nº 38 o v i t a m r o hf ln u i jm i t e l o b · pública o vínculo do contrato de trabalho em...

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TAXA PAGA PORTUGAL COIMBRA AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL CORREIO EDITORIAL AUTORIZAÇÃO N.º DE 03492010 SNC/GSCCN BOLETIM INFORMATIVO Nº 38 JULHO/2017

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TAXA PAGAPORTUGAL

COIMBRA

AUTORIZADO A CIRCULAREM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPEL

CORREIOEDITORIAL

AUTORIZAÇÃO N.º DE 03492010 SNC/GSCCN

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38

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O/2

017

Neste número

FICHA TÉCNICA

Director José Manuel Dias | Coordenador de Redacção António Macário | Conselho de Redacção Comissão Executiva da Direcção do

STFPSCentro | Administração Av. Fernão Magalhães, 640-1º - Apartado 455 - 3000-174 Coimbra 239851370 - Fax: 239851378 - Telef:

Telems: 919282462 / 964180125 | Propriedade Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro

Grafismo, Paginação, Montagem e Impressão STFPSCentro | Tiragem 12.500 exemplares | Edição Trimestral | Distribuição Gratuita

Depósito Legal 146704/00 | Página do Sindicato www.stfpcentro.pt | Endereço Electrónico [email protected]

Páginas 2 e 3.............

Páginas 4 a 7.............

Páginas 8 a 14...........

Páginas 15 a 17.........

Páginas 18 a 19.........

Páginas 20 a 21.........

Páginas 22 a 24.........

Páginas 25 a 26.........

Página 27..................

José M. Mota DiasCoordenador do STFPSC

Apesar de termos reconquistado, através da nossa incessante luta, alguns dos direitos que nos foram roubados pela Troika

e pelo Governo PSD/CDS de Passos Coelho, o actual quadro político e social ainda é fortemente marcado por um conjunto

de realidades profundamente lesivas dos nossos direitos que continuam a condicionar, de forma negativa, a realidade

laboral dos trabalhadores.

Impõe-se, da nossa parte, a continuação da luta pela modificação de um conjunto de medidas que se encontram em vigor

e que constituem um forte entrave à afirmação dos direitos dos trabalhadores e do reconhecimento a terem condições de

trabalho que lhes garantam, de forma efectiva, melhores condições de vida.

Para além da continuação da luta pela revalorização salarial que urge, cada vez mais pôr em prática, quer através do

descongelamento de carreiras, quer através dos aumentos salariais anuais que estão congelados desde 2009, importa,

também, intensificar a luta pela alteração do actual quadro legal no sentido do reforço da protecção do emprego com

direitos.

Realcemos, pois, a continuação da luta por:

É FUNDAMENTAL REFORÇAR A LUTA POR

MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO

Editorial

Repor Direitos

O Sindicato na Acção Reivindicativa e na Luta

Organização Sindical

Falar Com

Consultório Jurídico

Formação Profissional

Protocolos e Serviços

Um Pouco de História

1 - Consagração de um único vínculo Público

Já passaram quase 10 anos desde que foi publicada a Lei

dos Vínculos, Carreiras e Remunerações (Lei 12-A 2008

de 27 Fevereiro), que veio introduzir na Administração

Pública o vínculo do Contrato de Trabalho em Funções

Públicas - CTFP, medida que teve como objectivo claro

fragilizar e precarizar a relação laboral dos trabalhadores

do Estado e que, actualmente, tem na Lei 35/2014, de 20

Junho, a sua mais recente atualização. Este vínculo

público tem coexistido, num grande número de serviços,

como são os Hospitais EPE; Universidades, etc, com o

outro vínculo do Contrato Individual de Trabalho, sem que

ninguém seja capaz de afirmar que esta situação trouxe

qualquer benefício ou melhoria, quer ao nível da

prestação dos serviços públicos, quer ao nível da gestão

interna dos próprios serviços. Ao invés, tem criado

situações de profunda injustiça entre trabalhadores e de

graves complicações ao nível da organização e gestão de

pessoal.

2 - 35 Horas Semanais de trabalho para todos

A instituição do horário semanal de 35 horas para todos os

trabalhadores, que tem sido uma luta difícil, é também

uma promessa eleitoral do actual Governo e do 1º

Ministro António Costa. Tal como a questão do vínculo, já

ninguém consegue justificar e argumentar a utilidade da

diferenciação que actualmente existe nalguns serviços,

em termos de duração do horário semanal, de 35 horas

para uns e 40 horas para outros como se pode verificar

nos Hospitais EPE.

O argumento do aumento da produtividade ainda está por

demonstrar, mas sabemos que a verdadeira razão foi

colocar os trabalhadores a trabalhar mais pelo mesmo

salário. A permanência desta situação continua a gerar

forte descontentamento e desmot ivação nos

trabalhadores. É Inaceitável.

3 - Reestruturação de Carreiras

A Lei 12-A/2008, para além de ter acabado com o vínculo

de nomeação a 90% dos trabalhadores e retirados outros

direitos, destruiu as Carreiras Profissionais, introdu-

zindo o arbítrio nas alterações Remuneratórias e fazendo

depender as promoções da avaliação de desempenho e da

disponibilidade financeira da entidade empregadora.

Como se tal não bastasse o ultimo aumento salarial na FP

foi em 2009, altura em que o governo congelou tudo,

desde salários, carreiras e escalões. E já estamos no 2º

semestre de 2017.

A actual agregação do sistema em apenas 3 carreiras do

Regime Geral, nunca convenceu os trabalhadores e está

completamente desacreditado pelas necessidades do dia-

a-dia.

Carreiras do grupo Técnica Superior devem agregar

todas as profissões que pertenciam ao grupo profissional

de Técnico superior e com mais do que uma categoria.

Carreiras do grupo Técnico-Profissional devem

integrar a carreira de Assistente Administrativo, mas

consideramos que existe espaço para criar outras

Carreiras uma vez que a realidade laboral impõe

conteúdos funcionais muito diferenciados.

Carreira de Assistente Operacional é “um saco” de

várias profissões. Têm de ser criadas as carreiras

necessárias adequando-as às profissões existentes. A

título de exemplo a criação de Carreiras Operárias e

Carreiras Auxiliares, definindo conteúdos e formação

profissional específica.

