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O primeiro torneio disputado pela seleção brasileira após a Copa do Mun- do da França mostrou que o futebol feminino alcançou um novo status. No domingo, 16 mil pessoas foram ao Pacaembu torcer pelo Brasil, que acabou perdendo nos pênaltis do Chile e deixou o título escapar. Disputado em dois dias, o Torneio Uber Internacional de Seleções mostrou que o futebol feminino é um produto que está mais próximo do torcedor, tem boa per- formance na televisão e apresenta um terreno fértil de exploração do patrocinador. Com ingressos populares (valores entre R$ 5 e R$ 22), o torneio conseguiu atrair bom público, mesmo com o tempo frio e chuvoso em São Paulo. Na quinta-feira (29), foram cerca de 12 mil torcedores ao Pacaembu. Na decisão, chegou a 16 mil. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO Torneio consagra novo status do feminino 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1322 - SEGUNDA-FEIRA, 2 / SETEMBRO / 2019 de euros foi o quanto o grupo Perform pagou à Fiba em 2016 para ter direitos de mídia do basquete internacional até 2033 500 mi

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Page 1: NÚMERO DO DIA 500 para ter direitos de mídia do …...Na TV, Sportv e Cultura, que transmitiram o torneio, registraram bons índices de audiência. No domingo, a emissora de TV aberta

O primeiro torneio disputado pela seleção brasileira após a Copa do Mun-do da França mostrou que o futebol feminino alcançou um novo status. No domingo, 16 mil pessoas foram ao Pacaembu torcer pelo Brasil, que

acabou perdendo nos pênaltis do Chile e deixou o título escapar. Disputado em dois dias, o Torneio Uber Internacional de Seleções mostrou que

o futebol feminino é um produto que está mais próximo do torcedor, tem boa per-formance na televisão e apresenta um terreno fértil de exploração do patrocinador.

Com ingressos populares (valores entre R$ 5 e R$ 22), o torneio conseguiu atrair bom público, mesmo com o tempo frio e chuvoso em São Paulo. Na quinta-feira (29), foram cerca de 12 mil torcedores ao Pacaembu. Na decisão, chegou a 16 mil.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Torneio consagra novo status do feminino

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1322 - SEGUNDA-FEIRA, 2 / SETEMBRO / 2019

de euros foi o quanto o grupo Perform pagou à Fiba em 2016 para ter direitos de mídia do basquete internacional até 2033500mi

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Na TV, Sportv e Cultura, que transmitiram o torneio, registraram bons índices de audiência. No domingo, a emissora de TV aberta chegou a empatar com a Band no quarto lugar, registrando 2 pontos na medição Ibope quando teve início a disputa de pênaltis (os dados consolidados só sairão na tarde de hoje).

A presença de patrocinadores na partida também chamou a atenção. O torneio, que foi bancado via Lei de Incentivo ao Esporte, contou com o patrocínio de Uber, Fini, Atacadão, Besni, Colgate, Kalunga e Wickbold, Morelate, Sicredi, Espaço La-ser e Maratá. Os patrocinadores realizaram algumas ativações com o público, além de promoverem degustação de produtos dentro da área para convidados.

Dois patrocinadores da seleção brasileira também aproveitaram para fazer ações de ativação utilizando a competição como mote: Guaraná Antarctica e Fiat. A mar-ca de refrigerantes levou torcedores corintianos e palmeirenses para torcerem jun-tos pela seleção na partida de quinta-feira (29), contra a Argentina. Já a empresa de automóveis lançou um vídeo durante o jogo em que recriou a história do pri-meiro gol marcado pelo Brasil em Copas do Mundo. A ideia da empresa é recontar a história do futebol feminino no país a partir da seleção brasileira. O torneio deu início ao projeto, que tem a assinatura da agência de publicidade Leo Burnett.

A própria cobertura da mídia foi recorde para um torneio amistoso de futebol feminino no país. Ao todo, mais de 240 jornalistas estiveram presentes na cober-tura do evento, que teve cerca de 300 pedidos de credenciamento. A estreia da treinadora Pia Sundhage também ajudou a turbinar os números. Televisões e sites da Suécia destacaram profissionais para realizar a cobertura do evento.

