n.º 00 o ideias março 96 ano ii

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O DEIAS Associação deEstudantes da Escola Superior deGestão deSantarém Dir ect or a Redacção Mont agem : : : L uzi aValenti m JoséL uísCarvalho Rui CostaeIrinaVieira EDIÇÃO DE MARÇO DE 1996 Av . Madre Andaluz, N.º14 B - Telef.: (043) 23 415 2000 Santarém Com a edição de Abril de 1996 o “O Ideias” irá comemorar um ano de existência. Para que esta comemoração possa ser a melhor possível convidamos todos os alunos, professores e funcionários desta Escola a elaborarem artigos, antopologias, rascunhos, poemas... Queremos fazer em Abril uma edição especial . Contamos com a colaboração de todos. Sumário: Correspondência de Inglaterra Pág 2 Carta aberta ao Zé do Telhado Pág 3 Desporto Pág 5 Novo estatuto dos TOC’s Pág 6 Residências do Politécnico Pág 9 Momentos de Poesia Pág 11 COPIMODEL Fotocópia - Modelismo e Serviços, Lda. FOTOCÓPIAS A PRETO E BRANCO FOTOCÓPIAS A CORES (LASER) FOTOCÓPIAS DE GRANDES FORMATOS FOTOCÓPIAS EM PAPEL ESPECIAL ENCADERNAÇÕES TÉRMICAS ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS PLASTIFICAÇÕES IMPRESSÃO EM T-SHIRTS Rua Pedro de Santarém, Lj. 120 Tel (043) 23401 - 2000 SANTARÉM

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Page 1: N.º 00 o ideias   março 96 ano ii

O D E IA SAssociaçãodeEstudantesdaEscolaSuperior deGestãodeSantarémDir ect or a Redacção

Mont agem

: ::

LuziaValentim JoséLuísCarvalhoRui CostaeIrinaVieira

EDIÇÃO DE MARÇO DE 1996

Av . Madre Andaluz, N.º14 B - Telef.: (043) 23 415 2000 Santarém

Com a edição de Abril de 1996 o “O Ideias” irá comemorar um ano de existência. Para que esta comemoração possa ser a melhor possível convidamos todos os alunos, professores e funcionários desta Escola a elaborarem artigos, antopologias, rascunhos, poemas... Queremos fazer em Abril uma edição especial . Contamos com a colaboração de todos.

Sumário:

Correspondência de Inglaterra Pág 2

Carta aberta ao Zé do Telhado Pág 3

Desporto Pág 5

Novo estatuto dos TOC’s Pág 6

Residências do Politécnico Pág 9

Momentos de Poesia Pág 11

COPIMODEL

Fotocópia - Modelismo

e Serviços, Lda.

FOTOCÓPIAS A PRETO E BRANCO

FOTOCÓPIAS A CORES (LASER)

FOTOCÓPIAS DE GRANDES FORMATOS

FOTOCÓPIAS EM PAPEL ESPECIAL

ENCADERNAÇÕES TÉRMICAS

ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS

PLASTIFICAÇÕES

IMPRESSÃO EM T-SHIRTS

Rua Pedro de Santarém, Lj. 120

Tel (043) 23401 - 2000 SANTARÉM

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Pág. 2 O IDEIAS \/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\____________________________________________________________________________________________

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Wales

Editorial A v ida de um ser humano é pautada por bons e

maus momentos. Os bons, dev em ser recordados com um sorriso

de felicidade tranquila, os maus, com um sorriso de v itória merecida, pelo facto de os conseguirmos rev iv er após o período de tensão e de angústia que os caracterizam.

Tal como já alguém dizia, nada melhor que um dia a seguir ao outro para se saber retiar de uma má ex periência uma lição para v ida, que nos permita subir mais um degrau na escala do nosso crescimento pessoal.

Na realidade v amos crescendo a cada pequena v itória sem nos apercebermos disso, e um dia, sem motiv o algum, acordamos para nós mesmos e não nos reconhecemos tal como éramos antes, o que nos lev a a questionar sobre o outro Eu que ainda julgáv amos presente, e que de um momento para o outro se tornou tão distante que parece ter-nos abandonado, deix ando no seu lugar um outro alguém, que não reconhecemos. Mas que com o av ançar do tempo se tornará em nós mesmos... pelo menos até que algo de nov o e inesperado nos faça sentir que já não somos suficientes para o suportar, e nos

obrigue a ir buscar forças e fraquesas de onde julgamos não as ter, fazendo-nos descobrir um nov o Eu, numa continuidade intermináv el, e por v ezes dolorosa, até que um dia o peso da ex periência domine o peso do mundo, e possamos adoptar uma atitude mais serena e estáv el para com a v ida. Esta será a grande recompensa que recebemos por, no momento certo, termos sabido perante uma dificuldade, que de nada nos v alerá fechar os olhos ou procurar o refúgio dentro de uma carapaça com medo de sermos atingidos pela dor do fracasso, porque se por um lado nos poupamos de um mau momento, por outro perdemos a oportunidade de nos sentirmos capazes de enfrentar algo que julgamos ser superior a nós, e até quem sabe v encê-lo, porque nada é intransponív el uma v ez que o que ao longe nos parece um muro se av ançarmos mais uns passos poderá ser apenas uma porta, em que para a ultrapassar apenas bastará bater e pedir licença, se necessário for.

Luzia Valentim

Dos Correspondentes em Inglaterra, Descubram 7 diferenças entre Portugal e Inglaterra.

1 - Em Inglaterra falam Inglês (Somos bons observ adores, não?) 2 - Conduzem pela esquerda (Como são doidos estes Ingleses) 3 - A comida é uma ����� ! (Nem sequer sabem preparar um cafezinho, depois de almoço.) 4 - Como não podia deix ar de ser, o clima é muito frio, nev e e chuv a são habituais, tal como anoitecer às 17:30H da tarde; mas uma pessoa habitua-se. 5 - Ex celente recepção aos alunos estrangeiros, incluindo v isita pela cidade, escola e residência. 6 - Boas residências, com imensas instalações desportiv as e de lazer (entre as quais, piscina coberta, ginásio de culturismo, campos de futebol e de rugby ...). Faz-nos lembrar qualquer coisa ou talv ez não. 7 - A escola está dotada de uma ex celente organização, principalmente ao nív el informático, equipada a rigor com todo o material necessário às aulas e alunos (incluindo computadores e redes a funcionar ex celentemente e Internet para quem quiser). NOTA: Não comparamos Cardiff com Santarém, porque não v ale a pena. Imaginem porquê.

Dear “Ideias”, Primeiro, um abraço para todos v ós em Portugal. Ao contrário de v ocês, estamos em aulas há 3 semanas, mas tem sido óptimo. Ter aulas em Inglês, à primeira v ista pode parecer complicado, mas os professores têm sido impecáv eis. Estamos bastantes satisfeitos com as condições proporcionadas pela Univ ersidade Inglesa.

