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Número 59 - Ano XVI- Outubro / Dezembro 13 Folha Viva Jornal dos Clubes da Floresta do Projeto Prosepe

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Número 59 - Ano XVI- Outubro / Dezembro 13

FolhaViva Jornal dos Clubes da Floresta do Projeto Prosepe

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2 Folha Viva Folha Viva 3

Nós contamosAconteceu ... Aconteceu ... Aconteceu ...

Sumário

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FICHA TÉCNICA

Folha Viva Jornal dos Clubes da Floresta do Projeto Prosepe

Número 59 - Ano XVI - Outubro / Dezembro 13

Propriedade: NICIF - Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo - 3200-395 Vilarinho LSA, Tel.: 239 992 251, Fax: 239 836 733 - Diretor: Luciano Lourenço - Equipa de redação: Luciano Lourenço, Graça Lourenço, Fernando Félix, Sofia Bernardino, Sofia Fernandes e autores indicados - Fotografias: Autores Indicados e Membros dos Clubes da Floresta - Composição: Fernando Félix - Design e paginação: Fernando Félix - Impressão: Simões & Linhares, Lda. - Tiragem: 250 exemplares - Periocidade: Trimestral - Distribuição Gratuita - Edição Online em: http://www.uc.pt/fluc/nicif/PROSEPE/Publicacoes/Edicoes_Didaticas/FV - Depósito Legal: 117549/97

Financiado Pelo Fundo Florestal Permanente

EDITORIAL

O Coordenador Nacional

(Prof. Doutor Luciano Lourenço)

2 Editorial

Dia de São Martinho

Arbustos das Florestas de Portugal - Espécies autóctones -

Click

Nos últimos anos, a ausência de apoio político à causa prosepeana da defesa da floresta e prevenção de incêndios florestais pela educação, tem-se traduzido na falta de financiamento, inviabilizando o normal funcionamento do PROSEPE. Pensávamos que, depois da promessa feita pelo então responsável da tutela das Florestas, com quem acordámos, em audiência que nos concedeu, a atribuição de um montante para funcionamento do projeto no passado ano letivo, o Prosepe retomaria alguma normalidade no desenvolvimento das suas atividades.

Mas, como é sabido, contrariamente ao previsto, com a saída do senhor Eng. Daniel Campelo, de Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, acabou por não se concretizar o acordado, apesar da insistência junto da Presidência do ICNF, uma vez que o NICIF/Universidade de Coimbra havia adiantado uma verba substancial da qual acabou por não ser ressarcido, com o argumento de não haver nada escrito sobre o acordado com o senhor ex-SEFDR.

Neste contexto, não havia razão para continuar com o projeto, mas a pressão exercida junto do poder político e de alguns órgãos de soberania

por Professores e Coordenadores Distritais e, muito em particular, pelo Dr. Jorge Lage, criou condições para que o Coordenador Nacional fosse convocado para uma reunião no final desse ano letivo, mas que, após sucessivos adiamentos, só acabou por se realizar no dia 11 de setembro de 2013, ou seja, já no corrente ano letivo, tendo decorrido na Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural.

Presidiu a esta reunião o senhor SEFDR, Prof. Doutor Francisco Gomes da Silva, e nela participaram também a senhora Presidente do Conselho Diretivo do ICNF, Eng.ª Paula Sarmento, bem como a senhora Eng.ª Sara Pereira, na qualidade de adjunta do senhor SEFDR, e o Coordenador Nacional do Prosepe.

A reunião decorreu num clima de grande cordialidade, tendo sido expostas algumas das dificuldades que decorrem da não coincidência dos anos letivos com os anos económicos, o que cria alguns constrangimentos, em termos de planificação das atividades e, sobretudo, de execução orçamental, tendo ficado muito claro que existia vontade política para se iniciar um novo ciclo trienal, garantindo-se assim condições de funcionamento do Prosepe para os próximos

três anos letivos, tendo-se mesmo acordado o montante global do financiamento, o qual seria canalizado através do Fundo Florestal Permanente, logo que o seu Regulamento fosse aprovado.

No entanto, apesar de toda esta boa vontade, sem contrato de financiamento assinado, a Coordenação Nacional não tem hipótese de contratar bolseiros para assegurarem o normal funcionamento do projeto, pelo que o arranque deste ano letivo foi diferente do habitual e do que seria desejável, embora na expectativa de que, dentro em breve, possa retomar a necessária normalidade.

Assim, iniciámos mais um ano letivo, sem uma planificação prévia, por em tempo oportuno não ter sido possível realizá-la. Todavia, invade-nos um certo otimismo, pois, parece que a estabilidade vai voltar e, sendo assim, poderemos voltar à planificação trienal.

Com a esperança de que, desta vez, o acordado se venha a concretizar, deixo-lhes os meus votos de Santo Natal e as minhas mais cordiais saudações prosepeanas,

Número 59 - Ano XVI- Outubro / Dezembro 13

FolhaViva Jornal dos Clubes da Floresta do Projeto Prosepe Capa - Fotomontagem a partir de

fotografias do Clube da Floresta “Milhafrões”, no Centro Ambiental de Calvos, Póvoa de Lanhoso.

8 Dia da Floresta Autóctone

12 Quadra Natalícia

31 45.ª Reunião da Coordenação Nacional

Ministério da Agricultura, M a r , A m b i e n t e eOrdenamento do Território

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Nós contamosAconteceu ... Aconteceu ... Aconteceu ...

Os alunos do Clube “Floresta Amiga”, em articulação com o Clube da Floresta “Os Verdinhos”, do Jardim de Infância de Merelim, S. Pedro, para a comemoração do Dia de S. Martinho visionaram um powerpoint sobre a lenda de S. Martinho e a história da “Maria Castanha” que, depois de explorada, permitiu dar asas à imaginação e elaborar uma banda desenhada.

O tradicional magusto de S. Martinho iniciou-se com a realização da tradicional fogueira onde se assaram castanhas. Para a sua distribuição foram confecionados cartuchos, com reutilização de folhas de revistas e a partir dos pacotes do leite escolar.

No final, à volta da fogueira, cantaram-se tradicionais canções alusivas à festividade.

Dia de São MartinhoA atividade foi primeiramente realizada na

biblioteca da escola, com uma pequena palestra para toda a comunidade escolar, proferida pelo Prof. Joaquim Oliveira, Coordenador do Clube da Floresta “As Formigas”, do Centro Escolar de Ferreiros, sobre a importância dos soutos e castinçais nas suas diferentes formas de exploração e dos produtos deles obtidos.

No final, no recinto exterior do Centro Escolar, procedeu-se ao magusto de S. Martinho, com as castanhas assadas e jogos tradicionais.

