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São Remo Notícias do Jardim Maio de 2011 ANO XVIII nº 2 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIA 15: ELEIÇÕES PARA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES esportes Times da São Remo disputam Copas Kaiser e Federação Paulista de Futebol mulheres Mães que conciliam família e a atuação na comunidade debate São remanos se posicionam diante da discriminação PÁG. 2 são remano Circo escola dá oportunidades para vidas artísticas PÁG. 9 PÁG. 10 Subprefeito apresenta projetos para a comunidade comunidade São Remo continuará a ter direito a desconto na conta de luz JOÃO PAULO FREIRE SANTOS PÁG. 12 PÁG. 6 são reminho Dia das mães: Brincadeiras Jogos Experiências Mensagens PÁG. 5 PÁG. 4

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Mães que conciliam família e a atuação na comunidade Subprefeito apresenta projetos para a comunidade comunidade mulheres esportes são reminho debate são remano PÁG. 10 PÁG. 12 PÁG. 4 PÁG. 6 PÁG. 5 Maio de 2011 ANO XVIII nº 2 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA JOÃO PAULO FREIRE SANTOS

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São RemoNotícias do Jardim

Maio de 2011 ANO XVIII nº 2DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIA 15: ELEIÇÕES PARA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

esportesTimes da São Remo disputam Copas Kaisere Federação Paulistade Futebol

mulheresMães que conciliam família e a atuação na comunidade

debateSão remanos se posicionam diante da discriminação PÁG. 2

são remanoCirco escola dá oportunidades para vidas artísticas PÁG. 9

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Subprefeito apresenta projetos para a comunidade

comunidadeSão Remo continuará a ter direito a desconto na conta de luz

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debate

Escondido pode?Wellington Soares

O programa CQC exibiu no dia 28 de março uma entre-vista com o deputado Jair Bolsonaro (do Partido Pro-gressista). Ele fez uma sé-rie de comentários revelan-do sua postura de defensor da volta da ditadura militar, racista e homofóbico.

Todos os que acompanha-ram o programa ou a sua re-percussão – o vídeo da en-trevista está no YouTube – ficaram indignados. Cente-nas de pessoas protestaram e fez-se a maior barulheira, principalmente na internet.

Deixando isso um pouco de lado, o galã interpretado por Lázaro Ramos na novela das oito sofre rejeição. Em “Vi-ver a vida”, Taís Araújo de-veria ter sido a primeira pro-

tagonista negra do horário nobre, mas sua personagem perdeu espaço para a Lucia-na, de Alinne Moraes, de pele branca e olhos verdes. No programa “Amor&Sexo”, quatro jovens homossexuais disputam no ‘GayMe’ provas como arremesso de bolsa e corridas de salto alto.

Imaginar que um negro não serve para ser protago-nista de uma novela ou que um homossexual é capaz de

correr de salto alto são de-monstrações de preconcei-to tão grandes quanto as de Bolsonaro no CQC. A dife-rença está na maneira como ele é mostrado.

O fato é que todas as for-mas de discriminação só so-frem repressão quando es-cancaradas. O preconceito quietinho e disfarçado pas-sa em branco. É o jeitinho brasileiro afirmando que ‘es-condido pode’.

O P I N I Ã O

2 Notícias do Jardim São Remo Maio de 2011

Publicação do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Reitor: João Grandino Rodas. Diretor: Mauro Wilton de Sousa. Chefe de depar-tamento: José Coelho Sobrinho. Professores responsáveis: Dennis de Oliveira e Luciano Guimarães. Edição, planejamento e diagramação: alunos do primeiro ano de jornalismo. Secretária de Redação: Wellington Soares. Secretária Adjunta: Sophia Neitzert. Secretários Gráficos: Mariana Zito e Tainá Shimoda. Editor de Imagens: Mariana Rosa. Editores: Caroline Monteiro, Fillipe Augusto Galeti Mauro, Giovanni Santa Rosa, Mariana Grazini Rocha, Sofia Franco e Victor de Augusto Souza. Suplemento infantil: João Ortega e Sofia Soares. Repórteres: Anaïs Fernandes, Carolina Moniz, Celia Moliner, Érika Yukari, Felipe Gomes, Gabriel Roca, Henrique Balbi, Isabella Bono, Jaqueline Mafra, João Paulo Freire, Luísa Granato, Mariana Bastos, Mariana Giovinazzo, Renata Garcia Ferreira, Rodrigo Neves, Ruan de Sousa Gabriel e Vinícius de Oliveira. Ilustrações de Alexandre Ferreira da Silva e Alberto Benett. Correspondência: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443-Bloco A. Cidade Universitária CEP 05508-990. Fone: 3091-1324. E-mail: [email protected] Impressão: Gráfica Atlântica. Edição Mensal: 1500 exemplares

Anaïs Fernandes

Homofobia, racismo, discrimi-nação social. Dentro ou fora da comunidade, moradores do Jar-dim São Remo acreditam que ain-da existe muito preconceito, e não se calam diante disso.

