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КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 2016 BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL Інформативний бюлетень Українського Товариства Бразилії Al. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected]

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КВІТЕНЬ 2016N.o 495 (3939) ABRIL 2016BOLETIM INFORMATIVO DA SOCIEDADE UCRANIANA DO BRASIL

Інформативний бюлетень Українського Товариства БразиліїAl. Augusto Stellfeld, 795 - CEP 80410-140 Curitiba - Paraná - Brasil - Fone/Fax: (41) 3224-5597 - e-mail: [email protected]

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 20162

É comum as pessoas lembrarem da Ucrânia pelas suas lindas paisagens, pelos seus monumentos e Igrejas suntuosas ou pelos Cossacos em luta pela defesa da soberania territorial. É comum lembrarmos da Ucrânia através das manifestações culturais do folclore, com suas danças e canções ou do artesanato. É comum lembrar da Ucrânia pelas maravilhosas paisagens das enormes produções agrícolas onde se destacam a beleza dos girassóis ou dos trigais. É comum se saber da Ucrânia ao se ler Chevtchenko ou Lessia Ukrainka. Poucos, creio eu, lembram da Ucrânia quando se vê o maior avião de carga do mundo, chamado de Antonov. Poucos sabem que as aeronaves mais poderosas do leste europeu sob o aspecto bélico e tecnológico são produzidas por indústrias ucranianas. Quase ninguém sabe que a Ucrânia foi um dos países com um dos maiores poderio nuclear do mundo e, signatário do Acordo Internacional para a não Proliferação de Armas Nucleares, foi um dos primeiros países, na década de noventa, que deixaram de produzir armamentos nucleares, ou seja, não sabemos ou poucos se sabe que o uso de energia nuclear pela Ucrânia só ocorre para fins pacíficos. Mas apesar de toda nossa beleza, cultural, religiosa, visual, poética, industrial e principalmente por ser um povo que deu recente mostra de que quer viver em paz, atualmente o mundo lembra da Ucrânia pelo terrível acidente nuclear que devastou a região de Chernobyl. Não é a lembrança que nenhum país quer deixar para a humanidade, mas lá está. Não serve de ponto turístico, mas que sirva para a humanidade de lição, uma referência no sentido de que o desenvolvimento tecnológico tem limites e um, senão o principal, é a segurança dos

cidadãos. Reflito se todo o poderio militar, bélico, toda a tecnologia serviu para a Ucrânia ante a catástrofe que foi acometida. Talvez lembrar da Ucrânia de forma saudosista, pelas poesias de Chevtchenko ou pelas paisagens, pela cultura ou pela suntuosidade arquitetônica, seria mais adequado. Mas por outro lado, sem o desenvolvimento científico em várias áreas do conhecimento pelos quais a Ucrânia é referência internacional, tais como a medicina, as ciências exatas e aeronáuticas, por exemplo, colocá-la-ia em posição por demais submissa e porque não dependente ao extremo de outras nações. Pois que mantenhamos todas as lembranças do passado. Que as poesias de Léssia e Chevtchenko e os sons da musicalidade de Anatoli Avdievski sejam o objeto do grito comum dos ucranianos e que estes ecoem pelas estepes floridas com os girassóis e os trigais, que entrem pelas Igrejas e monumentos e emocionem as pessoas, que ecoem por entre os montes cárpatos e sejam a mensagem de paz nas lutas dos Ucranianos e que finalmente cheguem a Chernobyl e lá acalentem as almas sofridas dos irmãos que padeceram na catástrofe. É NOSSA HISTÓRIA E PRECISAMOS TRATÁ-LA COM DIGNIDADE .

SLAVA UKAÍNI !

ROBERTO ANDRÉ ORESTEN

EDITORIAL

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“Já estamos com a data do 55ª Edição do Festival Folclórico e de Etnias do Paraná que todo ano é realizado no Teatro Guaíra

agendado!!Esperamos por vocês!!”

ENSAIOS DO BARVINOK

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Recepção do Embaixador do Brasil na Ucrânia OSWALDO BIATO JÚNIOR

No último dia 23 de abril a Sociedade Ucraniana do Brasil teve o prazer de receber a visita do Embaixador OSWALDO BIATO JUNIOR. Recém designado pelo Governo Brasileiro, o Diplomata irá assumir a Embaixada do Brasil em Kyiv, na Ucrânia. Ele veio a Curitiba acompanhado do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Sr Rotislav Tronenko. A viagem a Curitiba objetivou que o Embaixador Brasileiro mantivesse contato com as lideranças civis e religiosas da nossa comunidade e conhecesse o trabalho desenvolvido por todas elas em Curitiba, no Paraná e em outros Estados brasileiros. A reunião foi organizada pela Representação Central Ucraino Brasileira que, na pessoa de seu Presidente, Senhor Vitório Sorotchuk, conduziu os trabalhos. Estiveram presentes Diretores da Sociedade Ucraniana do Brasil, componentes do Folclore Ucraniano Barvinok e da Subotna Schkola Léssia Ucrainka. Representantes do TPUK, do Poltava e da Comunidade Ucraniana de Cascavel também lá estiveram e falaram sobre suas atividades. Na Sociedade Ucraniana do Brasil o Embaixador visitou o Museu e outras instalações, mostrando-se impressionado com o trabalho de preservação cultural que se desenvolve a quase um século. Ao Embaixador Oswaldo fica o nosso desejo de amplo sucesso no desenvolvimento de suas atividades diplomáticas. Que a sua liderança na Embaixada possa gerar tanto ao Brasil como para a Ucrânia bons frutos em todas as mais variadas áreas de Estado. Que se incremente o mútuo comércio, as relações inter universidades, as relações políticas e culturais.

