nnovo ovo eenemnem - cursinhodapoli.org.br · mente caneta azul ou preta para resolver a prova e...
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0009
-1
No da carteirinha: Sala:
Nome:
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Novo Novo ENEMENEM
Simulado
Ciências da natureza e suas tecnologiasCiências humanas e suas tecnologias
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1. Você está recebendo este caderno de questões e um cartão de respostas. Use so-mente caneta azul ou preta para resolver a prova e preencher seu cartão de respostas. Preencha-os de acordo com a orientação do fi scal de sala. Lembre-se de preencher corretamente com seu número de carteirinha nos quadros devidos. Importante: não erre a marcação do seu número no cartão de respostas, pois será através dele que o computador fará a identifi cação. Se você não tiver certeza do modo correto de preenchimento do cartão, peça orientação ao fi scal de sala.
2. Escreva seu número de carteirinha, seu nome, prédio e sala no seu cartão de respos-tas, na parte superior, e também na capa deste caderno, no espaço reservado para isso. Não escreva ou rabisque nada no verso do cartão de respostas.
3. Esta prova contém 90 questões, cada uma com cinco alternativas, das quais somente uma é correta. Você pode usar qualquer espaço livre da prova para rascunho. Assinale, no cartão de respostas, a alternativa que você julgar correta para cada questão. Assi-nale apenas uma alternativa para cada questão, pois será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa, ou que estiver totalmente em branco no cartão de respostas. Preste muita atenção para não assinalar uma resposta no espaço destinado a outra questão.
4. A duração desta prova é de 4h30, e não haverá tempo suplementar para o preenchi-mento do cartão de respostas. Faltando cerca de 30 minutos para o término desse tempo, é aconselhável que você comece a preencher o cartão de respostas (se ainda não o tiver feito).
5. É proibido sair do local de prova antes de decorridas duas horas do seu início, por qualquer motivo.
Boa Prova!
INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO SIMULADO
** LEIA COM MUITA ATENÇÃO **
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1. Biólogos decifram canção de amor do mosquito da dengue
O que para humanos é um zumbido irritante, para mosquitos é uma canção de amor. Pesquisadores nos EUA descobriram que, antes do sexo, um casal de mos-quitos Aedes aegypti – transmissores da dengue – ajusta o batimento das asas para produzir um zumbido na mesma frequência sonora. Os biólogos descobriram que, quando sozinha, a fêmea “zumbe” batendo asas na frequência de cerca de 400 Hz (hertz, ou vibrações por segundo) e o macho voa a 600 Hz. [...] E o dueto do casal é “cantado” a 1 200 Hz, a nota ré seguinte, à direita, seguindo a escala do piano. [...]
Folha de S. Paulo, 9 jan. 2009.
São apresentadas as seguintes afi rmações:I . Os zumbidos do macho e da fêmea do mosquito estão
dentro do intervalo audível humano.II. O som emitido pelo macho é mais grave do que o
emitido pela fêmea.III. O zumbido emitido pelo casal de mosquitos em dueto
corresponde a uma frequência múltipla das frequên-cias naturais emitidas pelo macho e pela fêmea.
IV. Um equipamento eletrônico que emita sons de frequên-cia 1 200 Hz poderia atrair os mosquitos (macho e fêmea) para redes elétricas, por exemplo, exterminando-os.
São corretas as afi rmações:a) I apenas. b) II apenas. c) I e III apenas.d) II, III e IV apenas. e) todas.
2. Uma das metas da tecnologia atual é a busca por maior efi ciência energética. No entanto, um melhor aprovei-tamento da energia por um determinado dispositivo é fruto direto da evolução da própria tecnologia. O diagra-ma a seguir mostra, de forma aproximada, a evolução histórica da efi ciência energética de duas classes de dispositivos: máquinas a vapor e lâmpadas elétricas.
ano1700 1750 1800 1850 1900 1960 2000
60%
10%
1%
0,1%
100
10–1
10–2
10–3
F/(1
– F
)
fraç
ão (F
)máquinas a vapor
diodoGaAs (b)
fluorescente de mercúrio
filamento de tungstênio
filamento de celulose
lâmpadasvela de parafina
turbina a vapor
turbina a gás (a)
expansão tripla
Cornish
Charles Parsons
primeira lâmpada de Edison
sódio
James Watt
Thomas NewcomenThomas Savery
ba
fonte: Jesse H. Ausubel. Because the Brain Does Not Change, Technology Must, The Program for the Human Environment, The Rockefeller University, 1999
http://phe.rockefeller.edu/BrainNotChange.
Apenas uma das alternativas a seguir apresenta um comentário coerente com o exposto no diagrama. Assinale essa alternativa.a) A máquina a vapor de Thomas Savery apresentava
eficiência de 5%.b) Próximo do ano 2000, as máquinas a vapor já se apro-
ximam dos 70% de eficiência energética.c) A vela de parafina tem eficiência energética menor
do que 1%.d) As lâmpadas elétricas apresentaram evolução da
eficiência energética mais lenta do que as máquinas a vapor.
e) As lâmpadas de filamento de tungstênio, usadas ainda hoje, têm eficiência energética maior do que as lâmpadas fluorescentes de mercúrio.
3. O custo energético dos meios de transporte é bas-tante diversifi cado. Observe os dados apresentados a seguir.
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
andar a pé
bicicleta
micro-ônibus
ônibus convencional
veículo leve sobre trilhos
trem metropolitano a diesel
trem metropolitano elétrico
automóvel a gasolina grande
automóvel a gasolina pequeno
energia primária requerida (MJ/km/passageiro)
carregamento máximo carregamento típico
fonte: Mariana Oliveira da Silveira; Ronaldo Balassiano. A bicicleta e a redução do consumo de energia no setor de transportes. Programa de Engenharia dos Transportes, PET-COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro.
No planejamento de políticas públicas visando à me-lhoria do transporte numa determinada cidade, deve-se escolher uma solução que contemple ao mesmo tempo baixo custo energético e máximo transporte de passageiros. A escolha que melhor atende a esses dois requisitos relaciona-se:a) à construção de ciclovias e ao incentivo ao uso de
bicicletas.b) à ampliação da rede de trens metropolitanos elétri-
cos.c) à melhoria das condições asfálticas das vias que favo-
reçam maior circulação de automóveis de pequeno porte.
d) ao aumento do número de unidades e ao incentivo ao uso de ônibus convencional.
e) à criação de vias para circulação de veículos leves sobre trilhos.
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4. Esperança de vida e mortalidade infantil têm tido desempenhos favoráveis na última década, no Brasil. O índice atualmente considerado aceitável pela Organi-zação Mundial de Saúde (OMS) é de 10 crianças mortas por mil nascimentos confi rmados.
1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
78
76
74
7270
68
66
6462
E(0)esperança de vida ao nascer – 1990-2008
fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indicadores Sociais.
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
por mil nascidos vivos
taxa de mortalidade infantil – 1990-2008
1990 1995 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
0 – 10
10 – 30
30 – 6060 – 90
90 – 130
130 +
distribuição mundial das taxas de mortalidade infantil
A análise dos dados apresentados pelos gráfi cos per-mite concluir que:1. A esperança de vida aumentou de 66 para 76 anos,
no período.2. A taxa de mortalidade infantil caiu de 48 por mil para
25 por mil, no período.3. O Brasil reduziu quase pela metade sua taxa de mortali-
dade infantil, mas ainda não atingiu o índice da OMS.
4. Suprimento de água potável, alimentação e hábitos de higiene tem impacto significativo sobre as taxas de mortalidade infantil.
5. Altas taxas de mortalidade infantil e pobreza estão intimamente relacionadas.
O número de afi rmações corretas acima é:a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
5. Mudanças de comportamento em relação à saúde primária.
porcentagem de nascimentos
100
80
60
40
20
02000 2005 2015África Subsaariana
2000 2005 2015 Ásia do Sul e Sudeste
2000 2005 2015 Médio OrienteÁfrica do Norte e Ásia Central
2000 2005 2015América Latina
e Caraíbas
pessoa leiga parteira tradicional
outros profi ssionais de saúde
médico
A profi ssionalização dos cuidados à nascença: porcentagem de partos assistidos por profi ssionais e
outros prestadores de cuidados em áreas selecionadas, 2000 e 2005 com projeções para 2015*
* Fonte: dados retirados de 88 inquéritos demográfi cos e de saúde 1995-2006, projeção linear para 2015
fonte: Cuidados de saúde primários. Agora mais que nunca. Relatório Mundial de Saúde, Capítulo I. Os desafi os de um mundo em mudança, 2008, Organização Mundial de Saúde (OMS-ONU),
Alto Comissariado de Saúde. p. 18.
A análise desses dados permite afi rmar que:I. A procura de atendimento de parto com alta especia-
lização é maior na América Latina e no Caribe do que nas outras regiões estudadas.
II. Os dados revelam, mesmo indiretamente, a relação entre riqueza, grau de instrução e busca de melhores cuidados com a saúde.
III. O perfil de comportamento e da natureza do aten-dimento à parturiente apresentado pelo gráfico tem influência na distribuição mundial das taxas de mor-talidade infantil.
IV. A figura da parteira tradicional está longe de desapa-recer em algumas regiões do planeta.
Das afi rmativas acima, são corretas:a) I e II. b) III e IV. c) nenhuma. d) todas. e) apenas a II.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e3/Infantmortalityrate.jpg. (adaptado)
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6. O aproveitamento da energia dos ventos na geração de eletricidade tem sido cada vez maior.
O gráfi co a seguir mostra alguns dados referentes às turbinas eó-licas utilizadas nessa modalidade de obtenção de eletricidade.
3 000
2 500
2 000
1 500
1 000
5000
01982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002
potênciadiâmetro
D = 80 mP = 2 500 kWH = 100 m
D = 45 mP = 600 kWH = 60 m
D = 30 mP = 300 kWH = 40 m
D = 20 mP = 75 kWH = 30 mD = 15 m
P = 55 kWH = 25 m
0
10
20
30
40
50
60
70
80
po
tên
cia
(kW
)
diâ
met
ro d
o ro
tor (
m)
fonte: F. R. Martins; R. A. Guarnieri; E. B. Pereira. O aproveitamento da energia eólica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 1, 1304 (2008).
As alternativas a seguir apresentam afi rmações verda-deiras sobre a eletricidade obtida por meio de turbinas eólicas e consistentes com os dados apresentados pelo gráfi co, EXCETO uma. Identifi que-a.a) As turbinas mais potentes apresentam maior altura e
maior diâmetro de pás.b) Para uma variação de altura de cerca de 4 vezes, a
potência mostrada aumenta 45 vezes, aproximada-mente.
c) A potência gerada pela turbina depende da velocida-de do vento.
d) A eletricidade obtida a partir da energia eólica é limpa, pois não causa nenhum impacto ambiental.
e) A potência das turbinas aumentou mais sensivelmen-te do que a altura da torre ou o diâmetro das pás, no período apresentado, indicando um possível desen-volvimento tecnológico que resulta no aumento de sua eficiência.
7. Numa viagem de automóvel entre São Paulo e Campi-nas, uma pessoa colecionou os seguintes comprovantes de pedágio.
Analisando as informações contidas nesses comprovan-tes e sabendo que a distância entre as referidas cidades é de 99 km, analise as afi rmações.I. A viagem de ida e volta aconteceu no mesmo dia, e
a pessoa foi de São Paulo para Campinas de manhã, voltando para São Paulo no começo da noite.
II. De acordo com os dados dos recibos, a máxima velo-cidade média desenvolvida foi de aproximadamente 109 km/h.
III. Considerando a distância entre as duas cidades, o preço pago por quilômetro rodado foi de aproxima-damente R$ 0,12.
São corretas as afi rmações:a) I apenas. d) I e II. b) II apenas. e) I, II e III.c) III apenas.
8. Comparação entre diferentes tipos de tecnologia de combustíveis para veículos.
litros de água utilizados para viajar 160 km
carro a etanol
carro a hidrogênio com célula combustível
carro elétrico híbrido plug-in
carro a gasolina
26,5 – 53
91
159
492–23 500
Observações: para etanol fabricado com grãos irrigados, o hidrogênio para células combustíveis é feito a partir da eletrólise da água com a eletricidade da rede-padrão, a água para os híbridos resfria as usinas locais e processa sua fonte de energia e a água é usada para extrair e refinar petróleo para produzir gasolina.
fonte: Todas as fontes de energia. Scientifi c American Brasil, Edição Especial, São Paulo: Duetto, n. 32, 2009, p. 34.
De acordo com os dados apresentados:a) O carro movido a etanol é o que menos emite gases
poluentes, sendo, portanto, preferido no Brasil.b) O carro movido a gasolina é o menos poluente dentre
os tipos apresentados, o que justifica a busca de novas reservas de petróleo pelo mundo.
c) O carro movido a etanol tem alto gasto de combustí-vel, constituindo uma tecnologia mais cara e sendo, portanto, abandonado em diversas partes do globo.
d) A escolha da tecnologia energética adequada deve levar em conta outros fatores como, por exemplo, o consumo da água envolvida em sua obtenção.
e) A tecnologia dos carros do futuro usará água como fonte de energia, agravando o problema da falta de água potável em algumas regiões do planeta.
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9. Taxas de escolarização no Ensino Médio
(por unidade da federação)PNAD/IBGE 2005
AC ALAM
AP
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MTPAPB
PEPI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SPTO 70
60
50
40
30
20
10
0
26,731,0
24,9
23,3
44,9
43,546,7
25,643,8
49,3
49,3
38,727,1
33,328,218,7
38,333,9
61,9
24,762,6
52,9
38,4
35,7
36,8
44,2
58,1
fonte: Ensino Médio Inovador. Brasília, MEC, abr. 2009, p.12.
Baseado em dados da pesquisa PNAD 2005 e do Censo Escolar 2005, a taxa de escolarização do Brasil foi calcu-lada em 44%. De posse dessas informações e da leitura do gráfi co anterior, analise as proposições seguintes:I. A maior e a menor taxa de escolarização apresentadas
pelo gráfico são, respectivamente, por unidade da federação, SC – 62,8% e AL – 18,7%.
II. Apenas 9 unidades da federação estão acima da média nacional.
III. Os dados mostram uma proximidade muito grande do conceito de universalização da escolarização no país.
IV. Os casos mais críticos, ou seja, as unidades da fede-ração que apresentam as mais baixas taxas de esco-laridade concentram-se na região nordeste do país.
São corretas as afi rmações:a) I e II. b) II e IV. c) I, II e III. d) II e III. e) todas.
10. Observe atentamente o quadrinho apresentado abaixo.
Idade da Pedra Idade do Bronze Idade do Ferro
Idade Média Idade Moderna Idade do Computador
Das alternativas apresentadas a seguir, qual é a mais adequada ao que se apresenta no quadrinho?a) O desenvolvimento tecnológico sempre envolveu di-
retamente a força humana auxiliada por ferramentas apropriadas a cada tipo de trabalho.
b) A força humana sempre foi usada para gerar exclusi-vamente benefícios para a humanidade.
c) Atualmente, a eletricidade substituiu por completo o uso da força humana nas atividades tecnológicas.
d) O domínio da metalurgia do ferro e do aço aumentou a incidência de conflitos entre os seres humanos.
e) A era do computador favoreceu no homem a busca de resultados mais rápidos causando, entre outros efeitos, a redução da tolerância na espera por resultados.
11. A supercondutividade foi descoberta em 1911, pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onnes. De lá para cá, as pesquisas se acentuaram, e o desenvolvimento tec-nológico nesse campo cresceu rapidamente. Algumas informações a respeito da supercondutividade são apresentadas no quadro a seguir.