Para os são remanos, o que mais incomoda é a discriminação de quem mora na periferia. Lima re-side na São Remo e conta sua ex-periência: um técnico não foi con-sertar seu aparelho eletrônico, ainda na garantia, alegando que o cliente vivia em “área de risco”. Para Carlos Alberto Caetano, ou-tro morador da comunidade, o maior problema está na hora de

-ma que vê o bairro em que você mora e não te aceita”, explica.

Antonio Sergio, técnico de ma-nutenção da USP, não mora no Jardim São Remo, mas freqüenta a comunidade e diz haver precon-

ceito no campus: “O simples fato de falarem ‘favela’ e não ‘comu-nidade’ já demonstra discrimina-ção”. O que mais revolta Carlos é

a falta de espaço para os são rema-nos na universidade: “Quem vem de fora tem mais apoio e oportu-nidades na USP do que nós, que estamos do lado”, reclama.

O Brasil vende a imagem de um país tolerante, onde diferen-ças convivem em harmonia. Ape-sar do relato de Lima: “Na minha família tem negros e gays, não te-nho preconceito”, não é isso o que se vê em casos como o dos jovens agredidos na Avenida Paulista, por serem homossexuais. Anto-nio Sergio acredita que, além dos neonazistas, há um grupo de jo-vens burgueses revoltados que se consideram superiores.

Sobre todas as questões de pre-conceito discutidas, Carlos Alber-to conclui, desesperançoso: “Isso não muda nunca”.

“O simples fato de falarem‘favela’ e não ‘comunidade’ já demonstra discriminação” ANTONIO SÉRGIO, TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DA USP

O comportamento passivo diante desse problema é questionado pelos são remanos

Intolerância ainda provoca discussão

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entrevistaMaio de 2011 Notícias do Jardim São Remo 3

Cenas da São Remo

Pesquisadora da Universidade de São Paulo discute a discriminação, sua origem e suas implicações

Luísa Granato

Ruan de Sousa Gabriel

A pesquisadora Denise Car-valho, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), decidiu focar seus estudos no preconceito e nas questões raciais. Essa preferência foi em virtude de sua origem so-cioeconômica e étnica.

Em entrevista para o NJSR, De-nise, que já morou na São Remo, numa pensão estudantil na Rua Cipotânea, fala sobre tolerância e discriminação racial no Brasil.

NJSR: Quais seriam as origens do preconceito?

Denise Carvalho: O preconcei-to começou como consequência da escravidão, porque os negros eram considerados, até pelos mais estudiosos da época, seres inferio-res, associados a animais e des-providos de inteligência. Além disso, o preconceito tem origem em certos valores, na linguagem, em termos pejorativos e também no ideal de beleza.

Como o brasileiro lida com a questão do preconceito?

O grande problema é que o pre-conceito no Brasil é encoberto. As pessoas têm vergonha de se reco-nhecer como preconceituosas ou racistas. Porém, suas ações de-monstram que elas veem no ou-tro um estranho, que é perigoso em potencial. É necessário cons-cientizar a população de que o preconceito existe e deve acabar. Porque quando o problema não é reconhecido, ele não é tratado, ou

O preconceito no Brasil é maior com as pessoas de baixa renda ou com as minorias (negros, homos-sexuais, mulheres, etc)?

Existe preconceito em relação aos dois segmentos. O que me chama atenção na declaração do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) é quando Preta Gil per-

apaixonasse por uma mulher ne-gra. Ele associou isso a um com-portamento promíscuo. Isso reve-

mente das pessoas de que os ne-gros são mais sexualizados e têm um comportamento moral que é reprovável por uma parte da so-ciedade. É um preconceito de cor, de origem e mesmo de concepção.

Os comentários preconceituo--

tem a opinião dos brasileiros ou é um caso isolado?

Muitos votaram nele por falta de informação. Mas, mesmo nas camadas mais vulneráveis, talvez

-quem com a opinião dele ou não dão tanta importância ao voto.

O destaque dado a persona-gens negros nas novelas ajuda no combate ao preconceito?

Tem um papel importante, por-

das pessoas. Se alguém tem o há-bito de ver o núcleo negro numa posição inferior, vai assimilar que aquilo é natural ou vai se identi-

que não consegue transformar sua história, sua vida.

O que pode ser feito para com-bater o preconceito?

Receber apoio por parte do go-verno, ações que cheguem aos

-madas mais populares, e mudan-

a ideia de que as pessoas são di-ferentes e têm opiniões diferen-tes. A ideia é de que apenas com essa diversidade é que a socieda-de pode se desenvolver.