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Encontram-se connosco estudantes de toda a Europa, desde Gregos a Dinamarqueses, só é pena em Portugal não aderirem a este programa, nomeadamente na nossa escola, onde ficam v agas por preencher. Para o ano façam por não perderem esta grande oportunidade da v ossa v ida. Para finalizar, temos de salientar a facilidade com que se tem acesso á Internet e ao correio electrónico aqui na Univ ersidade. Se nos quiserem contactar podem falê-lo atrav és de st046722cihe.ac.uk (Célio Marques) e st046732cihe.ac.uk (Paulo Pinto). Na próx ima edição iremos falar sobre “A Vida Nocturna em Cardiff ! como não se perder” .

Yours faithfully

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Carta Aberta ao Zé Meu caro Zé do Telhado, Escrevo-te estas linhas porque andas desaparecido há algum tempo e não deves saber as últimas novidades. Nem sabes a falta que tens feito por cá. Olha, só queria que tu visses o novo Parque Infantil da Gestão. Está tão giro... as crianças nem querem sair de lá! Passo horas a observá-las tão divertidas. Só é pena que ainda não tenham sido instaladas todas as maquinetas para elas brincarem... Por agora só há uma que se chama “Fásdidiota” , mas mesmo assim, as crianças andam radiantes. É vê-las a brincar ao “ fásdidiota” a toda a hora, para a frente e para trás, para trás e para a frente... Ai, são tão giras! Esta idade entre os dezoito e os vinte e poucos é das mais engraçadas. Só queria que tu visses o ar feliz e inteligente que fazem de cada vez que passam no corredor e esticam os seus bracinhos para fazer trabalhar a maquineta. É lindo de se ver! Constou-me que ultimamente até já passam horas nos hipermercados e outros locais onde há brinquedos semelhantes, a entrar e a sair, a esticar e encolher os braços. Compreende-se, não é? Elas nunca tinham visto nada assim! Há algumas más línguas que dizem que os meninos já são grandes demais para certas brincadeiras e que a maquineta do “ fásdidiota” afinal não é para o parque infantil mas sim uma simples porta automática para acesso à tesouraria e contabilidade, mas é tudo inveja... Vê lá tu que até já ouvi dizer que em vez de ensino superior, mais parece ensino de deficientes mentais! Eu cá não acho! Parece-me até bastante normal que crianças de 20 anos andem para trás e para a frente no corredor só para fazer abrir uma porta automática e que achem imensa piada de cada vez que o fazem. Dignifica muito o ensino superior e até dá boa fama à escola e aos seus alunos! Basta que chegue aos ouvidos dos empresários e aposto que eles vêm logo a correr para contratar estes projectos de bacharéis gestores. Estas inteligências são rascas (perdão) raras! Um abraço deste teu primo que te estima.

João do Telhado

NOTA DE REDACÇÃO A equipa de “O Ideias” agradece a todos os estudantes que colaboraram nesta edição as suas prestáv eis

colaborações. Gostaríamos também de apelar à participação de todos aqueles que ainda não tiv eram a coragem de publicar umas

linhas neste jornal, sabe-se lá porquê.

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Note-se que nesta edição nem um professor se dignificou a escrev er uma linha para publicação. Finalmente achamos por bem esclarecer que o aumento do preço do jornal em 25% se dev e ao aumento do número de páginas do mesmo em mais de 30%. Esperamos que estes 5 paus não v enham a ser responsáv eis pela diminuição do nív el de circulação do jornal.

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Carta Aberta à Escola Superior de Gestão de Santarém

Exmos Senhores, v enho aqui descrev er e criticar positiv a e negativ amente certos aspectos do funcionamento desta escola, da conv iv ência alunos/alunos e alunos/professores, Associação de Estudantes... Vamos começar pelo “Departamento de Alunos” . Constata-se que ex iste nesta escola uma enorme falta de conv iv ência e solidariedade entre a maioria dos alunos. Alunos que não se respeitam mutuamente, que não respeitam nem tentam conhecer minimamente o trabalho da AE, que sabem aprov eitar, ou não querem, quando têm bons professores... Gostav a de saber quando é que certos alunos se começam a dirigir à AE para saber quais as activ idades em que esta os pode englobar, e começam a fazer sugestões e a participar em v ez de simplesmente atirarem para o ar críticas na maioria das v ezes ocas e sem qualquer fundamento. Por outro lado também gostav a de saber quando é que a AE começa a funcionar eficientemente. É v erdade que a associação melhorou um pouco em certos aspectos, mas e o resto ? Onde estão as tão desejadas festas ? Onde está o famoso departamento cultural, o que fez até agora ? O que é que se passa com a Rádio, arranca de v ez ou não ? Conv enhamos que nem sempre a AE tem funcionado dev idamente, quem necessitar de se dirigir à respectiv a reprografia frequentemente, depressa constatará que os elementos da AE ali presentes são quase inv ariav elmente os mesmos e que alguns não são ali v istos nem achados. A Tuna parece que finalmente v ai andar, e em boa hora, porque depois das críticas feitas a um certo artigo neste jornal já muitas pessoas perguntav am: ”Mas afinal queriam o quê se andav am desde o início do ano para realizar um ensaio que fosse digno desse nome ?” . Consideremos agora o funcionamento da Escola. Diariamente os alunos se queix am da qualidade dos alimentos, e da sua confecção, do refeitório. Há uns tempos atrás o nosso amigo Zé do Telhado conv idav a determinadas pessoas a utilizar o refeitório assiduamente para v erificarem realmente o estado das coisas. Não sei se essas pessoas, Instituto Politécnico, já tentaram

resolv er a situação, mas se o fizeram então há aqui algo de estranho pois eu até agora não v i resultados. Seria bom ainda este ano poder alimentar-me no refeitório com alimentos dev idamente confeccionados e com uma qualidade mínima, beber água por copos dev idamente lav ados, não encontrar cabelos no prato... Seria bom que as ementas fossem cumpridas e que na ESES não se v endessem senhas até às 12:00 horas e por v ezes até mais tarde. Quando é que o Gabinete de Apoio à Informática deix a de funcionar a meio gás ? É notória a deficiente assistência ao equipamento pelo menos a nív el de softw are. Também tudo funcionaria melhor se os alunos respeitassem o equipamento que lhes é posto à disposição. Continua a faltar nesta escola uma sala de trabalhos, é em minha opinião v ergonhoso v er os alunos saírem da escola para um café que seja minimamente sossegado porque aí podem realizar trabalhos de grupo muito melhor do que na escola. Todos nós sabemos que esta escola não nada em dinheiro, mas urge resolv er este caso com a maior brev idade. A biblioteca, embora não funcione mal de todo, continua com algumas lacunas. Os alunos de GE, GA e Marketing queix am-se da falta de liv ros em geral enquanto os alunos de IG afirmam que dev ido à constante ev olução da Informática uma boa parte dos

liv ros que encontram na biblioteca estão já desactualizados hav endo mesmo algumas faltas grav es no que respeita ao softw are mais moderno. Que tal uma conv ersa com os professores e a AE para se v erificar quais os liv ros em falta e analisar quais as possibilidades de se adquirirem esses liv ros ?