ROBERTO ANDRÉ ORESTEN

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 5N.o 495 (3939) ABRIL 2016

Papa faz apelo inédito e pede doações para população da Ucrânia

O papa Francisco, em um gesto inédito, pediu no domingo(03) para que as paróquias da Europa recolham fundos durante a missa de 24 de abril para serem enviados à Ucrânia, que vive uma urgente situação. Após a missa , dedicada à Misericórdia, Francisco anunciou a iniciativa em favor dos "que ficaram nas terras devastadas pelas hostilidades que já causaram várias milhares de mortes". "Convido os fiéis a se unirem a esta iniciativa do Papa com uma generosa contribuição. Este gesto de caridade, além de aliviar os sofrimentos materiais, quer expressar a minha proximidade e solidariedade pessoal e de toda a Igreja à Ucrânia", disse Francisco. Para apoiar o pedido do pontífice, o site da "Rádio Vaticana" publicou um artigo sobre as necessidades humanitárias no país. Segundo o texto, "800 mil pessoas se encontram deslocadas" em territórios controlados pelo governo ucraniano, assim como 2,7 milhões estão em zonas sob controle dos separatistas pró-Rússia no leste do país. Cerca de 500 mil pessoas têm "a necessidade urgente de receber alimentos", mas as principais carências são médicas, com alto risco da propagação da Aids e da tuberculose. De acordo com a apuração da "Rádio Vaticana", a população da região não tem insulina e a maioria das operações é feita sem anestesia. Para 1,3 milhão de pessoas o acesso à água potável pode acabar, e são contínuos os cortes de fornecimento de gás e luz. Na situação mais dramática estão as crianças, pois 200 mil tiveram que abandonar suas casas e refugiar-se em outras regiões afastadas do conflito. "A cada quatro crianças ucranianas uma é deslocada", garante a emissora. Os fundos recolhidos na missa serão distribuídos como ajuda humanitária para todos os necessitados e em cooperação com as representações religiosas do país, onde os católicos são 10% da população. Fontes do Vaticano disseram à Agência Efe que se trata de uma ação especial do pontífice, pois a Igreja Católica nunca tinha convocado uma coleta para uma situação de

emergência pontual. O objetivo do papa é alertar sobre a preocupante situação humanitária e que deixou de ter a atenção da imprensa, apesar da gravidade.

(Fonte: http://www.newsjs.com/url.php?p=http://noticias.terra.com.br/mundo)

Conflito no leste da Ucrânia deixa 1,5 milhão de pessoas passando fome,

alerta ONU

Quase 300 mil pessoas enfrentam insegurança alimentar considerada severa. Programa Mundial de Alimentos da ONU quer levar assistência a 270 mil ucranianos. População do país enfrenta ainda outros riscos, como violações de direitos humanos perpetradas por mercenários e soldados estrangeiros.

Na Ucrânia, a população que mora em regiões próximas à linha de batalha dos conflitos tiveram perda completa ou redução significativa de sua renda, ficando

sem recursos para se alimentar. Foto: ANCUR / A. McConnell

O conflito no leste da Ucrânia já dura dois anos e deixou cerca de 1,5 milhão de pessoas passando fome. Desse contingente, quase 300 mil enfrentam insegurança alimentar considerada severa e precisam de assistência imediata. Os números são do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), que alertou na segunda-feira (4) para as restrições ao acesso de organizações humanitárias a determinadas partes do território. A agência da ONU esperar alcançar cerca de 270 mil de pessoas entre os mais vulneráveis, disponibilizando assistência alimentar mensal durante o primeiro semestre de 2016.

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Segundo o PMA, habitantes da região de Luhansk – não controlada pelo governo ucraniano – e de zonas próximas à linha de batalha são os mais afetados pela falta de alimentos. Mais da metade da população tanto em áreas sob controle estatal, quanto em outras sob regimes distintos já enfrentou perda completa ou redução significativa da renda. Desde novembro de 2014, o PMA entregou serviços emergenciais de alimentação para mais de meio milhão de indivíduos, incluindo 370 mil pessoas que receberam mensalmente pacotes de comida e outras 180 mil que foram assistidas por iniciativas de transferência de renda, em áreas onde mercados continuam a funcionar. O PMA afirmou que dará continuidade a suas operações humanitárias. “No entanto, nós apelamos a todas as partes do conflito que facilitem o acesso humanitário pleno e desimpedido às pessoas em necessidade por todo o país”, afirmou o representante nacional da agência da ONU, Giancarlo Stopponi. Mercenários e combatentes estrangeiros

na Ucrânia preocupam especialistas em direitos humanos da ONU

Além da insegurança alimentar, a população ucraniana enfrenta também riscos de violações de seus direitos humanos, agravados pela presença em território nacional de combatentes estrangeiros da Rússia, da Sérvia, de Belarus, da França, da Itália e de outros países. A atividade dessas tropas e também de mercenários levou um Grupo de Trabalho da ONU a visitar a Ucrânia em março. O objetivo da missão era recolher dados sobre possíveis vínculos entre as ações

Na Ucrânia, o Dinheiro e Assistência com voucher de alimentos fornecidos pelo PMA permitem que as pessoas

vão para o mercado e escolham uma comida que preferem. Foto: PAM / Abeer Etefa

dos soldados e crimes contra a população. Ao final da viagem, os especialistas expressaram “profunda preocupação” quanto às alegações de que mercenários teriam se aliado aos lados do conflito. A prática é “claramente” proibida pelo direito internacional e vai contra o Protocolo de Minsk, aprovado entre governo e grupos armados em 2014 para pôr fim às hostilidades em alguns distritos das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk. Além desses combatentes, outros soldados estrangeiros, entre eles, voluntários e homens e mulheres pagos, bem como membros de milícias independentes e militares profissionais, estariam envolvidos em violações dos direitos humanos.Segundo as autoridades ucranianas, ao menos 176 não nacionais foram identificados em entidades armadas de Donetsk e Luhansk. “Até o momento, combatentes estrangeiros foram acusados de vários crimes, incluindo infrações relacionadas a terrorismo, mas nenhuma acusação foi em relação às violações dos direitos humanos que ocorreram”, lamentou a especialista do Grupo de Trabalho, Patricia Arias, que se encontrou com governantes ucranianos, parlamentares, autoridades judiciais, representantes da sociedade civil e também da região de Donetsk. A missão solicitou ao governo da Ucrânia que garanta a responsabilização dos culpados pelos crimes e pela violência contra a população. Desde 2015, a Ucrânia permite a inclusão de estrangeiros e apátridas em suas forças armadas regulares e na Guarda Nacional. A emenda aprovada no Parlamento contempla também voluntários que lutaram nos batalhões durante o conflito. Os especialistas da ONU ressaltaram que violações foram instigadas por todas as partes do conflito e que a justiça deve ser assegurada para as vítimas.Os integrantes do Grupo de Trabalho afirmaram ainda que há pouca informação consistente sobre formas de pagamento e sobre as motivações por trás das atividades de soldados estrangeiros. A conjuntura dificulta a classificação dos cadetes em mercenários ou não. Desde 2014, o recrudescimento dos confrontos no leste do país provocou um aumento do influxo de estrangeiros para dentro do território ucraniano, contribuindo para agravar a situação dos direitos humanos. As descobertas do Grupo de Trabalho serão apresentadas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro desse ano.