Carreiras Especiais sectoriais ou ministeriais são

necessárias. Desde logo no Serviço Nacional de Saúde

para o pessoal dos Serviços Gerais; na Escola Pública para

o Pessoal Não Docente; na Justiça para os Técnicos de

Reinserção Social; na Segurança Social para os Técnicos

Superiores de Serviço Social; e outras nos Ministérios do

Ambiente e Ordenamento do Território, da Administração

Interna, etc.

Está por demais provado que a política da indiferenciação

funcional para além de menorizar, depreciar e

desqualificar a actividade profissional dos trabalhadores

da administração pública, tem sido uma das causas da

degradação da qualidade dos serviços públicos prestados

às populações.

Vamos, por isso, obrigar o governo à negociação das

propostas já apresentadas nos cadernos reivindicativos

sectoriais.

4- Alteração da Tabela Remuneratória Única

As actuais 115 posições remuneratórias são suficientes

para enquadrar todas as carreiras, sejam as chamadas

carreiras gerais ou especiais ou as que se venham a criar.

Na proposta reivindicativa para 2018 vamos insistir

na sua revisão, o que passará por valorizar para valor

superior ao SMN as 1.as posições remuneratórias e fazer

refletir nas restantes posições essa mesma valorização.

Sem Trabalhadores motivados e sem direitos não

há Serviço Público! E ganham os privados.

5 - A negociação e contratação coletiva

No sector Social e Protocolar a contratação coletiva

tem tido algum sucesso, muito por resultado do nosso

trabalho, apesar de alguns períodos de estagnação. A

título de exemplo positivo apontamos o Contrato Coletivo

de Trabalho - CCT celebrado para as IPSS com a

Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade-

CNIS e recentemente republicado, bem como o Acordo

Coletivo de Trabalho - ACT celebrado com as Santas

Casas de Misericórdia, bem como os actuais processos de

negociação em curso com as Associações Mutualistas ou

com o Ensino Particular e Cooperativo e Centros

Protocolares.

Na Função Pública o governo do PSD/CDS tinha por

objectivo a aniquilação da Contratação Colectiva sendo

que o actual governo está a arrastar o problema não

deixando que as Entidades Empregadoras negoceiem

com o Sindicato. Isso é mais evidente nos casos das

propostas já feitas por nós para os Hospitais EPE e

Fundações. A contrapartida que é imposta pelo governo é

a aceitação por parte do Sindicato das 40h de trabalho

semanais, adaptabilidade funcional e banco de horas, o

que não aceitamos.

Vamos dar a volta a isto! Vamos continuar a ESCLARECER,

MOBILIZAR e LUTAR em unidade pelas propostas apresentadas e por

um Serviço Público de Qualidade.

É tempo de dizer Basta!

REPORDIREITOS

Os trabalhadores da Administração Pública, desde 2010, têm vindo a sofrer cortes nos salários e nas pensões

motivados, quer pelo congelamento dos aumentos salariais anuais, quer pelo congelamento das valorizações

remuneratórias e consequente progressão nas carreiras.

Juntamos a isto o valor irrisório do subsídio de alimentação; o aumento dos descontos para a ADSE para os

3,5%, entre outras medidas que vieram reduzir, fortemente, o poder de compra das famílias.

A Repor:

- Descongelamento dos Aumentos Salariais Anuais, com reposição do poder de compra perdido;

- Descongelamento das mudanças de posição remuneratórias (progressões), transitando os tra-balhadores para as posições remuneratórias que teriam alcançado sem o congelamento;

- Atualização do Salário Mínimo Nacional para €600;

- Atualização do Subsídio de Refeição;

- Reposição dos Escalões do IRS que vigoravam antes do aumento brutal de impostos do Ministro Gaspar;

- Reposição do valor do pagamento das horas extraordinárias e demais suplementos entretanto congelados;

- Regulamentar a legislação dos suplementos de isenção de horário, de penosidade, insalubrida-de e risco.

4

A nossa luta pela reposição de direitos é a luta

contra os cortes nos salários e pensões, contra a

destruição das carreiras, contra o congelamento

das valorizações remuneratórias, em suma,

contra um conjunto de medidas que nos foram

impostas nos últimos anos a coberto da troika

com o objectivo de fragilizar os trabalhadores e

de eliminar um conjunto de direitos por nós

arduamente conquistados. Salientamos alguns,

nas próximas páginas:

SALÁRIOS

REPOR DIREITOS

STFPSCentro

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Cada vez que os vários governos mexeram nesta matéria foi sempre para prejudicar o trabalhador:

- Aumentaram a idade de reforma; aumentaram o tempo contributivo; criaram o fator de sustentabilidade;

alteraram as fórmulas de cálculo; tudo isto para penalizar o trabalhador não reconhecendo, minimamente, o

direito a uma pensão/reforma digna a quem dedicou uma vida de trabalho ao Serviço Público.

A Repor:

- Reivindicamos a reposição da fórmula de cálculo das pensões e as condições gerais para aposentação com base nos 36 anos de serviço, independentemente da idade.

PENSÕES/APOSENTAÇÃO

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REPOR DIREITOS

Com a entrada em vigor da Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações, em 2008, eliminaram-se, de uma só

vez, 1716 carreiras para apenas ficarem 3 carreiras do Regime Geral (Técnico Superior, Assistente Técnico e

Assistente Operacional).

Á brutal diminuição das carreiras associou-se a criação de uma tabela remuneratória única e, a esta, associou-

se o Siadap.

A conjugação destes 3 factores conduziu, na prática, à eliminação do direito à carreira já que, para a maioria

dos trabalhadores, a alteração no posicionamento remuneratório (progressão) só é conseguida ao atingir-se

10 pontos de avaliação sendo necessários, em média, 10 anos para tal. Na prática, um trabalhador, em média,

numa vida de trabalho (36 anos serviço) só progredirá 3 vezes na sua carreira. E, ainda assim, estão

congeladas as progressões!!!.

Com esta política deixou de haver qualquer motivação ou estímulo profissional nos trabalhadores, bem como

deixaram de existir progressões que, em regra, eram de 3/3 anos ou de 4/4 anos, conforme a carreira a que se

pertencia (vertical ou horizontal)

A Repor:

- Carreiras assentes em categorias profissionais com conteúdos relacionados com as funções e os organismos onde os trabalhadores prestam serviço;

- Criação de um sistema retributivo que dignifique as carreiras e permita um desenvolvimento sustentado e que não sejam um motivo de estrangulamento do desenvolvimento profissional dos trabalhadores;

- Carreiras que permitam promoções e progressões que estimulem a motivação e a responsa-bilidade dos trabalhadores;

- Carreiras dotadas de conteúdos funcionais precisos e concretos, eliminando o livre-arbítrio das chefias no que toca à gestão e tarefas dos funcionários.