0 K Tc temperatura
resi
stên
cia
supercondutor
metal não-supercondutor
Y-Ba2Cu
3O
7
50 100 150 200 250temperatura (K)
108642
resi
tên
cia
(m o
hm
)temperatura da superfície da Lua à noite
temperatura da superfície de Plutão
140
120
100
80
60
40
20
0
tem
per
atu
ra [K
]
1900 1920 1940 1960 1980 2000
ano da descoberta
HgBaCaCuO
TISrBaCuO
BiCaSrCu2O
9
YBa2Cu
3O
7
77 Knitrogêniolíquido
hélio líquido4.2 K
LaBaCuO4Nb
3Ge
Nb3Sn
V3SiNbN
NbCNbPb
Hg
Analisando os gráfi cos apresentados, julgue as afi rma-ções a propostas a seguir:I . A resistência elétrica de um supercondutor passa a
ser nula abaixo da chamada temperatura crítica (Tc). II. Com resistência elétrica nula, materiais supercon-
dutores são capazes de transportar eletricidade sem perdas por efeito Joule, tornando-se uma promessa tecnológica para as redes de distribuição de energia elétrica no futuro.
III . O primeiro material a apresentar supercondutividade foi o mercúrio.
http://farm1.static.fl ickr.com/157/428276765_7d71f6e107.jpg
http
://su
per
cond
ucto
rs.o
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tp://
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w.la
sup
.com
.br/
wp
-con
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2008
/12/
tcvs
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1-sm
all2
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IV . A supercondutividade é um fenômeno típico de bai-xas temperaturas.
V. Passaram-se mais de oitenta anos até que a super-condutividade fosse obtida a temperaturas acima de 77 K (temperatura de obtenção do nitrogênio líqui-do).
VI . De acordo com o gráfico, a maior temperatura para a qual foi obtida a supercondutividade é de aproxima-damente 140 K e foi alcançada entre 1995 e 2000.
Dentre as afi rmações, a única INCORRETA é:a) I. b) II. c) III. d) V. e) todas são corretas.
12. O Programa Brasileiro de Etiquetagem avalia e clas-sifi ca diversos equipamentos produzidos e comerciali-zados no país com relação à sua efi ciência energética. Etiquetas padronizadas orientam o consumidor na aquisição desses bens. Com participação do Ministé-rio das Minas e Energia e do Ministério da Indústria e Comércio, o programa teve início em 1984, quando se fi rmou um protocolo entre o Ministério da Indústria e Comércio brasileiro e a Associação Brasileira da Indús-tria Elétrica e Eletrônica (Abnee). Restrito inicialmente a equipamentos eletrodomésticos – identifi cados pelo selo Procel –, o programa hoje engloba uma ampla classe de equipamentos, inclusive automóveis. Apre-sentam-se a seguir etiquetas para dois tipos de aquece-dores de água – a gás e elétrico. A partir da leitura das informações apresentadas, julgue as afi rmações.
Energia (Gás)Empresa/FornecedorMarca ou Logo
ModeloTipo de Gás
ABC
DE
Mais eficiente
Menos eficiente
RENDIMENTO (%)
CAPACIDADE DE VAZÃO (l/min)
POTÊNCIA NOMINAL - kW (kcal/h)
CONSUMO MÁXIMO DE GÁS (m3/h) (para elevar a temperatura da água em 20 º C)
PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM-PSERegulamento de Avaliação da Conformidade paraAquecedores de Água à Gás dos Tipos Instantâneoe de Acumulação
Portaria Inmetro no 119 de 30 de março de 2007
IMPORTANTE: É VEDADA A REMOÇÃO DESTA ETIQUETA ANTES DA VENDAInstruções de instalação e recomendações de uso, leia o manual do aparelho
AQUECEDOR A GÁSInstantâneo
Gastur Aquecedores S/A
TG
CH 11 CE
Natural
A
83,2
3,0
5,2 (4.517)
0,46
INMETRO
Energia (Elétrica)Marca LorenzettiModelo Maxi Aquecedor PlusTensão Nominal 220 V~Potência Nominal 5 400 W
Aquecedor
EFICIÊNCIAENERGÉTICA
Superior a
95%
D
ABC
D
GF
E
2 400 w
3 500 w
4 600 w
5 700 w
6 800 w
7 900 w
9 000 w
Classe de Potência
Consumo (kWh) - Por minuto de utilização diária.
MENSAL MÍNIMOELEVAÇÃO DE
TEMPERATURA 100 ºCVAZÃO 7,9 L/MIN.
2,78
MENSAL MÁXIMOELEVAÇÃO DE
TEMPERATURA 26,50 ºCVAZÃO 3,0 L/MIN.
2,82
INMETRO
Regulamento Específico para Aparelhos Elétricos Fixosde Aquecimento Instantâneo de Água – Resp 002-AAQ.Instruções de Instalação e Recomendações de Uso,Leia o Manual do Aparelho.
PROGRAMA DE COMBATE AO DESPERDÍCIO
DE ENERGIA ELÉTRICA
I. A eficiência energética do aquecedor a gás é maior do que a do aquecedor elétrico.
II. A potência do aquecedor a gás é mil vezes menor do que a do aquecedor elétrico.
III. O aquecedor a gás apresentado é o mais eficiente de sua categoria.
IV. O aquecedor a gás converte energia química (libera-da na combustão) em calor, enquanto o aquecedor elétrico converte energia elétrica (transportada pela corrente elétrica) em calor.
V. Um banho diário de 20 minutos utilizando o aque-cedor elétrico consome, no final do mês, no mínimo 55,6 kWh.
VI. O uso de aquecedor a gás durante 20 minutos diários re-presenta um consumo energético mensal de 52 kWh.
São corretas as afi rmações:a) I, II, VI e V. b) II, IV e V. c) III, IV, V e VI. d) VI e V. e) todas.
13. Os diagramas a seguir apresentam dois sistemas alternativos de obtenção de energia elétrica que usam, respectivamente, energia geotérmica e energia do gradiente de temperatura oceânico.
3
2
1
Calor geomagnético para eletricidade
linha elétricaCondensador: saindo da turbina, o gás passa por um sistema de conden-sação voltando a se transformar em líquido; é enviado novamente à caldeira dando se-guimento ao ciclo.
líqui
do
líqui
do
gás
caldeira
condensador
60 m
116 m
Possível nível de geração de eletricidade a partir de 105 ºC
superfície
transformador
Gerador: o gás sob pressão põe em rotação uma turbina que está acoplada a um gerador que pro-duz eletricidade.
geração e condensação
O calor da Terra aquece o material líquido nos tubos da caldeira conver-tendo-os em vapor sob pressão.
175 ºC
ener
gia
elé
tric
a
1 2
Como a usina oceânica opera
Água do mar aquecida é con-vertida em va-por dágua pela energia solar
Vapor d’água dessal inizado gira a turbina gerando eletri-cidade
29 ºC
0,6 milhas
5 ºC
turbinaCâmara de evaporação
a baixa pressão
3 Vapord’água con-densadona câmaraobtendo-se água pura
Câmara de condensação
Água marinha fria
Água marinha aquecida
Água salgada residual
Água dessalinizada
Eletricidade gerada
Energia solar
sigesa
Fonte: Sigesa
font
e: E
l Mer
curio
, Eco
nom
ia y
Neg
ocio
s
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I. Em ambos os processos, a alta pressão do gás ou do vapor gira a turbina, que aciona o gerador elétrico. A fonte do calor necessário para a obtenção das altas pressões é que muda: calor do interior do planeta (geotérmico) e energia radiante solar (oceânico).
II. Ambos os sistemas usam energia que pode ser clas-sificada como não poluente e renovável.
III. Estima-se que a cada 33 m de profundidade a tem-peratura do interior do planeta aumente 1 oC em relação à superfície. Considerando a temperatura da superfície como 0 oC, a caldeira do sistema geotérmico deve ficar a uma profundidade superior a 3 km.
IV. Os impactos ambientais causados pela usina oceâni-ca podem ser mais perceptíveis do que os da usina geotérmica.
V. Uma consequência do sistema oceânico apresentado é a possibilidade de obtenção de água dessalinizada (baixíssimo teor de sal marinho).
São corretas as afi rmações:a) I e V apenas. b) IV e V apenas. c) II, III e IV apenas.d) nenhuma delas. e) todas.
14. A tabela a seguir apresenta as diferenças entre os semáforos de lâmpada de fi lamento convencionais e os novos semáforos de LED, que já estão em funcio-namento nos cruzamentos de avenidas de diversas cidades em todo o país:
lâmpada com filamento
LED
queima do filamento causa perda total
queima de um LED mantém operação normal
dissipa calor não apresenta perda de calor
cor obtida por filtragem por lente colorida
cor da própria luz emitida
vida útil curta: 4 000 horas vida útil longa: 100 000 horas
alto consumo de energia: 50 a 100 W
baixo consumo de energia: 7 a 20 W
tem efeito fantasma não tem efeito fantansma
alta degradação da intensi-dade luminosa
degradação inferior a 20% durante a vida útil
“queima” da lente devido à dissipação do calor
não há alterações no aspecto visual do foco
visibilidade de foco em gran-des ângulos
luz direcionada: visibilidade só para pequenos ângulos
não tem garantia garantia de 6 anos
fonte: Sun Hsien Ming, engenheiro de trânsito da CET-SP (www.sinaldetransito.com.br).
Dentre as afi rmações a seguir, está INCORRETA:a) A vida útil das lâmpadas do novo semáforo é 25 vezes
maior do que a do antigo.b) O consumo de energia do novo semáforo chega a
apresentar economia de no mínimo 60% em relação ao modelo convencional.
c) A visibilidade em qualquer ângulo de visão do se-máforo novo, quando aceso, é melhor do que a do semáforo convencional.
d) O novo semáforo não tem efeito fantasma – a impres-são visual de que a lâmpada está acesa quando incide sobre ela luz solar.
e) A fidelidade da cor do novo semáforo é maior do que a do semáforo convencional, facilitando a identificação das três cores, vermelho, amarelo e verde.
15. A seguir são apresentados dois textos acerca do movimento de projéteis, com destaque para movi-mentos no vácuo.
texto 1
Para explicar o lançamento de projéteis, Aristóteles recorreu à única coisa que permanecia em contacto com o corpo: o meio no qual ele se encontrava, ou seja, o ar. Ele discutiu duas possibilidades para o processo pelo qual o ar exerceria a força necessária. Uma possibilida-de seria o meio de prover a força motora necessária por um processo denominado antiperistase, em que o ar deslocado pela frente da fl echa se movia rapidamente ao longo dela para ocupar o “vazio” que ela deixava e, ao fazer isso, exercia uma força, empurrando-a para a frente. Uma segunda possibilidade considerava que, no instante do lançamento, uma camada de ar era movida e que esse movimento era transmitido às suas sucessivas camadas, que, por sua vez, exerciam força sobre o projétil. Nos dois processos, a intensidade da força exercida pelo ar diminuía com o deslocamento, e a tendência natural do projétil de dirigir-se para o solo passava a predominar após algum tempo, o que explica sua queda.
Um aspecto fi nal a ser mencionado a respeito da física aristotélica é a impossibilidade do movimento de um projétil no vácuo. Sem um meio, não havia como um movimento violento ser mantido após o móvel ter sido solto pelo lançador, já que não seria mais possível atribuir-lhe uma causa. Ademais, na ausência de um meio para exercer resistência, o movimento natural de queda deveria ter velocidade infi nita e acontecer ins-tantaneamente, o que Aristóteles considerava absurdo (lembremos que, para ele, a velocidade de queda era inversamente proporcional à resistência do meio). Esse é um dos argumentos usados por ele contra a possibili-dade de existência do vácuo na natureza, uma crença
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que predominaria durante os vinte séculos seguintes, em detrimento das doutrinas atomistas, para as quais tudo poderia ser reduzido ao movimento de partículas no vácuo. [...]
Arden Zylberstajn (Departamento de Física – UFSC). A evolução das concepções sobre força e movimento.
texto 2
O professor Goddard não conhece a relação entre a ação e a necessidade de ter algo melhor do que o vácuo contra o que reagir. Ele parece não ter o conheci-mento básico ensinado diariamente em nossas escolas secundárias.
Comentário sobre os estudos revolucionários de Robert Goddard sobre foguetes. Editorial. New York Times, 1921.
Sobre esse mesmo assunto, são feitas as seguintes considerações:I. No vácuo, não havendo resistência (como a do ar,
por exemplo), uma vez iniciado o movimento, ele se perpetuará.
II. O editorial do jornal apresenta uma concepção de movimento no vácuo semelhante às ideias de Aris-tóteles sobre movimento no vácuo.
III. Se o editorial do jornal estivesse correto e as ideias de Goddard, não, as viagens do homem à Lua não seriam possíveis.
IV. Atualmente, as ideias sobre o movimento e suas cau-sas são diferentes das de Aristóteles.
V. Os princípios que fazem o foguete se manter em movimento no espaço são os mesmos que explicam por que dois patinadores numa pista adquirem mo-vimento simultâneo quando um empurra o outro.
São verdadeiras as afi rmações:a) I e III.b) II e III.c) I, II e V.d) III e IV.e) todas. 16.
Rios como o Colorado, nos Estados Unidos, o Ama-relo, na China, o Ganges, na Índia, e o Nilo, no norte da África, que atravessam algumas das áreas mais populosas do mundo, estão perdendo água, segundo o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR, na sigla em inglês) dos EUA. O estudo, publicado no Journal of Climate, considerou o fl uxo de água de 1948 a 2004 e verifi cou uma redução de cerca de um terço no volume de água nos maiores rios do mundo.
Pesquisa Fapesp, mai. 2009.
Todas as alternativas a seguir apontam prováveis causas para a redução do volume de água nos rios, EXCETO:a) a construção de barragens.b) o desvio de água para uso agrícola ou industrial.c) o aquecimento global.d) o desperdício nos centros urbanos e nas megacidades.e) o escorregamento e o derretimento das geleiras do
Himalaia e da Antártida.
17.Personagens novos e peculiares
Lista de espécies mais interessantes descritas em 2008 chama atenção para a biodiversidade da Terra
Uma lesma-fantasma (1), um cavalo marinho (2) do tamanho de uma ervilha, uma árvore (3) que fl oresce até a morte, uma bactéria (4) que vive no spray de cabelo. Esses seres até poderiam ser personagens de histórias infantis, mas existem de verdade em nosso planeta. Suas características peculiares os colocaram na lista das dez espécies mais interessantes descritas em 2008, elaborada por cientistas da Universidade do Arizona (EUA) e por um comitê internacional de taxonomistas.
Ciência Hoje, jun. 2009.
Assinale a alternativa correta que indica os grupos ta-xonômicos ao qual pertencem os organismos grifados no texto.
1 2 3 4a) Mollusca Pisces Metaphyta Monerab) Anellida Pisces Metaphyta Protozoac) Porifera Mamallia Metaphyta Monerad) Anfibia Mamallia Metaphyta Monerae) Reptilia Crustacea Metaphyta Pirroficea
18.
World Wildlife Found Brasil, (www.WWF.org.br)
Conservação ambiental para um desenvolvimento sustentável
O debate ambiental no Brasil tem sido incremen-tado com os resultados de estudos e ações práticas de grupos de pesquisas de fora do circuito ofi cial. Além das universidades e dos centros de pesquisas apoiados por instituições do governo, cientistas de entidades do
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terceiro setor têm desenvolvido pesquisas de alta qua-lidade para entender e sugerir melhorias na complexa interação do homem com o mundo natural.
http://cienciaecultura.bvs.br, 5 jun.2009.
