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Jefferson David Lima
Ingridy Regis Braga
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE ESCOLARES DO 7º
ANO DE UMA ESCOLA DE TAGUATINGA – DF
Projeto de Pesquisa apresentado a Disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso II, Educação Física,
Licenciatura, como requisito para a avaliação da
disciplina no Semestre 1º Semestre de 2014.
Orientadora: Prof.a MsC Nilza Maria do Valle Pires
Martinovic.
Assinatura do orientando
Assinatura do orientando
Assinatura do orientador
Brasília – DF
2014
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NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE ESCOLARES DO 7º ANO DE UMA
ESCOLA DE TAGUATINGA – DF
RESUMO: Existem diversos fatores que podem influenciar na vida ativa e na saúde dos adolescentes, e um dos grandes problemas enfrentados é o sedentarismo que associado a ele, podem vir diversas doenças crônicas como a obesidade, as cardiopatias, a diabetes e tantas outras, que nos dias atuais aparecem com índices muito preocupantes, principalmente nas populações de jovens em idade escolar, por isso a pesquisa objetivou verificar o nível de atividade física de escolares do 7º ano de uma escola pública de Taguatinga, assistida pelo PIBID/CAPES – UCB. A amostra deste estudo foi composta por 83 escolares do 7º ano, matriculados na escola CEF 05, com a faixa etária de 10 a 13 anos, de ambos os sexos, sendo 40 meninos e 43 meninas. Foi utilizado como instrumento de medida o Questionário de avaliação de nível de atividade física e comportamento sedentário para adolescentes com a faixa etária 10 – 13 anos (Angeliete et al, 2013). Após a coleta de dados, com os resultados foram feitas as classificações dos níveis de atividade física da seguinte forma: sedentário, irregularmente ativo, ativo e muito ativo. Os resultados, no total unindo os meninos e meninas, mostraram que dos 83 escolares entrevistados 21 alunos são muito ativos, representando um percentual de 25%, 19 são ativos, representando 22,9 %, 34 são irregularmente ativos, representando 40.9% e 9 são sedentários, representando 10,8%. Separadamente os meninos apresentaram mais ativos que as meninas, os dois grupos mostraram um comportamento na media irregularmente ativo, mas com uma tendência ao comportamento sedentário conforme nos mostra o estudo. PALAVRAS-CHAVE: Nível de atividade física, escolares, adolescentes, sedentarismo.
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INTRODUÇÃO
A atividade física é uma importante área de pesquisa por sua relação
inversa com doenças crônicas degenerativas, bem como indivíduos mais ativos
apresentam uma menor mortalidade e morbidades causadas por essas
doenças (CDC/National Center for Chronic Disease Prevention and Health
Promotion, 1996).
O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ASCM) frisa a importância
da adoção de hábitos saudáveis, através da atividade física regular, para a
melhoria dos níveis de saúde individual e coletiva, para prevenção e
reabilitação de doenças cardiovasculares (PATE et al., 1995).
É um consenso nos dias de hoje que a obesidade infantil é fruto do
sedentarismo e cresce de forma significativa, sendo um fator de várias
complicações na infância e na idade adulta (MELLO et al, 2004).
Para WHO (1997) a obesidade está sendo considerada uma doença
epidemiológica que atinge todas as faixas etárias. Assim nossos adolescentes
estão cada vez mais suscetíveis as essas doenças e uma das principais é a
obesidade infantil que para Villares et al, 2003, está associada a formação de
aterosclerose, ganho de peso corporal, dislipidemias, inflamações crônicas,
aumento da tendência a coagulação sanguínea, disfunção endotelial,
resistência a insulina, diabetes tipo 2, hipertensão, complicações ortopédicas,
alguns tipos de câncer, apneia do sono.
O aumento de crianças com obesidade se dá pela redução da prática de
atividade física e aumento no sedentarismo além de uma alimentação
inadequada (BRACCO et al, 2002).
Segundo a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São
Paulo (APAE SP) “O sedentarismo é um comportamento induzido pelos hábitos
decorrentes dos confortos da vida moderna”. Assim, o uso da televisão e
videogame está cada vez mais descontrolado substituindo as brincadeiras por
esses avanços tecnológicos, levando as crianças a um estado cada vez mais
sedentário e consequentemente ao excesso de peso (OLIVEIRA et al, 2003).
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Uma forma de diminuir o sedentarismo infantil é por meio da integração
da criança na cultura corporal de movimento, o que pode ser obtida pela
Educação Física escolar, formando o cidadão que vai produzir, reproduzir e
transformar o movimento para usufruir de jogos e esportes em benefício da
qualidade de vida (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA -
CONFEF).