Para assinalarem o dia de S. Martinho, os membros do Clube da Floresta “Malta Verde”, da Escola Básica 2/3 Adriano Correia de Oliveira - Avintes, colocaram placards, no átrio de entrada da Escola, com a lenda e quadras de S. Martinho, pesquisadas pelos alunos do Clube da Floresta.

Completando os placards, foram colocados ma-teriais naturais inerentes ao castanheiro: folhas, frutos, ouriços completos e fragmentos do tronco.

Para o tradicional magusto os alunos elabo-raram cartuchos tradicionais para a distribuição das castanhas.

Estes cartuchos tinham desenhos feitos pelos alunos do Clube com a identificação do Clube da Floresta.

Foram assadas castanhas na cantina da Escola, colocadas nos cartuchos e distribuídas por toda a comunidade escolar (alunos, professores e assistentes operacionais). Toda a atividade foi dinamizada pelos alunos e Professores do Clube.

A distribuição das castanhas foi acompanhada musicalmente pelos alunos e Professores do Clube de Música da Escola, cantando canções de S. Martinho.

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Nós contamosAconteceu ... Aconteceu ... Aconteceu ...

Dia de São MartinhoOs alunos do Clube da Floresta “Os Mochos”,

da E. B. Afonso Paiva, realizaram um cartaz numa folha de cartolina, através do reaproveitamento de vários materiais naturais, bem como de papéis.

O magusto realizou-se com a distribuição das castanhas, pelos diferentes organismos da Escola, em embalagens com a forma de uma castanha, que foram elaboradas pelos alunos do Clube da Floresta.

Por fim realizou-se o convívio entre os alunos do Clube e os professores.

Os membros do Clube da Floresta “Pinheiro Vivo”, da Escola E.B.2,3 de Taíde, fizeram uma recolha de quadras e provérbios alusivos ao Dia de S. Martinho, que foram afixadas no placard do Clube da Floresta, situado na Sala do Aluno, o qual continua a ser denominado de “Dendro Placard”

Na parte da tarde os elementos do Clube da Flo-resta orientaram o almoço-convívio de S. Martinho, na cantina da Escola, tendo sido responsáveis pela preparação e distribuição dos cartuchos das castanhas e dos sumos.

Após o almoço-convívio, a equipa do Clube da Floresta, em articulação com os professores de Educação Física, organizaram e dinamizaram alguns jogos tradicionais destinados à comunidade escolar que decorreram durante a tarde, no coberto junto do Polivalente da Escola.

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Nós contamosAconteceu ... Aconteceu ... Aconteceu ...

Dia de Floresta AutóctoneOs alunos do Clube da Floresta “Marão Vida”,

da E. B. de Amarante, realizaram uma exposição, aberta a toda a comunidade escolar, com uma mostra de árvores autóctones e de trabalhos de texto e 3D por eles realizados, com recurso a materiais provenientes da própria floresta.

Os alunos do Clube da Floresta “Os Mochos”, da E. B. Afonso Paiva, assistiram a uma Palestra proferida pelo Prof. Paulo Duarte, docente desta Escola do Grupo de Ciências, sobre o tema floresta portuguesa.

Os alunos tomaram conhecimento do tipo de árvores que predominavam em Portugal e as que existem agora, as suas implicações e a importância das espécies autóctones.

No dia 25 de novembro, a equipa do Clube da Floresta “Pinheiro Vivo”, da Escola E.B.2,3 de Taíde, constituída por 23 alunos e 2 professoras, participou na “Sementeira de Espécies Autóctones” no Centro Ambiental de Calvos, Póvoa de Lanhoso, em articulação com os Clubes da Floresta, do concelho: “Os Milhafrões”, da Esc. Sec. da Póvoa de Lanhoso e “Chapim Real”, da E. B. 2-3 Prof. Gonçalo Sampaio, e com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.

Para além das equipas dos Clubes da Floresta, das Eng.as Manuela Freitas e Melisa Costa do Centro Ambiental de Calvos, associaram-se à comemoração, entre outros, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Batista e os Vereadores Armando Fernandes e André Rodrigues.

Os membros do Clube da Floresta recolheram e prepararam garrafas e garrafões de plásticos e embalagens Tetra Pak para a sementeira/ plantação de espécies autóctones.

No final da atividade, as plantas foram levadas para os viveiros municipais e, posteriormente, serão utilizadas em datas comemorativas, ou quando necessário, pelas diversas freguesias do Concelho da Póvoa de Lanhoso.

Clube da “Chapim Real”, daE. B. 2-3 Prof. Gonçalo Sampaio.

Clube da Floresta “Os Milhafrões”, daEsc. Sec. da Póvoa de Lanhoso.

Clube da Floresta “Pinheiro Vivo”, daEscola E.B.2,3 de Taíde.

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Nós contamosAconteceu ... Aconteceu ... Aconteceu ...

Dia de Floresta AutóctoneOs alunos dos Clubes da Floresta “Os

Raposinhos”, da Esc. Sec. Tondela, e “Os Besteirinhos”, da E. B. de Campo de Besteiros, para a comemoração do Dia da Floresta Autóctone procederam à sensibilização da comunidade escolar para a importância das espécies autóctones, através de:

• Identificação de espécies autóctones e recolha de elementos das mesmas (folhas, frutos, casca...);

• Reutilização de estruturas em madeira com o formato de árvores e seu revestimento com materiais de árvores autóctones (ouriços, castanhas, folhas, ramos do castanheiro, medronhos, etc.) e com cartazes alusivos ao Dia da Floresta Autóctone;

• Exposição destas estruturas no átrio da entrada de cada uma das escolas envolvidas.

O Dia da Floresta Autóctone, para os alunos do Clube da “Os Verdinhos”, do Jardim de Infância de Merelim, S. Pedro, teve início com a entoação do hino do Prosepe, pelos alunos mais velhos, apresentado aos alunos que integram o Clube da Floresta pela primeira vez.

De seguida decorreu uma breve palestra sobre a utilidades das árvores, após o que se deitou mãos à obra. De sachola na mão, munidos de um carvalho e um pinheiro, os alunos tiveram a oportunidade de assistir e participar na plantação destas duas espécies, no parque florestal da escola.

No final, foram sensibilizados para a tarefa de continuarem a cuidar destas espécies, regando-as, e não as calcar ou arrancar…!

Espera-se que possam crescer saudáveis, frondosas e lindas!

O ano letivo 2013/14, começou um novo ciclo dedicado ao tema “Prevenção dos Incêndios Florestais pela Educação”, pelo que os alunos do Clube da “As Formigas”, do Centro Escolar de Ferreiros- Amares, realizaram, no Dia da Floresta Autóctone uma visita ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Amares.

Os alunos puderam observaram os meios empregues no combate aos incêndios florestais e participaram numa pequena palestra, orientada por um membro dos bombeiros, sobre a nossa floresta autóctone e sua decadência, devido aos incêndios e consequente erosão e empobrecimento dos solos e das espécies vegetais e animais.