Podemos relacionar a mensagem do cartaz com o tre-cho do texto anterior como a intenção de promover:a) a paz entre os povos.b) a miscigenação.c) ações que gerem a conservação dos recursos naturais
e da biodiversidade e promovam o desenvolvimento sustentável já.
d) a substituição do trabalho escravo infantil pela pesca de subsistência.
e) o uso do tempo para o lazer.
19. A descoberta de seres vivos muito pequenos está ligada à invenção do microscópio, de início de uma única lente (o simples), em 1677, pelo holandês Leeuwenhoek, o primeiro homem a observá-los. Posteriormente, em 1876, Abbe criou o microscópio de duas lentes (o composto). A descoberta, em 1847, pelos pesquisadores Schwann e Scheleiden, de que os organismos mais complexos, quer animais ou plantas, eram constituídos pela justaposição de células e de que toda célula é originária de outra preexistente, com capacidade de reproduzir-se, deu início ao aprofunda-mento dos estudos para estabelecer as semelhanças e diferenças morfofuncionais entre os padrões celulares. Unifi cando esses conhecimentos, tornou-se possível a construção da árvore fi logenética, conforme mostrado a seguir, evidenciando as relações de parentesco entre os diferentes grupos de seres vivos.
tempo (milhões de anos)
fungos talófitas plantas metazoários
algas protozoários
eubactérias eucariotos
vírus arqueobactérias
procariotosprimitivos
protocélulas
?
Essa árvore fi logenética serviu como referência para as seguintes afi rmações:I. a diversidade atual de organismos descende de
um ramo ancestral, comum a todos, há milhões de anos.
II. os eucariotos diferem dos procariotos pela presença de estruturas celulares como a carioteca e as organe-las.
III. os vírus, cuja linhagem evolutiva é incerta, são consi-derados seres vivos porque apresentam metabolismo de replicação quando infectam as células.
IV. as células do corpo humano são mais semelhantes às dos protozoários do que as das algas.
V. certamente, eucariotos clorofilados deram origem aos fungos.
São corretas as afi rmações:a) Ib) I e IIc) I, II e IIId) I, II, III e IVe) I, II, III, IV e V
20. A fonte última de energia para todos os ecossiste-mas naturais é o Sol. A Terra recebe do Sol, em média, duas calorias de energia radiante por minuto por centí-metro quadrado, um total de 13 x 1023 calorias por ano. Cerca de metade dessa energia não chega a alcançar a superfície, mas é refl etida de volta pelas nuvens e pelo pó da atmosfera. Parte da energia que alcança a super-fície é dissipada na evaporação da água. A maior parte é absorvida no solo e reirradiada na forma de calor. Só pequena fração da energia total proveniente do Sol entra numa cadeia alimentar de organismos vivos.Assinale a alternativa que indica o ecossistema que tor-na disponível em grande parte a energia química, con-vertida a partir da luz do Sol, unidirecionalmente, sendo incapaz de sustentar a complexa rede alimentar:a) oceanosb) floresta temperadac) pastagem para o gadod) lagoae) floresta tropical
21. Amazônia tem um Reino Unido
em pastos degradados
Enquanto ambientalistas e ruralistas disputam uma área maior do território brasileiro para a preservação do meio ambiente ou para o agronegócio, uma extensão de terras estimada em quase três vezes o estado de São Paulo é ocupada por pastagens degradadas, com baixa ou nenhuma produção. Só na Amazônia, as pastagens com grau avançado de degradação equivalem ao ta-manho do Reino Unido.
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quadro I: estágios de degradação da floresta
1 – leve 2 – moderada 3 – alta 4 – corte raso
Folha de S.Paulo, 5 jun. 2009
quadro II: perda da biodiversidade devido à degradação da floresta
nível crítico
1 2 3 4
tempo (anos)
nú
mer
o d
as d
ifere
nte
s es
péc
ies
nu
ma
flore
sta
Diante da degradação da fl oresta (quadro I), a quantidade de determinadas espécies está diminuindo (quadro II) devido, principalmente, à destruição dos hábitats.No entanto, as populações podem reagir superando a mortalidade, desde que o nível crítico de indivíduos não seja atingido, pois, a partir daí, o custo energético para o acasalamento, a reprodução, a ovoposição ou os cuidados com a prole se torna inviável e a extinção é certa.Considerando os quadros I e II, caso você fosse convidado a participar de projeto ambiental de recuperação, qual(is) o(s) estágio(s) de degradação da fl oresta deve(m) centralizar o planejamento das ações visando a garantir a perpetuação das espécies?a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 1 e 4
22. A grande contribuição de Mendel foi demonstrar que as características – mesmo que deixem de aparecer – são, na verdade, preservadas, permanecendo “ocultas” nos híbridos (heterozigotos) nos cruzamentos controlados.Assim, quando Mendel cruzou plantas de ervilhas puras (homozigotos) para certa característica, por exemplo, a cor da semente amarela (dominante) com a verde (recessiva), sempre obteve na 2ª geração a proporção do caráter recessivo de:a) 0 b) 25% c) 50% d) 75% e) 100%
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23. Para poder realizar suas atividades normais, o orga-nismo vivo necessita da energia fornecida pela quebra dos nutrientes de que se alimenta. Nessas reações de quebra, os alimentos fornecem também os compostos intermediários utilizados para sintetizar as moléculas complexas de que necessitam. A parte não usada será excretada na urina ou eliminada pelas fezes.Calcule o valor energético-calórico da dieta de um jovem de 60 kg e avalie se está de acordo com o reco-mendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), conforme os dados a seguir.
classe de alimentoenergia (Kcal) fornecida por
grama de alimento
carboidratosproteínas
lipídios
449
dieta do jovem de 60 kg do sexo masculino g/dia
carboidratosproteínas
lipídios
350200200
OMS – aconselhamento para jovens do sexo masculino
recomendação de consumo de alimentos energético-calórico equivalente a 45 Kcal/dia para cada 1 kg de peso da pessoa
valores Kcal/dia avaliação
a) 2 500 abaixo do recomendado
b) 2 700 recomendado
c) 3 000 acima do recomendado
d) 3 500 muito acima do recomendado
e) 4 000 revisão da dieta, risco de obesidade
24. Supondo que o vírus da gripe infl uenza A (H1N1) seja dotado de cápsula proteica com 800 aminoácidos, o número total de nucleotideos-RNAmensageiros deve ser de:a) 800b) 1 000c) 2 400d) 3 000e) 3 800
25.
divisão do tempo geológico – idade (duração) em milhões de anos antes do presente (a.P.)
eras período época eventos biológicos
Cenozoica63
Quaternário2
atualHolocenoPleistoceno
surgimento dos humanos
Terciário 61
Plioceno – 11
Mioceno – 12
Oligoceno – 11
Eoceno – 22
Paleoceno – 5
formas pré-humanas
irradiação das angiospermas e mamíferos
macacos antropóides
idade dos mamíferos
surgimento dos primatas
Mesozoica167
Cretáceo – 72
Jurássico – 45
Triássico – 50
extinção dos dinossauros; apa-recimento das angiospermas
idade dos répteis
aves e mamíferos rudimen-tares
Paleozóica340
Permiano – 50
Carbonífero – 60
Devoniano – 60
Siluriano – 30
Ordoviciano – 70
Cambriano – 70
diversificação dos répteis e insetos
idade dos anfíbios; surgimen-to dos répteis; expansão das florestas de pteridófitas e gim-nospermas
aparecimento dos anfíbios; idade dos peixes e desenvolvi-mento das florestas
surgimento das plantas vascula-res e artrópodes terrestres
primeiros agnatos e plantas terrestres
diversificação dos invertebrados marinhos, algas, fungos
Pré-Cambriano4 000
origem dos invertebrados
surgimento das primeiras célu-las eucarióticas
primeiras células fotossinte-tizantes
primeiros seres vivos proca-riotos
formação dos compostos or-gânicos nos oceanos em for-mação
Pode-se relacionar o progressivo aumento da comple-xidade dos seres vivos e sua diversifi cação ao longo do tempo como mostrado no quadro acima pela disponi-bilidade da energia sob a perspectiva da célula. Isso foi possível devido:a) à formação da camada de ozônio na estratosfera,
protegendo os organismos terrestres contra os efeitos da mutação causados pela radiação UV.
b) à retirada do gás carbônico do ambiente pelas plantas, unicamente.
c) ao aparecimento dos processos de fotossíntese e respiração celular; o primeiro transformando a energia luminosa em química a partir de compostos simples e o segundo usando o gás oxigênio para regenerar as moléculas de ATP com mais eficiência.
d) ao surgimento da meiose recombinando os genes.e) à manutenção atual das atividades vulcânicas que
eliminam gases como o metano, a amônia e o hidro-gênio, imprescindíveis aos ciclos biogeoquímicos.
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26. A seleção natural, enunciada por Darwin em 1838, pode ser resumida em termos modernos:I. são considerados indivíduos de uma mesma espécie
aqueles que, ao se cruzarem, são capazes de se repro-duzir e ter filhos férteis.
II. todas as espécies são formadas de indivíduos que apresentam diferenças (variações) entre si, que em parte são transmitidas geneticamente como alelos diferentes, resultantes da recombinação e/ou da mutação gênica.
III. os indivíduos que apresentam características mais favoráveis, permitindo sua reprodução e transmitin-do-as a seus descendentes, sobrevivem, ao passo que outros, sem características que os tornem adaptados às condições existentes, reproduzem-se menos ou são totalmente eliminados. A seleção natural, confe-rindo maior poder reprodutivo a indivíduos mais bem adaptados, leva à evolução das espécies.
Quais populações de insetos apresentariam as asas, conforme mostradas abaixo, mais bem adaptadas aos critérios da seleção natural de acordo com o texto?
variação da pigmentação das asas do inseto Syrphus sp
1 2 3 4 5 6 7 8
asas adaptadas
ambiente claro ambiente escuro
a) 1, 7 4,5b) 4,5 1,7 c) 5,6 7,8d) 3,5 1,7e) 1,7 1,7
27. Identifique e relacione as principais formações fi togeográfi cas do Brasil, a seguir, assinalando a alter-nativa correta.I. floresta amazônicaII. floresta atlânticaIII. caatingaIV. cerradoV. mata de restingaVI. pantanalVII. manguezalVIII. campos
tipo de savana com vegetação esparsa, com poucas árvores e muitos arbustos
vegetação formada por árvores baixas, predomínio das cactá-ceas
UnB
.br
m
und
ogeo
gra
fi co.
site
s.uo
l.com
.br
1 2
3 4
planície de inundação; vegetação composta por vários tipos de gra-míneas e árvores nas áreas altas
planície costeira que recebe a influência do mar; vegetação formada por plantas com caules escoras e raízes pneumatóforas
so
srio
sdob
rasi
l.blo
gsp
ot.c
om
w
ww
.par
que
vivo
.ufc
.br
5 6
alto índice de chuvas; vegeta-ção muito densa, com diversos estratos ou andares
vegetação praticamente destru-ída que margeava quase toda a extensão litorânea
ca
rlosm
artin
ss.w
ord
pre
ss.c
om
w
ww
.geo
citie
s.co
m
7 8
também conhecido como pam-pas, onde predomina a vegeta-ção de gramíneas
vegetação rasteira das dunas de areias
cl
ubea
rlivr
e.or
g
ww
w.tr
ipto
bra
zil.c
oma) A-I-8, B-VI-2, C-VII-7, D-VI-1, E-II-3.b) A-I-5, B-III-2, C-VIII-7, D-VI-3, E-VII-4.c) A-I-5, B-II-2, C-III-3, D-IV-8, E-V-4.d) A-II-5, B-IV-6, C-VIII-7, D-III-8, E-VII-1.e) A-VII-4, B-III-2, C-VIII-7, D-V-6, E-VII-1.
28. A saúde e seus cuidados ocupam espaço conside-rável no dia-a-dia, nos meios de comunicação e nas conversas. Mesmo assim, as pessoas se esquecem com facilidade de como é simples manter-se saudável e des-frutar do bem-estar que nos faz parecer mais bonitos/as. Muitas dessas atitudes não requerem o desembolso de vultosos recursos. Vejamos as principais:I. prática regular de exercícios físicos, por exemplo, ca-
minhada pelo quarteirão do bairro;
AE
B
D
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II. relaxamento como cochilar 10-15 minutos no sofá uma vez ao dia e alongamento de alguns músculos do corpo (pernas, pescoço, costas) a cada três horas;
III. amar faz muito bem à saúde psicológica, além de melhorar as trocas gasosas do sangue e fortalecer o sistema imunitário; sexo com muita responsabili-dade (maturidade e segurança, por exemplo) ajuda a diminuir a ansiedade, entre outros benefícios ao organismo;
IV. alimentação em quantidade adequada à necessidade energético-calórica e, principalmente, de qualidade, com muitas frutas, frutos e verduras; frequente a feira e habitue-se a ler o rótulo das embalagens; quanto à hidratação do corpo, prefira água mineral ou sucos de frutas frescas (sem conservantes), beba vários copos ao dia e evite os refrigerantes;
V. o sono está ligado a fenômenos bioquímicos e hor-monais que propiciam o processamento de todas as informações que o cérebro recebe; o mais importante é a qualidade, não a quantidade;
VI. proteção solar – mesmo nos dias nublados – para a pele contra o efeito nocivo dos raios UV, que destroem o colágeno, camada que sustenta a pele;
VII. consulta periódica, ao menos uma vez por ano, ao médico e ao dentista.
Contudo, algumas atitudes citadas na lista merecem atenção, porque podem agir contrariamente na manu-tenção da boa forma física e psicológica, isto é: sem os cuidados necessários, tornam-se vias de transferência dos patógenos (parasitas) que se instalam e desenvol-vem no corpo humano causando doenças. Identifi que os itens que demandam assepsia:a) I e IIb) III e IVc) V e VId) I e IVe) II e V
29. Orientado por professores, um grupo de alunos/as realizou estudos com atividades práticas na tentativa de compreender o comportamento alimentar de duas espécies de gastrópodes marinhos, a X e a Y, num costão rochoso da praia de São Francisco, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo (fi gura 1), relacionando os seguintes fatores da água do mar: temperatura e pH da superfície e o nível da maré.Durante dois dias, os estudantes, subdivididos em equipes, cumpriram rigorosamente todos os proce-dimentos metodológicos da pesquisa na coleta dos dados e deram-lhes tratamento estatístico, conforme resumidos nas fi guras 2, 3 e 4, a seguir.
nível da maré = 0 m e início da contagem dos animais
fi gura 1 – fotografi a do costão rochoso na maré baixa da praia de São Francisco, São Sebastião (SP), usado para estudar o hábito alimentar dos gastrópodes das espécies X e Y. Para a contagem dos indivíduos, usou-se o método transect.
fatores ambientais no organismos
horaT oC
(superfície)pH
(superfície)nível maré
(metro)espécie
Xespécie
Y
8h00 22,0 8,0 0,5 80 10
9h00 22,0 8,1 0,5 60 40
10h00 22,5 8,1 1,0 30 60
11h00 23,0 7,5 1,0 20 80
12h00 24,0 7,8 1,5 5 90
fi gura 2 – tabela dos parâmetros ambientais e o número de ani-mais amostrados
fi gura 3 – gráfi co dos parâmetros ambientais
90
45
00,0 0,5 1,0 1,5 2,0
nível da maré (m)
= X= Y
T ºC
pH
maré
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 horas
8,0
22
0,5
24
1,5
7,8
fi gura 4 – distribuição do número de organismos das espécies X e Y no costão rochoso de acordo com as horas da manhã e o nível da água do mar
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Analisando os resultados obtidos e registrados nas fi guras 2, 3 e 4 da pesquisa, os estudantes elaboraram as seguintes afi rmações:I. a temperatura da água do mar aumenta conforme as
horas se aproximam do meio do dia.II. a variação (mínima – máxima) do nível da maré foi de
1,0 metro durante o período estudado.III. os valores do pH indicaram a alcalinidade da água do
mar, de acordo com o esperado.IV. parece que a espécie Y é mais tolerante e resistente
à dessecação quando comparada à espécie X, que se deslocou acompanhando a subida da maré.