“O preconceito no Brasil é encoberto”

Denise: “quando o problema não é reconhecido, ele não é tratado”

“As pessoas são diferentes e têm opiniões diferentes”DENISE CARVALHO,

PESQUISADORA DO NEV-USP

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comunidade “Se você tem um problema, traga para a associação” ANTÔNIO SÉRGIO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DO JARDIM GUARAÚ

4 Notícias do Jardim São Remo Maio de 2011

Uma única chapa concorre à Associação Aidê Felisberto disputa sozinha o cargo de presidente na votação que ocorrerá no dia 15

Isabella Bono

Somente uma chapa se inscre-veu para a eleição da Associa-ção de Moradores do Jardim São Remo, que será realizada no dia 15 de maio, domingo. A candi-data à presidência é a moradora Aidê Felisberto de Souza.

Entre suas propostas está a pro-moção de atividades para a tercei-ra idade – como a prática de exer-cícios físicos –, excursões para fora da São Remo e mutirões para a co-leta do lixo das ruas. Aidê acredi-

promoção da união na comunida-de: “eu quero que os moradores sejam mais unidos e aprendam a batalhar por seus direitos”. Ela

pretende conversar com os são re-manos e promover reuniões para explicar a importância de uma as-sociação de moradores. Participar dela poderá trazer vários benefí-cios à comunidade.

Um bom exemplo é o caso do Jardim Guaraú, onde os morado-res, unidos, conseguiram a urba-nização de várias áreas e a cana-lização de córregos, além de levar diversas atividades culturais e es-portivas ao bairro.

Para seu presidente, Antônio Sérgio, a população foi essencial para essas conquistas, “eu sem-pre falo: se você tem um proble-ma, traga para a associação. Pois o problema é um só e as pessoas para achar a solução são várias”.

Entre os moradores do Jardim São Remo, a Associação ainda é encarada com estranheza: poucos conhecem suas atividades ou sa-bem onde está localizada.

Por isso, a maior parte da popu-lação não tem interesse em com-parecer às reuniões e nem mesmo em organizar chapas para con-correr à eleição. “Quando eu vim morar aqui, tinha 17 anos. Nun-ca fui votar em ninguém”, diz o morador da comunidade, Carlos Alberto Caetano, ao ser questio-nado sobre sua participação em votações passadas.

Ele e outros moradores chega-ram a considerar a possibilidade de que alguém de fora da comu-

Moradores do Jardim São Remo aderem à greveFuncionários foram demitidos da limpadora e ainda não receberam benefícios a que têm direito

Renata Garcia Ferreira

No último mês, os trabalhado-res da empresa União enfrenta-

-tadora de serviços rescindiu o contrato. Por isso, em 8 de abril, os empregados aderiram à greve por não receberem os salários do mês de março. Entre eles, encon-tram-se muitos moradores.

Na semana de páscoa, os salá-rios em atraso foram pagos pela reitoria da universidade. Contu-do, ainda faltava a verba resci-sória. Esta só foi paga no dia 28 de abril, após muita cobrança dos manifestantes e do Sintusp (Sindi-cato dos Trabalhadores da USP).

Teresa Faustino de Lima, mo-radora do Jardim São Remo, rela-ta que trabalhava lá desde 2006.

Contudo, de 1968 a 1976 também foi funcionária da empresa. Ela conta que o tratamento para com

os funcionários piorou muito nos -

ma era boa, pagava tudo direi-tinho”. Segundo Teresa, as mu-danças aconteceram depois que a

a direção da empresa. A partir de agora, a são remana será obriga-da a vender geladinhos e produ-tos cosméticos para aumentar a renda de sua casa: “Já cansei [de trabalhar], agora quero parar”.

Com o pagamento da verba res-cisória e sem emprego algum, os antigos funcionários entrarão com um processo na Justiça do Trabalho para que seja pago o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (o FGTS).

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Aidê foi a única a se candidatar

Desde o dia 8 de abril, funcionários protestavam em frente à reitoria

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comunidade“Não confiem plenamente em mim. Me cobrem!”DANIEL RODRIGUEIRO, SUBPREFEITO

Maio de 2011 Notícias do Jardim São Remo 5

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Subprefeito Daniel: “não sei quem é o responsável pelo Riacho Doce”

Subprefeito visita o Jardim São Remo Daniel Rodrigueiro prestou esclarecimentos e anunciou planos para a comunidade

Celia Moliner Vicente

Na quarta-feira, dia quatro, Bru-no Luciano atendeu dez crianças do Jardim São Remo em seu con-sultório. O serviço foi o resultado de uma parceria entre a ONG Ala-vanca e o dentista.

O projeto, que já existe há um ano, busca atender todas as crian-ças da comunidade que tenham entre seis e dez anos de idade.

Para o dentista, esse é o momen-to ideal para ensiná-los a crescer sem futuros problemas dentários: “embora no começo do tratamen-to as crianças sintam um certo re-ceio, a primeira consulta é mais de apresentação”.

O atendimento oferecido pelo dentista se resume a tirar a dor, ensinar escovação, prevenir cá-

e, caso necessário, extraí-los.

Bruno vê com carinho o proje-to: “é muito reconfortante resol-ver aquela dor e contribuir para o desenvolvimento saudável da criança. Assim ela tem um melhor crescimento e não vergonha dos seus dentes”.

