nº 45 - janeiro a março
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Centro de Cultura
Alto Bela Vista ganha Alto Bela Vista ganha
Carteira de clientes livres cresce com força
Palha de arroz é usada em termelétrica
Lucro de 2012 é de R$ 1,5 bi
A corrida pela Energia Solar
INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 9 . No 45 . 1º TRIMESTRE 2013
06
31
SUMÁRIO
12
22 entrevista
22. América Latina, um mercado emergente
31 alta voltagem
31. Menina de Ouro
31. Licença de Operação
24 Usinas
24. Projetos eólicos sopram na Bahia
25. Torres começam a ser montadas em Trairi
26. A corrida pela energia do Sol
20 empresa
20. R$ 149,6 milhões pagos em royalties em 2012
28 gDF sUez
28. Enersur assina contrato de 170MW com mineradora
28. Obras de Usina Solar são iniciadas no Chile
29. Teste prova viabilidade de projeto geotérmico na Indonésia
30. Receitas da GDF SUEZ sobem 7% em 2012
30. Linha de Negócios Energia Internacional da GDF SUEZ tem novo CEO
14 resUltaDos
14. Lucro anual é de R$ 1,5 bilhão
16 merCaDo
16. Aumento expressivo na carteira de mais destaque para Clientes Livres
18. Ações de Relacionamento
19. Programa de Visita
03 mensagem Do presiDente
03. Os desafios de 2013
04 360º
04. Consórcio rebatiza Usina Machadinho
04. Entre os Melhores Executivos
04. Amigos do Centro de Cultura
05. Campanha sobre Macrófitas
05. Recorde de Geração
06 CUltUra
06. Uma Cidade e sua Cultura
09 meio ambiente
09. Educação Ambiental nas Usinas
10. Hidrelétricas Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) serão modernizadas
12. Projeto inovador de co-firing
Tractebel Energia2
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
Plínio BordinO início de um novo ano, na Tractebel Energia, fecha um ciclo de
reflexões e planejamento iniciado no final do ano anterior. Pensar
sobre o futuro e escolher os caminhos mais promissores nos permite
posicionar melhor a Companhia frente aos desafios do novo ano.
No setor elétrico, o ano de 2012 foi marcado por discussões sobre a
renovação das concessões das Usinas Hidrelétricas e pelo aumento
da geração termelétrica com objetivo de minimizar os efeitos da
redução do volume de água armazenada nos reservatórios das
hidrelétricas, ocasionado pela frustação da expectativa das chuvas
no período. Neste contexto, várias questões foram abordadas,
considerando que o País não está imune à possibilidade de um
novo racionamento de energia, em função da configuração de sua
matriz energética. Sua grande dependência de fontes hidráulicas,
positiva quanto à questão de emissões de poluentes, pode deixar
o país exposto às consequências dos períodos de baixa hidrologia,
principalmente porque o tamanho dos reservatórios dos novos
empreendimentos vem sendo reduzido, atendendo o objetivo de
minimizar impactos ambientais, mas tornando estas usinas mais
dependentes da regularidade das chuvas.
A opção de se ter mais usinas operando com reservatórios de
baixa regularização, quase a fio d´agua, exige que outras fontes
sejam adicionadas rapidamente ao sistema, utilizando os recursos
disponíveis, mesmo que de fontes fósseis e mais caras, visando
manter sua integridade em face de eventuais variações climáticas
que possam vir a ocorrer.
Ainda em consequência destas questões, o primeiro trimestre de
2013 trouxe a edição de instrumentos regulatórios que afetam todos
os agentes de mercado, em especial os geradores. Por meio desses
instrumentos, o governo alterou a regra de formação de preços de
energia e do rateio dos custos de segurança energética ocasionados
pela maior operação de unidades termelétricas. O objetivo destas
mudanças é minimizar o impacto do custo da energia elétrica para
os consumidores finais, o que é elogiável, exceto pelo fato de que
isto foi feito transferindo a conta principalmente para os geradores
de energia, o que no curto prazo trás insegurança regulatória e pode
vir a afetar as decisões de novos investimentos no setor, e no longo
prazo se reverterá em aumento do custo para os consumidores
finais.
O ano de 2012 foi também um ano de menor crescimento da
economia e, apesar das dificuldades decorrentes, conseguimos
cumprir as metas que estabelecemos e tivemos um bom resultado.
Sendo assim, em 2013 o grande desafio será manter os bons
resultados alcançados no passado e a capacidade de investimento
Os desafios de 2013
da Empresa, fundamental para que sua participação relativa
no mercado permaneça crescente ao longo dos próximos
anos. E este não é um desafio fácil, considerando que o
Brasil ainda necessita de muita energia para sustentar seu
desenvolvimento, e que o atendimento de sua necessidade
futura irá exigir um esforço gigantesco de todos que atuam
neste setor.
Projetamos investir no ano R$ 1,19 bilhão na manutenção
de nossas Usinas, na finalização da construção do
Complexo Eólico de Trairi e em outros projetos de fontes
complementares. Estas iniciativas contribuirão para minimizar
os riscos hidrológicos do atual sistema elétrico brasileiro.
manoel a. zaroni torres
presidente
BoasNovas 3
Ao completar 10 anos de atividades, a Usina Hidrelétrica Machadinho,
mudou de nome. Desde o dia 23 de dezembro de 2012, passou a se
chamar Usina Hidrelétrica Machadinho – Carlos Ermírio de Moraes.
Uma homenagem das empresas do Consórcio Machadinho ao líder
que, por 10 anos, esteve à frente do Conselho de Administração da
Votorantim e dedicou sua vida a projetos que trouxeram progresso e
crescimento ao país. O empresário, filho de Antônio Ermírio de Moraes,
faleceu em 2011. A cerimônia ocorreu em Brasília com a presença de
autoridades, representantes do setor elétrico, acionistas do Consórcio
Machadinho, amigos e familiares de Carlos Ermírio de Moraes. Durante
sua gestão como presidente do Conselho de Administração, entre 2001
e 2011, triplicou os investimentos em geração de energia elétrica na
Votorantim, atingindo 2.600 MW de capacidade instalada.
Consórcio rebatiza Usina Machadinho
Amigos do
A edição de janeiro/fevereiro
da revista Harvard Business
Review traz a seleção com os 100
melhores executivos do planeta.
O presidente da Tractebel
Energia, Manoel Zaroni Torres, é
o 29o colocado no ranking ao lado
de oito outros brasileiros, como
Roger Agnelli, ex-Vale, que ocupa
o quarto lugar.
Desde 1999 como presidente
da maior empresa privada
de geração de energia do
Brasil, Zaroni compartilha o
resultado com sua equipe de
1000 funcionários espalhados
por 22 Usinas e a Sede, em
Florianópolis. “Estou muito
contente e considero que só
represento e conduzo um time
vencedor, e o resultado pertence
a todos os colaboradores da
Tractebel”, afirma.
Levou o presidente para as
páginas de jornais de Norte a Sul
do Brasil. Em Itajubá (MG), onde
Depois de 15 meses de funcionamento, a diretoria da ADECOVA
homenageou oito pessoas com o Certificado de Amigo do Centro
de Cultura de Entre Rios do Sul por terem contribuído para o
desenvolvimento da cultura na região. Em 2012 foram 25 municípios da
região atendidos no Centro, cerca de 70 apresentações artísticas e 150
oficinas, entre elas de música, dança, teatro.
Na solenidade, o presidente da ADECOVA, entidade mantenedora do
Centro, Zilmar Romano entregou os certificados para o prefeito de Entre
Rios do Sul, Volmir Francescon; ex-prefeito, Volnei Pedott; ex-presidente
da ADECOVA, Avelino Bortolini; ex-gerente da Usina Passo Fundo,
Thobias Alencar Carloto; membro do Comitê de Sustentabilidade da
Tractebel Energia, Mário Correia de Sá Benevides; diretor Administrativo
da Tractebel Energia, Luciano Andriani; do setor de Comunicação da
Tractebel, Luciane Pinheiro Pedro; gerente das Usinas do Alto Uruguai
da Tractebel Energia, Élinton André Chiaradia; e para os voluntários do
Centro de Cultura, Elisiane Artuzo e Heron Felipe Rigon.
Os agraciados ainda assistiram a apresentações das oficinas de ballet,
dança do ventre, jazz, street dance, violão, karatê e capoeira. Mais de
340 pessoas se envolveram em 2012 no Centro de Cultura, número que
superou as expectativas da ADECOVA.
Entre os
360o
cursou Engenharia, o Jornal
da Cidade fez uma reportagem
onde abordou as qualidades do
executivo e a receita para chegar
onde está. Já a Folha de S. Paulo
citou o time brasileiro no ranking
da revista, que é uma das mais
respeitadas do setor e publicada
desde 1922.