V. ainda segundo o gráfico 4, as áreas de alimentação das espécies X e Y não são semelhantes. X e Y devem migrar das regiões de abrigo e de proteção para as áreas de alimentação em sentidos opostos, assim, X e Y não competem pelo mesmo alimento, embora mais estudos sejam necessários.
Assinale as afi rmações corretas:a) I e II. b) I, II e III. c) I, II, III e IV.d) I, III, IV e V. e) todas.
30. O lixo que não é coletado
O lixo doméstico produzido diariamente em todo o Brasil – suficiente para encher 28 piscinas olímpicas ou cobrir o estádio do Maracanã (RJ) de detritos a cada 36 horas – não é coletado, indo parar nas cabeceiras dos rios, em valas, represas, terrenos baldios ou simplesmente sendo queimados.
A coleta no país
norte nordestecentro-oeste
sudeste sul total
quantidade gerada (tone-lada/dia)
11 333 45 437 12 355 83 180 17 353 169 658
quantidade coletada (to-nelada/dia)
8 919 33 372 11 164 80 041 15 703 149 199
cobertura de coleta
78,70% 73,45% 90,36% 96,23% 90,49% 87,94%
aterro sanitário
29,30% 31,60% 26% 73,40% 67,40% 54,90%
aterro controlado
36,50% 36,50% 52,80% 0,80% 18,50% 19,60%
lixão 34,20% 31,90% 21,20% 25,80% 14,10% 25,50%
fonte: O Estado de S. Paulo, 7 jul. 2009. (adaptado)
Tomando como referência os dados do quadro acima, foram feitas as seguintes afi rmações:I. pouco mais de 20 mil toneladas de lixo doméstico não
são recolhidas diariamente no Brasil.II. a região do país mais bem assistida com a coleta do
lixo é a Sudeste, a maior produtora de resíduos.III. no total, os lixões ainda representam pouco mais de
25% do destino final dos resíduos.
IV. não foram incluídos números sobre a reciclagem do lixo.
São verdadeiras as afi rmações:a) I, apenas. d) I, II e III, somente.b) I e II, apenas. e) todas.c) I e III, somente.
31. Um tema que tem despertado a preocupação de ambientalistas nos últimos anos é a depleção da cama-da de ozônio, uma forma alotrópica (O
3) do oxigênio.
Na alta atmosfera, a estratosfera, o ozônio é tido como essencial para a preservação da vida humana. Já na baixa atmosfera, a troposfera, é indesejável. Isso se explica porque:a) na estratosfera, ele impede a passagem de raios ultra-
violeta e, na troposfera, interfere na propagação de ondas importantes como as de rádio e TV.
b) na estratosfera, ele reflete intensa carga de raios solares que, de outra forma, atingiriam o homem causando câncer de pele e, na troposfera, desencadeia uma série de reações cujos produtos são maléficos ao homem.
c) o ozônio acentua o efeito estufa, que na estratosfera é desejável porque mantém o planeta aquecido.
d) a camada de ozônio localizada na estratosfera filtra os raios ultravioleta, indesejáveis para o homem, e, na troposfera, filtra os raios infravermelhos, desejáveis.
e) o ozônio localizado na estratosfera filtra os raios ul-travioleta e, porque é altamente reativo, desencadeia, na troposfera, uma série de reações com produtos indesejáveis e ataca obras de arte e monumentos.
32. Sobre o efeito estufa pode-se afi rmar que:a) é altamente desejável, pois mantém a Terra aque-
cida; o que se discute é seu agravamento, causado pelo aumento das concentrações de alguns gases na atmosfera, entre eles, o dióxido de carbono e o metano.
b) é indesejável, pois vem causando o derretimento de grandes icebergs e pondo em risco muitas cidades litorâneas; ele se deve principalmente à presença de oxigênio e nitrogênio em grande quantidade na atmosfera.
c) é causado pela presença de muitos poluentes at-mosféricos, em especial o dióxido de enxofre, que absorve intensamente os raios ultravioleta, que com isso aquecem a Terra, causando derretimento das calotas polares.
d) é um problema ambiental recém-equacionado devido ao uso de catalisadores em veículos automotores, que com esse dispositivo reduzem significativamente a emisão de gases poluentes responsáveis pelo aumen-to da temperatura média do planeta.
e) sabe-se que o grande vilão é o monóxido de carbono produzido durante a queima incompleta dos combus-tíveis fósseis.
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33. O Protocolo de Kyoto foi o resultado de uma Confe-rência da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza-da no Japão, em 1997, que abordou as mudanças climá-ticas. A conferência reuniu representantes de 166 países para discutir providências em relação ao aquecimento global. Entretanto, para que entrasse efetivamente em vigor e se tornasse um regulamento internacional, o Protocolo precisava do apoio de um grupo de países que, juntos, respondessem por pelo menos 55% das emissões de gases que agravam o aquecimento global. Com a entrada da Rússia em 2004, esse índice chegou a 61%. Sobre esse Protocolo, pode-se afi rmar que:a) entre os países que ainda não o assinaram, destacam-
se os EUA, que sozinhos respondem por cerca de 5% da emissão global de dióxido de carbono. A Austrália e o Canadá também não o assinaram.
b) a partir de sua efetiva vigência, surgiu um negócio que prospera em todo o mundo chamado cotas de carbo-no, por meio do qual, por exemplo, países signatários do protocolo que não cumprirem suas metas poderão fazê-lo mediante a aquisição dessas cotas.
c) embora o Protocolo de Kyoto represente de fato im-portante avanço global no que respeita às mudanças climáticas, em especial as chuvas ácidas e a depleção da camada de ozônio, pouco acrescentará, já que os EUA não o assinaram e são o principal emissor dos gases que agravam esses problemas.
d) seu objetivo é reduzir a emissão do monóxido de carbo-no, gás que é produzido no processo de combustão de combustíveis fósseis e que, por ser absorvido na região do infravermelho, agrava o aquecimento global.
e) tem sido muito contestado por diversos atores inter-nacionais, incluindo ONGs, porque não prevê pena-lidades para os países signatários que não atingirem suas metas, sendo visto por muitos como uma espécie de carta de intenções.
34. Falar em abastecimento de água implica necessa-riamente falar em saúde pública, já que cerca de 80% das consultas médicas feitas no Brasil têm como causa a má qualidade da água servida. Quimicamente, uma das etapas do tratamento da água a ser servida usa sulfato férrico. Esse composto é:a) um ácido forte que visa a diminuir a alcalinidade da
água, torná-la insípida, aumentar a concentração de íons de ferro, essencial para o corpo humano, pois, presente na hemoglobina, serve para transportar o oxigênio inalado na respiração e matar microrganis-mos patogênicos porventura presentes na água.
b) uma base que visa a diminuir a acidez natural da água, torná-la potável mediante a desinfecção de microrga-nismos patogênicos como os coliformes fecais.
c) um sal adicionado à água que tem como objetivo, por meio de sucessivas reações, promover a retirada de certos íons indesejáveis, em especial dos chamados metais pesados presentes na água.
d) o que se chama de anfótero – nem ácido, nem base –, e visa a aumentar a força iônica da água, enriquecendo-a com sais minerais essenciais para o ser humano.
e) um sal que na água gera um meio tampão-ácido, es-sencial para eliminar protozoários, bactérias e vírus.
35. Estima-se que a cidade de São Paulo produza dia-riamente 15 000 toneladas de lixo. Embora existam algumas opções de destinação como reciclagem, in-cineradores e usinas de compostagem, a maior parte desse lixo é, no caso desse município, levada para aterros sanitários. É correto afi rmar que:a) para as usinas de compostagem, se destina o lixo
inorgânico, a incineração é recomendada para lixo hospitalar e os aterros sanitários, para matéria orgâ-nica biodegradável.
b) independentemente do tipo de lixo, a incineração é a técnica mais recomendada, porque reduz dras-ticamente o volume de lixo, não causa poluição e aumenta a vida útil dos aterros sanitários.
c) a reciclagem de metais e dos vidros não implica grande economia de energia, mas é importante porque assim se evita a contaminação de reservatórios naturais e se poupam matérias-primas: criolita, bauxita e silicatos.
d) o lixo soterrado nos aterros sanitários produz um efluente chamado chorume, que em geral tem alta concentração de metais pesados e é tóxico; nas usinas de compostagem, produz-se o “composto” que pode ser usado para melhorar a qualidade dos solos.
e) o grave problema do lixo produzido na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo) não está relacionado à sua massa, mas a seu volume, já que a densidade – a relação entre massa e volume – é muito alta, assim como o volume.
36. Baterias e pilhas são artefatos que liberam energia, razão pela qual são tão usados. Pode-se dizer que no interior desses artefatos ocorre uma reação generica-mente representada a seguir:
reagentes produtos + energia
Considerando o exposto, podemos dizer que:a) a representação indica uma reação espontânea, na
qual a energia em questão é chamada energia de ativação da reação.
b) os produtos formados durante a reação têm um conteúdo de energia interna menor do que o dos reagentes.
c) os produtos formados durante a reação contêm a mesma quantidade de energia que os reagentes.
d) a energia produzida durante a reação não está re-lacionada nem à energia dos reagentes, nem à dos produtos, mas é o resultado da interação entre as partículas.
e) os produtos formados durante a reação têm um con-teúdo de energia interna superior ao dos reagentes.
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37. Ao observar um sistema em homeostase (sistema químico em condição de equilíbrio), às vezes se tem a impressão de tratar-se de um sistema estático, em que “nada acontece”. Mas nesses sistemas há diversas transformações ocorrendo dinâmica e simultanea-mente. Um sistema químico entrará em condição de equilíbrio quando:a) a velocidade com que os reagentes interagem forman-
do os produtos e a velocidade com que os produtos formam os reagentes se anulam, V = 0.
b) a velocidade com que reagentes interagem formando produtos se igualam à velocidade com que os produ-tos formam os reagentes.
c) cessam as transformações, pois não há mais reação entre as espécies químicas que participam do siste-ma.
d) não há mais possibilidade de aumentar a produção de um determinado produto.
e) embora as velocidades não se tenham igualado, o catalisador interrompe todas as transformações quí-micas.
38. No fi m de 1973, foi defl agrado o que se conven-cionou chamar o primeiro choque do petróleo; em 1979, o segundo choque fez o barril saltar da casa dos US$ 2 para US$ 30. Em 2000, vivemos momentos críticos, em que o barril de petróleo superou a então elevada marca dos US$ 36 e aterrorizou o mundo fi nan-ceiro. Em 2007, o preço do barril atingiu o maior valor nominal da história (Light Sweet Crude Oil Futures), US$ 146/barril. Com a recente crise, a dos subprimes, o barril voltou a ser cotado abaixo da casa dos U$S 30 e, atualmente, está na casa dos US$ 72. Essas variações mostram que a perspectiva de escassez de forneci-mento de petróleo, crises internacionais e interesses comerciais interferem muito nas cotações.O grande interesse mundial pelo “ouro negro” se jus-tifi ca porque:a) o petróleo é constituído por diversos compostos de
origem inorgânica essenciais à fabricação de vários produtos e, embora seja renovável, vem sendo consu-mido num ritmo superior à capacidade de produção da natureza.
b) a única razão pela qual o mundo se interessa pelo petróleo é porque a partir dele são produzidos com-bustíveis importantes como a gasolina, o diesel e a hidrazina, que mantêm em funcionamento carros, aviões, navios e indústrias.
c) o petróleo é não renovável, e poucos países no mundo são produtores e exportadores; isso leva à depen-dência estratégica, já que sua falta pode representar riscos para muitos países que têm nesse produto sua principal fonte de sais minerais e, portanto, de elementos essenciais a vários setores industriais.
d) o petróleo, não renovável, é constituído essencialmen-te por grande diversidade de hidrocarbonetos, muitos dos quais são usados como combustíveis; também é importante porque abastece a indústria petroquímica com matérias-primas para a produção de inúmeros produtos.
e) não se tem ainda substitutos à altura para muitos derivados combustíveis do petróleo; com o Proálcool, lançado em 1973, pretendia-se substituir a gasolina e o diesel pelo butano, mas esse programa se mostrou pouco eficiente.
39. Sobre a água, podemos afi rmar que:a) sua conformação espacial, com ângulos de 270 graus
entre as ligações (H-O-H), explica o alto ponto de ebulição, superior, por exemplo, ao do álcool etílico, já que acentua muito seu caráter covalente polar.
b) as chamadas pontes de hidrogênios, característica exclusiva das moléculas da água, explicam sua alta condutividade elétrica e térmica.
c) sua composição química, H2O, e sua polaridade expli-
cam sua capacidade de atuar como ótimo solvente, sobretudo de substâncias orgânicas.
d) sua alta massa molar, 18 u, explica por que, mesmo sendo tão pesada, tem ponto de ebulição alto, supe-rior, por exemplo, ao do álcool etílico.
e) no estado sólido (gelo), é menos densa do que no líqui-do; essa característica explica por que é possível existir vida marinha em reservatórios hídricos congelados: a lâmina de gelo formada na superfície ajuda a proteger a água abaixo dela do efeito congelante do ar.
40. O índice de desenvolvimento humano (IDH) leva em conta três características de uma população – ex-pectativa de vida (L), escolaridade (E) e renda per capita (R) –, e a fórmula usada para o cálculo é relativamente simples:
IDH = L + E + R
3
onde: L =
EV – 2560
E = 2TA + TE
3
R = log
10 PIBpc – 2
2,60206
• EV = esperança média de vida• TA = taxa de alfabetização• TE = taxa de escolarização• log
10 PIBpc = logaritmo decimal do PIB per capita
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Considerando apenas a expressão usada para calcular o IDH, podemos dizer que:a) trata-se de média aritmética simples, na qual as três
variáveis têm a mesma importância percentual: 45% cada uma.
b) o peso da renda na caracterização do índice é propor-cionalmente maior, uma vez que na caracterização dessa variável está imbutido o PIB, cuja ordem de grandeza é bem maior do que a esperança média de vida e a taxa de alfabetização.
c) ao caracterizar aspectos objetivos, mensuráveis, com
idênticos pesos ( 13 para cada um deles), transmite-se
a mensagem de que renda e educação têm a mesma importância, ao mesmo tempo em que se excluem do conceito de desenvolvimento humano outras va-riáveis não quantificáveis a como qualidade de vida.
d) como se pode depreender do cálculo, a taxa de al-fabetização tem menor importância indireta do que a taxa de escolaridade, de tal forma que, para efeito de elevação do índice, é mais eficiente melhorar a taxa de escolaridade da população do que erradicar o analfabetismo.
e) como a participação de R é uma função logarítmica decimal do PIB, um pequeno aumento do PIB altera significativamente o valor de R.