Fonte: nacoesunidas.org)

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Ucrânia recorda 30 anos do acidente nuclear de Chernobyl

Marco de ineficiência do Estado soviético, pior desastre nuclear do mundo segue deixando

rastro de contaminação.

A Ucrânia relembra nesta terça-feira (26) o 30º aniversário do desastre nuclear de Chernobyl, que deixou áreas permanentemente contaminadas na Europa Oriental e destacou as deficiências do secreto sistema soviético. Imagens mostram o abandono da cidade de Prypyat, localizada próximo à usina de Chernobyl. Local foi o mais atingido pela nuvem tóxica ocasionada pelas explosões na usina. (Fotos: Getty Images)

Nas primeiras horas de 26 de abril de 1986, um teste malfeito na usina nuclear de Chernobyl desencadeou uma explosão de vapor que resultou num incêndio, numa série de explosões adicionais e num derretimento nuclear. As nuvens de material atômico que foram expelias para a atmosfera forçaram dezenas de milhares de pessoas a abandonarem suas casas. A cerimônia em memória ao pior acidente nuclear da história tem atraído atenção especial devido à construção de um gigantesco arco de aço, com um custo estimado em mais de 2 bilhões de euros. A construção metálica funcionará como uma cápsula protetora para impedir o vazamento de material radioativo pelos próximos 100 anos. Mais de 200 toneladas de urânio seguem no interior do reator destruído.

Arco metálico é construído na planta da usina de Chernobyl para impedir o vazamento de

material radioativo Foto: Getty Images

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O projeto foi financiado com doações de mais de 40 governos. O primeiro-ministro da Ucrânia, Vladimir Groisman, disse que as lições aprendidas com a tragédia de Chernobyl devem ser assimiladas em todo o mundo. No entanto, mesmo com a nova estrutura, a zona de segurança de cerca de 2.600 quilômetros quadrados de floresta e pântano na fronteira da Ucrânia com a Belarus permanecerá inabitável e fechada para visitantes não autorizados.

Mortes, doenças e heróis

Na época do acidente, mais de meio milhão de civis e militares foram convocados em toda a ex-União Soviética para limpar e conter a disseminação de material radioativo. Eles eram chamados de “liquidadores” – muitos deles sofreram diversos efeitos causados pela radioatividade, milhares morreram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trinta e um trabalhadores da usina e bombeiros morreram em imediata consequência do acidente, principalmente devido a síndrome aguda da radiação. Ao longo das últimas três décadas, milhares de pessoas têm sucumbido a doenças relacionadas à radiação, como o câncer, embora o número total de mortes e os efeitos de longa data sobre a saúde continuam a ser um assunto de intenso debate. Um controverso relatório da ONU, publicado em 2005, estimou que “até 4 mil pessoas” poderiam eventualmente morrer em consequência do veneno invisível na Ucrânia e nos países vizinhos Rússia e Belarus. Nikolay Chernyavskiy, de 65 anos, que trabalhou na usina de Chernobyl e, posteriormente, voluntariou-se como “liquidador”, recorda-se de subir no telhado de seu bloco de

apartamentos na cidade de Prypyat – localizada próximo à usina – para olhar os reatores após o acidente. “Meu filho disse: ‘Papai, papai, quero olhar também’. Ele tem que usar óculos agora e eu sinto que é minha culpa por deixá-lo olhar”, disse Chernyavskiy. A esposa e as quatro crianças de Chernyavskiy foram retiradas da área após o acidente. Ele, porém, não se arrepende de sua decisão de ficar e ajudar, nem com os problemas de saúde que sofre como consequência. “Eu faria tudo de novo”, garante.

União Soviética acusou Ocidente de propaganda

O desastre e a reação do então governo destacaram as falhas do sistema soviético com seus burocratas irresponsáveis e a enraizada cultura de segredos e sigilo. Os cerca de 48 mil habitantes de Prypyat, por exemplo, foram orientados a deixar a cidade somente 36 horas depois do desastre. O então secretário-geral do Partido Comunista, Mikhail Gorbachev – vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1990 por defender reformas democráticas e econômicas –, admitiu publicamente a ocorrência do desastre somente em 14 de maio. O acidente em Chernobyl foi noticiado pela primeira vez na Alemanha, dois dias após a tragédia. A televisão soviética tentou convencer a população local de que tudo estava em ordem em Chernobyl e que as informações do exterior não passavam de propaganda estrangeira. “Como você pode ver, a enorme destruição sobre a qual os meios de comunicação ocidentais continuam a falar sem parar, não estão lá”, dizia um clipe em preto e branco que mostrava áreas da planta nuclear logo após o colapso. “Um elemento essencial das operações

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em Chernobyl é a absoluta segurança de todos que trabalham lá.” Posteriormente, o ex-líder soviético Gorbachev disse que considera o desastre de Chernobyl como um dos principais motivos que levaram à extinção da União Soviética, dissolvida em 1991.

(Fonte: terra.com.br)

Relato da vencedora do Nobel sobre desastre de Chernobyl chega às

livrarias brasileiras

“Vozes de Tchernóbil” é a primeira obra de Svetlana Aleksiévitch lançada no Brasil

Na madrugada de 26 de abril de 1986, uma série de explosões deu origem a um incêndio em um dos reatores da usina de Chernobyl, na Ucrânia. Era o início do maior acidente nuclear de todos os tempos, responsável por causar um número incalculável de mortes, multiplicar em 78 vezes os casos de câncer na região e espalhar radiação por diferentes continentes. No dia seguinte, sem ter ideia da gravidade do ocorrido, dezenas de crianças das redondezas percorriam quilômetros a pé ou de bicicleta em meio à poeira radioativa para ver a fumaça que ainda saía do local. Era azul e brilhava. Cenas como a descrita acima fazem parte de “Vozes de Tchernóbil”, livro lançado originalmente em 1997, mas que só hoje chega às livrarias brasileiras, exatamente 30 anos após o trágico episódio. A edição brasileira é lançada meses após a autora do volume, a jornalista bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, ter alcançado reconhecimento mundial, laureada com o Nobel de Literatura em outubro passado. A escritora também virá em breve ao Brasil para uma participação na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre entre 29 de junho e 3 de julho. Qualificado pela Academia Sueca,

responsável pela escolha do Nobel, como uma “obra polifônica, memorial do sofrimento e da coragem em nossa época”, “Vozes de Tchernóbil” é o mais elogiado livro da autora, realizado a partir de uma pesquisa de 10 anos na qual conversou com mais de 500 entrevistados. No extenso rol de fontes de Svetlana, figuram políticos, médicos e físicos, mas são os relatos de quem vivenciou de perto o desastre radioativo que constituem o cerne do trabalho. Entre eles, estão bombeiros, camponeses e liquidadores (civis e militares encarregados da limpeza da área), bem como seus familiares. Os depoimentos se sucedem uns aos outros, sem que a autora os contextualize ou emita qualquer juízo, como um documentário que abre mão do narrador. O arranjo é muito bem executado, evitando redundâncias e fazendo com que o leitor compreenda a sequência dos fatos ali expostos sem qualquer dificuldade.

