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Página 1 Noroeste Notícias Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011 20 de Julho de 2011 NOROESTE NOTÍCIAS - Um novo jeito de fazer jornal NOROESTE NOTÍCIAS CIRCULAÇÃO: Itaocara, Aperibé, Pádua, Cambuci, São Sebastião do Alto, Macuco, São Fidélis, Cordeiro, Miracema, Itaperuna, Laje do Muriaé, São José de Ubá, Porciúncula e Natividade 17 Anos Ano XVII Nº 171 20 de Dezembro de 2011 R$ 1,00 Como já é tradição em Itaocara, a praça Cel Guimarães, em frente a Igreja Matriz, é ornamentada para os festejos natalinos. Este ano, a secre- taria municipal de Cultura e Turismo acrescentou mais um ícone que vem atraindo os olhares da população, vi- rando ponto de encontro e poses para registros das câmeras. O novo Presépio é um sucesso ab- soluto e foi projetado pelo artista plás- tico Henrique Resende, que trouxe para a praça, em ricos detalhes, a passagem mais importante para os cristãos mundo afora, ou seja, o nascimento do menino Jesus. A inauguração foi realizada no dia 08 de dezembro e contou com a parti- cipação de grupos de Folia de Reis do município, da Escola de Música Patápio Silva, além de autoridades municipais e populares, que foram apreciar o Presépio e reforçar sua fé no Salvador. Segundo informações, o Presépio poderá ser vi- sitado durante todo o mês de dezembro. Presépio é atração em Itaocara Tribunal APROVA contas do prefeito Alcione Araújo O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro- TCE, órgão fiscalizador dos municípios, aprovou em no- vembro as contas do prefeito Alcione Correa de Araújo, de Itaocara, referentes ao exercício de 2010, a exemplo do que já aconteceu em 2009 e anos anteriores. E com um detalhe: com a menor exigência já vista na história itaocarense. A Câmara de Itaocara também já aprovou e a matéria está no BIOPI Nº 78 de 30 de novem- bro último Esta é mais uma resposta para aqueles “profissionais” em críticas destrutivas, os pregoei- ros contumazes de inverdades, que sonham em um dia poder montar um governo paralelo, já que pelo voto popular nunca chegarão ao poder. A aprovação das contas foi motivo de efusivos elogios pelos vereadores durante a apreciação pelo Poder Legislativo Municipal. www.noroestenoticias.net

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  • Pgina 1Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 201120 de Julho de 2011NOROESTENOTCIAS - Um novo jeito de fazer jornal 20 de Julho de 2011 NOROESTENOTCIAS - Um novo jeito de fazer jornal

    NOROESTENOTCIAS

    CIRCULAO:Itaocara, Aperib, Pdua,

    Cambuci, So Sebastio do Alto, Macuco, So Fidlis,

    Cordeiro, Miracema, Itaperuna, Laje do

    Muria, So Jos de Ub, Porcincula e Natividade

    Ano XVII N 170 20 de Julho de 2011 - www.noroestenotcias.net R$ 0,50

    17 Anos

    Pgina 20

    A Administrao Municipal: O Poder Executivo

    Reforma do Hospital e compra de equipamentosAsfaltamento de ruas no centro de Itaocara

    Reforma e ampliao do Mercado do Produtor

    Construo da Creche-Escola de Jaguaremb

    Asfalto de Laranjais e Construo da Casa de Cultura

    Reforma do Centro de Sade

    Reforma do Nildo Nara, com cursos superiores oficiais

    Compras de carros, caminhes, mquinas, UTI e Ambulncias

    Hospital reformado, ampliado e com novos equipamentos

    Disciplinando o Trnsito

    Gelsimar, cad a Democracia...

    Leia na Pgina 19

    Foto do vereador Pedro Paulo, a poltica da Regio

    Leia na Pgina 12

    Casa do Estudante. Dr. Carlinhos

    Pginas 10 e 11

    Como j se sabe, o muni-cpio de Ita ocara foi criado em 28 de outubro de 1890 e, com o passar do tempo, o pe-queno burgo ia crescendo, crescendo... tomando ares de cidade, de uma cidade geome-tricamente planejada, a nica do noroeste fluminense. Isto graas aos conhecimentos de arquitetura do seu fundador, Frei Toms. Durante o Imp-rio, no segundo reinado, D. Pedro de Alcntara por di-versas vezes visitou a Aldeia da Pedra, chegando mesmo a pernoitar na Fazenda da Serra Vermelha (4 distrito), hoje de propriedade do Sr. Cladio Gualberto. Com o advento da Repblica (esta proclamada de maneira surpreendente at para os republicanos), o Brasil inteiro passava por uma reorganizao, para no se di-zer uma tumultuada transio. Os republicanos, na verdade, no sabiam o que fazer com o inesperado presente: a queda da monarquia. Dizem at que o Marechal Deodoro, desilu-dido, escrevera a um sobrinho de nome Luiz dizendo-lhe que: ... No Brasil, repblica sinnimo de desgraa, o que d para sentir bem, se verdadeira a frase a ele atri-buda, o seu desencanto com o nascente regime republicano. A historia tem mostrado, a todos os nveis de governo, que a troca da Monarquia quase nada trouxe de muito positivo, embora a monarquia tivesse vcios enormes. Mas a Repblica no s no elimi-nou tais vcios, como acres-centou outros que perduram at hoje, como a corrupo desenfreada e a crise moral. Cedo, muito cedo, Rui Bar-bosa tambm ficou decepcio-nado com a Repblica e seus mtodos. O tempo passou e o sonho brasileiro de uma vida digna ia ficando sempre mais distante. Mas histria hist-ria. Voltemos ao ano de 1890: Criado o municpio, este foi governado por Intendentes. O segundo e ltimo intendende foi Jos Joaquim da Cruz Bra-ga, que governou no perodo de 1891 a 1892, quando foi organizada a Cmara Muni-cipal, passando o presidente desta a ter funes tambm executivas. Esse sistema vi-gorou at 1921. A seguir os presidentes da Cmara que exerciam, cumulativamente, funes executivas (de pre-feito):

    01 - Coronel Jos Ferrei-ra Guimares,1891 1894; 02 - Jos Joaquim da Cruz Braga, 1895 1896; 03 - Joo Francisco de Aguiar, 1898

    1900; 05 - Eduardo Scisnio de Arajo,1901 1903; 06 - Coronel Antnio Alves Pita de Castro,1904 1909; 07 - Clemente Pereira de Carvalho (Substituto), jan/fev 1910; 08 - Coronel Antnio Alves Pitta de Castro,1904 1909; 09 - Amaury Guimares (subs-tituto), jun/1910 - fev/1911; 10 - Coronel Antnio Alves Pitta de Castro,1911 1915; 11 - Raul de Carvalho,1915 1916; 12 - Dr. Francisco Portela dos Santos 1916; 13 - Coronel Joo Francisco Ra-mos,1916 1918;14 - Capito Jos Dias 1918-1921. A fase de presidentes com poderes executivos termina com o Capito Jos Dias, em 1921. Ocorrendo a tripartio dos poderes tambm no mbito municipal (como hoje: Execu-tivo, Legislativo e Judicirio), a administrao do Municpio passou a ser exercida por um Prefeito. O primeiro deles foi o Coronel Antnio da Silva Pinto, que governou no ano de 1922. A seguir, os Prefeitos do Municpio de Itaocara:

    01 - Coronel Antnio da Silva Pinto,1922; 02 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto (que foi eleito, to-mou posse, mas no exer-ceu o cargo),1923; 03 - Dr. Diogo Campbell (Interven-tor),1923-1924; 04 - Dr. Jona-thas Pedrosa Filho (Interven-tor),1924; 05 - Nicolau Mary (Interventor),1924 1925; 06 - Ataliba de Souza Marinho (Interventor),1925 1926;

    07 - Joo Gomes da Silva (In-terino), 1926 1927; 08 - Pe-dro Joaquim da Cunha, 1927 1929; 09 - Alfredo de Souza Figueira,1930; 10 - Dr. Jos Costa Jnior,1930 1931; 11 - Dr. Jos Antnio Velasco (Interventor),1931 1932; 12 - Dr. Joo Paulino de Siqueira Campos (Interventor),1932 1935; 13 - Alcebades de Carvalho,1935 1936; 14 - Luiz Py de Azevedo (Prefei-to em Comisso), 1936; 15 - Tenente Joaquim Ramos Pereira, 1936; 16 - Alcebades de Carvalho,1936 1937; 17 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto (Interventor), 1937 1945; 18 - Dr. Ivo Pereira Soares (Promotor investido),1945 1946; 19 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto, mar/jun/1946; 20 - Dr. Eduardo Scisnio Dias, jun/out/1946; 21 - Tenente Jos Couto do Nascimento (In-terventor),1946 1947; 22 - Jayme Queiroz de Souza,1947; 23 - Dr. Pricles Cor-ra da Rocha,1947 1949; 24 - Ataliba de Souza Mari-nho (substituto), 1949; 25 - Dr. Pricles Corra da Rocha,1949 1951; 26 - Elias de Carvalho Gama,1951 1955; 27 - Gensio Maurcio de Aguiar,1956 1958; 28 - Otlio Pontes,1958 1959; 29 - Johenir Henriques Vi-gas,1959 1962; 30 - Au-gusto Jos Pires,1962 1963; 31 - Dr. lvaro dos Santos Pinheiro,1963 1965; 32 - Carlos Gomes Figueiredo de

    Siqueira (substituto),1965; 33 - Dr. lvaro dos Santos Pinheiro,1965 1967;

    34 - Gensio Maurcio de Aguiar,1967 1971; 35 - Pau-lo Mozart de Almeida;1971 1972;

    36 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto,1973 1977; 37 - Joaquim Soares Mon-teiro,1977 1983; 38 - Jos Romar Lessa,1983 1989; 39 - Dr. Robrio Ferreira da Silva;1989 1992;

    40 - Jos Romar Les-sa,1993 1996; 41 - Dr. Ro-brio Ferreira da Silva;1997- 2000; e 42- Dr. Manoel Quei-roz Faria, 2001- 2004, este sendo reeleito para o mandato de 2005/2008, nas duas opor-tunidades tendo o Dr. Alcione Arajo como vice. Eleito em 2008, o Dr. Alcione Correa de Arajo, concorrendo com

    o Sr. Robrio Areas Sampaio como vice, foi eleito pelo pe-rodo de 2009 a 2012.

    A histria tem mostrado que desde o incio, at mesmo no perodo em que o presiden-te da Cmara exercia tambm funes executivas, o muni-cpio de Itaocara dominado por grupos e o poder sempre retorna s mos do antecessor. Essa prtica nem sempre tem dado bons resultados, eis que o poder (ou os mtodos) deve ser renovado, sob pena de se instaurar o marasmo admi-nistrativo, mas quatro exce-es que se verificaram em Itaocara ficaram por conta de Gensio Maurcio de Aguiar, Dr. Carlinhos Faria Souto, Jos Romar Lessa e Manoel Queiroz Faria.

    Texto: Chico Marra

    E TEM MAIS...

    A cidade de Itaocara, o Riio Paraba, a Ponte Ari Parreira e a serra da Bolvia...

    Pedra do Cavalo

    Ano XVII N 171 20 de Dezembro de 2011 R$ 1,00

    Como j tradio em Itaocara, a praa Cel Guimares, em frente a Igreja Matriz, ornamentada para os festejos natalinos. Este ano, a secre-taria municipal de Cultura e Turismo acrescentou mais um cone que vem atraindo os olhares da populao, vi-rando ponto de encontro e poses para registros das cmeras.

    O novo Prespio um sucesso ab-soluto e foi projetado pelo artista pls-tico Henrique Resende, que trouxe para a praa, em ricos detalhes, a passagem mais importante para os cristos mundo afora, ou seja, o nascimento do menino Jesus. A inaugurao foi realizada no dia 08 de dezembro e contou com a parti-cipao de grupos de Folia de Reis do municpio, da Escola de Msica Patpio Silva, alm de autoridades municipais e populares, que foram apreciar o Prespio e reforar sua f no Salvador. Segundo informaes, o Prespio poder ser vi-sitado durante todo o ms de dezembro.

