nº 38 o v i t a m r o hf ln u i jm i t e l o b · pública o vínculo do contrato de trabalho em...
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TAXA PAGAPORTUGAL
COIMBRA
AUTORIZADO A CIRCULAREM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPEL
CORREIOEDITORIAL
AUTORIZAÇÃO N.º DE 03492010 SNC/GSCCN
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Nº
38
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O/2
017
Neste número
FICHA TÉCNICA
Director José Manuel Dias | Coordenador de Redacção António Macário | Conselho de Redacção Comissão Executiva da Direcção do
STFPSCentro | Administração Av. Fernão Magalhães, 640-1º - Apartado 455 - 3000-174 Coimbra 239851370 - Fax: 239851378 - Telef:
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Depósito Legal 146704/00 | Página do Sindicato www.stfpcentro.pt | Endereço Electrónico [email protected]
Páginas 2 e 3.............
Páginas 4 a 7.............
Páginas 8 a 14...........
Páginas 15 a 17.........
Páginas 18 a 19.........
Páginas 20 a 21.........
Páginas 22 a 24.........
Páginas 25 a 26.........
Página 27..................
José M. Mota DiasCoordenador do STFPSC
Apesar de termos reconquistado, através da nossa incessante luta, alguns dos direitos que nos foram roubados pela Troika
e pelo Governo PSD/CDS de Passos Coelho, o actual quadro político e social ainda é fortemente marcado por um conjunto
de realidades profundamente lesivas dos nossos direitos que continuam a condicionar, de forma negativa, a realidade
laboral dos trabalhadores.
Impõe-se, da nossa parte, a continuação da luta pela modificação de um conjunto de medidas que se encontram em vigor
e que constituem um forte entrave à afirmação dos direitos dos trabalhadores e do reconhecimento a terem condições de
trabalho que lhes garantam, de forma efectiva, melhores condições de vida.
Para além da continuação da luta pela revalorização salarial que urge, cada vez mais pôr em prática, quer através do
descongelamento de carreiras, quer através dos aumentos salariais anuais que estão congelados desde 2009, importa,
também, intensificar a luta pela alteração do actual quadro legal no sentido do reforço da protecção do emprego com
direitos.
Realcemos, pois, a continuação da luta por:
É FUNDAMENTAL REFORÇAR A LUTA POR
MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
Editorial
Repor Direitos
O Sindicato na Acção Reivindicativa e na Luta
Organização Sindical
Falar Com
Consultório Jurídico
Formação Profissional
Protocolos e Serviços
Um Pouco de História
1 - Consagração de um único vínculo Público
Já passaram quase 10 anos desde que foi publicada a Lei
dos Vínculos, Carreiras e Remunerações (Lei 12-A 2008
de 27 Fevereiro), que veio introduzir na Administração
Pública o vínculo do Contrato de Trabalho em Funções
Públicas - CTFP, medida que teve como objectivo claro
fragilizar e precarizar a relação laboral dos trabalhadores
do Estado e que, actualmente, tem na Lei 35/2014, de 20
Junho, a sua mais recente atualização. Este vínculo
público tem coexistido, num grande número de serviços,
como são os Hospitais EPE; Universidades, etc, com o
outro vínculo do Contrato Individual de Trabalho, sem que
ninguém seja capaz de afirmar que esta situação trouxe
qualquer benefício ou melhoria, quer ao nível da
prestação dos serviços públicos, quer ao nível da gestão
interna dos próprios serviços. Ao invés, tem criado
situações de profunda injustiça entre trabalhadores e de
graves complicações ao nível da organização e gestão de
pessoal.
2 - 35 Horas Semanais de trabalho para todos
A instituição do horário semanal de 35 horas para todos os
trabalhadores, que tem sido uma luta difícil, é também
uma promessa eleitoral do actual Governo e do 1º
Ministro António Costa. Tal como a questão do vínculo, já
ninguém consegue justificar e argumentar a utilidade da
diferenciação que actualmente existe nalguns serviços,
em termos de duração do horário semanal, de 35 horas
para uns e 40 horas para outros como se pode verificar
nos Hospitais EPE.
O argumento do aumento da produtividade ainda está por
demonstrar, mas sabemos que a verdadeira razão foi
colocar os trabalhadores a trabalhar mais pelo mesmo
salário. A permanência desta situação continua a gerar
forte descontentamento e desmot ivação nos
trabalhadores. É Inaceitável.
3 - Reestruturação de Carreiras
A Lei 12-A/2008, para além de ter acabado com o vínculo
de nomeação a 90% dos trabalhadores e retirados outros
direitos, destruiu as Carreiras Profissionais, introdu-
zindo o arbítrio nas alterações Remuneratórias e fazendo
depender as promoções da avaliação de desempenho e da
disponibilidade financeira da entidade empregadora.
Como se tal não bastasse o ultimo aumento salarial na FP
foi em 2009, altura em que o governo congelou tudo,
desde salários, carreiras e escalões. E já estamos no 2º
semestre de 2017.
A actual agregação do sistema em apenas 3 carreiras do
Regime Geral, nunca convenceu os trabalhadores e está
completamente desacreditado pelas necessidades do dia-
a-dia.
Carreiras do grupo Técnica Superior devem agregar
todas as profissões que pertenciam ao grupo profissional
de Técnico superior e com mais do que uma categoria.
Carreiras do grupo Técnico-Profissional devem
integrar a carreira de Assistente Administrativo, mas
consideramos que existe espaço para criar outras
Carreiras uma vez que a realidade laboral impõe
conteúdos funcionais muito diferenciados.
Carreira de Assistente Operacional é “um saco” de
várias profissões. Têm de ser criadas as carreiras
necessárias adequando-as às profissões existentes. A
título de exemplo a criação de Carreiras Operárias e
Carreiras Auxiliares, definindo conteúdos e formação
profissional específica.
Carreiras Especiais sectoriais ou ministeriais são
necessárias. Desde logo no Serviço Nacional de Saúde
para o pessoal dos Serviços Gerais; na Escola Pública para
o Pessoal Não Docente; na Justiça para os Técnicos de
Reinserção Social; na Segurança Social para os Técnicos
Superiores de Serviço Social; e outras nos Ministérios do
Ambiente e Ordenamento do Território, da Administração
Interna, etc.
Está por demais provado que a política da indiferenciação
funcional para além de menorizar, depreciar e
desqualificar a actividade profissional dos trabalhadores
da administração pública, tem sido uma das causas da
degradação da qualidade dos serviços públicos prestados
às populações.
