquanto a equipe do principal partido, Sluha Narodu, permanece obscura, a festa em segundo lugar é bastante familiar. A Plataforma de Oposição de Vadym Rabinovych foi criada em 1999 e renomeada em 2016. Ela se concentra no eleitorado que não apoiou a revolução Euromaidan, busca restaurar relacionamentos amigáveis com a Rússia e, em geral, sentiu-se ofendido por aqueles que chegaram ao poder depois da revolução . Rabinovych é um parlamentar do Bloco de Oposição, o partido que é o sucessor do Partido das Regiões do presidente fugitivo Viktor Yanukovych . Em 2016, Rabinovych anunciou que estava deixando o Bloco da Oposição, alegando sua incapacidade de ser uma “oposição real” no parlamento e criou seu próprio partido. Ainda assim, provavelmente commedodeperderseumandato,oficialmenteelepermanece como membro do Bloco da Oposição. Tanto o Bloco como a Plataforma de Oposição de Rabinovych, são vistos como partidos de revanche do governo de Yanukovych. Quando eles existem como partidos separados, o seu eleitorado comum também é dividido. Então, após as eleições presidenciais de 2019, informações sobre seu possível sindicato começaram a aparecer. Em 27 de maio, ocorreu um reunião da Plataforma de Oposição. As principais personalidades do partido são todas bem conhecidas na Ucrânia. Além de Vadym Rabinovych, foi co-liderado por Yuriy

A tomada de posse do recém-eleito presidente Zelenskyy na Verkhovna Rada. Foto: página Fb de Verkhovna Rada

Vadym Rabinovych (à esquerda) e Yuriy Boiko (à direita) lideram a Plataforma da Oposição. Foto: platform.org.ua

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 9 N.o 534 (3963) JUNHO 2019

Boiko . Boiko tem uma relação de amor e ódio com o Bloco da Oposição. Em novembro de 2018, ele disse que o Bloco da Oposição é história e o futuro pertence à Plataforma da Oposição. Ele também anunciou sobre a criação de um grupo parlamentar com o nome correspondente. Além de Rabinovych, Boikoaindaestánalistaoficialdeparlamentaresdaoposição. Durante a eleição presidencial de 2019, ele fez campanha como o chamado candidato único das forças da oposição e caiu em quarto lugar com 11,7%. No entanto, se houvesse realmente um único candidato, os resultados das chamadas forças de vingança poderiam ter sido ainda maiores. A cobertura da mídia de Boiko foi fornecida pelo canal de TV Inter, que pertence ao oligarca Dmytro Firtash (80%) e Serhiy Liovochkin (20%). Durante o Congresso da Plataforma de Oposição, Liovochkin foi eleito chefe do comitê executivo do partido. Na política ucraniana, ele também é conhecido por liderar a administração do presidente Yanukovych em 2010-2014. Outra figura central da Plataforma deOposição é um cardeal da política ucraniana, Viktor Medvedchuk. Ele agora dirige o conselho do partido e também seu conselho estratégico. Medvedchuk é considerado a principal voz do presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia. A organização pública Ukrayinskyi Vybir (“Escolha Ucraniana”) da Medvedchuk juntou-se à Plataforma da Oposição no verão de 2018. Ukrayinskyi Vybir é conhecido pelas campanhas diretas anti-ucranianas. Em março de 2014, os EUA impuseram sanções pessoais a Medvedchuk - ele foi incluído na lista de pessoas que ameaçam a paz, segurança, estabilidade, soberania e integridade territorial da Ucrânia, minam as instituições e processos democráticos na Ucrânia. Recentemente, Medvedchuk confirmou queas negociações para uma reunião total do Bloco de Oposição e da Plataforma de Oposição estão em andamento. Segundo o especialista político Viktor Taran , no caso de tal união, o partido pode obter entre 90 e 110 assentos no novo parlamento. “É difícil calcular as conseqüências de tal revanche, mas com certeza influenciarásignificativamenteapolíticainternaeexterna.Comoo parlamento será composto por 422 deputados, já que não há deputados suficientes dos círculoseleitorais majoritários devido à ocupação russa da Crimeia e partes de Oblast de Donetsk e Luhansk), os ex-membros do “Partido das Regiões” só precisará encontrar 15 a 20 parlamentares adicionais para influenciarmudançasconstitucionaisemgrandeescala no país ”, diz Taran. No entanto, a grande união não aconteceu. Em 6 de junho, no congresso da Plataforma de Oposição, Medvedchuk disse que seu partido fará

campanha sem o Bloco de Oposição. Além disso, a Plataforma de Oposição possui recursos significativos para promover suasmensagens. Após o anúncio de Rabinovych de criar (na verdade renomear) o partido em 2016, recebeu umacobertura significativadedois canaisdeTV -NewsOne e 112 Ukrayina. Sem recursos da mídia, as forças políticas na Ucrânia dificilmente podemesperar o apoio dos eleitores.

O novo Petro Poroshenko

Nas eleições parlamentares de 2014, o bloco Petro Poroshenko, partido do ex-presidente Petro Poroshenko,ficouemsegundolugarcom21,8%dosvotos. “Narodnyi”, Frente de Arseniy Yatseniuk com 22.1%ficouemprimeiro.Cincoanosdepois,ambosperderam o apoio. De acordo com as pesquisas, a “Frente Narodnyi” não chegará ao parlamento. A força de Poroshenko é a terceira até agora. Sua classificação começou a cair anos antes, quandocomeçaram a aparecer os primeiros sinais de que o partido coloca os interesses do então presidente e não do povo. Depois de ser derrotado por Volodymyr Zelenskyy no segundo turno das eleições presidenciais, o ex-presidente Poroshenko reelegeu sua força política. Durante um congresso do partido em 24 de maio, o bloco de Petro Poroshenko foi rebatizado como “Solidariedade europeia”. Esta não foi a única mudança. Como Ukrayinska Pravda relatou , velhos rostos com uma reputação manchada não terão um lugar na festa. De acordo com a equipe do QG de Poroshenko, sugeriu-se que os antigos colaboradores de Poroshenko fizessemcampanhanosdistritosmajoritários, paraque não estragassem a aparência da lista do partido. “Cerca de 80% das pessoas serão totalmente novas. Vamos ver. Pessoalmente, sentei-me na sede e escrevi meu programa para as primárias ”, disse Artur Herasimov , chefe do bloco Petro Poroshenko, à Ukrainska Pravda. Como outros membros da sede disseram, o presidente é pessoalmente responsável por formar a

Foto: Página do Facebook da Solidariedade Europeia

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lista do partido. O procedimento das primárias é novo para a Ucrânia. Foi introduzido pela primeira vez durante as eleições presidenciais de 2019. Dois candidatos, Oleksandr Shevchenko, da UKROP (Associação Ucraniana de Patriotas), e Dmytro Hnap, de “Syla Liudei”, ganharam a oportunidade de fazer campanha para presidente em uma competição aberta. Mas o clima interno na maioria dos partidos continua a ser pouco competitivo e antidemocrático. As decisões são tomadas pelos líderes e patrocinadores das partes.