Crônica da era soviética

O acerto de Svetlana na composição do livro, no entanto, não significa que ofereça uma leitura fácil. Ao contrário, o início da narrativa é uma verdadeira prova de fogo para quem pretende encarar suas 384 páginas. O primeiro relato é da viúva de um dos bombeiros convocados para apagar o fogo do reator – sem saber para onde estava indo e sem usar qualquer roupa especial. Grávida, ela burla a burocracia soviética para ficar próxima do marido nos últimos 14 dias de vida deste. Descrições do corpo que se desfazia aos poucos sobre o leito não são omitidas, expondo o leitor, de modo quase sádico, a vísceras, secreções e muita dor. Não é menos chocante a descrição do modo como as autoridades trataram o ocorrido, buscando escondê-lo da comunidade internacional e da população. Nem mesmo os próprios soldados convocados a atuar na zona contaminada podiam acessar os exames que mediam diariamente a radiação de seus corpos, mesmo que o dado, mais tarde, pudesse ser importante para ajudar no tratamento de doenças decorrentes deste período de suas vidas. Com depoimentos profundamente humanos, mas que não deixam de lado o modo esquivo com que o Estado tratou o episódio, “Vozes de Tchernóbil” constitui um poderoso documento sobre a catástrofe nuclear, mas também uma crônica sobre o regime soviético em queda.

(Fonte: Jornal GAZETA DO POVO)

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Тел.: (+5561) 3365 1457Факс: (+5561) 3365 2127

E-mail: [email protected]: http://brazil.mfa.gov.ua

Прес-релізм. Бразиліа, 26 квітня 2016 року

30-і роковини трагедії на Чорнобильській АЕС

Тридцять років тому вогонь Чорнобильської катастрофи обпалив землюУкраїни та ввійшов в історію як нове безпрецедентне глобальне явище, якнайбільша техногенна катастрофа ХХ століття.

Унаслідок чорнобильського вибуху в Україні було радіаційно забруднено2293 населені пункти.

Станом на 1 січня 2016 року в Україні налічується 1 млн. 961 тис. 904 громадян, що мають статус постраждалих від Чорнобильської катастрофи, у томучислі 108 тис. 530 інвалідів і 418 тис. 777 дітей. Понад 35 тис. родин одержуютьпільги через втрату годувальника, смерть якого пов'язана з Чорнобильськоюкатастрофою.

Ці цифри свідчать не лише про ступінь пережитих народом потрясінь, а йтакож про необхідність надання адекватної соціальної та медичної допомогипотерпілим.

На даний час Чорнобильська АЕС зупинена. Активно ведеться спорудженнянового безпечного конфайнмента, який надійно ізолює зруйнований енергоблокЧорнобильської АЕС від навколишнього середовища.

Наступним, остаточним етапом подолання наслідків Чорнобильськоїкатастрофи має стати демонтаж та переробка тимчасових конструкцій об’єкта«Укриття», видалення паливних елементів та їх надійне захоронення.

Водночас, руйнівний вплив на довкілля в результаті російської агресії насході України може спричинити ще одну екологічну катастрофу на Донбасі, зазбитками та масштабами, можливо, співмірну наслідкам вибуху на ЧорнобильськійАЕС.

Затоплення шахт терористами призвело до отруєння питної води, ґрунту, флори і фауни регіону. Очевидними є втрати біорізноманіття в регіоні, значними єзагрози для тваринного та рослинного світів. Вибухи і обстріли російськиминайманцями промислових об’єктів призводять до надзвичайних екологічнихситуацій в регіоні, у т.ч. у звʼязку з викидом в атмосферу небезпечних хімічних,радіоактивних, біологічних речовин.

Саме тому, у цей критичний для України момент, світова спільнота не маєправа на зволікання з питань пошуку комплексних відповідей як на викликиЧорнобиля, так і на виклики для довкілля, спричинені російською збройноюагресією.

ПУ в Бразилії

ПОСОЛЬСТВО УКРАЇНИУ ФЕДЕРАТИВНІЙ

РЕСПУБЛІЦІ БРАЗИЛІЯ

EMBAIXADA DA UCRÂNIANA REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL

Південний сектор індивідуальних помешкань, внутрішній квартал-05,блок 04, буд. 02, м. Бразиліа - ФО,

71615-040, Бразилія

SHIS, QI-05, Conjunto 04,Casa 02, CEP: 71615-040,

Brasília – DF - Brasil

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 11N.o 495 (3939) ABRIL 2016

Тел.: (+5561) 3365 1457Факс: (+5561) 3365 2127

E-mail: [email protected]: http://brazil.mfa.gov.ua

Brasília, 26 de abril de 2016

Comunicado à imprensa

30 anos da catástrofe de Chornobyl

Trinta anos atrás, o fogo de Chornobyl queimou a terra ucraniana e entrou na história como um novo fenômeno global, como a maior catástrofe tecnológica do século XX.

Como resultado foram contaminadas 2293 cidades e aldeias.No dia 1º de janeiro de 2016 na Ucrânia, havia 1.961.904 cidadãos que tinham o

estatuto de vítima da catástrofe, incluindo 108.530 pessoas com invalidez e 418.777 crianças. Mais de 35 mil famílias recebem benefícios devido à perda de alguém dafamília cuja morte está relacionada com a catástrofe de Chornobyl.

Esses números não só mostram o grau de sofrimento do povo, mas também a necessidade de assistência social e médica adequada às vítimas.

Atualmente, a usina nuclear de Chornobyl encontra-se parada. Estão realizando-se as obras de construção de um novo confinamento seguro, que isolaria de forma confiável o meio ambiente da Usina Nuclear destruída.

A próxima etapa de superação das sequências da catástrofe de Chornobyl deve ser a desmontagem e reciclagem de estruturas temporárias de "Cobertura" (sarcófago sobre o reator destruído), a remoção de elementos combustíveis e sua armazenagem segura.