    Prespio atrao em

    ItaocaraTribunal APROVA contas do prefeito

    Alcione ArajoO Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro-

    TCE, rgo fiscalizador dos municpios, aprovou em no-vembro as contas do prefeito Alcione Correa de Arajo, de Itaocara, referentes ao exerccio de 2010, a exemplo do que j aconteceu em 2009 e anos anteriores. E com um detalhe: com a menor exigncia j vista na histria itaocarense. A Cmara de Itaocara tambm j aprovou e a matria est no BIOPI N 78 de 30 de novem-bro ltimo Esta mais uma resposta para aqueles profissionais em crticas destrutivas, os pregoei-ros contumazes de inverdades, que sonham em um dia poder montar um governo paralelo, j que pelo voto popular nunca chegaro ao poder.

    A aprovao das contas foi motivo de efusivos elogios pelos vereadores durante a apreciao pelo Poder Legislativo Municipal.

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  • Pgina 2 Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011

    EDITORIALO Diabo no dormeH um ditado popular que diz ser a cabea vazia, ofici-na do diabo e mesmo verdade: Aqui em Itaocara, por exemplo, existe uma meia dzia de cabeas vazias- va-zias de tudo - um ninho de diabos bem no centro da cidade de Itaocara, que s vivem para infernizar a vida de todo mundo, inclusive impedido que o progresso che-gue e melhore a vida do povo, gerando emprego e renda, fato que se traduziria em comida, roupa, calado, moradia digna. Esse pessoal- Os diabos que no dormem- no dor-mem exatamente para ficar na rua futricando, inventando e disseminando mentiras e isso parece ser fruto de uma mgoa infinda por no chegarem ao Poder pelo voto do eleitor, sendo os mesmos os eternos derrotados nas urnas e isso tem razo de ser: so anti-povo e que s defen-dem seus prprios interesses. Ningum nunca viu e nem ouviu dizer que viram tais diabos fazendo algo a favor de algum, muito pelo contrrio, andam de tridente nas mos prontos para espetar o primeiro que aparecer. Alis, bom que se diga que nem surpresa essa atitude dia-blica, j que esse o papel do diabo...Para o diabo que no dorme (e para os que tambm dor-mem) ningum presta, todo mundo ladro, safado e vive metido em maracutaia, mas generalizar no correto e esses infalveis diabos julgadores se esquecem dos seus prprios rabos espichados no leito de numa movimentada via pblica e de vez em vez v-se alguns deles cots. Tem gente por a cheia de disfuno poltica, que prega de-mocracia, mas age como ditador; que prega honestidade, mas pratica a desonestidade; que prega a tolerncia, mas intolerante; que prega a humildade, mas arrogante; que apregoa sua prpria competncia, mas incompetente ao extremo, que prega o trabalho, mas vive no cio; que de-fende a gerao de emprego, mas contra a construo de indstrias no municpio; que defende a dedicao do servidor pblico, mas ele prprio no trabalha; que diz defender a zona rural, mas nem sabe o que um p de milho, que diz defender o meio ambiente, mas joga o lixo de sua casa na rua depois que o veculo coletor passa; que diz defender os cursos d gua, mas enchem os rios de en-tulhos; que diz defender florestas, mas amante das quei-madas. Estas so algumas das disfunes poltico-sociais do diabo que no dorme...O diabo que no dorme incitador de greves at em servios essenciais; prega a luta de classe, proletariado x burqus, como se o muro de Berlim ainda estivesse de p; se diz defensor de direitos humanos, porm aplaude aes de governos sanguinrios como os da Lbia, da Venezue-la, da Bolvia, dor Ir, de Cuba, da Sria e acha que a mor-te do chefe mximo do terrorismo foi uma irrecupervel perda para a humanidade; prega a solidariedade, mas no doa nem um quilo de fub para flagelados. Que socialis-mo esse? Pois , o diabo que no dorme est sempre na contramo da histria, pregando uma coisa e fazendo outra exatamente ao contrrio. muito fcil para o dia-bo que no dorme fazer qualquer tipo de crtica, j que o seu compromisso no est atrelado verdade e at por que ele no conhece nada de nada, no tem competncia para gerir sua prpria vida. Imagina s um diabo desses com poder para mandar e desmandar... Seria a anarquia absoluta. Mas tem gente querendo isso, apostando nisso para governar em nome dele. Claro, para tirar proveito da total incompetncia dele...

    OPINIOO ponto G de um Poltico... Chico Marra

    Quem v um cidado, pretenso l-der poltico, falando como fala, arro-gantemente, com sua diarria verbal, pensa que ele exemplo de idealis-mo, de competncia como (?) gestor pblico, de democrata, infalvel e de um verdadeiro messias poltico- um santo milagreiro. O pior que em sua psicologia reversa, o tal, em seus delrios de grandeza e sapincia, pen-sa que tudo isso. Mas, em verdade, quem o conhece sabe que no nada disso, pois conhece suas extremas li-mitaes, a comear por seu discurso encomendado, de lavra de terceiros, ao contedo de seus textos pu-blicados em certo jornal, provavel-mente como matria paga, j que de graa ningum publicaria nada dele por sua precariedade, incoerncia e ignorncia. O cara to limitado que nem sabe da existncia da Lei de Responsabilidade Fiscal, no sabe do limite para gastos com pessoal e nem o que desafetao e essas asserti-vas se justificam pelas promessas de conceder 50% de reajuste salarial de uma s vez, j no primeiro ano do seu governo, a transformao do Co-

    lgio Nildo Nara para, no seu espao fsico, construir uma piscina, fatos impossveis de serem realizados mas, como ele mesmo diz, no preciso cumprir, o importante e prometer para se vencer uma eleio.

    Tal cidado, hipoteticamente, vira e mexe, mais mexe do que vira, vive falando em democracia, mas faz sem-pre ao contrrio e governa algum r-go pblico como verdadeiro ditador. Se um poltico com tal perfil um dia chegar chefia do Poder Executivo, no sabemos o que poder acontecer eis que, alm de sua consagrada in-competncia, incompetncia esta vis-lumbrada em seus discursos, ainda lhe falta suporte at mesmo poltico para formar um secretariado. Partindo de tais premissas, certamente, um gover-no assim comandado ser um desas-tre, a falncia generalizada do munic-pio, a includos os seus servidores que, provavelmente, voltaro ao pesadelo do atraso de pagamentos como j acon-teceu no passado e a conseqente falta de crdito no comrcio.

    Um poltico assim, quase sempre, se julga intocvel e sempre, quando

    a notcia no lhe interessa, vive se queixando de estar sendo perseguido, mas na verdade essa mania de per-seguio se encaixa como uma luva numa psicologia reversa, eis que o perseguidor ele prprio. Useiro e vezeiro em denncias e informaes despidas de verdades, o ponto G de quem assim age sempre se consi-derar vtima quando, na verdade, o algoz; considerar-se mais competen-te do que os demais, quando o opos-to a verdade; considerar-se o mais honesto quando, todo mundo sabe, tal predicado no privilgio de nin-gum... Principalmente quando esse algum se imagina ser o que no ...

    Ah! Parafraseando o Poeta Mario Quintana, salvo engano, ningum dono da verdade, eis que esta apenas uma palavra molhada de saliva na boca de algum, assim como a mentira uma verdade que se esque-ceu de acontecer. As duas hipteses se amoldam muito bem em certos polticos falastres, que s tero su-cesso de chegar ao Poder quando saci cruzar as pernas ou morcego doar sangue... esse o ponto G...

    Eu abri o portal do tempo para que por ele pudessem passar os an-tigos sonhos, quimeras que desfila-ram pelos corredores da vida quase que inteira e que se perderam pelas madrugadas infindas e incontveis de insnias que acabaram, cansadas, por dormirem no quarto minguante de uma lua agonizante, no ocaso das horas mortas. Vieram quase to-dos os sonhos: Uns rolando com o vento, outros andando pelas tranas das chuvas, alguns nos perfumes das flores, muitos nas corredeiras do Rio Negro e no poucos montados no cavalo alado que ainda mora no arco-ris... Sem falar naqueles que chegaram nos braos dos doirados raios da lua cheia, nos que vieram com as msicas dos anos sessenta e outros tantos que botaram seus ps na estrada em busca da derradei-ra chance, agora entrando por este portal. Dentre todos que ultrapassa-ram esta porta mgica, nenhum fi-cou. Assim como entraram, saram. bem verdade que muitos sonhos no vieram, principalmente aqueles que foram ardentemente sonhados. Estes preferiram ficar sentados nos velhos banquinhos da Praa Jos Dias, contemplativos, na ponte de madeira sobre o Valo da Ona ou debruados numa janela azul de uma casa que a vida cisma de man-ter de p quando, na verdade, j foi engolida pelo asfalto da RJ-116 h muito tempo e que agora apenas mora dentro de mim ou nas sau-

    dades dos seus antigos moradores. Ah! Esses sonhos no vieram e nem poderiam vir: Eles no foram com-partilhados, no tiveram vida e so como pssaros de asas partidas... No voaram, no saram de dentro do de si mesmos... Ficaram inertes, sentidos, morridos ou indefinidos em suas vontades dentro do meu Eu. A saudade di, principalmen-te quando ela deriva de um sonho acalentado bem l no fundo do peito e que nunca se tornou realidade...

    As palavras nascidas no pas-sado no morreram jamais, moram dentro do peito e continuam, ainda hoje, fazendo eco no corpo inteiro, arrepiando cabelos, fazendo um friozinho correr pelo estmago e dando uma sensao de presena... Apesar do tempo decorrido, as car-cias, os olhares cheios de promes-sas e os passos tambm continuam hipoteticamente vivos. Os sorrisos, no... Esses ficaram sepultados jun-tos com o ltimo adeus acenado de dentro de um barquinho de papel que voc arremessou na correnteza da chuva que correu pela Rua Capi-to Lessa, numa tarde de domingo. Voc nem viu que eu estava dentro desse barquinho! Estava... E junto com ele desci pelo valo da Ona, passei pelos rios Negro e Grande, cheguei at ao Paraba e da ao mar, onde naufragamos os dois... Eu e a vida. Na ilha deserta onde apor-tei, o tempo passou lentamente, at acabar com toda a areia da ampul-

    heta, e a eu contei todas as estre-las... Uma a uma, sem esperanas de encontrar aquela que me servisse de guia para voltar ao mundo das esperanas. Empilhei saudades numa ilha deserta... Umas mortas, outras vivas. As saudades so se-mentes secas dos sonhos vividos, principalmente dos perdidos e a no germinam mais. Eu no gosta-ria de t-las, mas eu s tenho plan-tadas num grande jardim hipotti-co... So flores hipotticas de todas as cores, matizes e perfumes. Nelas no chove e nem as rego, mas elas continuam germinando, crescendo e florindo. Voc? Bem, voc nunca soube desse naufrgio e nem jamais ir saber desse jardim, das semen-tes de saudades que germinam sem parar. Esperana? Que esperana, se o tempo j destilou o tempo e o vento que impulsiona a vida no anda de marcha-r e nenhum tnel caminho para se voltar ao passado, a no ser que se abra o Portal ape-nas para desfiles de reminiscncias. Da ...

    Apesar de tudo, hoje eu abri o Portal do Tempo para que as re-miniscncias voltassem e. muitas voltaram, num desfile sem brilho e sem alegria. Apenas voltaram. Essas eu no convidei para fica-rem, j que nenhuma delas trouxe o fogo das antigas paixes. As que no vieram, talvez trouxessem esse fogo... Mas essas no caberiam nos Portais do Tempo...

    LITERATURA Portais do Tempo

    20 de Julho de 2011NOROESTENOTCIAS - Um novo jeito de fazer jornal 20 de Julho de 2011 NOROESTENOTCIAS - Um novo jeito de fazer jornalPgina 04 Pgina 17

    Trovas

    Cotidiano

    Utilidade Pblica

    Rosa Dos ventos

    Meu namorado bipolar. E agora?