CARREIRAS

STFPSCentro

7

Sim, quando alguns já não acreditavam, a luta obrigou à reposição das 35h

semanais! Mas, não foi ainda para todos os trabalhadores em funções públicas.

Estão por alcançar as 35h semanais para os trabalhadores em CIT dos Hospitais EPE

e das Fundações Públicas e Sector Social.

A Repor:

- 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores em funções públicas e do sector social.

35H SEMANAIS PARA TODOS

A ADSE é dos trabalhadores. Contudo, o Poder Político tem

usado a “assistência na doença aos servidores do Estado”

para alimentar os interesses do sector privado aumentando,

de forma brutal, a percentagem dos descontos que hoje são

3,5%. Bem mais do que as necessidades de financiamento

que a ADSE precisa para além do que, tal aumento nos

descontos, não se tem traduzido numa melhoria dos serviços

prestados.

A Repor:

- A ADSE deve enquadrar-se no sistema públicocomplementar de saúde da Administração Pública

- A contribuição deve ser somente de 1,5% e sobre os 12 meses

do ano (não sobre os Subsídios de Férias nem de Natal)

ADSE

O Trabalhador do RCTFP tem 22 dias úteis de férias mais 1 dia por cada módulo de

10 anos de trabalho efectivo.

A Repor:

- Reposição de 25 dias úteis de férias em toda a administração pública e sector social acrescidos dos dias por idade, tempo de serviço ou outros, a incluir na legislação da Administração Pública e ou Acordos Colectivos

FÉRIAS

O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA

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Estivemossempre lá,

nas lutas, em defesa do trabalhador que representamos,

com uma atitude afirmativa.

Este é o nosso Sindicato.

“Se não lutastem ao menos adecência derespeitar aquelesque o fazem!”

José Marti

- No sector da Educação encerraram ou não funcionaram, pelo menos e a título de exemplo, as seguintes es-

colas Secundárias e EB, por Distrito: Coimbra: 24; Aveiro: 46; Leiria:16; Viseu:17; Guarda:6.

- No sector da Saúde, nos Centros Hospitalares, a adesão dos trabalhadores abrangidos foi praticamente total,

sendo assegurados os serviços mínimos. Nos restantes Hospitais e Centros de Saúde e outros do setor

Publico Administrativo, a adesão foi também muito relevante.

- Muitos outros Serviços da Administração direta e indireta do Estado, encerraram, ou somente funcionaram

com reduzido n.º de trabalhadores, nomeadamente no Ensino Superior, com Cantinas fechadas, na

Segurança Social, na Justiça, nas Finanças, Ambiente e Ordenamento, na Administração Interna, Economia,

etc.

convocada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em

Funções Públicas e Sociais, no passado dia 26 de Maio, teve uma

adesão superior a 85%, no âmbito da zona geográfica que

representamos, tendo-se verificado um nível de adesão idêntico

a nível nacional.

foi um sucesso...

Destacamos Alguns Resultados

STFPSCentro

9

É a Luta dos trabalhadores

a exigirem soluções

para as suas justas reivindicações

10

São vínculos Precários

- Contratos de Emprego e Inserção (Antigos

POC's), são os trabalhadores desempregados que

estão a trabalhar na administração pública;

Entre outras situações que se verificam um

pouco por toda a Administração!

A regularização recentemente decidida pelo

governo, muito embora o Sindicato também

integre as Comissões de Avaliação Bipartidas,

é o adiar da solução para muitos milhares de

Trabalhadores precários!

Exigimos, por isso, a integração de todos nos

quadros e mapas de pessoal, com contrato por

tempo indeterminado ou contrato sem Termo,

desde que desempenhem funções permanen-

tes do Serviço.

Existem muito poucos Serviços ou Organismos da

Administração Pública que não tenham trabalhadores

precários a desempenhar funções que correspondem a

necessidades permanente dos serviços. Alguns, poder-

se-á dizer, não funcionariam se não fossem esses

trabalhadores precários.

São cerca de 120 mil na

Administração Pública!

O certo é que com estas

opções politicas, inten-

sifica-se a exploração

destes trabalhadores,

com direitos reduzidos,

sujeitos à permanente

instabilidade de em-

prego, e a uma maior dis-

criminação somente por

razões economicistas.

FIM DA

A Precariedade Não é Uma Farsa!

O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA

A Luta continua!

- Contratos a Termo Certo ou Incerto, RCTFP

ou C.I.T, existindo trabalhadores há mais de 10

anos nesta situação;

- Contratos a tempo parcial (ao dia, ou à hora),

com particular relevância na carreira do Assisten-

te Operacional.

- Contratos de Prestação de Serviços /Recibos

Verdes que são trabalhadores sem qualquer

vínculo contratual, embora se sujeitem à

subordinação hierárquica, e ao cumprimento de

horário de trabalho;

- Contratos de Trabalho Temporário que são

Trabalhadores contratados por empresas privadas

de trabalho temporário, em regime de subcon-

tratação, para prestarem serviços no Adminis-

tração Pública,

- Estágio, cujos programas, normalmente com a

duração de 1 ano, se destinam, fundamental-

mente, aos trabalhadores altamente qualificados;

STFPSCentro

11

- Porque com a municipalização não há garantia da

promoção dos direitos à saúde, educação, cultura,

ambiente;

- Porque os interesses locais vão sobrepor-se aos

interesses nacionais como se cada autarquia fosse

um governo autónomo e tomasse decisões

diferentes da autarquia vizinha;

A municipalização é a transferência de Serviços e Funções sociais

do Estado, assim como os respetivos trabalhadores, para a esfera

do poder local (autarquias), nos domínios da Educação, saúde,

Cultura, Ambiente, Transportes, habitação, finanças, desporto,

entre outros.

O Governo já aprovou a Lei base, que a qualquer momento será objeto de

discussão e eventual aprovação na Assembleia da República, sendo que a

forma de concretização da transferência destas competências será

efectuada através de decretos-lei de âmbito setorial .

A Luta continua!

À MUNICIPALIZAÇÃO

Dizemos- Porque consideramos mais correcto a promoção

das regiões administrativas, conforme prevê a

Constituição da República, sendo esta a verda-

deira descentralização de competências, criando

outras condições para as políticas de desen-

volvimento regional;

- Porque os trabalhadores deixam de pertencer à

Administração Central do Estado e passam para a

alçada dos Executivos Municipais, com tudo que

isso implica ao nível da gestão de pessoal.