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) ressalta que a Educação Física,
integrada a proposta pedagógica da escola, é componente curricular
obrigatório da educação básica (Lei 9.394/96 art. 26, § 3°), ou seja, a sua
obrigatoriedade em todas as etapas da educação básica, que engloba a
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio (LDB, art. 21, l).
Entretanto, não é obrigatório à presença de um professor formado em
Educação Física nas séries iniciais.
Segundo Ctenas e Vitolo (1999), “a prática adequada de atividade física
condiciona o coração, tonifica os músculos, ajuda a manutenção do peso,
favorece a saúde óssea e proporciona bem-estar e integração social”. A prática
de atividade física, conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando
hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e
agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva, são
objetivos da educação física no ensino fundamental, estas informações
também fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs.
Para Mello et al (2004) no ensino fundamental, deve-se haver uma
preocupação maior em promover hábitos de atividades física visando prevenir
doenças como obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
O PCN traz como recomendações que o professor e o aluno podem
participar de uma integração cooperativa de construção e descoberta, em que
o professor promove uma visão organizada do processo, como possibilidades
reais (experiência sociocultural construída, referencia para a leitura da tentativa
do aluno), e o aluno contribui com o elemento novo (estilo pessoal de executar
e refletir, e portanto, de aprender), e que se apropria trazendo a síntese da
atualidade para o memento da aprendizagem.
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Programa Institucional De Bolsa De Iniciação À Docência – PIBID/CAPES -
UCB
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID é
uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), que oferece bolsa aos estudantes de Licenciatura na
tentativa de valorizar as ações acadêmicas, e contribuir para a elevação da
qualidade da escola pública. Este projeto teve grande importância como
fomentador e incentivador na pesquisa, facilitando e apoiando pesquisas.
O subprojeto de Educação Física do PIBID na UCB tem como tema:
“Aptidão Física e Hábitos Saudáveis na Escola” o que torna-se necessária a o
levantamento de dados para este estudo, bem como o acompanhamento do
nível de atividade física dos escolares combatendo assim com o sedentarismo
visando à melhoria da saúde
Este projeto tem como principal objetivo a criação de um campo de
atuação da docência na escola de educação básica aos educadores em
formação inicial e continuada, construindo práticas e estratégias educacionais
inovadoras na área de educação física.
Na cidade de Taguatinga – DF, o projeto beneficia duas escolas da rede
pública de ensino. O projeto busca auxiliar os alunos de maneira que possa vir
a reforçar o desenvolvimento da aprendizagem em atividades e conteúdos
trabalhados nas aulas de Educação Física, principalmente aos alunos com
dificuldade motora de aprendizagem. As escolas possuem diferentes atividades
proporcionadas pelo projeto em diferentes etapas de ensino, sendo que atende
aos alunos do ensino fundamental II e do ensino médio, (PIBID/CAPES/UCB
2012).
Equivalente Metabólico da Tarefa - MET
O equivalente metabólico (MET) é a unidade de medida que utilizamos
para quantificar a intensidade da atividade física realizada. Um MET equivale
ao número de calorias que um corpo consome enquanto está em repouso
representado na literatura pelo consumo de oxigênio (VO2) de
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aproximadamente 3,5 ml/kg/mim (McArdle WD et al 1998). De acordo em que
nos exercitamos, aumentamos os METs bem como o aumento da intensidade
da atividade. Assim, pedalar a quatro METs significa gasto calórico quatro
vezes maior que o que vigora em repouso.
O American College of Sport Medicine (ACSM) sugere que a unidade
MET seja utilizada como método para indicar e comparar a intensidade
absoluta e gasto energético de diferentes atividades físicas. Nesse contexto, o
conceito de MET é aplicado nas orientações gerais à população em relação ao
gasto energético das atividades, portanto o MET é uma medida de intensidade
de esforço (Pollock, 1998).
Este estudo tem como objetivo pesquisar o nível de atividade física de
crianças matriculadas no Centro de Ensino Fundamental CEF 05, escola
assistida pelo PIBID.
MATERIAIS E MÉTODOS Método Este estudo é caracterizado por estudo descritivo e comparativo de
abordagem transversal (Thomas, et al 2012).
Estudo transversal é semelhante à de um estudo de coorte, no entanto,
nos estudos transversais todas as medições são feitas num único "momento",
não existindo, portanto, período de seguimento dos indivíduos. Para levar a
cabo um estudo transversal o investigador tem que, primeiro, definir a questão
a responder, depois, definir a população a estudar e um método de escolha da
amostra e, por último, definir os fenômenos a estudar e os métodos de medição
das variáveis de interesse (Carvalho & Rocha, 2002).