    Primeiro voc me azucri-na, me entorta a cabea, me bota na boca um gosto amargo de fel. Depois vem chorando, pedindo desculpas, assim meio pedindo, querendo ganhar um bocado de mel (...) E eu vou perguntando: at quando?. O trecho pertence cano Grito de Alerta*, na voz de Maria Bethnia, e muitas vezes considerada a trilha sonora de casais em crise. Mas, anali-sando mais a fundo, possvel sentir na pele a angstia de uma mulher que ama um homem cujo comportamento muda de uma hora para outra. Como se fosse tomado pela bipolarida-de. comum algumas pesso-as acharem que o transtorno afetivo bipolar (TAB) mais comum em mulheres, relata Amaury Cantilino, psiquiatra e pesquisador do Programa de Sade Mental da Mulher da Universidade Federal de Pernambuco. Mas os homens tambm podem ter a doena. O problema que, geral-mente, o homem no procura se consultar com um mdico tanto quanto a mulher, ento, muitos possuem problemas srios e nem desconfiam que possam ter transtorno bipolar. Uma coisa certa: sem o tra-tamento adequado, a felicidade do casal fica comprometida, alerta o mdico. Mas como saber se o parceiro bipolar? Primeiro, preciso identificar os sintomas da enfermidade no comportamento dele, orienta Amaury. A forma clssica do TAB atinge cerca de 1,5% da populao mundial e se divide em dois tipos: o tipo I, que apresenta toda a amplitude de variao do humor, da mania plena depresso grave, e atin-ge igualmente a homens e mu-lheres; e o tipo II, que o mais prevalente na populao geral, mais frequente em mulheres e apresenta a depresso como a fase mais predominante.

    Segundo o psiquiatra, nos homens, os sintomas da mania so mais exuberantes e isso torna a identificao da doena mais fcil. Esta fase marcada por vrios tipos de excessos que podem atrapalhar o relacionamento. O parceiro pode comear a gastar demais, por exemplo. Tambm poder ficar irrita-do por motivos banais e at agressivo quando contrariado. Outra caracterstica a desi-nibio sexual, que pode ser

    to intensa, fazendo com que o bipolar corra o risco de trair a namorada ou esposa com outras mulheres, informa. O quadro depressivo tambm pode fazer parte do cotidiano dos homens bipolares e afetar o namoro. Na depresso, a libido do homem cai, h perda de interesse para diver-sas atividades, ele no sente mais prazer em estar com a parceira. Ou pode ocorrer o oposto, onde o namorado fica excessivamente inseguro e dependente da parceira. Talvez a fase depressiva do TAB seja motivo maior para separao, pois nem todas as mulheres conseguem suportar essas situaes. preciso saber que esses altos e baixos da doena no possuem cura, mas h tratamento. E incen-tivar o parceiro a procurar um mdico fundamental, diz Amaury. Os episdios do transtorno afetivo bipolar

    podem ser menos frequentes e menos graves quando o paciente adere aos tratamen-tos medicamentosos. Atual-mente, existem no mercado opes capazes de reduzir os efeitos colaterais normalmen-te causados por este tipo de medicamento. Incluem-se en-tre elas o Geodon (cloridrato de ziprasidona), que teve uma nova indicao para o contro-le da mania bipolar aprovada pela Agncia Nacional de Vi-gilncia Sanitria (ANVISA) no Brasil. Indicado tambm para controle da fase aguda, preveno de recorrncia em pacientes bipolares e para portadores de esquizofrenia, o produto tem a vantagem de no apresentar alguns dos efei-tos adversos associados aos demais antipsicticos atpicos, como ganho de peso excessivo e induo sndrome metab-lica (aumento do colesterol, triglicrides e da glicemia).

    Itaocara: Lazer, Perfumes, Cores, Flores & Prazer de viver...

    Gamaliel Borges Pinheiro, o grande autor de Moleque Amaro, um dos maiores literatos de Itaocara j, versejava mostrando os seu encantos:

    ITAOCARAPainel sublime, vivo, majestosoEnorme na beleza e na medida.Contemplo embevecido e at orgulhosoem festa a natureza colorida.Sinto o pulsar ufano e jubilosoo corao a alma enternecidaante a paisagem alma refloridadesta tela do Todo-Poderoso.Aqui vibra a cidade pequenina,na profuso de flores perfumadasdo vergel da pracinha vicejante.Ali o bosque ameno da colina,ao lado do rio, as guas agitadas.Em derredor o prado verdejante...Hoje, Itaocara j no a mesma cantada por Gamaliel:

    ainda mais bela, mais florida, perfumada e colorida... O Paraba continua correndo, ora manso, ora violento, mas sempre orgu-lhoso de sua histria, um eterno namorado da Serra da Bolvia, guardio, junto com esta, da cidade e de suas ilhas repletas de orqudeas, bromlias... O Sol, a Lua Cheia, o cu azul estrelado... O progresso bem maior hoje, Dr. Gamaliel, mas a magia, o encanto, o fetiche continua no ar: Uma terra fantstica para se viver, amar e trabalhar...

    Conhecer os sintomas e incentivar o tratamento do parceiro pode salvar o relacionamento marcado por mudanas constantes de humor

    Apesar de todos os dissabores, manter o relaciona-mento possvel, avalia Amaury. O transtorno bipolar no precisa ser motivo para separao. As pessoas que convivem com um bipolar precisam conhecer a doena e seus sintomas para que saibam identific-los no mo-mento em que aparecem. Tanto a namorada, quanto a famlia do paciente, devem se tornar parceiras no tratamento, no sentido de ajudar o especialista com informaes e comportamentos que nem sempre o paciente consegue identificar em si mesmo, informa.

    Saiba como os sintomas do Transtorno Bipolar se manifestam em homens e mulheres:

    A frequncia de mania semelhante em homens e mulheres;

    Homens tm quadro de mania numa idade mais jovem que mulheres;

    A frequncia de episdios depressivos e epi-sdios mistos (sintomas de mania e depresso ao mesmo tempo) maior em mulheres;

    Incio de depresso bipolar menor em mu-lheres;

    O diagnstico tende a ser mais atrasado na mulher;

    Mulheres bipolares tm mais histria familiar de comportamento suicida;

    A chance de transmisso de transtorno do hu-mor maior quando a mulher afetada;

    Quanto ao desencadeamento de novas fases, as mulheres parecem ser mais sensveis a fatores es-tressantes de vida (como problemas de sade e fami-liares), sobretudo desencadeando fases de depresso;

    Em relao aos homens, mulheres bipola-res apresentam mais comorbidade com: bulimia, transtorno de estresse ps-traumtico e distrbios tireoidianos;

    Em relao s mulheres, homens bipolares apre-sentam mais: jogo patolgico, distrbios de conduta e abuso/dependncia de lcool e outras drogas;

    No entanto, mulheres bipolares apresentam 4 a 7 vezes mais abuso de substncias psicoativas que mulheres no-bipolares.

    * Grito de Alerta foi composta por Gonzaguinha e interpretada por vrios artistas, como Maria Beth-nia: http://www.youtube.com/watch?v=Gb_yG3L1e4I

    Aviso aos Servidores de Itaocara:

    A Prefeitura de Itaocara INFORMA aos seu

    servidores que no recebeu nenhuma ordem judicial

    para pagar insalubridade ao contrrio do que j paga de

    acordo com percia realizada por mdico especialista e

    credenciado para tal. Qualquer notcia em

    contrrio, at o momento, mera especulao,sem

    nenhum fundo de verdade.

    o amor, a felicidade, o tempo & o vento...Chico Marra

    So quatro coisas que andam, ou deveriam andar, sempre juntas com todas as pessoas, independentemente de posio social, riqueza, pobreza ou cor. Todo mundo quer: o amor, a felicidade & o tempo. O vento? Bem, o vento... O vento entra nessa histria como auxiliar do ladro... O amor... Bem, no existe ningum que esteja imune ao desejo do amar, mas o que seria o amor? Seria o raio de Sol; os cordes prateados da Lua; a carcia do vento; a gota de chuva; a onda do mar; o azul do cu; as cores do arco-ris; a correnteza do rio; o sorriso de uma criana; o cio; o verde da mata; o perfume da flor; a cor da arara; o canto do pssaro; o vo da asa delta; a bola rolan-do no campo; a nota musical; o verde dlar; o orvalho da manh; os bonecos de neve; o ronco do motor; o sabor da cerveja; o trago do cigarro; o p na rua; o sabor da ma; o gosto do pecado; a reza de domingo; o banco escolar; o palco para representar; o dis-curso poltico; a mesa farta; as areias das dunas; a gua de coco na praia; a roupa da moda; um banco de praa (o outro azar); a xcara de caf; a boneca de pano; a novela das oito; o

    filme na telinha da TV; uma caneta com tinta; uma coluna de jornal; a ordenha da vaca; a memria do computador; a tarrafa de um pescador; o p de laranja no quintal; a jangada solta no mar; a carcia de mos macias; um beijo, um sorriso, um olhar, uma fatia de queijo com goiabada, ou um corpo de mulher? Um corpo de mu-lher, trmulo, ardente, quente, insacivel? Ah! preciso ver o amor como algo que acon-tece do outro lado da linha do Equador, onde, como j disse o poeta, no h pecado. Deixe-mos que ele, o amor, seja como o esprito vadio que est solto e rolando suas mos macias em percursos sobre as curvas peca-doras ou santas desses corpos nus, de mulheres ou homens, que fazem o cio da vida e do os tons de cores e calores que invadem o vero. Da, quem sabe, nasa o amor como se fosse sntese de tudo, dos de-sejos mais loucos aos quereres mais profundos, da autentici-dade mais palpvel, do fogo dos prazeres, dos beijos mais ardentes, das verdades mais puras ou das mentiras mais im-puras... De conformidade com o verdadeiro sabor do desejo... claro. Mas tudo justificado em nome do amor... A verdade

    como em sendo, segundo o poeta gacho Mrio Quintana, uma palavra molhada de sali-va dentro da boca de algum ou quando diz que a mentira nada mais do que a verdade que esqueceu de acontecer. Esse palco da vida... Nele, para muitas pessoas, no s a ver-dade que deixa de acontecer... Tambm, pudera, quem manda querer pegar a Lua submersa nas guas do Paraba! Foi voc? Voc? Voc quis? Voc teve? Ou quer? Sua tarrafa seria capaz de tal proeza? Bem que j se desconfiava! O amor...

    Uma filosofia de botequim tenta explicar a existncia da felicidade com a frase banal de que feliz foi Ado, que no teve sogra e nem caminho. Nem uma coisa e nem outra. A verdade que a felicidade no pode ser uma coisa burra, aque-la que entorpece o esprito e d preguia ao corpo... Que faz o ser humano contentar-se com o que se tem. Para ser feliz preciso buscar sempre, renovar-se diuturnamente e ter o peito sempre repleto de emoes. nunca admitir que se seja feliz, eis que se assim no for cessa a busca, a conquista da vida... A prpria razo do existir. Nada que precise de prova para de-monstrar sua existncia real.

    Nada que tenha antnimo pode ser definitivamente grande, forte, infalvel, inexpugnvel, definitivo: Assim se d com luz e sombra, amor e dio, alegria e tristeza, felicidade e infelici-dade, liberdade e priso. Nin-gum nunca sabe quando um se inicia ou o outro termina... A existncia de um depende sempre do existir do outro. Da a felicidade no dar direito a ningum de impedir que o tempo passe e com suas afiadas garras e dilacere os sonhos de eternidade. Talvez eu queira dizer, com outras palavras, que a nica coisa que se pode permitir em nvel de felicidade seja a conquista de um fragmento do tempo. Seria a felicidade a vivncia de um momento? Tem muita gente que diz que sim! Voc? Eu? No sei... Ou sei?

    O vento o auxiliar do la-dro, o assistente do tempo. A ele cabe roubar as folhas secas das rvores, fazer as marolas das guas dos rios para impedir a pesca com anzol, secar ainda mais os pastos no inverno, espa-lhar o fogo das queimadas, fazer o furaco assassino, levar as ptalas das flores, carregar em suas asas o perfume. O vento o auxiliar do tempo, do tempo que passa e no perdoa. Do tempo destilado, fermentado, fervido,

    gelado. Do tempo que trs as rugas, os cabelos brancos, as saudades ou o beneplcito do esquecimento. O tempo que rouba os amores. Do tempo que o principal inimigo do prprio tempo. Hoje, aqui e agora, o vento, alm de tudo isso, dvida... Essa volumosa fera que fere mortalmente o amor. O vento o auxiliar do ladro... Do tempo que engole as horas, os dias, os meses, os anos e nos faz nufragos da vida ou fantasmas de corpos mortos, sem sonho, poesia, perspectiva, magia e encantamento. O vento o auxiliar do tempo e o escu-deiro do frio que invade a alma e apaga todas as ltimas velas da vida! Ah! Se o vento no ventasse to forte e voc no estivesse to insensvel e longe, talvez... o tempo que venta o vento ou o vento que venta o tempo? Ao contrrio de tudo que se tem, quanto mais se acumula tempo menos tempo se tem para manter, justi-ficar ou conquistar o amor. Quanto maior for o tempo, maior o impacto do vento no frgil corpo da vida e da ao desequilbrio o passo to pequenino, eis que o tempo uma pinguela sem corrimo e o vento quer jog-la ao cho... Ou na gua?