O dia 23 de novembro foi o dia escolhido para realização do evento “400 Million Trees - Penacova 2013” que foi levado a cabo pela Floresta Unida, em parceria com a Câmara Municipal de Penacova e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Os alunos do Clube da Floresta “O Corvo”, da E.B. 2-3 Prof. Gonçalo Sampaio, marcaram presença neste evento, que visa a recuperação dos ecossistemas florestais e que tem como um dos objetivos a plantação de 400 milhões de árvores, em áreas públicas ou comunitárias. O Prof. Coord. Adjunto, António Simões Alves, dinamizou uma atividade em que os alunos foram sensibilizados para o combate a plantas invasoras e realizaram a sementeira de espécies autóctones da Serra do Buçaco.

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Nós contamosAconteceu ... Aconteceu ... Aconteceu ...

Quadra NatalíciaOs alunos do Clube “Azevinhos”, da EB 2,3

Gonçalo Nunes, para comemorarem a Quadra Natalícia com um Natal Ecológico, realizaram arranjos florais, com base em materiais naturais.

Deste modo, foram reutilizados vasos, que decoraram com sementes.

Os alunos envolveram-se muito na atividade e alguns conseguiram um tabuleiro (base) para levarem para casa um trabalho decorativo.

Na casa da floresta realizaram-se alguns postais que os alunos levaram para casa. Os materiais utilizados foram folhas secas, papel reciclado e alguns restos de tecidos.

Com esta atividade conseguiu-se atingir os seguintes objetivos:

• desenvolver nos alunos a criatividade e a valorização dos materiais da natureza;

• sensibilizar para a arte decorativa;• criar momentos de recreio, trabalho e

convívio em grupo;• desenvolver o espírito de partilha;• angariar dinheiro para aquisição de animais

para o minizoo.

Os alunos do Clube da Floresta “Marão Vida”, da E. B. de Amarante, procederam à construção de presépios a 2 e 3D, com recurso a materiais reciclados e provenientes da horta pedagógica.

Por outro lado, na horta pedagógica, os membros do Clube da Floresta construí-ram uma árvore “amiga do ambiente”, feita com materiais reciclados.

Para a celebração da Quadra Natalícia o Clube da Floresta “As Pinhas”, do Instituto de S. Tiago, Cooperativa de Ensino C.R.L., cedo começaram a trabalhar, através de várias pesquisas sobre o Natal ecológico.

Após essa investigação e delineado o projeto, os alunos começaram pela construção da estrutura da árvore de Natal, a partir do reaproveitamento de jornais, galhos de árvore, folhas de plantas e, para a base, utilizou-se um garrafão de plástico.

Todos os materiais utiliza-dos na construção da árvore de Natal foram reutilizados, com alguns disponíveis na sala de Educação Visual.

Os alunos construíram também, alguns presépios, que durante a época natalí-cia, foram colocados no bar da escola juntamente com a árvore de Natal.

Todos os trabalhos, fiz-eram parte da exposição de Natal da escola, por forma a sensibilizar toda a comuni-dade escolar para as boas práticas ambientais e de preservação da floresta.

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Arbustos das Florestas de Sofia BernardinoInvestigadora estagiária do NICIF - Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais

Introdução

A floresta é fonte de vida, de riqueza e de bem--estar e os seus benefícios não permanecem apenas nos locais onde se encontram as espécies arbóreas, arbustivas ou herbáceas, pelo contrário, elas afetam, de forma positiva, os sistemas naturais e globais do nosso planeta e da nossa atmosfera.

Portugal tem vindo a sofrer constantes alterações nos espaços florestais ao longo de vários anos e de várias décadas, fruto de transformações variadas, que se coadunam com as necessidades e exigências do ser humano, mas que, por vezes, não contribuem beneficamente para alguns aspetos mais relevantes e de maior consideração, nomeadamente aspetos geracionais, ambientais, ecológicos, culturais, económicos, v.g., ou seja, a floresta é uma fonte de grande riqueza, mas é necessário ter em conta o tipo de floresta que queremos e que estamos a construir. Exemplo disso mesmo é a expansão em grande escala das monoculturas, especialmente do eucalipto que não é uma espécie nativa, que pode estar a contribuir de forma irreversível para a degradação da nossa floresta autóctone e para a destruição de outros ecossistemas igualmente valiosos, pois, não são apenas as espécies vegetais que habitam a floresta, é necessário manter determinados ecossistemas para que se mantenha também toda a biodiversidade. É por isso fundamental divulgar este património florestal, autóctone, revelando as suas principais características, usos e potencialidades e alertar para a importância de preservar e utilizar os recursos de forma responsável e sustentável.

Aqui pretende-se expor algumas espécies de arbustos nativos em Portugal, que compõem o colorido do topo das nossas montanhas e das áreas litorais, e que desempenham um papel predominante

para a manutenção da biodiversidade e da biomassa existente nas florestas, nos bosques e nos matos. Para isso serão analisadas, com algum detalhe, espécies de várias famílias do reino Plantae. As famílias de plantas não foram escolhidas ao acaso, na verdade são espécies com importante relevo no cômpito geral da floresta, especialmente no que concerne à problemática dos incêndios florestais. A passagem de incêndios despe a floresta, deixando os solos desprotegidos e, em consequência, sobretudo nas áreas mais montanhosas, com declives acentuados e precipitações abundantes, registam-se frequentemente fenómenos de erosão violenta após os incêndios florestais. Esta erosão prolongada conduz de forma continuada para a destruição dos solos, contribuindo para deixar os afloramentos rochosos à vista, dificultando, por isso, o desenvolvimento da vegetação e, por sua vez, contribuído para a degradação da paisagem iniciando-se, então, a depauperação da floresta (L. Lourenço, 2011). As espécies arbustivas adquirem especial relevo, uma vez que são algumas das primeiras a crescer, mostrando o seu poder reconstrutivo e transformador da paisagem. A paisagem atual é considerada resultante da degradação da floresta original, em especial da degradação da floresta no que respeita à representação de espécies com porte arbóreo, pois adaptam-se mais facilmente a determinadas agressões externas e a solos mais pobres.

Deste modo, a primeira família a tratar é a Cistaceae que compreende arbustos, subarbustos e algumas herbáceas e estão distribuídas nas regiões temperadas do Hemisfério Norte e da região Mediterrâneca. As espécies a tratar são constituídas por espécies do género Cistus e Halimium. O termo Cistus, do Latim Cisthus ou do grego Kisthos, é um nome popular dos arbustos

Portugal - Espécies autóctones

da região Mediterrânea. Cisto, significa caixa ou cesto. Esta designação deriva do facto dos frutos das suas espécies serem cápsulas globosas que podem possuir cerca de 7 a 10 compartimentos. Estas plantas são muitas vezes aproveitadas com fins ornamentais e são também melíferas, apesar deste aproveitamento ser reduzido.