Vamos, por isso, obrigar o governo à negociação das
propostas já apresentadas nos cadernos reivindicativos
sectoriais.
4- Alteração da Tabela Remuneratória Única
As actuais 115 posições remuneratórias são suficientes
para enquadrar todas as carreiras, sejam as chamadas
carreiras gerais ou especiais ou as que se venham a criar.
Na proposta reivindicativa para 2018 vamos insistir
na sua revisão, o que passará por valorizar para valor
superior ao SMN as 1.as posições remuneratórias e fazer
refletir nas restantes posições essa mesma valorização.
Sem Trabalhadores motivados e sem direitos não
há Serviço Público! E ganham os privados.
5 - A negociação e contratação coletiva
No sector Social e Protocolar a contratação coletiva
tem tido algum sucesso, muito por resultado do nosso
trabalho, apesar de alguns períodos de estagnação. A
título de exemplo positivo apontamos o Contrato Coletivo
de Trabalho - CCT celebrado para as IPSS com a
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade-
CNIS e recentemente republicado, bem como o Acordo
Coletivo de Trabalho - ACT celebrado com as Santas
Casas de Misericórdia, bem como os actuais processos de
negociação em curso com as Associações Mutualistas ou
com o Ensino Particular e Cooperativo e Centros
Protocolares.
Na Função Pública o governo do PSD/CDS tinha por
objectivo a aniquilação da Contratação Colectiva sendo
que o actual governo está a arrastar o problema não
deixando que as Entidades Empregadoras negoceiem
com o Sindicato. Isso é mais evidente nos casos das
propostas já feitas por nós para os Hospitais EPE e
Fundações. A contrapartida que é imposta pelo governo é
a aceitação por parte do Sindicato das 40h de trabalho
semanais, adaptabilidade funcional e banco de horas, o
que não aceitamos.
Vamos dar a volta a isto! Vamos continuar a ESCLARECER,
MOBILIZAR e LUTAR em unidade pelas propostas apresentadas e por
um Serviço Público de Qualidade.
É tempo de dizer Basta!
REPORDIREITOS
Os trabalhadores da Administração Pública, desde 2010, têm vindo a sofrer cortes nos salários e nas pensões
motivados, quer pelo congelamento dos aumentos salariais anuais, quer pelo congelamento das valorizações
remuneratórias e consequente progressão nas carreiras.
Juntamos a isto o valor irrisório do subsídio de alimentação; o aumento dos descontos para a ADSE para os
3,5%, entre outras medidas que vieram reduzir, fortemente, o poder de compra das famílias.
A Repor:
- Descongelamento dos Aumentos Salariais Anuais, com reposição do poder de compra perdido;
- Descongelamento das mudanças de posição remuneratórias (progressões), transitando os tra-balhadores para as posições remuneratórias que teriam alcançado sem o congelamento;
- Atualização do Salário Mínimo Nacional para €600;
- Atualização do Subsídio de Refeição;
- Reposição dos Escalões do IRS que vigoravam antes do aumento brutal de impostos do Ministro Gaspar;
- Reposição do valor do pagamento das horas extraordinárias e demais suplementos entretanto congelados;
- Regulamentar a legislação dos suplementos de isenção de horário, de penosidade, insalubrida-de e risco.
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A nossa luta pela reposição de direitos é a luta
contra os cortes nos salários e pensões, contra a
destruição das carreiras, contra o congelamento
das valorizações remuneratórias, em suma,
contra um conjunto de medidas que nos foram
impostas nos últimos anos a coberto da troika
com o objectivo de fragilizar os trabalhadores e
de eliminar um conjunto de direitos por nós
arduamente conquistados. Salientamos alguns,
nas próximas páginas:
SALÁRIOS
REPOR DIREITOS
STFPSCentro
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Cada vez que os vários governos mexeram nesta matéria foi sempre para prejudicar o trabalhador:
- Aumentaram a idade de reforma; aumentaram o tempo contributivo; criaram o fator de sustentabilidade;
alteraram as fórmulas de cálculo; tudo isto para penalizar o trabalhador não reconhecendo, minimamente, o
direito a uma pensão/reforma digna a quem dedicou uma vida de trabalho ao Serviço Público.
A Repor:
- Reivindicamos a reposição da fórmula de cálculo das pensões e as condições gerais para aposentação com base nos 36 anos de serviço, independentemente da idade.
PENSÕES/APOSENTAÇÃO
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REPOR DIREITOS
Com a entrada em vigor da Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações, em 2008, eliminaram-se, de uma só
vez, 1716 carreiras para apenas ficarem 3 carreiras do Regime Geral (Técnico Superior, Assistente Técnico e
Assistente Operacional).
Á brutal diminuição das carreiras associou-se a criação de uma tabela remuneratória única e, a esta, associou-
se o Siadap.
A conjugação destes 3 factores conduziu, na prática, à eliminação do direito à carreira já que, para a maioria
dos trabalhadores, a alteração no posicionamento remuneratório (progressão) só é conseguida ao atingir-se
10 pontos de avaliação sendo necessários, em média, 10 anos para tal. Na prática, um trabalhador, em média,
numa vida de trabalho (36 anos serviço) só progredirá 3 vezes na sua carreira. E, ainda assim, estão
congeladas as progressões!!!.
Com esta política deixou de haver qualquer motivação ou estímulo profissional nos trabalhadores, bem como
deixaram de existir progressões que, em regra, eram de 3/3 anos ou de 4/4 anos, conforme a carreira a que se
pertencia (vertical ou horizontal)
A Repor:
- Carreiras assentes em categorias profissionais com conteúdos relacionados com as funções e os organismos onde os trabalhadores prestam serviço;
- Criação de um sistema retributivo que dignifique as carreiras e permita um desenvolvimento sustentado e que não sejam um motivo de estrangulamento do desenvolvimento profissional dos trabalhadores;
- Carreiras que permitam promoções e progressões que estimulem a motivação e a responsa-bilidade dos trabalhadores;
- Carreiras dotadas de conteúdos funcionais precisos e concretos, eliminando o livre-arbítrio das chefias no que toca à gestão e tarefas dos funcionários.
CARREIRAS
STFPSCentro
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Sim, quando alguns já não acreditavam, a luta obrigou à reposição das 35h
semanais! Mas, não foi ainda para todos os trabalhadores em funções públicas.