    Grupo de Dana Corpo Livre d show em Pouso Alto

    Mais um show do grupo de dana Corpo Livre aconteceu e desta vez foi na localidade de Pouso Alto, no municpio de Itaocara. Sob o comando do seu coordenador geral Jorge Frana (Jorgete), o grupo realizou bela e aplaudi-da apresentao de dana funk, fato que abalou as garotas do local, alm da quadrilha e casamento caipira. O sucesso do grupo tanto que j tem compro-misso agendado at novem-bro deste ano. Segundo o diretor do grupo, grande parte do sucesso do Corpo Livre se deve ao apoio que lhe dado pela 1 Dama de Itaocara, a Professora Leila Martins de Arajo. Ao lado fotos do acontecimento:

    Trovas ExtemporneasChico Marra

    Eu cultuei a vida com sorriso de criana,Expressando todo um mundo de calma.Vesti de rara beleza e cor minha alma,Plantei um futuro cheio de esperana...

    Quando morrer vou embora sereno,No cultivei dio nem destilei veneno.Eu s quis saber de paz, de bem viver, Ter f, esperanas e amar muito voc.

    A psicologia da vida reversa,em mim junta lgrima e sorriso.Rpido, e sem muita pressa,Eu vou do Inferno ao Paraso...

    E x p e d i e n t eJornal Noroeste Notcias

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    by Chico Marra

  • Pgina 3Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 2011

    Amanda RipperAmanda Ripper@ Voc j viu ?Pois , voc j viu a belssima loira que passa todos os dias, pela manh e a tar-de, na calada do Parque Faria Souto, em Itaocara, perto da Nova Prefeitura? Ningum sabe de onde ela vem e nem para onde vai, mas uma coisa certa: tem muito homem suspirando por ela. Dia desses T, atualmente um solteiro inveterado, que j teve a mulher que quis nesta cidade e que tem um belo ca-rro esporte vermelho, pensou alto: com essa mulher eu caso. Amanda, que es-tava perto e "antenada", ouviu a con-fisso... A mulher um Torpedo, e que torpedo.....

    @ PoliticandoEsto dizendo nos meios polticos que o partido que mais cresceu em Itaoca-ra, na corrida para filiao de possveis candidatos ao pleito de 2012, foi o PSC. Para se ter uma plida idia de como foi esse crescimento, dizem que o partido do peixinho tem excelentes nomes para formar uma chapa completa de candi-datos ao cargo de vereador, o que signi-fica dizer que coligao histria fora de cogitao e quem pensar que fica s nisso a excelncia do quadro de filiados, est completamente enganado: o 20 tem nomes que poderiam perfeitamente disputar tambm os cargos de prefeito e de vice...

    Para algumas pessoas o mar azul, para outras verde... Mas em se tratando de motel, algumas mulheres de Ita ocara esto achando que mesmo verde a gua do mar. Ser que por isso que esto frequentando tanto certo motel de Cambuci? Ou ser pelo fato do Ricar-do morar naquela cidade? Amanda tem visto algumas mulheres in_sus-peitas vindo daquela cidade sempre noite, a bordo da VB, para despistar... Descendo cheirosas, arrumadas e... Des-confiadas, olhando para todos os lados com medo de serem filmadas. S que, dia desses, o marido de uma delas achou um sabonete de motel na gavetinha de uma cmoda do quarto...

    @ Verdes guas

    Tem certos co_merciantes na cidade de Itaocara, que vivem enchendo de ann-cios caros pginas de jornais de fora da cidade e se negam a colaborar com uma pequena quantia para um autntico jor-nal da cidade para o divulgar o Muni-cpio de Itaocara, sua histria passada e presente, Inclusive do prprio comrcio local. Esses camaradas, quase sempre, so fornecedores do municpio, mas dele s querem mesmo o dinheiro... Divulg-lo? Nem pensar! Ser que j no est passando da hora do povo dar uma banana para esses ingratos co-merciantes? O NN est de olho neles...

    @ Ingratido

    Pois , uma certa loira, muito bonita e que anda sempre bem arrumada, com roupas bem provocantes, que adora dar uma de santinha, mas que j passou pelas mos de dezenas de homens e que estava devagar, mas que agora est atacando de novo e pode ser vista em todas as ci-dades da regio, inclusive em Itaocara, na maior orgia. A safadona, que tem ma-rido, sai de casa bem cedo e s volta altas horas da noite. Em casa ela est sempre doente, cansada, com frio e dorme cedo. J na rua ela no sente nada e anda sempre disposta a sentir as delcias do sexo... Esto dizendo por a que o marido cansou de le-var chifres...

    @ Safadona

    Pois , nunca se viu uma eleio to irregular como foi essa ltima ocorrida para reeleger o presidente do Sindicado dos Servidores Pblicos do Muni-cpio de Itaocara: que existiam duas chapas inscritas, mas os servidores s puderam votar em uma, explico: s existia uma urna e esta e ela no tin-ha lugar fixo, era mvel e andava debaixo do brao do candidato Gelsimar Gonzaga, sem falar que tal eleio durou dois dias, como j noticiou a imprensa. Bem suspeita essa eleio. Suspeita, no, Ilegal mesmo. Alm dis-so, o tal cidado, que prega a alternncia no poder, j est na presidncia do Sindicato h quase 20 anos, quando s poderia ficar por dois mandatos, mas, mesmo sem trabalhar na Prefeitura, aonde mata mosquito, durante todo esse tempo, recebe em dia seu salrio. Para quem prega, como prega o Sr. Gelsimar Gonzaga, democracia, transparncia, legalidade, moralidade e alternncia no Poder, esse no um bom exemplo...Olha, no confunda : Eu falei Sindi_ Cato! Gelsimar Gonzaga, que mestre em denncia, quando denunciado, esperneia, chora e se diz perseguido pela imprensa. Bu, bu,

    @ Sindi_cato

    Parabns para a nova psi-cloga Giselle Fallone Ma-rra (foto), que se formou na Faculdade Luterana de Psi-cologia, de Imtubiara - GO, neste ano de 2011, com des-taque especial para a apre-sentao de sua monografia. A nova psicloga encanta com seu charme e simpatia.

    Parabns!!!

    @ NOTA ZERO Para certo policial militar, do Batalho de P-dua, que dizem, que participou de blitz no trnsito das ruas de Itaocara, no dia 14/11, por volta das 15 horas, por trs razes: A Uma- por no ter competncia para fiscalizar o trn-sito (e veculos) na zona urbana da cidade e dos distritos, por NO haver convnio firma-do para tal entre o Municpio e a Policia Mi-litar e, assim, toda e qualquer multa ou apre-enso Nula de pleno direito . s recorrer e sair pra comemorar... A Dois- pela ignorncia e truculncia com que se agiu em certas oca-sies, com algumas pessoas como, por exem-plo, contra um servidor municipal, do Jornal BIOPI. A Trs- por determinar a remoo de veculos devidamente legalizados para o de-psito de Itaperuna que fica a mais de 100 km de Itaocara, ao invs de agir com bom senso, j que no se lidava com marginais. Ainda bem que esse truculento procedimento ficou por conta de um nico policial... Ah! Como a sociedade gostaria de ver tal policial trabalha-do numa favela do Rio onde poderia mostrar toda a sua valentia... E competncia!

    Quem est merecendo uma bela Nota Dez o Prefeito de Itao-cara, Dr. Alcione Arajo, pela excelente administrao que est realizando em prol do municpio de Itaocara, atacando e resol-vendo srios e crnicos problemas como, exemplificando, a gua e o PSF de Estrada Nova; O asfalto da Rua Nilo Peanha, em Laranjais; a construo cinco pontes na zona rural; as cons-trues da creche-escola e a reforma e ampliao do Mercado do Produtor de Ponto de Pergunta, em Jaguaremb; as cons-trues da Capela Morturia e da Casa da Cultura, bem como pavimentao de ruas em Batatal; O asfaltamento da Avenida do Frum, pavimentao de ruas no bairro Jardim DAldeia; O muro de conteno do Morro do Cruzeiro; o asfalto do centro da cidade; a Nova e moderna Prefeitura; A reforma, ampliao, compra de modernos equipamentos para o Hospital Munici-pal- hoje referncia regional em sade; a reforma e ampliao do Colgio Nildo Nara, inclusive trazendo mais faculdades para ali funcionar, em convnio com a Fundao CECIERJ, a fundao da Escola de Msica e do Teatro Municipal KID; a modernizao do trnsito na cidade, a corajosa cassao dos Taxis Fantasmas; a reforma da Rodoviria e a desobstruo de suas passarelas laterais, a criao do projeto Msica na Praa e Calada das Artes; a aquisio de veculos leves, ambulncias, UTIs, caminhes, mquinas pesadas e leves; a realizao de Concurso Pblico; a abertura e conservao de estradas rurais. A colocao de gua tratada em Estrada Nova, em parceria com a CEDA E , vinda de Valo do Barro, um obra muito cara e que o povo esperava a vida inteira; aquisio de terrenos para ampliao, construo de capela morturia e adequao do cemitrio de Itaocara s normas de segurana e ambientais; o pagamento em dia, e at antecipado, dos sal-rios dos servidores e dos fornecedores; a reforma e ampliao do Centro de Sade da cidade; a realizao do campeonato de futebol urbano, dentre outras coisas, bem como os diversos projetos a serem executados neste final de ano e em 2012, a includo o distrito de Portela.

    @ Nota DEZ @ Se bicandoUm certo conhecido e de profisso que se fala, ou ser escreve, muito, foi visto recentemente com uma bela e escultural mulher. To fogosa quanto a brasa em fogueira de So Joo. Se do Porto descesse ou se l ainda desembarcasse sonhos e delrios, a vida seria ainda mais encantadora. A morena de seios car-nudos e que tem o mesmo nome da flor da primave-ra, apesar de casada, no consegue deixar sua velha paixo, que de santo no tem nada.

    @ CensurandoOs jornais do interior que o digam. Se ainda tem

    juzes que censuram, tem ainda muito mais gente que se vale da justia com o nico intuito de calar aqueles que ainda resistem em divulgar as notcias das peque-nas cidades interioranas.

    A cada dia que passa mais comum os oficiais de justia frequentarem as redaes dos peridicos para entregar alguma citao ou intimao, sendo estas na maioria das vezes, por que algum cidado, principal-mente poltico, se sentiu ofendido e visa tentar calar a boca atravs da intimidao psicolgica ou em tirar o pouco tempo que os reprteres tem de fazerem inves-tigaes. H, tem ainda os 40 salrios mnimos que todos querem arrancar a todo custo dos jornais, como se eles fosse uma mina de dinheiro ou ganhasse mui-to como eles. Agora at bandidos esto processando os jornais. Imprensa assim: voc elogia, ningum te liga agradecendo. Agora se foi notcia, sabem logo o caminho da justia para abrir um processo...

  • Pgina 4 Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011

    Conspirao Illuminati- Sociedades Secretas

    Baudrillard nos diz que temos entrado na hiper-realidade, por ve-zes, definido como o mais real do que real. Parece um conceito es-tranho, mas talvez possamos en-contrar um bom exemplo na proli-ferao de teorias da conspirao. RL Real Life freqentemen-te associado com acidentes, cock-ups, preguia, incompetncia, m sorte, circunstncias imprevistas, as conseqncias no intencionais, coincidncias um miasma de ba-guna, confuso, desordem, caos, desconexo. Causa e efeito existe, mas no de uma maneira simples e satisfatria.