Melhores Executivos
Consórcio homenageia um de seu maiores parceiros
Centro de Cultura de Entre Rios do Sul
Manoel Zaroni Torres CEO
Centro de Cultura
Plínio Bordin
Divulgação Tractebel
Tractebel Energia4
Uma iniciativa da Tractebel Energia em parceria com o Ministério Público de Goiás, a Saneago
e a Prefeitura Municipal de Minaçu está levando informações e buscando a conscientização
da população de Minaçu e região sobre a importância de conservar as águas do lago da Usina
Hidrelétrica Cana Brava.
A campanha de comunicação utiliza folders, outdoors e folhetos entregues junto com a conta
de água para alertar a população sobre a necessidade de ligação das redes domésticas de
esgoto ao sistema público implantado na cidade, cujo tratamento é realizado na estação
construída pela Tractebel e doada ao município. “As macrófitas não são um mal em si ao lago,
mas demonstram que as águas estão poluídas com material orgânico. Essas plantas podem
prejudicar o bom funcionamento da Usina e precisam ser retiradas do lago antes de chegarem
à Usina”, comenta Andreia Szortyka, analista de Meio Ambiente da Regional Tocantins da
Tractebel Energia.
A produção de energia nas usinas da Tractebel bateu
novo recorde instantâneo em 15 de janeiro de 2013, com
geração de 7.653,563 MW e fator de capacidade de
90,11%. “Isso significa que mais de 90% da capacidade
de produção estava sendo utilizada no momento”,
explica o diretor de Produção, José Carlos Cauduro
Minuzzo.
Outro destaque na geração fica com as usinas eólicas
de Beberibe e Pedra do Sal, ambas no Nordeste, que
apresentaram geração elevada, muito acima dos
anos anteriores. “A potência instalada de ambas é de
43,6MW e no ano passado elas produziram em conjunto
169.495,092 MWh, equivalente a uma geração média de
19,3MW”, explica o diretor.
Com um fator de capacidade (FC) de 44,26%, o mês
de outubro foi o mais produtivo. A Usina de Beberibe
marcou 59,6% e a Usina de Pedra do Sal atingiu 64,31%.
O fator de capacidade das usinas de energia elétrica é
um indicador de produtividade (em %) que representa a
relação de quanto a Usina produziu efetivamente sobre o
que ela tinha capacidade de produzir no período.
“No caso específico das eólicas obtido em 2012 indica
uma grande favorabilidade de ventos na região aliada
a uma disponibilidade alta dos aerogeradores”, finaliza
Minuzzo.
Campanha sobre Macrófitas
Recorde de
360o
Geração
Usina Hidrelétrica Salto Santiago (PR)
Usina Hidrelétrica São Salvador (TO) Usina Eólica Beberibe (CE)
Complexo Jorge Lacerda (SC)
Campanha educativa chama todos à responsabilidade sobre o Lago de Minaçu
Daniel Nascimento
Plínio Bordin Plínio Bordin
Plínio Bordin Leandro Provedel
BoasNovas 5
CULTURA
Uma Cidade e
sua CulturaOs Muller, Hoffmann, Maltauro, Frias, Tiets, Gonçalves, Bervian,
Reichert, Schmitz, Gosenheimer, entre muitas outras famílias, na
maioria de origem alemã, mostraram seus dotes artísticos na noite de
21 de março, na inauguração do Centro de Cultura de Alto Bela Vista,
cidade no meio-oeste de Santa Catarina. O que lá se assistiu foi uma
arte construída dia a dia, passada de geração para geração com a
participação de todas as idades “dos 8 aos 80 anos”. A música e a
dança estão no sangue e na alma dessa comunidade de pouco mais de
2 mil habitantes.
Ao pisar no palco Marina Hoffmann, 9 anos, trazia um misto de
ansiedade e prazer. Ao dar o primeiro acorde no piano ela soltou a voz
para receber o aplauso do público que lotava o teatro. Ao seu lado,
João Gabriel Frias solou na gaita a canção Roubo da Gaita Velha, com
marcação de palmas dos colegas e da comunidade. João, de 7 anos,
desde os 5 estuda acordeom, é filho de trompetista e neto de gaiteiro.
Por convite de Renato Borgheti, ele acompanhou o músico que admira
no palco principal. “Foi muito legal”, confessou João Gabriel.
O acordeom pelo visto é uma das vocações musicais da cidade.
Assim como João, Gabriela Gosenahimer, de 7 anos, segue os
passos do avô e da mãe no gosto pelo instrumento.
Quase na última fila seu Alberto Onório Tiets, 80 anos, aposentado,
primeiro telefonista da cidade e ex-proprietário do terreno onde
foi implantado o Centro de Cultura, gostou de ver filhos e netos se
apresentando. “Tudo muito lindo”.
Composto por 10 adolescentes entre 15 e 18 anos, o grupo de violão
do professor Maiquer, grande incentivador da música na cidade, foi
muito aplaudido. Helen Muller, 16 anos, toca desde os 13. “Sempre
gostei de música e aqui temos também amizade”, conta.
A colega Tainá Maltauro acredita que o Centro vai possibilitar, com a
oferta de oficinas para aprimoramento e aprendizado com músicos
convidados, o compartilhamento de conhecimento. Admiradora do
grupo mexicano Maná, Natália Gonçalves diz que agora ela e seus
colegas, que tocam diferentes estilos musicais, vão ter um lugar para
se apresentar.
Prefeita Catia, Ernani (de óculos) e Minuzzo (à direita) no descerramento da placa inaugural
Esse é o legado que deixamos para a comunidade. Queremos levar outros projetos como esse, que é o segundo do Brasil e o primeiro de Santa Catarina, a outros locais do país, com parcerias para o desenvolvimento social, ambiental e cultural.José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Operação da Tractebel Energia.
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Tractebel Energia6
CULTURA
De geração para geração
Sérgio Schmitz, ex-prefeito e integrante da Banda Municipal, identifica o
potencial cultural da cidade. “Um povo tem de saber de sua história para
projetar seu futuro, gerando conhecimento às novas gerações”, explica.
Para a atual prefeita, Catia Tessmann Reichert, com as duas filhas nas
apresentações musicais, a cultura é a essência da “nossa terra”.
O projeto do Centro de Cultura e a administração é da ACABEVI
(Associação Cultural de Alto Bela Vista), apoiado pela Prefeitura
Municipal, patrocinado pela Tractebel Energia, via Lei Federal de
Incentivo à Cultura – Lei Rouanet –, e idealizado pelo Comitê de
Sustentabilidade da geradora e comercializadora. Para o presidente
da Associação, Ernani Bervian, o espaço vai trazer não só uma nova
realidade para as manifestações culturais do município e de seu
entorno, como se tornará um endereço certo para amplas atividades.
Er erfulle deine FuBe mit Tanz / und deine Arm emit Kraft / Er erfulle
deine Ohren mit Musik / und deine Nase mit Wohlgeruchen. Essa foi a
saudação em alemão do pastor luterano na inauguração do Centro.
Traduzindo: O Senhor te abençoe / Ele preencha seus pés com dança /
e os braços com força / Ele preencha seus ouvidos com música / e seu
nariz com perfumes.
Evoé! Que esse Centro de Cultura implantado em março de 2013 vibre
“Alto” e seja uma janela de “Bela Vista” para a arte.
o projeto Dos Centros De CUltUra
A ideia de construir centros de cultura, na área de atuação da empresa em diferentes regiões do Brasil, nasceu no Comitê de
Sustentabilidade da Tractebel Energia, grupo formado por empregados de diferentes áreas da Companhia. Apoiar a implantação
de centros de cultura, dotados de anfiteatro, biblioteca, salas de exposição e de capacitação profissional é uma forma de
contribuição mais duradoura, sustentável, e que amplia as possibilidades de convívio comunitário e desenvolvimento social e
cultural no entorno dos empreendimentos da Empresa.
Para sua implantação é necessária a existência ou criação de uma entidade formada pela sociedade local, sem envolvimento
com interesses econômicos ou político/partidários, de forma a criar as condições de sustentabilidade desses centros no
futuro, de forma independente tanto da Empresa quando do poder público, que passa a ser responsável pelo empreendimento.
Depois são efetuadas a capacitação de seus gestores e de membros da comunidade em geral, que definem suas necessidades
considerando as características e recursos locais.
Após a conceituação e aprovação do projeto arquitetônico, é elaborado um projeto que é encaminhado para o Ministério da
Cultura para enquadramento na lei de incentivo à cultura ( Lei Rouanet), com o compromisso de apoio da Tractebel Energia.
Como todo esse processo é desenvolvido em conjunto, envolvendo a comunidade local e a Empresa, não há qualquer tipo de
comissionamento para a captação de recursos, o que garante maior resultado para a comunidade em sua aplicação.
Ao longo dos anos, a proposta do Comitê de Sustentabilidade da Tractebel Energia é construir um centro em cada uma das
regiões onde estão situados os 80 municípios situados nas locais onde a Empresa possui empreendimentos.
João, 7 anos: A fruta não cai longe do pé
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BoasNovas 7
CULTURA
perFil Do Centro
O espaço principal do Centro de Cultura é o auditório que
abriga o cinema e o teatro, com uma plateia de 250 lugares.