No momento, só crianças de-vidamente matriculadas nas ati-vidades da ONG, e que tenham algum problema dentário, têm di-reito ao tratamento oferecido.

Dentista voluntário atende crianças Clorinda Dantinão fechará

A COESF (Coordenadoria do Espaço Físico da USP) e a diretoria da escola contra-riaram a denúncia realizada na Assembleia Legislativa em 26 de abril, asseguran-do que a E.E. Clorinda Dan-ti NÃO fechará para a ceder lugar a um centro de con-venções da universidade.

Carolina Moniz

Renata Garcia Ferreira

O subprefeito do distrito Butan-tã, Daniel Barbosa Rodrigueiro, compareceu à São Remo, no últi-mo dia 30, e realizou uma reunião com moradores no Circo-Escola.

O objetivo da visita era conceder informações sobre o Previn, mas a maior parte do encontro foi de-dicado a outras questões, como o caso dos desabamentos que acon-teceram na região do Riacho Doce, em fevereiro deste ano.

Prevenção de incêndiosO projeto Previn é um programa

da Prefeitura de São Paulo com o objetivo de evitar incêndios em as-sentamentos precários.

A comunidade contará com tre-ze voluntários para o corpo de bri-gadistas e mais três zeladores. Eles farão um primeiro atendimento em caso de incêndio, até que os bombeiros cheguem à ocorrência. Segundo a Associação de Morado-res, as folhas de inscrição dos vo-luntários já foram encaminhadas para a Subprefeitura.

O Jardim São Remo será a pri-meira comunidade do distrito Bu-tantã na qual ele será implantado.

Problema que persisteDurante a reunião, o subprefei-

to foi questionado sobre a situa-ção no Riacho Doce. Segundo ele, o processo movido pela Subpre-feitura para ter a posse do terreno deve passar pelos “altos escalões da Prefeitura”. Por isso, ele ainda não pode fazer muito.

Primeiro, é necessário saber se o terreno pertence ao município ou à USP. Se for da prefeitura, ele pode-rá auxiliar os moradores.

O subprefeito disse, também, que não há impedimento para ações da subprefeitura, mesmo que o terreno seja da USP. Mas ain-da são poucas as iniciativas toma-das. O auxílio-moradia ainda não está sendo pago às vítimas da en-chente, pois a verba só será dispo-nibilizada se a posse for doada ao município pela universidade.

O subprefeito se comprometeu a limpar o córrego Riacho Doce,

atendendo a um pedido da mora-dora Mariana Machado. Essa me-dida “pode demorar alguns dias”,

-minuirá a possibilidade de novas enchentes e, assim, de mais desa-bamentos e prejuízos.

Como o subprefeito havia pro-metido, um geólogo e uma geó-grafa, juntamente com a Defesa Civil, foram ao Riacho Doce. A vi-sita ocorreu no dia quatro de maio. Entretanto, ao contrário do espe-rado, eles não realizaram a análise do terreno. O subprefeito disse na reunião que eles iriam realizar um laudo de risco das habitações, mas os técnicos informaram o NJSR que este já havia sido concluído.

A assessoria da subprefeitura es-clareceu que recebeu o documento na mesma semana e vai abrir um processo para solicitar mais verba.

-drigueiro, convidando todos os moradores da comunidade a pro-curá-lo sempre que tiverem algum questionamento ou necessidade.

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“O morador, entregando sua geladeira velha, ganhará uma nova”ELTON JÚLIO, DA ELETROPAULOcomunidade

6 Notícias do Jardim São Remo Maio de 2011

Metrô abre às 4h40Gabriel Roca

As estações da Linha 4 – Amarela

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da linha amarela será inaugurada ---

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USP divulgacalendárioRenata Garcia Ferreira

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Eletropaulo vai à São Remo

João Paulo Freire Santos

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Contas muito altas

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Telefone para modificação de conta:

0800 7272196

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Funcionário da Eletropaulo ouve reclamações e presta esclarecimento aos moradores no Circo-escola

Questões como entrega de geladeiras, fiação e contas foram discutidas

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papo reto Maio de 2011 Notícias do Jardim São Remo 7

“As escolas têm que oferecera segurança para os alunos” MARIA DAS NEVES, MORADORA

Gabriel RocaFelipe Gomes Ruiz

De acordo com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em pesquisa sobre bullying esco-lar, 70% dos estudantes respon-deram ter presenciado cenas de agressões entre colegas. Sabendo disso, o NJSR foi à comunidade saber o que os moradores acham sobre esse tema polêmico.

Muitas pessoas na São Remo consideram que a maior respon-sabilidade pelos casos de agres-sões físicas e psicológicas é dos colégios. “As escolas têm que ofe-recer a segurança para os alunos”, disse Maria das Neves.