Estes arbustos perfumados, são detentores de uma aparência semelhante. Possuem, normalmente, folhas pilosas, opostas, inteiras, alternas ou em espiral, com ou sem estípulas, num formato pinado.

As suas flores são hermafroditas atraem numerosas abelhas e besouros. São detentoras de uma simetria radial e podem ser solitárias ou em inflorescência. As pétalas são enrugadas, geralmente de cor branca, amarela, rosa ou roxa. O cálice é constituído por 3 a 5 sépalas e possui uma corola com cerca de 5 pétalas que, com frequência, precipitam espontaneamente num curto espaço de tempo. O androceu (conjunto de órgãos masculinos – estames – de uma flor) possui, geralmente, numerosos estames que junto com a corola se situam abaixo do gineceu (conjunto de órgãos femininos da flor). O gineceu apresenta um ovário. O fruto é do tipo cápsula loculicida (fruto proveniente de 2 ou mais carpelos e que se abre por meio de fendas longitudinais, com um deiscência valvar e dorsal), formada por 3 a 10 valvas, com numerosas sementes.

A segunda espécie que será tratada pertence à família de pequenos arbustos Empetraceae, e têm uma média de 3 anos de vida. As suas folhas dispõem-se, regra geral, em verticilos irregulares de 3 a 4 ou de forma alternada, em rebentos mais vigorosos. As margens das folhas são acentuadamente recurvadas para a página inferior. As flores são pequenas, com uma simetria

radial e geralmente unissexuais. Apresenta, frequentemente 3 peças florais que se encontram reunidas em pequenos capítulos terminais ou em curtos cachos axilares frequentemente reduzidos a uma única flor. As sépalas, as pétalas e os estames são livres, ou seja, não estão ligados uns aos outros. O gineceu possui um ovário súpero (ovário inserido no recetáculo apenas pela base, livre das restantes peças florais), constituído por 6 a 9 lóculos, cada um com apenas um óvulo. Apresenta um fruto em nuculânio (drupa formada por dois ou mais carpelos, com um ou vários caroços –núculas- por carpelo), com 2 a 9 caroços.

A terceira família de espécies a tratar é da Boraginaceae. Esta família reúne um conjunto alargado de herbáceas, mas também comporta arbustos. As suas folhas dispõem-se de forma alternada umas em relação às outras, por vezes de forma oposta ou verticilada. As flores são, geralmente, hermafroditas, isto é, na mesma flor estão representados os dois sexos e possuem uma simetria radial. O cálice pode apresentar 5 dentes ou 5 lóbulos ou, também, estar dividido em 5 partes. As pétalas caem precocemente e apresentam uma forma tubular. O androceu é constituído por 5 estames, inseridos sobre o tubo da corola e dispostos alternadamente em relação às pétalas desta. O ovário situa-se acima das peças florais e é composto por 2 a 4 lóculos e por um estilete. Relativamente ao fruto, assemelha-se a uma drupa ou então pode ser composto por 2 a 4 núculas.

Depois da família Boraginaceae, segue a família Liliaceae. As características das folhas são muito variáveis. Em relação às suas flores, são, por vezes, hermafroditas apresentando uma simetria radial ou bilateral, estando dispostas em cachos (umbelas). O perianto apresenta dois verticilos, cada um constituído por três segmentos

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Cistus ladanifer

Arbusto muito ramificado, vulgarmente conhecido por esteva, é uma espécie de planta da família Cistaceae. Pode atingir os 2 metros de altura e estende-se também na horizontal. Apresenta um caule constituído por madeira dura de cor castanho-avermelhado, sem folhas e perfumado.

As suas folhas são perenes, ou seja, persistem durante todo o ano, são lanceoladas com cerca de 3 a 10 cm de comprimento e 1 a 2 cm de largura, e apresentam uma cor verde escura e inserem-se nos ramos de forma oposta.

A corola é composta, geralmente, por 5 pétalas brancas e com uma espessura fina, normalmente com um ponto castanho-avermelhado na base de cada uma delas, em torno dos estames e pistolos amarelos.

O fruto é uma cápsula com vários compartimentos, entre 7 e 10, coberta com pelos espessos, curtos e enrolados sobre si própria cobrindo uniformemente toda a superfície. Este fruto assemelha-se a um pequeno cesto.

Esta espécie encontra-se nas regiões de clima com verão seco e quente e sobre solos siliciosos ou sobre xisto e granito. É por isso nativa da parte ocidental da região mediterrânea, distribuindo-se especialmente por Portugal, Espanha, França e Norte de África. Em Portugal Continental podemos encontrar estas espécies por todo o território, mas apresenta uma maior incidência nas áreas mais quentes do centro e sul do país.

Curiosidades:

É usada de forma ornamental, especialmente devido à sua resina aromática, sendo também utili-zada na confeção de perfumes.

Nome Científico Cistus ladaniferOrigem do Nome L., Sp. Pl

Nome Vulgar Esteva, ládano, xara, Roselha

Género CytisusReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Nanofanetófito

Distribuição Geral S França, Península Ibérica, NW África e Macaronésia.

Sinonímias C. ladanifer L. var. maculatus DunalHabitat / Ecologia Matos e Matagais, em solos siliciosoÉpoca de Floração Maio a junhoCor da Flor Branca com uma pinta castanha

CistaceaeArbustos das Florestas de Portugal - Espécies autóctones

geralmente petalóides (semelhante a uma pétala pela cor e consistência) livres ou mais ou menos concrescentes (crescem ligados entre si), formando um tubo. O ovário é trilocular súpero ou semi-ínfero. O seu fruto é uma cápsula ou uma baga carnuda.

A quinta família de espécies a analisar é a Oleaceae, que reúne árvores e arbustos. Normalmente apresenta folhas decussadas, e raramente dispostas alternadamente umas em relação às outras.

As flores são hermafroditas e raramente são unissexuais. Comportam entre 4, 5 ou 6 peças florais e possuem uma simetria radial. O cálice é, geralmente, pequeno e campanulado. A corola possui as pétalas mais ou menos concrescentes (crescem ligadas entre si). Apresenta dois estames frequentemente inseridos sobre/à frente de uma pétala. O ovário é súpero e bilocular, geralmente dois por lóculo. O fruto é uma cápsula loculicida, sâmara, drupa ou baga, comportando uma a quatro sementes.

Por último será analisada uma espécie da família Myrtaceae. Esta família apresente folhas simples, inteiras e com uma consistência semelhante à do couro. Relativamente à sua disposição, as folhas podem ser decussadas ou alternas. Possuem glândulas aromáticas persistentes e estipulas rudimentares.