O eterno Partido Batkivshchyna

A força de Yuliya Tymoshenko tem uma presença aparentemente eterna na política ucraniana. Em 2014, seu Partido Batkivshchyna conseguiu chegar ao parlamento com 5,7% dos votos, um pouco acima do limite mínimo de 5%. Durante a cadência deste parlamento, Tymoshenko apoiou a ideia de realizar eleições parlamentares antecipadas. Isso teria lhe trazido mais cadeiras, já que de acordo com as pesquisas realizadas em 2016, o partido teve uma taxa de apoio de 18%. Mas agora, com a entrada de Sluha Narodu (“Servo do Povo”) para o cenário político, espera-se que ela fiqueemtornode7%. Até agora, não está claro qual política o Partido Batkivshchyna irá apoiar. Ruslan Stefanchuk, o representante do presidente Zelenskyy no parlamento, disse à jornalistas que no futuro parlamento, Sluha Narody poderia cooperar com o Partido Batkivshchyna e o Partido Holos, do astro do rock Sviatoslav Vakarchuk. Tymoshenko não reagiu a isso. Recentemente, Serhiy Taruta, um membro do parlamento e oligarca que perdeu uma parte significativadeseusativosporcausadaguerraemDonbas, anunciou que seu partido em Osnova se uniria ao Partido Batkivshchyna. Festa nos extremos Antes de Vakarchuk anunciar que estava entrandonapolítica,aspesquisasclassificaramseu

partido potencial abaixo do limite de 5%. No entanto, as últimas pesquisas prevêem que o Partido Holos terá 5,6%. Atualmente, “Holos” conclui a lista dos partidos que entrarão no novo parlamento. o Partido “Hromadyanska Pozitsiya” de Anatoliy Hrytsenko estaria com 3% e o Partido “Syla i Chest” de Ihor Smeshko, apenas estão espiando por cima do ombro de Holos. As tentativas fracassadas de Hrytsenko de setornarpresidentefizeramdelealvodepiadas.Seupartido também não conseguiu entrar no parlamento em 2014. No entanto, é mais provável que isso tenha acontecido devido a erros de campanha, e não a eleitores que não o conhecem. Pelo contrário, a força de Smeshko parece ter se materializado do nada, como o próprio Smeshko, que obteve 6,0% dos votos durante as eleições presidenciaiseficouemsextolugar.Maselenãoéumafiguranovadapolíticaucraniana.Smeshkoéumcoronel-general, ex-chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, ex-chefe de inteligência, conselheiro do presidente Poroshenko. "O Partido “Syla i Chest” ,pela primeira vez na história da Ucrânia moderna, uniu todos os ex-militares, policiais, funcionários de serviços especiais da Ucrânia. Isso é um sinal para o governo: algo está errado quando ex-policiais profissionais decidemparticipar da situação política no país ”, explicou Smeshko em 2009. Durante as eleições de 2014, obteve 0,08% dos votos. Então seus 6% durante a campanha presidencial deste ano foram um grande avanço. Especialistas relatam seu fenômeno ao jornalista Dmytro Hordon, que promoveu Smeshko em diferentes mídias - outro exemplo da importância da mídia para a política ucraniana. Recentemente, Hordon liderou a sede do Partido “Syla i Chest”. Entre outros partidos que formam o atual parlamento e têm poucas chances de chegar a ele em julho é o “Partido Radical” de Oleh Liashko 2,4%, “Samopomich”1,4% e “Narodnyi Front “ com 0,3%. O Bloco de Oposição sozinho recebe 1,5%.

Fonte: http://euromaidanpress.com/2019/06/06/what-we-know-about-the-parties-aiming-for-ukraines-next-parliament/

Yuliya Tymoshenko enquanto apresentava seu programa para as eleições presidenciais de 2019. Foto: ba.org.ua

Como Poroshenko, mas não completamente! O que as primeiras visitas

do presidente Zelenskyy mostraram20.06.2019

Sergey Sidorenko , EUROPEAN TRUTH

Nesta semana, o presidente Vladimir Zelenskyy visitou Paris e Berlim. Estas foram suas primeiras visitas bilaterais como presidente, embora duas semanas antes ele tivesse viajado para Bruxelas, onde visitou a sede da OTAN, instituições da UE, e se encontrou com o presidente polonês

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Andrzej Duda. E embora nenhuma dessas visitas tenha trazido resultados práticos (não poderia ter sido em um período tão curto), há dados suficientes para asprimeiras conclusões. E essas conclusões estão longe de serem todas a favor do novo presidente. Para começar, listaremos os breves resultados das primeiras reuniões internacionais.

Um breve relato sobre o principal: Os medos que foram ouvidos sobre a indispensável rendição de interesses pelo presidente, sobre a política pró-russa, sobre a reversão da Ucrânia, e assim por diante, não foram confirmados.E os editores do EuroPravda não ouviram um único diplomata ocidental que chegasse a uma conclusão diferentecombasenosdetalhesoficiaisenãopúblicosdas reuniões. Segundo, aqueles que contavam com uma rápida solução de problemas na política externa também estavam errados. Não há razão para esperar por isso. Não haverá uma "renovação dos Tratados da Normandia e Minsk" nem uma mudança nas políticas da Alemanha e da França a nosso favor. Terceiro, a falta de experiência e habilidade para negociar já se tornou aparente . Este é um negativo inequívoco, o que prejudica não só Zelensky, mas também a Ucrânia. O presidente carece de "tecnologia", falta de conhecimento, compreensão da política mundial. Em suma, não há experiência suficiente.Estesproblemassãobastanteprevisíveis, sem surpresas, só agora eles são claramente manifestados. Mas finalmente - a boa notícia. A falta deexperiência não será um problema eterno, e as visitas provaram que Zelenskyy já está aprendendo . E isso é encorajador. A cada acesso subsequente à imprensa no exterior,opresidentesesentiamaisconfiante-emboraainda estivesse longe do nível de líderes mundiais com quem tinha que se encontrar. Agora tudo isso está nos detalhes.

Mito de Minsk

Enquanto na Ucrânia há uma conversa generalizada sobre se o novo presidente não vai

mudar o rumo da Ucrânia do Ocidente para o Oriente, a UE não considera isso um risco sério - a maioria dos parceiros ainda está confiante de que a novaequipe manterá pelo menos a direção declarada. Mas o destino de reformas específicaslevanta questões sérias. Bruxelas gastou muitos fundos dos contribuintes europeus para apoiar a transformação na Ucrânia e quer ter certeza de que esse dinheiro não vai voar para dentro do tubo.Simplificando, onovo governo ucraniano não arruinará todas as conquistas do anterior? Devemos prestar homenagem ao novo "time-ze": aí eles entenderam a tempo e tentaram torná-lo tão agradável para os parceiros europeus. Para isso, Bankova (* Vassya Stefanova Bankova , membro do Conselho Editorial do Chemistry Central Journal. N.E.) convidou funcionários de equipes políticas "não muito amigáveis" para as visitas presidenciais. Este gesto foi ignorado na Ucrânia - mas foi apreciado tanto em Bruxelas como em Berlim. Assim, a Vice-Primeira Ministra para a Integração Européia e Euro-Atlântica, Ivanna Climpush-Tsintsadze, voou para Bruxelas com Zelenskyy, e o vice-primeiro ministro Gennady Zubko, responsável pela reforma da descentralização, foi paraBerlim(Alemanhafinanciaprojetosrelacionadosa essa reforma. o governo de Merkel tem especial atenção a isso). Outra prova da estabilidade do poder era a posição de Zelenskyy sobre Minsk, nem uma única declaração que contradisse o que Poroshenko disse sobre isso não foi feita nem em Paris nem em Berlim. "Minsk" será salvo na sua forma atual, e o trabalho do formato Normandia deve ser retomado logo que possível, disse Zelenskyy, gerando aplausos na UE e Ucrânia, apesar das críticas dos que estavam cobrando o presidente por novas formas de cooperação internacional no Donbas. Porém, o fato de que na Ucrânia tantas pessoas estavam esperando por mudanças nesta área é um fenômeno separado. Afinal, o próprio"Ze" e sua equipe, falaram publicamente sobre a inviolabilidade de "Minsk", mesmo durante a campanha. Mas essa é a característica das eleições de 2019: os mitos sobre os políticos às vezes são mais fortes do que suas declarações e ações reais. Não é segredo que o presidente francês Emmanuel Macron é um modelo para Zelenskyy. Sim, e o dono do Palácio Elysian se refere ao colega ucraniano com simpatia; afinal, eles já seencontraram duas vezes em mais de dois meses. Mas na política internacional não há lugar para sentimentos. O nível de recepção, a cerimônia, o encontro

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com a guarda de honra - tudo isso em Paris foi impecável.Mas durante as negociações oficiais, aFrança não fez concessões à Ucrânia em nenhum item. Zelenskyy perguntou a Macron se não por apoio, então, pelo menos, a neutralidade em matéria de sanções contra a Rússia na PACE. Ele recusou categoricamente e falou publicamente a favor da suspensão das restrições aos deputados russos, uma vez que "não é o Estado russo que sofre com essas sanções, mas os cidadãos da Rússia". Zelenskyy pediu o endurecimento das sanções impostas pela União Européia - Macron respondeu que não estamos falando em fortalecer as sanções, apenas na renovação. Equivocado será dizer que a mesma imagem foi em uma reunião com Merkel. Nem o PACE , nem o reforço das sanções , nem o Nord Stream 2 quaisquer concessões que a Ucrânia tenha recebido. E o positivo aqui só pode ser considerado o fato de que o presidente e sua equipe agora terão mais realismo na avaliação das complexidades da política externa.