I M A G E M D A S E M A N A

IFOOD FAZ MERCHAN EM TRANSMISSÃO

DA GLOBO

O duelo Flamengo x Palmeiras marcou a primeira ação de merchandising no

meio da transmissão do futebol na Globo;

o repórter Lukas Strabko interagiu

com o narrador Luis Roberto para que

ele pedisse comida via aplicativo Ifood no meio do jogo

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O P I N I Ã O

Idolatria a Pia pode atenuar fator Marta

A primeira treinadora estrangeira da seleção feminina de futebol causa um interessante furor entre os torcedores brasileiros. No domingo, horas antes de o Brasil enfrentar o Chile pelo Torneio Uber Internacional de

Seleções, a treinadora da seleção desceu das tribunas do Pacaembu para o vestiário. No trajeto, quando foi reconhecida pelos torcedores que acompanhavam a decisão do terceiro lugar, ela teve seu nome gritado e acenou de maneira tímida aos fãs.

A cena parece que tem tudo para se tornar corriqueira nos jogos da seleção. E pode ser o fator novo que o Brasil precisava para, aos poucos, reduzir o peso de Marta para o futuro do futebol feminino no país. Pia pode se tornar o novo xodó da seleção brasileira e dividir o foco da atenção com as jogadoras, especialmente a maior delas.

Cultuar ídolos é fundamental para o esporte crescer, em qualquer circunstância. Mas ter apenas um ídolo numa modalida-de é um enorme risco para o desenvolvi-mento dela no médio e longo prazos.

A idolatria a Pia, nesse primeiro mo-mento, é fruto da cultura brasileira. So-mos programados para acreditar que have-rá sempre uma pessoa que surgirá para nos livrar de nossos próprios problemas. É por isso que o populismo por aqui é tão eficaz.

No futebol, colocamos esse conceito em prática a todo instante. Seja na figura do treinador, do dirigente ou do atleta. É

sempre responsabilidade de uma pessoa apenas a construção de um trabalho. Nunca entendemos que a soma de esforços é que de fato construirá algo produtivo.

Marta estava, atualmente, com todo o peso de carregar o futebol feminino nas costas. Lembra o discurso inflamado após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo? Marta sabe que nao pode mais carregar o piano. E esse entendimento precisa existir não só com ela, mas entre os fãs da modalidade, a mídia e os patrocinadores.

A seleção brasileira de futebol feminino não pode ser reduzida a uma jogadora espetacular. Ou a uma treinadora multicampeã por onde passou. Se não houver uma renovação constante de ídolos e pulverização das responsabilidades, o futebol femini-no perderá a oportunidade de crescer e se desenvolver mais para a frente.

Já somos, hoje, um dos países com o maior grau de subdesenvolvimento do futebol feminino no mundo. Temos de aproveitar a chance de ter mais uma figura popular no esporte para solidificar seu desenvolvimento dentro e fora de campo. O ídolo é meio para crescer no esporte, não pode nunca ser o fim de uma ação.

Popularidade de treinadora sueca

pode reduzir o peso que já pairava

sobre os ombros de nossa maior atleta

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Adidas recorre a Pabllo Vittar para turbinar corrida

A Uefa decidiu tabelar o preço máximo dos ingressos para torce-dores visitantes em seus torneios.

A partir desta temporada, o valor mais alto que poderá ser co-brado para um jogo da Champions League é de €70. Já para a Europa League, o valor é mais baixo: €45.

"Limitando os preços dos ingres-sos, queremos garantir que os torce-dores ainda possam viajar aos jogos e contribuir para tornar a atmosfera dentro dos estádios de futebol tão especial", disse Aleksander Čeferin, presidente da entidade europeia.