As flores são hermafroditas e têm uma simetria radial. As flores são epigínicas e reúnem-se em cimeiras ou em espigas. O cálice é constituído por 4 a 5 lóbulos. A corola apresenta cerca de cinco pétalas não unidas entre si. O androceu possui numerosas estames, enquanto que o gineceu é composto por dois ou mais carpelos unidos. O ovário é ínfero. O seu fruto é muito semelhante a uma baga ou a uma cápsula e contem interiormente duas numerosas sementes.

Principais espécies da floresta portuguesa De entre as variedades de espécies que podem

ser encontradas na floresta portuguesa, dentro das famílias acima indicadas, descrevem-se aquelas de que temos conhecimento da sua existência e que são as seguintes:

Família cistaceae•Cistus ladanifer•Cistus populifolius•Cistus palhinhae•Cistus psilosepalus•Cistus monspeliensis•Halimium ocymoides•Halimium umbellatum•Halimium lasianthum (sub. Alyssoides)

Família Empetraceae• Corema album

Família Boraginaceae• Lithodora prostrata

Família Liliaceae• Ruscus aculeatus

Família Oleaceae• Phillyrea angustifolia

Família Myrtaceae• Myrtus communis

A metodologia seguida para apresentar cada uma destas espécies passa pela descrição dos seus aspetos mais relevantes, num breve texto e que, depois, se sintetizam numa espécie de ficha técnica, com fotografia da respetiva espécie, no canto inferior direito, e um pormenor da sua flor, no canto superior direito. Fonte das imagens: http://www.flickr.com/groups/arkive/pool/valter/page7/?view=lg.

Geral: http://sacredwindow.com/2012/07/rose-of-sharon-rock-rose/.

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Cistus populifolius

Arbusto da família Cistaceae, vulgarmente conhecido por estevão ou por lada, podendo ter outras designações, dependendo da região.

Pode atingir cerca de 2 m de altura e é densamente ramificado, perfumado. O seu caule é escurso e com poucos pêlos. As suas folhas são pecioladas (ligação da folha ao caule ou aos ramos) longas lisas ou onduladas de cor verde brilhante (podem apresentar a cor amarela por vezes, quando os nutrientes do solo são escassos).

A sua época de floração ocorre regra geral de março a julho.Esta espécie pode ser encontrada, geograficamente, em áreas mediterrâneas, com predominância da

Península Ibérica, Sul de França e Norte de Marrocos e Argélia.

Curiosidades:

Esta espécie liberta um aroma agradável, sendo por isso utilizada na confeção de perfumes.

Nome Científico Cistus propulifoliusOrigem do Nome L., Sp. Pl.

Nome Vulgar Estêvão, Lada

Género CytisusReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico NanofanerófitoDistribuição Geral Península Ibérica, S. França, N MarrocosSinonímias Não encontrado

Habitat / Ecologia Rupícola, barrancos frescos, solo com alguma humidade

Época de Floração Março a julhoCor da Flor Branca e amarelo

Cistus palhinhae

Cistus palhinhae é um arbusto da família Cistaceae, vulgarmente conhecido por esteva de Sagres. É endémico do Algarve, no sudoeste Portugal Continental, com uma área de ocupação abaixo de 900km². Tem-se verificado a diminuição do número de subpopulações, bem como o número de indivíduos maduros. A principal ameaça é a degradação do seu habitat natural, especialmente devido ao trânsito ilegal de veículos, à eliminação de detritos e incêndios florestais, os principais devastadores.

Esta espécie caracteriza-se por apresentar folhas longas e estreitas, arredondadas nas pontas, com um aspeto brilhante e “envernizado”. É um arbusto que se adapta bem às áreas com alguma secura, preferindo locais soalheiros, bem expostos ou com sombra parcial.

As suas flores apresentam uma cor branca com o núcleo amarelo. A época de floração ocorre especialmente durante os meses de abril a julho.

Curiosidade: (Não foram encontrados registos de utilidades da espécie).

Nome Científico Cistus PalhinhaeOrigem do Nome R. Teles Palhinha

Nome Vulgar Esteva de sagres

Género CytisusReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Caméfito

Distribuição Geral Distribui-se em Portugal, especialmente junto ao lito-ral, na região algarvia.

Sinonímias Não encontradoHabitat / Ecologia Rupícola (solos calcários)Época de Floração Abril a julhoCor da Flor Branca e amarelo

Cistaceae

Fonte das imagens: http://www.flora-on.pt/index.php?q=Cistus+populifolius. Geral: http://www.floravascular.com/index.php?spp=Cistus%20populifolius.

Cistaceae

Fonte das imagens: geral http://www.flickriver.com/photos/linjohnpics/tags/rockrose/.

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Cistus monspeliensis

Arbusto ereto (60-120cm), compacto e muito ramificado, viscoso e perfumado. É uma espécie da família Cistaceae, vulgarmente conhecido por sargaço. As suas folhas são subsésseis, lineares ou linear-lanceoladas, com três nervuras longitudinais e apresentam uma cor verde-escura. As suas flores apresentam 5 pétalas brancas, com estames amarelos na base e dispostas em cimeiras unilaterais, com 2 a 9 flores por cimeira.

É um arbusto que se adapta bem em climas quentes e terrenos secos, frequentando por isso as colinas secas, charnecas, matagais e florestas com boas clareiras. No que respeita ao tipo de solo em que predominam, pode dizer-se que tem uma boa adaptação em vários tipos de solo, ocorrendo em granitos, xistos e até calcários.

Em termos geográficos, distribui-se pela Região mediterrânea e Macaronésia (Madeira, Açores e Canárias).

Em Portugal continental a espécie ocorre no centro e sul do território.Apresenta um cálice com 5 sépalas, externas.

Curiosidades:

Arbusto amplamente utilizado na confeção de chá e especiarias.

Nome Científico Cistus monspeliensisOrigem do Nome L., Sp. Pl

Nome Vulgar Sargaço-escuro, Sargação

Género CistusReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Nanofanerófito

Distribuição Geral Região Mediterrânica e Macaronésia, junto ao litoral.

Sinonímias Não encontradoHabitat / Ecologia Matos, em áreas de clima quente e seco.Época de Floração Março a JulhoCor da Flor Amarela

Cistus psilosepalus Sweet

É um arbusto ereto, da família Cistaceae, mais conhecido por saganho e apresenta algumas seme-lhanças com o Cistus monspeliensis, distinguindo-se, especialmente, pelo maior tamanho das sépalas.

É alto, pubescente quando jovem, com pêlos glandulares, curtos e simples, compridos (até 2mm). As suas folhas são oval-lanceoladas a oblongas, planas ou levemente revolutas, com três nervuras principais, de cor verde intensa, com pêlos simples e alternos. A inflorescência é uma cimeira pauciflora (poucas flores) ou multiflora (muitas flores). Apresenta pedicelos compridos, de 5 a 14 mm de comprimento, com brácteas no invólucro, todas semelhantes entre si, geralmente ciliadas, de margens revolutas, com as extremidades maiores, cordiformes, isto é, em forma de coração, de cor verde amarelada e, no fim, purpúreas.