Estão por alcançar as 35h semanais para os trabalhadores em CIT dos Hospitais EPE
e das Fundações Públicas e Sector Social.
A Repor:
- 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores em funções públicas e do sector social.
35H SEMANAIS PARA TODOS
A ADSE é dos trabalhadores. Contudo, o Poder Político tem
usado a “assistência na doença aos servidores do Estado”
para alimentar os interesses do sector privado aumentando,
de forma brutal, a percentagem dos descontos que hoje são
3,5%. Bem mais do que as necessidades de financiamento
que a ADSE precisa para além do que, tal aumento nos
descontos, não se tem traduzido numa melhoria dos serviços
prestados.
A Repor:
- A ADSE deve enquadrar-se no sistema públicocomplementar de saúde da Administração Pública
- A contribuição deve ser somente de 1,5% e sobre os 12 meses
do ano (não sobre os Subsídios de Férias nem de Natal)
ADSE
O Trabalhador do RCTFP tem 22 dias úteis de férias mais 1 dia por cada módulo de
10 anos de trabalho efectivo.
A Repor:
- Reposição de 25 dias úteis de férias em toda a administração pública e sector social acrescidos dos dias por idade, tempo de serviço ou outros, a incluir na legislação da Administração Pública e ou Acordos Colectivos
FÉRIAS
O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA
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Estivemossempre lá,
nas lutas, em defesa do trabalhador que representamos,
com uma atitude afirmativa.
Este é o nosso Sindicato.
“Se não lutastem ao menos adecência derespeitar aquelesque o fazem!”
José Marti
- No sector da Educação encerraram ou não funcionaram, pelo menos e a título de exemplo, as seguintes es-
colas Secundárias e EB, por Distrito: Coimbra: 24; Aveiro: 46; Leiria:16; Viseu:17; Guarda:6.
- No sector da Saúde, nos Centros Hospitalares, a adesão dos trabalhadores abrangidos foi praticamente total,
sendo assegurados os serviços mínimos. Nos restantes Hospitais e Centros de Saúde e outros do setor
Publico Administrativo, a adesão foi também muito relevante.
- Muitos outros Serviços da Administração direta e indireta do Estado, encerraram, ou somente funcionaram
com reduzido n.º de trabalhadores, nomeadamente no Ensino Superior, com Cantinas fechadas, na
Segurança Social, na Justiça, nas Finanças, Ambiente e Ordenamento, na Administração Interna, Economia,
etc.
convocada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em
Funções Públicas e Sociais, no passado dia 26 de Maio, teve uma
adesão superior a 85%, no âmbito da zona geográfica que
representamos, tendo-se verificado um nível de adesão idêntico
a nível nacional.
foi um sucesso...
Destacamos Alguns Resultados
STFPSCentro
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É a Luta dos trabalhadores
a exigirem soluções
para as suas justas reivindicações
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São vínculos Precários
- Contratos de Emprego e Inserção (Antigos
POC's), são os trabalhadores desempregados que
estão a trabalhar na administração pública;
Entre outras situações que se verificam um
pouco por toda a Administração!
A regularização recentemente decidida pelo
governo, muito embora o Sindicato também
integre as Comissões de Avaliação Bipartidas,
é o adiar da solução para muitos milhares de
Trabalhadores precários!
Exigimos, por isso, a integração de todos nos
quadros e mapas de pessoal, com contrato por
tempo indeterminado ou contrato sem Termo,
desde que desempenhem funções permanen-
tes do Serviço.
Existem muito poucos Serviços ou Organismos da
Administração Pública que não tenham trabalhadores
precários a desempenhar funções que correspondem a
necessidades permanente dos serviços. Alguns, poder-
se-á dizer, não funcionariam se não fossem esses
trabalhadores precários.
São cerca de 120 mil na
Administração Pública!
O certo é que com estas
opções politicas, inten-
sifica-se a exploração
destes trabalhadores,
com direitos reduzidos,
sujeitos à permanente
instabilidade de em-
prego, e a uma maior dis-
criminação somente por
razões economicistas.
FIM DA
A Precariedade Não é Uma Farsa!
O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA
A Luta continua!
- Contratos a Termo Certo ou Incerto, RCTFP
ou C.I.T, existindo trabalhadores há mais de 10
anos nesta situação;
- Contratos a tempo parcial (ao dia, ou à hora),
com particular relevância na carreira do Assisten-
te Operacional.
- Contratos de Prestação de Serviços /Recibos
Verdes que são trabalhadores sem qualquer
vínculo contratual, embora se sujeitem à
subordinação hierárquica, e ao cumprimento de
horário de trabalho;
- Contratos de Trabalho Temporário que são
Trabalhadores contratados por empresas privadas
de trabalho temporário, em regime de subcon-
tratação, para prestarem serviços no Adminis-
tração Pública,
- Estágio, cujos programas, normalmente com a
duração de 1 ano, se destinam, fundamental-
mente, aos trabalhadores altamente qualificados;
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- Porque com a municipalização não há garantia da
promoção dos direitos à saúde, educação, cultura,
ambiente;
- Porque os interesses locais vão sobrepor-se aos
interesses nacionais como se cada autarquia fosse
um governo autónomo e tomasse decisões
diferentes da autarquia vizinha;
A municipalização é a transferência de Serviços e Funções sociais
do Estado, assim como os respetivos trabalhadores, para a esfera
do poder local (autarquias), nos domínios da Educação, saúde,
Cultura, Ambiente, Transportes, habitação, finanças, desporto,
entre outros.
O Governo já aprovou a Lei base, que a qualquer momento será objeto de
discussão e eventual aprovação na Assembleia da República, sendo que a
forma de concretização da transferência destas competências será
efectuada através de decretos-lei de âmbito setorial .
A Luta continua!
À MUNICIPALIZAÇÃO
Dizemos- Porque consideramos mais correcto a promoção
das regiões administrativas, conforme prevê a
Constituição da República, sendo esta a verda-
deira descentralização de competências, criando
outras condições para as políticas de desen-
volvimento regional;
- Porque os trabalhadores deixam de pertencer à
Administração Central do Estado e passam para a
alçada dos Executivos Municipais, com tudo que
isso implica ao nível da gestão de pessoal.
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O Setor Social substitui o Estado em muitas das suas funções sociais através das inúmeras
Instituições que o compõem, tendo como objetivo gerar serviços sociais de caráter público. Não
fosse o setor social, teria de ser a Administração Pública a desempenhar diretamente essas
funções sociais.