Uma crítica também ao ginásio da escola que funciona apenas algumas horas por semana. Aqui os meus parabéns à AE pelo aprov eitamento que está a ser feito dessas escassas horas e que ainda será melhorado com o início da realização dos torneios. Departamento de Professores. É sabido que nesta escola ex istem péssimos professores, mas felizmente também ex istem óptimos professores. O ambiente que se v iv e nesta escola entre professores e alunos resulta não só de professores que dão aulas e realizam av aliações sem qualquer pedagogia

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e/ou possuem um demasiado baix o nív el de conhecimentos mas também de alunos que ainda não compreenderam que estão no Ensino Superior. Não se ev olui nada além das “ reles” aulas teóricas porque ex istem professores sem qualquer iniciativ a, porque quando a têm na maioria das v ezes faltam os meios técnicos e/ou monetários ou porque que os alunos simplesmente não estão receptiv os a qualquer tipo de activ idade que env olv a esforço suplementar. Peço aqui aos professores que tomem estas iniciativ as, ex istiram sempre alguns alunos desejosos de aderirem a activ idades que melhorem a sua preparação e que

mantenham afastada a monotonia que são as aulas puramente teóricas. Até ao final deste ano ainda muito pode ser feito por parte dos Alunos, Associação de Estudantes, Docentes e Orgãos Administrativ os. O pior de tudo é a ESGS continuar a passo de caracol com tem acontecido até hoje. É uma opção que apenas obtém má fama para este estabelecimento e que prejudica ev identemente quem aqui estuda ou estudou até há pouco tempo.

O Crítico

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ÉPOCA DE FUTEBOL 1995/1996 Com o Campeonato Nacional de Futebol da 1ª

Div isão já decidido a fav or do F.C.Porto, torna-se necessário fazer uma reflex ão sobre o que esta época 95/96 nos mostrou até agora.

Olhando para a tabela classificativ a observ a-se que os clubes nortenhos se superiorizaram nitidamente aos do sul, com F.C.Porto e Boav ista nos dois primeiros lugares; Vitória de Guimarães, Sp.Braga e Salgueiros a lutarem por um lugar que lhes permita ir à Taça UEFA; e nos dois últimos lugares, Campomaiorense e Sp.Farense lutam para não descer à Div isão de Honra. A lutar pela Europa estão também Belenenses e Marítimo, embora os madeirenses, muito irregulares, não dev am ter grandes aspirações. A esta superioridade do Norte não é alheia a profunda crise que os “grandes” da capital, Benfica e Sporting, atrav essam.

O Benfica, com grav es problemas financeiros tornados públicos em 93 fez, pelas mãos do anterior técnico Artur Jorge, contratações em grande quantidade mas com qualidade duv idosa para um clube como o da águia, notando-se sobretudo falta de classe na maior parte dos seus jogadores. A classe dos jogadores, num clube que é dos maiores da Europa, não só em historial como em instalações, é simplesmente imprescindív el.

O Sporting, com uma nov a direcção presidida pelo “ rev olucionário” Pedro Santana Lopes, mas também a debater-se com problemas nos seus cofres, fez uma época muito semelhante à do seu riv al da Luz, senão v ejamos: muitas contratações (foi o clube que mais contratações fez), talv ez em ex cesso para um clube com falta de dinheiro, apostando sobretudo em jov ens promissores como Dominguez ou Afonso Martins; o técnico Carlos Queirós foi despedido, tal como Artur Jorge, a meio da época; em termos de resultados, notou-se a já habitual incapacidade para v encer o F.C.Porto, não só nas Antas como em Alv alade, o que aliado a uma frágil estrutura organizativ a, tem impedido os leões de ganharem o título.

O F.C.Porto, com uma ex celente organização encabeçada por Pinto da Costa, embora também com problemas financeiros, soube construir um plantel equilibrado e muito bem orientado pelo inglês Bobby Robson, reforçando-se com jogadores pouco conhecidos

como Peter Lipscei ou Edmilson. O resultado está à v ista: mais de dez (!) pontos de v antagem sobre o segundo classificado.

Aos “ três grandes” junta-se o União de Leiria, que com eles irá disputar as meias-finais da Taça de Portugal, última hipótese para tanto Sporting como Benfica salv arem a época. Realce para a boa carreira da equipa de Leiria na Taça.

De realçar também as ex celentes épocas de Boav ista, comandado por um dos melhores treinadores portugueses, Manuel José, e um presidente forte, Valentim Loureiro; e Belenenses, talv ez de todos os clubes do Sul e suas possibilidades, aquele que está a fazer a melhor época, também com um ex celente técnico, João Alv es.

Em destaque estiv eram também o Vitória de Guimarães de Pimenta Machado, com ex celentes contratações mas com um campeonato algo inconstante; o Felgueiras, com um magnífico início de época para uma equipa recém chegada à primeira div isão; e Marítimo, Sp.Braga e Salgueiros por fazerem um campeonato tranquilo.

Pela negativ a, temos os ex emplos do Farense, que já nos tinha habituado a grandes épocas, do Leça e do Estrela da Amadora, todos eles no fundo da tabela, a que não será alheio o facto de se debaterem com crises financeiras.

Como reflex o deste desequilíbrio nos lugares cimeiros da classificação e consequente falta de competitiv idade está a medíocre participação dos clubes portugueses nas Taças Europeias, com destaque para os “ três grandes” , ao contrário do que v em sendo habitual.

E ainda está por v er se este desequilíbrio também se reflectirá (esperemos que não) na tão ansiada participação da Selecção Nacional Portuguesa no Europeu deste ano em Inglaterra.

Por isso é necessário, para bem do futebol português, que os clubes do Sul (em especial Sporting e Benfica) equilibrem as suas finanças e plantéis, para que na próx ima época possam riv alizar com os do Norte, como v em acontecendo desde sempre.

Hugo Matos

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Greetins to all A.S.A. members.

May the Sensos be with you!