41. Objetivando melhorar a qualidade do ar nas gran-des cidades, os automóveis passaram a usar um dispo-sitivo chamado conversor catalítico, que internamente se assemelha a uma colmeia de abelha. O principal objetivo desse dispositivo é:a) fracionar hidrocarbonetos residuais não queimados
em compostos de cadeias abertas e menores, como gasolina em etano.
b) eliminar impurezas presentes nos combustíveis fós-seis, especialmente aquelas à base de enxofre, que acentuam o caráter ácido das chuvas.
c) acelerar a eficiência da queima de combustível, pro-porcionando maior quilometragem por litro e, assim, reduzir seu consumo.
d) transformar hidrocarbonetos alicíclicos insaturados em hidrocarbonetos alicíclicos saturados.
e) transformar hidrocarbonetos residuais e, especial-mente, o monóxido de carbono, que é altamente tóxico, em dióxido de carbono.
42. As transformações de algumas substâncias em outras através de interação, choques efetivos, as cha-madas reações químicas, são objeto de estudos nas Ciências Naturais, e um dos aspectos de interesse é o estudo das velocidades, ou a rapidez com que essas transformações ocorrem. Analise os casos a seguir e assinale aquele em que há coerência entre o fato des-crito e a explicação.a) quando usamos carvão para fazer churrasco, observa-
mos que, quanto menor o tamanho dos pedaços – e, portanto, maior a área superficial –, mais rapidamente o carvão é consumido.
b) uma reação às vezes é acelerada quando elevamos a temperatura do meio em que ela se processa, pois assim aumentamos a energia média das moléculas e reduzimos o caminho médio percorrido pelas partí-culas até se chocarem com outras.
c) a presença de um catalisador num meio às vezes in-crementa a velocidade de uma reação, porque esse dispositivo aumenta a energia média das moléculas.
d) o efeito da diminuição da pressão sobre um sistema em transformação costuma resultar numa diminuição da velocidade de transformação, independentemente da natureza e dos estados físicos das susbstâncias que estão interagindo.
e) a velocidade com que uma transformação ocorre é uma propriedade intrínseca dos materiais presentes no sistema, não dependendo de outras variáveis como temperatura, pressão, área superficial ou catalisadores.
43. Assinale a alternativa que tem todas as afi rmações corretas:a) Quando misturamos água e açúcar, assim como água
e cloreto de sódio (sal de cozinha), obtemos sempre uma mistura homogênea, com uma só fase.
b) Quando se misturam, a gasolina e a água formam um sistema homogêneo, já que não se pode ver, nessa mistura, qual é a água e qual é a gasolina.
c) Uma substância pura sempre caracterizará um sistema homogêneo, com uma única fase, independentemen-te das condições de temperarua e pressão em que se encontre o sistema.
d) A água de filtro que consumimos é uma mistura homogênea na qual a água é a substância em maior quantidade.
e) A água e o álcool etílico formam misturas heterogê-neas: a água, que é mais pesada, fica na parte inferior, e o álcool, na parte superior, porque tem menor den-sidade.
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44. A família de Francisco resolveu tirar férias prolonga-das, mas tinha um problema para resolver: os peixes do aquário. O pai de Francisco ponderou: com pouca comi-da, os peixes morrerão, com muita, também. Francisco então perguntou ao pai: “Por que, se colocarmos muita comida, os peixes morrerão?”. A resposta correta é:a) os peixes consumirão rapidamente a comida nas pri-
meiras horas, e depois de algum tempo não restará mais alimento; como a família ficará fora alguns dias, quando voltar, estarão todos mortos.
b) muita comida no aquário por longo tempo acarretará o aumento de turbidez, dificultando a penetração de luz e, por conseguinte, o aumento da acidez da água do aquário.
c) a vida dos peixes depende fundamentalmente de duas variáveis: temperatura e acidez do meio. Quan-do há muita comida, a acidez do meio diminui, o pH aumenta, torna-se alcalino, e a temperatura da água aumenta. Essas variáveis, uma vez alteradas significa-tivamente, tornam o ambiente inóspito para a vida aquática.
d) havendo muita comida, estimula-se o desenvolvimen-to de outros seres vivos no aquário. Esses seres au-mentam o que se chama DBO (demanda bioquímica de oxigênio); isso ocorre porque esses seres respiram e consomem o oxigênio (O
2) que está disperso na
água. E a escassez de oxigênio fará com que os peixes morram asfixiados.
e) o excesso de comida no aquário estimulará reações e, consequentemente, aumentará a acidez da água e di-minuirá o pH, devido à diminuição da concentração de íons H
3O+, condições desfavoráveis à vida aquática.
45. O oseltamivir é o princípio ativo de um fármaco antiviral largamente usado no tratamento do que fi cou conhecido como “gripe suína” – infl uenza tipo A (H1N1) – e que teve seu surto caracterizado como pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em junho de 2009.
O
O
O
O
HN
H2N
oseltamivir
Sobre a estrutura do oseltamivir, é correto afirmar que:a) representa a estrutura terciária da proteica do anti-
viral, onde se nota com clareza o enrolamento das diversas sequências de aminoácidos.
b) é composta apenas de átomos de oxigênio, nitrogênio e hidrogênio organizados em uma estrutura que apre-senta ligações exóticas, que geram o efeito desejado sobre o vírus da gripe.
c) é desejável o uso do fármaco por curto período de tempo, já que contém benzeno, substância notada-mente carcinogênica.
d) apresenta 16 átomos de carbono, 28 de hidrogênio, mais 2 de nitrogênio e 4 de oxigênio.
e) recebeu esse nome em homenagem a Sir James Oselt, renomado bioquímico britânico que sintetizou esse composto usando apenas uma mistura gasosa de ciclopenteno e ozônio.
A partir da leitura do excerto a seguir, responda às questões 46 e 47:
Uma comissão parlamentar designada em 1832 para examinar tais condições, obteve o seguinte depoi-mento do administrador de uma fábrica:
P: A que horas da manhã, com tempo bom, essas moças chegam à fábrica?
R: Com tempo bom, durante cerca de seis semanas, chegam às três da manhã e saem às dez ou dez e meia da noite.
P: Que intervalos existem durante essas dezenove horas de trabalho para alimentação e descanso?
R: Quinze minutos, respectivamente para almoço, lanche e jantar.
P: Alguns desses intervalos são utilizados para a limpeza das máquinas?
R: Quase sempre as moças são obrigadas a fazer o que chamam de “pausa seca”; às vezes, a limpeza toma todo o intervalo do almoço ou do lanche.
P: Não há difi culdades para acordar essas jovens depois de um trabalho exaustivo como esse?
R: Há, sim; de madrugada, é preciso sacudi-las para que acordem.
P: Tem havido acidentes com elas em consequência desse trabalho?
R: Sim, minha fi lha mais velha esmagou o dedo na engrenagem.
P: Perdeu o dedo?R: Teve-o cortado na segunda falange.P: Ela recebeu pagamento durante o acidente?R: No dia em que aconteceu o acidente, o paga-
mento foi suspenso.
Tempos difíceis, aqueles [...].
Robert L. Heilbroner. A formação da sociedade econômica. In Ricardo, Ademar e Flávio, História 3. Belo Horizonte: LE, 1985.
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46. Durante o período da Revolução Industrial, no sé-culo XIX, a relação patrão e empregado foi:a) sempre amigável, pautada no respeito e na conside-
ração entre ambas as partes, pois a industrialização foi marcada por um intenso sentimento de compa-nheirismo e união.
b) um desdobramento da dinâmica da produção arte-sanal dentro das corporações de ofício, primeiro, e, depois, dos ambientes fabris, não se alterando o que já existia.
c) marcada pela exploração do trabalho servil, envol-vendo muitas horas de trabalho nas terras senhoriais e o pagamento de pesados impostos.
d) fruto de um processo de exploração do empregador por parte do empregado, pois aquele não percebia as ações ilegais deste, tendo muitos prejuízos.
e) resultado da exploração do empregado pelo patrão, com uma pesada jornada de trabalho e sem direitos trabalhistas ou organização sindical.
47. Pela leitura do texto, entendemos que a condição operária descrita era um desdobramento do:a) capitalismo.b) socialismo.c) anarquismo.d) epicurismo.e) comunismo.
48. Segundo Aristóteles, o escravo é “aquele que por na-
tureza não pertence a si mesmo, senão a outro, sendo ho-mem, esse é naturalmente escravo; é coisa de outro, aquele homem que, a despeito de sua condição de homem, é uma propriedade e, uma propriedade sendo, torna-se instrumento de ação e bem distinto do proprietário”.
Aristóteles. A política. Livro I, 4.
Com base nesse trecho, podemos dizer que o escra-vismo na Antiguidade clássica (Grécia e Roma antigas) teve como características principais:a) a valorização intensa do indivíduo e da condição
humana, fato que garantia igualdade de direitos entre o escravo e o homem livre.
b) o vínculo à religião politeísta greco-romana, que se-lecionava os grupos de religião diferente para serem escravos.
c) a exploração de um sistema produtivo centrado na acumulação de capital, pois o escravo era uma mercadoria cara e podia ser usado como poupança e fonte de renda.
d) a suprema valorização do individualismo, fator res-ponsável pela presença de escravos em todos os setores da sociedade que, assim, tornava possível a ascensão social.
e) o fato de o escravo ser visto como um bem, uma coi-sa de alto valor monetário, desprovido da condição humana e totalmente dependente de seu dono.
49. “O poder está nas mãos não da minoria, mas de todo o povo, e todos são iguais perante a lei.” As palavras citadas são parte de um discurso feito por Péricles, governante de Atenas no século V a.C., e expressam os ideais presentes na organização do sistema:a) oligárquico, formado pelos grandes proprietários de
terras, que antigamente e nos dias atuais preservam elevados padrões de representatividade no Parlamen-to.
b) tirânico, responsável pela inspiração de diferentes formas de autocracia que conseguiram preservar o espaço político e a riqueza da elite ocidental.
c) comunista, no qual se destacam o igualitarismo e o peso do Estado na gestão da administração pública, desaparecendo a propriedade privada.
d) democrático, destacando-se a igualdade entre os cidadãos, cuja participação política era direta, e que inspirou os atuais modelos de democracia represen-tativa.
e) fascista, organizado pelo Estado forte e com uma so-ciedade disciplinada pelo militarismo, evitando assim crises políticas e sociais.
50. A ordem eclesiástica forma um só corpo, mas a divi-
são da sociedade compreende três ordens. A lei humana distingue duas condições. O nobre e o não-livre não são governados por uma lei idêntica. Os nobres são os guerreiros, os protetores das igrejas. Defendem todos os homens do povo, grandes ou modestos, e também a si mesmos. A outra condição dos não-livres. Essa des-graçada raça nada possui sem sofrimento. Provisões, vestimentas são fornecidas a todos pelos não-livres, pois nenhum homem livre é capaz de viver sem eles. Portanto, a Cidade de Deus, que se crê única, está divi-dida em três ordens: alguns rezam, outros combatem e outros trabalham.
Adaberón, bispo de Laon. In R. Broutruche. Senhorio e Feudalismo. Madrid: Siglo 21, 1972.
A partir da leitura do texto anterior, podemos identifi car algumas características da organização social da Europa medieval e destacamos:a) a ausência da influência religiosa, da divisão estamen-
tal e da desigualdade.b) a presença do pragmatismo social e da ação corpora-
tiva dos artesãos e dos nobres.c) a influência do cristianismo que justifica a divisão
estamental e a desigualdade.d) o papel do igualitarismo, da influência religiosa e do
corporativismo trabalhista.e) a valorização do trabalho e da estrutura estamental,
mas sem a religiosidade.
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51.
Províncias à morte de Cesar
Itália à morte de Cesar
Conquistas de Augusto (44 a.C – 14 d.C.)
Conquistas entre 98 e 117
Conquistas entre 14 e 98
conquistatemporária114–117
Zona deinfluênciaromana
conquistatemporária115–117
conquistatemporária
Rotas de comércio
Ao analisar os dois mapas, identifi camos duas situações bem distintas, a saber:a) a expansão do Império Bizantino durante o sécu-
lo II d.C. e a retração do Império Romano do Ocidente, o qual passava por grande estabilidade e prosperida-de econômica, que se estendeu até o século X.
b) no primeiro mapa, o auge do Império Romano até o século II d.C. e depois, no segundo, a retração sofrida com a divisão do Império no século IV, as invasões no século V e a reorganização dos domínios orientais no século VI.
c) o primeiro mapa mostra a expansão do Império Helenístico sob a liderança de Alexandre Magno, e o segundo, a expansão persa decorrente do colapso helenístico após a morte de Alexandre.
d) a expansão do Império Bizantino durante os séculos I e II d.C., dentro do fortalecimento de Bizâncio sobre Roma, e a expansão árabe sobre a Europa Ocidental.
e) os dois mapas são representações da expansão da cultura judaico-cristã durante a Antiguidade e a Ida-de Média, mostrando como a cultura greco-romana entrou em decadência ao longo desse período.
52.
Essa imagem é uma representação da cidade de Roma presente num livro de orações do século XV para o duque de Berry pelos irmãos Limbourg. Nela encontramos:a) a representação precisa do plano urbano da cidade
de Roma, marcado pela presença das grandes cons-truções e monumentos.
b) a demonstração do desconhecimento da organização de um plano urbanístico, em virtude do baixo conhe-cimento tecnológico.
c) uma representação com uma ideia de perspectiva e divisão espacial, além de uma boa noção de propor-ção matemática.
d) a representação de Roma, num plano frontal, sem perspectiva que dê uma noção de profundidade ou de uma divisão proporcional do espaço.
e) uma representação surrealista que retrata o pensa-mento neoplatônico vigente no século XV, apesar da censura da Igreja e da atuação da Inquisição.
53.
anoregião
cafeeira*(km)Brasil (km)
1854 14,5 14,5
1859 77,9 109,4
1864 163,2 411,3
1869 450,4 713,1
1874 1 053,1 1 357,3
1879 2 395,9 2 895,7
1884 3 830,1 6 324,6
1889 5 590,3 9 076,1
1894 7 676,6 12 474,3
1899 8 713,9 13 980,6
1904 10 212,0 16 023,9
1906 11 281,3 17 340,4
* Espírito Santo, Rio de Janeiro, Guanabara (a cidade do Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal), Minas Gerais e São Paulo.
fonte: Sérgio Silva. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil.
Rotas de comércio
Fonte: Hilário Franco Jr.; Rui de Oliveira Andrade Filho. Atlas de História Geral. 5 ed. São Paulo Scipione, 1997.
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Os dados dessa tabela permitem levantar algumas informações sobre o desenvolvimento econômico no Brasil entre 1854 e 1906, levando em conta a expansão ferroviária. Sobre esse contexto, é INCORRETO afi rmar que:a) o tráfico negreiro, extinto pela Lei Eusébio de Queirós,
de 1850, provocou o redirecionamento de capitais para o investimento em transportes, modernizando o escoamento da produção cafeeira, em constante expansão.
b) apesar de a malha ferroviária ter se expandido, o Brasil era então um país periférico quanto ao processo da industrialização, se comparado com a Inglaterra, a qual investiu muito no setor ferroviário.
c) o processo de crescimento das ferrovias, entre 1889 e 1906, foi muito maior na região cafeeira do que no resto do Brasil, demonstrando a importância estraté-gica do café na balança comercial brasileira naquele contexto.
d) o café se transformou num dos principais produtos de exportação para o Brasil, mas a posição de agroexpor-tador nos colocou, durante muito tempo, na condição de dependência da produção industrial estrangeira.
e) a malha ferroviária se expandiu do sudeste para o res-to do país numa velocidade constante e equilibrada, caracterizando a desconcentração da urbanização e dos recursos financeiros.