A arte da negociação

Mesmo na parte aberta das visitas, era óbvio que Vladimir Zelenskyy já estava passando por problemas devido à sua falta de experiência em política externa. As conferências de imprensa de líderes para concluir as negociações neste sentido são frequentemente indicativas, especialmente quando se trata de uma reunião em que as partes têm divergências sobre questões importantes. Neste caso, os políticos podem publicamente, na presença da imprensa, resumir sua posição, escolher os argumentos mais eficazes e tentar convencer osjornalistas e a sociedade, se não um ao outro. Zelenskyy recebeu essa oportunidade depois de se encontrar com Macron quando a pergunta PACE foi feita na coletiva de imprensa - mas ele escolheu o argumento menos efetivo e até mesmo prejudicial que foi imediatamente rejeitado por Macron e não ajudou a Ucrânia a atrair o apoio da imprensa francesa. Mas felizmente, mesmo nesta reunião de imprensa, nem tudo foi desastroso. Valeria a pena agradecer ao Presidente por sua reação às palavras sobre o diálogo da Ucrânia com os separatistas, que soaram na tradução do discurso de Macron. Como você sabe, Zelensky interveio e se comprometeu a explicar ao seu interlocutor que a Ucrânia não entraria em nenhuma negociação com militantes. Mas o positivo quando Zelenskyy tomou a

palavra, foi nivelado pela forma como ele explicou sua posição. O que poderia ter sido dito em duas ou três frases curtas levou mais de dois minutos para obter explicações bastante confusas com muitos erros linguísticos e terminológicos. Por que a Ucrânia não vai falar com os líderes dos militantes, todos nós sabemos - é claro, porque eles são fantoches da Rússia, e os russos deveriam ser o grupo de negociação. Mas atenção - no longo discurso de Zelenskyy, nem este nem nenhum outro argumento foi feito.

Esta história foi uma ilustração de como Zelenskyy carece de experiência internacional.

Ele ainda não sabe falar brevemente - e o ritmo das reuniões internacionais exclui longos argumentos "sobre nada". Ele não sente a necessidade de argumentar - e sem isso nenhuma negociação pode ser obtida. Ele está confuso em nomes e termos, e a comunicação em ucraniano, que Zelenskyy raramente usou até agora, acrescenta confusão (embora o fato de ele ter mudado para a língua do estado com a eleição seja um acréscimo absoluto). É bom que agora a vis-à-vis do presidente ucraniano fosse o presidente da França, que era geralmente amigo da Ucrânia. Mas as negociações com um político hostil na mesma situação, podem acabaremumfiasco.

Perdido na tradução

É importante explicar separadamente a origem da menção de negociações com os separatistas nesta conferência de imprensa. Na verdade, Emmanuel Macron não disse uma frase que irritou Zelenskyy. No original, em francês, Macron apoiou seu colega ucraniano por "uma firme intenção de silenciar a arma, estender a mão à população ucraniana dos territórios separatistas e introduzir os acordos de Minsk para resolver o conflito". É uma frase aceitável, que, a propósito, é totalmente consistente com a posição da Administração Presidencial ucraniana. Mas com a ajuda de um tradutor, ela se tornou uma declaração sobre a prontidão de Kiev para "seguir o caminho das negociações com os separatistas que já haviam começado". Há uma diferença, não é? Este erro na apresentação das palavras de Macron foi o mais brilhante - mas não o único na conferência de imprensa (sua tradução, a propósito, de acordo com os padrões aceitos, foi fornecida pelo lado francês). Houve furos semelhantes na parte fechada da reunião?

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Não se tem uma resposta para essa pergunta. Mas o fato de que o embaixador da Ucrânia na França, Oleg Shamshur, participou das negociações nos permite esperar que se houvesse imprecisões, eles não causariam problemas críticos.

... e as boas notícias. O que dá motivos para otimismo?

Falou-se sobre os problemas. Eles são realmentesuficientes,aexperiêncianão-epossíveisnegociações com o agressor no formato normando somam quatro medos. Em primeiro lugar, a participação já mencionada nas reuniões do embaixador da Ucrânia na França Oleg Shamshur e seu colega na Alemanha, embaixador Andreyi Melnyk. Provavelmente lembra-se do recente escândalo com o "plágio presidencial" quando o discurso de Poroshenko foi encontrado no discurso de Zelensky! Essa história deu motivos para que alguém em Bankova declarasse uma “cruzada contra o Ministério das Relações Exteriores”, acusava diplomatas de trabalhar para Poroshenko, prometia punir todos os envolvidos e assim por diante. Um dos diplomatas do Departamento da UE realmente cometeu um erro na época, mas as suspeitas sobre os “agentes duplos” dirigidos ao Ministério das Relações Exteriores são completamente infundadas e criaram uma atmosfera desagradável. Zelenskyy subseqüentemente percebeu que era errado criar um inimigo. O conflitonão foidisseminadoea ideiade "limpeza"foi simplesmente esquecida. Esta reconciliação com o serviço diplomático é muito importante. Sem isso, as chances de que as novas reuniões do novo presidente estivessem bem preparadas cairiam por terra. Apesar das duras críticas a Zelenskyy, há boas notícias sobre os resultados das visitas. Zelenskyy está aprendendo um pouco. Uma comparação das três visitas prova isso. Sim, o tema da posse ainda não foi tudo de bom. Sim, falar em público, para dizer o mínimo, não está à altura. No entanto, numa conferência de imprensanaFrança,elejásesentiumaisconfiantedo que em Bruxelas e em Berlim - melhor do que em Paris. Na verdade, não houve erros grosseiros aqui - mas ainda havia uma leitura em papel. Nas redes sociais ucranianas, um pequeno vídeo foi divulgado com as palavras de Zelensky que ele supostamente "não sabe que Poroshenko se encontrou com Merkel". Nos sites de notícias , os líderes da opinião pública ficaram indignados,pois recordaram o número de reuniões de líderes nos últimos anos - havia o suficiente de tudo nadiscussão, exceto ... o desejo de checar o que

realmente ecoava em Berlim. Perguntaram aos políticos se o fato de Merkel ter se reunido com o presidente Poroshenko, que também era candidato, antes do 2º turno das eleições, não afetou a atmosfera de suas negociações (tais negociações realmente contradizem a prática internacional). Não sobre todas as reuniões, mas sobre uma reunião específica que aconteceu nodia 12 de abril. Não apenas Zelensky, mas Merkel também brincou em resposta a isso, e ambos garantiram à mídia alemã que não havia tensão entre eles. Aliás, na mídia alemã, a resposta foi avaliada positivamente , vendo nele o desejo do hóspede de evitar o confronto. Mas os leitores ucranianos (e às vezes jornalistas) estão muito mais próximos do sentimento de "exploração russa". E com isso, parece difícil fazer alguma coisa.