12

O Setor Social substitui o Estado em muitas das suas funções sociais através das inúmeras

Instituições que o compõem, tendo como objetivo gerar serviços sociais de caráter público. Não

fosse o setor social, teria de ser a Administração Pública a desempenhar diretamente essas

funções sociais.

O SETOR SOCIAL vs FUNÇÃO SOCIAL DO ESTADO

Esta realidade leva a que os Trabalhadores destas

Instituições reivindiquem há largos anos a sua

aproximação aos direitos dos trabalhadores da

função pública.

Acontece, porém, que os sucessivos Governos

sempre financiaram e estabeleceram protocolos

com estas instituições para prestação de serviços

sociais, mas depois demitem-se de exigir que estas

Instituições cumpram com os direitos dos trabalha-

dores e promovam a melhoria das suas condições

de trabalho, tal como faz para os trabalhadores em

funções públicas.

Estas Instituições ocupam, pois, um espaço na

economia social de grande relevância para o nosso

país, em áreas tão importantes como a Educação,

Saúde, Ação Social e outras, sejam elas IPSS, Mi-

sericórdias, Mutualidades ou Ensino Particular

e Cooperativo.

Percebe-se porque os Sindicatos dos Trabalhadores

em Funções Públicas e Sociais estão devidamente

identificados e sensibilizados para representar

estes trabalhadores junto das entidades emprega-

doras, incluindo na negociação coletiva.

Com a CNIS

- Temos um Contrato Coletivo de Trabalho por nós assinado > CCT, publicado no BTE nº 31, de 22 Agosto de

2015

Com a União das Misericórdias Portuguesas

- Temos um Acordo Coletivo de Trabalho, com as Santas Casas de Misericórdia Misericórdias), publicado no

BTE nº 38 de 15.10.2016;

Com a União das Mutualidades Portuguesas

- Temos, em fase de conclusão, um Contrato Coletivo de Trabalho que, a qualquer momento, será assinado e

publicado em BTE;

Com a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo

- O contrato coletivo assinado entre a AEEPC e a FENPROF, ao qual estávamos vinculados, foi denunciado,

aguardando-se novas evoluções. Contudo, os direitos adquiridos pelos trabalhadores desta área social

mantêm-se!

OS INSTRUMENTOS DE REGULAMENTAÇÃO COLETIVANO SETOR SOCIAL

O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA

STFPSCentro

13

Com a CNIS

- Em Novembro de 2016 entregámos uma proposta onde essencialmente se propõe a revisão da Tabela

Salarial e outros aspetos pecuniários.

- Em Maio de 2017 A CNIS apresentou uma contraproposta.

A Federação e os Sindicatos, porque não concordam com a contraproposta, apresentaram alterações que vão

ser discutidas em próxima reunião negocial!

NEGOCIAÇÃO PARA AS IPSS E MISERICÓRDIAS

Com a UMP

O ACT assinado com a UMP representa para todos um grande passo, no sentido do desbloqueamento da

contratação coletiva no setor, das relações entre as partes, mas também no sentido da reafirmação dos

direitos coletivos dos trabalhadores, embora ainda haja muito para melhorar e conquistar.

- De entre as reivindicações dos trabalhadores, está a melhoria salarial, mais agora que os últimos

Índices/Escalões não podem, sucessivamente, serem absorvidos pelo Salário Mínimo Nacional.

- Redução do Horário para as 35h semanais.

- Respeito pelas Carreiras Profissionais e pelos respetivos conteúdos funcionais, não se admitindo que muitos

dos trabalhadores ainda sejam tratados como “indiferenciados”.

- Melhoria no desenvolvimento das Carreiras Profissionais, promoções e progressões e seu enquadramento na

Tabela Salarial.

- O respeito pela duração e organização do tempo de trabalho (Horários e Escalas), pelo direito ao descanso e

ao trabalho extraordinário.

OUTRAS REIVINDICAÇÕES PARA O SETOR SOCIAL

14

É PARA REVOGAR

O SIADAP tem de ser revogado!

Estamos a entrar na altura do ano em que, junto com os trabalhadores e com

as nossas estruturas sindicais, começamos a definir e a dar o nosso melhor

contributo para a construção da Proposta Reivindicativa Comum para 2018,

cujo objectivo principal é o da reposição dos direitos roubados, mas também

da consagração de novos direitos e reivindicações. Vamos dar força à nossa

Federação e, também, à Frente Comum.

PARA 2018

O SINDICATO NA ACÇÃO REIVINDICATIVA E NA LUTA

PROPOSTAREIVINDICATIVA

Esta continua a ser a nossa posição. Somos contra este

sistema de avaliação por quotas em que o trabalhador

não consegue reclamar da avaliação sobre as

competências; em que o trabalhador é correspon-

sabilizado juntamente com o avaliador e dirigentes pela

inoperância do sistema e porque o SIADAP tem sido um

instrumento de arremesso contra os trabalhadores, como

também o tem sido para fomentar amiguismos.

Por outro lado a valorização remuneratória depende do

SIADAP não se percebendo, no actual contexto, para que

serve, quando as alterações de posição remuneratória se

encontram congeladas e as carreiras cada vez mais

depreciadas.

Nº de Reuniões nos locais de trabalho.............

Nº de Visitas (porta- a-porta) .......................

Nº de Bancas.............................................

Nº de Sindicalizações..................................

Nº de Delegados Sindicais eleitos..................

STFPSCentro

15

ORGANIZAÇÃO SINDICAL

BREVE BALANÇO DA CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃODO 1º SEMESTRE 2017

Somos um Sindicatoque constrói a unidade!

A REPRESENTATIVIDADE DO SINDICATO

Há quem se cinja a uma leitura redutora da representatividade do nosso Sindicato, pensando

mesmo que apenas se reporta aos Hospitais EPE e aos Agrupamentos de Escolas. Errado! Estes

locais de trabalho são, de facto, uma grande parte da representatividade do Sindicato, mas não é

tudo.

De acordo com os Estatutos do Sindicato, podemos esclarecer o seguinte:

- A abrangência territorial do nosso Sindicato é a correspondente à divisão administrativa dos Distritos

de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, num total de 90 concelhos.

- Esta dimensão geográfica compreende todos os Serviços e Organismos da Administração Pública Dire-

ta e Indireta e todas as Instituições do Setor Social.

- No que concerne aos trabalhadores, representamos todos, destes Serviços e Instituições, mas respei-

tamos a representatividade daqueles Sindicatos que se identificam, apenas, com a sua profissão, tais

como: Professores, Médicos, Enfermeiros, Magistrados...