No entanto, um efeito devastador sobre o meio ambiente, como consequência da agressão russa no leste da Ucrânia, pode causar um desastre ambiental em Donbass, possivelmente comparável com as perdas e da mesma escala das consequências da explosão da Chornobyl.

Inundações de minas por parte de terroristas levou ao envenenamento de água potável, solo, flora e fauna da região. É óbvia a perda de biodiversidade na região, as ameaças para os mundos animal e vegetal são significantes. Bombardeios e ataques contra as instalações industriais por parte dos mercenários russos produzem as emergências ambientais na região, incluindo a libertação de produtos químicos, radioativos e substâncias biológicas perigosas para a atmosfera.

É por isso, que neste momento crítico para a Ucrânia, a comunidade internacional não tem o direito de adiar a busca de uma resposta global aos desafios de Chornobyl, e aos desafios para o meio ambiente causados pela agressão russa armada.

Embaixada da Ucrânia

ПОСОЛЬСТВО УКРАЇНИУ ФЕДЕРАТИВНІЙ

РЕСПУБЛІЦІ БРАЗИЛІЯ

EMBAIXADA DA UCRÂNIANA REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL

Південний сектор індивідуальних помешкань, внутрішній квартал-05,блок 04, буд. 02, м. Бразиліа - ФО,

71615-040, Бразилія

SHIS, QI-05, Conjunto 04,Casa 02, CEP: 71615-040,

Brasília – DF - Brasil

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 201612

Chernobyl 30 anos depois: uma questão de bioética

Chernobyl revelou que a tragédia com a energia nuclear, embora possa ser considerada

regionalizada, tem impactos globais.

Há exatamente 30 anos o mundo inteiro tomou conhecimento do maior acidente nuclear da história depois dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Uma tragédia de proporções gigantescas com repercussões até os nossos dias. Até o momento do acidente, a extinta União Soviética ainda gozava de certa relevância e solidez em seu programa nuclear. Seu pioneirismo, em 1954, com a inauguração da primeira central nuclear do planeta é inegável. O sistema de proteção da usina de Chernobyl estava seriamente comprometido. Esse acidente já estava sendo previsto desde 1981 por muitos especialistas, devido à baixa qualidade dos materiais usados na fabricação do reator que explodiu. Fontes oficiais do governo na época afirmavam que a possibilidade de acidente em Chernobyl era estimada na proporção de um por 10 milhões – mas, no dia 26 de abril de 1986, o acidente aconteceu. Precisamos questionar se tudo o que é tecnicamente possível é eticamente desejável. A nuvem tóxica que saiu do reator de Chernobyl espalhou-se por muitos quilômetros e uma onda de medo varreu os países que naquele momento usavam ou não a energia nuclear como fonte alternativa de energia. Imensuráveis foram os impactos à saúde das pessoas, o temor e a angústia das consequências de tal contaminação. Nenhum setor da sociedade estava preparado para dar conta de tal realidade. Ainda hoje, embora exista uma área de exclusão considerável do epicentro fatídico, as populações das redondezas que ali vivem não

escondem o medo de conviver com os efeitos desconhecidos da radiação, cujo impacto não afetou apenas aqueles atingidos no momento da explosão, mas deixou uma marca hereditária em todos os seres vivos direta ou indiretamente relacionados ao evento. Algumas regiões se tornaram impróprias para qualquer cultivo e Chernobyl revelou que a tragédia com a energia nuclear, embora possa ser considerada regionalizada, tem impactos globais. Nesse sentido, cabe a reflexão de que, embora sejamos capazes de criar notáveis artefatos para amenizar as dificuldades diárias, a técnica apresenta um caráter ambivalente, que ao mesmo tempo representa esperança, mas possui consequências e desdobramentos. Essa condição exige que o Homo sapiens questione se tudo o que é tecnicamente possível é eticamente desejável, de modo a impedir que as possíveis propostas de êxitos anunciadas diariamente, frutos do avanço tecnocientífico, sejam realizadas apenas para atender aos desejos do Homo faber. O acidente de Chernobyl, portanto, além de um dilema ético – ao questionar se devemos ou não fazer certas ações na medida em que somos capazes de realizá-las –, suscita questões do universo da bioética, na medida em que a vida e a dignidade das pessoas, assim como a biodiversidade, devem estar em primeiro lugar, acima de qualquer interesse. Se o aumento da capacidade tecnocientífica, ao mesmo tempo em que traz certa tranquilidade, também representa ameaça, coisifica e banaliza a vida, é urgente revisitarmos a proposta de Potter e recuperar o ideal de ponte entre a tecnociência e a ética. Embora seja muito difícil colocar um limite naquilo que mais nos orgulha, isto é, na capacidade humana de se autossuperar tecnicamente, é bom sempre nos lembrarmos da afirmação do filósofo Hans Jonas: “é possível viver sem um suposto bem supremo, mas não é possível viver com o mal extremo”.

Rosel Antonio Beraldo é mestrando em Bioética pela PUCPR. Anor Sganzerla, doutor em Filosofia, é professor do Programa de Pós-Graduação em Bioética da PUCPR. Daiane Priscila Simão Silva, doutora em Genética, é professora do Programa de Pós-Graduação em Bioética da PUCPR.

(Fonte: Jornal GAZETA DO POVO)

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 13N.o 495 (3939) ABRIL 2016

Curitiba relembra crianças vítimas de Tchernóbil nos 30 anos da tragédia

Sempre rígido com os três filhos, o administrador Antonio Komarcheuski Sobrinho, 56, agiu diferente com Dmitriy, 7, e Maxim, 12. Liberou o sorvete, vetado por médicos. Quis ser "mais mole", nas próprias palavras. Afinal, os pequenos ucranianos não estavam no Brasil a passeio, mas em tratamento por serem vítimas de uma das maiores tragédias nucleares do mundo.

Família hospedou crianças afetadas por Tchernóbil

Dmitriy e Maxim fizeram parte do grupo de 15 crianças da Ucrânia que moraram por alguns meses em Curitiba entre 1999 e 2011, em residências como a de Sobrinho, para tratamento médico.

Todas desenvolveram leucemia, um tipo de câncer, em decorrência da exposição à radiação liberada pela explosão na usina nuclear de Tchernóbil, em 1986. O acidente na Ucrânia completa 30 anos na terça-feira (26). Mesmo décadas após a explosão e morando em cidades distantes da usina, muitos ucranianos ainda assim foram afetados com a radiação.