Autor: Sergey Sidorenko,Editor da verdade européia

Fonte: https://www.eurointegration.com.ua/rus/articles/2019/06/20/7097539/

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa PACE, concordou em receber os

russos sem quaisquer sançõesquarta-feira, 26 de junho de 2019,

Após o debate, os membros do PACE esmagadoramente rejeitaram todas as alterações propostas pelos representantes da Ucrânia, Geórgia, Reino Unido, Letónia e vários outros estados, e adotaram uma resolução em geral. Dos 116 deputados votaram: 52 contra, 15 abstiveram-se. De acordo com esta decisão, a autoridade confirmou a delegação da Federação Russa devolta ao PACE sem restrições. Vale ressaltar que no documento foram encontradas numerosas violações dos princípios do Conselho da Europa, do Estado russo e do parlamento russo, às quais a Rússia nega-se a cumprir, quais sejam:

AAssembleiaParlamentardoConselhodaEuropadecidiuconfirmara autoridade da delegação russa sem quaisquer restrições, apesar da violação dos princípios do Conselho da Europa.

• libertar 24 marinheiros ucranianos presos perto do Estreito de Kerch;

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O fim do Conselho da Europa: o que a Ucrânia deve fazer em resposta à

escandalosa decisão do PACE

190 deputados - muito mais do que sempre compareceram em sessões regulares do PACE - Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa participaram de uma votação histórica que pode determinar o futuro do Conselho da Europa. A maioria, 118 deles, votaram como Moscou gostaria. A vitória dos russos foi bastante previsível, apesar de todos os esforços da delegação ucraniana. Portanto, na segunda-feira(24), quando a Ucrânia falou sobre o incansável trabalho de Kiev em oposição à Federação Russa, as ações atuais foram mais como um “final da última esperança”. Se houvesse uma oportunidade de mudar o cursodosacontecimentos,issoficounopassado.Eagora um plano capaz de impedir a vitória do Kremlin simplesmente não existie mais. Nossa publicação seguiu a saga "anti-sancional" desde o início, e já explicamos os motivos daqueles que votaram a favor da Federação Russa Muitos deles estão realmente vivendo de ilusões:

As propostas da Ucrânia para alargar esta lista às novas violações na Crimeia e no Donbas, foram rejeitadas. SeaComissãodeVenezaconfirmarqueosdeputados russos foram eleitos ilegalmente através dos votos da Criméia, pode haver recurso na próxima Assembleia Parlamentar.

Fonte: verdade europeia/ Strasburgo

Sete delegações nacionais deram uma demonstração de protesto no PACE por

causa do retorno da Rússiaquarta-feira, 26 de junho de 2019,

Sete representantes do Conselho da Assembleia Parlamentar da Europa anunciaram sua declaração conjunta sobre uma ação para protestar contra o retorno incondicional dos russos. "A restauração incondicional dos direitos da delegação russa, sem realizar qualquer um dos inúmeros requisitos da Assembleia aos valores básicos do Conselho da Europa, envia um sinal errado para os países que recorreram devido a agressão militar russa, ao envenenamento ao qual a Rússia responde e obviamente nega... isto somente para citar alguns crimes, que não cumpram os direitos de seus cidadãos e procuram desestabilizar a democracia na Europa", declaração esta assinada conjuntamente pelas delegações da Ucrânia, Geórgia, Polônia, Eslováquia, Lituânia, Letônia e Estônia, foi lida pelo chefe da delegação ucraniana ao PACE, Volodymyr Aryev, após a conclusão do debate. "O futuro do Conselho da Europa está sob ameaça, como um todo. Perderá a confiança daspessoasqueprotege.Umacrisedeconfiançasemprecedentes, foi criada esta semana”. - disse ele. "Estamos voltando para casa para consultar nossos parlamentos e governos sobre atividades conjuntas na Assembléia em sessões subseqüentes", diz o documento conjunto. Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/ucrania-suspende-

participacao-nos-trabalhos-da-assembleia-do-conselho-da-europa/

• Pagar contribuições imediatas para o orçamento do Conselho da Europa;

• Definitivamente cooperar com ainvestigação sobre a queda do avião MH17;

• Esforçar-se para impedir a perseguição de LGBTs na Rússia, especialmente na Chechênia, e punir aqueles que violaram os direitos dessas pessoas;

• Cooperar com a comunidade internacional na investigação do assassinato de Boris Nemtsov.

Os argumentos do Ocidente

Para conversar com oOcidente a fimde convencê-lo - é necessário entender o que determina suas ações. Será um grande erro colocar tudo numa “luta pelo dinheiro russo no orçamento do Conselho da Europa”. Claro que não! Algumas dezenas de milhões de euros de contribuição russa são uma queda que não pode formar uma política europeia. Vamos comparar, digamos, com o volume de comércio entre a Rússia e a UE: são cerca de 250 bilhões de euros por ano, 10 mil vezes mais! A posição do Ocidente é complexa. Eles desempenham um papel de lobistas e aqueles que estão cansados da

Destruidores do Conselho da Europa: um presente fatal do PACE para as capitais do oeste ucraniano. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Sunny (à esquerda) e o Secretário-Geral do Conselho da Europa, Jagland (à direita), já lançaram um processo que permitirá à Rússia regressar calmamente ao PACE. Foto:hbl.fi

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A decisão do PACE tornou-se o primeiro precedente quanto às sanções impostas por sua agressão no território ucraniano. Foram retiradas da Rússia. Uma reação lenta da Ucrânia será um sinal para nossos oponentes, e a próxima flexibilizaçãodas sanções não terá que esperar muito. Até agora, em palavras, a reação de Kyiv parece dura e decente. Mas uma ação será necessária. Teremos que agir para que o protesto não atinja nosso país e não nos deixe sem uma alavanca deinfluêncianoprocesso. Em primeiro lugar, não estamos falando da retirada da Ucrânia do Conselho da Europa, por mais que queiramos bater a porta às emoções. Isso nem é discutido. As conseqüências de tal passo nas relações com o Ocidente seriam muito dolorosas para a Ucrânia. Lembre-se, a propósito, que o único estado do continente europeu que não faz parte do Conselho da Europa é a Bielorrússia. Em segundo lugar, interromper o pagamento das contribuições também não é uma opção. Copiar ações russas raramente ajuda, e agora mais ainda. Esse caminho leva a uma derrota garantida, não apenas agora, mas em dois anos.

No entanto, existem outras opções seguras para ação ucraniana:

• Nenhum observador do PACE nas eleições ucranianas - nem agora nem depois. Cooperação mínima com outras missões da organização , agora desacreditada. As futuras recomendações dos órgãos do UE não são mais vinculantes para nós, por não termos mais certeza se elas não foram aceitas sob pressão russa. Também é possível o encerramento do Gabinete do Conselho da Europa em Kiev.

• O embaixador da Ucrânia deve deixar de participar das reuniões do Comitê de Ministros da UE. A participação do nosso ministro nas reuniões anuais é ainda menos significativa- o embaixador será suficiente. Mas (e isso éimportante) não desistimos das alavancas de influênciasobreasdecisõesdaCMEA - Conselho de Assistência Econômica Mútua.

• • Além disso, a Ucrânia deve apresentar uma

condição clara em que possa retomar o seu trabalho como componente governamental do Conselho da Europa.

• A crise, que atingiu um clímax no PACE, não pode prescindir da reação dos membros da assembleia.