Além disso, conta com salão para exposições e salas onde
serão ministradas oficinas de teatro, dança e música. Parte
das atividades é gratuita e parte será cobrada a preço popular.
Na agenda anual do Centro estão encenações de teatro,
dança e música, exibições de filmes, além das apresentações
resultantes das oficinas. A estimativa de público é de 30 mil
pessoas por ano. A Associação contempla alunos da rede
pública com bolsas de estudos e estágios.
Numa extensão de 2.176,65m² e com área construída de
987,90 m², o Centro contou com R$ 1,1 milhão por intermédio
da Lei de Incentivo.
a CiDaDe
Emancipada de Concórdia desde 1995, Alto Bela Vista foi fundada em
1953 e, inicialmente, era chamada de Volta Grande. Apenas em 1992, a
cidade ganhou a atual denominação.
Com cerca de 2 mil habitantes, a “Capital Catarinense do Coalho”,
como é conhecida, está a 580 km de Florianópolis, e possui área de
104 km². Entre os diversos atrativos naturais estão a sequencia de três
quedas d’água no Rio Velho Vicente Alto Bela Vista; a Ponte Metálica
sobre o Lago da Usina Hidrelétrica Itá que liga o município a Marcelino
Ramos (RS); e as festas regionais – como a Femic (Festa de Integração
entre as Comunidades) em janeiro; a festa do Kerb (representa parte
do tradicionalismo dos primeiros colonizadores), em abril; e a Jiricada,
evento mais conhecido do município que promove a valorização e
descontração dos agricultores.
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Tractebel Energia8
MEIO AMBIENTE
Educação Ambiental nas Usinas
O programa de Educação Ambiental e de Visitas, desenvolvido nas 22
Usinas da Tractebel Energia, levou em 2012 mais de 93,6 mil pessoas
às áreas externas e internas das Usinas termelétricas, hidrelétricas e
complementares da Companhia.
Na Usina Hidrelétrica Machadinho, por exemplo, sete mil pessoas,
entre agricultores, alunos, turistas, Clubes de Mães, Sindicatos e
CTG’s (Centros de Tradição Gaúcha) conhecereram o processo de
geração de energia elétrica na divisa do RS e SC, onde está localizada a
hidrelétrica. “Nosso grupo gostou muito da visita, principalmente a parte
do vertedouro. Eu nunca tinha visitado uma Usina e adorei o passeio”,
conta a secretária da Associação de Moradores do Loteamento
Parizotto, em Capinzal (SC).
Ao longo de 2012, foram plantadas e distribuídas 311.038 mudas nas
Usinas da empresa, segundo informações da Gerência Ambiental da
Companhia. O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado na
cidade de Capivari de Baixo (SC), foi o que mais doou mudas, num total
de 87.984. A Hidrelétrica Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, foi a que
mais plantou mudas 54.790 e no mês de novembro bateu o recorde,
plantando 13.150 árvores.
As visitas escolares ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda educam as futuras gerações em relação ao cuidado com o meio ambiente
Do horto da Usina Hidrelétrica Estreito saíram mais de 35 mil mudas que foram doadas ou plantadas na região em 2012
Na Usina de Machadinho as crianças são instruídas sobre cuidados com a natureza e têm a oportunidade de plantar mudas de árvores nativas
Plínio Bordin
Divulgação Tractebel
Plínio Bordin Plínio Bordin
BoasNovas 9
Duas hidrelétricas da Tractebel Energia – Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR) - responsáveis por 20% da
capacidade instalada da Empresa passam por uma modernização a partir deste ano. Com investimento total
previsto de R$ 400 milhões, as Usinas terão maximizidas a disponibilidade e a confiabilidade das unidades
geradoras, num trabalho desenvolvido pela Voith Hidro e Voith Hydro Services. “Essa modernização é importante
porque restaura a confiabilidade, a segurança e a integridade dos equipamentos, além de manter a performance
das unidades geradoras”, explica o diretor de Produção da Companhia, José Carlos Cauduro Minuzzo,
acrescentando que em nenhum momento as duas Usinas deixarão de gerar energia.
Pela primeira vez essas unidades geradoras serão modernizadas, o que vai possibilitar a extensão da vida útil dos
equipamentos. Na Usina Passo Fundo (113 MW cada unidade), diz Minuzzo, o trabalho contempla a modernização
das duas unidades geradoras, incluindo o fornecimento de novos enrolamentos estatóricos para os geradores,
novos reguladores de velocidade das turbinas, novo SCSD (Sistema de Controle e Supervisão Digital) da Usina,
além do recondicionamento das turbinas e das válvulas esféricas dos condutos forçados. Este projeto terá duração
de 27 meses.
MEIO AMBIENTE
Hidrelétricas Passo Fundo (RS) e Salto Santiago (PR)
serão modernizadas
Passo Fundo - UHPF
Plínio Bordin
Tractebel Energia10
MEIO AMBIENTE
Já na Usina Hidrelétrica Salto Santiago as quatro
unidades geradoras, de 355 MW cada, serão
modernizadas uma por vez, e está previsto que
o trabalho dure 51 meses. Neste caso, serão
implantados quatro novos rotores para as turbinas
do tipo Francis, novos enrolamentos estatóricos
para os geradores, novo SCSD da Usina, novos
reguladores de velocidade da turbina e reguladores
de tensão, novos sistemas auxiliares elétricos e
mecânicos, além da automação e modernização dos
equipamentos da tomada d’água.
O gerente de Engenharia de Manutenção, Luis
Felippe, ressalta que os novos rotores das turbinas
serão feitos em aço inoxidável, com novo projeto
tecnológico que irá viabilizar o aumento da eficiência
com a troca dos rotores da turbina em pelo menos
3,6%, assegurando o aumento da garantia física da
energia da Usina, de 24,2 MW médios.
Salto Santiago - UHSS
Contrato entre Tractebel e Voith foi assinado em dezembro de 2012
Plínio Bordin
Eduardo Vieira
BoasNovas 11
MEIO AMBIENTE
Projeto inovador de
co-firing Queimar palha de arroz junto com carvão mineral para gerar energia. isso é possível? a resposta veio depois de quase cinco anos de pesquisa, projetos, desenvolvimento, implantação e inúmeros testes
Com tecnologia 100% nacional, a UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina) e as empresas Tractebel Energia e Sistema Eisele queimaram
150 toneladas de palha de arroz conseguindo gerar, nos últimos sete
meses, 150 MW, um feito inovador, num processo pioneiro de co-firing -
uso de mais de um combustível em uma só caldeira.
No projeto “Utilização da palha de arroz em processo de co-firing
com carvão pulverizado” são utilizados recursos de Pesquisa &
Desenvolvimento regulamentado pela ANEEL. Foram R$ 8,6 milhões
em investimento, sendo R$ 5,5 milhões para maquinários e instalações
ao lado da Unidade 1 da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, em
Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina. Erguido um novo prédio
com 500 metros quadrados, foram colocados ali maquinário, como
ciclones, motores, esteiras, separador de materiais, trituradores,
transportes, fardos de palha e muito mais. Tudo num ambiente limpo
e com muita segurança contra faíscas ou explosões, já que a palha de
arroz em pó tem características propícias à explosão.
Para o jovem engenheiro e responsável na Tractebel, Marcelo Bzuneck,
o projeto foi desenvolvido com objetivo de estudar as características
de combustão dos dois materiais envolvidos - carvão e palha de arroz -
promovendo também a capacitação de pessoas e o desenvolvimento
de tecnologia nacional. Os fornecedores contratados são todos
nacionais, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologia no país,
uma vez que trata-se de uma atividade inédita. Um dos exemplos:
o corte no tamanho certo da palha de arroz. “Isso não foi fácil, pois
tivemos de transformar a palha de arroz em partículas de até 1 mm, para
que pudessem ser queimadas juntamente com as partículas de carvão
na caldeira”, observa ele.
A Eisele, por exemplo, apostou na ideia e nomeou o técnico Eraldo
Figueiredo, que trabalhava em Porto Alegre para ser o responsável pela
empresa na cidade de Capivari de Baixo. “Projeto como esse interessa
para a imagem e o crescimento da empresa, já que nosso objetivo é
solucionar problemas”, conta Eraldo remexendo no painel de controle
da planta e mostrando os equipamentos desenvolvidos pela sua
companhia.
Com 500 metros quadrados, local abriga, além da palha seca, todos os equipamentos que transformam a palha de arroz em minúsculas partículas de 1 mm que queima junto com o carvão mineral, gerando energia.
Usina Termelétrica Jorge Lacerda A
Pablo Corti Pablo Corti
Tractebel Energia12
MEIO AMBIENTE
Marcelo Buzneck, responsável pelo projeto na Tractebel, aponta as vantagens do projeto como, por exemplo, retirar do campo a palha de arroz, onde ela libera gás metano. Ponto para o meio ambiente.