A garota Thalita, que possui 13 anos e frequenta a escola, disse já ter presenciado cenas de bullying. “Tenho um amigo que é emo e apanha todos os dias dos meni-nos”, conta a jovem. Na opinião dela, a forma de acabar com essas

Opinião dos são remanos sobre o tema é dividida; caso mais grave é relatado por mãe de aluno

atitudes é a suspensão dos agres-sores por parte do colégio.

Para algumas pessoas entrevis-tadas, porém, o assunto não é tão relevante. A brincadeira não jus-

A polêmica questão do bullying na escola

Especialista em comportamento escolar discute bullyingGabriel RocaFelipe Gomes Ruiz

O NJSR conversou com Maria Isabel da Silva Leme, professora do Instituto de Psicologia da USP, sobre esse problema.

NJSR: Qual a diferença entre o bullying e outras formas de vio-lência escolar?

Maria Isabel da Silva Leme: Ele tem um caráter repetido: a ví-tima é ridicularizada ou provoca-

da sempre pela mesma pessoa e o motivo é fútil. Os agressores bus-

-veis perante o grupo. Em geral a caçoada é sobre alguma caracte-rística da vítima.

Essa é uma questão que merece toda a atenção que recebe?

A mídia está considerando como bullying todas as violências escolares. Fico com medo desta super-exposição, porque pode ba-nalizar um problema sério.

A vítima do bullying tem a quem recorrer?

Sim. Aos professores, à direção da escola e aos pais. O problema é que muitas das vítimas sentem vergonha de não conseguirem se defender e se tornam cúmplices dos seus agressores.

Como os professores podem perceber o limite entre brinca-deira e perseguição?

Observar se as caçoadas se repe-

tem e como a vítima reage: se ela

brincadeira ou se reage irritada.

Na sua opinião, o que pode amenizar esse tipo violência?

Um ambiente escolar coopera-tivo e respeitoso contribui muito para que este tipo de prática não ocorra. Já uma escola em que as pessoas são tratadas com desres-peito, em que a competição é in-centivada, o bullying tem maiores chances de ocorrer.

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parte da pessoa que é perseguida. “Todo mundo é zuado na escola. O cara que não aguenta que é ca-beça fraca”, concordaram alguns

garotos e uma menina em uma roda de conversas.

Entretanto, um caso mais grave foi denunciado por Débora Sílvia, mãe de um menino de sete anos.

-tantes agressões na escola Clorin-da Danti, onde estuda. Ela relatou que o garoto levou uma tesourada no rosto, foi empurrado da esca-da, o que lhe rendeu hematomas, é constantemente ofendido pelos colegas e já se recusou a ir para a escola durante uma semana. As providências tomadas pelos en-carregados, segundo a mãe, são apenas bilhetes nas agendas dos agressores, o que pouco, ou nada,

Procurada, a coordenação da E.E. Clorinda Danti informou não poder dar entrevistas sem a auto-rização da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Até o fe-chamento da edição, não foi pos-sível o contato com a secretaria.

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são remanoCinema e periferia: realidade ou ficção?Moradores da São Remo dão sua opinião sobre a forma como as comunidades são vistas

“O pessoal quer ganhar Ibope, (...) não muda nada

para a comunidade”VINÍCIUS DE OLIVEIRA, MORADOR

Érika Yukari

O cinema nacional tem fre-quentemente retratado a vida nas periferias do Brasil. O NJSR foi às ruas da São Remo saber a opinião dos moradores sobre o assunto.

Manoel Luiz da Silva não tem dúvidas ao defender as obras que tratam do tema. “É bom que mos-tra a realidade da favela”, decla-ra o morador.

Já Ademir Gonçalves acredita que as produções brasileiras “dei-xam um pouco a desejar” em vá-rios aspectos.

Temática violenta-

zidos privilegia a violência como marca da realidade nas comuni-dades. Para Ivone de Carvalho, a “evolução do crime e da morta-

Cidade de Deus, “representou bem o que acontece” na comunidade.

A respeito desta mesma proble-Ó Paí, Ó, o

qual inclui em uma de suas cenas a morte de duas crianças por par-te de um policial local. Cosme e

proprietária do cortiço em que se passa o enredo, foram confundi-dos com menores que faziam uma série de furtos no Pelourinho.

Ivone relata a grande semelhan-

passado da São Remo. “Se você for analisar o antes daqui com aque-

relembra a moradora.Por outro lado, o exagero de ce-

nas agressivas às vezes gera in-cômodo. “O pessoal quer ganhar Ibope”, é o que declara Vinícius

8 Notícias do Jardim São Remo Maio de 2011

de Oliveira. Perguntado sobre Bróder, diz que os

produtores vão “mostrar a visão deles”. Para Vinícius, isso “não muda nada para a comunidade”.

Variações pelo BrasilOutro ponto citado pelos mo-

radores é a diferença entre as re-giões do país. O Rio de Janeiro, mais que o estado de São Pau-

que tem a periferia como tema. É onde, por exemplo, os famosos Cidade de Deus e Tropa de Elite fo-

Cida-de dos Homens, da TV Globo.