O SETOR SOCIAL vs FUNÇÃO SOCIAL DO ESTADO
Esta realidade leva a que os Trabalhadores destas
Instituições reivindiquem há largos anos a sua
aproximação aos direitos dos trabalhadores da
função pública.
Acontece, porém, que os sucessivos Governos
sempre financiaram e estabeleceram protocolos
com estas instituições para prestação de serviços
sociais, mas depois demitem-se de exigir que estas
Instituições cumpram com os direitos dos trabalha-
dores e promovam a melhoria das suas condições
de trabalho, tal como faz para os trabalhadores em
funções públicas.
Estas Instituições ocupam, pois, um espaço na
economia social de grande relevância para o nosso
país, em áreas tão importantes como a Educação,
Saúde, Ação Social e outras, sejam elas IPSS, Mi-
sericórdias, Mutualidades ou Ensino Particular
e Cooperativo.
Percebe-se porque os Sindicatos dos Trabalhadores
em Funções Públicas e Sociais estão devidamente
identificados e sensibilizados para representar
estes trabalhadores junto das entidades emprega-
doras, incluindo na negociação coletiva.
Com a CNIS
- Temos um Contrato Coletivo de Trabalho por nós assinado > CCT, publicado no BTE nº 31, de 22 Agosto de
2015
Com a União das Misericórdias Portuguesas
- Temos um Acordo Coletivo de Trabalho, com as Santas Casas de Misericórdia Misericórdias), publicado no
BTE nº 38 de 15.10.2016;
Com a União das Mutualidades Portuguesas
- Temos, em fase de conclusão, um Contrato Coletivo de Trabalho que, a qualquer momento, será assinado e
publicado em BTE;
Com a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo
- O contrato coletivo assinado entre a AEEPC e a FENPROF, ao qual estávamos vinculados, foi denunciado,
aguardando-se novas evoluções. Contudo, os direitos adquiridos pelos trabalhadores desta área social
mantêm-se!
OS INSTRUMENTOS DE REGULAMENTAÇÃO COLETIVANO SETOR SOCIAL
O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA
STFPSCentro
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Com a CNIS
- Em Novembro de 2016 entregámos uma proposta onde essencialmente se propõe a revisão da Tabela
Salarial e outros aspetos pecuniários.
- Em Maio de 2017 A CNIS apresentou uma contraproposta.
A Federação e os Sindicatos, porque não concordam com a contraproposta, apresentaram alterações que vão
ser discutidas em próxima reunião negocial!
NEGOCIAÇÃO PARA AS IPSS E MISERICÓRDIAS
Com a UMP
O ACT assinado com a UMP representa para todos um grande passo, no sentido do desbloqueamento da
contratação coletiva no setor, das relações entre as partes, mas também no sentido da reafirmação dos
direitos coletivos dos trabalhadores, embora ainda haja muito para melhorar e conquistar.
- De entre as reivindicações dos trabalhadores, está a melhoria salarial, mais agora que os últimos
Índices/Escalões não podem, sucessivamente, serem absorvidos pelo Salário Mínimo Nacional.
- Redução do Horário para as 35h semanais.
- Respeito pelas Carreiras Profissionais e pelos respetivos conteúdos funcionais, não se admitindo que muitos
dos trabalhadores ainda sejam tratados como “indiferenciados”.
- Melhoria no desenvolvimento das Carreiras Profissionais, promoções e progressões e seu enquadramento na
Tabela Salarial.
- O respeito pela duração e organização do tempo de trabalho (Horários e Escalas), pelo direito ao descanso e
ao trabalho extraordinário.
OUTRAS REIVINDICAÇÕES PARA O SETOR SOCIAL
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É PARA REVOGAR
O SIADAP tem de ser revogado!
Estamos a entrar na altura do ano em que, junto com os trabalhadores e com
as nossas estruturas sindicais, começamos a definir e a dar o nosso melhor
contributo para a construção da Proposta Reivindicativa Comum para 2018,
cujo objectivo principal é o da reposição dos direitos roubados, mas também
da consagração de novos direitos e reivindicações. Vamos dar força à nossa
Federação e, também, à Frente Comum.
PARA 2018
O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA
PROPOSTAREIVINDICATIVA
Esta continua a ser a nossa posição. Somos contra este
sistema de avaliação por quotas em que o trabalhador
não consegue reclamar da avaliação sobre as
competências; em que o trabalhador é correspon-
sabilizado juntamente com o avaliador e dirigentes pela
inoperância do sistema e porque o SIADAP tem sido um
instrumento de arremesso contra os trabalhadores, como
também o tem sido para fomentar amiguismos.
Por outro lado a valorização remuneratória depende do
SIADAP não se percebendo, no actual contexto, para que
serve, quando as alterações de posição remuneratória se
encontram congeladas e as carreiras cada vez mais
depreciadas.
Nº de Reuniões nos locais de trabalho.............
Nº de Visitas (porta- a-porta) .......................
Nº de Bancas.............................................
Nº de Sindicalizações..................................
Nº de Delegados Sindicais eleitos..................
STFPSCentro
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ORGANIZAÇÃO SINDICAL
BREVE BALANÇO DA CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃODO 1º SEMESTRE 2017
Somos um Sindicatoque constrói a unidade!
A REPRESENTATIVIDADE DO SINDICATO
Há quem se cinja a uma leitura redutora da representatividade do nosso Sindicato, pensando
mesmo que apenas se reporta aos Hospitais EPE e aos Agrupamentos de Escolas. Errado! Estes
locais de trabalho são, de facto, uma grande parte da representatividade do Sindicato, mas não é
tudo.
De acordo com os Estatutos do Sindicato, podemos esclarecer o seguinte:
- A abrangência territorial do nosso Sindicato é a correspondente à divisão administrativa dos Distritos
de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, num total de 90 concelhos.
- Esta dimensão geográfica compreende todos os Serviços e Organismos da Administração Pública Dire-
ta e Indireta e todas as Instituições do Setor Social.
- No que concerne aos trabalhadores, representamos todos, destes Serviços e Instituições, mas respei-
tamos a representatividade daqueles Sindicatos que se identificam, apenas, com a sua profissão, tais
como: Professores, Médicos, Enfermeiros, Magistrados...
Ou seja, efectivamente, somos o maior Sindicato da Região Centro, com uma representatividade muito vasta
e diversificada.