Eraldo Figueiredo, da EISELE.
reDUção Do impaCto ambiental nas
lavoUras De arroz
Um dos maiores desafios da longa caminhada do projeto
foi a logística para tirar a palha da natureza, onde libera
gás metano, e queimá-la em ambiente seguro. Da coleta
do material nos campos da região até o armazenamento,
passando pelo processamento da palha, desenvolvimento
de equipamentos adequados, qualificação da mão de obra e
pela viabilidade econômica e técnica, nada foi fácil. E só quem
estava lá vivenciando o dia a dia sabe como foi superar essas
dificuldades.
“Outro obstáculo que vencemos foi o armazenamento da
palha em local coberto, uma vez que o material é volumoso
e exige muita segurança”, diz o gerente Marcelo Bzuneck.
Minimizar os efeitos colaterais que podem promover redução
da vida útil pela corrosão nos tubos de caldeira e a competitividade
econômica da palha de arroz, como uma alternativa de combustível,
também foram muito bem planejados.
Entusiasta do projeto, Buzneck afirma que a maior vantagem está
relacionada à redução de emissões de gases que contribuem para
o efeito estufa, uma vez que “a palha é aproveitada para geração de
energia deixando de estar no campo, se decompondo e emitindo gás
metano”. Ele salienta também que a palha pode ser usada como energia
complementar, como eólicas (só geram quando tem vento) e solar (gera
quando tem sol).
Importante no estudo foi detectar que o material disponível na região,
ou seja, a palha de arroz, é mais do que suficiente para geração de
energia de um ano inteiro no sistema que foi implantado. Mas Bzuneck
alerta que a estrutura desenvolvida para o projeto tem características
experimentais e não para uso contínuo, numa escala industrial de
produção.
Outro parceiro, o professor Edson Basso, responsável pelo
projeto no LabCET (Laboratório de Combustão e Engenharia
de Sistemas Térmicos) do Departamento de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que
sua equipe, formada por três alunos de doutorado, um de
mestrado, três alunos de Iniciação Científica e um técnico em
laboratório, acompanhou de perto todo o processo. “Isso é
muito importante para o aluno e vai refletir, sem dúvida, na sua
formação profissional frente às atuais demandas do mercado”,
explica. Além disso, o convênio com a UFSC viabilizou
também a realização de estudos acadêmicos, dissertações e
publicações de artigos científicos.Pablo Corti
Pablo Corti
BoasNovas 13
RESULTADOS
Lucro anual é de R$ 1,5 bilhão
O ano de 2012 foi desafiador para o setor elétrico, mas a
Tractebel Energia mostrou que tem bom desempenho também
em épocas de crise. A forte estiagem dos últimos meses, a
reação negativa do Mercado de capitais à Medida Provisória
579 – que também tratou da renovação de concessões de
ativos de geração e transmissão – e o baixo crescimento da
economia mundial não abalaram a geradora, que mostrou bons
números no seu resultado de 2012.
A receita líquida foi de R$ 4,9 bilhões, número 13,5% maior
do que o de 2011, enquanto o lucro líquido alcançou R$ 1,5
bilhão, valor 3,6% superior. O avanço do lucro foi menor do
que o da receita, segundo o presidente da empresa, Manoel
Zaroni Torres, em razão, principalmente, do maior volume de
energia comprada para revenda da redução da exportação
para os países vizinhos e da ocorrência de alguns eventos não
recorrentes. “Se expurgarmos os eventos não recorrentes,
como ganhos em ação judicial e na alienação de investimentos,
além de provisões e reversões, o lucro líquido seria 9,3%
empresa apresenta lucro líquido 3,6% maior do que em 2011, distribuindo 100% dele aos acionistas
superior. Já a intensificação das compras de energia de curto prazo
está nos permitindo compor produtos de médio e longo prazo que
interessam a nossos clientes, o que vai alavancar nossos resultados
futuros”, explica Zaroni. Além disso, a empresa manteve sua tradição
de boa pagadora de dividendos, ou seja, todo o lucro de 2012 está
sendo distribuído a seus acionistas.
Em 2012, a produção do parque operado pela empresa alcançou
4.120 MW médios, sendo 3.482 MW médios provenientes das
hidrelétricas, 559 MW médios das termelétricas e 79 MW médios
das Usinas complementares. Em comparação a 2011, houve
uma redução de geração total de 19,6%. Essa redução está
associada principalmente às condições hidrológicas adversas,
que fizeram com que as hidrelétricas produzissem 24,9% a menos,
e consequente aumento do despacho termelétrico, que foi 32,8%
superior.
Outro destaque da produção de energia em 2012 ficou com as
Usinas eólicas, que registraram a sua maior geração anual: 19,3 MW
médios, 46,6% acima da marca obtida em 2011.
açÕes Da CompanHia
Apesar do cenário adverso na Bolsa de
Valores brasileira, a Tractebel registrou
desempenho positivo de 18,9% no acumulado
de 2012, enquanto o Ibovespa avançou 7,4% e
o IEE, o índice do setor elétrico, caiu 11,7%.
A ação da companhia encerrou o ano de
2012 cotada a R$ 33,35, conferindo um valor
de mercado de cerca de R$ 21,8 bilhões.
Como mostra o gráfico ao lado à Companhia,
de 2007 a 2012 as ações da Companhia
valorizaram 109,8%, contra uma valorização
de 66,4% no Índice do Setor Elétrico, e uma
queda de 4,6% no Ibovespa.
-30%
dez-11
TBLE3 IBOV IEEX
mar-12 jun-12 set-12 dez-12
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
Tractebel Energia14
RESULTADOS
investimento Deve Ultrapassar r$ 1 bilHão em 2013
Para este ano, a geradora e comercializadora de energia pretende investir
R$ 1,2 bilhão, distribuídos na conclusão da Usina Hidrelétrica Estreito, nos
parques eólicos do Nordeste, além de uma parcela reservada para aquisição
da Usina Hidrelétrica Jirau e outra para projetos de geração que estão em
fase de análise.
“Pretendemos incluir eólicas e termelétricas a biomassa nas licitações de
2013. Nossos colaboradores estão debruçados em projetos desse tipo”,
o resUltaDo na míDia
revela o presidente, Manoel Zaroni Torres. A empresa
também não descarta investimentos em térmicas a carvão
e gás natural, embora acredite que esses investimentos
devem ser feitos a partir de 2014.
No ano passado, a Tractebel investiu R$ 353,6 milhões,
dos quais R$ 160,1 milhões foram aplicados na Usina
Hidrelétrica Estreito, R$ 112,5 milhões nas centrais eólicas
Trairi, Guajiru, Mundaú, Flexeiras e Porto do Delta - em
construção na região Nordeste e - R$ 81,0 milhões na
manutenção e revitalização de Usinas. Para apresentar
os números de 2012, a Diretoria Financeira e de Relações
com Investidores fez uma maratona por algumas capitais
brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e
Belo Horizonte.
Enquanto parte da equipe recebia analistas, investidores e
imprensa no Rio de Janeiro, outro grupo abria os números
em Porto Alegre.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o diretor Eduardo Sattamini
encontrou a sala de reuniões do Hotel Pestana repleta, com
uma boa qualidade de questionamentos, principalmente
sobre investimentos futuros da Companhia. Depois
recebeu a imprensa para falar sobre os planos de expansão
da empresa. Até julho, segundo ele, os parques eólicos do
Ceará, com capacidade instalada de 115 MW, entram em
operação comercial. Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Eduardo Sattamini conversa com jornalistas após reunião da APIMEC no Rio de Janeiro
Duda Hamilton
BoasNovas 15
A estratégia adotada durante 2012 de fidelizar os atuais clientes e
de atrair novos, oferecendo produtos diferenciados e adequados
às suas necessidades permitiu aumentar em 31 novas empresas a
carteira da Tractebel Energia, entre elas a Unilever, a Coteminas e a
Carbocloro, passando de 100 para 131 clientes. Em 2013, a empresa
tem contratado 1.740 MW médios de energia diretamente com
clientes livres, contra os 1.500 MW médios de 2012. “Isto representa
16% de incremento, número muito bom para as metas definidas pela
empresa, além de ser uma conquista da nossa equipe”, diz o diretor
de Comercialização de Energia, Marco Antônio Amaral Sureck.
“Nosso maior diferencial é a flexibilidade na negociação com o
cliente, a solidez financeira da empresa e a diversidade do parque
gerador, com 22 Usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e
complementares”, explica Sureck. Atualmente, ressalta o diretor,
o Mercado Livre competitivo no Brasil é de cerca de 10 mil MW
médios, no qual a Tractebel tem uma participação de
20%, e a tendência é incrementar esse percentual nos
próximos cinco anos.
Com quase 300 sites industriais e comerciais atendidos
e com importantes empresas em seu portfolio, como
Gerdau, Vale, Votorantim e Volkswagen, a Tractebel
está focada na melhoria contínua do relacionamento
e na retenção dos clientes. Para isso, conta com
uma equipe exclusiva para gestão de contratos e
relacionamento com clientes e realiza diferentes ações
de relacionamento. Entre elas estão o Programa de Visita
às Usinas, a organização e patrocínio de eventos do setor
elétrico e setores da indústria, programa de diagnóstico
de eficiência energética, além dos eventos de integração
com clientes.