Tainá Santos revela que há muitas diferenças entre o que ela vive e a realidade da periferia ca-

moradores] não respeitam nem a própria comunidade”. Vanessa Aparecida da Silva reforça: “Coi-tadas de nós se aqui fosse igual ao Rio de Janeiro”.

Imagem manipulada?A imagem de perigo e desor-

dem que se tem em relação ao Rio de Janeiro pode ter sido criada pe-

ser verdadeira.A escolha de cenas de morte,

caos e ilegalidade mostra um re-

o que Alex Monteiro de Olivei-ra evidencia em seu comentário. Para o morador, ”no Tropa de Eli-te só tem tiro”.

Na opinião de Maria do Car-mo Ferreira, esta generalização é precipitada. Ela declara que “eles

como bandidos”. “Acho isso um absurdo”, enfatiza a moradora.

Cidade de Deus

Mostra o crescimen-to do crime organiza-do na Cidade de Deus, um dos conjuntos habi-tacionais mais violen-tos do Rio de Janeiro. Enquanto o persona-gem Zé Pequeno mer-gulha no tráfico, Bus-capé vê em seu sonho de ser fotógrafo a saída da vida no crime.

Ó Paí, Ó

A história do filme se passa no centro histó-rico do Pelourinho, em Salvador. Incomodada com a farra dentro de seu cortiço durante o último dia de carnaval, Dona Joana fecha o re-gistro de água, fazendo com que os moradores procurem outras for-mas de se divertir.

Bróder

Retrata o reencontro de três amigos de infân-cia, criados em uma co-munidade do Capão Re-dondo, zona sul de São Paulo. Macu, Jaiminho e Pibe seguiram, cada um, caminhos distintos e se deparam no dia do reencontro com surpre-sas que ameaçam sua amizade.

Tropa de Elite

Os dois filmes da sé-rie apresentam como protagonista um mem-bro do Bope. Ambas as histórias têm como tema central o comba-te ao crime implantado na periferia do Rio de Janeiro e dão atenção a uma relação muito de-licada no Brasil, entre a polícia e os criminosos.

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são remano“O pão de cada dia eu devo para a comunidade”LUCIANO DOS SANTOS, PROFESSOR

Circo-Escola abre portas para talentosCursos criam oportunidades para jovens da comunidade seguirem carreiras artísticas

Jaqueline MafraRodrigo Neves

uma das maiores preocupações

uma comunidade, as incertezas

Mas quando se tem um talento, será que seguir na carreira artísti-

Maio de 2011 Notícias do Jardim São Remo 9

Veja os cursos do Circo-Escola

– Introdução à arte – Capoeira– Dança – Percussão– Teatro– Educação Física– Artes Plásticas– Malabares – Contorcionismo– Trapézio

Documentos necessários para matrícula:

– Xerox da certidão de nascimento– Xerox da RG dos pais– Xerox da carteira de vacinação– Xerox do comprovante de residência– Declaração escolar– 1 foto 3x4

Circo-Escola São Remo:Rua Aquianés, 13Telefone: (11) 3675-0459

DE PRODÍGIO A PROFESSOR CRIATIVIDADE SÃO REMANA

O dançarino William Teixei-ra Dantas tem muito a agradecer à comunidade e ao professor Lu-ciano. Ele começou a freqüentar as aulas de danças com 18 anos. Hoje, cinco anos depois, William vê como a dança transformou a sua história.

-daram a perder a timidez, como

artística.Ele já deu aulas, apresen-tou-se e coreografou grupos.

Atualmente, o dançarino faz su-

ele e seu grupo, o Free step-on.

viajou por diversos estados, como Bahia, Santa Catarina e Piauí, e recebe diversos convites para se apresentar fora do Brasil, em pa-íses como Colômbia e França.

Luciano Farias dos Santos tem uma longa história como dança-rino e com a comunidade. O pro-fessor começou a dançar com oito anos de idade, nos concursos rea-

Apesar de enfrentar preconceito no início da carreira, logo come-çou a fazer sucesso com seus gru-pos de dança. “Teve um momento em que entrei em parafuso: meu nome aparecia em todos os luga-res”, diz Luciano.

-Escola e muito querido por seus

ele ajuda muito a gente”, diz a sua aluna Taynara Aquino.

em que descobriu seu talento: “o -

munidade”, diz o professor.

alunos de circo. Os cinco já rea-lizaram o sonho de qualquer ar-tista circense: apresentar-se com o Cirque du Soleil, um dos mais fa-mosos e talentosos grupos circen-

muito grande”, dizem os jovens.

incentivam na escola. A discipli-

de trabalhar em grupo os ajudam -

balhar em circos internacionais, alguns, como Evelyn, já fazem au-las de inglês.