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TÉCNICOS DE CONTAS JÁ TÊM ESTATUTO Em 17 de Outubro passado foi publicado o decreto-lei nº 265/95 que é precisamente o diploma que aprov a o estatuto dos Técnicos Oficiais de Contas (TOC’s) e cria a respectiv a Associação. Depois de ter lido o referido decreto-lei creio que há alguns aspectos que merecem ser focados neste jornal, até como pistas de reflex ão para os colegas de Gestão de Empresas. Em primeiro lugar é preciso ter em linha de conta que os nov os direitos dos TOC’s trazem consigo nov os dev eres. Entre os direitos está nomeadamente consagrado o direito à informação e o direito de ex igir por escrito a confirmação de qualquer instrução quando o achar necessário; isto além dos direitos que passam a ex istir por força da criação da Associação e que estão mencionados no n.º2 do artigo 18.º do referido decreto-lei. Entre os dev eres contam-se o de contribuir para o prestígio da função, pelo que penso que dev erá ultrapassar-se a fase do indiv idualismo no seio da classe. A maior ex igência e dignidade no ex ercício da profissão assim o requerem, pois dorav ante só será técnico de contas quem estiv er apto a sê-lo, ou seja, quem se esforçar pelo aperfeiçoamento diário do seu saber, tarefa nada fácil dev ido à tradição de implementação de leis fiscais em Portugal. Mas este decreto-lei v em também corporizar a função dos TOC’s na regularidade fiscal da contabilidade das empresas. Assim, e do meu ponto de v ista estes profissionais passam a desempenhar uma tarefa de interesse público, pelo que não consigo compreender muito bem que tenham que ser as entidades priv adas obrigadas a disporem de TOC nos termos deste decreto a pagar o salário do referido profissional, ainda para mais quando este está munido de poderes de fiscalização. Num país como o nosso onde se v aloriza o alcance dos objectiv os independentemente dos meios e onde a fuga aos impostos é até bem v ista isto pode trazer alguns problemas, tal como já foi referenciado em rev istas da área da gestão. De facto o TOC tem o dev er de participar ao Ministério Público, atrav és da Associação, os factos detectados no ex ercício das respectiv as funções de

interesse público que constituam crimes públicos, tal como referencia o art.º 25.º. Assim e em primeiro lugar seria bom que se esclarecesse o que é que são crimes públicos; e em segundo lugar que se mencionassem v ários crimes públicos e que se ensinassem os TOC’s a procurá-los na legislação. Mas se em relação à primeira questão qualquer indiv íduo licenciado em Direito nos pode esclarecer, já em relação à segunda não é bem assim

pela simples razão de que a legislação actual não apresenta propriamente uma enumeração de crimes a considerar públicos. Podemos com algum esforço e com a ajuda dum leigo em Direito retirar da lei penal que são os mais grav es, aqueles que, ocorridos, impõem a acusação do Ministério Público, sem queix a ou acusação particular. Mas a essência da questão permanece em dúv ida porque um especialista em contabilidade com licenciatura ou

bacharelato em gestão ou contabilidade não tem conhecimentos suficientes para, detectada qualquer anomalia contabilística classificá-la de crime público ou não. Para nós (de gestão) é muito difícil estabelecer uma fronteira entre crimes públicos e crimes particulares, pois não somos leigos em Direito. Preste-se agora uma atenção redobrada na redacção do artigo 25.º : “Os técnicos oficiais de contas dev em ...” Mas qual o sentido desta palav ra? - Dev er corporativ o? - já que a participação dev e dirigir-se à Associação. Dev er moral? Dev er ético? - já que uma anomalia contabilística está normalmente subjacente a falsificações, omissões, fuga de impostos... Ou dev er legal? Outra questão e que me apanhou de surpresa é a dos limites de activ idade e pontuação. De facto os TOC’s só podem prestar serv iço a um número limitado de empresas, consoante os respectiv os v olumes de negócios. Por ex emplo um técnico de contas não pode ex ercer as suas funções num mesmo ano económico em mais de 4 empresas com um v olume de negócios superior a 3 milhões de contos cada. Isto quer dizer que em determinadas ocasiões basta que aumente o v olume de negócios de uma empresa na qual o técnico ex erça

Estatutos

destinados a

acabar com a

confusão

geram

alguma

confusão !!!

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funções para que tenha que deix ar de ex ercer essas mesmas funções em pelo menos uma dessas empresas. Desta forma já se chegou inclusiv é a admitir e a recear o aparecimento dum mercado de “pontos” onde técnicos que ex cedam os limites fix ados com base no v olume de negócios das “suas” empresas passariam a v ender os pontos ex cedentários a técnicos que ainda não tenham atingido aqueles limites. Além desta situação já se chegou também a admitir o não respeito pelos limites, a alteração dos mesmos ou a sua supressão. Finalmente e no que diz respeito à composição do Conselho Disciplinar da Associação dos Técnicos Oficiais de Contas creio que há também uma objecção justa que se pode fazer. Os Estatutos prev êem que este órgão seja constituído por um presidente e dois v ogais, sendo o primeiro eleito em assembleia geral e estes nomeados pelo Ministro das Finanças, um em representação da Inspecção Geral de Finanças e o outro da Direcção Geral de Contribuições e Impostos. Não obstante o legislador não ressalv ou ex pressamente que os dois v ogais dev em ser também especialistas nas matérias que env olv em a função de TOC; espero contudo que este requisito seja tido em conta, até por uma questão de respeito e de dignidade para uma classe que esperou mais de trinta anos por esta legislação.

José Luís Carvalho

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A Informática Contínua Não se surpreendam, com o mundo da informática, especialmente com os preços. O mesmo sistema que eu aconselhei na última edição (Pentium 100Mhz 8Mb, S3-Mpeg, Cd-Rom 4x , Placa som 16-Bits e disco 1,6 GB), custav a 245 000$00 + IVA, pois bem, agora está na casa dos 200 000$00 + IVA. Houv e uma grande queda no preço dos componentes nas últimas 2 semanas, principalmente na RAM(memória), CD-ROM’s e Processadores, que chegaram a ter descidas na ordem dos 50%. Por isso, neste momento aconselho prudência, o mercado está instáv el e tudo lev a a querer que este mês, os preços continuem a descer. Depois sim, será sensata a compra de computador ou componentes(RAM, CD-ROM, Processadores, etc...). Nesse momento, será melhor optar já por um Pentium 133Mhz e CD-Rom 6x . Na última edição prometi falar um pouco de placas de som. Pois bem, a escolha de uma placa de som incide em dois pontos importantes: no preço e na compatibilidade. Poder-se-ão encontrar no mercado, placas de som de 8 Bits( - Qualidade) ou de 16 Bits(+ qualidade). As placas standard(não Sound Blaster) de 16 Bits, oferecem compatibilidade com o padrão de som nos computadores, padrão este, liderado pela Creativ e Labs(Sound Blaster). Placas de som são denominadas por mim “standard” , pois têm marcas quase sempre esquisitas, e normalmente tentam “ imitar” o padrão Sound Blaster. Algumas delas conseguem-no na perfeição, outras ficam muito atrás, e escolhê-las é o mesmo que preencher o totoloto. O preço destas ronda os 10 000$00, e se o objectiv o for apenas jogar, são aconselhadas. A escolha de uma placa Sound Blaster 16 Bits stéreo, tem a v antagem da total compatibilidade/qualidade em todos os programas e jogos ex istentes, o seu único contra é o preço, que dependerá também da escolha e do hardware incluído na placa. A escolha mínima neste momento, recai na Sound Blaster 16 Stéreo, na qual o preço não ex cederá os 17 000$00. Poderá, optar por uma placa de som profissional com WaveTable, isto é, instrumentos digitalizados já incluídos na memória da placa, os quais poderão ser utilizados

para aplicações profissionais. Se esta for a sua escolha, pessoalmente inclino-me nov amente para a Creativ e Labs, mas agora para a Sound Blaster AWE 32 PnP. Esta placa está no mercado há cerca de 2 anos, mas surgiu há cerca de 3 meses com a nov a v ersão PnP(Plug and Play ). Esta norma PnP, aplica-se a componentes de Hardware, (tal como esta placa de som), que têm configuração automática, ev itando por isso conflitos com outro hardware ex istente. O nome AWE 32, pode enganar, lev ando a pensar que será uma placa de 32 Bits, mas não, é uma placa de 16 Bits com uma polifonia de 32 v ozes(instrumentos). As capacidades desta placa não ficam por aqui mas o espaço é curto para tanta coisa. Outras placas melhores de outras marcas, poderão sair ainda este ano, mas atenção à compatibilidade destas.