    As pessoas no gostam do real sem adornos. Estamos sempre procura de padres que fazem sen-tido: fcil de entender causa e efei-to. Mesmo quando olhamos para as nuvens, imaginamos que esta-mos vendo contornos definitivos (como rostos ou animais) ao invs de bolhas amorfas. Ns no pode-mos ajudar a ns mesmos nossas mentes esto ligadas dessa manei-ra. Quando no podemos encontrar uma causa e efeito bvio, ficamos perplexos. Mesmo em dificulda-des. Mas a nossa ansiedade rela-tivamente fcil de curar. Ns sim-plesmente inventamos uma causa e efeito e imp-la sobre a situao problemtica. Quanto maior a cau-sa e efeito, podemos conjugar, mais felizes somos. Ns sentimos que estamos a compreender o mundo. Resistimos a noo de que a ver-dade, da forma que podemos com-preender, no por a. Deve haver algum padro compreensvel de causa e efeito que explica tudo.

    Existe as teorias da conspirao. Nada por acaso. Nada um cock-up. No h nutters solitrio com rifles de alta potncia. Os loucos no fazem coisas loucas. Em vez disso, tudo racionalizado, colocar em um agradvel, a casa arrumada e amarrada em um lindo arco-de-rosa. The Gift-wrapped parcel apresentado ao mundo e todos os acenos e sorrisos, porque agora o mundo faz sentido. Sanity restau-rado. Tudo tem um motivo sensato.

    Claro, pode haver muitos fatos inconvenientes que no suportam as vrias teorias da conspirao. Mas no aqueles que esto sobre a conspirao que fabricam esses fatos? Seis milhes de pessoas morreram no Holocausto. Quem disse? que negam o Holocausto

    perguntar. Os judeus dizem: a sua resposta. Por qu? Para promo-ver uma agenda sionista. E no so os judeus que querem secretamente controlar o mundo? Quem escreveu aquilo em segredo nos protocolos dos Sbios de Sio? Aqueles eram falsos, claro. Mas por quem? Bem, pelo Sbios de Sio, natural-mente, para disfarar a astcia da verdade.

    Para dizer a verdade da cons-pirao judaica , de acordo com os negadores do Holocausto, a ser acusado de acreditar em uma fal-sificao comprovada, que no foi forjada em tudo, mas deliberada-mente distribudo como uma falsi-ficao simulada.

    Hoje em dia, ningum pode discutir a conspirao judaica por medo de serem marcados anti-semita, e ingenuamente e perversa-mente aceitar falsificaes que era toda a questo da falsificao, em primeiro lugar. Exceto, como observou, no era uma falsificao, mas apenas uma simulao de uma falsificao. O gnio por trs desta conspirao!

    Bem, isso como algumas pes-soas vem isso, e no h nada que voc possa dizer ou fazer para mu-dar as suas mentes. E mesmo a ten-tar demonstrar que voc parte da conspirao.

    Existem aqueles que afirmam que os fatos possam dissipar as teorias da conspirao. Que planeta essas pessoas esto vivendo? Como Nietzsche disse, No h fatos, apenas interpretaes. Ele pode-ria ter vindo acima com uma for-mulao ainda mais radical: No h fatos, apenas interpretaes.

    Fatos h muito que deixou de ser objetivo, as coisas reais. (Eles no so, afinal, mas os sinais el-tricos no crebro humano, em qual-quer caso, assumindo que aceitar os fatos da cincia.) Facts, agora temos conscincia, so crenas. Eles podem ser utilizados para apoiar qualquer coisa. As pessoas tm crenas religiosas, precisa-mente porque os fatos so to maleveis. Voc pode escolher o seu prprio de todos aqueles em oferta. Voc pode ignorar todos os fatos que voc no gosta. uma condio de f. (Was Jesus Cristo, o Filho de Deus? O Filho do Ho-mem? Ser que ele levanta pes-soas da morte e da ressurreio dos mortos mesmo? So estes factos?

    Ou ser que Jesus Cristo realmen-te Yosef ben Yehoshua, e no fazer nenhum milagre e foi um ser humano comum? Ser que ele ainda existe?)

    Teorias conspiratrias operam no mesmo territrio. Estes so sistemas de crena tambm. Nada pode supe-r-los. Na verdade, uma previso da teoria da dissonncia cognitiva de Festinger, quanto mais conclusiva as crenas das pessoas so refutadas o mais provvel que muitas dessas pessoas so de redobrar a sua f em suas crenas negadas.

    Voc v, tudo hiper-real. As teorias conspiratrias, como as religies, oferecem muito mais emocionalmente explicaes satis-fatrias. Eles fecham o grande, as-sustador, questes abertas. Quem, alm de pessoas racionais, quer acreditar que um motorista embria-gado em um tnel de Paris matou Diana Spencer? Seus seguidores no vo aceitar isso. Assim, todos os granizo elaboram a teoria da conspirao. Ela morreu por razes especficas, de uma agenda racio-nal e no por causa de algum aci-dente de carro barato e vulgar, do

    tipo que acontece dezenas de vezes por dia em todo o mundo. No, isso simplesmente no funciona.

    Os pensadores dinossauro que escrevem livros de teorias refu-tando conspirao deveriam cair na real e repensar suas teorias. Ou melhor, hiper-real. Seus fatos rid-culos foram extintos h muito tem-po, admitindo que j existiu em pri-meiro lugar (que eles no fizeram.) No h nenhum ponto em discutir a veracidade ou no das teorias da conspirao. to intil como ten-tar refutar as religies.

    Os fiis costumam dizer: Mas voc no pode provar que Deus no existe. Eles nunca dizem o que eles aceitam como prova. E, na verdade, eles aceitariam o nada. Mesmo jogo com os tericos da conspirao.

    Evidentemente, todos ns esta-mos familiarizados com a conspi-rao do primeiro humano quando a primeira mulher falou ao primeiro homem para roubar uma ma de uma rvore especial: a rvore do Conhecimento. Os fatos nunca fica-ram no caminho dessa conspirao, no ?

    A simulao a situao criada por um sistema de sinais, quando se torna-se bastante sofisticados, bastante autnomo, de eliminar o seu referencial prprio e para substitu-lo por si mesmo- Jean Baudrillard

    Gelsimar Gonzaga, a ditadura no Sindicato?

    Segundo matrias j publicadas na imprensa local, a recente reeleio de Gelsimar Gonzaga para o cargo de presidente do Sindicato dos Servido-res Pblicos do Municpio de Itaoca-ra, onde o seu reinado j dura mais de 15 anos, est sendo contestada por duas razes: pelo fato da eleio ter sido realizada em dois dias e em razo de que a nica urna existente andou debaixo do brao do citado candida-to nos dois dias em que ocorreram as eleies, sem falar na negativa do referido cidado de no deixar a im-prensa ter acesso a informaes rela-tivas citada eleio, numa atitude antidemocrtica de quem tanto prega a prpria democracia. Gelsimar Gon-zaga servidor do Municpio de Itao-cara, no cargo de Agente de Vigiln-cia Sanitria e Epidemiolgica, mas dele est afastado h mais de 15 anos, embora receba seus vencimentos em dia. Outras questes levantadas por al-guns sindicalizados ficm por conta da suposta falta de prestao de contas

    e de informaes sobre a existncia ou no de mais uma sala no mesmo prdio da atual sede ou se a teria tido. Tais fatos mostram que a democra-cia, a moralidade e a transparncia que ele tanto prega no so as mes-mas que ele pratica.

    Caso parecido ao do presidente Gelsimar aconteceu em Porto Velho, capital de Rondnia, onde Denis Oli-veira de Souza, presidente do SIN-DECOM- Sindicato dos Empregados do Comrcio, que tem mais de 15 mil sindicalizados, tambm est se eter-nizando no poder com os mesmos ar-tifcios, ou seja, eleio em dois dias e urna mvel debaixo dos braos do candidato e, como denunciaram alguns sindicalizados de l, violan-do o princpio de eleies sindicais livres. A CUT de Porto Velho est contra a reeleio de Denis de Oli-veira. O caso foi para na Justia e uma Liminar foi concedida anulan-do a citada eleio de Porto Velho. E aqui, como que fica?

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    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 2011

    Morre Monsenhor Pedro Maia SaraivaEle foi o camareiro secreto do Papa Paulo VI

    Nascido no serto de So Roque, em 22 de setembro de 1920, filho de Jos Saraiva e Hayde Maia Saraiva, pertin-ho da gua Preta do Moleque Amaro levado da breca, de Gamaliel Borges Pinheiro, zona rural do 1 distrito de Itaocara, filho de famlia pobre, oriunda de Minas Gerais, cujo pai trabalhava plantando fumo para poder susten-tar a famlia. A dureza da vida o levou aos dez anos a juntar-se com outros trs meninos e comear a trabalhar como engraxate. O dinheiro arrecadado ajudava a fazer as compras de casa. O menino engraxate tornou-se um dos maiores cones da sociedade itaocarense, da qual foi o primeiro a ordenar-se padre. Trata-se do Monsenhor Pedro Maia Saraiva, contemporneo de outros itaocarenses ilus-tres como Dr. Jos Bucker, Dr. Carlinhos Faria Souto, Dr. Nicolau Mary e tantos outros mais. Quando criana, Du-

    duca, esse era o seu apelido, comandou quadrilhas (movimentos folclricos), times de futebol e o Grupo de Escoteiro Tabajara. Tarde, muito mais tarde, ordenou-se padre em 29 de junho de 1956. Era pre-feito na poca o Sr. Gensio Maurcio de Aguiar, que lhe prestou todas as honras e lhe entregou a cha-

    ve da cidade. Em 1957 foi nomeado, conforme termo de fls. 77 do Livro de Tombo proco da Igreja Matriz de So Jos de Leonissa, assumin-

    do o cargo em 1 de janeiro de 1957. Quem lhe deu muito apoio material/financeiro foi

    o grande itaocararene Altevo do Valle e Silva. Foi elevado Monsenhor em 5 de outubro de 1963, vspera da Revoluo de 1964 que cassara seu amigo Jango Goulart da Presidncia da Repblica e Roberto e Badger Silveira, governado-res do Estado do Rio e que eram seus amigos ntimos. No livro Tombo n. 31 est escrito ter ele recebido o ttulo de camareiro secreto de S. Santidade Paulo VI. Monsenhor Saraiva faleceu na manh de quarta-feira, 7/12/11, e sepultado dentro da Igreja Matriz dede So Jos de Leonissa, depois de 55 anos de sacerdcio.

    By Chico Marra.

    1920 - 2011Pedro Maia SaraivaPedro Maia Saraiva

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    Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011

    A Administrao Municipal:

    O Poder ExecutivoQuem foi o primeiro prefeito de Itaocara eleito pelo povo?