Ou seja, efectivamente, somos o maior Sindicato da Região Centro, com uma representatividade muito vasta

e diversificada.

Onde estiver um Serviço Público ou uma instituição do Setor Social, o Sindicato está lá!

Este 1º semestre de 2017 foi o melhor resultado desde a tomada de posse da Direcção.

É certo que, com a mobilização dos trabalhadores em torno do Sindicato, foi possível travar muitas das

políticas de austeridade, dando esperança, o que veio a reflectir-se também em mais confiança no Sindicato.

Mas não só, foi também o empenho da Direção e Direções Distritais do Sindicato, dos Dirigentes que se

envolveram no trabalho no terreno e que acreditam num projeto sindical de reforço e de unidade dos

trabalhadores, construído com confiança no futuro.

Alguns dados deste balanço geral (1º semestre):

364

405

20

569

124

“Não adianta discutircontra o inevitável.Na rua,o único argumento contraa chuva é um guarda-chuva!”

James.R. Lowell

Contra factos não há argumentos

ORGANIZAÇÃO SINDICAL

DOS ESTATUTOS À ORGANIZAÇÃO DO NOSSO SINDICATO

Conforme os Estatutos do Sindicato, ficam sujeitos ao escrutínio eleitoral os Corpos Gerentes do

Sindicato tais como: a Mesa de Assembleia Geral - MAG; o Conselho Fiscalizador - CF; a Direção;

assim como as Direções Distritais, estas enquanto órgãos dirigentes de estrutura descentralizada.

O Dirigente Sindical, individual ou coletivamente, fica sujeito aos princípios que regem o Sindicato, pelo que

aquele(s) que o(s) desrespeita(m), afinal, não comunga(m) da essência do movimento sindical unitário

(MSU) e não está apostado na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que o(s) elegeu.

COMO FUNCIONA A DIREÇÃO DO SINDICATO

Reúne periodicamente; define as políticas de intervenção e de coordenação da atividade sindicais,

responsabilizando os seus membros, definindo funções, visando garantir a atividade sindical.

Estatutariamente, cabe à Direção:

- Eleger um Coordenador Geral, que tem como principal competência a coordenação e articulação das

atividades do Sindicato, garantindo a execução das orientações e decisões aprovadas;

- Eleger uma Comissão Executiva (atualmente composta por 7 elementos com responsabilidades por

assegurar a ação sindical em todas as frentes e áreas de intervenção setorial, distrital, de organização e

funcionamento) que, por sua vez, elege entre si uma Comissão Permanente (composta por 3

elementos, responsáveis por assegurar o regular funcionamento e gestão diária do Sindicato)

- Indigitar os responsáveis da Direcção por cada Direção Distrital.

Ainda, internamente, foram criados 3 Departamentos, com responsabilidades de coordenação da Ação

Reivindicativa Geral - DARG, Ação Reivindicativa Setorial - DARS e Organização e Ação Sindical - DOAS

São estes os principais coletivos, que se interligam, para bem dirigir e em permanência, o Sindicato,

havendo outros coletivos setoriais e operacionais, cujas tarefas e responsabilidades são definidas

precisamente no sentido do reforço da dinâmica sindical, conforme a necessidade verificada a cada

momento.

16

Para além dos Estatutos, são aprovados regulamentos internos de funcionamento pela Direcção, de definição

de responsabilidades individuais e coletivas, porque de outra forma não era possível funcionar com firmeza

para desenvolver a ação reivindicativa.

António José

António Macário

Susana Lemos

José Manuel Dias

Rosa Dulce

Carlos Fontes

José António

António José António Macário Susana Lemos José Manuel Dias Rosa Dulce Carlos Fontes José António

AS PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DOS MEMBROS DA COMISSÃO EXECUTIVA :

- Responsável pelo Setor da Saúde e da Defesa.

- Coordenador do Departamento de Organização e Ação Sindical; Responsável pelo Setor da Educação; Responsável da Direcção pela intervenção sindical nos Distritos de Aveiro e Coimbra. Membro da Comissão Permanente do Sindicato. É membro da Direção da Federação.

- Responsável pelo Setor Social.

- Coordenador Geral do Sindicato; Coordenador do Departamento de Ação Reivindica-tiva Geral. Membro da Comissão Permanente do Sindicato. É membro da Comissão Executiva e da Direção da Federação. É membro do Conselho Nacional da CGTP-IN e da Direção da União dos Sindicatos de Coimbra. Integra o Conselho Setorial para a Qualificação - Saúde e Serviços à Comunidade, da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP).

- Responsável pelo Setor da Segurança Social e Centros Protocolares; Responsável da Direcção pela intervenção sindical no Distrito de Leiria. É membro da Direção da Federação e da Direção da União dos Sindicatos de Coimbra.

- Coordenador do Departamento de Ação Reivindicativa Setorial; Responsável pelo Se-tor do Ensino Superior, Pl.Infraestruturas,PCM,Finanças e Mar. Membro da Comissão Permanente do Sindicato. É membro da Direção da Federação e da Direção da União dos Sindicatos de Coimbra.

- Responsável da Direcção pela intervenção sindical nos Distritos de Viseu e da Guarda. É da Comissão Executiva e da Direção da União de Sindicatos de Viseu.

STFPSCentro

17

É importante que os sócios conheçam aComissão Executiva da Direção do Sindicato

“Basta que um botão dacamisa erre a casa,para que o desencontroseja total”

Popular

Todos dependem de todos

A Comissão Executiva da Direção do Sindicato é eleita pela Direção e tem,

estatutariamente (artº 48º), competências de coordenação da atividade

sindical, bem como a gestão administrativa e financeira do Sindicato.

Por isso, a sua composição deve refletir essas exigências, com as

responsabilidades que cabe a cada membro que a integre.

18

FALAR COM

Responsável pela açãoreivindicativa do SetorSocial no Sindicato

Susana Lemos - Num momento em que precisava de estar esclarecida e apoiada, em 2004, houve colegas que me aconselharam a sindicalizar neste Sindicato. Logo a seguir fui eleita Delegada Sindical no meu local de trabalho. Mais tarde fui convidada para fazer parte da Lista concorrente à Direção e, cá estou sem qualquer arrependimento.