As pétalas são de cor branca, com uma mancha basal amarela. Os estames são desiguais, mais compridos do que o pistolo (designação dada ao conjunto formado pelo ovário, estilete curto e estigma - gineceu) correspondente.

A cápsula está inserida dentro de um cálice que continua a crescer após a fecundação (até o fruto atingir o tamanho máximo), ovóide, ligeiramente pubescente, negro e deiscente (abre espontaneamente na maturação), abrindo em 5 válvulas. As suas sementes são globosas de cor escura.

Esta espécie é endémica, ocorrendo apenas na parte ocidental da Península Ibérica, o que inclui a maior parte do território do Continente português e a parte mais ocidental de Espanha. Prefere solos ácidos e algo húmidos, arenosos ou xistosos, em zonas de clima húmido ou sob influência oceânica, surgindo assim com uma maior frequência no norte e centro do país.

A sua época de floração é frequente nos meses de abril a agosto. É uma espécie calcífuga, ou seja, esta planta não tolera solos alcalinos, também designados básicos.

Curiosidades: (Não foram encontrados registos de utilidades da espécie).

Nome Científico Cistus psilosepalusOrigem do Nome Sweet, Cristin

Nome Vulgar Saganho

Género CistusReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Nanofanerófito

Distribuição Geral Em Portugal, especialmente nas áreas litorais

Sinonímias Cistus hirsutus Lam.Habitat / Ecologia Matos de solos calcários, com humidadeÉpoca de Floração Maio a JulhoCor da Flor Branca e amarela

Cistaceae Cistaceae

Fonte das imagens: http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.pt/2012/09/sanganho-cistus-psilosepalus-sweet.html. Fonte das imagens: http://online-media.uni-marburg.de/biologie/botex/mallorca05/andreas/auwestabli.html. Geral: http://calphotos.berkeley.edu/cgi/img_query?enlarge=0000+0000+0610+0073.

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Halimium ocymoides

Arbusto da família Ericaceae, vulgarmente conhecido por sargaço-branco ou ou por erva-sargacinha, podendo ter outras designações. Pode atingir 1 metro de altura, é ereto. Apresenta os ramos cobertos de pêlos. As folhas são estéreis, e atenuadas num pecíolo curto, em forma obovada a lanceoladas, com um nervo central bem marcado.

Apresenta 3 sépalas em forma oval-lanceolada, com pelos simples unicelulares e pluricelulares glandulíferos. As flores são amarelas e podem apresentar uma mancha castanha escura na base de cada pétala.

A sua cápsula tem forma oblongo-elipsóide com pêlos mais abundantes junto do ápice.Tem preferência por locais soalheiros junto de estevais e urzais, ocorrendo em solos ácidos e delgados.A sua época de floração ocorre especialmente de maio a julho.

Curiosidades: (Não foram encontrados registos de utilidades da espécie).

Nome Científico Halimium ocymoidesOrigem do Nome (Lam.) Willk.

Nome Vulgar Sargaço-branco, Mato-branco

Género HaliminiumReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico NanofanerófitoDistribuição Geral Península Ibéria e Norte de MarrocosSinonímias Cistus ocymoides Lam. Willk var.

Habitat / Ecologia Clareiras de estevais e urzais, em áreas temperadas (planta mesófila).

Época de Floração Maio a julhoCor da Flor Amarela

Halimium umbellatum

Arbusto que pode atingir cerca de 70 cm de altura, tem ramos curtos, divaricados ou tortuosos, ascendentes ou quase eretos. As suas folhas são sésseis e opostas. As dos ramos estéreis são linear-lanceoladas ou lineares, uninérveas, de margens mais ou menos recurvadas para a página inferior. As dos ramos floríferos são oblongo-lanceoladas ou oval-lanceoladas, trinérveas ou penatinérveas. As flores são brancas e encontram-se reunidas superiormente em quatro a oito cimeiras umbeliformes, acompanhadas inferiormente de um a oito pseudo-verticilos. Os pedúnculos contêm pêlos. As suas sementes têm uma cor castanho muito escuro.

Este arbusto floresce especialmente nos meses de março a maio.Em termos geográficos ocorre em França, Norte de África, Grécia, Líbano e na Península Ibérica.

Em Portugal continental é comum a Norte e Centro do país, em matos, principalmente estevais e urzais. Prefere locais algo húmidos, sobre substratos ácidos e pobres, arenosos ou cascalheiros.

Curiosidades: (Não foram encontrados registos de utilidades da espécie).

Nome Científico Halimium umbellatumOrigem do Nome (L.) Spach

Nome Vulgar Não tem

Género HalimiumReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Caméfito

Distribuição Geral França e NW da Península Ibérica, desde o Alto Alentejo a Burgos

Sinonímias Cistus umbellatus (L.), Sp. PlHabitat / Ecologia Matos baixos xerofíticos , sobre substratos pobres e arenosos.Época de Floração Março a maioCor da Flor Branca e antera amarela

Cistaceae Cistaceae

Fonte das imagens: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Halimium_ocymoides_flor_Valderrepisa_2012-05-31_SierraMadrona.jpg.

Fonte das imagens: http://www.flora-on.pt/index.php?q=Halimium+umbellatum. Geral: http://www.flickr.com/photos/33037982@N04/4857718967/.

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Halimium lasianthum

Arbusto da família Cistaceae, que pode atingir 1,5 metro de altura (raramente 2m), muito ramoso. É designado vulgarmente por sargaça ou sarganho-moiro.

As folhas dos seus ramos estéreis são pecioladas, mais ou menos oblongo-lanceoladas ou quase arredondadas, com a nervura central mais marcada. As folhas dos ramos férteis são ovadas a oblongo-lanceoladas, em geral trinérveas e com pêlos. Apresenta inflorescências dispostas em cimeiras mais ou menos densas, curtamente pedunculadas com duas a três flores cada. O seu cálice é densamente viloso acetinado com três sépalas. As pétalas são amarelas. A cápsula é ovóide densamente coberta de pêlos. As sementes são de cor castanho muito escuro.

A época de floração ocorre geralmente durante os meses de abril a maio.Esta espécie localiza-se junto a urzais e sargaçais em solos ácidos pobres e algo húmidos.Em termos geográficos pode ser encontrada a SW da França e a Noroeste da Península Ibérica.

Curiosidades: (Não foram encontrados registos de utilidades da espécie).