Hoje, os alunos tem certeza de

“É um grande sonho”, diz Alife.

no circo-escola. Apesar do sonho de seguir a car-

reira artística, todos os alunos do -

Luciano Farias dos Santos, que dá aulas de dança para jovens da co-munidade, diz que a sua inten-

--

teo Zamboti, professora de circo diz que prefere que seus alunos levem o aprendizado e a discipli-na do circo para aplicá-los em ou-tras atividades de suas vidas.

Os alunos se sentem incentiva-dos a continuar o trabalho reali-zado no circo-escola, pois rece-bem apoio dos pais e da própria

Teixeira, que já foi aluno e agora segue sua carreira como dançari-no com seu grupo pelo Brasil e vá-rios outros países.

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tosa para os dois lados.Abaixo, algumas histórias de

alunos e professores.

CINCO ALUNOS E UM SONHO

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Laura da Silva Gonçalves

Mãe de dois filhos e uma fi-lha e avó de dois netos, Lau-

ra tem participação ativa no Jardim São Remo. Recentemente, esteve à frente do grupo de moradores que cobraram ações da Subprefeitura no Riacho Doce, além de tentar se informar sobre os di-reitos dos residentes. “Procuro saber o que posso ou não fazer, saber os nos-sos direitos, se há maneiras de ajudar e a quem devo recorrer”, afirma.

Seu envolvimento mais profundo com os problemas da comunidade teve início há dois anos, quando ela ficou desem-pregada e decidiu tomar atitude.

Laura afirma que suas atitudes como li-derança servem de exemplo e podem in-fluenciar seus filhos a buscarem o bem- estar comum. Segundo ela, ajudar a comunidade é uma maneira de interfe-rir positivamente na vida de sua família.

Para Laura, a maior recompensa são os sentimentos de utilidade e realização. “Ajudar é muito gratificante.”

Rosângela dos Santos Costa

Conhecida por sua atuação no Projeto Alavanca, Rosân-

gela, mãe de três filhos, é uma das líde-res do Jardim São Remo. Suas experiên-cias com alfabetização tiveram início em sua própria casa, quando passou a ofere-cer ajuda aos filhos e colegas.

Ela conta que no início do projeto, em 2004, enfrentou dificuldades para conci-liá-lo com a vida familiar, pois seus filhos eram pequenos e não contava com to-tal compreensão do marido. “Tive pro-blemas com o trabalho doméstico, por-que comecei a me envolver muito com o projeto, queria vê-lo crescer”, disse. Hoje, Rosângela consegue coordenar os papéis com maior facilidade.

Problemas como educação de má quali-dade e falta de perspectiva dos morado-res da comunidade foram os principais motivadores do projeto. Ao perceber que muitos se encontram em uma situa-ção pior que a sua, fica sensibilizada e se envolve nas causas da São Remo.

Mariana Machado Rocha

Mãe de dois meninos, Ma-riana é um modelo para a co-

munidade. A educadora vive no Jardim São Remo desde 2006, quando se mu-dou devido ao envolvimento com o Pro-jeto Girassol. Inicialmente, ela trabalhou na creche e depois, no grupo de alfabe-tização de jovens e adultos do projeto.

Segundo ela, a educação está intima-mente ligada à política. “Não existe en-sino neutro, imparcial”, afirma Mariana. Além de trabalhar neste grupo, ela tam-bém é estudante de Pedagogia da USP e seguidora do método Paulo Freire.

Devido às suas atividades no dia-a-dia, Mariana tem dificuldades para encon-trar tempo para cuidar de seus filhos, um com um ano de idade e o outro com três.

A moradora também participa das reu-niões que visam a revitalização da As-sociação de Moradores do Jardim São Remo, pois acredita que a união dos ha-bitantes da comunidade é importante para realizar melhorias sociais.

mulheres 10 Notícias do Jardim São Remo Maio de 2011

“Eu moro aqui, meus filhos moram aqui. Qualquer melhoria

influencia nossas vidas”LAURA, MORADORA DA SÃO REMO

Em comemoração ao dia das mães, o NJSR decidiu fazer uma reportagem sobre as lideranças da

-vestigar como os dois papéis se re-lacionam em seu cotidiano. Para

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mos a socióloga Eva Blay, da USP.-

cisam de muita força psicológi-ca para superar sua condição de

subordinadas dentro da socieda-de. “Para se tornar uma liderança,

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tenso para sair de uma situação de dominadas, que é, em geral, a con-

Elas são geralmente pessoas in-dependentes com objetivos mui-to claros, bastante generosas e se preocupam com a coletividade e não com o prestígio individual. Além de serem acessíveis, pois procuram se informar mais e di-

vulgar o que aprenderam para a comunidade. “Além das ativida-des normais da casa, comida, tra-

tempo para este aprendizado, e

Vivência socialA experiência do convívio com

a sociedade, a partir do momento em que enxergam o que está acon-tecendo no mundo ao seu redor,

em contato com outras perspecti-

enfrentar problemas fora de casa, isto se transmite para sua vida pessoal, mudando a dinâmica fa-

-dos devem fazer sua parte.

devem estar mais bem preparados do que elas estavam as faz buscar quem possa ensiná-los o que elas

Mães que são líderes na comunidade

Sofia Franco

Além de cuidarem da família, elas também se preocupam com a sociedade em que vivem

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Moradoras da São Remo contam suas experiências como lideranças e mãesMariana Bastos

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Maio de 2011 Notícias do Jardim São Remo 11

“Aqui, o fator financeiro não impede o idoso de participar do curso”RICARDO PEREIRA, PROFESSOR

esportes

Mariana Giovinazzo

Fazer esportes melhora a quali-dade de vida. Para os idosos, as vantagens são muitas: desde o controle e prevenção de doenças até a maior integração social.