António José - Em boa hora o fiz porque rapidamente percebi que o Sindicato me poderia dar apoio jurídico, e tive a ajuda que estava a espera, também me dar os esclare-cimentos reivindicativos em relação aos trabalhadores dos hospitais, e que isso dependia da força e organização de todos nós . Mais tarde fui eleito como Delegado Sindical nos HUC, onde trabalho, sendo que a partir daí acabei por vir a fazer parte da atual Direção do Sindicato. Já agora, o tempo como Delegado Sindical constituiu para mim um processo sério e necessário de aprendizagem como Sindicalista, para agora poder continuar esse trabalho pertencendo à Direção, na defesa dos direitos e interesses de todos os trabalhadores.

Susana Lemos - Claro que sim. A aprendizagem que tive como Delegada Sindical, ainda que pouca, valeu bastante, mas quando comecei a assumir responsabilidades de Direção, obviamente que tomou uma dimensão maior, até porque tenho de ter em conta todo o âmbito do Sindicato e não somente no meu local de trabalho.

António José - Sem dúvida. Desde logo porque sou trabalhador do maior serviço público da zona centro, os HUC e isso obriga-me a uma maior e cuidada atenção no meu dia-a-dia, onde sou constantemente abordado por colegas de trabalho, exatamente porque sou Dirigente Sindical com responsabilidades.

Susana Lemos - A dimensão do Sindicato, tudo o que dele faz parte, talvez ainda não tenha essa noção exata. Mas já percebo que é um Sindicato muito grande, com uma grande organização e isso é o que me conforta e me deixa encorajada para o futuro.

António José - Agora já posso dizer com firmeza que o nosso Sindicato é o maior Sindicato do Centro do país e, por isso, a maior força social. Temos uma representatividade vertical de todos os trabalhadores de muitas profissões e carreiras profissionais. São milhares de locais de trabalho, obviamente serão largos milhares de trabalhadores que representamos no âmbito dos 5 Distritos.

Susana Lemos

Desta feita,fomos

Susana Lemos - Já antes disse que ter responsabilidades como Dirigente Sindical é coisa séria, muito importante e, uma vez

que aceitei o cargo, não poderei desprezar a confiança dos trabalhadores, Neste sentido, senti-me na obrigação de vir a perceber o que é o setor social, as reivindicações dos trabalhadores das IPSS, das Misericórdias e, ao mesmo tempo, a necessidade da mobilização dos trabalhadores em torno do Sindicato. Ter esta responsabilidade é, para mim, uma constante aprendizagem.

STFPSCentro

19

António José - Digamos que tem sido uma aprendizagem, conforme disse a Susana. Ser responsável pelo setor da Saúde é ter de conhecer a realidade dos locais de trabalho, saber o que os trabalhadores pensam, saber como enquadrar na ação reivindicativa dos seus justos interesses e aspirações, fazer ligação à Federação, propor à Organização planos de trabalho, entre outras funções. Não é uma tarefa simples, se queremos ser mesmo responsáveis.

à fala com...

Susana Lemos - O que eu dou conta é que a grande maioria dos trabalhadores sabem que o nosso Sindicato os pode representar, que podem confiar em nós, que até se querem sindicalizar, mas o medo que subsiste muitas das vezes, o fraco esclarecimento dos seus direitos, leva a que se acanhem em se sindicalizar. Mas também se percebe que isso são fatores que se vão ultrapassando com o tempo, talvez por serem trabalhadores de Instituições Particulares de Solidariedade Social.

António José - Desde que me lembro, sempre houve um ou outro trabalhador isolado, mal informado ou de caráter mais agitador que, por mais e melhor que sejam os Sindicatos, nunca nada está bem. Tirando isso, a confiança dos trabalhadores no nosso Sindicato é muita, é isso que eu noto quando ando a fazer reuniões e visitas aos locais de trabalho. Dá para perceber que qualquer tentativa que houvesse de alguém retirar essa confiança dos trabalhadores no Sindicato, não teria aceitação.

Susana Lemos - Não tenho dúvidas que o Sindicato está em permanente crescimento, que se está a reforçar, contra as mais diversas situações que vão aparecendo no dia-a-dia. Os trabalhadores querem um Sindicato ativo, participativo, reivindicativo, mobilizador dos trabalhadores em torno dos seus direitos. É isso que lhes importa e é isso encontram neste Sindicato.

António José - Noto que o nosso Sindicato está em pleno reforço, com entusiasmo sindical de muitos de nós e de intervenção em defesa dos trabalhadores. Ora, um Sindicato que tem um lugar na história do movimento sindical unitário, se os trabalhadores continuarem a dar essa confiança, então continuaremos no caminho certo na luta por melhores condições de vida e de trabalho. Se eu tenho essa segurança é porque também a sinto por parte dos trabalhadores.

O Activista – Obrigado a ambos pelo esclarecimento. Um abraço sindical.

Responsável pela açãoreivindicativa do setorda Saúde no Sindicato

António José

20

1 - Qual o regime de faltas aplicável aos trabalha-dores com vínculo de emprego público (con-trato de trabalho em funções públicas e nomea-ção)?

Com a entrada em vigor da Lei Geral do Trabalho em

Funções Públicas (LTFP) o regime de faltas aplicável

aos trabalhadores com vínculo de emprego público

passou a ser o previsto no Código do Trabalho (cfr.

artigos 248.º e seguintes) com as especificações

constantes dos artigos 133.º a 143.º da LTFP.

2 - Existe obrigatoriedade de ser gozado um perío-do mínimo de dias consecutivos de férias?

Sim, com a LTFP passaram a ser 10 dias úteis

consecutivos.

3 - Se o/a trabalhador/a não estiver ao serviço no dia 1 de Janeiro por motivo que não lhe é imputável, como por exemplo, por doença, não tem direito a férias?

Depende se a duração da ausência for superior ou

inferior a 30 dias

1) Se o tempo de ausência for superior a 30 dias o

contrato é suspenso e o trabalhador só tem direito a

2 dias de férias por cada mês de trabalho efectivo a

partir do momento em que regresse ao serviço.

2) Se o tempo de ausência for inferior a 30 dias o

contrato não é suspenso e o trabalhador tem direito

à totalidade dos dias de férias.

NOTA: Qualquer que seja o tempo de ausência ao

serviço (inferior ou superior a 30 dias), desde que o

seu início e o seu fim ocorram durante o mesmo

ano civil o trabalhador tem sempre direito à

totalidade dos dias de férias.

4 - Um trabalhador em situação de mobilidade in-tercarreiras ou intercategorias pode conso-lidar?