Onde estiver um Serviço Público ou uma instituição do Setor Social, o Sindicato está lá!
Este 1º semestre de 2017 foi o melhor resultado desde a tomada de posse da Direcção.
É certo que, com a mobilização dos trabalhadores em torno do Sindicato, foi possível travar muitas das
políticas de austeridade, dando esperança, o que veio a reflectir-se também em mais confiança no Sindicato.
Mas não só, foi também o empenho da Direção e Direções Distritais do Sindicato, dos Dirigentes que se
envolveram no trabalho no terreno e que acreditam num projeto sindical de reforço e de unidade dos
trabalhadores, construído com confiança no futuro.
Alguns dados deste balanço geral (1º semestre):
364
405
20
569
124
“Não adianta discutircontra o inevitável.Na rua,o único argumento contraa chuva é um guarda-chuva!”
James.R. Lowell
Contra factos não há argumentos
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
DOS ESTATUTOS À ORGANIZAÇÃO DO NOSSO SINDICATO
Conforme os Estatutos do Sindicato, ficam sujeitos ao escrutínio eleitoral os Corpos Gerentes do
Sindicato tais como: a Mesa de Assembleia Geral - MAG; o Conselho Fiscalizador - CF; a Direção;
assim como as Direções Distritais, estas enquanto órgãos dirigentes de estrutura descentralizada.
O Dirigente Sindical, individual ou coletivamente, fica sujeito aos princípios que regem o Sindicato, pelo que
aquele(s) que o(s) desrespeita(m), afinal, não comunga(m) da essência do movimento sindical unitário
(MSU) e não está apostado na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que o(s) elegeu.
COMO FUNCIONA A DIREÇÃO DO SINDICATO
Reúne periodicamente; define as políticas de intervenção e de coordenação da atividade sindicais,
responsabilizando os seus membros, definindo funções, visando garantir a atividade sindical.
Estatutariamente, cabe à Direção:
- Eleger um Coordenador Geral, que tem como principal competência a coordenação e articulação das
atividades do Sindicato, garantindo a execução das orientações e decisões aprovadas;
- Eleger uma Comissão Executiva (atualmente composta por 7 elementos com responsabilidades por
assegurar a ação sindical em todas as frentes e áreas de intervenção setorial, distrital, de organização e
funcionamento) que, por sua vez, elege entre si uma Comissão Permanente (composta por 3
elementos, responsáveis por assegurar o regular funcionamento e gestão diária do Sindicato)
- Indigitar os responsáveis da Direcção por cada Direção Distrital.
Ainda, internamente, foram criados 3 Departamentos, com responsabilidades de coordenação da Ação
Reivindicativa Geral - DARG, Ação Reivindicativa Setorial - DARS e Organização e Ação Sindical - DOAS
São estes os principais coletivos, que se interligam, para bem dirigir e em permanência, o Sindicato,
havendo outros coletivos setoriais e operacionais, cujas tarefas e responsabilidades são definidas
precisamente no sentido do reforço da dinâmica sindical, conforme a necessidade verificada a cada
momento.
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Para além dos Estatutos, são aprovados regulamentos internos de funcionamento pela Direcção, de definição
de responsabilidades individuais e coletivas, porque de outra forma não era possível funcionar com firmeza
para desenvolver a ação reivindicativa.
António José
António Macário
Susana Lemos
José Manuel Dias
Rosa Dulce
Carlos Fontes
José António
António José António Macário Susana Lemos José Manuel Dias Rosa Dulce Carlos Fontes José António
AS PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DOS MEMBROS DA COMISSÃO EXECUTIVA :
- Responsável pelo Setor da Saúde e da Defesa.
- Coordenador do Departamento de Organização e Ação Sindical; Responsável pelo Setor da Educação; Responsável da Direcção pela intervenção sindical nos Distritos de Aveiro e Coimbra. Membro da Comissão Permanente do Sindicato. É membro da Direção da Federação.
- Responsável pelo Setor Social.
- Coordenador Geral do Sindicato; Coordenador do Departamento de Ação Reivindica-tiva Geral. Membro da Comissão Permanente do Sindicato. É membro da Comissão Executiva e da Direção da Federação. É membro do Conselho Nacional da CGTP-IN e da Direção da União dos Sindicatos de Coimbra. Integra o Conselho Setorial para a Qualificação - Saúde e Serviços à Comunidade, da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP).
- Responsável pelo Setor da Segurança Social e Centros Protocolares; Responsável da Direcção pela intervenção sindical no Distrito de Leiria. É membro da Direção da Federação e da Direção da União dos Sindicatos de Coimbra.
- Coordenador do Departamento de Ação Reivindicativa Setorial; Responsável pelo Se-tor do Ensino Superior, Pl.Infraestruturas,PCM,Finanças e Mar. Membro da Comissão Permanente do Sindicato. É membro da Direção da Federação e da Direção da União dos Sindicatos de Coimbra.
- Responsável da Direcção pela intervenção sindical nos Distritos de Viseu e da Guarda. É da Comissão Executiva e da Direção da União de Sindicatos de Viseu.
STFPSCentro
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É importante que os sócios conheçam aComissão Executiva da Direção do Sindicato
“Basta que um botão dacamisa erre a casa,para que o desencontroseja total”
Popular
Todos dependem de todos
A Comissão Executiva da Direção do Sindicato é eleita pela Direção e tem,
estatutariamente (artº 48º), competências de coordenação da atividade
sindical, bem como a gestão administrativa e financeira do Sindicato.
Por isso, a sua composição deve refletir essas exigências, com as
responsabilidades que cabe a cada membro que a integre.
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FALAR COM
Responsável pela açãoreivindicativa do SetorSocial no Sindicato
Susana Lemos - Num momento em que precisava de estar esclarecida e apoiada, em 2004, houve colegas que me aconselharam a sindicalizar neste Sindicato. Logo a seguir fui eleita Delegada Sindical no meu local de trabalho. Mais tarde fui convidada para fazer parte da Lista concorrente à Direção e, cá estou sem qualquer arrependimento.