Mas o mais importante é responder à pergunta o mais breve possível sobre “O que a Ucrânia deveria fazer agora no Conselho da Europa?”. Resumindo: A derrota em Estrasburgo é inaceitável, e não é apenas uma questão de honra.

guerra. Mas o papel de liderança que os políticos ocidentais, especialmente os alemães, por vezes professavam como sendo “compromisso com o diálogo” e acreditar que são capazes de apaziguar o agressor, é uma ilusão! (como se este agressor não atacasse eles). Os argumentos daqueles que favorecem o “perdão” dos russos baseiam-se em três teses principais:

1) Se não removermos a pressão da sanção - a Rússia deixará o Conselho da Europa e 140 milhões de cidadãos russos perderão o acesso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que compensa a falta de justiça na Federação Russa;

2) Toda a sociedade civil, todos os defensores dos direitos humanos na Rússia, sempre foram contra a saída e pedem a ele que pare a qualquer custo;

3) O Conselho da Europa não é uma plataforma para resolver conflitos territoriais. Mesmo aONU especializada e a OSCE não podem lidar com eles e, portanto, Estrasburgo deve ser deixado de lado para manter o diálogo com a Rússia..Em primeiro lugar, deve-se notar na última ponta do alegado fracasso da plataforma do ConselhodaEuropapararesolverconflitos.

Ela raramente fala em negociações internacionais, mas é muito importante em discussões domésticas na mesma Alemanha, França e assim por diante. Portanto, a Ucrânia deve evitar declarações que reforcem esse argumento de seus oponentes . Um exemplo deretóricaineficaz-comentáriosdoPresidenteZelensky em Paris que “não podemos falar” sobre o levantamento da pressão de sanção no PACE até que haja uma desocupação completa da Crimeia e do Donbass. Esta abordagem está correta quando se trata de sanções econômicas contra a Rússia - em vez disso, no PACE, mesmo nas decisões existentes, trata-se da possibilidade de atenuar a pressão em caso de passos tangíveis em direção ao lado russo.

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• Um dos principais passos: a Ucrânia não deve votar para o novo Secretário-Geral do Conselho da Europa.

• Será necessário não anunciar oficialmentenossas ações, o que ideologicamente, um grupo de deputados de outros estados membros também farão.

• A organização está desacreditada, e não é nossa tarefa adicionar legitimidade a ela nessas eleições.

• Além disso, já se sabe que na quarta-feira(26), os deputados ucranianos deixaram a assembleia em protesto contra a rendição de seus valores em prol da amizade com a Federação Russa.

• Mas não deve ser uma "saída para sempre". Talvez até o final do ano. Porque deixar aassembleia nas mãos dos russos e de seus amigos não é o melhor caminho. Se agirmos desta maneira, muito em breve os deputados, ilegalmente eleitos da Criméia, aparecerão na assembleia, e só teremos que declarar outra derrota, que aconteceu sem a nossa participação.

• Será muito mais lógico usar todos os mecanismos de pressão sobre os russos. Mas não agora. Primeiro devemos usar todas as possibilidades para restaurar as sanções contra a Rússia.

Estaéumaderrotafinal?

Agoraéoficial:omecanismodesançõesfoicancelado , a Rússia pode retornar à PACE. A delegação russa, por sinal, estava tão confiante na vitória, que na noite de segunda-feira(24) já havia chegado a Estrasburgo. Já no início da manhã de terça, o Parlamento Europeu recebeu uma carta oficial do parlamento russo sobre suaretomada dos trabalhos dos russos na assembléia, estando eles fisicamente presentes já na sessãodaquela manhã. Tentativas de parar os russos continuarão enquanto houver ferramentas para isso. Na terça-feira(25), duas tentativas foram feitas de uma só vez no PACE para apelar contra as autoridades da Federação Russa. E a Assembléia formalmente manteria a possibilidade de restaurar as sanções na quarta-feira(26) - embora essas restrições não sejam as mesmas de antes. Vamos olhar as coisas sobriamente: as chances de sucesso são mínimas. Uma ampla coalizão daqueles que apóiam o perdão do agressor sob quaisquer condições foi formada no PACE . Ontem à noite mostrou que eles já tomaram uma decisão e não há argumentos

trabalhando aqui. No entanto, é preciso usar todos os recursos. É por isso que, pela manhã, quando os russos entregaram as listas de seus participantes à assembleia, deputados da Ucrânia e dos Estados parceiros apelaram duas vezes ao não comparecimento de representantes da Federação Russa no salão do PACE. O primeiro apelo é processual. São aqueles que se fazem passar por deputados legalmente eleitos.Afinal, foram realizadas eleições nas listaspartidárias? Inclusive no território da Crimeia, cuja anexação o PACE não reconhece - é possível reconhecer os poderes desses deputados? Osegundoapeloésignificativo.AAssembléiarealmente emasculou o mecanismo de sanções, mas algumas das restrições ainda são possíveis de serem introduzidas. Por exemplo, proibir os russos de participarem em missões de observação eleitoral. Imagine que os deputados da Federação Russa irão para a Ucrânia!. Nosso estado previsivelmente não deixará. E então, de acordo com as regras da assembleia, sanções devem ser impostas contra a Ucrânia?. O que o governo deve fazer?

Mesmo durante a discussão de vários deputados (e não apenas ucranianos!), pensava-se que, com o perdão da Rússia, o Conselho da Europa deixaria de existir em sua forma usual. E isso não é um exagero. Até agora, o trunfo de Estrasburgo era a autoridade indiscutível da organização. Kiev nem sempre gostou de seus conselhos - mas nunca questionou. Agora está no passado. "Estamos testemunhando a morte do Conselho da Europa. Se a decisão for realmente tomada, a organização não terá mais nada a não ser um logotipo, um prédio e dinheiro", disse Leonid Yemets, deputado do Grupo do Partido Popular Europeu, durante um debate do PACE. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia também rejeitou a diplomacia nas avaliações e proclamou oficialmente: “o velho Conselho da Europa não existe mais”. “A Assembleia Parlamentar perdeu sua credibilidade, a organização não pode mais desempenhar o papel que seus fundadores lhe deram. Organizações ineficazes e politicamente tendenciosas estão cheias pelo mundo. Pegue a mesma ONU, para a qual há muitas perguntas - mas isso não é motivo para sair dela. Com o Conselho da Europa é o mesmo. O Estado europeu, que não é membro do Conselho da Europa, não tem perspectivas de

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diálogo com a União Europeia. No final, não somos a Rússia e, portanto, não podemos, não devemos e não queremos recusar obrigações. Observância dos direitos humanos básicos, proibição de tortura ou punição extrajudicial, implementação de decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, etc. Portanto, a Ucrânia permanecerá fiel aos valores do Conselho da Europa (para aqueles que existiram até agora). Mas, ao mesmo tempo, não somos obrigados a manter o mesmo nível de participação no trabalho desta organização. O que precisamos preservar é o controle sobre a tomada de decisões e a influência sobre elas. Para isso, diplomatas, funcionários e especialistas ucranianos ainda participarão das reuniões dos grupos de trabalho, que abordarão tópicos ucranianos. No entanto, a santificação política do trabalho do Conselho da Europa não nos ajudará, e por isto deve parar”. (DeclaraçãooficialdoMinistériodasRelações Exteriores da Ucrânia, 25/06/2019). O Ministério das Relações Exteriores deve anunciar que até o fim da crise nas relações, oembaixador da Ucrânia deixa de participar das reuniões semanais do Comitê de Ministros do Conselho da Europa, e o Ministro ucraniano em reuniões ministeriais anuais. Nomundodiplomático,talempenhosignificamuito. Mencionamos o “fim da crise”, e esse é um elemento significativo. Começando um confrontodiplomático, vale a pena considerar como e sob quais condições ele pode ser parado. A razão para mitigar (mas não terminar) a crise nas relações com o Conselho da Europa pode ser, por exemplo, a libertação pelos russos de prisioneiros ucranianos. Requisitos específicosdevem ser determinados por Kiev, anunciando-os com antecedência. Uma ideia separada é fechar o escritório do Conselho da Europa em Kiev . Elesoexpressamoficialmentee,éclaro,issolevantará questões na comunidade de especialistas - afinal, muitos patriotas ucranianos trabalham noescritório,quedefinitivamentenãoapoiamarendiçãoda Comissão Europeia que ocorreu na noite do dia 26. Mas, como dizem, "empenho é empenho".