Em relação a CD-Rom’s, ex iste agora uma v ariedade incrív el de marcas, mas nestes o que interessa realmente é a sua v elocidade. Para medir a v elocidade de um Cd-Rom foi utilizado o padrão relacionado com os Leitores de CD’s áudio, e por isso se diz ser um Cd-Rom de v elocidade tripla quando trabalha 3 v ezes mais depressa, do que um Leitor de Cd-Audio. O Cd-Rom, além de permitir a leitura de Cd’s com softw are(programas), permite ainda ler Cd’s Audio(Música), o que representa um inv estimento com dois prov eitos. Neste momento estão lançados no mercado Cd-Rom’s de Simples v elocidade(x 1) a Oito v elocidades(x 8), estes últimos estão bastante caros, ao contrário dos de x 4 que se encontram na casa dos 15 000$00. O meu conselho recai em Cd-Rom’s de 4x ou superior. Marcas aconselhadas para Cd-Rom’s: Mitsumi, Goldstar, Philips e Creativ e Labs. Quem pensar comprar placa de som e cd-rom, dev erá pensar seriamente na possibilidade dos Kit Multimédia da Creativ e Labs que trazem as nov as v ersões PnP, tanto no Cd-Rom como na Placa de Som. Fica à escolha um Kit Cd-Rom 4x e Sound Blaster 16, ou Kit Cd-Rom 6x e Sound Blaster AWE 32.

Sérgio Crespo

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FOI NOTÍCIA: / - Após dois dias de permanência na Bósnia, dois Soldados Portugueses morreram na Bósnia, v ítimas do rebentamento de uma bomba transportada para o acampamento por um dos militares. / - Cerca de duas dezenas de pessoas morreram no centro de Londres, na sequência da ex plosão de um autocarro armadilhado com uma bomba. Este atentado foi atribuído ao IRA. 22/02 - A polícia de choque v olta a ex ercer a sua força sobre os trabalhadores da fábrica Abel Alv es Figueiredo que lutav am pelos seus postos de trabalho, com o intuito de repor a ordem pública. 24/02 - 24 horas após obterem o perdão de Sadam Hussain os seus dois genros sofreram um atentado que os v itimou. 28/02 - Benfica e Sporting em Zurich com um "pux ão de orelhas" da FIFA apertaram finalmente as mãos. 29/02 - O Primeiro Ministro António Guterres propôs a Suharto, numa reunião informal em Banguecoque, a abertura de embaix adas amigas em ambos os países em troca da libertação de Xanana Gusmão. 01/03 - Faleceu Vergílio Ferreira, considerado um dos melhores escritores Portugueses do nosso século. Do seu v asto leque de obras destacam-se: "Manhã Submersa", "Na tua Face" e "Para Sempre"... 02/03 - Na Espanha, José Maria Aznar do partido popular, v ence as eleições para Presidente do Conselho de Ministros. 04/03 - Jerusalém (Israel) sofre o quarto atentado no espaço de uma semana, reiv indicado pelo grupo fundamentalista Islâmico, Hamas. Atrasando deste modo o processo de paz no Médio Oriente. 06/03 - A Assembleia da República aprov ou o Orçamento Geral do Estado com a abstenção do Partido Popular. 10/03 - Jorge Sampaio toma posse da Presidência da República Portuguesa tendo como primeiro acto oficial a condecoração do seu antecessor com a Ordem da Liberdade. 11/03 - Em Israel são presos três líderes do braço armado Hamas.

É NOTÍCIA:

LAZER: • A colecção “ OS Amantes” de Mimi Fogt, v ai passar a

decorar as paredes do Nâ-C Bar. A inauguração está marcada para as 21:30h de hoje e poderá ser v isitada até ao dia 17 de Junho deste ano.

• José Quaresma ex põe a sua pintura no Fórum do Centro Regional de Santarém a partir do dia 14, patente até ao dia 30 deste mês.

• MODELISMO no CNEMA no próx imo dia 16 pelas 9 horas, com a presença de alguns campeões nacionais desta activ idade.

• A Orquestra Filarmónica Scalabitana organiza uma ex posição na sequência da comemoração do seu 50º aniv ersário.

CINEMA: Agora o cinema é ainda mais barato às Terças-Feiras para os estudantes do IPS, que mediante a apresentação dos Nov os Cartões da AE (v er artigo Associação em Activ idade), beneficiam de um

desconto suplementar acordado entre a Associação de Estudantes da nossa escola e os responsáv eis pela ex ploração comercial do cinema "Rosa Damasceno", passando a pagar pela Plateia 250$00 e Balcão 300$00.

Luzia Valentim

Procura-se

Zé do Telhado Recompensa: oferta de uma assinatura grátis d’O Ideias, por um ano.

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Em virtude do recente desaparecimento de um dos nossos melhores colaboradores, Zé do Telhado, a equipa d’O Ideias, preocupada com a sua ausência, vem por este meio pedir a todos os colegas que saibam do seu paradeiro, ou informações a seu respeito, que nos contactem com a maior urgência possível.

Gratos pela atenção O IDEIAS

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Residências do IPS

Após algumas polémicas acerca das candidaturas aos alojamentos do complexo andaluz,(polémicas estas que atingiam o regulamento prov isório que logo foi substituido por outro que poucas diferenças apresentava, sendo este último um pouco menos rigido) foi somente no inicio do segundo do semestre que a residencia v iu iniciado o seu funcionamento. Em conversa com um nosso colega Helder Santos do 3º ano de Gestão Autarquica, retiramos algumas informações acerca do que era v iver numa residência. Contou-nos como era e como funcionava tendo sempre a cautela de mencionar que era uma experiância muito interessante. Com uma lotação de cerca de 150 pessoas, neste momento ela atende apenas um quarto da sua capacidade. Com o objectivo de proporcionar alojamento a alguns alunos, o complexo andaluz compreende duas alas separadas que compreendem quartos duplos, triplos e indiv iduais, bem como casas de banho, cozinhas de serv iço e uma sala de conviv io. Com mobilias, roupa de cama, prontas a estrear, telev isão e v ideo em breve este local torna-se uma alternativa agradavel aqueles que, por motivos diversos, optaram por este género de alojamento. Como em qualquer construção recente, surgiram alguns problemas de inicio, que logo foram superados, tais como um problema na canalização que afinal se revelou ser uma garrafa de cerveja esquecida ou o surto de baratas que assutou algumas pessoas. Tudo isto pode ser considerado normal e não deveram ser imputadas culpas a quem quer que seja. No que diz respeito à proibição de aparelhos eléctricos esta apenas se aplica aos aparelhos de