O Paraná, com a maior comunidade de descendentes ucranianos do Brasil, foi o único Estado do país a receber uma leva das vítimas de Tchernóbil. Outros países, como Cuba, também ajudaram no tratamento das vítimas. Em Curitiba, a comunidade ucraniana organizou jantares e pediu doações para pagar as passagens aéreas.

Voluntários se tornaram "pais adotivos" para hospedar os garotos e levá-los para as sessões

de quimioterapia no Hospital Evangélico, que custeou o tratamento.

Além de casa, comida e transporte, os descendentes de ucranianos quiseram mostrar o lado brasileiro da hospitalidade. Idas à praia, passeios de trem pela serra do mar, visitas ao zoológico e brincadeiras no clube fizeram parte do esforço para minimizar o peso do tratamento.

"A sociedade se envolveu. Até mesmo no aeroporto os policiais federais pegavam as crianças no colo e se emocionavam", conta José Welgacz Junior, então presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira e um dos responsáveis pela iniciativa. Dmitriy foi um dos mais sortudos. Ganhou festa de aniversário de 8 anos com cachorro-quente, refrigerante e bolo. "Nós chamamos as outras crianças

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 201614

Volodymyr Groysman é o novo primeiro-ministro da Ucrânia

O mais jovem premiê da história do país promete acabar com a corrupção e acelerar

reformas

O recém-nomeado primeiro-ministro ucraniano Volodymyr Groysman segura um buquê de flores no

parlamento em Kiev - 14/04/2016(Valentyn Ogirenko/Reuters)

O Parlamento ucraniano aprovou nesta quinta-feira(14) o nome de Volodymyr Groysman como novo primeiro-ministro, que terá como objetivo acabar com a crise provocada pelo conflito com os separatistas pró-Rússia do leste do país. No total, 257 deputados votaram a favor da resolução - 31 votos a mais do que o mínimo necessário para a aprovação - que confirma a nomeação de Groysman, um aliado fiel do presidente Petro Poroshenko. Aos 38 anos, Groysman torna-se o mais jovem primeiro-ministro da história do país. Ele prometeu "acelerar as reformas europeias" e lutar contra a corrupção, que considera uma das principais "ameaças" para a Ucrânia.

ucranianas aqui em casa. Aí era o ambiente deles, né? Eles ficaram muito à vontade", lembra Rosângela Scuissiatto Komarcheuski, 54.

Ao lado da timidez dos visitantes, a língua foi uma das maiores barreiras. Os pais adotivos sabiam o básico em ucraniano, mas algumas das crianças só falavam russo —situação comum na época. A família usava gestos e até desenho no papel para entender os pedidos dos visitantes. O arroz e feijão não lhes interessou, e Rosângela demorou para entender que eles pediam pratos da terra deles, como um a base de beterraba e sardinha e outro uma espécie de toucinho cru. O tratamento durava no máximo um ano e todos retornavam para suas famílias, na Ucrânia. A despedida foi sentida pelos dois lados.

"LEMBRA PELA FOTO?"

A maioria perdeu contato com os hóspedes ucranianos, e não se sabe ao certo quantas crianças sobreviveram à leucemia. Mas há surpresas. Há cinco anos, Welgacz Junior visitou a Ucrânia e deu entrevista a uma TV local. A família de uma das 15 crianças viu. "Eu estava no hotel quando bateram à porta. Era um dos meninos com o pai. Eles viajaram 400 km de trem só para me trazer um travesseiro típico bordado pela avó, como agradecimento." O Facebook ajudou no reencontro de Dmitriy com os Komarcheuski. "Olá, não lembra pela foto?", perguntou o ucraniano numa mensagem. "Eu vi aquele rostinho redondo, na hora pensei: é o Dima", conta o administrador. "Sim, sou eu! Parece difícil esquecer as crianças que sobreviveram, mas ainda bem que

você se lembra de mim", respondeu Dmitriy. Via Facebook, os dois puderam atualizar as novidades. Dmitriy estudou engenharia mecânica e é gerente de projetos em uma empresa. Nem todos tiveram um desfecho como o dele. Maxim, o garoto de 12 anos também acolhido pelos Komarcheuski, morreu por causa da doença anos depois de retornar.

(Fonte: www1.uol.com.br/Jornal FOLHA DE SÃO PAULO)

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 15N.o 495 (3939) ABRIL 2016

Façanhas ucranianas No Brasil, façanhas como os ucranianos. Devastada pela guerra, a Ucrânia há dois anos vivia a “Revolução da Dignidade”, que levou à queda do corrupto e autocrata presidente Viktor Yanukovych. Desde então a expectativa era de melhora significativa do ambiente político, mas corrupção galopante e reformas incompletas conduziram o país a mais uma crise política de um sistema oligárquico, com a paralisia estatal, a ajuda externa congelada e a formação de um novo governo paradoxalmente formado pelos conhecidos nomes de sempre. Há doze dias o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatseniuk, renunciou em meio a uma administração combalida por escândalos e reformas estagnadas. A despeito do clima tóxico de desespero que ameaça contaminar a sociedade, surgiu um movimento de ativistas que tem forçado o Estado a entrar nos eixos. O modelo de ativismo parece tão estruturado e efetivo que rendeu matéria no site da The Economist, publicada em 16 de abril, mostrando que embora quebrada e em crise, o país está sendo reconstruído por ativistas. Dezenas de jovens passaram a construir instituições paralelas ao Estado para a elaboração de leis e fiscalização do regime ucraniano. Uma coalização formada por aproximadamente 50

"Entendo as ameaças diante de nós. Em particular, gostaria de destacar três ameaças: corrupção, governança ineficaz e populismo, tão ruim quanto os inimigos no leste da Ucrânia", disse, em referência aos separatistas pró-Rússia. "Vou mostrar o que liderar um país realmente significa". Groysman, que era líder do Parlamento ucraniano, substitui Arseniy Yatsenyuk, que renunciou no domingo, dia 10, em meio a críticas pela lentidão das reformas e vários casos de corrupção. Yatsenyuk enfrentava uma onda de pressão por parte de todos os membros da coalizão parlamentar que apoiava seu governo, incluindo o próprio presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e da formação política que leva seu nome.