    Como j se sabe, o municpio de Itaocara foi criado em 28 de outubro de 1890 e, com o passar do tempo, o pequeno burgo ia crescendo, cres-cendo... tomando ares de cidade, de uma cidade geometricamente pla-nejada, a nica do noroeste flumi-nense. Isto graas aos conhecimen-tos de arquitetura do seu fundador, Frei Toms. Durante o Imprio, no segundo reinado, D. Pedro de Al-cntara por diversas vezes visitou a Aldeia da Pedra, chegando mesmo a pernoitar na Fazenda da Serra Ver-melha (4 distrito), hoje de proprie-dade do Sr. Cladio Gualberto. Com o advento da Repblica (esta procla-mada de maneira surpreendente at para os republicanos), o Brasil intei-ro passava por uma reorganizao, para no se dizer uma tumultuada transio. Os republicanos, na ver-dade, no sabiam o que fazer com o inesperado presente: a queda da monarquia. Dizem at que o Mare-chal Deodoro, desiludido, escrevera a um sobrinho de nome Luiz dizen-do-lhe que: ... No Brasil, repblica sinnimo de desgraa, o que d para sentir bem, se verdadeira a fra-se a ele atribuda, o seu desencanto

    com o nascente regime republicano. A histria tem mostrado, a todos os nveis de governo, que a troca da Monarquia quase nada trouxe de muito positivo, embora a monar-quia tivesse vcios enormes. Mas a Repblica no s no eliminou tais vcios, como acrescentou outros que perduram at hoje, como a co-rrupo desenfreada e a crise mo-ral. Cedo, muito cedo, Rui Barbosa tambm ficou decepcionado com a Repblica e seus mtodos. O tempo passou e o sonho brasileiro de uma vida digna ia ficando sempre mais distante. Mas histria histria. Voltemos ao ano de 1890: Criado o municpio, este foi governado por Intendentes. O segundo e ltimo in-tendente foi Jos Joaquim da Cruz Braga, que governou no perodo de 1891 a 1892, quando foi organiza-da a Cmara Municipal, passan-do o presidente de esta ter funes tambm executivas. Esse sistema vigorou at 1921. A seguir os presi-dentes da Cmara que exerciam, cu-mulativamente, funes executivas (de prefeito):01 - Coronel Jos Ferreira Gui-mares,1891 1894; 02 - Jos

    Joaquim da Cruz Braga, 1895 1896; 03 - Joo Francisco de Aguiar, 1898 1900; 05 - Eduar-do Scisnio de Ara-jo,1901 1903; 06 - Co-ronel Antnio Alves Pita de Castro,1904 1909; 07 - Clemente Pereira de Carvalho (Substituto), jan/fev 1910; 08 - Coro-nel Antnio Alves Pitta de Castro,1904 1909; 09 - Amaury Guimares (substituto), jun/1910 - fev/1911; 10 - Coronel Antnio Alves Pitta de Castro,1911 1915; 11 - Raul de Carvalho,1915 1916; 12 - Dr. Francisco Portela dos Santos 1916; 13 - Coronel Joo Francis-co Ramos,1916 1918;14

    - Capito Jos Dias 1918-1921. A fase de presiden-

    tes com poderes exe-cutivos termina com o Capito Jos Dias, em 1921. Ocorrendo a tripartio dos po-deres tambm no m-bito municipal (como hoje: Executivo, Le-gislativo e Judici-rio), a administrao do Municpio passou a ser exercida por um Prefeito. O primeiro deles, o primeiro pre-feito eleito, foi o Co-ronel Antnio da Silva Pinto, que governou no ano de 1922. A se-guir, os Prefeitos do Municpio de Itaoca-ra:01 - Coronel Antnio da Silva Pinto, 1 9 2 2 ; 02 - Dr. Carlos Moa-cyr de Faria Souto (que foi eleito, tomou posse, mas no exerceu o cargo), 1923; 03 - Dr. Diogo Campbell (Interventor),1923 1924; 04 - Dr. Jonathas Pedrosa Filho (Interventor),1924; 05 - Nico-lau Mary (Interventor),1924 1925; 06 - Ataliba de Souza Marinho (In-terventor),1925 1926; 07 - Joo Gomes da Silva (Interino), 1926 1927; 08 - Pedro Joaquim da Cun-ha, 1927 1929; 09 - Alfredo de Souza Figueira,1930; 10 - Dr. Jos Costa Jnior,1930 1931; 11 - Dr. Jos Antnio Velasco (Interven-tor),1931 1932; 12 - Dr. Joo Pau-lino de Siqueira Campos (Interven-tor),1932 1935; 13 - Alcebades de Carvalho,1935 1936; 14 - Luiz Py de Azevedo (Prefeito em Comis-so), 1936; 15 - Tenente Joaquim Ramos Pereira, 1936; 16 - Alce-bades de Carvalho,1936 1937; 17 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto (Interventor), 1937 1945; 18 - Dr. Ivo Pereira Soares (Promo-tor investido),1945 1946; 19 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto, mar/jun/1946; 20 - Dr. Eduardo Scisnio Dias, jun/out/1946; 21 - Tenente Jos Couto do Nascimento (Inter-ventor),1946 1947; 22 - Jayme

    Queiroz de Souza, 1947; 23 - Dr. Pricles Corra da Rocha,1947 1949; 24 - Ataliba de Souza Ma-rinho (substituto), 1949; 25 - Dr. Pricles Corra da Rocha,1949 1951; 26 - Elias de Carvalho Gama,1951 1955; 27 - Gensio Maurcio de Aguiar,1956 1958; 28 - Otlio Pontes,1958 1959; 29 - Johenir Henriques Vigas,1959 1962; 30 - Augusto Jos Pires,1962 1963; 31 - Dr. lvaro dos Santos Pinheiro,1963 1965; 32 - Car-los Gomes Figueiredo de Siqueira (substituto),1965; 33 - Dr. lvaro dos Santos Pinheiro,1965 1967;34 - Gensio Maurcio de Aguiar,1967 1971; 35 - Paulo Mo-zart de Almeida;1971 1972;36 - Dr. Carlos Moacyr de Faria Souto,1973 1977; 37 - Joaquim Soares Monteiro,1977 1983; 38 - Jos Romar Lessa,1983 1989; 39 - Dr. Robrio Ferreira da Silva;1989 1992;40 - Jos Romar Lessa,1993 1996; 41 - Dr. Robrio Ferreira da Sil-va;1997- 2000; e 42- Dr. Manoel Faria, 2001- 2004/ 2005-2008 e Dr. Alcione Correa de Arajo, de 2009 a 2012. By Chico Marra.

    Prefeito de 1971 a 1973, Paulo Mozart de Almeida era natural de Salgueiro, zona rural de Santo Antnio de Pdua

    Joo Manoel dos Santos, do distrito de Portela, foi prefeito de 1951 a 1955

  • Pgina 7Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 2011

    A Histria passa pelo Tnel do TempoUm artigo com a chancela de Chico Marra

    H centenas de anos o Rio Paraba do Sul, com suas lmpi-das e volumosas guas, formava uma grande Baa, na hoje cidade de Itaocara, a ento terra de matas fechadas, ndios, aves, pssaros e todos os tipos de animais... Do gamb s gigantes onas pintadas, apenas exemplificando... No havia ilhas, exceto a existente onde hoje se situa a praa Cel. Guimares, local das pajelanas, das festas e todos os rituais, ou seja, da morte, do casamento e dos nascimentos, sem falar nos namoros que ali nas-ceram, viveram ou morreram nos dias ensolarados ou nas noites en-luaradas. S os gemidos das corre-deiras das guas, fora o farfalhar de folhas ao vento, o uivo de animais e algazarras de aves e pssaros, sem falar nos cnticos de guerra, quebrava o silncio da orla do rio, um rio repleto de encantos e ma-gias, principalmente quando a Lua Cheia mergulhava em suas guas para, depois, ir dormitar no alto da serra da Bolvia... As canoas, feitas com madeiras leves, como a garapa e o jenipapo e at com as de estir-pes mais nobres, como o mogno e o cedro, singravam a lmina d`gua do velho Paraba, para transporte de ndios para a margem esquerda e para a peca, esta feita com arpo e muita pacincia. Guerras entre as tribos indgenas eram constantes e os cadveres eram enterrados ou comidos por ferozes animais. Na verdade, o costume indgena h poca era apenas de enterrar em bonitas urnas funerrias, com toda pompa, os mortos de suas tribos, principalmente em lugares aonde as guas do rio no atingiam, como o antigo Morro dos Cabritos, hoje Bela Vista que, malgrado a ne-gativa de muitos, um excepcional stio arqueolgico, donde j foram retiradas urnas funerrias, panelas de barro, vasos, talhas, bilhas e mo-saicos coloridos de azul e verme-lho, tingidos que eram com tintas extradas de jenipapo e urucum, respectivamente, e que se encon-tram hoje sob o domnio de parti-culares, como tambm esto peas iguais retiradas das profundezas do Paraba por garimpeiros l pelos idos de 1988/1989... Os inimigos? Bem, estes depois de mortos eram deixados pelas florestas ou pelos poucos campos ento existentes...A real possibilidade de que a atual

    Praa Cel. Guimares era uma ilha e que as guas do Paraba domina-vam quase todo o permetro onde hoje se situa a cidade de Itaocara, est na narrao no engenheiro Ivan Henriques dada ao redator do jornal Noroeste Notcias: - Em escavaes realizadas para cons-truo de edifcios na rua Cel. Gui-mares fomos surpreendidos com a existncia , em razovel profundi-dade, de uma grande e alva camada de areia, igual s encontradas no leito do Paraba, fato incomum no subsolo da cidade. Tal declarao dispensa qualquer comentrio...

    Os primitivos donos das te-rras, e de tudo o mais, eram os n-dios purs, que no vieram com frei Toms, que se espalhavam pelas margens dos rios Paraba, Pom-ba e Negro onde, neste ltimo, no atual distrito de Jaguaremb, havia uma civilizao indgena muito avanada, inclusive com conhe-cimentos tecnolgicos ainda hoje disponveis a restrito nmero de pessoas, que fora caldeada com os brancos dos bandeirantes e, depois, com Mo de Luva, o Conde de San-to Tirso, e seus seguidores. Dessa civilizao surgiram as incrveis construes dos j famosos for-nos de 77 perfuraes cilndricas, milimtrica e assimtricamente perfeitos para melhor aproveita-mento da temperatura produzida, esta, calcula-se, atingindo mais de 1000 centgrados, o suficien-te, dizem, para transforma o ouro

    bruto em lingotes, documentados pelo designer Henrique Resende e pelo pesquisador Jos Francisco de Moraes, mas que as autorida-des itaocarenses no deram de-vida importncia. O curioso que tais fornos s existem no distrito de Jaguaremb, que significava na lngua tupi Valo da Ona, e j em 1918 eram conhecidos e usados pelos Bota Amarelas, uma socieda-de secreta ali surgida e comandada por Jernimo Braz, Cap. Jos Dias e Monclar Duarte, em oposio liderana do Cel. Roque Teixeira Alves, para combater as fraudes eleitorais, quando se votava sob a mira dos fuzis governistas. Tais fornos existem em posies estra-tgicas em Jaguaremb: nas loca-lidades de Santa Cruz, Ouricana e na Praa Jos Dias, no centro da vila, se falar no recm e inexplora-do forno descoberto na localidade de Monte Puri, tambm no distrito de Jaguaremb. O estranho de tudo isso, alm da exclusividade de Ja-guaremb em

    t-los, o fato deles se apre-sentarem em perfeito estado de conservao, embora subterrneos, construdos sem tijolos, sem cimento e com uma liga composta de ma-terial que ainda hoje um enigma, sem falar no tapete que cobre as perfuraes dos mes-mos, tornando-os invi-sveis ao olhar comum.

    Quantos mistrios ainda existemem Terras Jaguarembeenses?

    Os fantasmas que cismam em an-dar pelas madrugadas, alguns ba-tendo tamanco com seus pisares pela calada do falecido Toms Gama? Ou os que atormentam as noites escuras da Praa Jos Dias? Herana das pessoas escravas

    que foram dessa civilizao que precede a fundao oficial da Aldeia da Pedra? O falecido bruxo e mago Chico Caxixe, l das mi-nas de malacacheta da localidade de Farope, em Ipituna, prxima a Serra do Curuz, que j pertencera a Aldeia da Pedra, e que, se vivo fosse, teria hoje 160 anos, dizia que sim, com base em relatos de seus antepassados. O velho Manoel Ca-bral de Rezende, o padeiro Augusto de Oliveira, a dona Semiana Souza e tantos outros, tambm com os mesmos fundamentos, acreditavam que sim... A histria passa pelo T-nel do Tempo, mas no volta...

    Do livro Casa de Pedra, do Dr. Francisco Marra de Morres, no pode ser reproduzido integral ou parcialmente, inclusive fotos, sem prvia autorizao do autor.

    Itaocara se revela no tempo com suas maravilhas naturais ou erguidas pelas mos humanas

  • Pgina 8 Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011

    Coca-Cola muda frmula secreta de lugar pela primeira vez desde 1925

    Criada em 1886, frmula estava guardada em bancoe foi transferida para o museu da companhia

    Coca-Cola Company.O nascimento do refrigerante

    mais conhecido do mundo remonta a 1886, quando o mdico John Pember-ton inventou o xarope que deu origem a bebida.

    Em 1919, quando Ernest Wo-odruff e um grupo de investidores ad-

    quiriram a companhia, pela primeira vez a receita foi inscrita num docu-mento que foi guardado numa caixa-forte no Guaranty Bank, em Nova York. Seis anos mais tarde, a frmula secreta foi transportada para o banco de Atlanta, onde permaneceu nos lti-mos 86 anos.

    A Coca-Cola anunciou na quin-ta-feira (8 de dezembro) que, pela primeira vez em 86 anos, mudou a localizao onde est guardada a sua "frmula secreta", levando-a de um cofre de banco para o museu da com-panhia, em Atlanta.