Leia o texto a seguir e responda às questões 54 e 55:
Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas, é muito mais seguro ser temido do que amado. Isso porque dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho; e, enquanto lhes fi zeres bem, são todos teus, oferecem-te o próprio sangue, os bens, a vida, os fi lhos, desde que, como se disse acima, a necessidade esteja longe de ti; quando esta se avizinha, porém, revoltam-se.
Nicolau Maquiavel. O príncipe. Capítulo XVII, 1513.
54. De acordo com o texto, podemos afi rmar que:a) a prática política envolve diferentes circunstâncias en-
tre os homens e, acima de tudo, o respeito, a tolerância e o bem coletivo devem prevalecer nos momentos de crise, fazendo com que a ordem sempre respeite as leis.
b) o governante deve se fazer temer, porque mantém o poder e evita que seus governados o traiam nos momentos de dificuldade; afinal, um governo não se faz pela confiança na afetividade, pois os homens não a honram ou respeitam.
c) ao questionar se é melhor ser amado ou temido, Ma-quiavel induz o leitor a acreditar no espírito humano, pois descreve as elevadas virtudes que caracterizam as sociedades de um modo geral.
d) o governante deve, acima de tudo, respeitar os eleva-dos padrões morais, a lei divina e a Carta Constitucio-nal, usando a violência só como último recurso para a defesa dos cidadãos.
e) é em Maquiavel que os primeiros pensadores que defenderam o ateísmo tiveram sua base teórica para estabelecer o papel de um Estado laico, separado da Igreja, e defensor das instituições políticas represen-tativas como o Parlamento.
55. Ao ler o excerto de Maquiavel, NÃO podemos afi r-mar que:a) Maquiavel foi um letrado do período renascentista,
buscando, pela releitura da cultura greco-romana, conduzir um pensamento calcado na racionalidade e na valorização da dimensão humana: o antropocen-trismo.
b) a leitura que Maquiavel fez sobre o homem tem um peso negativo e de certa forma pessimista, especial-mente pelo desapego às virtudes e pela inclinação ao desregramento e à satisfação dos interesses pessoais acima dos coletivos.
c) ao valorizar o medo em detrimento do amor, Maquia-vel concebe uma nova visão da política, a qual ganha dimensão amoral, portanto, estaria acima dos valores morais e religiosos.
d) no tempo de sua escrita (1513) e publicação (1532), Maquiavel apresenta uma leitura objetiva ao eviden-ciar as fraquezas humanas e como um governante, por mais virtuoso que fosse, deveria se portar para exercer o poder.
e) o poder deve ter suas bases na ação, muito bem cal-cadas na moral cristã e nos bons costumes, pois pelo combate dos vícios se alcançam as virtudes e o amor triunfa sobre o medo.
56. “Ein Volk, Ein Führer, Ein Reich” (Um povo, um líder, um império). Esta divisa sintetiza a ideologia nazista defendida por seu líder, Adolf Hitler, que levou a Alemanha a mais um sangrento confl ito. Pensando nos conceitos nazistas, podemos destacar:a) raça ariana, totalitarismo e expansionismo.b) darwinismo social, militarismo e monarquismo.c) eugenia, autoritarismo e sionismo.d) eugenia, raça ariana e epicurismo.e) purismo, tolerância e militarismo.
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57. As imagens a seguir são representações de dois monarcas: o rei Luís XIV de Bourbon, conhecido como o “Rei Sol”, governante da França entre 1643 e 1715, e D. João VI de Bragança, príncipe regente de 1792 a 1816, depois rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves entre 1816 e 1822.
Ao analisar as duas imagens, podemos afi rmar que:a) não têm relação nenhuma, pois mostram dois gover-
nantes de países e períodos diferentes, cada qual em seu contexto específico.
b) são ambas amostras muito precisas, pois representam a figura do rei com seu poder enfraquecido e mera-mente alegórico.
c) a imagem de Luís XIV serviu de referência para a elaboração de vários retratos régios, em diferentes tempos e lugares, conforme vemos nos elementos presentes na imagem de D. João VI.
d) a imagem de Luís XIV foi inspirada na imagem de D. João VI, em virtude da coragem e da ousadia que le-varam o monarca português a manter-se no poder.
e) são representações distintas do poder real, pois Luís XIV não foi um rei expressivo e a imagem de D. João VI em nada se assemelha à do outro.
58. É necessário abandonar a construção imediata do
socialismo para se voltar, em muitos setores econômi-cos, na direção de um capitalismo de Estado.
Vladmir Lênin
Sobre esse pensamento, podemos afi rmar que Lênin:a) defendeu a volta ao capitalismo como uma solução
definitiva para a grave crise econômica da Rússia.b) resolveu investir numa política que possibilitasse
a estabilização da economia russa e, quando ela se estabilizasse, retomar o caminho ao socialismo.
c) aceitou de maneira muito desgostosa o fracasso eco-nômico do comunismo e das ideologias marxistas.
d) traiu os interesses populares, pois conseguiu apoio dos grandes capitalistas estrangeiros para investir na Rússia.
e) confirma o conceito de materialismo dialético pen-sado por Marx e Engels na condução da economia, analisando a macroestrutura.
59. No mesmo ano de 1349, no dia de São João, os
fl agelantes penetraram em Hesbaye vindos do sul da Alemanha; nus até o umbigo, a cabeça coberta por capuzes, vestindo do umbigo aos pés roupas de linho, eles batiam até sangrar com chicotes de correias do-tados de nós nas pontas. Eles diziam que graças a tais sofrimentos físicos eles escapariam à epidemia.
[...] Eles continuaram com essa fl agelação duas ve-zes por dia, trinta dias seguidos e frequentemente nas igrejas. Se nestas estava se celebrando o ofício divino [a missa], eles diziam que a prática fl agelante era melhor que aquela cerimônia.”
Manuscrito belga, século XIV. In Hilário Franco Jr. Feudalismo. São Paulo: Moderna, 1999.
Interpretando esse manuscrito, podemos dizer que:a) durante o século XIV, a Igreja Católica adotou uma
postura branda e tolerante com as diferentes práticas religiosas manifestadas por seus fiéis, no intuito de incentivar a fé e democratizar a organização de sua instituição.
b) a multiplicidade de interesses sempre fez parte do cris-tianismo, sendo os flagelantes o início do movimento protestante, que, com o sofrimento do próprio corpo, procurava questionar os abusos de poder do papa.
c) a prática da autoflagelação foi uma reação radical ao racionalismo que gradativamente tomava conta das universidades e dos mosteiros, caracterizando o cha-mado Renascimento Cultural na Europa ocidental.
d) a cena descrita no texto mostra a radicalização da religiosidade medieval, que buscava proteção contra a epidemia da Peste Negra (1348-50) pela autoflage-lação, e a manifestação de uma heresia, pois coloca a missa como menos importante.
e) durante o século XIV, muitos fiéis que romperam com a Igreja Católica adotaram como forma de protesto a autoflagelação, procurando atrair a atenção popular para os abusos cometidos pela Igreja como os eleva-dos impostos sobre o povo.
60. Em virtude do novo colapso sofrido pelo sistema fi nanceiro internacional no segundo semestre de 2008, muitos analistas lembraram do crash de outubro de 1929, quando a quebra da Bolsa de Valores de Nova York levou o sistema capitalista ao colapso, num dia lembrada como “quinta-feira negra”. Para a recuperação da crise de 1929 e da atual, as doutrinas liberais e neoliberais foram limitadas, o mer-cado passou a ter um acompanhamento mais preciso do Estado e, nos dias atuais, algumas companhias e corporações receberam gigantescas verbas públicas para se reerguer.
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O “remédio” adotado para resolver a atual crise se ins-pirou nas medidas aplicadas pelo presidente Franklin Roosevelt em 1932, que instituiu uma política conhe-cida como:a) Nova Política Econômica.b) Política das Salvações.c) Plano de Desenvolvimento Estatal.d) American Way of Life.e) New Deal e o Estado de Bem-estar Social.
61. Analise os seguintes fragmentos:
Seiscentas peças barganhei– Que pechincha! – no SenegalA carne é rija, os músculos de aço,Boa liga do melhor metal.
Em troca dei só aguardente,Contas, latão – um peso morto!Eu ganho oitocentos por centoSe a metade chegar ao porto.
Heinrich Heine, citado por Alfredo Bosi.Dialética da colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
[...] algumas escravas procuram de propósito o aborto, só para que não cheguem os fi lhos de suas entranhas a padecer o que elas padecem.
André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil, 1711.
Sobre a escravidão de povos africanos por europeus do século XVI ao XIX, é possível afi rmar corretamente que:a) os traficantes pagavam caro pelos escravos na costa
africana e, além disso, a resistência à escravidão era muito intensa, o que praticamente a inviabilizava.
b) além de muito lucrativo, o tráfico negreiro era uma atividade de extrema crueldade, mas havia uma série de estratégias de resistência dos escravos contra a escravidão.
c) os traficantes de escravos amargavam prejuízos de-vido à morte de escravos ao longo da viagem para a América e também porque, quando sobreviviam, não resistiam à escravidão.
d) os traficantes matavam os bebês de seus escravos para que não tomassem tempo de trabalho das negras.
e) os organismos dos escravos eram muito vulneráveis aos vírus e bactérias existentes entre os brancos eu-ropeus, por isso a grande mortalidade na viagem.
62. Prova de barbárie e, para alguns, da natureza não
humana do ameríndio, a antropofagia levava a se con-denarem as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa” e o cativeiro perpétuo, por terem devorado vários náufragos portugueses, entre os quais se encontrava o primeiro bispo do Brasil.
Luís Felipe de Alencastro. Folha de S.Paulo, 12 out. 1991. (adaptado).
Pelo fragmento, pode-se concluir que a relação entre as comunidades indígenas e os portugueses era: a) amistosa, só conflituosa em caso de naufrágio de
navios portugueses na costa atlântica da América do Sul
b) pacífica, pois predominava a catequização, processo pelo qual os índios mostravam sempre grande apreço aos bispos portugueses.
c) conflituosa, na medida em que os índios precisavam ser ensinados a respeitar os verdadeiros valores da civilização, que eram os dos portugueses.
d) amistosa, só interrompida em casos de guerra justa, que ocorria quando os índios começavam uma guerra contra os portugueses.
e) conflituosa, pois os portugueses tentavam submeter os índios por considerá-los culturalmente inferiores.
63. A historiografi a brasileira mais recente contesta a interpretação da história econômica do Brasil por meio dos sucessivos ciclos econômicos: primeiro o do pau-brasil, depois o da cana-de-açúcar, o do ouro etc. Leia com atenção o fragmento abaixo e assinale a alternativa que o emprega corretamente como ferramenta para contestar a hipótese dos ciclos econômicos..
No fi nal do século, por volta de 1695, os rumores sobre a existência de ouro no interior do país, nas cha-madas Minas Gerais, confi rmaram-se com achados de ótima qualidade feitos por Borba Gato, no sertão do rio das Velhas, onde surgiria Vila Rica, hoje Ouro Preto.
Francisco C. T. da Silva. Conquista e colonização da América portuguesa. In Maria Y. Linhares (Org.). História geral do Brasil.
Rio de Janeiro: Campus, 1990.
a) Borba Gato, bandeirante de renome, conseguiu achar ouro de excelente qualidade, mas não se beneficiou deste novo ciclo econômico que ele próprio inaugu-rou.
b) Em 1695, a produção de açúcar na América portu-guesa começou a ser desativada devido à descoberta de ouro; dez anos mais tarde, não se produzia mais cana.
c) A descoberta das primeiras jazidas de ouro por Borba Gato e a posterior extração aurífera não significaram o fim da produção de cana-de-açúcar.
d) Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, Ouro Preto passou a ser a capital da colônia, que antes era Salvador, o que atesta o fim da produção de cana-de-açúcar.
e) A descoberta de jazidas de ouro de boa qualidade em Minas Gerais por Borba Gato permitiu aos por-tugueses abandonarem a já decadente extração de pau-brasil.
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64. As duas pinturas apresentadas a seguir têm como tema central a Independência do Brasil, e ambas têm visões idealizadas, pouco descritivas do fato.
Independência ou Morte, Pedro Américo, 1888
Proclamação da Independência, Fraçois René-Moreaux, 1844.
Assinale a alternativa que diferencia corretamente os dois quadros.a) Pedro Américo exagera o caráter heroico de D. Pedro I,
representado pelas espadas desembainhadas e pelos cavalos em nítida freada brusca, enquanto Moreaux acentua seu caráter carismático, pois o imperador pare-ce festejar a Independência junto aos mais humildes.
b) Pedro Américo acentua a aparência viril de D. Pedro I, ao representá-lo numa cavalgada veloz, repentinamente interrompida pela presença de tropas portuguesas, en-quanto Moreaux prefere ressaltar a idade avançada do imperador, nítida na barba longa e na cavalgada suave.
c) Pedro Américo exagera nas nuvens carregadas de chuva, tentando enfatizar a tensão política em que se deu a Independência, enquanto Moreaux cria uma atmosfera com muito sol e calor, que representa uma atmosfera política amena, como de fato se deu a Independência.
d) Pedro Américo só retrata adultos, numa tentativa de denunciar o caráter excludente do movimento de independência, enquanto Moreaux inclui crianças e adolescentes acompanhados dos pais, retratando a grande festa cívica que foi esse movimento.
e) Pedro Américo apresenta a natureza morta, com poucos detalhes da vegetação natural do país, pois quis retratar o caráter, acentuadamente, agrícola da economia brasileira, enquanto Moreaux prefere a vivacidade das crianças descalças, numa tentativa de acentuar a participação popular na Independência.
65. O mapa a seguir situa rebeliões que ameaçaram a integridade territorial do Estado brasileiro ao longo do século XIX, então ainda em construção.
MT GO
RS
SC
PR
SP
MG
RJ
ES
BA
PI
CERN
PBPE
ALSE
Grão-Pará
P
Cabanagem
Balaiada
Juliana (SC)
Sabinada
Rio-grandense (Piratini/RS)
RepúblicasFarroupilhas
Revoluções
Revoltas do período regencial
fonte: IstoÉ Brasil, 500 anos. Atlas histórico. São Paulo: Três, 1998. (adaptado)
MA
Pode-se dizer que essas rebeliões:a) mostraram que, exceto pela Sabinada, na Bahia, a
região Nordeste não fez nenhuma rebelião, estando, portanto, alinhada ao poder central.
b) mostraram o caráter pacífico da região Sudeste, que não fez nenhuma rebelião, ainda que a capital do Brasil estivesse no Nordeste.
c) são provas da falta de unidade do povo brasileiro, que até hoje se divide em intermináveis movimentos separatistas.
d) mostraram a insatisfação de vários grupos sociais das províncias com o poder central, àquela altura sediado na cidade do Rio de Janeiro.
e) mostraram a união de várias províncias rebeldes contra o poder central, que acabou derrotado e subs-tituído por uma república federativa.
66. Em 1850, o tráfi co negreiro para o Brasil foi proi-bido pela lei Eusébio de Queirós. A partir de então, começaram a entrar milhares de imigrantes europeus e asiáticos na sociedade brasileira. Considere o frag-mento a seguir.
Getúlio Vargas, com o Estado Novo, considerava os núcleos de colonização japonesa como quistos raciais. Os japoneses passaram a ser perseguidos, discrimi-nados, falava-se em perigo amarelo, como nos EUA. Mesmo depois de restabelecidas as relações entre Brasil e Japão, no pós-guerra, a política de emigração por parte do governo japonês não foi retomada.