MERCADO
Aumento expressivo na carteira de mais destaque para
Clientes Livres
Shutterstock
Tractebel Energia16
pesQUisa De satisFação
Para medir a satisfação de seus clientes e atender às suas
demandas, a Tractebel realiza, de dois em dois anos, uma
Pesquisa de Satisfação. A última, no ano passado, contou com a
participação de 78 clientes, sendo que 95% deles responderam
estar satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços recebidos.
“É isso que nos estimula a incrementar a carteira e a fechar
mais negócios”, observa Gabriel Mann dos Santos, gerente de
Comercialização de Energia.
Com dois escritórios disponíveis, um na Sede, em Florianópolis,
e outro em São Paulo, a empresa atende setores diversificados,
como Automotivo, Cimento, Químico e Petroquímico,
Fertilizantes, Celulose e Papel, Metalurgia, Borracha e Plástico,
MERCADO
Alimentos, Bebidas e Fumo, Cerâmica e Vidro,
Eletroeletrônica, Têxtil, entre outros.
O espaço de São Paulo está localizado na
Alameda Santos com 200m2 - sala de reunião
que pode ser dividida em duas; quatro estações
de trabalho com telefone, sendo duas com
desktop; e secretária. “É lá que realizamos
nossas reuniões, conference calls e atendemos
os clientes, principalmente os da região Sudeste
e Centro-Oeste, fazendo com que eles não
necessitem se deslocar até Florianópolis”,
argumenta Sureck.
Setores industriais e comerciais são o foco principal da atuação da Tractebel no Mercado Livre de Energia
BoasNovas 17
MERCADO
Ações deRelacionamentoNo intuito de fortalecer a marca e o relacionamento com seu público de
interesse, a Tractebel participa de encontros e debates do setor elétrico,
além de desenvolver outras ações. O Programa de Relacionamento,
por exemplo, que existe desde 2004, é dirigido a todos os públicos
separadamente e os eventos acontecem nos estados que concentram
o maior número de stakeholders – São Paulo, Rio de Janeiro, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Este programa, ressalta o gerente Gabriel Mann dos Santos, se
consolidou como um dos mais atrativos e inovadores do Mercado.
“A cada ano implantamos novas estratégias para atrair executivos e
potenciais clientes e percebemos que em momentos de descontração
conquistamos excelentes resultados”, explica Gabriel acrescentando
que no ano passado 258 clientes participaram dos encontros.
Em 2013 estão confirmados vários eventos no Programa de
Relacionamento, entre eles Stock Car, em Curitiba; Wine Experience,
em Porto Alegre; Democooking, no Rio de Janeiro; Festival de Dança de
Joinville (SC), e Encontros Tractebel, em São Paulo.
Também já está acertada participação da Tractebel Energia na 9ª
Maratona Supply Chain Management, no mês de maio em São Paulo;
no 14º Encontro Internacional de Energia FIESP , em agosto, também na
capital paulista; e o 5º Encontro Anual do Mercado Livre, em novembro
na Praia do Forte, na Bahia.
Dentro do Programa de Relacionamento, a Tractebel realizou ação
durante o Carnaval, no Rio de Janeiro.
Os Encontros Tractebel já se consolidaram como evento de grande interesse do público comprador de energia
Valdir Amorim
Tractebel Energia18
MERCADO
Mostrar as diferentes tecnologias para gerar energia e reforçar o comprometimento da Companhia
com ações ambientais e sociais sãos os principais objetivos do Programa de Visita às Usinas,
realizado pela diretoria de Comercialização de Energia e que leva seus clientes de Norte a Sul do
Brasil.
Para isso, a equipe monta roteiros de até dois dias e acompanha a viagem, tendo em cada Usina um
técnico para explicar como funciona a geração de energia.
Em 2013, foram escolhidas a hidrelétrica Itá, na divisa do RS com SC, a termelétrica Cogeração
Lages (SC), e o Parque Eólico Beberibe (CE). No ano passado, ocorreram visitas na Sede da
empresa e em diversas Usinas.
Clientes acompanham apresentação de funcionamento dos controles do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL)
Programa de Visita
Julio Cesar Souza
BoasNovas 19
EMPRESA
R$ 149,6 milhões pagos em royalties em 2012
A Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos
para Fins de Geração de Energia Elétrica, instituída pela Constituição
Federal de 1988, é um percentual que as concessionárias de geração
hidrelétrica pagam pela utilização de recursos hídricos. A Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) gerencia a arrecadação e a
distribuição dos recursos entre os beneficiários: estados, municípios
e órgãos da administração direta da União. As concessionárias
pagam 6,75% do valor da energia produzida a título de Compensação
Financeira.
Conforme estabelecido na Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990,
com modificações dadas pelas Leis nº 9.433/97, nº 9.984/00 e
nº 9.993/00, são destinados 45% dos recursos aos municípios
abrangidos pelos reservatórios das hidrelétricas,
enquanto que os estados têm direito a outros 45%.
A União fica com 10% do total. Pequenas Centrais
Hidrelétricas são dispensadas do pagamento da
Compensação Financeira.
No ano de 2012, as Usinas da Tractebel Energia
recolheram o total de R$ 149.673.954,09. Deste valor,
R$ 50.346.413,84 foram destinados aos 65 municípios
abrangidos pelas hidrelétricas da Companhia (ver mapa).
Ressalta-se que o repasse aos municípios é feito pela
ANEEL com defasagem de até 60 dias em relação ao
recolhimento da Tractebel Energia.
Usina itáUHitAratiba
Marcelino RamosMariano MoroSeverino de AlmeidaAlto Bela VistaArabutãConcórdiaIpiraItáPeritiba
total Parcela Tractebel
Parcela Tractebel
total
total
total
total
total
R$1.615.219,56 R$ 722.765,95 R$ 988.219,56 R$ 287.243,36 R$ 960.764,47 R$ 7.190,62 R$ 2.208.881,25 R$ 2.832,67 R$ 851.706,78 R$ 1.198,44
r$ 8.822.775,02 r$ 35.864.310,36
r$ 24.645.009,78
r$ 14.769.875,39
r$ 14.247.942,51
r$ 3.796.109,45
RSRSRSRSSC SC SC SC SC SC
Usina salto santiagoUHssCandói
CantagaloChopinzinhoFoz do JordãoMangueirinhaPorto BarreiroReserva do IguaçuRio Bonito do IguaçuSaudade do IguaçuVirmond
R$ 2.389.986,14 R$ 42.708,21 R$ 4.203.873,13 R$ 297.456,92 R$ 284.471,32 R$ 2.012.364,75 R$ 20.950,11 R$ 3.039.554,95 R$ 1.149.947,45 R$ 259.077,24
PRPRPRPRPRPRPRPRPRPR
Usina machadinhoUHmaBarracão
MachadinhoMaximiliano de AlmeidaPinhal da SerraAnita GaribaldiCampos NovosCapinzalCelso RamosPiratubaZortéa
R$ 645.429,66 R$ 1.540.267,96 R$ 485.258,35 R$ 86.026,47 R$ 54.465,75 R$ 164.766,67 R$ 405.222,68 R$ 462.289,44 R$ 712.161,66 R$ 641.956,13
RSRSRSRSSCSCSCSCSCSC
Usina salto osórioUHso
Quedas do IguaçuRio Bonito do IguaçuSão JoãoSão Jorge d´OesteSulina
R$ 3.757.224,79 R$ 427.905,80 R$ 733.042,33 R$ 2.971.475,90 R$ 604.274,97
PRPRPRPRPR
Usina passo FundoUHpFCampinas do Sul
CruzaltenseEntre Rios do SulJacutingaPontãoQuatro IrmãosRonda AltaTrês PalmeirasTrindade do Sul
R$ 525.293,47 R$ 108.342,51 R$ 91.014,24 R$ 36.267,47 R$ 3.121,93 R$ 22.378,87 R$ 432.987,26 R$ 258.389,46 R$ 40.648,56
RSRSRSRSRSRSRSRSRS
Usina Cana bravaUHCb
CavalcanteColinas do SulMinaçu
R$ 1.494.513,07 R$ 172.778,53 R$ 1.296.475,76
GOGOGO
Tractebel Energia20
EMPRESA
UHit
UHmaUHpF
UHss
UHso
UHCb
UHpp
UHsa
UHet
total
total total
r$ 5.962.525,40
r$ 7.819.442,27 r$ 8.107.202,67
Usina ponte de pedraUHpp
Barragens
ItiquiraSonora
R$ 1.117.687,22 R$ 1.267.322,94
MTMS
Usina são salvadorUHsa
CavalcanteMinaçuPalmeirópolisParanãSão Salvador do Tocantins
R$ 25.245,24 R$ 71.716,87 R$ 694.058,40 R$ 705.271,22 R$ 57.887,19
GOGOTOTOTO
Usina estreitoUHet
R$ 2.235.894,45 R$ 529.106,45 R$ 1.025.610,84 R$ 517.517,01 R$ 422.851,91 R$ 1.239.527,98 R$ 162.468,71 R$ 165.068,21 R$ 275.655,25 R$ 303.491,56 R$ 9.639,81
MAMATOTOTOTOTOTOTOTOTO
CarolinaEstreitoBabaçulândiaBarra do OuroDarcinópolisFiladélfiaGoiatinsItapiratinsPalmeirantePalmeiras do TocantinsTupiratins
Parcela Tractebel
BoasNovas 21
ENTREVISTA
América Latina,um mercado emergente
Belga de nascimento, de fala pausada e simpático, o diretor presidente
da GDF SUEZ Energy Latin America e vice-presidente do Conselho
de Administração da Tractebel Energia, Jan Franciscus María Flachet,
conversou com a revista BOAS NOVAS para falar sobre os planos,
as estratégias e a importância da América Latina para os negócios
sustentáveis do Grupo mundial.