Sim. O artigo 270.º da LOE 2017 adita à LTFP um

novo artigo (99.º-A), o qual prevê a possibilidade de

consol idação das s ituações de mobi l idade

intercarreiras ou intercategorias dentro do mesmo

órgão ou serviço ou entre órgãos ou serviços,

respeitadas as condições nele previstas.

5 - Em que situações há lugar à intervenção da junta médica da ADSE?

A junta médica da ADSE intervém quando o

trabalhador integrado no regime de proteção social

convergente (RCTFP) falte por doença durante 60

dias consecutivos e pode ser chamada, ainda, a inter-

CONSULTÓRIO JURÍDICO

Consultório Jurídico

Código Trabalho

LTFP

intervir quando aquele:

- indicie comportamento fraudulento em matéria de

faltas por doença;

- indicie perturbação psíquica comprometedora do

normal desempenho das suas funções.

Nunca há, no entanto, lugar à submissão àquela junta

nos casos em que o trabalhador tenha sido internado,

bem como naqueles em que se encontre doente no

estrangeiro.

Salienta-se, ainda, que se considera que o

internamento suspende a contagem dos 60 dias

referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 23.º,

aplicando-se, após a alta e independentemente da

duração do internamento, o disposto no n.º 2 do

artigo 18º, recomeçando a contagem dos 60 dias a

partir da data da alta.

(Artigos 23.º e 26.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de

junho)

6 - O SIADAP 3 (trabalhadores) aplica-se às enti-

dades públicas empresariais?

Em regra, o SIADAP 3 não se aplica às entidades

públicas empresariais. Contudo, o SIADAP 3 é

aplicável, com as necessárias adaptações, aos

trabalhadores das entidades públicas empresariais

que tenham o vínculo de RCTFP.

E Aplica-se aos trabalhadores com Contrato

Individual de Trabalho a desempenhar funções

nos serviços EPE's?

Embora a Lei não obrigue a que seja aplicado o

SIADAP aos trabalhadores com vínculo de CIT,

também não impede que os serviços, que assim o

entendam, o apliquem aos seus trabalhadores, não

sendo ilegal a sua instituição.

7 - Os trabalhadores em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo devem ser avaliados?

Sim. O SIADAP aplica-se ao desempenho dos traba-

lhadores da Administração Pública indepen-

dentemente da modalidade de constituição de vínculo

de emprego público, caso tenham, no biénio a que se

reporta a avaliação, vínculo de emprego público com,

pelo menos, um ano e o correspondente serviço

efetivo.

Contudo, a avaliação obtida não permite a alteração

de posição remuneratória uma vez que só os

trabalhadores efectivos é que podem alterar a posição

remuneratória.

STFPSCentro

21

8 - Qual o regime de proteção social dos trabalha-

dores que ingressaram na Administração

Pública depois de 1 de janeiro de 2006?

Os trabalhadores admitidos após 1 Janeiro de 2006

foram obrigatoriamente inscritos no regime geral de

segurança social unicamente para proteção nas

eventualidades de invalidez, velhice e morte.

Nas restantes eventualidades - doença, maternidade,

paternidade e adoção, desemprego e acidentes de

trabalho e doenças profissionais - continuaram, até

31 de dezembro de 2008, a ficar protegidos através

da legislação do «regime de proteção social da função

pública».

A partir de 1 de janeiro de 2009, mantiveram-se

integrados no regime geral de segurança social,

passando, a partir daquela data, a estar enquadrados

neste regime para todas as eventualidades, por força

da Lei n.º 4/2009, de 29 de janeiro, que define a

proteção social dos trabalhadores que exercem

funções públicas.

No que se refere à eventualidade acidentes de

trabalho, ainda não inserida no sistema previdencial

de segurança social, continuam sujeitos ao Decreto-

Lei n.º 503/99, de 20 de novembro.

9 - Qual a legislação que regula a proteção na pa-rentalidade relativamente aos trabalhadores com vínculo de emprego público (RCTFP e Nomeação)?

No âmbito laboral:

Os artigos 33.º a 65.º do Código do Trabalho são

atualmente aplicáveis aos trabalhadores com vínculo

de emprego público (nomeação, contrato de trabalho

em funções públicas ou comissão de serviço), com

fundamento no disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo

4.º da LTFP.

São também aplicáveis aos trabalhadores com

Contrato Individual de Trabalho

No âmbito da proteção social:

- Trabalhadores integrados no regime geral de

segurança social (RGSS) Decreto-Lei n.º 91/2009, de

9 de abril

- Trabalhadores integrados no regime de proteção

social convergente (RPSC) Decreto-Lei n.º

89/2009, de 9 de abril

10 - Quais são as alterações ao regime dos aciden-tes de serviço e das doenças profissionais, que ocorreram a partir de 1 de janeiro de 2009?

A partir de 1 de janeiro de 2009 o regime dos

acidentes em serviço e doenças profissionais, definido

pelo Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de novembro,

passou a ser aplicado a todos os trabalhadores com

vínculo de emprego público, em qualquer das suas

modalidades (nomeação, contrato de trabalho em

funções públicas ou comissão de serviço), de acordo

com as alterações introduzidas aos artigos 1.º e 2.º

do Decreto-Lei n.º 503/99 pelo artigo 9.º da Lei n.º

59/2008, de 11 de setembro.

Os "acidentes em serviço" passaram a designar-se

"acidentes de trabalho" a partir de 1 de janeiro de

2009.

11 - Sou Ajudante de Acção Educativa numa IPSS e tenho uma carga horaria de 38h semanais. O meu chefe informou-me que a partir do próximo mês passo a fazer 40h semanais. como devo proceder?

Neste caso o trabalhador não é obrigado a aceitar

fazer as 40 horas semanais. Poderá aceitar, se quiser,

mediante acordo escrito entre si e a Instituição. Terá

direito à retribuição correspondente aos níveis da

tabela A do anexo v do CCT da CNIS, acrescidos de

5,3%.

12 - Sou ajudante de Lar e Centro de Dia numa mi-sericórdia há 29 anos. Qual deve ser o meu vencimento?

De acordo com o Anexo IV-Enquadramento das

Profissões e Categorias Profissionais em Níveis de

Remuneração - do Acordo Colectivo de Trabalho entre

a Stª Casa Misericordia de Abrantes e Outros e a

Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores

em Funções Públicas (BTE nº 38 de 15.10.2016) o

Ajudante de Lar e Centro de Dia é uma categoria de

Grau II, que se enquadra no nível XIII.