António José - Em boa hora o fiz porque rapidamente percebi que o Sindicato me poderia dar apoio jurídico, e tive a ajuda que estava a espera, também me dar os esclare-cimentos reivindicativos em relação aos trabalhadores dos hospitais, e que isso dependia da força e organização de todos nós . Mais tarde fui eleito como Delegado Sindical nos HUC, onde trabalho, sendo que a partir daí acabei por vir a fazer parte da atual Direção do Sindicato. Já agora, o tempo como Delegado Sindical constituiu para mim um processo sério e necessário de aprendizagem como Sindicalista, para agora poder continuar esse trabalho pertencendo à Direção, na defesa dos direitos e interesses de todos os trabalhadores.
Susana Lemos - Claro que sim. A aprendizagem que tive como Delegada Sindical, ainda que pouca, valeu bastante, mas quando comecei a assumir responsabilidades de Direção, obviamente que tomou uma dimensão maior, até porque tenho de ter em conta todo o âmbito do Sindicato e não somente no meu local de trabalho.
António José - Sem dúvida. Desde logo porque sou trabalhador do maior serviço público da zona centro, os HUC e isso obriga-me a uma maior e cuidada atenção no meu dia-a-dia, onde sou constantemente abordado por colegas de trabalho, exatamente porque sou Dirigente Sindical com responsabilidades.
Susana Lemos - A dimensão do Sindicato, tudo o que dele faz parte, talvez ainda não tenha essa noção exata. Mas já percebo que é um Sindicato muito grande, com uma grande organização e isso é o que me conforta e me deixa encorajada para o futuro.
António José - Agora já posso dizer com firmeza que o nosso Sindicato é o maior Sindicato do Centro do país e, por isso, a maior força social. Temos uma representatividade vertical de todos os trabalhadores de muitas profissões e carreiras profissionais. São milhares de locais de trabalho, obviamente serão largos milhares de trabalhadores que representamos no âmbito dos 5 Distritos.
Susana Lemos
Desta feita,fomos
Susana Lemos - Já antes disse que ter responsabilidades como Dirigente Sindical é coisa séria, muito importante e, uma vez
que aceitei o cargo, não poderei desprezar a confiança dos trabalhadores, Neste sentido, senti-me na obrigação de vir a perceber o que é o setor social, as reivindicações dos trabalhadores das IPSS, das Misericórdias e, ao mesmo tempo, a necessidade da mobilização dos trabalhadores em torno do Sindicato. Ter esta responsabilidade é, para mim, uma constante aprendizagem.
STFPSCentro
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António José - Digamos que tem sido uma aprendizagem, conforme disse a Susana. Ser responsável pelo setor da Saúde é ter de conhecer a realidade dos locais de trabalho, saber o que os trabalhadores pensam, saber como enquadrar na ação reivindicativa dos seus justos interesses e aspirações, fazer ligação à Federação, propor à Organização planos de trabalho, entre outras funções. Não é uma tarefa simples, se queremos ser mesmo responsáveis.
à fala com...
Susana Lemos - O que eu dou conta é que a grande maioria dos trabalhadores sabem que o nosso Sindicato os pode representar, que podem confiar em nós, que até se querem sindicalizar, mas o medo que subsiste muitas das vezes, o fraco esclarecimento dos seus direitos, leva a que se acanhem em se sindicalizar. Mas também se percebe que isso são fatores que se vão ultrapassando com o tempo, talvez por serem trabalhadores de Instituições Particulares de Solidariedade Social.
António José - Desde que me lembro, sempre houve um ou outro trabalhador isolado, mal informado ou de caráter mais agitador que, por mais e melhor que sejam os Sindicatos, nunca nada está bem. Tirando isso, a confiança dos trabalhadores no nosso Sindicato é muita, é isso que eu noto quando ando a fazer reuniões e visitas aos locais de trabalho. Dá para perceber que qualquer tentativa que houvesse de alguém retirar essa confiança dos trabalhadores no Sindicato, não teria aceitação.
Susana Lemos - Não tenho dúvidas que o Sindicato está em permanente crescimento, que se está a reforçar, contra as mais diversas situações que vão aparecendo no dia-a-dia. Os trabalhadores querem um Sindicato ativo, participativo, reivindicativo, mobilizador dos trabalhadores em torno dos seus direitos. É isso que lhes importa e é isso encontram neste Sindicato.
António José - Noto que o nosso Sindicato está em pleno reforço, com entusiasmo sindical de muitos de nós e de intervenção em defesa dos trabalhadores. Ora, um Sindicato que tem um lugar na história do movimento sindical unitário, se os trabalhadores continuarem a dar essa confiança, então continuaremos no caminho certo na luta por melhores condições de vida e de trabalho. Se eu tenho essa segurança é porque também a sinto por parte dos trabalhadores.
O Activista – Obrigado a ambos pelo esclarecimento. Um abraço sindical.
Responsável pela açãoreivindicativa do setorda Saúde no Sindicato
António José
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1 - Qual o regime de faltas aplicável aos trabalha-dores com vínculo de emprego público (con-trato de trabalho em funções públicas e nomea-ção)?
Com a entrada em vigor da Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas (LTFP) o regime de faltas aplicável
aos trabalhadores com vínculo de emprego público
passou a ser o previsto no Código do Trabalho (cfr.
artigos 248.º e seguintes) com as especificações
constantes dos artigos 133.º a 143.º da LTFP.
2 - Existe obrigatoriedade de ser gozado um perío-do mínimo de dias consecutivos de férias?
Sim, com a LTFP passaram a ser 10 dias úteis
consecutivos.
3 - Se o/a trabalhador/a não estiver ao serviço no dia 1 de Janeiro por motivo que não lhe é imputável, como por exemplo, por doença, não tem direito a férias?
Depende se a duração da ausência for superior ou
inferior a 30 dias
1) Se o tempo de ausência for superior a 30 dias o
contrato é suspenso e o trabalhador só tem direito a
2 dias de férias por cada mês de trabalho efectivo a
partir do momento em que regresse ao serviço.
2) Se o tempo de ausência for inferior a 30 dias o
contrato não é suspenso e o trabalhador tem direito
à totalidade dos dias de férias.
NOTA: Qualquer que seja o tempo de ausência ao
serviço (inferior ou superior a 30 dias), desde que o
seu início e o seu fim ocorram durante o mesmo
ano civil o trabalhador tem sempre direito à
totalidade dos dias de férias.
4 - Um trabalhador em situação de mobilidade in-tercarreiras ou intercategorias pode conso-lidar?
Sim. O artigo 270.º da LOE 2017 adita à LTFP um
novo artigo (99.º-A), o qual prevê a possibilidade de
consol idação das s ituações de mobi l idade
intercarreiras ou intercategorias dentro do mesmo
órgão ou serviço ou entre órgãos ou serviços,
respeitadas as condições nele previstas.