O que deve ser feito através do parlamento?

A Ucrânia já anunciou que vai suspender a participação nos trabalhos da PACE , e o faz temporariamente, deixando a decisão final para oparlamento recém-eleito. E esta é uma diferença muito importante para a Rússia, que em 2015 deixou Estrasburgo por três anos. Para a Ucrânia, é totalmente inaceitável. “Devemos retornar ao PACE no máximo até

janeiro de 2020 para participar da distribuição de vagas nos comitês, para obter influência sobre a tomada de decisões, e assim por diante”. Os deputados ocidentais escolheram um "diálogo" com os russos. O que pode-se fazer, é assim que eles vêem essa decisão!. E devolveram o agressor à PACE. Sim, esta é uma decisão vergonhosa,mas não se deve simplificá-la para o"sentido completo": por enquanto a Europa não está pronta para fechar os olhos a violações e crimes da Rússia. “E mesmo com a participação dos deputados russos, eles perderão a batalha por nós no PACE. Com uma condição simples: se permanecermos na assembleia e trabalharmos tão ativamente quanto fizemos até agora”. Resta esperar que pelo menos alguns dos atuais membros do PACE da Ucrânia entrem no próximo parlamento e compartilhem suas habilidades em forte oposição aos russos. Por cinco anos seguidos eles conseguiram manter a defesa em Estrasburgo. E acredite, esta experiência é inestimável.

Por Sergey Sidorenko, editor de "European Truth",de Estrasburgo

Fonte: https://www.eurointegration.com.ua/articles/2019/06/18/7097462/

«Минув лише місяць, а бачимо атаку на усі досягнення попередніх п’яти років»

Наталія Балюк

26.06.2019

Не встигли українці оговтатися від президентських виборів, як вже занурилися у парламентські, які з волі переможця пройдуть не восени, а у розпал літа — 21 липня. Володимир Зеленський сподівається, що за електоральною інерцією його партія «Слуга народу» отримає у новому парламенті якщо не більшість, то потужну

На фото: Петро Порошенко

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фракцію, яка стане основою парламентської коаліції. І наразі виглядає так, що єдина політична сила, яка точно буде в опозиції до пропрезидентської більшості, це «Європейська Cолідарність»,

Хто може стати союзником «Європейської Солідарності» у Верховній Раді нового скликання? Якими є найбільші небезпеки і виклики перед Україною? Чому проросійський реванш став можливим і чого забракло п’ятому президенту України, аби демократизація та європейський курс України стали незворотними? За якими критеріями лідер партії підбирав собі нову команду і формував список? Відповіді на ці та інші питання читайте в ексклюзивному інтерв’ю Петра Порошенка «Високому Замку».

— Ви, як ніхто інший, з висоти особистого досвіду можете оцінити перші кроки президента Зеленського. Які бачите помилки та промахи? А можливо, вас щось приємно здивувало?

— Мабуть, не я маю давати оцінку президенту Зеленському… Я дуже хочу, щоб Україна була успішною країною. Наша політична сила є державницькою, ми не сповідуємо принцип «чим гірше, тим краще». Серед позитивних сигналів я би звернув увагу на тези президента Зеленського, що вони продовжують рух країни до Європейського Союзу. Навіть відповідні тези з мого виступу «випадково» потрапили до виступу Зеленського. Мені було надзвичайно приємно. І це не тролінг… Для України життєво важливо, аби продовжувався курс на євроатлантичну інтеграцію. Але ще більш важливо, аби це не залишилось лише словами. Серед негативних моментів — повна відсутність співпраці президента, парламенту і уряду, через що маємо «провалля» у часі, тобто втрату часу. Але найстрашніше навіть не це. А реванш. Не загроза реваншу, про що ми говорили під час президентської виборчої кампанії. На жаль, уже бачимо явні ознаки і прояви проросійського реваншу. В Україну без жодного остраху повертаються поплічники Януковича, які скоїли багато злочинів і усі п’ять років переховувались за межами держави. Тепер чомусь вважають, що настав їхній час. У них завдання усіма правдами і неправдами проповзти у парламент. Ми розуміємо, з якою метою ці представники п’ятої

колони Кремля балотуються до Верховної Ради. Їм треба скасувати декомунізацію, люстрацію, зрештою, усі здобутки попередніх п’яти років. Минув лише місяць, а бачимо атаку на усі досягнення попередніх п’яти років, за які заплачено кров’ю патріотів. Усі пам’ятають наше гасло: «Армія, мова, віра». На сьогодні маємо ганебні ініціативи влади щодо скорочення Збройних сил. Хто у здоровому глузді під час війни може навіть задумуватись про скорочення армії, про зменшення фінансування армії?! Хто?! А влада порушує ці питання. Або ще одна ініціатива — вирішувати на референдумі, чи потрібно нашим Збройним силам обороняти державу. Це якесь безглуздя. І це вкрай небезпечні тенденції, проти чого буду відчайдушно боротися.

— А чому влада дозволяє собі висловлювання про ініціативи? Вона ж розуміє, якою буде реакція бодай частини суспільства. Що ними керує?

— Поки що будемо тішити себе надією, що вони просто не розуміють. Або ж ситуація значно гірша… Щодо мови, то перший дзвінок — звернення народних депутатів до КС щодо скасування Закону про мову або внесення суттєвих змін до нього. Новій владі розходиться скасувати квоти на українському телебаченні і радіо, бо комусь це заважає продавати серіал «Свати» в Росію. Нехай продають україномовний продукт, нехай вчать українську мову. І, нарешті, віра. Бачимо не лише спроби підірвати з середини процес створення нової церкви. Не тільки атаки на парафії, що перейшли до Православної церкви України. Це вже і позов філіалу Російської православної церкви до суду з вимогою скасувати реєстрацію нашої церкви. Такими речами не бавляться. Це і є реванш. Бачу спроби реалізувати план зі знищення усіх здобутків попередніх п’яти років. Єдиний спосіб протистояти цьому — об’єднатися навколо тих, хто знатний боротися з реваншем. А ганебне рішення ПАРЄ повернути Росію є лише яскравим підтвердженням, що загроза реваншу починає набувати стратегічного характеру. Деякі країни мене дуже розчарували… Наприклад, Нідерланди. Кілька днів перед цим міжнародна комісія ухвалила рішення, що саме Росія винна у загибелі 180 голландців, які

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летіли «Боїнгом» рейсу МН17 (всього загинуло 298 людей. — Авт.). Спробую переговорити з голландським урядом, там є друзі України… Аргументи тих, хто голосував за повернення Росії, мовляв, для фінансування бюджету Ради Європи бракує 70 мільйонів. Навіщо тоді Рада Європи, якщо вона продається нехай не за 30 срібняків, а за 70 мільйонів?