Engenheiro eletromecânico pela KUL (Universidade Católica de
Leuven), Bélgica, Flachet possui Master em Administração e Gestão
pela KUL e é formado pelo CEDEP, General Management Program do
INSEAD, na França. Entrou para o Grupo em 1979 e até 2003 assumiu
cargos de gestão na Bélgica e na Argentina, além de ser diretor regional
no Oriente Médio, Leste Europeu e África. Retornou para a América do
Sul no final de 2003, fixando-se no Brasil.
Com empreendimentos no Chile, Peru, Argentina, Costa Rica, Panamá
e Brasil, o Grupo avança e tem novidades no Uruguai e na Colômbia,
um país promissor, que representa a terceira economia da região.
Para Flachet, a América Latina é a região que, nos últimos anos, mais
contribui para o bom desempenho das atividades internacionais da
GDF SUEZ.
Quais os planos da gDF sUez america latina para 2013? e em
que setores vai atuar?
Jan Flachet, presidente da GDF SUEZ Latin America - A América Latina
tem sido muito relevante para a GDF SUEZ, representando a região de
maior potencial em termos de desempenho, crescimento e resultados
nas atividades internacionais. A produção de energia elétrica é o nosso
foco principal na América Latina e estamos sempre atentos a todas as
fontes existentes de geração elétrica: hidro, eólica, biomassa, carvão,
gás, entre outros.
Nós estamos também presentes no setor de gás. No Chile, por
exemplo, estamos construindo o terminal de regaseificação de Gás
Natural Liquefeito de Mejillones, cujo tanque de armazenamento tem
capacidade de 175.000 m³, e que entrará em operação em 2014. O gás
também é importante no Peru e deve se tornar prioridade no Brasil, que
possui reservas relevantes ainda não exploradas, como é o caso do
pré-sal e do gás de xisto em Minas Gerais. Hoje em dia, as hidrelétricas
construídas no Brasil são a fio d água, com reservatórios pequenos e
pouco armazenamento de água, tornando muitas vezes necessária
a ativação das usinas térmicas durante a estiagem para geração de
energia elétrica.
Qual a tendência do mercado latino-americano para os
próximos anos e as perspectivas mundiais do grupo?
J. F. - A tendência é de que a América Latina continue a ser uma
região muito importante para a GDF SUEZ, pois mostra crescimento
da população ativa, o que resulta em crescimento da economia. O
aumento contínuo da classe média, que tem adquirido cada vez mais
bens de consumo, traz um aumento contínuo da demanda de energia.
Por outro lado, nos países desenvolvidos, há previsão de recessão
ou de um crescimento bastante lento, o que favorece ainda mais
investimentos em mercados emergentes como Ásia, Oriente Médio e
América Latina. Em um futuro próximo, a África tende a se tornar um
mercado bastante atrativo também.
Quais as empresas da gDF sUez presentes na américa latina?
J. F. - A GDF SUEZ Latin America conta com um portfolio diversificado,
contribuindo para o crescimento econômico deste continente
emergente. Dois terços da energia que geramos provém de fontes
renováveis. Transportamos, distribuímos e comercializamos gás além
de regaseificar GNL.
No Brasil, controlamos 68,71% da Tractebel Energia, cotada na
Divulgação GDF SUEZ
Tractebel Energia22
ENTREVISTA
BM&FBovespa e maior geradora privada do país, com capacidade
instalada de 8.630 MW, dos quais 85% são provenientes de fontes
renováveis. Nós estamos construindo a hidrelétrica Jirau, no Rio
Madeira, Estado de Rondônia, uma das maiores hidrelétricas em
construção no mundo, que somará 3.750 MW ao parque operado pelo
Grupo. Estamos construindo também parques eólicos no Nordeste do
País, com 145,4 MW.
Na Argentina, a GDF SUEZ Energy Latin America detém 64,2% da
Litoral Gas, empresa de distribuição de gás, 52,8% da Gasoducto
Norandino, transportadora de gás, além de 46,7% da ECS, empresa
de consultoria em eletricidade e marketing. No Panamá, operamos
uma capacidade instalada de 450 MW. Controlamos 51% de Bahia Las
Minas, o maior parque gerador térmico do país. Também detemos a
usina térmica de Cátiva e a hidrelétrica Dos Mares.
Na Costa Rica, contamos com Guanacaste, um dos maiores
complexos geradores de energia eólica do país. No Chile, detemos
52,76% da E-CL, a maior empresa de energia do “SING”, Sistema
Interconectado do Norte, e que possui uma capacidade instalada de
2.025 MW. Cotada na Bolsa de Valores de Santiago, a E-CL representa
49% do mercado e é especializada em transporte e fornecimento de
energia. Além de Mejillones, possuímos a eólica de Monte Redondo, do
SIC – Sistema Interconectado da Região Central. Estamos construindo
também a hidrelétrica Laja, a fio d’água. Detemos também 100% da
Solgas, empresa que atua na compra e distribuição de gás a clientes
industriais e corporativos.
No Peru, possuímos 61,73% da Enersur, cotada na Bolsa de valores de
Lima, e somos o terceiro maior gerador do país e o segundo do setor
privado, com as usina térmicas de ChilcaUno, Ilo1 e Ilo2, e a hidrelétrica
de Yuncan. Com a conclusão da hidrelétrica de Quitacarsa e de uma
termelétrica para atuar como reserva fria, em Ilo, passaremos dos atuais
1.263 MW para 1.938 MW até o fim de 2014.
Como foram os negócios do grupo em 2012, qual o país que se
destacou e por quê?
J. F. - O crescimento econômico do Brasil foi modesto, porém
a Tractebel Energia fechou o ano de 2012 novamente com bons
resultados. Em outubro de 2012, inauguramos a hidrelétrica de
Estreito (1.087 MW) no rio Tocantins, com a presença da presidente
Dilma Rousseff. No Peru, obtivemos um crescimento sólido e um
desempenho positivo da Enersur. No Chile, enfrentamos alguns
problemas técnicos com novas termelétricas a carvão, mas foram
resolvidos e não causaram impactos significativos.
onde o grupo tem negócios, que tipo de negócios energia, gás?
J. F. - A GDF SUEZ atua em serviços de eficiência energética, gás
natural liquefeito, produção e comercialização de eletricidade e serviços
ambientais, sendo a primeira empresa no setor de utilities no mundo.
Está presente em 70 países de todos os continentes e conta com
219.300 colaboradores e 1.100 pesquisadores em nove centros de
Pesquisa e Desenvolvimento. Em 2012, o Grupo obteve receita de 97
bilhões de euros e investiu 11 bilhões de euros.
Qual o país que deve apresentar maior crescimento para 2013?
J. F. - Não sabemos, mas certamente os países emergentes ocupam
posição de vantagem em relação aos países desenvolvidos. E a América
Latina em particular deve apresentar um crescimento considerável.
Quais as novidades da gDF sUez para o Uruguai e Colômbia?
J. F. - No Uruguai estamos trabalhando em um projeto de terminal
de regaseificação nos arredores de Montevideo. Trata-se de um
grande projeto para abastecer o Uruguai com gás natural, podendo
ser considerada também a possibilidade de transportar GNL em
navios-tanque para o Brasil. A Colômbia, onde possuímos um escritório
há alguns anos, é um país promissor, que representa a terceira
economia da região.
Qual a importância do brasil e da tractebel para o grupo?
J. F. - Muita. A América Latina é a região que mais contribui para o bom
desempenho das atividades internacionais. A Tractebel Energia tem
um peso relevante, representando aproximadamente 70% dessa
região, ocupando uma posição de destaque não só na GDF SUEZ Latin
America como na GDF SUEZ.
brasil
argentinaChile
peru
Colômbia
panamá
Costa rica
BoasNovas 23
sopram na BahiaProjetos eólicos
Para expandir sua fonte de energia complementar,
a Tractebel adquiriu em janeiro sete sociedades de
propósito específico, cada qual responsável pelo
desenvolvimento de um projeto eólico, com potência
instalada conjunta de 205 MW. Localizados nos
municípios de Umburanas e Sento Sé, distantes 420 km
da capital da Bahia, Salvador, os projetos eólicos tiveram
um custo total de R$ 22,6 milhões.