Nome Científico Halimium lasianthum (sub. alyssoides)Origem do Nome (Lam.) Spach

Nome Vulgar Sargaça, Sarganho-moiro

Género HalimiumReino PlantaeFamília CistaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão Magnoliophytina (Angiospermae)Tipo Fisionómico NanofanerófitoDistribuição Geral NW Península Ibérica e SW FrançaSinonímias Halimium formosum (Curtis) Willk

Habitat / Ecologia Matos, sob o coberto de pinhais, em solos pobres e algo húmidos

Época de Floração Abril a maioCor da Flor Amarela

Corema album (L.) D. Don

É um pequeno arbusto da família Empetraceae, conhecido por camarinheira ou por camarinha. Pode adquirir uma altura máxima entre 30 a 75 cm. É um arbusto ereto nos indivíduos masculinos e um pouco difuso nos femininos. A corema apresenta caules densamente ramificados, com ramos verticilados. As folhas são lineares, estreitas, alternas, aproximadamente verticiladas, revolutas. Relativamente às suas flores são pequenas e enquanto que as masculinas são rudimentares ou nulas, com 3 estames salientes, anteras vermelhas, dispostas em fascículos um pouco condensados e terminais com brácteas ovado-acuminadas, as femininas são solitárias ou geminadas, obovadas, rosadas, com 3 pétalas, estilete presente e estigma vermelho. As sépalas e pétalas são irregularmente fimbriadas na margem. O seu fruto assemelha-se a uma drupa e é globoso e branco.

A sua época de floração ocorre, regra geral, de fevereiro a junho, enquanto o seu fruto aparece no mês de agosto.

Relativamente à sua distribuição geográfica, esta espécie é endémica do Ocidente Ibérico e das Ilhas dos Açores. Em Portugal continental é observada por todo o litoral, mostrando a sua preferência por locais arenosos perto da costa, pinhais e zona interdunar.

Curiosidades:

Os seus frutos são comestíveis e, em épocas anteriores, eram utilizados como refrescantes, antipiréticos e vermífugos (remédio que destrói ou expulsa os vermes intestinais).

Nome Científico Corema albumOrigem do Nome D. Don (L. Villar)

Nome Vulgar Camarinheira, Camarinha

Género CoremaReino PlantaeFamília EmpetraceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Nanofanerófito

Distribuição Geral França, Península Ibérica e Macaronésia

Sinonímias Empetrum album L.Habitat / Ecologia Áreas dunares, litoraisÉpoca de Floração Março a maioCor da Flor Branca e castanho avermelhada

EmpetraceaeCistaceae

Fonte das imagens: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Halimium_ocymoides_flor_Valderrepisa_2012-05-31_SierraMadrona.jpg.

Fonte das imagens: http://www.horta.uac.pt/species/plantae/Corema_album/Corema_album.htm.

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Lithodora prostrata

Arbusto da família Boraginaceae, popularmente conhecido por Erva-das-sete-sangrias.Esta espécie chega a atingir cerca de 60 cm, pois caracteriza-se por ser um arbusto prostrado, isto é,

deitado sobre a terra ou sobre outro meio. As suas folhas são patentes, oblongas (em forma de elipse muito alongada), normalmente planas. A inflorescência é uma cimeira com 6 a 14 flores. A corola é maior do que o cálice, vilosa (coberta de pelos compridos e macios, direitos ou sinuosos, não muito densos e não entrelaçados), na parte interna e acetinada na face exterior. Apresenta mericarpos (parte do fruto que corresponde a um só carpelo) de cor castanho-pálidos ou acinzentados, pouco ou densamente alveolados (superfície com pequenas cavidades, isto é, provida de alvéolos).

A sua época de floração corresponde aos meses de dezembro a setembro, portanto, quase todo o ano.

É observada em matos xerofíticos, sob o coberto de pinhais e sobreirais, na orla de matagais, sebes, taludes e fendas rochosas. Prefere solos siliciosos ou descarbonatados, pedregosos ou arenosos, do interior ou litoral.

Em termos geográficos, em Portugal continental distribui-se por todo o país.

Curiosidades:

Espécie utilizada para fins ornamentais. e apresenta um potencial medicinal.

Boraginaceae

Nome Científico Lithodora prostrataOrigem do Nome Loisel. Griseb.

Nome Vulgar Erva-das-sete-sangrias

Género LithodoraReino PlantaeFamília BoraginaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Caméfito

Distribuição Geral NW e SW da Península Ibérica . NW de África (Mar-rocos, Argélia)

Sinonímias Lithodora diffusumHabitat / Ecologia Matos xerófitos em solos siliciosos, pedregosos ou arenosos.Época de Floração Dezembro a abrilCor da Flor Azul

Ruscus aculeatus

Arbusto da família Liliaceae, popularmente conhecido por azevinho-menor, erva-dos-vasculhos ou gilbarbeira. É uma planta perene, que pode atingir cerca de 1,5 metros de altura. As folhas são modificadas e substituídas por cladódios (caule achatado ou laminar que desempenha a função de absorção de clorofila, mas que mantém a sua função de caule, apresentando, ramos, folhas e flores reduzidas), de cor verde-escuro, alternos e espinescentes, ou seja, com a extremidade transformada em espinho. As flores são muito pequenas, unissexuais, situadas na metade inferior do cladódio, e apresentam uma cor violeta. O fruto é uma baga madura vermelha, globosa, com 1 a 2 sementes volumosas e amarelas.

A sua época de floração decorre nos meses de setembro a junho.É observada sob o coberto de bosques (carvalhais, sobrais e azinhais) e matagais esclerófilos. Pode

ocorrer ainda em matagais sobre dunas estabilizadas ou fendas de afloramentos rochosos. Regra geral, tem preferência por locais com alguma sombra e frescos, de baixas altitudes.

É nativo da região mediterrânea, especialmente na parte mais a oeste da Europa, e na Macaronésia, nas ilhas dos Açores e Canárias. Em Portugal continental tem uma maior manifestação em áreas litorais.

Curiosidades:

Planta muito utilizada pelas suas propriedades diuréticas, febrífugas e estimulante do sistema venoso, sendo utilizada, juntamente com outras plantas, na confeção de xaropes.

Muito utilizada para decoração, em especial durante a época natalícia, em substituição do azevinho, tendo levado ao seu uso excessivo. Hoje em dia é uma planta com estatuto de proteção da Diretiva de habitats.

Liliaceae

Nome Científico Ruscus aculeatusOrigem do Nome L. (Lineu)

Nome Vulgar Gilbardeira, Erva-dos-vasculhos

Género RuscusReino PlantaeFamília LiliaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Geófito

Distribuição Geral Sul da Europa, Hungria, Turquia e Macaronésia (Açores)

Sinonímias Ruscus parasiticus Gueldenst.Habitat / Ecologia MatosÉpoca de Floração Março a julhoCor da Flor Verde

Fonte das imagens: http://naturalezabenalup.blogspot.pt/2012/03/hierba-de-las-siete-sangrias-lithodora.html. Geral: http://florababiasomiedo.blogspot.pt/2008/10/lithodora-prostrata-loisel-griseb-lagos.html.