O Anexo V do ACT referido estabelece a tabela de

remunerações mínimas obrigatórias que está dividida

em 7 escalões de remuneração. A transição entre

cada escalão de remuneração é feita após o

trabalhador completar 5 anos de serviço. Assim

sendo, a trabalhadora encontra-se posicionada no

escalão 6 do nível XIII da tabela de remunerações

mínimas, uma vez que tem 29 anos de serviço.

Consultando a tabela do anexo 5 verifica-se, então,

que um trabalhador com categoria de nível XIII, como

é o caso, e posicionado no escalão 6 da tabela de

remunerações mínimas, deve auferir à presente data

um vencimento mínimo de 635,74 euros.

“Aprender, aprender sempre”

Vladimir Leninne

22

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Sector da Saúde

Encontram-se abertas as inscrições para Formação Profissional a realizar durante o ano de 2017, para o sector da Saúde

no âmbito de uma parceria entre o Departamento de Formação do STFPSCentro e a INOVINTER.

Os cursos apresentados destinam-se a todos os trabalhadores da área da Saúde que tenham como habilitação literária

mínima o 9º Ano de Escolaridade, em particular o pessoal pertencente à Carreira de Assistente Operacional, entre

outros.

A formação apresentada faz parte do referencial da formação tecnológica da Qualificação Profissional de “Técnico

Auxiliar de Saúde” constante do Catálogo Nacional das Qualificações.

A frequência com aproveitamento destas acções de formação dá direito à obtenção de um Certificado de Qualificação

Profissional, reconhecido para o exercício das funções relacionadas com os conteúdos de formação que forem ministrados.

CALENDÁRIO FORMAÇÃO PROFISSIONAL 2017

Prazo de Inscrição: Até 15 dias antes do início de cada acção

Procedimento de Candidatura

Preenchimento da ficha de inscrição (consulta a nossa página em www.stfpcentor.pt) e envio para os seguintes contactos:

Via email: [email protected]

Via Correio: STFPSCentro - Avenida Fernão Magalhães, 640-1º, 3000-174 Coimbra

Via Fax: 239 851 378

Informações: para mais informações podem contactar o

Departamento de Formação através dos seguintes contactos:

Via email: [email protected];

Nº Verde Gratuito: 800 251 370 / 239 851 370

Sector da Educação - Jornadas de Formação

Estão programadas para o 2º Semestre as seguintes

Jornadas da Educação destinadas ao Pessoal Não

Docente.

Oportunamente serão divulgados os locais de realização

bem como as inscrições.

Sector Social-Encontros Distritais

Para os trabalhadores do Sector Social vamos realizar um

conjunto de Ações de Formação de curta duração cujos

temas, locais de realização e inscrições serão

oportunamente divulgados.

STFPSCentro

23

O Centro de Formação do Sindicato continua a apostar em projectos de formação que abranjam todas as

áreas, carreiras e trabalhadores, a que os organismos públicos não deram deferimento em 2017.

Entretanto em parceria com a Inovinter foi já apresentado um Plano de Formação para 2018. As datas e locais

estão sujeitas a confirmação.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA 2018

Plano Formação 2018

24

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Plano Formação 2018 (continuação)

Centro Qualifica

No âmbito do protocolo estabelecido entre o

Sindicato e a Inovinter os associados do STFPSCen-

tro têm preferência nas candidaturas a processos de

RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de

Competências), quer para efeitos de reconheci-

mento de nova Habilitação Literária, quer de nova

Qualificação Profissional aumentando assim as suas

qualificações.

STFPSCentro

25

IDEALMED

O STFPSCentro e a Idealmed celebraram um protocolo de colaboração possibilitando aos seus associados o acesso a um conjunto variado de serviços médicos em condições vantajosas, valor médio da consulta de especialidade 20 euros.

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26

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OUTROS

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- As Enfermeiras não podiam casar; os professores primários só

poderiam casar com autorização superior; as mulheres jamais

poderiam ser juízes ou magistrados; os trabalhadores de carreiras

superiores tinham direito a 3 meses por nascimento dos filhos

enquanto que os Auxiliares só tinham direito a 15 dias; entre

muitas outras situações.

Ora, apesar desta legislação repressiva e contra os

direitos humanos, os trabalhadores organizavam-se,

clandestinamente, no sentido de reivindicarem melhores

condições de vida e de trabalho, sujeitos a consequências

altamente penalizadoras.

Mas foi assim que contribuíram para dar corpo à

revolução de Abril de 1974, vindo a aderir à democra-

tização da sociedade portuguesa reestruturando os

serviços e organismos e lançando as bases para uma nova

Administração Pública ao serviço do povo.

Nós somos, pois, os verdadeiros her-

deiros destes valores que vamos conti-

nuando a cimentar.

STFPSCentro

27

Em 28/Fevereiro de 1976 teve lugar a Assembleia Geral constituinte do nosso Sindicato tendo sido precedida

de uma Comissão Provisória instituída logo a seguir ao 25 de Abril. Contudo, antes do 25 de Abril muitos foram

aqueles que lutaram para que, com o advento do regime democrático, fosse possível erguer o movimento

sindical na administração pública.

UM POUCO DE HISTÓRIA DO SINDICATO

A História do nosso Sindicato tem uma força,que só cabe nela os que o honram: os trabalhadores e os ativistas sindicais.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Já antes da Revolução de Abril, os trabalhadores da Função Pública lutavam contra um

regime ditador e fascista, que os humilhava e depauperava das mais diferentes formas:

- Ausência de direitos sindicais, em que o então Decreto-Lei nº 23048, de 23 de Setembro

de 1933, proibia todo e qualquer direito de associação aos empregados do Estado. No

artigo 39º deste Decreto dizia: “Aos funcionários do Estado, dos corpos e corporações

Administrativas bem como aos operários dos respetivos quadros permanentes, é

vedado constituírem-se em Sindicatos privativos ou fazer parte de quaisquer

organismos corporativos”.

- Quando o trabalhador entrava na Função Públicas era sujeito a um juramento de “amor à

pátria”, previsto no Decreto-lei nº 27003, de 14 de Setembro de 1936, declarando por

sua honra que estava integrado na ordem social estabelecida pela Constituição Política

de 1933, com ativo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas”;

- O Empregado do Estado obrigava-se às reverências aos Chefe, que decidia dar ou não

férias aos trabalhadores pelo número de dias que entendesse, sendo estas graciosas

(sem qualquer pagamento nem subsídio de férias);

“A consciência é portanto,desde início, um produto social,e assim sucederá enquantoexistirem homens em geral”

Karl Marx