Realizar exercícios físicos regu-larmente ajuda a controlar doenças

Exercício físico traz benefícios a idosos

Idosos se alongam em aula de ginástica no Cepe da USP

Circuito de Corrida chega ao ButantãCom ajuda da Secretaria Municipal de Esportes, modalidade chega a bairros populares

comuns em pessoas mais velhas, como diabetes, hipertensão, coles-terol, osteoporose e depressão.

Na práticaRicardo Linares Pereira dá au-

las para pessoas da terceira idade na Raia Olímpica da Universida-

que os exercícios ajudam a reali-zar tarefas do cotidiano (como su-bir escadas e pegar ônibus) com mais facilidade.

“A pessoa adquire maior resis-tência, força e equilíbrio, além de se sentir mais segura para enfren-tar as situações do dia a dia”, diz Ricardo. Praticando esportes, os idosos redescobrem sua capaci-

-dependentes.

A moradora da São Remo, Ma-ria de Souza Nascimento, de 72 anos, frequenta aulas na Raia Olímpica de terça e quinta-feira, uma hora por dia. Segundo Ma-ria, esse tempo já faz muita dife-rença: “quando eu estou fazendo eu não sinto quase nada, quando estou parada sinto cansaço, dor e fraqueza nas pernas”.

Meio de socializaçãoPraticar atividades físicas é mais

divertido quando feito em grupo. Maria conta que, no recesso das aulas, quase não faz exercícios em casa. A professora Ana Cristina Álvares Mutarelli também dá au-las para terceira idade, no Centro de Práticas Esportivas (Cepe) da USP. Ela diz que às vezes os alu-nos vêm mais por causa dos ami-gos do que pela ginástica.

Não existe atividade física proi-bida. Todas os exercícios são reco-mendados, se os limites de cada um forem respeitados. É impor-tante sempre consultar um médi-co antes de começar um exercício.

Vinícius de Oliveira

Acontecerá no domingo 15 de maio às 8h, a etapa Butantã do Cir-cuito Popular de Corrida de Rua da Cidade de São Paulo. A prova irá percorrer a Av. Politécnica, en-tre a Praça César Washington Al-ves de Proença e a Av. Engº Billin-gs, como mostra o mapa ao lado.

O evento, que agora está na sua quarta edição, foi criado em 2008 para promover, gratuitamente, provas de corrida em áreas da ci-dade que não costumavam rece-bê-las. Serão 25 etapas realizadas em diferentes regiões da cidade,

entre os meses de março e outu-bro, sempre aos domingos. Serão percursos de 5 km de corrida ou 2,5 km de caminhada.

As inscrições podem ser feitas nas subprefeituras ou no site do evento. Para a etapa do Butantã, os participantes devem se inscre-ver pelo site, entre os dias 9 e 11 de maio, uma vez que as inscrições na subprefeitura foram encerra-das no dia 6. As vagas são limita-das a 2 mil participantes, que rece-bem, no dia da prova, um kit com camiseta, lanche e chip de crono-metragem, mediante entrega de 1kg de alimento não-perecível.

Mais informações no Cepe:Tel.: (11) 3091-3361www.cepe.usp.br

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Centro de Práticas Esportivas da USP oferece atividades físicas para terceira idade

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12 Notícias do Jardim São Remo Maio de 2011

esportes”Já perdi namorada, dinheiro

e emprego por causa do time”BATATA, AUXILIAR TÉCNICO

E FUTURO PRESIDENTE DO VILA NOVA

Vila Nova se classifica na Copa KaiserTime da São Remo passa para a segunda fase e novo presidente fala sobre a equipe

Pão de Queijo goleia Vila Sapo por 5 a 1Henrique Balbi

Pela Copa Federação Paulista de Futebol, o time do Pão de

Foi muita sorte, mas qualidade

Verônica Catharin

Conheça o time

Mais que um torcedor

Equipe Catumbi na 2ª faseVerônica Catharin e

Mariana Giovinazzo

Apesar da derrota por 2 a 0 para o Praça no Cam-po do CDM Agostinho Viei-ra, o Catumbi está classifi-cado para a segunda etapa da Copa Kaiser. O próximo jogo, contra o Saad acon-tecerá dia 15 de maio no Campo do Vila Izabel.

Equipe da São Remo joga em casa e tem vitória convincente

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