Essa aquisição reforça a política da maior geradora
privada de energia que, nos últimos anos, vem
diversificando sua matriz energética, com investimentos
em eólicas, biomassa e outras fontes complementares.
A operação está em consonância com a estratégia
da geradora e comercializadora de energia
e da sua controladora GDF Suez, que é de
expandir o parque gerador por meio de fontes
complementares para “alavancar o crescimento
sustentável no Brasil por meio de projeto de
energia renováveis”, comenta o diretor de
Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José
Luiz Laydner.
Laydner explica ainda que a geradora tem pela
frente a opção de comprar outros 150 MW em
parques eólicos que estão em desenvolvimento na
região por R$ 16,5 milhões, desde que seja obtido
o licenciamento ambiental para os projetos.
USINAS
Tractebel Energia24
Torres começam a ser
USINAS
montadas em TrairiA obra de implantação do Complexo Eólico Trairi, no
Ceará, entra numa fase em que começa a ficar mais
visível o desenvolvimento do projeto. As torres dos
aerogeradores seis, sete, oito, nove, dez e onze do
parque de Trairi já estão sendo erguidas. A entrada em
operação do empreendimento está prevista para o
segundo semestre deste ano.
Os quatro parques que compõem o Complexo estão
com as obras civis (fundações, plataformas e vias)
concluídas. Está em andamento o cabeamento
subterrâneo de Trairi, Guajirú, Mundaú e Flexeiras.
A subestação principal está com a etapa de obra
civil praticamente encerrada e já teve início o
pré-comissionamento dos seus equipamentos. Já
a instalação da linha de transmissão de 230 KV está
progredindo, tendo vencido as fases de abertura da faixa
de servidão e concretagem das bases das torres.
“O maior desafio no momento é fazer a integração
desses distintos trabalhos que são realizados por
diferentes empresas de maneira eficiente e com o
menor impacto possível nas comunidades adjacentes”,
comenta Nilde Augusto Lopes de Oliveira Filho
Gerente de Projetos da Tractebel Energia. Atualmente,
cerca de 400 pessoas estão trabalhando nas obras,
tanto por parte da Tractebel, quanto de suas contratadas
Cortez, WEG, Siemens e Santa Rita.
No campo socioambiental, a Tractebel energia
prossegue realizando investimentos em Trairi. A doação
de um aparelho de raios-X e a reforma da sala onde ele foi
instalado no hospital municipal, bem como a doação de
equipamentos para os postos de saúde e consultórios
odontológicos da cidade, foram bem recebidas
pela população local. “A abertura de estrada ligando
comunidades antes isoladas, o apoio a projetos culturais,
as visitas de estudantes e a comunicação nas rádios
tem colaborado muito para um clima excelente para a
implantação do Complexo de Trairi”, complementa o
diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos,
José Luiz Laydner.Torres têm parte pintada em vermelho devido a normas do Comando Aéreo
Divulgação Tractebel
BoasNovas 25
USINAS
A corrida pela energia do
tractebel energia e mais 12 empresas parceiras iniciam a instalação de módulos solares em diferentes regiões e climas do brasil
A geração de energia a partir da luz solar deve brilhar entre as
fontes complementares nos próximos anos. Depois da eólica, a
solar ganha visibilidade por meios de pesquisas realizadas entre
empresas e universidades, com o carimbo do programa de Pesquisa
e Desenvolvimento Estratégico da ANEEL, que até 2014 vai implantar
25MWp dos projetos fotovoltaico da Agência.
Na Tractebel Energia, por exemplo, a idéia inédita é montar oito
módulos de geração solar, com sete distintas tecnologias, que serão
instaladas em cinco diferentes regiões climáticas, além de uma Usina
Solar Fotovoltaica de 3 MWp. O objetivo da Tractebel e das parceiras
do projeto é avaliar as condições de implantação e geração de energia
solar fotovoltaica em todo o Brasil.
Com investimento de R$ 56,3 milhões, sendo R$ 35,6 milhões da
Tractebel Energia e R$ 15 milhões de 12 empresas cooperadas, o
projeto tem duração de três anos e todas as unidades instaladas
permanecerão em operação após o encerramento do P&D. Cada
módulo de avaliação vai ocupar cerca de 2.500m² e a Usina 10 hectares.
A primeira estação com 70 kW será montada em Capivari de Baixo,
Sul de Santa Catarina, no Parque Ambiental Tractebel, que inaugura
no segundo semestre deste ano, em Tubarão, ao lado do Complexo
Jorge Lacerda. A Usina também será montada num terreno próximo
ao Complexo, mas do outro lado da BR 101, onde já está ocorrendo a
terraplanagem. “Isso vai facilitar o acompanhamento e a fiscalização
da obra, pois o local é próximo à Sede da
Tractebel e à Universidade Federal de Santa
Catarina, ambas em Florianópolis”, diz o
diretor de Desenvolvimento e Implantação de
Projetos, José Luiz Laydner.
Outro ponto levado em conta no projeto
é que as instalações das unidades sejam
em local de fácil acesso e de grande
circulação de pessoas, promovendo assim
a conscientização da população sobre a
importância da utilização de recursos renováveis. Desta forma, ressalta
Laydner, é possível também divulgar as novas alternativas tecnológicas
que estão sendo utilizadas no mundo para geração de energia.
Executores do projeto, o Laboratório Fotovoltaico da UFSC e a FEESC
(Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina) ganham
novo laboratório de energia fotovoltaica, que está em construção
no Sapiens Parque, no Norte da Ilha de Santa Catarina. São R$ 4,5
milhões de investimentos para capacitar recursos humanos e equipar o
laboratório.
Sol
Energia de fonte solar prestes a se tornar realidade no Brasil
Robert Juan
Tractebel Energia26
USINAS
Cinco regiões geográficas brasileiras recebem, a partir de abril oito módulos de geração solar que serao instalados em oito diferentes regiões climáticas (Sul/litoral, Sul/interior; Centro-oeste, Norte, Nordeste/interior, Nordeste/litoral, Sudeste/interior e Sudeste/litoral).
brasil tem alto ínDiCe De raDiação solar
Nos últimos cinco anos a geração solar fotovoltaica apresentou
desenvolvimento notável e já aquece para se integrar na matriz energética
brasileira de forma competitiva. As perspectivas são muito boas e o preço
no mercado internacional vem caindo. Diferentes tecnologias estão sendo
utilizadas e é essa variedade que vai ser testada no projeto da Tractebel e
parceiras.
“Nosso objetivo é avaliar as condições de implantação e geração de
energia solar fotovoltaica em todo o Brasil e também a adequação ao
clima local de sete distintas tecnologias”, explica o gerente de Pesquisa
e Desenvolvimento da Tractebel Energia, Sergio Maes. As tecnologias
Fotovoltaicas testadas pelo P&D são Silício Cristalino (c-Si); Silício
Monocristalino (m-Si); Silício Amorfo (a-Si); Silício Microcristalino
(a-Si/mc-Si); Telureto de Cádmio (CdTe) e
Disseleneto de Cobre, Indio e Gálio (CIGS);
Concentrador Fotovoltaico com rastreamento.
Um dos pontos positivos para gerar energia dessa
forma, segundo o diretor técnico do Instituto
Ideal, professor Ricardo Rüther, é que o
Brasil possui uma das maiores reservas de
silício do mundo, fazendo do País um lugar
privilegiado para desenvolver uma indústria
de produção de células fotovoltaicas. Isso
geraria empregos e retorno em impostos
pagos, além de tecnologia 100% nacional. Vale
ressaltar também que o Brasil é tropical, com extensão
continental, e tem um dos mais altos índices de radiação solar
entre os países industrializados.
Para Sergio Maes, a grande vantagem do sistema solar no País é o sol
em abundância, com o custo da energia primária do sol zero. “A fonte é
renovável e apresenta-se como uma boa opção de complementaridade à
energia hidrelétrica”, afirma o gerente, acrescentando que sem dúvida o sol
é a grande fonte de energia primária da Terra.
Nos últimos anos, a energia fotovoltaica é uma das que mais cresce no
mundo. Em 2010, por exemplo, foram instalados mais de 17 gigawatts em
todo o planeta, o suficiente para suprir de energia 20 milhões de residências.
Na Alemanha, por exemplo, a energia solar está em franca ascensão e já
fornece energia elétrica para oito milhões de casas. Segundo dados da
Associação da Indústria Solar Alemã (BSW, na sigla em alemão), publicados
no mês de janeiro deste ano, esses números demonstram um aumento de
45% na produção de energia elétrica por meio das placas fotovoltaicas, em
comparação com os do ano de 2011.
Os desafios estão aí e alguns deles já começam a ser enfrentados.