    "Pela primeira vez na histria, o cofre contendo a frmula secreta ser visvel para o pblico em uma expo-sio permanente intitulada 'O cofre da frmula secreta', que comea hoje no World of Coca-Cola", informou a empresa, em comunicado.

    saiba mais Programa de rdio diz ter des-

    coberto receita original da Coca-ColaA "frmula secreta" estava guar-

    dada desde 1925 em um cofre do Banco SunTrust, no centro de Atlan-ta (EUA). A frmula criada em 1886, no entanto, permanecer escondida da vista do pblico e guardada a sete cha-ves pelos proprietrios da empresa.

    "Este um dia especial na hist-ria da Coca-Cola, e o culminar perfei-to para as celebraes do nosso 125 aniversrio", disse, no comunicado, Muhtar Kent, presidente e CEO da

  • Pgina 9Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 2011

    A populao de Itaocara atualizada Para um municpio que j teve, h

    54 anos, dados bem maiores nos idos de 1928, mais de 39 mil habitantes, e em 1950, 24.069 habitantes, sendo 12.159 homens contra 11.910 mulhe-res, a populao itaocarense detectada pelo Censo 2000, de 23.003 habitantes, divulgada pelo IBGE, foi uma grande decepo, uma decepo at compre-ensvel levando-se em considerao o crescimento da construo civil na rea urbana da cidade mas que, a bem da verdade, retrata apenas o xodo da populao rural que vem procura de melhor sorte na capital do munic-pio, engrossando a zona perifrica des-ta e fazendo crescer vertiginosamente as favelas, isto em funo de alguns governos ruins que nunca tiveram uma poltica voltada para a zona rural, ao contrrio de agora quando tudo se faz e incentiva a fixao da populao no seu habitat natural, o campo, eis que antes, cada vez mais a cerca de arame farpado chegava mais para perto da porta da sala do colono, e assim mais uma famlia deixava as lides campesi-nas para aventurar-se na cidade, mas claro que as excees existem e muitos fazendeiros reservam reas de terras para que tais colonos plantem suas la-vouras, principalmente agora com o ci-clo dos hortifrtigranjeiros, que tambm

    interessa aos donos das terras...Conforme o Censo Demogrfico

    de 2000 eram 269 mulheres h mais do que homens nesse universo popu-lacional itaocarense: 11.367 homens e 11.636 mulheres, sendo 15.928 espal-hados pelas zonas urbanas da cidade e das sedes distritais. 7.075 habitan-tes viviam nos outrora verdes, frteis e produtivos campos agrcolas e que j foram grandes produtores de caf, cana-de-acar, fumo, algodo, milho e que hoje apenas produzem, a rigor, hortifrutigranjeiros (dos quais Jaguar-emb o maior produtor), bem diver-sificados, com destaque para berinjela, tomate, pimento, pepino, abbora, quiabo, do qual Itaocara o maior produtor fluminense, e mais umas de-zenas de produtos, alguns bem exti-cos, eis que todos os outros tiveram suas fronteiras invadidas pelas patas dos bois, estes ltimos formadores de um ciclo econmico que quase no absorve mo-de-obra, embora mui-to importante e produtivo, e que faz, por isso, a riqueza circular em poucas mos. A cana- de- acar ainda resiste em umas poucas reas, notadamente em Batatal e Portela, mesmo s exis-tindo alambique em funcionamento no primeiro. De 2001 para c, porm, j est sendo detectado um estancamento

    no citado xodo campesino e a causa disto a adoo de uma poltica rural, com distribuio de sementes, facilida-de para arao de terras, a solidez da Cooperativa de Leite, a conservao e a abertura de estradas para escoamento da produo, o Mercado do Produtor (CEASA do Ponto de Pergunta), a irri-gao atravs de audes, a chegada da antena parablica, o que se reverte em lazer. a colocao de gua encanada para diversas comunidades, como da Bia, Arrozal, etc, a conservao das estradas.. Segundo alguns especialistas em censo demogrfico, que j partici-param de vrios recenseamentos feitos pelo IBGE, esse nmero populacional da Terra de Frei Toms no correspon-de realidade e a populao real deve ficar entre 30 a 35 mil habitantes. Jus-tificando tal especulao, dizem tais experts que quando o censo era feito por pessoas das comunidades a aproxi-mao do nmero real era possvel, pois o recenseador conhecia o muni-cpio inteiro, inclusive suas fronteiras, algumas delas contestadas como, por exemplo, as divisas com Cantagalo (Porto Marinho, Pias e Mangueira) e So Fidlis (Olho Dgua, Lajinha e Laje), estas invadidas ano a ano sem nenhuma resistncia dos moradores. Hoje, em virtude das contrataes fei-

    tas pelo IBGE atravs de concurso p-blico, muitos dos recenseadores vm de outros municpios, sem nenhum conhecimento da realidade itaocaren-se, o que faz muita gente ficar fora da pesquisa, principalmente em lo-calidades rurais como Nunca Cuidei, Jararaca, Monte Puri, Japona, Santa Florentina, So Flix, Laje, Serra Ver-melha, So Jernimo, Porto Marinho, Bia, Olho D`gua e Candiba, com destaque para as reas fronteirias com outros municpios. Alm disso, o censo demogrfico s considera morador do municpio queles que dormiram em seus domnios em determinada noite tomada como base pelo IBGE. Assim, se algum estiver viajando naquele dia, estiver estudando fora, passeando em um lugar qualquer ou at mesmo inter-nado em algum hospital, ele no con-tado no seu municpio de origem, mas sim no qual ele est na oportunidade. Essa, penso, uma das grandes falhas do recenseamento demogrfico. At 2007, o municpio possua, pelos da-dos oficiais, 23.003 habitantes, contra os 22.060 encontrados, oficialmente no censo de 2007, e que prevalece hoje foi retificado oficialmente pelo IBGE, em 01/07/11 para 22.891 habitantes. Para fins do IBGE, o municpio de Itaocara est classificado como cdigo 32,

    Por uma taxa de R$ 10, o ex-de-putado ndio da Costa promete formar candidatos qualificados para disputar vagas nas Cmaras Municipais bra-sileiras em 2012. O futuro presidente do PSD no Rio mandou espalhar 65 outdoors pela capital fluminense para anunciar o curso Seja Vereador. Em trs horas de aula, ele espera passar noes de atividade legislativa, administrao pblica municipal e mostrar aos alunos como ganhar uma eleio.

    Nosso objetivo elevar o nvel da poltica brasileira. A idia atrair pessoas novas, que nunca militaram politicamente e tm capacidade de gerar voto, explica Indio, que foi ve-reador, deputado federal e candidato a

    ndio ensina como ganhar eleiovice na chapa do tucano Jos Serra na campanha presidencial do ano passado.

    O site do curso (sejavereador.org.br) convoca lderes comunitrios, estudantis e de movimentos sociais, e promete ensinar o passo a passo para a vitria. A pgina informa que a taxa de R$ 10 simblica e coffee breaks sero oferecidos nos intervalos das apresen-taes. O valor simblico, uma taxa para evitar que apaream pessoas que no tm nenhum interesse poltico, ex-plica ndio.

    Os seminrios sero usados para arregimentar candidatos para o PSD, em processo de formao. Um instituto coordenado por ndio ser o organiza-dor do curso, mas o novo partido pas-

    sar a conduzir os seminrios depois que for criado oficialmente. Um proje-to piloto comea em setembro, no Rio, e vai at 4 de outubro - trs dias antes da data-limite de filiao de candidatos para as eleies de 2012. O ex-deputa-do garante que os alunos sero livres para decidir se querem se filiar ao PSD e afirma que o curso ser aberto a pol-ticos de outras legendas.

    Se vierem quatro ou cinco pessoas novas (para o partido), um avano, avalia Indio da Costa. No queremos buscar quem j est na poltica e tem um eleitorado que no passa de 5 mil votos. Buscamos uma oxigenao. No Rio, os outdoors do curso sero expos-tos principalmente nas zonas norte e

    oeste, onde esto concentrados bairros populares e a maior parte da populao da cidade. Relator do projeto da Lei da Ficha Limpa, Indio cobra dos futuros alunos um passado sem condenaes na Justia. Amar o Rio, querer con-hecer poltica e ser ficha limpa so os nicos pr-requisitos que voc precisa preencher, escreveu o ex-deputado no site do curso. As aulas sero levadas a outros Estados aps a criao do PSD. Indio diz que conversou com o vice-governador Guilherme Afif Domingos para levar os seminrios a So Paulo. O objetivo preparar para a campanha os que j estiverem filiados ao partido. As informaes so do jornal O Estado de S. Paulo

    No jogue lixo.Ela nossa

    fonte de vida.

    Protejao Rio

    Paraba do Sul

  • Pgina 10 Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011

    A evoluo do comrcio em ItaocaraMuitos sis j cruzaram o Rio Paraba do Sul para dormitar

    na Serra da Bolvia desde quando Itaocara, embora belssima, era apenas mais uma cidade entre tantas outras da regio noroeste, eis que o seu comrcio era precrio, sem vida, e o centro comercial da cidade girava entre a Rua Nilo Peanha, atual Calado Pre-feito Otlio Pontes e parte da rua Cel. Pita de Castro. Aventurar-se a abrir uma loja comercial ou de prestao de servios fora dos citados logradouros era correr para os braos do fracasso. Quantas lojas foram abertas e fechadas!

    Pouca gente se lembra, mas o comrcio nos distritos era muito mais pujante, inclusive em relao ao ramo atacadista de ce-reais, caf, perfumes, tecidos e armarinhos, como aconteciam em Jaguaremb, Portela e Laranjais e isso tinha uma explicao: 70% da populao itaocarense vivia das lides campesinas, mas a partir da dcada de 50, com as prolongadas estiagens e o consequente declnio da agricultura, a cerca de arame farpado dos senhores das terras foi cada vez mais chegando para perto das portas das sa-las dos colonos. Da o xodo do povo do campo para a cidade de Itaocara, razo do vertiginoso crescimento desta e da consequente expanso de lojas, indstrias e prestao de servios para quase todas as ruas do centro da cidade e dos bairros. O oposto tambm aconteceu: o comrcio nos distritos foi minguando at chegar ao declnio de hoje.

    Para um municpio que at pouco tempo vivia submisso ao progresso do comrcio de Santo Antnio de Pdua, os tempos de hoje so especiais e mostram que o comrcio de Itaocara exce-lente, meca obrigatria do consumidor que queira diversificao, qualidade, preo baixo, garantia e excelente atendimento. Claro , porm, que essa excelncia do comrcio itaocarense tem tudo a ver com a organizao e suporte que lhe dado pela CDL, alm, evidentemente, do esprito empreendedor dos empresrios de Itao-cara. preciso, por questo de reconhecimento , inclusive histri-co, registra que o nosso progresso, o progresso do Municpio, est diretamente ligado ao comrcio, aos prestadores de servios e aos industriais, eis que estes alm de gerarem impostos ainda so res-ponsveis por milhares de empregos, movimentando, junto com a Prefeitura e a CAPIL- Cooperativa de Leite, a economia municipal A sequncia fotogrfica mostra alguns setores do comrcio itaoca-rense que se incluem no topo desse comrcio e com os quais o Noroeste Notcias, jornal genuinamente itaocarense, se orgulha de

  • Pgina 11Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 2011

    A evoluo do comrcio em ItaocaraMuitos sis j cruzaram o Rio Paraba do Sul para dormitar

    na Serra da Bolvia desde quando Itaocara, embora belssima, era apenas mais uma cidade entre tantas outras da regio noroeste, eis que o seu comrcio era precrio, sem vida, e o centro comercial da cidade girava entre a Rua Nilo Peanha, atual Calado Pre-feito Otlio Pontes e parte da rua Cel. Pita de Castro. Aventurar-se a abrir uma loja comercial ou de prestao de servios fora dos citados logradouros era correr para os braos do fracasso. Quantas lojas foram abertas e fechadas!