(Fonte: VEJA.com)

organizações não governamentais elaborou um “Pacote de Reanimação das Reformas”, que encampa protestos, acompanha as reformas e a situação financeira do Estado, além de realizar reuniões semanais com membros do parlamento. Segundo a The Economist, essa “coligação” inclui duas dúzias de grupos com experiência em combate à corrupção, órgãos de comunicação social independentes e quase 40 jovens parlamentares que se autodenominam “euro-otimistas”. Segundo o site, a principal batalha dessas organizações é efetivar o cumprimento da lei. Como a sociedade ucraniana não confia nas instituições de fiscalização do país – entre elas o Ministério Público – passou a construir instituições paralelas para forçar o exercício da justiça. Foi criado um Escritório Nacional Anti-Corrupção, que apura crimes de colarinho branco, e uma Agência Nacional para Prevenção da Corrupção, que monitora declarações de renda de funcionários de governo. A coalisão tenta, ainda, alterar as regras eleitorais para ter maior controle sobre o financiamento de campanhas e evitar que os partidos políticos sejam dominados pelas oligarquias – lá também existe o que aqui chamamos de caciques partidários. Toda essa mobilização, custeada em partes por organismos de ajuda internacional, não dá garantias de que o movimento dos ativistas ucranianos irá ter sucesso. Mas, convenhamos, é bem melhor que esse “mimimi” de Facebook que tomou conta do Brasil. O descalabro aqui é de tal desordem, que tem levado à intolerância, à aceitação da corrupção (desde que beneficie meus aliados), e à total falta de compreensão de quem, apenas, pensa diferente. E enquanto a sociedade vive distraída, entretida nas miragens das redes sociais, nos bastidores é arquitetada a absolvição do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no conselho de ética. É também planejada a destruição da Força Tarefa que investiga os desvios de recursos da Petrobras e de outras estatais, para livrar políticos suspeitos de estarem envolvidos. E o país continua paralisado, sem as reformas estruturais que poderia fazê-lo voltar a crescer. O caso ucraniano, com as devidas adaptações para uso em país continental, serve como inspiração. Novos movimentos de ativistas não comprometidos com partidos políticos

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 201616

dois dos seus efetivos ficaram hoje feridos num combate junto à localidade de Shirókino, no sul da região de Donetsk, junto à costa do mar de Azov. Por sua vez, a chefia das milícias da autoproclamada república popular de Donestk denunciou hoje que as forças ucranianas atacaram com mísseis Grad a localidade de Novo-Marievka.

(Fonte: Ocean Press)

Exército ucraniano e milícias pró-russas trocam acusações

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, denunciou na sexta-feira(22) que as milícias separatistas, com o apoio da Rússia, estão a proceder a uma "grande concentração de homens e armamento pesado". As milícias separatistas pró-russas e o comando militar ucraniano acusam-se mutuamente de múltiplas violações à trégua decretada na zona de conflito no este da Ucrânia, onde já morreram mais de 6.000 pessoas. Num comunicado emitido pelo comando ucraniano "nos últimos dias aumentaram consideravelmente os ataques com armamento pesado contra as posições ucranianas". O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, denunciou na sexta-feira(22) que as milícias separatistas, com o apoio da Rússia, estão procedendo uma "grande concentração de homens e armamento pesado". A Guarda Nacional, dependente do Ministério do Interior da Ucrânia, comunicou que

estão em franco processo de consolidação. Há também empresas sociais e organizações com foco em alto impacto dispostas a encarar o desafio da transformação. O que falta ainda é uma mentalidade de que todo esse movimento necessita não só de capital humano, mas, também de recursos financeiros para fazer a retomada acontecer. A comunidade precisa se apropriar do Estado e não mais deixar que a burocracia seja a principal beneficiária dele. No Brasil, façamos como os ucranianos.

(Fonte: Rhodrigo Deda /Jornal GAZETA DO POVO)

O conflito na Ucrânia causou, segundo a ONU, mais de 9.000 mortos desde 2014

Violência na Ucrânia atinge novamente "níveis preocupantes"

Veículo destruído por explosão na vila de Yelenovka, controlada pelos rebeldes ucranianos

Foto: REUTERS/Alexander Ermochenko

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa afirmou, esta quinta-feira(28), que as violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia aumentaram significativamente nas últimas semanas, com a violência naquela região a atingir novamente "níveis preocupantes". "Durante as últimas semanas, [a OSCE] constatou o maior número de violações do cessar-fogo em meses", disse o chefe da missão de observação da organização, Ertugrul Apakan, durante uma reunião da OSCE em Viena, Áustria. "Muitas armas que estavam em armazéns e depósitos estão sendo novamente utilizadas na linha de contato", precisou Ertugrul Apakan, indicando ainda que "a artilharia e os morteiros, proibidos pelos acordos de Minsk [para a paz na Ucrânia e concluídos em fevereiro de 2015], estão sendo novamente utilizados com mais frequência". O conflito no leste ucraniano já fez perto de 9200 mortos.

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 17N.o 495 (3939) ABRIL 2016

As autoridades rebeldes pró-russas anunciaram na quarta-feira(27) a morte de quatro civis, incluindo uma grávida, no bombardeamento a um posto de controlo das forças separatistas em Olenivka, na linha da frente no leste da Ucrânia. Num relatório publicado na quarta-feira(27), a missão de observadores da OSCE deu conta de "600 explosões" registadas recentemente na região de Donestk, designada como a capital rebelde. A organização denunciou hoje que os "ataques" têm visado funcionários e material da sua missão de observação, lamentando a ausência de preocupação por parte dos autores destes atos de violência. "Todas as partes devem respeitar o cessar-fogo" planeado durante os acordos de Minsk (Bielorrússia), recordou Martin Sajdik, o representante da OSCE no grupo de contacto sobre a Ucrânia, que também integra representantes russos e ucranianos. Apesar da trégua, incidentes violentos ocorrem com bastante frequência na zona de guerra, mas as fações envolvidas no conflito rejeitam qualquer responsabilidade.

Fonte: http://www.jn.pt/mundo/interior/violencia-na-ucrania-atinge-novamente-niveis-preocupantes-5147962.