aquecimento, pois a residência está munido com aquecedores, logo nãp sendo necessãria a utilização de outros suplementares. Também é certo que o Verão está à porta e estes não serão necessários como o seriam no primeiro semestre. Sendo assim estará esclarecida a dúv ida que muitos alunos teriam acerca da não utilização de telev isões, computadores, v ídeos ou secadores de cabelo. Muito também se falou acerca das proibições, mas qualquer um terá que ter em conta que para que tudo funcione eficazmente, teram que se seguir certas regras, daí que ex isteam proibições. Todo o homem estará proibido de frequentar a ala feminina e v ice-versa, regra esta que v isa diminuir a promiscuidade entre alunos. Mas como todos sabemos, os jovens têm uma grande capacidade imaginativa e logo conseguiram se o quiserem tornear regulamentos e enganar os porteiros. Sim, porque os há. Durante o dia e durante a noite. Estes controlam as entradas e saidas dos alunos bem como se certificam que os alunos que frequentam a residência têm autorização para tal. E isto não quer dizer que os alunos não possam sair à noite ou não decidam dormir fora de casa. Cada um deve a sua cabeça somente a ele próprio. Assim sendo esperemos que os nossos colegas que aí habitam aproveitem esta oportunidade e façam com que valha a pena, para que no ano que possam repetir e dar a experimentar a outros e esperemos que a mais estas instalações.

Irina Vieira

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UMA QUESTÃO DE RÁDIO Julgo que seja da máx ima urgência falar sobre um assunto que precisa de ser tomado em consideração que é o caso da RÁDIO. Tiv e ocasião de reparar que com o nov o ano, houv e a preocupação em fazer certas melhorias no que diz respeito às condições da RADIO GEST. Verifiquei que puseram o tal armário, tão pedido (pelo menos da minha parte) onde se pudessem guardar os CD´s que diariamente são utilizados pelas pessoas que lá trabalham. Houv e também uma preocupação em controlar a mesa de mistura para que o som pudesse sair o mais perfeito possív el. Mas, como eu já esperav a, e decerto não me enganei, continuaram os problemas relacionados com o som que sai das colunas do bar e no resto da escola. Tal como o problema do som, penso que também dev eriam ser afix ados os horários das programações e dev eria ser proibida a entrada de pessoas no estúdio enquanto houv esse programas “no ar” . Estou certa de que se estes problemas não forem resolv idos a RÁDIO GEST não v ai a lado nenhum e cada v ez v ai perdendo o interesse da parte dos ouv intes e o prestígio que merecia (assim como as pessoas que dedicam grande parte do seu tempo a tentar dar um bom ambiente a toda a escola e que por v ezes estão uma ou duas horas a passar música e quando saem do estúdio reparam que o som está desligado ou super baix o). Deix o assim aqui este meu “pequeno” reparo em relação à RÁDIO GEST porque penso que poderia ir muito mais longe (para fora da escola, inclusiv é), se houv esse alguma força de v ontade e espírito académico.

Uma Amiga da RÁDIO GEST, Ana Isabel Rodrigues (Radiomania)

LIBERDADE DE IMPRENSA A Liberdade de imprensa em Portugal é um direito que já foi adquirido há muito tempo, mas de v ez em quando utilizado abusiv amente por parte dos jornalistas em Portugal . Jornais como “O Independente“ e “O Diabo” estão constantemente a remexer as v idas priv adas das personagens mais importantes do nosso país dando uma imagem de jornais quezilentos e oportunistas por não respeitarem a v ida priv ada das pessoas que mais se destacam na sociedade portuguesa. A liberdade de imprensa, o direito de informar tem os seus limites, já que quando se passa do âmbito do direito à informação para o capítulo do crime de difamação e de calúnia v iolam-se os próprios limites da liberdade de imprensa. Mas tirando estes pequenos grandes escolhos, podemos dar - nos por felizes pela liberdade de informação que nós dispomos no nosso país, já que em outros países como a Indonésia, Cuba e Coreia do Norte a liberdade de informação não ex iste, já que a censura tira quase toda a v erdade à informação que é dada nesses países, coisa que em Portugal deix ou de ex istir ( teoricamente ... ) a partir do dia 25 de Abril de 1974. Os orgãos de informação sem restrições seriam um poder demasiado grande para qualquer país do mundo, mas desde que sejam uniformes e coerentes com a v erdade dos factos dev erão ser um poder intermédio entre os orgãos de soberania nacional e os comuns cidadãos deste país.

Alexandre Silva

27 de Março ? O que é?

Perguntas tu.

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Desfile de Moda SantaFashion, no CNEMA pelas 21:30 horas

Entrada ? São só 300 escudos

Fim de Festa na Horta

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Momentos de Poesia Momentos de

Poesia

O pensamento fugiu A estrada acabou Não há mais v olta Já tudo mudou

É um mundo de cão Uma v ida enlatada Já não há saída

E perdeu-se a entrada

A caminho do céu Viajando com a mente

Transportado pelas nuv ens Vou em rota ascendente

Desafio os limites Discuto a v erdade

Agarro-me aos sentidos Para encontrar liberdade

Fujo do medo Pux o a emoção Largo a v ergonha Entro na ficção

O fim não ex iste A v ida é um não O mundo persiste

E ninguém tem razão!

Alexandre Calado

Dedicado a mim Não penses no que podia ter acontecido e não chegou a acontecer Não penses no que podias ter feito e não fizeste Não penses no que podias ter dito E não disseste Não penses no que já passou e não v olta atrás Porque o tempo que gastas a pensar no passado É tempo que perdes para v iv er o presente E não te esqueças que o teu presente, amanhã será o teu passado e no futuro continuarás a pensar naquilo que não aconteceu, naquilo que não fizeste, naquilo que não disseste... porque estav as demasiado ocupada a pensar no passado!

Viv e! Viv e intensamente cada segundo da tua v ida. Dá o teu melhor E a tua consciência ficará tranquila, ainda que o teu melhor não satisfaça muita gente. Viv e! Sê feliz! Porque desta v ida medíocre Não se lev a nada a não ser recordações sejam boas para que v alha a pena v iv er!

Nana

Àqueles que não têm tempo para viver:

Olhar o mar, Olhar a lua, Contar as estrelas, Perder-me a olhar Uma chama de fogueira São coisas que me dão prazer E no entanto há tanta gente Que goza comigo e me diz que tem mais que fazer... Essas são as pessoas que pensam ter tudo E não têm nada. São aqueles que morrem Sem nunca terem v iv ido!

Se frente à derrota Souberes sorrir lutando sem medo Sempre a prosseguir Nunca recordando o que fica para trás Serás feliz Porque v encerás!

Nana

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Se queres vender ou publicitar algo, fazer uma declaração a

alguém muito especial, publicar rabiscos puxa pela imaginação e

aproveita estes espaços que estarão à tua disposição.