    Pouca gente se lembra, mas o comrcio nos distritos era muito mais pujante, inclusive em relao ao ramo atacadista de ce-reais, caf, perfumes, tecidos e armarinhos, como aconteciam em Jaguaremb, Portela e Laranjais e isso tinha uma explicao: 70% da populao itaocarense vivia das lides campesinas, mas a partir da dcada de 50, com as prolongadas estiagens e o consequente declnio da agricultura, a cerca de arame farpado dos senhores das terras foi cada vez mais chegando para perto das portas das sa-las dos colonos. Da o xodo do povo do campo para a cidade de Itaocara, razo do vertiginoso crescimento desta e da consequente expanso de lojas, indstrias e prestao de servios para quase todas as ruas do centro da cidade e dos bairros. O oposto tambm aconteceu: o comrcio nos distritos foi minguando at chegar ao declnio de hoje.

    Para um municpio que at pouco tempo vivia submisso ao progresso do comrcio de Santo Antnio de Pdua, os tempos de hoje so especiais e mostram que o comrcio de Itaocara exce-lente, meca obrigatria do consumidor que queira diversificao, qualidade, preo baixo, garantia e excelente atendimento. Claro , porm, que essa excelncia do comrcio itaocarense tem tudo a ver com a organizao e suporte que lhe dado pela CDL, alm, evidentemente, do esprito empreendedor dos empresrios de Itao-cara. preciso, por questo de reconhecimento , inclusive histri-co, registra que o nosso progresso, o progresso do Municpio, est diretamente ligado ao comrcio, aos prestadores de servios e aos industriais, eis que estes alm de gerarem impostos ainda so res-ponsveis por milhares de empregos, movimentando, junto com a Prefeitura e a CAPIL- Cooperativa de Leite, a economia municipal A sequncia fotogrfica mostra alguns setores do comrcio itaoca-rense que se incluem no topo desse comrcio e com os quais o Noroeste Notcias, jornal genuinamente itaocarense, se orgulha de

    fazer esta parceria para divulgar o Municpio, uma par-ceria que os demais comrcios se recusaram a participar, numa prova inequvoca de que pouco se importam com o municpio de Itaocara e sua histria. Na oportunidade, agradecido, o jornal Noroes-te Notcias e os anunciantes desta pgina, desejam a todos um Feliz Natal e Prspero Ano Novo, na Paz de Deus...

    Que em 2012 todos os sonhos se realizem

  • Pgina 12 Noroeste Notcias

    Um novo jeito de fazer jornal 20 de Dezembro de 2011

    Serra da Bolvia e sua relao com ItaocaraPara quem no sabe, quan-

    do Frei Toms subia de barco, um tipo de canoa indgena, as ento navegveis guas do rio Paraba do Sul, com a misso de escolher um local para o al-deamento dos ndios coroados que fugiam de aldeamentos fi-delenses pelas margens rio aci-ma, quedou-se extasiado com a beleza da serra da Bolvia e, achando ser ali o local ideal para uma nova aldeia, disse que bela vista e resolveu de imediato fundar a Aldeia no local fronteirio pedra, o que veio a traduzir-se no nome de Aldeia da Pedra, numa evidente homenagem a Serra da Bolvia, esta localizada naquela poca, 1809, em territrio pertencente a terras da nova Aldeia. Alis, at mesmo o mapa do Curato da Aldeia da Pedra, continua-va mostrando Pedro Corra (Aperib) como pertencente ao territrio itaocarense, indo este at a barra do rio Pirapetinga e nele includo ainda, Trs Ir-mos e vasta rea lado a lado do rio Pomba, que ia, em parte, at a ento comarca de Monte Verde, em terras que vieram posteriormente a serem anexa-das ao municpio de Cambuci. Para se ter uma plida ideia do lapso temporal que unia a Al-deia da Pedra com as terras de Pedro Correa, basta dizer que em 13 de dezembro de 1834, atendendo ao pedido de infor-maes do Juiz de Paz de So Salvador de Campos, a que pertencia o Curato de So Jos de Leonissa da Aldeia da Pe-dra, o cura Frei Florido, lhe informou, dentre outras coisas, que H neste curato 170 a 180 ndios coroados e a maior parte situados em uma sorte de terras que pelo missionrio Fr.Thomas j falecido lhes foi marcado acima deste arraial, cujo lugar o do valo dgua Preta ao ribeiro das reas, que ter de distncia trs quartos a uma l-gua de terra, os quaes vivem de suas rocinhas e condues de madeiras. H no lado norte uma poro de ndio Puri que contar de 500 a 600, os quaes vi-vem a maior parte pelos matos e se che-gam aos habitantes do rio Pomba para haverem o necessrio, trazendo poaias para com eles negociar... E mais: Pelo ofcio de 22 de junho de 1835, dirigi-do ao Sr. juiz de orphos da vila de S. Salvador de Campos era narrado que Para satisfazer o ofcio que v. s. me remeteu no dia 20 de junho do corren-te ano, pedindo-me um esclarecimento aos quesitos que vieram inclusos acerca dos ndios, sou a dizer-lhe que eu ten-

    ho batizado desde o ano de 1827 at ao ano presente a quantia de pouco mais ou menos de 1440 ndios de ambos os sexos das naes seguintes: de co-roados, puri, corops e botocudos que todos esto dispersos nas margens dos rios Paraba e Pomba e vivem debaixo da proteo de famlias brasileiras que a os cultivam em servios rurais. A nao coroada est morando nas suas terras que a coroa lhe concedeu pegado as terras do mesmo arraial; porm estas terras no esto medidas e nem demar-cadas. A nao puri tem na margem do rio Pomba o princpio de 2 aldeamen-tos com boas derrubadas; um nos fun-dos das Frecheiras, outro no Caracol, que dei princpio desde o ano de 1833, e a se acham estabelecidos alguns n-dios e brasileiros. Este servio o tenho feito com algum adjuntrio que o ex-imperador mandou repartir pelos mes-mos ndios no ano de 1829, constando de algumas ferramentas e pano de al-godo que pelos ditos distribu, e ainda ficou de resto em meu poder 25 foices, 15 machados, 8 enxadas, 18 facas, que tudo distribui conforme a necessidade.

    O que pertence ao templo um clice de prata, uma emula do mesmo metal, duas casulas, duas alvas e quatro toalhas. Tudo isso me foi entregue pelo falecido meu companheiro Fr. Thomas de Caste-lo. quanto devo em resposta ao ofcio de V.S.. Curiosamente, parece que a serra da Bolvia tem conhecimento, se assim se pode dizer, da histria da Al-deia da Pedra que ele sempre pertenceu, demonstrando, dir-se-ia, que tem uma certa predileo por Itaocara, eis que o namoro entre ambas muito antigo e ela s se apresenta bela, mgica, cheia de fetiche e graa para aterra itaocarense. Vista da cidade de Aperib, o mximo que se lhe v a sua costa. A verdade que a relao entre a serra da Bolvia e Itaocara corresponde a um amor eterno que nem a posio geogrfica, e nem o fatdico Decreto n. 1, de 8 de maio de 1892 foram capazes de dar fim...

    Com a criao do Municpio de Itaocara, em 28 de outubro de 1890, ainda com Aperib fazendo parte de Itaocara, foi criado o Braso de Armas do novo municpio e nele, pela tradio histrica e a beleza mpar da Serra da

    Bolvia, o encanto mgico que dela irradiou e deslumbrou Frei Toms, sendo tal pedra a razo principal da escolha do local (onde hoje est a praa Cel. Guimares) para sediar a aldeia, foi nele includa como smbolo itaocarense. Parece que a recusa da serra da Bolvia de mostrar-se toda bela ao municpio de Aperib tem como justificativa, tambm, o seu flerte com o Para-ba e a ponte Ary Parreira, alm de adorar agasalhar o sol, esconder a lua e velar pelo sono da Princesin-ha do Paraba, a sempre jovem e encantadora Itaocara.

    Pela Deliberao de 4 de setembro de 1891, Pedro Co-rrea, hoje Aperib, foi confirma-do como sendo parte integrante de Itaocara como seu 4 distrito e seus domnios iam da Barra do Pomba at a barra do Rio Pirapetin-ga, pelas guas vertentes. Todavia, pelo Decreto n. 1, de 8 de maio de 1892, do governador do esta-do, por presso de foras polticas paduanas, Pedro Correa deixou de ser o 4 distrito itaocarense, sendo anexado ao municpio de Pdua. Em tempos imprecisos, mas certa-mente bem antes da emancipao de Itaocara, e com a localidade de Pedro Corra a esta pertencente, um cidado portugus conhecido como Mo de Luva, que dizem ter vindo desterrado de Portugal para o Brasil por haver ousado ser amante de uma grande dama da corte portuguesa, enriquecera com o garimpo de ouro e pedras precio-

    sas, inclusive lesando o fisco dos colo-nizadores portugueses, fugiu da milcia das Minas Gerais descendo pela mar-gem esquerda do Rio Paraba, parando ao p da Serra da Bolvia, onde teria en-terrado grande fortuna em sacos cheios de ouro e pedras preciosas. Segundo se conta, a serra, naquela poca no tinha exatamente, em sua base, o formato de hoje: havia uma caverna (talvez sote-rrada por deslizamento de terra e pedra) e um grande e cristalino lago. Depois disso, despistando a polcia imperial, pensando em voltar para apanhar sua riqueza ele, Mo de Luva, atravessou o Paraba e cortou toda a extenso da sede da Aldeia da Pedra indo em direo ao rio Negro pela margem do qual su-biu at Cantagalo, de onde nunca mais voltou para recuperar seus tesouros. H quem diga que em altas horas na noite, principalmente de lua cheia, muita gen-te escuta o barulho de picaretas batendo na terra da serra procura de ouro e de passos apressados carregando olhos que procuram um lago. Seria o esprito de Mo de Luva que voltou? Essa uma lenda itaocarense...

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    Um novo jeito de fazer jornal20 de Dezembro de 2011

    Meu namorado bipolar.

    E agora?

    Primeiro voc me azucrina, me entorta a cabea, me bota na boca um gosto amargo de fel. Depois vem cho-rando desculpas, assim meio pedindo, querendo ganhar um bocado de mel (...) E eu vou perguntando: at quando?. O trecho pertence cano Grito de Aler-ta*, na voz de Maria Bethnia, e mui-tas vezes considerada a trilha sonora de casais em crise. Mas, analisando mais a fundo, possvel sentir na pele a angstia de uma mulher que ama um homem cujo comportamento muda de uma hora para outra. Como se fosse tomado pela bi-polaridade. comum algumas pessoas acharem que o transtorno afetivo bipolar (TAB) mais comum em mulheres, re-lata Amaury Cantilino, psiquiatra e pes-quisador do Programa de Sade Mental da Mulher da Universidade Federal de Pernambuco. Mas os homens tambm podem ter a doena. O problema que, geralmente, o homem no procura se consultar com um mdico tanto quanto a mulher, ento, muitos possuem proble-mas srios e nem desconfiam que possam ter transtorno bipolar. Uma coisa certa: sem o tratamento adequado, a felicida-de do casal fica comprometida, alerta o mdico. Mas como saber se o parceiro bipolar? Primeiro, preciso identificar os sintomas da enfermidade no compor-tamento dele, orienta Amaury. A forma clssica do TAB atinge cerca de 1,5% da populao mundial e se divide em dois tipos: o tipo I, que apresenta toda a am-plitude de variao do humor, da mania plena depresso grave, e atinge igual-mente a homens e mulheres; e o tipo II, que o mais prevalente na populao geral, mais frequente em mulheres e apresenta a depresso como a fase mais predominante.

    Segundo o psiquiatra, nos homens, os sintomas da mania so mais exuberan-tes e isso torna a identificao da doena mais fcil. Esta fase marcada por v-rios tipos de excessos que podem atrapal-har o relacionamento. O parceiro pode comear a gastar demais, por exemplo. Tambm poder ficar irritado por moti-vos banais e at agressivo quando contra-riado. Outra caracterstica a desinibio sexual, que pode ser to intensa, fazendo com que o bipolar corra o risco de trair a namorada ou esposa com outras mul-heres, informa. O quadro depressivo tambm pode fazer parte do cotidiano dos homens bipolares e afetar o namoro. Na depresso, a libido do homem cai, h perda de interesse para diversas ativida-des, ele no sente mais prazer em estar com a parceira. Ou pode ocorrer o opos-to, onde o namorado fica excessivamente inseguro e dependente da parceira. Tal-vez a fase depressiva do TAB seja motivo maior para separao, pois nem todas as mulheres conseguem suportar essas si-