Regina S. Bega. Migração no Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
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Assinale a alternativa que explica corretamente os motivos pelos quais os japoneses vieram para o Brasil e por que foram perseguidos por Vargas.a) Os japoneses vieram para o Brasil para elevar o pa-
drão tecnológico da indústria nacional e passaram a ser perseguidos justamente por ocupar os melhores postos nas empresas brasileiras.
b) Os japoneses vieram para o Brasil porque as terras japonesas não eram suficientemente férteis para produzir a comida necessária às exportações e foram perseguidos por não se misturar aos brasileiros.
c) Os japoneses vieram para o Brasil para fugir de per-seguições do próprio governo japonês, fortemente inspirado por ideias racistas, muito comuns no século XIX. No Brasil, a perseguição foi menos intensa que no Japão.
d) Os japoneses vieram para o Brasil, a partir de 1908, para suprir a carência de mão-de-obra criada pelo fim do tráfico negreiro e pela abolição da escravidão e depois foram perseguidos porque Brasil e Japão estavam em lados opostos na II Guerra Mundial.
e) Os japoneses foram primeiro para os EUA, para a re-gião da Califórnia, depois vieram para o Brasil para se esconder do imperador Mutsuhito e foram por aqui perseguidos a seu pedido.
67. Leia atentamente a tabela a seguir.
Indicadores de mudanças estruturais na economia brasileira
estrutura do produto físico
atividadetaxa de ocupação
1907 1919 1939
agricultura 79% 79% 57%
indústria 21% 21% 43%
total 100% 100% 100%
taxas anuais de crescimento
períodoatividade
agricultura indústria total
1920-1929 4,1% 2,8% 3,9%
1933-1939 1,7% 11,2% 4,9%
1939-1945 1,7% 6,4% 3,2%fonte: IPEA, 1975. Em: Sônia Regina de Mendonça. Estado e economia no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1986. (adaptado)
Depois de D. Pedro II, Getúlio Vargas foi quem mais tempo governou o Brasil. Seu governo estendeu-se de 1930 a 1945 e, depois, de 1951 a 1954, quando se suicidou. A correta leitura da tabela permite afi rmar que foi uma importante contribuição de seu governo: a) a política de pleno emprego, pois durante o governo
varguista foram criadas muitas indústrias, sobretudo de base, que acabaram com o desemprego no país.
b) o desestímulo às atividades ligadas ao setor primário. A agricultura, por exemplo, teve forte retração durante o governo varguista desde seu início.
c) o incentivo à produção industrial, embora valha res-saltar que a política industrial de Vargas fracassou, conforme se observa na queda para 6,4% de 1939 a 1945.
d) o incentivo ao desenvolvimento da indústria, que cresceu e empregou a taxas nunca vistas até então na história do país.
e) o incentivo à atividade industrial, como se observa na taxa de ocupação dos trabalhadores da indústria, que em 1939 representava mais da metade dos trabalha-dores
68. Leia o texto a seguir atentando para a diferença entre o chamado Estado Unitário e o Estado Federal.
Há dois modelos clássicos de organização [do Esta-do]: o do Estado Unitário, ou centralizado, e aquele do Estado Federal. [...]
No caso do Brasil, há uma estrutura federativa pela Constituição. Apesar de ter passado por períodos de maior ou menor funcionamento como uma federação, todas as Constituições da República defi niram a divisão de poderes e de atribuições das escalas territoriais do Estado.
Iná Elias de Castro. Geografi a e política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. (adaptado)
Assinale a alternativa que contém dois momentos da história do Brasil em que houve um “funcionamento menor” do Estado Federativo brasileiro.a) Durante o Período Regencial e na República Populista,
respectivamente, de 1831 a 1840 e de 1946 a 1964.b) Durante a República da Espada e na Nova República,
respectivamente, de 1889 a 1894 e de 1986 até os dias atuais.
c) Durante o Segundo Reinado e no Estado Novo, res-pectivamente, de 1840 a 1889 e de 1937 a 1945.
d) Durante o Primeiro Reinado e na República Velha, respectivamente, de 1822 a 1831 e de 1889 a 1930.
e) Durante o Estado Novo e na Ditadura Militar, respec-tivamente, de 1937 a 1945 e de 1964 a 1985.
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69. No Brasil, o direito ao voto nem sempre foi conce-dido à maioria da população. Tomemos como exemplo três constituições, representativas de momentos histó-ricos diferentes:I. Constituição Imperial de 1824. II. Constituição Republicana de 1891.III. Constituição Cidadã de 1988.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente características da concessão de cidadania nessas constituições.a) Em II e III, o voto é secreto; em I, era aberto, e só
podiam votar os homens maiores de 21 anos e com riqueza compatível.
b) Em II e III, as mulheres podem votar, contanto que tenham a riqueza e a idade mínimas exigidas.
c) Em I e II, o voto era aberto; em II e III, o voto não é censitário e, em III, há sufrágio universal.
d) Em I e II, os analfabetos não podiam votar, mas as mulheres, sim. Em III, todos podem votar, indistinta-mente.
e) Em I e III, o voto é secreto e exclusivo dos homens com idade mínima; em II, havia o chamado voto de cabresto.
70. O governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, de 2003 até julho de 2009, pode ser dividido em duas fases: a primeira corresponde ao primeiro mandato (2003 a 2006), em que houve estabilidade econômica, sobretudo a partir de 2004, e instabilidade política, so-bretudo em 2005; a segunda corresponde ao segundo mandato, de 2007 ao presente momento, caracterizada por estabilidade política e ameaças à estabilidade eco-nômica, sobretudo a partir de 2008.Assinale a alternativa que apresenta corretamente os dois fatores que ameaçaram a estabilidade do governo Lula: respectivamente, um político, no primeiro man-dato, e outro econômico, no segundo.a) Caos aéreo e crise econômico-financeira dos EUA,
mas que acabou se espalhando por todo o mundo capitalista, inclusive o Brasil.
b) Constantes incursões do exército aos morros cariocas e os recentes casos de gripe suína.
c) Venda de sentenças judiciais e caos aéreo, que parali-sou o país e mostrou a falta de investimentos públicos em infraestrutura.
d) Escândalo do “valerioduto” e privatizações fraudu-lentas, realizadas com moedas pobres, inclusive emprestadas pelo BNDES.
e) Escândalo da compra de apoio político na Câmara dos Deputados e crise econômico-financeira nos EUA.
71. Para o americano médio, aquele bem caipira do sul
dos Estados Unidos, que acredita em Rambo, o mundo está enganando o seu país. As armas químicas estavam no Iraque. Quando Saddam viu que perderia a guerra, transferiu-as para a Síria. Isso fará com que os marines tenham de destruir a Síria, provavelmente o país mais antigo do mundo, juntamente com a China e o Egito. Antes, porém, os sírios esconderão as armas químicas no Irã que, uma vez destruído, as repassará para o que tiver sobrado da Jordânia que, quando for apenas pó, as passará para a Líbia que, fulminada, terá tempo de mandá-las para Cuba. Fidel, antes de morrer, as reme-terá para a Amazônia, e os pobres yankees terão de vir aqui dar um jeito nas coisas, desta vez, para sempre.
Fausto Wolff. O Pasquim 21. 59 ed. 22 abr. 2003, p. 24.
Assinale a alternativa que exprime corretamente carac-terísticas da chamada “nova ordem mundial” presentes no texto acima.a) Centralismo econômico por parte dos EUA, que ex-
plora o petróleo de todos os países citados no texto.b) Unilateralismo dos EUA e a criação de falsas acusações
que são usadas para justificar guerras. c) O autoritarismo de G.W. Bush, que planeja invadir a
Amazônia, estratégica por sua riqueza natural.d) A formação de uma aliança militar estratégica entre os
países do Oriente Médio, que produzem e escondem armas nucleares, contra os EUA.
e) A formação de um, como afirmava G. W. Bush, “eixo do mal” que age contrariamente aos interesses dos EUA, na qual também está a Coreia do Norte.
72.
principais vendedores de armas do mundo(1992-96, em bilhões de dólares)
EUA 61,8
Rússia 15,4
Alemanha 8,7
Grã-Bretanha 7,3
França 6,4
fonte: Emir Sader. Século XX: uma biografi a não autorizada. São Paulo: Perseu Abramo, 2000, p. 112.
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Com o fi m da Guerra Fria, esperava-se a consolidação do multilateralismo e dos organismos internacionais. Mas o que se viu foi uma crescente hegemonia es-tadunidense nas relações internacionais, o que não impediu a ascensão de novas potências como a China, por exemplo. Todavia, dentro da ONU, antigas e novas potências têm o mesmo poder no Conselho de Segu-rança, inclusive com poder de veto. É o caso de EUA, China, Rússia, França e Inglaterra.Entre as alternativas, identifi que a que representa uma contradição entre o propósito para o qual a ONU foi criada e a atuação internacional de seus líderes mais poderosos.a) A ONU foi criada para conter a disseminação de do-
enças entre os países, razão pela qual ela fracassou, pois a gripe aviária e suína se alastraram muito rapi-damente.
b) A ONU foi criada para promover a paz, mas os inte-grantes permanentes do Conselho de Segurança são grandes produtores e vendedores de armas.
c) Itália, Japão e Alemanha, derrotados na II Guerra Mundial, estão fora do Conselho de Segurança como membros permanentes, apesar de constituírem po-derosas economias e produzirem muitas armas.
d) O propósito pacifista da ONU já foi abolido há muito tempo, desde que essa instituição aprovou as invasões do Afeganistão e do Haiti.
e) Os “senhores das armas” são excluídos das grandes decisões da ONU, fato verificado nas guerras contra o Iraque e o Afeganistão.
73. Na globalização, são comuns as trocas comerciais entre países. Mas, às vezes, os Estados nacionais pro-tegem sua economia e seus produtores com práticas ilegais, condenadas pela OMC. Dentre elas, podemos citar:a) o dumping e a entrada em blocos comerciais de natu-
reza regional, o que fere a legislação internacional.b) a adoção de barreiras tarifárias e sanitárias; inclusive, a
OMC puniu os países que não quiseram importar car-ne de porco do México, após o surto de gripe suína.
c) os subsídios agrícolas e as leis de preservação am-biental que obstam o livre comércio, como é o caso da que impede a importação de carcaças de pneus.
d) os subsídios e a pirataria, que implica no não paga-mente de royalties referentes ao uso de propriedade intelectual.
e) o dumping social e a ajuda às instituições financeiras que foram mais afetadas pela crise econômica inter-nacional de 2008.
74. No século XIX, consolidaram-se na Europa ideais que propunham a derrubada do Estado burguês, inaugu-rado com a Revolução Francesa, de 1789. Trata-se do comunismo, do socialismo e do anarquismo, bem como de suas variantes. No século XX, alguns desses ideais orientaram processos revolucionários que tomaram o poder em vários países. Por exemplo, a Revolução Bolchevique, de 1917, na Rússia, a Revolução Chinesa, de 1949, e a Revolução Cubana, de 1959. Pode-se dizer que houve um traço comum a todas essas revoluções, que é:a) o forte caráter anarquista, radicalizado em medidas
anti-Estado.b) o apoio dos EUA às propostas liberais dessas revolu-
ções.c) o forte apoio do campesinato à vanguarda revolucio-
nária.d) a radicalização do processo revolucionário, com a
adoção da pena de morte.e) o ideário socialista, que degenerou em capitalismo
anárquico.
75. Observe atentamente o mapa.
12
Sudão
Iêmen
Etiópia
Quênia
Tanzânia
Nairóbi
Mogadiscio
Asmara
DjibutiAdis-Abeba
3
4
5
6
789
OceanoÍndico
0 379 758
km
N
1 – Eritréia2 – Mar Vermelho3 – Arábia Saudita4 – Djibuti5 – Somália6 – Uganda7 – Lago Vitória8 – Ruanda9 – Burundi
fonte: Graça Maria Lemos. Atlas geográfi co: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2005.
Agora, leia as afi rmações seguintes sobre a pirataria no litoral da Somália:I. Os piratas atacam cargueiros que viajam para a Europa
pela rota Mar Vermelho, canal de Suez, Mar Mediter-râneo.
II. Localizada no chifre africano, a Somália tem acesso privilegiado ao estreito de Bab el Mandeb, o que facilita a captura dos navios.
III. A Somália tem seu litoral na entrada do golfo Pérsico, o que facilita a captura de petroleiros.
IV. Na Somália, praticamente não existe Estado central; o país está dividido por diversas milícias e pela guerra civil, o que facilita a ação dos piratas.
Está(ão) correta(s) apenas:a) II e IIIb) I e IIc) IIId) I, II e IVe) I e III
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76.Grandes cidades são habitualmente associadas a
degradação ambiental. Mas o processo de urbanização pode ser bom para o ambiente, segundo o brasileiro Oli-ver Hillel, coordenador do Programa de Biodiversidade e Cidades da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas. Quanto mais gente disputando apartamentos nas metrópoles, diz ele, menos gente disputando espaço com a biodi-versidade na natureza. Na Amazônia, por exemplo, o desenvolvimento urbano seria uma maneira de tirar as pessoas da fl oresta e reduzir a pressão sobre os ecos-sistemas – dos quais as cidades também dependem para sua qualidade de vida. Ele sustenta que, tomando por base o conceito de “pegada ecológica” (o impacto causado na natureza por uma atividade humana), mais vale uma grande pegada metropolitana do que várias pegadas menores espalhadas pela fl oresta. No fi nal, caberá aos moradores da metrópole decidirem o destino das espécies que vivem fora dela. “É o padrão de consumo nas cidades que vai determinar o que vai acontecer com o planeta”, afi rma Hillel.
Megacidades. Grandes Reportagens. O Estado de S.Paulo, ago. 2008.
De acordo com as ideias apresentadas no texto acima, é possível afi rmar que:a) a urbanização é sempre benéfica para o ambiente.b) em regiões como a Amazônia, a urbanização é a
melhor alternativa para reduzir o impacto ambiental causado pelo homem.
c) a população concentrada em algumas grandes ci-dades tende a provocar menor impacto ambiental do que a dispersa em inúmeras aglomerações me-nores.
d) o destino do planeta está associado ao consumo dos recursos naturais, o que não tem nenhuma relação com a existência de grandes cidades.
e) a urbanização pode ser benéfica para o ambiente apenas onde ainda existem grandes extensões de áreas preservadas, como na Amazônia.
77.A multiplicidade cultural brasileira é um fato. Pa-
radoxalmente, a nossa unidade de cultura – unidade básica, abrangente e profunda – também. Em verdade, podemos mesmo dizer que a diversidade interna é, hoje, um dos nossos traços identitários mais nítidos. É o que faz com que um habitante da favela carioca, vinculado ao samba e à macumba, e um caboclo amazônico, cultivando carimbós e encantados, sintam-se – e, de fato, sejam – igualmente brasileiros.
Fragmento do discurso de posse do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, em 2003.
De acordo com as palavras do ex-ministro, a diversidade cultural brasileira é:a) um aspecto marcante da nossa identidade cultural.b) uma causa importante das diferenças culturais inter-
nas.c) um conjunto de manifestações religiosas e musicais.d) produto da miscigenação que formou o povo brasi-
leiro.e) representada pelas culturas das periferias e das áreas
rurais.
78. Os gráfi cos abaixo mostram dados da evolução demográfi ca brasileira nas últimas décadas e proje-ções para as próximas décadas da distribuição etária da população brasileira. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que interpreta corretamente a relação entre a evolução das taxas de natalidade e mortalidade e as mudanças observadas na distribuição etária da população.