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Associação em Actividade A associação continua a desenv olv er a sua activ idade nas div ersas áreas de interesse dos seus associados. Apresentamos em seguida um brev e sumário dos projectos que estão em curso, dos problemas com que se debatem, e dos concursos que promovem, facultados por dois dos seus elementos componentes: Marta Graça e Bruno Ribeiro.

NOVOS CARTÕES de SÓCIO da AE: A associação pede a todos os seus sócios que se dirijam às suas instalações para se proceder à substituição (gratuita) dos cartões de sócios. Para tal apenas precisam de lev ar uma fotografia tipo passe (serv e a do cartão v elho). Os nov os cartões são plastificados e têm um nov o formato, na parte da frente é colocada a identificação do sócio e na parte de trás está um calendário com todas as terças-feiras até Dezembro, que será marcado sempre que o aluno for ao cinema e solicitar o desconto a que tem direito por ser sócio da AE, é de referir portanto que o desconto de cinema só será concedido a quem tiv er o nov o cartão de sócio.

Programa CONTACTO: O grupo empresarial SONAE dirige um conv ite a todos os alunos finalistas para uma v isita às suas empresas. As inscrições estão abertas até ao dia 24 de Março e podes fazê-lo por carta dirigida ao programa CONTACTO 96, Rua João Mendonça, 505 - 4460 Senhora da Hora ou v ia Internet para (www .sonae.pt/sonae) mencionando Nome e Idade, Nome do Estabelecimento de Ensino Superior, Curso e Média Geral Prev ista, Morada Escolar e Domiciliária. Inscrev e-te e pode ser que sejas um dos 100 seleccionados.

Concurso RABISCOS: O Núcleo de Artes Plásticas da Univ ersidade de Av eiro organiza o I Concurso Nacional de Rabiscos. Este concurso consiste em premiar estudantes e professores do ensino superior; para concorrer basta destacar qualquer folha de apontamentos, em que repouse um boneco, uma “boca” , uma caricatura, enfim um dev aneio destinado a preencher aqueles momentos de tédio que nos ensombram a v ida. As informações sobre o regulamento deste concurso encontram-se afix adas na sala de conv ív io junto ao bar, não hesites, participa aprov eitando a tua imaginação.

DESPORTO: As aulas de aeróbica iniciaram-se no passado dia 6 no ginásio da nossa escola. Em v irtude da forte afluência de pessoas interessadas (110 inscritas para uma professora) nas aulas de aeróbica a AE v iu-se forçada a cobrar uma quota mensal para fazer face ás despesas. As quotas são de 500$00 para alunos sócios, 1000$00 para alunos não sócios e de 2000$00 para professores e funcionários. Brev emente v ão iniciar-se na nossa escola os torneios de futebol, snooker e ping-pong. A AE aprov eita para div ulgar que todos os alunos interessados em outros desportos que não constem do programa habitual organizado pela AE que se podem dirigir a esta e pedir inscrições para desportos como esgrima, remos, ténis, natação, etc.

CICLOS de CONFERÊNCIAS: Os três ciclos de conferências já têm datas definidas para a sua realização: 30 de Abril Gestão Autárquica, 8 de Maio Informática de Gestão e 9 de Maio Gestão de Empresas. A organização destes dois últimos ciclos encontra-se ainda na fase inicial de angariar patrocínios e de proceder aos contactos com os oradores. No próx imo mês contamos ter informações mais detalhadas sobre este assunto. Em fase mais av ançada encontra-se o ciclo de Conferências de Gestão Autárquica que este ano será sobre o tema “Regionalização, Como e Porquê?” , uma v ez que já está estabelecido o programa prov isório, que é composto por duas partes. A primeira parte consiste numa introdução ao debate a realizar, na segunda fase já estão confirmadas as participações do Dr. Paulo Portas pelo PP, do Dr. Jorge Lacão pelo PS, do Dr. Luís Sá pelo PCP e por confirmar o Dr. Pacheco Pereira do PSD.

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Ainda relativ amente ao ciclo de conferências de Gestão Autárquica está prev ista para brev e uma conferência de apresentação à comunicação social no salão nobre do Gov erno Civ il onde participarão representantes da organização do ciclo, da nossa AE e do Gov erno Civ il, para promoção do referido ciclo.

FAS - Federação Académica de Santarém: A tomada de posse dos nov os membros da FAS ocorreu no passado dia 4 nas instalações da AE da nossa escola. A tomada de posse hav ia sido precedida por uma reunião informal com os nov os membros que decorreu no auditório do IPJ no dia 28 de Fev ereiro pelas 20:30h, onde ficou estabelecido que para além das activ idades que a federação tem v indo a promover em anos anteriores, como é o caso do desfile de moda Santafashion e da Semana Académica, este ano também se

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v ão realizar activ idades culturais (concertos, etc...) em outras cidades do distrito, nomeadamente em Abrantes e Cartax o. Aprov eitamos também para div ulgar que recentemente a FAS env iou uma aluna da nossa escola para participar nocampeonato nacional univ ersitário, que decorreu nas Açoteias (Cross das Amendoeiras), onde conquistou um honrado segundo lugar. Desde já O IDEIAS felicita a nossa colega do 1º Gestão Autárquica Angela Reis, pela sua magnifica prestação na prov a.

ESCOLA EM ACTIVIDADE

Em v irtude das importantes alterações que se têm v indo a proceder nos orgãos do IPS mov idas pelo facto de estarmos a v iv er um momento de transição entre o regime de instalação que impera desde 1981 para o regime de autonomia, achamos conv eniente apresentar uma brev e súmula do que de mais importante ocorreu para que o "salto" para a autonomia seja dado. 8/02 - Decorreram as eleições para a Assembleia do Politécnico, orgão composto por professores, alunos, funcionários e pessoas da comunidade. Na nossa escola apenas se candidatou uma lista para cada categoria. 08/02 - O Dr. Fé de Pinho, na qualidade de candidato a presidente do IPS reuniu-se com os elementos da nossa associação de estudantes e com os alunos pertencentes à Assembleia do Politécnico para discutir a sua política de orientação do IPS caso v enha a ser eleito. 01/03 - Decorreu no auditório da ESAS pelas 15:00h a primeira Assembleia do politécnico, que serv iu para se proceder á regularização da assembleia geral. 01/03 - Abertura da residências do IPS. 11/03 - A segunda reunião da Assembleia do Politécnico tev e lugar no auditório da ESAS pelas 15:00.

Luzia Valentim

Conferência sobre o Mercado de Derivados na Figueira da Foz

A Associação Académica da Univ ersidade Internacional da Figueira da Foz, com a colaboração da Futop, está a organizar uma conferência sobre “O mercado de Deriv ados” , que terá lugar nos dias 19 e 20 de Março. A referida conferência terá v ários oradores, e decorrerá no casino da Figueira da Foz. Todos os interessados dev em dirigir-se à nossa AE ou telefonar para o 033-23404 ou 033- 22094. O preço é de 3.000$00 para estudantes e 10.000$00 para as empresas e inclui acesso aos painéis, documentação, coffee breaks e imprensa diária.