5 - Em que situações há lugar à intervenção da junta médica da ADSE?
A junta médica da ADSE intervém quando o
trabalhador integrado no regime de proteção social
convergente (RCTFP) falte por doença durante 60
dias consecutivos e pode ser chamada, ainda, a inter-
CONSULTÓRIO JURÍDICO
Consultório Jurídico
Código Trabalho
LTFP
intervir quando aquele:
- indicie comportamento fraudulento em matéria de
faltas por doença;
- indicie perturbação psíquica comprometedora do
normal desempenho das suas funções.
Nunca há, no entanto, lugar à submissão àquela junta
nos casos em que o trabalhador tenha sido internado,
bem como naqueles em que se encontre doente no
estrangeiro.
Salienta-se, ainda, que se considera que o
internamento suspende a contagem dos 60 dias
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 23.º,
aplicando-se, após a alta e independentemente da
duração do internamento, o disposto no n.º 2 do
artigo 18º, recomeçando a contagem dos 60 dias a
partir da data da alta.
(Artigos 23.º e 26.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de
junho)
6 - O SIADAP 3 (trabalhadores) aplica-se às enti-
dades públicas empresariais?
Em regra, o SIADAP 3 não se aplica às entidades
públicas empresariais. Contudo, o SIADAP 3 é
aplicável, com as necessárias adaptações, aos
trabalhadores das entidades públicas empresariais
que tenham o vínculo de RCTFP.
E Aplica-se aos trabalhadores com Contrato
Individual de Trabalho a desempenhar funções
nos serviços EPE's?
Embora a Lei não obrigue a que seja aplicado o
SIADAP aos trabalhadores com vínculo de CIT,
também não impede que os serviços, que assim o
entendam, o apliquem aos seus trabalhadores, não
sendo ilegal a sua instituição.
7 - Os trabalhadores em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo devem ser avaliados?
Sim. O SIADAP aplica-se ao desempenho dos traba-
lhadores da Administração Pública indepen-
dentemente da modalidade de constituição de vínculo
de emprego público, caso tenham, no biénio a que se
reporta a avaliação, vínculo de emprego público com,
pelo menos, um ano e o correspondente serviço
efetivo.
Contudo, a avaliação obtida não permite a alteração
de posição remuneratória uma vez que só os
trabalhadores efectivos é que podem alterar a posição
remuneratória.
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8 - Qual o regime de proteção social dos trabalha-
dores que ingressaram na Administração
Pública depois de 1 de janeiro de 2006?
Os trabalhadores admitidos após 1 Janeiro de 2006
foram obrigatoriamente inscritos no regime geral de
segurança social unicamente para proteção nas
eventualidades de invalidez, velhice e morte.
Nas restantes eventualidades - doença, maternidade,
paternidade e adoção, desemprego e acidentes de
trabalho e doenças profissionais - continuaram, até
31 de dezembro de 2008, a ficar protegidos através
da legislação do «regime de proteção social da função
pública».
A partir de 1 de janeiro de 2009, mantiveram-se
integrados no regime geral de segurança social,
passando, a partir daquela data, a estar enquadrados
neste regime para todas as eventualidades, por força
da Lei n.º 4/2009, de 29 de janeiro, que define a
proteção social dos trabalhadores que exercem
funções públicas.
No que se refere à eventualidade acidentes de
trabalho, ainda não inserida no sistema previdencial
de segurança social, continuam sujeitos ao Decreto-
Lei n.º 503/99, de 20 de novembro.
9 - Qual a legislação que regula a proteção na pa-rentalidade relativamente aos trabalhadores com vínculo de emprego público (RCTFP e Nomeação)?
No âmbito laboral:
Os artigos 33.º a 65.º do Código do Trabalho são
atualmente aplicáveis aos trabalhadores com vínculo
de emprego público (nomeação, contrato de trabalho
em funções públicas ou comissão de serviço), com
fundamento no disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo
4.º da LTFP.
São também aplicáveis aos trabalhadores com
Contrato Individual de Trabalho
No âmbito da proteção social:
- Trabalhadores integrados no regime geral de
segurança social (RGSS) Decreto-Lei n.º 91/2009, de
9 de abril
- Trabalhadores integrados no regime de proteção
social convergente (RPSC) Decreto-Lei n.º
89/2009, de 9 de abril
10 - Quais são as alterações ao regime dos aciden-tes de serviço e das doenças profissionais, que ocorreram a partir de 1 de janeiro de 2009?
A partir de 1 de janeiro de 2009 o regime dos
acidentes em serviço e doenças profissionais, definido
pelo Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de novembro,
passou a ser aplicado a todos os trabalhadores com
vínculo de emprego público, em qualquer das suas
modalidades (nomeação, contrato de trabalho em
funções públicas ou comissão de serviço), de acordo
com as alterações introduzidas aos artigos 1.º e 2.º
do Decreto-Lei n.º 503/99 pelo artigo 9.º da Lei n.º
59/2008, de 11 de setembro.
Os "acidentes em serviço" passaram a designar-se
"acidentes de trabalho" a partir de 1 de janeiro de
2009.
11 - Sou Ajudante de Acção Educativa numa IPSS e tenho uma carga horaria de 38h semanais. O meu chefe informou-me que a partir do próximo mês passo a fazer 40h semanais. como devo proceder?
Neste caso o trabalhador não é obrigado a aceitar
fazer as 40 horas semanais. Poderá aceitar, se quiser,
mediante acordo escrito entre si e a Instituição. Terá
direito à retribuição correspondente aos níveis da
tabela A do anexo v do CCT da CNIS, acrescidos de
5,3%.
12 - Sou ajudante de Lar e Centro de Dia numa mi-sericórdia há 29 anos. Qual deve ser o meu vencimento?
De acordo com o Anexo IV-Enquadramento das
Profissões e Categorias Profissionais em Níveis de
Remuneração - do Acordo Colectivo de Trabalho entre
a Stª Casa Misericordia de Abrantes e Outros e a
Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores
em Funções Públicas (BTE nº 38 de 15.10.2016) o
Ajudante de Lar e Centro de Dia é uma categoria de
Grau II, que se enquadra no nível XIII.