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
01940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
natalidade
mortalidade
ano
taxa
s (x
10
mil)
Brasilevolução das taxas de natalidade e mortalidade
fonte: IBGE
1950 1975 2000 2025 2050
100,0
75,0
50,0
25,0
0,0
65 + 15–64 0–14
Distribuição percentual da população, por grandes grupos etários (anos)
Brasil, 1950-2050
fonte: ONU
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a) As variações nas taxas de natalidade e mortalidade não interferem diretamente na estrutura etária da população, cuja distribuição depende principalmente da expectativa de vida e da taxa de fecundidade.
b) O aumento da proporção de idosos com 65 anos ou mais e a redução de jovens até 14 anos no conjunto da população brasileira devem-se, respectivamente, à queda da mortalidade e da natalidade observadas no país.
c) As previsões para o período 2000-2050 sobre a dis-tribuição por grupos etários da população brasileira indicam uma tendência de elevação das taxas de natalidade e mortalidade no período.
d) De acordo com os gráficos, o aumento da população com 65 anos ou mais se tornará o principal fator responsável pelo crescimento populacional do país nas próximas décadas, devido à forte queda da na-talidade.
e) Com as taxas de natalidade e mortalidade em queda, a tendência é a redução percentual tanto da popu-lação mais jovem quanto da população mais idosa, no conjunto da população brasileira nas próximas décadas.
79. JUNEAU, Alasca – O aquecimento global traz à men-
te imagens de mares em elevação, ameaçando áreas costeiras. Mas em Juneau, no Alasca, numa situação quase única no mundo, as mudanças climáticas estão tendo o efeito oposto: à medida que as geleiras dessa região derretem, a terra vem subindo, levando o mar a recuar. [...]
As razões geológicas disso são complexas, mas a explicação simples é a seguinte: livre de geleiras que pesavam bilhões de toneladas, a terra subiu, mais ou menos como uma almofada volta à forma anterior depois de uma pessoa se levantar do sofá. A terra está subindo tão rapidamente que o mar em elevação, subproduto onipresente do aquecimento global, não consegue acompanhá-la. [...]
O resultado é que a região enfrenta desafi os am-bientais incomuns. À medida que cai o nível do mar em relação à terra, o nível do lençol freático também cai, e riachos e pântanos secam. Terra vem emergindo da água e tomando o lugar de pântanos perdidos, mu-dando as divisas de imóveis e levando pessoas a discutir sobre a propriedade de novos territórios. E as águas derretidas carregam os sedimentos acumulados pelas geleiras no passado longínquo até a costa, onde eles causam o assoreamento de canais antes navegáveis.
The New York Times, encarte do jornal Folha de S.Paulo, 15 jun. 2009.
Considerando-se as características do aquecimento glo-bal e as mudanças previstas para o planeta em função dele, o que leva o jornal a classifi car a situação descrita na reportagem como “quase única” e os desafi os am-bientais decorrentes como “incomuns”, é:a) o fato de a região não estar sofrendo nenhum dos efei-
tos comumente atribuídos ao aquecimento global.b) o aparecimento de novas terras que antes estavam
cobertas pelas geleiras que derreteram.c) o fato de a principal causa do derretimento das geleiras
ser a elevação da terra, e não o aquecimento global.d) o fato de a elevação do nível do mar não acompanhar
a subida da terra, como acontece em outras áreas do planeta.
e) o fato de o derretimento das geleiras não estar inun-dando as áreas costeiras da região.
80. A fi gura a seguir mostra a camada pré-sal – onde há importante reserva de petróleo e gás natural – em relação ao nível do mar. Sobre esse tema, assinale a afi rmação correta.
Oceano
camada pós-sal
o petróleo da bacia de Campos
“vazou” da camada pré-sal e está mais perto da superfície
sal
cerca de 2 km
de 5 km a 7 km
as reservas da bacia de Santos ficam abaixo da espessa camada de sal
camada pré-salcamada pré-sal
fonte: Almanaque Abril, 2009
a) De acordo com a Petrobras, a exploração das jazidas do pré-sal tornará o Brasil autossuficiente em petróleo.
b) As bacias de Campos e de Santos fazem parte das estruturas sedimentares que ocorrem na plataforma continental brasileira.
c) O petróleo é um recurso proveniente da infiltração e do acúmulo de magma do interior da Terra em fissuras e falhas da crosta.
d) As estruturas geológicas cristalinas como a que ocorre na área do pré-sal são ricas em recursos minerais de origem fóssil.
e) A extração do petróleo da camada pré-sal será feita exclusivamente pela Petrobras, que detém o mono-pólio da exploração petrolífera no país.
oceano
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81. O texto a seguir foi publicado pela primeira vez na França, em 1848:
A necessidade de mercados mais amplos para seus produtos empurrou a burguesia para todo o globo ter-restre. [...] Através da explosão do mercado mundial, ela deu um caráter cosmopolita à produção e ao consumo de todos os países. Em lugar das antigas necessidades, que se satisfaziam com a produção nacional, surgem agora novas necessidades, cuja satisfação demanda produtos de toda a Terra [...] em lugar da antiga autoefi -ciência e do antigo isolamento nacional, desenvolve-se em todas as direções um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações.
Karl Marx e Friedrich Engels. Manifesto do Partido Comunista. (adaptado)
Mesmo tendo sido escrito em meados do século XIX, o texto revela características bastante atuais da economia mundial, que, de um modo geral, têm sido relacionadas ao termo:a) consumismo.b) livre-mercado.c) imperialismo.d) globalização.e) neoliberalismo.
82. Observe os mapas a seguir, com dados relativos ao índice de desenvolvimento humano (IDH) e à expectati-va de vida nos estados brasileiros em períodos recentes, e as afi rmações que se seguem.
0,800 a 0,900 (alto)
0,700 a 0,799 (médio – alto)
0,600 a 0,699 (médio – baixo)
Brasil – IDH (dados de 2005)
fonte: www.pnud.org.br
66,4 – 68,6
68,7 – 70,6
70,7 – 71,7
71,8 – 73,9
74,0 – 75,1
Expectativa de vida nos estados brasileiros 2007
fonte: IBGE – Síntese de Indicadores Sociais elaboração: SEPLAG/DEPLAN - nov. 2008
anos
N
0 750 1 500 km
I. Todos os estados do Centro-Sul têm a maior expec-tativa de vida e alto IDH.
II. Apenas os estados com IDH alto têm expectativa de vida acima de 73,9 anos.
III. Os estados da região Nordeste têm os IDH mais baixos e menor expectativa de vida.
IV. Mato Grosso, Maranhão e Alagoas têm IDH abaixo das demais unidades de suas regiões.
V. Os mapas refletem aspectos das desigualdades socio-econômicas regionais que ocorrem no Brasil.
De acordo com as informações contidas nos mapas, estão corretas as afi rmações:a) I, III e Vb) I, IV e Vc) II, III e Vd) II, III e IVe) III, IV e V
83. Observe os dados relativos à emissão de dióxido de carbono e à população dos países e assinale a alter-nativa correta.
7,219
6,964
1,960
1,853
1,343
China
EUA
Rússia
Índia
Japão
1o
2o
3o
4o
5o
1 327 000 000
308 000 000
142 000 000
1 190 000 000
127 900 000
maiores emissores de CO2
(bilhões de toneladas/ano)*população
*fonte: Folha de S. Paulo, 8 mai. 2009. (adaptado)
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a) Embora as emissões totais da China sejam maiores do que as dos EUA, os chineses emitem cerca de quatro vezes menos CO
2 por habitante do que os estaduni-
denses.b) Nos países citados na tabela, há uma relação de equi-
líbrio entre o número de habitantes e a quantidade de dióxido de carbono produzida.
c) China e Índia juntas superam as emissões de CO2
so-madas dos EUA, do Japão e da Rússia, tanto as totais quanto as por habitante.
d) Apesar das grandes diferenças entre os números de habitantes e de emissões do Japão e dos EUA, as emissões de CO
2 por habitante dos dois países são
praticamente iguais.e) Os cinco países citados na tabela como os maiores
emissores de dióxido de carbono do mundo são também os países mais populosos e os mais indus-trializados atualmente.
84. Manchete:
BRICs PRESSIONAM PARA ELEVAR PESO DE EMERGENTES NO G20
Encontro não propõe medidas, mas exprime desejo de participação real nas decisões políticas e econômicas internacionais
Raio-X dos BRICs
Brasil Índia China Rússia
população em 2008, em milhões de habitantes
191,8 1 190,4 1 327,6 142,0*
PIB de 2008,em trilhões de US$
1,6 1,2 4,4 1,7
participação nas exportações do comércio mundial em 2008, em %
1,2 1,1 8,9 2,9
participação nas importações do comércio mundial em 2008, em %
1,1 1,8 6,9 1,8
*dados de 2006 fonte: Organização Mundial do Comércio Fundo Monetário Internacional e The New York Times
Folha de S. Paulo, 17 jun. 2009. (adaptado)
BRIC é um acrônimo criado em 2001 pelo economista Jim O’Neil usando as iniciais de quatro principais países em desenvolvimento, também chamados países emer-gentes: Brasil, Rússia, Índia e China. O G20 é o grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, cujos governantes se reuniram em abril de 2009 para discutir a atual crise econômica mundial.Analise as afi rmações a seguir sobre os países BRIC:I. Participação importante na produção e no comércio
mundial.II. Representam grandes ou potenciais mercados con-
sumidores.
III. Têm armas nucleares ou grandes arsenais convencio-nais.
IV. Abrigam importantes reservas de recursos naturais.V. São membros do Conselho de Segurança da ONU.
Com base nos dados da tabela e em seus conhecimen-tos sobre a atual realidade política e econômica, as afi rmações que podem justifi car o desejo expresso na manchete são:a) todas.b) apenas I, II, IV e V.c) apenas I, II e IV.d) apenas II, III e IV.e) apenas II e IV.
85.“Se a razão de ser do turismo – aquilo que mais
caracteriza esse fenômeno – é o deslocamento ou movimento voluntário das pessoas de um lugar para outro no espaço, então o turismo pode ser concebido como uma experiência geográfi ca na qual a paisagem se constitui num elemento essencial”.
[...]Font (1992), ao mesmo tempo em que vê na
paisagem um valor fundamental para toda a oferta turística, identifi ca nessa atividade uma das maiores causas de sua degradação, o que vem em detrimento da própria rentabilidade econômica dos assentamentos turísticos.
Paulo S. Pires. Turismo: espaço, paisagem e cultura. São Paulo: Hucitec, 1999.
A atividade do turismo é uma das que mais crescem no mundo atualmente, o que vem aumentando sua importância socioeconômica e também como alterna-tiva de exploração sustentável de áreas consideradas patrimônio natural, cultural ou histórico. Os excertos acima tratam do vínculo entre o turismo e a paisagem. Sua leitura permite afi rmar que:a) Ambos evidenciam a importância da paisagem para
o turismo e, no segundo trecho, isenta-se a atividade turística de causar danos ao ambiente.
b) A essência do turismo é o deslocamento de pessoas, que pouco tem a ver com os atrativos da paisagem, como fica evidenciado no primeiro trecho.
c) Fica clara a valorização da paisagem como recurso para o turismo e a necessidade de proteger esse recurso, inclusive do próprio turismo.
d) A degradação da paisagem não traz prejuízos ao turis-mo, visto que aspectos como infraestrutura, conforto e segurança são suficientes para atrair pessoas.
e) O primeiro trecho destaca que o turismo pode in-terferir no deslocamento de pessoas e, assim, alterar fluxos migratórios, enquanto o segundo alerta para a degradação da paisagem.
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86. Observe as fi guras a seguir:
equinócio21 de março
21 de junhosolstício
solstício
equinócio21 de setembro
22 de dezembro
N
S
Sol
fi gura 1
Sol
raios de calor
hora: 12hdia: 21/06cidade: São Paulo
figura 2
A situação retratada na fi gura 2 permite afi rmar que em São Paulo ocorre o:a) equinócio de outono do hemisfério norte.b) solstício de verão do hemisfério norte.c) equinócio, com o dia e a noite com a mesma duração.d) solstício de inverno do hemisfério sul.e) equinócio de primavera do hemisfério sul.
87. Observe com atenção o fragmento de um mapa do território brasileiro e assinale a alternativa correta.
a) As coordenadas geográficas aproximadas de Lages são: latitude 50°S e longitude 28°W.
b) As coordenadas geográficas aproximadas de Blume-nau são: latitude 27°S e longitude 49°W.
c) A cidade de Blumenau está a noroeste da cidade de Lages.
d) A região mapeada está nas baixas latitudes do hemis-fério oriental.
e) Lages está numa posição setentrional e ocidental em relação a Blumenau.
88.
calha do córregovárzea
ocupação urbana
vegetação
esquema do perfil de um vale fluvial
4003753503253002752502252001751501251007550250
2827262524232221201918171615141312
J F M A M J J A S O N D
temperatura(ºC)
chuvas(mm)
Considerando que o esquema e o gráfi co representa-dos se referem à mesma área, assinale a alternativa correta.a) A população que vive na várzea corre risco de inun-
dações durante os meses de verão, época em que deslizamentos ameaçam as casas que ficam mais acima.
b) As duas encostas do vale com vegetação e com ocu-pação urbana correm o mesmo risco de deslizamen-tos durante todo o ano, devido à forte inclinação de ambas.
c) A encosta que ainda tem cobertura vegetal é a que mais contribui para o assoreamento do córrego, prin-cipalmente entre os meses de maio e setembro.
d) A melhor estratégia para preservar a qualidade da água do córrego é canalizá-lo e permitir apenas o despejo de esgoto residencial e não clandestino.
e) Pelas características climáticas representadas, o vale corre baixo risco de inundações e deslizamentos du-rante o ano, devido ao longo período de estiagem.
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89.
Mar Mediterrâneo
Mar Morto
EgitoJordânia
SíriaLagoTiberíades
Rio
Jo
rdão
N
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S
plano de partilha de 1947
Estado Árabe (Palestino)
Estado Judeu (Israel)
Jerusalém
A partilha da Palestina (ONU)
Mar Mediterrâneo
Mar Morto
EgitoJordânia
SíriaLagoTiberíades
Rio
Jo
rdão
N
O L
S
Territórios Palestinos
Estado de Israel
Jerusalém
Situação atual
A sequência dos mapas mostra que:a) o plano de criação de dois Estados na Palestina,
proposto pela ONU em 1947, foi implantado com alterações nas fronteiras originais.
b) os judeus consolidaram a criação do seu Estado, mas sofreram severas perdas territoriais para os árabes.
c) além de Israel, o Egito e a Jordânia também incorpo-raram territórios destinados aos palestinos, pelo plano da ONU.
d) os interesses de potências como EUA, Inglaterra e União Soviética, desde 1947, vêm interferindo no destino da região.
e) além de terem tido parte de seu território anexada por Israel, os palestinos ainda não têm seu Estado nacional.
90. Ao longo do tempo geológico, as rochas podem sofrer diversas mudanças no seu estado físico, como mostra a fi gura a seguir. Com base na fi gura sobre o ciclo das rochas, analise as proposições:
inte
mper
ismo
metam
orfism
o
erosã
o
transp
ortese
dimen
taçã
o
fusão
sedimentação
transporte
erosão
intemperismo
rochas metamórficas
rochas ígneas
rochas sedimentares
metamorfismo
fonte: www2.igc.usp.br
I. As rochas ígneas podem sofrer metamorfização ou intemperismo.
II. O intemperismo pode transformar as rochas sedimen-tares em rochas metamórficas.
III. As rochas sedimentares são formadas pela acumula-ção de materiais produzidos pelo intemperismo.
IV. As rochas metamórficas podem se originar de rochas sedimentares ou de rochas ígneas.
Estão corretas:a) todas.b) apenas I, II e III.c) apenas I, III e IV.d) apenas II e III.e) apenas III e IV.