ESCLARECIMENTO Pelo facto de alguns alunos e professores terem mostrado interesse em tomar conhecimento da real situação da nossa TINTUNA, v imos por este meio informar que a TUNA da ESGS irá ter o seu primeiro ensaio do segundo semestre, no dia 12 de Março. Aqueles que não participaram na última reunião da TUNA, poderão perguntar, porquê, só agora? Pois bem, é sabido que a TUNA não poderia continuar sem as mínimas condições, e o mínimo que se poderia pedir seria um ESPAÇO que foi realmente o que tentámos conseguir reunindo todos os nosso esforços. Depois de muitas tentativ as frustadas e burocracias a mais só no passado dia 19 de Janeiro obtiv emos a confirmação do Presidente da Comissão Instaladora da Escola Superior de Educação para podermos ensaiar no antigo ginásio da mesma escola. Visto esta autorização estar dependente dos horários das v árias activ idades dos mesmos alunos, só agora chegámos a um consenso e podemos prosseguir as nossas activ idades.

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Aprov eitamos esta ocasião para conv idar todos os alunos da ESGS que tenham disponibilidade, força de v ontade e algum conhecimento musical, a comparecer no próx imo ensaio, pelas 20 horas.

Ana João Bernardo Carmen Pereira

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VOZ DO SILÊNCIO Raças... Ex istem por esse mundo histórias repetidas na conjunção dos seres. Verdades assumidas. Gémeos, jamais serão seres iguais... 10 anos. Idade de rebeldia, de v iv acidade, de energia, de poder tudo. Inocência. Bia, criança rebelde, traquina, a pestinha do orfanato, a luz, a v ida, o v ento sempre sorridente. Daniela, pelo contrário, era um espírito calmo. A contradição de personalidade contrastav a com a semelhança física. Vamos encontrar as nossas personagens a dormir, numa amena noite de fim de Verão. Bia, para v ariar estav a de castigo. Embora a sempre impressionante palav ra castigo, simbolize uma punição, neste caso nem por isso! Para Bia era uma redenção. Ela adorav a estar completamente sozinha. Isolada na casa da árv ore onde tinha de dormir sobre as tábuas, tendo como companhia os rugidos da noite. O seu espírito de av entura encontrav a o seu auge!... Começa a cheirar a fumo. Ao princípio é um cheiro suav e..., que começa a intox icar, de repente o clarão das chamas não deix a lugar para dúv idas: é Fogo! O orfanato acorda em alv oroço. Dentro em pouco a mata era uma gigantesca fogueira e toda a gente da aldeia tornou-se pouca para tentar combater as chamas que dev orav am as folhas e os troncos das árv ores com uma fome dev astadora. Os olhos gentios de Daniela estão perdidos num canto, enrolados com ela, a assistir impotentes a tudo. Está trancada no quarto. O seu espírito de alerta foi o primeiro do orfanato a dar com o cheiro do fumo. Quando acordou e foi à janela encontrou já as chamas dev orando as árv ores perto da casa da árv ore. Começou a gritar pela irmã, com toda a força do seu débil ser. Desceu as geladas escadas de mármore, v oando... Não se importou com as pedras e grav ilhas que lhe cortav am os pés descalços. - Bia! Bia! - gritav a ainda a plenos pulmões. Correu como nunca para a casa da árv ore. Uma mão pesada

pousou-lhe no ombro, mas nem assim deix ou de correr ou gritar. Tev e de ser agarrada por dois dos bombeiros que já se encontrav am no local. Começou a pontapear e a gritar ainda mais alto pela sua irmã Bia. Veio então a Madre . Começou a olhá-la com olhos de gatinho assustado, continuando a repetir, já quase sem v oz o nome da irmã. Enquanto a Madre falav a e lhe dizia que não hav ia mais nada a fazer, que a irmã não tinha sobrev iv ido às chamas, Daniela, como que num murmúrio, continuav a a repetir incansáv el o nome da irmã. Quando a fecharam no quarto ouv iu-se um uiv o de dor que estremeceu os pilares do antigo orfanato: -Bia!! Não podia deix ar de pensar: “Ela não morreu. Ela não morreu!” . Hav ia dentro dela esta v oz que lhe dav a toda a certeza. Jurou, por tudo o que considerav a sagrado que jamais diria coisa alguma . O nome de sua irmã estaria intacto nos sons do tempo como a última palav ra que hav ia dito, até que o destino as juntasse de nov o... Durante 7 anos não disse uma única palav ra. Os seus pais adoptiv os, que a tiraram do inferno em que a sua v ida se tinha transformado, acreditav am que ela não falav a porque não queria. Empreenderam todos os esforços possív eis mas Daniela estav a firme e segura da sua decisão. Porém, Daniela era hoje uma adolescente de acção com seus 17 anos, e aos 17 anos ninguém deix a o mundo passar-lhe ao lado. Vamos encontrá-la na Escola, perto dos seus colegas que sempre ficaram fascinados com a magia da linguagem gestual e por curiosidade, decerto, sempre fizeram de tudo para aprendê-la... As aulas acabaram. No alv oroço normal da saída ninguém reparou que Daniela ficou parada no meio da rua. Rente a ela passou em grande v elocidade um carro que quase a atropelou, porém, não foi isso que a fez parar... -Bia!! - grita Daniela surpreendendo tudo e todos com a dor que aquele profundo e sonoro grito traduzia.

Sílvia Inácio

Antologia de Letras

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Pensa nisto! Se gostas de escrev er, de fotografar, de fazer desenhos, contar pequenos contos, atrev e-te. Fala comigo ou com a tua A. E. .

Sílvia Inácio 1ºano I. G.

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H����ras de

Est����do

ESTE ESPAÇO ESTÁ

RESERVADO A PARTIR DESTA

EDIÇÃO PARA OS ALUNOS QUE

QUEIRAM APRESENTAR ANEDOTAS,

PASSATEMPOS...

Perigosa sedução Quando ela o v iu Tão jov em, Tão indefeso, Tão inseguro, Tão saudáv el Nunca mais deix ou de o tentar; todos os dias A todas as horas Ela o hipnotizav a com um místico de sedução e mistério. Num dia cinzento ela pediu aos amigos que a apresentassem a ele. Ele v acilou... Por fim aceitou; Quem sabe ela não iria encher de sol Aquele dia cinzento e chuv oso do seu coração... O inev itáv el aconteceu! Mas qualquer coisa correu mal... Quando ele quis partir liv re Ela não deix ou, prendeu-o. E arrastou-o para um buraco cada v ez mais fundo,

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Devido a problemas técnicos, a publicidade aqui apresentada não é totalmente idêntica ao original

a nós entregue pela empresa MicroMineiro. Pelo facto apresento desde já as minhas desculpas ficando

a promessa de resolver esta situação na edição de Abril.

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Rui Costa