O Anexo V do ACT referido estabelece a tabela de
remunerações mínimas obrigatórias que está dividida
em 7 escalões de remuneração. A transição entre
cada escalão de remuneração é feita após o
trabalhador completar 5 anos de serviço. Assim
sendo, a trabalhadora encontra-se posicionada no
escalão 6 do nível XIII da tabela de remunerações
mínimas, uma vez que tem 29 anos de serviço.
Consultando a tabela do anexo 5 verifica-se, então,
que um trabalhador com categoria de nível XIII, como
é o caso, e posicionado no escalão 6 da tabela de
remunerações mínimas, deve auferir à presente data
um vencimento mínimo de 635,74 euros.
“Aprender, aprender sempre”
Vladimir Leninne
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Sector da Saúde
Encontram-se abertas as inscrições para Formação Profissional a realizar durante o ano de 2017, para o sector da Saúde
no âmbito de uma parceria entre o Departamento de Formação do STFPSCentro e a INOVINTER.
Os cursos apresentados destinam-se a todos os trabalhadores da área da Saúde que tenham como habilitação literária
mínima o 9º Ano de Escolaridade, em particular o pessoal pertencente à Carreira de Assistente Operacional, entre
outros.
A formação apresentada faz parte do referencial da formação tecnológica da Qualificação Profissional de “Técnico
Auxiliar de Saúde” constante do Catálogo Nacional das Qualificações.
A frequência com aproveitamento destas acções de formação dá direito à obtenção de um Certificado de Qualificação
Profissional, reconhecido para o exercício das funções relacionadas com os conteúdos de formação que forem ministrados.
CALENDÁRIO FORMAÇÃO PROFISSIONAL 2017
Prazo de Inscrição: Até 15 dias antes do início de cada acção
Procedimento de Candidatura
Preenchimento da ficha de inscrição (consulta a nossa página em www.stfpcentor.pt) e envio para os seguintes contactos:
Via email: [email protected]
Via Correio: STFPSCentro - Avenida Fernão Magalhães, 640-1º, 3000-174 Coimbra
Via Fax: 239 851 378
Informações: para mais informações podem contactar o
Departamento de Formação através dos seguintes contactos:
Via email: [email protected];
Nº Verde Gratuito: 800 251 370 / 239 851 370
Sector da Educação - Jornadas de Formação
Estão programadas para o 2º Semestre as seguintes
Jornadas da Educação destinadas ao Pessoal Não
Docente.
Oportunamente serão divulgados os locais de realização
bem como as inscrições.
Sector Social-Encontros Distritais
Para os trabalhadores do Sector Social vamos realizar um
conjunto de Ações de Formação de curta duração cujos
temas, locais de realização e inscrições serão
oportunamente divulgados.
STFPSCentro
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O Centro de Formação do Sindicato continua a apostar em projectos de formação que abranjam todas as
áreas, carreiras e trabalhadores, a que os organismos públicos não deram deferimento em 2017.
Entretanto em parceria com a Inovinter foi já apresentado um Plano de Formação para 2018. As datas e locais
estão sujeitas a confirmação.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA 2018
Plano Formação 2018
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Plano Formação 2018 (continuação)
Centro Qualifica
No âmbito do protocolo estabelecido entre o
Sindicato e a Inovinter os associados do STFPSCen-
tro têm preferência nas candidaturas a processos de
RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências), quer para efeitos de reconheci-
mento de nova Habilitação Literária, quer de nova
Qualificação Profissional aumentando assim as suas
qualificações.
STFPSCentro
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IDEALMED
O STFPSCentro e a Idealmed celebraram um protocolo de colaboração possibilitando aos seus associados o acesso a um conjunto variado de serviços médicos em condições vantajosas, valor médio da consulta de especialidade 20 euros.
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OUTROS
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- As Enfermeiras não podiam casar; os professores primários só
poderiam casar com autorização superior; as mulheres jamais
poderiam ser juízes ou magistrados; os trabalhadores de carreiras
superiores tinham direito a 3 meses por nascimento dos filhos
enquanto que os Auxiliares só tinham direito a 15 dias; entre
muitas outras situações.
Ora, apesar desta legislação repressiva e contra os
direitos humanos, os trabalhadores organizavam-se,
clandestinamente, no sentido de reivindicarem melhores
condições de vida e de trabalho, sujeitos a consequências
altamente penalizadoras.
Mas foi assim que contribuíram para dar corpo à
revolução de Abril de 1974, vindo a aderir à democra-
tização da sociedade portuguesa reestruturando os
serviços e organismos e lançando as bases para uma nova
Administração Pública ao serviço do povo.
Nós somos, pois, os verdadeiros her-
deiros destes valores que vamos conti-
nuando a cimentar.
STFPSCentro
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Em 28/Fevereiro de 1976 teve lugar a Assembleia Geral constituinte do nosso Sindicato tendo sido precedida
de uma Comissão Provisória instituída logo a seguir ao 25 de Abril. Contudo, antes do 25 de Abril muitos foram
aqueles que lutaram para que, com o advento do regime democrático, fosse possível erguer o movimento
sindical na administração pública.
UM POUCO DE HISTÓRIA DO SINDICATO
A História do nosso Sindicato tem uma força,que só cabe nela os que o honram: os trabalhadores e os ativistas sindicais.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Já antes da Revolução de Abril, os trabalhadores da Função Pública lutavam contra um
regime ditador e fascista, que os humilhava e depauperava das mais diferentes formas:
- Ausência de direitos sindicais, em que o então Decreto-Lei nº 23048, de 23 de Setembro
de 1933, proibia todo e qualquer direito de associação aos empregados do Estado. No
artigo 39º deste Decreto dizia: “Aos funcionários do Estado, dos corpos e corporações
Administrativas bem como aos operários dos respetivos quadros permanentes, é
vedado constituírem-se em Sindicatos privativos ou fazer parte de quaisquer
organismos corporativos”.
- Quando o trabalhador entrava na Função Públicas era sujeito a um juramento de “amor à
pátria”, previsto no Decreto-lei nº 27003, de 14 de Setembro de 1936, declarando por
sua honra que estava integrado na ordem social estabelecida pela Constituição Política
de 1933, com ativo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas”;
- O Empregado do Estado obrigava-se às reverências aos Chefe, que decidia dar ou não
férias aos trabalhadores pelo número de dias que entendesse, sendo estas graciosas
(sem qualquer pagamento nem subsídio de férias);
“A consciência é portanto,desde início, um produto social,e assim sucederá enquantoexistirem homens em geral”
Karl Marx