— Як мала би реагувати Україна на це рішення ПАРЄ? Чи варто Україні залишатися у цій організації, аби своєю присутністю освячувати це антиукраїнське рішення? Може, варто вчинити демарш і в такий спосіб привернути увагу…

— Після бою кулаками не розмахують. Який сенс робити демарш, вже все сталося. Треба було діяти і протидіяти до цього. Я завжди перед такими голосуваннями, перед самітами «Великої двадцятки» чи «Великої сімки» виходив на зв’язок з кожним керівником країни. Ми п’ять років зберігали цю європейську солідарність. Це була важка, копітка, але ефективна робота. І зараз серце кров’ю обливається, коли так швидко ці досягнення були нівельовані, коли влада або через некомпетентність, або через злочинні наміри допустила такий потужний дипломатичний програш! Якщо Україна не б’ється за такі принципові для нас рішення, то чого інші країни мають це робити?! При цьому Росія не виконала жодних застережень Ради Європи! Напередодні цього рішення, буквально за кілька днів відбувся візит президента Зеленського у Німеччину і Францію, він мав особисті зустрічі з Меркель і Макроном. І одразу після цього делегації Німеччини і Франції проголосували за скасування санкцій щодо Росії?! Як таке могло статися?! Не треба недооцінювати масштабу жаху, який відбувся в ПАРЄ. Це лише перший крок. Попереду відчайдушні бої, щоб не допустити скасування санкцій проти Росії. Інакше можна забути, що світ допомагатиме нам звільнити Крим і Донбас. Якщо і надалі проводити таку недалекоглядну політику, то залишимося сам на сам з ворогом і заплатимо надзвичайно високу ціну. Я не раз казав, що готовий підставити плече, готовий брати участь у переговорах. Після рішення ПАРЄ треба негайно

скликати РНБО, запросити туди фахівців, які зможуть порадити, як забезпечити захист санкцій на рівні держави. Немає нічого більш важливого, ніж захистити суверенітет України, фундамент державності, який ми зміцнили за останні п’ять років. І ви бачите, як за місяць не просто розхитується цей фундамент, а запускають бульдозер, щоб його зруйнувати. Хто має очі, нехай побачить, хто має вуха, нехай почує: це не є передвиборна риторика, це колосальна загроза існуванню державності, суверенітету країни! Закликаю українців, де б вони не жили — у Львові чи Харкові, Запоріжжі чи Ужгороді, Чернігові чи Одесі — маємо об’єднатися, щоб захистити державу.

— З огляду на ваші особисті зв’язки з Меркель і Макроном, іншими лідерами держав, ви намагались з ними поговорити щодо цього рішення ПАРЄ…

— З лідерами країн має говорити лідер країни. Ще раз наголошую: я готовий допомагати, але має бути чітка координація дій.

— Здавалося, що демократичний розвиток держави вже незворотний. Але останні тенденції в Україні свідчать, що реванш можливий. Як ви оцінюєте, чи за п’ять років президентства зробили усе можливе, аби справді процеси демократизації країни, її рух у євроатлантичні структури стали незворотними? Можливо, щось недооцінили, недоробили?..

— Я зробив усе, що міг. Внесення змін до Конституції у частині європейської, євроатлантичної інтеграції — це і був той крок, аби зробити ці процеси незворотними. Закони про люстрацію, декомунізацію, децентралізацію, енергетичну незалежність… Це кроки у бік незворотних процесів. Чи встигли завершити розпочате? Не все встигли. Саме тому і напередодні президентських виборів, і зараз, напередодні парламентських, кажу: процеси не є незворотними, нас можуть розвернути в бік Росії. І це буде робитися за мовчазної згоди, байдужості левової частки України. І тоді усе повториться точно так, як було сто років тому. Ми не тішимося з недосвідченості або неефективності дій влади, не хочемо огульно критикувати владу, ми готові підставити плече, допомогти боронити державу. Але якщо їм ця допомога не потрібна, то це

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означає, що їм не залежить на обороні держави.

— В одному інтерв’ю ви сказали, що ваші основні противники — це проросійські сили в Україні. Це зрозуміло. А хто є вашими потенційними союзниками. Зокрема у наступному парламенті? — Мій основний противник — це Кремль. І вплив Кремля не обмежується впливом політиками з Опозиційної платформи. Чи як вони там точно називаються? Вони мають в Україні й інших вовків в овечій шкурі, які намагаються під патріотичними гаслами зайти у парламент. Вони не мають шансів пройти до Верховної Ради, але забирають голоси демократичної частини виборців, які повинні об’єднатися і захистити Україну. На жаль, чимало патріотично налаштованих українців можуть на це купитися і змарнувати свій голос. Хто наші союзники? Точно — український народ. Ми дуже на нього розраховуємо. Не можу зараз сказати, що будемо з кимось у коаліції чи не будемо, не тому, що хочу тримати інтригу чи таємницю. Ні. Я якраз відкритий до співпраці і готовий предметно її обговорювати. Але якраз це і неможливо зробити, бо мені невідома позиція цілої низки політичних сил. Досі не розумію, з чим вони йдуть до Верховної Ради. Окрім пісень і виступів творчих колективів, не бачу конкретики у програмах. Вони розмиті. Не знаю, як ці політичні команди збираються захищати країну. Зараз мова не про творчу чи паперову роботу у парламенті, а саме про захист країни. Ми ж бачимо наступ по всіх фронтах. Зокрема на інформаційному полі. І жодної реакції влади! Мовчить антимонопольний комітет, мовчить Нацрада з питань телебачення і радіомовлення. По суті, відбувається спроба інформаційної диверсії проти Західної України. Чому не досліджують, яким чином головний Західноукраїнський канал (ЗІК. — Авт.) перейшов у прокремлівську власність. Це питання є предметом засідання РНБО. Але владу, схоже, це не хвилює…

— Після президентських виборів ви суттєво оновили свою команду. У списку партії «Європейська Солідарність» багато нових людей. Хто вони? За якими критеріями підбирали нову команду?

— Хто вони? Найкращі. Наш список — це унікальне поєднання досвіду і свіжої крові.

Це люди, які мають великі здобутки у політиці, які своїм життя продемонстрували жертовність, ефективність, професіоналізм і патріотизм. І нові люди, які не були в уряді та парламенті. Їх можна назвати совістю нації. Наприклад, Яна Зінкевич (дівчина з Рівного), яка у 18 років 2014 року пішла на фронт, створила медичний батальйон «Госпітальєри» і особисто врятувала життя більш ніж 200 українським пораненим воїнам. Після жахливої аварії пересувається у візочку, але яка у неї сила волі, сила духу! До речі, нещодавно вона народила дитину. Або почитайте героїчну біографію Михайла Забродського. Ви не знайдете таких прикладів у світі! Він прийняв війну командиром легендарної 95-ї десантної бригади, а зараз є командувачем Десантно-штурмових військ. Я, як Верховний головнокомандувач, у деталях знав операції, які проводив. Особисто сідав у танк або очолював штурмову групу і звільняв українські міста, воїнів, які опинились в оточенні. Це людина без страху, яка понад усе любить Україну. Крім того, блискуче володіє іноземними мовами, має величезний досвід співпраці з НАТО. Він є одним із головних творців нової української армії. Або Ахтем Чийгоз, який провів у російській в’язниці три роки лише через відмову зрадити Україну, — здати український паспорт і взяти російський. Лише цього було достатньо, щоб його звільнили. Чи багато ви знайдете людей, які лише за паспорт України готові сидіти у російській тюрмі, по суті, прийняти смерть. І лише після моєї розмови з президентом Туреччини Реджепом Таїпом Ердоганом, за посередництва Туреччини, ми його витягнули з російської в’язниці. Або Наталя Бойко, яка на початку 2014 року кинула високооплачувану роботу у Німеччині і приїхала в Україну, бо вважала, що мусить допомагати своєму народу. Вона є знаним авторитетом у міжнародному світі з енергетичної незалежності, що є одним з основних здобутків нашої команди. Подивіться, що зараз робить Росія з Грузією.

Як тільки грузинський народ вийшов на протести проти окупантів, Росія одразу ж перервала туристичне сполучення з Грузією і запровадила ембарго на товари. Хто тепер буде мені казати, що треба відновлювати економічні зв’язки з Росією! Щоб знову бути у них на гачку? Щоб знову у грудні, перед Новим роком, нам перекривали газовий вентиль і на весь світ звинувачували, що ми крадемо газ. Ми якось про це вже забули. До доброго швидко звикаєш.