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VASSYL STEFANYK

Nascido em 14 de maio de 1871 na região da Pokútia, sob o império austro-húngaro, este grande escritor soube muito bem retratar a tragédia do aldeão ucraniano, explorado pelo regime estrangeiro e por um sistema social injusto, desumano em meio aos privilégios da classe

mais abastada. Ainda que filho de camponeses abastados, desde sua infância presenciou muitas injustiças feitas ao povo humilde. Por vontade de seu pai teria sido médico e até frequentou a Faculdade de Medicina de Krakóvia, porém em tempo, apesar dos fortes protesto de seu pai, logo se identificou com a Literatura. Recebeu grande apoio do escritor polonês Waclaw Moraczewski

e conviveu com diversos outros escritores poloneses e ucranianos inclusive Ivan Frankó, Léssia Ukrainka e Mykhaylo Kotsiubynsky. Certa vez, Iván Frankó se referiu a Stefanyk como sendo o maior escritor ucraniano desde Chevtchenko. Em seus contos demonstrou grande sensibilidade ao sofrimento humano, tanto que dedicou-se também às atividades político-sociais, na intenção de proteger a classe camponesa. Sua obra abrange 72 contos reunidos em coletâneas: Pequeno Livro Azul (1899), Cruz de Pedra (1900), Caminho (1901), Minha Palavra (1905), A Terra (1926) e Contos (1926-1933). Seus trabalhos, com profunda expressão criativa, foram muito originais do ponto de vista de estilo e linguagem, muitos escritos no dialeto da Pokútia. Sua linguagem era intensa, criando assim imagens de grande força e de estranha beleza emotiva, o que o identifica como expressionista. Foi muito criticado em sua época pela maneira breve e concisa de expressão e pelos quadros drásticos que apresentava. Seus contos retratam quadros de morte ou de sua torturante espera na miséria e mais profunda solidão. Entre seus contos mais conhecidos estão: Cruz de Pedra (Камінний Хрест) que mostra a triste despedida de um casal de velhos que deixa sua aldeia natal para buscar uma vida nova no além-mar. Aqui o imigrante é enfocado e a sobrevivência que busca reflete a sensação de perda do chão sob os pés, chão este que antes significava segurança. Por isto, a mudança para o além-mar é vista com resignação desesperadora, como se estivessem se preparando para a morte. Folhas de bordo (Кленові Листки) que conta sobre a desgraça numa família rural, cujo pai entra em desespero devido ao nascimento de mais um filho. Num primeiro momento o pai se apresenta com rudeza, mas é na verdade pessoa sensível com grande amor pelos filhos e esposa. A tragicidade do quadro está na preocupação da mãe, a beira da morte após o parto, que prepara seus filhos ainda pequeninos para enfrentar a triste sina de serem órfãos. A figura das crianças aqui é descrita com ternura e compaixão, comparada com folhas de bordo que quando levadas pelo forte e impiedoso vento, se espalham pelo mundo vazio, levados pelo destino. Vassyl Stefanyk escreveu ainda A Carta, A

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 201618

JOVEM UCRANIANO FIGURA ENTRE OS 30 MAIS TALENTOSOS DA

REVISTA FORBES O jovem Iván Pasichnyk, nascido em Kyiv, ainda não completou 30 anos de idade e já figura entre os 30 mais talentosos do mundo na categoria produção e indústria, pela revista Forbes. Tudo isso graças ao “startup” Есо іs me, que arrecadou muitos milhares de dólares em investimentos e tem custo total estimado de 800 mil dólares. Trata-se de um dispositivo que conectado ao seu telefone monitora à distância, o consumo de energia de um determinado local. Orienta como reduzir a perda de energia e ainda alerta quando por alguma razão esqueceu de desligar o ferro elétrico, por exemplo. Inicialmente o projeto está voltado para o mercado norte americano, mas pretende-se também atingir o mercado da Europa Ocidental. Iván assegura que atualmente para se alcançar o sucesso não é mais preciso ser filho de pai oligarca. É possível alcançá-lo com esforço próprio. Segundo ele, a idéia do Eco is me, aconteceu por acaso. Ele e alguns amigos parceiros dirigiam-se a uma conferência, na qual iriam demonstrar um outro dispositivo que simplesmente pifou. Restaram-lhes poucas horas para que fizessem uma nova apresentação. Iván percebeu que no quarto em que estavam a temperatura da água oscilava muito e a luz apresentava frequentes problemas. Decidiram achar uma forma para que aquele problema não acontecesse ou pudesse ser controlado. E para espanto do próprio grupo, acharm a solução. E assim, acidentalmente se depararam com um promissor “startup”. Desde então, passaram-se 4 anos e recentemente soube-se que o milionário britânico Richard Brenson interessou-se pelo projeto dos jovens. Ele convidou os jovens para sua escola de apoio ao desenvolvimento de “startups” e já em maio Pacichnyk e seu colega Oleksander Dyatlov irão a Londres para encontrar-se com

Pedra, Velhos Tempos, Aventuras das Crianças, Maria (dedicado a memória de Iván Frankó), a Terra, Mulheres Tolas, entre outros.

Colaboração: Mirna Slava K. Voloschen EMPRESÁRIO UCRANIANO APRESENTA “PERSIANAS

INTELIGENTES”

Face a dificuldade que sendo enfrentada pelos ucranianos na questão de aquecimento de suas casas e alto custo de energia elétrica, outras formas de captação de energia vêm sendo desenvolvidas por empresários ucranianos. É o caso do empresário Evhen Eric que trabalhando no campo da energia solar desenvolveu persianas inteligentes que geram eletricidade – são as “Solar Gaps”. Os protótipos, os painéis solares e o controle são todos desenvolvidos com tecnologia ucraniana. Segundo Evhen, três grandes empresas já se interessaram pelo projeto. A expectativa de preço final é para uso residencial as persianas venham a custar em torno de U$300,00 e para uso comercial, mais simplificadas, em torno de U$150,00 o metro quadrado, com estimativa de uso por 10 anos. O sistema pode facilmente ser acionado por meio de um interruptor da casa. Com este sistema é possível captar energia solar através das persianas e transformá-la em 220W, que é o padrão ucraniano. Uma geladeira pode consumir cerca de 150 wattsao mês e, uma única janela pode gerar no mínimo 300 watts. Já um apartamento de 2 quartos com 3 janelas face sul poderá obter cerca de 600 watts/h. Isto corresponde a 4-5 kW por dia e 150 kW ao mês. Este sistema pode auxiliar o orçamento das famílias ucranianas, uma vez que é aproveitamento de energia natural, disponível de forma gratuita. O investimento aplicado na pesquisa até o momento foi de U$20.000. A produção será voltada ao atendimento do mercado não só ucraniano, mas também europeu. O lançamento está previsto para o verão europeu e será fabricado na China, conforme informação do site ua.post.

(Fonte UaPost.us)

seus mentores entre eles Brenson.(Fonte UaPost.us)

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ХЛІБОРОБ – КВІТЕНЬ 2016 N.o 495 (3939) ABRIL 201620

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