A decisão foi tomada após um pedido por intervenção feito para a Uefa por torcedores de Arsenal, Chelsea, Liverpool e Tottenham

U E FA E S T I P U L A T E T O D E VA L O R PA R A I N G R E S S O D E V I S I TA N T E S

O Bradesco promoverá um debate sobre inovação no esporte na próxima

quinta-feira (5), entre 18h e 21h. O banco abirá as portas do Inovabra

habitat, espaço de co-working man-tido por ele, para uma discussão sobre

o uso da tecnologia no esporte. O evento, que é gratuito, contará com as

presenças de Giuliano Passini, da Al-marugby, Mateus Grings e Anderson Schmittm da SAP, Filipe Scoton, da

AWS, Sergio Verde Selva, do DAZN, e Pedro Daniel, da EY.

BRADESCO FARÁ DEBATE SOBRE

INOVAÇÃO NO ESPORTE EM

SÃO PAULO

POR REDAÇÃO

A Adidas decidiu mais uma vez recorrer a influenciadores para ampliar o alcance de uma ação esportiva. A marca alemã contratou a artista Pabllo Vittar para correr a Boost Run, cor-rida de rua promovida por ela no dia 6 de outubro. Vittar vai formar dupla com outro influenciador contratado da marca, o apresentador Fred, do canal de YouTube Desimpedidos.

"Estou muito animada para a Boost Run SP. Eu corro como uma atividade física e amo muito, mas é a primeira vez que participo de uma corrida de verdade. Tô super ansiosa", de-clarou em nota Pabllo Vittar, que também fará o show de en-cerramento da corrida, reforçando o conceito que a Adidas quer promover para o evento de celebração e performance.

A Boost Run tem sido vendida pela empresa como uma prova com conceito mais democrático. A ideia é reunir dife-rentes perfis de corredores, levando desde iniciantes a es-portistas que busca alta performance. Os corredores podem escolher correr 5k + 10k sozinhos (totalizando 15 km) ou em dupla (um dos integrantes corre 5 km e o outro, 10 km). Os 100 primeiros em cada categoria disputarão uma prova extra de 1km, valendo vagas para a Maratona de Berlim (modali-dade individual) e a Meia Maratona de Buenos Aires (dupla).

A estratégia de usar influenciadores de outros segmentos para interagir com o esporte vem sendo cada vez mais ado-tada pelas marcas esportivas. A própria Adidas, no ano pas-sado, realizou um treino especial voltado para seus consumi-dores com a participação exclusiva da cantora Anitta.

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POR ERICH BETING

Os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro fizeram uma rara ação conjunta na última sexta-feira, dia 30 de agosto. Por meio de seus perfis em redes sociais, os times divulgaram mensagem contra a homofobia.

“Clubes da Série A se unem pelo combate à homofobia, não somente em cam-po, mas no dia a dia. São inaceitáveis práticas ainda existentes em nossos estádios: é preciso dar um basta”, dizia a postagem feita pelos times nas redes sociais.

O gesto foi tomado quase uma semana depois que o confronto entre Vasco e São Paulo teve de ser interrompido pelo árbitro Anderson Daronco por conta de cantos homofóbicos que estavam sendo proferidos pelos torcedores vascaínos.

A iniciativa dos times também acontece duas semanas após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinar que o canto homofóbico de torcida pode ser enquadrado como ato de preconceito e, assim, o time perder os pontos da partida. A decisão veio após alteração na lei que tipifica a homofobia como crime.

O lançamento da campanha foi feito de forma distinta apenas por uma equipe. O Fortaleza preparou uma mensagem diferente para o torcedor e anunciou o pro-longamento dessa ação para dentro do estádio Castelão, onde o time manda seus jogos. Desde o jogo do domingo, contra o Goiás, o Fortaleza passará a adotar a campanha #SomosPlurais. Nela, o clube cearense defenderá o fim da homofobia.

“Por que gritar pelo ódio se é melhor cantar pelo amor? Esse é apenas um dos motivos pelo qual se deve parar de proferir gritos homofóbicos e preconceituo-sos nos estádios. Mas, se ainda assim não faz sentido para você, lembre-se dos 3 pontos e CANTE PELO FORTALEZA!”, afirmou o clube em seu perfil no Instagram.

Clubes se unem para pedir fim à homofobia

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POR REDAÇÃO