Entre eles, destaca Sergio Maes, estão desenvolver uma
tecnologia preferencialmente nacional, que consiga converter a
energia solar em energia elétrica, com eficiência de pelos menos
30%. Um outro desafio é inserir as plantas de energia solar na
matriz elétrica brasileira, de forma eficiente e competitiva, já que
os custos atuais são elevados “e o sistema elétrico foi idealizado
para sistemas de grande porte – usinas de grande potência – e os
sistemas solares até agora se mostram mais efetivos para geração
local distribuída”.
BoasNovas 27
Enersurassina contrato de 170MW com mineradora
GDF SUEZ
A Enersur – empresa do Grupo GDF SUEZ e segunda maior
geradora de energia do Peru – assinou contrato para o
fornecimento de 170 MW de energia com a Antamina por
um período de 15 anos. O início da entrega da energia está
marcado para janeiro de 2015.
A Compañia Minera Antamina passa a integrar o portfólio
de clientes da Enersur que já inclui algumas das principais
mineradoras peruanas, bem como grandes indústrias e
empresas de distribuição de energia. Além deste contrato, a
Enersur conquistou contratos de fornecimento de 110 MW de
energia para o mercado regulado, bem como para venda no
mercado livre daquele país.
“Desde novembro passado, quando a termelétrica Chilca 1
começou a operar comercialmente, incrementando nossa
capacidade instalada em 850 MW, nós tivemos a satisfação
de acrescentar sete novos clientes, sendo um deles uma
das maiores mineradoras peruanas, a Antamina. Com esses
novos contratos estamos atingindo nosso objetivo de tornar a
Enersur uma parceira estratégica para o crescimento do setor
elétrico e das indústrias do Peru”, afirma o CEO da Enersur,
Alex Keisser. Entrada em operação da Usina Chilca Uno alavancou negócios do Grupo no Peru
A E-CL, empresa geradora de energia da GDF SUEZ no Chile, e
a Quiborax, uma importante mineradora chilena, deram início à
construção da usina solar de El Aguila, que será localizada a
60 km da cidade de Arica, na região norte daquele país.
A usina vai cobrir uma área de aproximadamente cinco hectares
e, inicialmente, terá capacidade instalada de 2 MW. A estimativa
é de 5 mil MWh anuais, suficientes para suprir até 30% da mina
de El Aguila, da Quiborax. A usina deverá estar em operação no
final do primeiro semestre de 2013. El Aguila é o primeiro projeto
a usar fontes fotovoltaicas não convencionais para processo de
Obras de Usina Solar
mineração e será ligado ao sistema de transmissão de energia
do norte do Chile.
A cerimônia de início das obras foi realizada no final de
dezembro e contou com a presença do ministro de Energia
do Chile, Sergio del Campo, e do vice-presidente da ECL,
Alejandro Lorenzini, que, na ocasião, disse que tanto a
E-CL quanto a Quiborax pretendem fazer da energia não
convencional a base das suas políticas de desenvolvimento
sustentável. “Essa é uma visão que compartilhamos e que
resultou na aliança para esse projeto solar”, afirmou Lorenzini.
são iniciadas no Chile
Ricardo Ribas
Tractebel Energia28
Teste prova viabilidade de projeto geotérmico na Indonésia
GDF SUEZ
A SEML, empresa do Grupo GDF SUEZ, e a Sumitomo Corp. completaram com sucesso a perfuração do primeiro poço de
exploração de energia geotérmica em Muaralaboh, Indonésia. O teste de curta duração foi realizado entre os dias 13 e 15 de
dezembro e confirmou a existência de um sistema geotérmico categorizado como grande e, numa estimativa conservadora,
com capacidade para 20 MW. Nos próximos meses um novo teste, mas de longa duração, irá determinar as condições do
reservatório, bem como a produtividade do poço.
A SEML espera completar a perfuração em 2013 e iniciar a construção da usina em 2014. O objetivo é produzir vapor
suficiente para uma usina de 220 MW instalados. A concessão cobre uma área de 62,3 mil hectares. A energia a ser gerada já
foi vendida por um período de 30 anos para a PLN, empresa do governo da Indonésia.
A GDF SUEZ está desenvolvendo outros dois projetos geotérmicos na Indonésia. Localizado a sudeste da ilha de Sumatra
um dos projetos cobre uma área de 19,5 mil hectares. O outro fica no complexo vulcânico de Bukit Besar, a 225 km de
distância da capital da província de Sumatra do Sul, Palembang, e cobre uma área de 35,4 mil hectares.
Indonésia
Malásia
Sumatra
BoasNovas 29
Os altos e baixos da economia mundial depois da crise de 2008
ainda se refletem fortemente na Europa, onde está localizada a
maioria dos negócios da GDF SUEZ. Mas, mesmo diante de tais
dificuldades, a Empresa registrou aumento de 7% na receita de
vendas no ano, fechando em € 97 bilhões. O Ebitda subiu 3% em
2012, atingindo € 17 bilhões.
O CEO do Grupo, Gérard Mestrallet, avalia que o modelo
equilibrado de negócios é um dos responsáveis pelos bons
resultados operacionais apesar do ambiente econômico difícil.
“Todos os objetivos financeiros e industriais foram atingidos. A forte
estrutura financeira e liquidez do Grupo constituem uma vantagem
competitiva chave e permite à GDF SUEZ perseguir sua estratégia
de crescimento seletiva e lucrativa”, declarou.
Dos € 17 bilhões de Ebitda do Grupo , 25% foram gerados pela
Linha de Negócios Energia Internacional (BEI), à qual está vinculada
a Tractebel Energia. O CEO da BEI, Phil Cox, destacou que o Brasil
teve fundamental importância no resultado devido à entrada em
operação da Usina Hidrelétrica Estreito e pelo reajuste em preços
de contratos vinculados a índices de inflação.
GDF SUEZ
Receitas da GDF SUEZ sobem 7% em 2012
Willem van Twembeke, de 47 anos, é o novo CEO da Linha de Negócios
Energia Internacional da GDF SUEZ (Energy International Business Line).
Além disso, ele se tornou membro do Comitê Executivo do Grupo. Twembeke
substitui Phil Cox a partir do dia 1º de abril, quando ele se aposenta.
Phil Cox foi CEO da International Power desde dezembro de 2003. Ele auxiliou
a Companhia a crescer continuamente por dez anos e liderou a fusão exitosa
com a GDF SUEZ. Cox ainda recebeu o título de Comandante da Ordem do
Império Britânico, concedido na passagem do ano em reconhecimento a sua
contribuição para a sociedade.
Por sua vez, Willem van Twembeke fez toda sua carreira no Grupo. Desde
1991, trabalhou com Engenharia, gerenciou projetos relacionados à
construção de usinas e dirigiu as subsidiárias da GDF SUEZ no Peru e Chile,
além de ocupar cargos de gerenciamento de portfolio na Bélgica. Desde 2011,
Twembeke era o vice-presidente sênior para a Ásia da Linha de Negócios
Energia Internacional.
Usina Hidrelétrica de Estreito que entrou em operação no ano passado
Willem van Twembeke Novo CEO da BEI - GDF SUEZ
Linha de Negócios Energia Internacional da GDF SUEZ tem novo CEO
Plínio Bordin
Arquivo GDF SUEZ
Tractebel Energia30
ALTA VOLTAGEM
Supervisão e CoordenaçãoLeandro Provedel Kunzler
Edição e textosDfato Comunicaçã[email protected]
Jornalista ResponsávelDuda Hamilton
Concepção Gráfica e EditoraçãoDzigual Golinelli
Foto da capa LS Fotografias
Tiragem 3.500 exemplares
Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidadeda Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
A jovem atleta da cidade de Saudade do Iguaçu (PR), Eduarda Fátima
Rodrigues Detogni, é a mais nova integrante da seleção brasileira juvenil
feminino de Taekwondo. Depois de treinar por seis anos, ela venceu
a seletiva fechada da modalidade no Rio de Janeiro. Eduarda foi uma
das sete integrantes na equipe titular do Estado do Paraná. Com isso, a
Tractebel Energia marca mais um ponto no placar de investimentos no
futuro brasileiro, desta vez no Esporte.
Menina de Ouro
A Usina Hidrelétrica São Salvador (TO) recebeu a renovação da Licença
de Operação até o ano de 2023, ou seja, por 10 anos. Para o gerente
de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri, esse é o
resultado do bom trabalho na Gestão Socioambiental que vem sendo
desenvolvido desde a implantação da hidrelétrica. Hoje, essa Usina
possui certificações NBR ISO 9001, 14001 e OSHAS 18001.
Eduarda junto do técnico da Seleção Brasileira Fernando Madureira (esq) e seu professor Gilberto Morando (dir)
Gerente da Regional Iguaçu, Leocir Scopel (camisa cinza) junto da atleta da seleção
Licença de Operação
UHSA fica entre os municípios de São Salvador do Tocantins e Paranã
Plínio Bordin
Divulgação Tractebel Energia
Sidimara dos Prazeres
BoasNovas 31