Fonte das imagens: http://www.plantdatabase.co.uk/Ruscus_aculeatus.

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Phillyrea angustifólia

Arbusto da família Oleaceae, conhecido popularmente por lentisco-bastardo ou por aderno-de-folhas-estreitas. Pode medir até cerca de 2,5 metros de altura. Apresenta um caule cinzento e liso e com raminhos, gomos e pecíolos glabros (sem pêlos) ou puberulentos (com pêlos finos, muito curtos e muito densos, difíceis de identificar à vista desarmada). As suas folhas são estreitas, linear-lanceoladas e inteiras. As flores são hermafroditas (flores que possuem ambos os sexos), dispostas em cachos axilares densos e curtos. A corola é branca-esverdeada e está soldada na base de forma a formar um tubo curto e aberto com quatro pétalas estreladas. O fruto assemelha-se a uma drupa ovóide-apiculada negro-azulada.

A sua época de floração coincide com os meses de março a maio. Esta espécie é observada em matos e matagais xerofíticos, ou seja, tem preferência por locais secos e expostos e pode ser encontrada sob diversos tipos de substrato, como arenoso, calcário ou xistoso. É frequente em solos pobres e pedregosos.

Relativamente à sua distribuição geográfica, esta espécie pode ser observada em grande parte Península Ibérica.

Curiosidades:

É utilizada para fins ornamentais. Apresenta propriedades medicinais como adstringente, febrífugo e anti-inflamatório.

Oleaceae

Nome Científico Phillyrea angustifoliaOrigem do Nome L., Sp. Pl.

Nome Vulgar Lentisco bastardo, Cardono

Género PhyllireaReino PlantaeFamília OleaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Nanofanerófito

Distribuição Geral Região Mediterrânica. Terrenos silicícolas

Sinonímias Phillyrea angustifolia var. acuminata SennenHabitat / Ecologia Matos, Terrenos incultos.Época de Floração Janeiro a abrilCor da Flor Branca-Rosada

Myrtus communis

Arbusto da família Myrtaceae conhecida por mata-pulgas, murta-ordinária, murtinheira, murtinho ou murtinhos. Pode atingir de 1 a 5 metros de altura, é um arbusto ereto e muito ramificado. Os seus caules jovens possuem pelos glandulares que acabam por precipitar em pouco tempo. As folhas, aromáticas, são ovado-lanceoladas, agudas e não possuem pêlos ou, no caso de possuírem, estes são fracos e afastados das nervuras da página inferior. Apresentam uma cor verde escura na página superior e um verde mais claro na página inferior. As suas flores são também aromáticas. As sépalas são ovadas e agudas. As pétalas são orbiculares, geralmente ciliadas e de cor branca. As anteras são ovoides e amarelas. O fruto tem forma de elipsóide sem pêlos, de cor azul-escuro, com umas pintas brancas azuladas. As sementes são reniformes, rugosas e de cor castanha-esbranquiçada.

A sua época de floração corresponde aos meses de junho a outubro. A sua distribuição geográfica coincide com o Sul da Europa, na região mediterrânea, principalmente

no Norte de África e sudoeste da Península Ibérica.É observada em matos e matagais xerofíticos, orlas ou sob o coberto de bosques e povoamentos

florestais abertos. Tem preferência por locais com alguma humidade edáfica superficial, como barrancos e linhas de escorrência temporárias.

Curiosidades:

O Myrtus communis pode ser usado como planta ornamental. As suas folhas contêm um óleo essencial que é comercializado, assim como os frutos, sendo estes também comestíveis. Apresenta benefícios para a saúde, uma vez que possui propriedades como adstringente, antisséptica, desodorizante e anti catarro.

Myrtaceae

Nome Científico Myrtus communisOrigem do Nome Lineu

Nome Vulgar Murta

Género MyrtusReino PlantaeFamília MyrtaceaeClasse MagnoliopsidaDivisão SpermatophytaTipo Fisionómico Microfanerófito

Distribuição Geral Sul da Europa, Região Mediterrânica, Macaronésia.

Sinonímias Myrtus communis L. for. belgica Habitat / Ecologia Matos, preferencialmente em áreas ripícolasÉpoca de Floração Junho a outubroCor da Flor Branca

Fonte das imagens: http://www.flora-on.pt/index.php?q=Phillyrea+angustifolia. Geral: http://fitoterapiaclassica.wix.com/apfc.

Fonte das imagens: http://www.plantoftheweek.org/week125.shtml. Geral: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Myrtus_communis.jpg.

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Bibliografia

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• www.biorede.pt/

• http://www.sm.watersavingplants.com/

• www.planfor.fr

45.ª Reunião da Coordenação NacionalArbustos das Florestas de Portugal - Espécies autóctones Ao décimo quarto dia do mês de dezembro de

2013, pelas 11h, na sala dos atos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, teve lugar a 45.ª reunião de Coordenadores Distritais do Prosepe, sobre a presidência do Coordenador Nacional e com a presença dos seguintes Coordenadores Distritais:

• Dr. Jorge Lage, Distrito de Braga;• Dr. Fernando Ferreira, Distrito de Castelo

Branco;• Dr.ª Maria de Fátima Cruz, Distrito de

Coimbra;• Dr. João Barreira, Distrito de Leiria;• Dr.ª Maria Margarida Gonçalves, Distrito de

Lisboa;• Dr. José Alberto, Distrito do Porto;• Dr. Adérito Rodrigues, Distrito de Vila Real;• Dr.ª Cristina Ferreira, Distrito de Viseu;• Eng.º Rui Queiroz, em representação do

Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

Justificaram a sua ausência os Coord. Distritais:• Dr.ª Virgínia Palhares, Distrito de Faro;• Dr. Renato Ferreira, Distrito de Viana do

Castelo.

A reunião teve a seguinte ordem de trabalhos: 1. Leitura e aprovação da ata da 44ª reunião

da coordenação nacional;2. Balanço do ano letivo de 2012/13;3. Candidatura ao Fundo Florestal Permanente

para um Novo Ciclo trienal (2013/14-2015/16);

4. Plano de Atividades para 2014;5. Informações e outros assuntos.

Dos assuntos abordados nesta reunião destacamos o conjunto de temas que foram propostos, para um novo ciclo trienal e aceites por unanimidade, caso haja condições para avançar:

• Tema Geral para o triénio 2013-2016: - Prevenção dos incêndios florestais pela

Educação;• Tema específico para cada ano:

- 2013-2014: A Floresta e os recursos florestais;- 2014-2015: Os incêndios não queimam apenas

árvores; -2015-2016: Todos nós somos responsáveis pela floresta.

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32 Folha VivaUma pinha, do Pinus pinea.

Clube da Floresta “Milhafrões”, da Esc. Sec. da Póvoa de Lanhoso.