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ХЛІБОРОБ – ЧЕРВЕНЬ 2019 21 N.o 534 (3963) JUNHO 2019

"Pentágono enviará US$ 250 milhões em ajuda e armas para a Ucrânia

O governo dos Estados Unidos anunciou na terça-feira (18) planos para fornecer mais US$ 250 milhões em armas letais e ajuda às forças armadas ucranianas. Com o novo pacote de ajuda, os militares dos EUA terão dado um total de US$ 1,5 bilhão à Ucrânia desde 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia. Os fundos vão "apoiar programas de treinamento em andamento e necessidades operacionais e financiar treinamento e equipamentos adicionais para as forças ucranianas”, disse o Pentágono em um comunicado. Alguns dos equipamentos fornecidos serão particularmente úteis para se proteger e confrontar a Rússia, incluindo riflesdeprecisão,lançadoresdegranadas,radaresde contra-artilharia, tecnologia de detecção de guerra eletrônica e sistemas seguros de comunicação. Os EUA também darão auxílio ao tratamento médico militar e outros.A Ucrânia está no processo de adotar “reformas institucionais de defesa fundamentais” que “reforçarão a capacidade da Ucrânia de defender sua integridade territorial em apoio a uma Ucrânia segura, próspera, democrática e livre”, disse o Pentágono. Em novembro, navios da guarda costeira russa no Mar Negro abriram fogo e capturaram três navios da Marinha da Ucrânia, além de 23 tripulantes, um ato que a então embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, chamou de "ultrajante violação do território soberano da Ucrânia". O Pentágono

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Washington| Foto: Pixabay

Коментар МЗС України щодо оприлюднених результатів розслідування збиття літака

Малайзійських авіаліній МН17 20 червня, 21:00

Оприлюднені 19 червня Спільною слідчою групою результати розслідування збиття літака Малайзійських авіаліній МН17 мають ключове значення, адже дають остаточну відповідь на питання, звідки смертоносна зброя потрапила на територію України і хто організував цю операцію.

Названі основні підозрювані: чинні і колишні співробітники російських спецслужб і громадянин України, який надавав їм сприяння.

Слідству доведеться з`ясувати роль т.зв. "прем`єр-міністра Криму" С.Аксьонова та інших високопосадовців у організації злочину, а також назвати його безпосередніх виконавців - членів екіпажу БУКа.

Судовий розгляд справи щодо основних підозрюваних розпочнеться 9 березня 2020 року в національному суді Королівства Нідерланди.

Усі важливі правові аспекти, пов’язані із передачею кримінальних проваджень, судового розгляду справи та виконання покарання, врегульовані відповідною Угодою між Україною та Королівством Нідерландів про міжнародне правове співробітництво щодо злочинів, пов'язаних зі збиттям літака рейсу МН17 Малайзійських авіаліній 17 липня 2014 року, укладеною 7 липня 2017 року.

Зазначена угода створює належне правове підґрунтя для ретельного та правомірного судового розгляду результатів розслідування Спільної слідчої групи, в рамках якої українські правоохоронні органи співпрацюють з правоохоронними органами держав, громадяни яких загинули внаслідок збиття літака.

МЗС звертає увагу на те, що кримінальне переслідування підозрюваних в організації та вчиненні злочинів навколо збиття літака

Бо з 2015 року ми не дозволили Росії так діяти. І надалі будемо боронити державу та не дозволимо руйнувати те, що п’ять років так важко будували.

ПЕТРО ПОРОШЕНКО ЄВРОПЕЙСЬКА СОЛІДАРНІСТЬFonte: https://wz.lviv.ua/interview/392916-mynuv-lyshe-

misiats-a-bachymo-ataku-na-usi-dosiahnennia-poperednikh-piaty-rokiv

também prometeu aumentar o apoio à Marinha Ucraniana e aos marinheiros presos após o ataque. Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/ pentagono-enviara-us-250-milhoes-em-ajuda-e-armas-para-a-ucrania/

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EUA ajudam a Ucrânia a combater a propaganda russa - Senador Portman

O senador norte-americano Rob Portman disse isso em seu discurso no Senado dos Estados Unidos, relatando seu recente encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. "Discutimos [com Zelensky] a propaganda russa ao longo da fronteira leste e os esforços para obstruir os sinais da TV ucraniana para semear as sementes de dissensão para o povo da região de Donbas. Falamos sobre algumas idéias que ajudariam a combater essa propaganda, a interferência e a desinformação, e eu já estive em contato com o Departamento de Estado sobre essas idéias ", disse ele. Portman acrescentou que tinha ouvido vários pedidos do lado ucraniano em relação ao setor de defesa, e ele já havia começado a discuti-los com seus colegas do Comitê de Serviços Armados. O senador também falou que havia discutido com o presidente ucraniano a questão dos 24 marinheiros ucranianos capturados pela Rússia no Estreito de Kerch, no Mar de Azov, em novembro de 2018, e como manter a pressão sobre Moscou para libertá-los. “Então voltei desta breve viagem à Ucrânia esperançoso. Espero que a Ucrânia esteja pronta para escrever o próximo capítulo de sua longa história, e será um capítulo de liberdade com um governo e uma sociedade que beneficiam todos os seus cidadãos. E os Estados Unidos da América devem continuar sendo bons amigos e aliados nessa busca. Estou certamente determinado a fazer a minha parte para que seja assim ”, resumiu Portman.

Fonte: https://www.ukrinform.net/rubric-polytics/2715925-us-to-help-ukraine-counter-russian-propaganda-senator-portman.html

Comentário do MRE da Ucrânia sobre resultados anunciados da investigação do

abatimento do voo MH17

Os resultados da investigação sobre a suspensão do vôo MH17 da Malaysian Airlines, anunciada pela Joint Investigation Team em 19 de junho, são de importância fundamental porque fornecemrespostadefinitivaparaaquestãodeondea arma mortal usada para derrubar o avião veio para o local. território da Ucrânia e quem organizou a operação. Principais suspeitos foram nomeados: eles são agentes ativos ou antigos dos serviços especiais russos e um cidadão da Ucrânia, que prestou assistência a eles. A investigação ainda está para determinar o papel do chamado "Primeiro Ministro da Criméia" S. Aksionov, algumas outras pessoas que são altos funcionários na premeditação do crime, bem como para citar seus autores diretos - tripulantes do BUK infame. O julgamento do tribunal dos principais suspeitos terá início em 9 de março de 2020 em um tribunal nacional do Reino dos Países Baixos. Todos os aspectos legais importantes relacionados à transferência de processos penais, audiências judiciais e execução de veredito são regidos pelo Acordo pertinente entre a Ucrânia e o Reino dos Países Baixos, de 7 de julho de 2017, sobre cooperação jurídica internacional relacionada à suspensão do voo MH17. O referido acordo estabeleceu uma base legal apropriada para uma consideração judicial completa e legítima dos resultados da investigação da Equipa de Investigação Conjunta, onde as agências de aplicação da lei da Ucrânia cooperam com as agências de aplicação da lei dos estados, cujos cidadãos morreram como resultado da suspensão do MH17. . O Ministério das Relações Exteriores gostaria

de destacar o fato de que a acusação de suspeitos no caso de premeditação e cometer crimes relacionados ao abate do MH17 está intrinsecamente ligada à responsabilidade da Rússia como um Estado por violar uma série de convenções, tornando assim esses crimes possíveis. Entre elas, em particular, está a violação da Convenção Internacional para a Supressão do Financiamento do Terrorismo, que é objeto de um julgamento no tribunal da Ucrânia contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça. Solicitamos à Federação Russa que reconheça sua responsabilidade pelo fornecimento de armas e coopere com a investigação, conforme estipulado pela Resolução 2166 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 17 de julho de 2014.

Embaixada da Ucrânia no Brasil

нерозривно пов’язане також і з відповідальністю Росії, як держави, за грубе порушення низки міжнародно-правових норм. Серед них - положення Міжнародної конвенції про боротьбу з фінансуванням тероризму, яка є предметом розгляду справи України проти Росії у Міжнародному Суді ООН.

Ми закликаємо РФ визнати свою відповідальність за постачання зброї та співпрацювати зі слідством, як це передбачено резолюцією РБ ООН 2166 від 17 липня 2014 р.

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Agradecemos ao Sr. JOÃO PELÊPEK pela contribuição ao Lavrador ....................................................R$ 200,00

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