Um estudo descritivo tem por objetivo descrever as características de
um grupo. Por exemplo, um estudo para medir a proporção de pessoas que
vivem com menos de um salário mínimo ou para verificar a inflação para um
determinado segmento da população (Carvalho & Rocha, 2002).
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População E Amostra
A população consistiu em escolares do Centro de Ensino Fundamental
número 05 (CEF05) do Distrito Federal. A amostra deste estudo foi composta
por 83 escolares, matriculados no ensino fundamental II na escola CEF 05 de
Taguatinga, assistida pelo PIBID, com a faixa etária de 10 – 13 anos, de ambos
os sexos, sendo 40 meninos e 43 meninas.
Procedimentos e Instrumentos De Medidas
Foi utilizado como instrumento de medida o Questionário de avaliação
de nível de atividade física e comportamento sedentário para adolescentes com
a faixa etária 10 – 13 anos (Angeliete et al, 2013). O questionário é formado por
4 questões: Atividades Esportivas orientadas por profissionais (futebol, voleibol,
natação, lutas, dança e outras); Atividades de Lazer sem orientação de
profissionais durante a semana e no final de semana (jogar/brincar de bola,
brincar de correr, andar de bicicleta, skate ou patins, outras brincadeiras,
computador, vídeo game e assistir TV); Atividades de Deslocamento (andar a
pé e andar de bicicleta); Atividades na Escola (quantas aulas na semana,
correr e brincar no intervalo, conversar no intervalo). Nas opções de respostas
cada individuo deveria assinalar as seguintes informações: em relação à
frequência, tempo de duração e intensidade de cada tipo de atividade.
Os dados foram coletados pelos próprios pesquisadores deste estudo na
própria escola. Os alunos foram convidados para responder ao questionário e
levados a uma sala de aula onde receberam a orientação sobre o
preenchimento correto de cada questão. As informações foram baseadas em
atividades físicas praticadas na semana anterior da coleta de dados.
Foi calculado o Índice de Intensidade Metabólica (METs) ou dispêndio
energético de cada atividade praticada para a classificação do nível de
atividade física que foi classificada da seguinte forma: sedentário,
irregularmente ativo, ativo e muito ativo.
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O equivalente metabólico (MET) é a unidade de medida utilizada para
quantificar a intensidade da atividade física realizada. Um MET equivale ao
número de calorias que um corpo consome enquanto está em repouso
representado na literatura pelo consumo de oxigênio (VO2) de
aproximadamente 3,5 ml/kg/mim (McArdle WD et al, 1998).
O ACSM sugere que a unidade MET seja utilizada como método para
indicar e comparar a intensidade absoluta e gasto energético de diferentes
atividades físicas.
Nesse contexto, o conceito de MET é aplicado nas orientações gerais à
população em relação ao gasto energético das atividades, portanto o MET é
uma medida de intensidade de esforço (POLLOCK, 1998).
Assim o instrumento utilizado, neste estudo, como medida o
Questionário de avaliação de Nível de Atividade Física e comportamento
sedentário para adolescentes com a faixa etária de 10 a 13 anos de idade de
Angeliete et al (2013), segue as recomendações do colégio americano e
trabalha com o gasto energético e sua equivalência metabólica.
Os dados do nível de atividade física foram analisados de acordo com
um consenso usado entre o CELAFISCS e o Center for Disease Control (CDC)
de Atlanta em 2002 que classifica as pessoas em quatro categorias
(MATSUDO, 2002).
QUADRO 01
Muito Ativo: > 3000 METs/sem
Ativo: de 1500 a 2900 METs/sem
Irregularmente Ativo: de 600 a 1500 METs/sem
Sedentário: < 600 METs/sem
Assim o instrumento utilizado como medida o Questionário de avaliação
de Nível de Atividade Física e comportamento sedentário para adolescentes
com a faixa etária de 10 a 13 anos de idade de (Angeliete et al 2013), segue as
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recomendações do colégio americano e trabalha com o gasto energético e sua
equivalência metabólica.
Análise Estatística
Os dados receberam o tratamento estatístico por meio dos valores
médios e percentuais. Foi utilizada a própria planilha EXCEL do instrumento de
medida Angeliete et al, (2013) que fornece de forma automática o calculo dos
METs. A partir desta informação, foi feita a classificação do nível de atividade
física de acordo com a QUADRO 01 citada anteriormente.
Os valores em METs utilizados para a classificação geral individual de
cada aluno do nível de atividade física também foram utilizados para
subavaliações do comportamento de acordo com divisões presentes no
questionário citadas no QUADRO 02 a seguir:
QUADRO 02
NAFDop – Nível de atividade física desportiva orientada por profissionais
NAFLDS – Nível de atividade física de lazer durante a semana
CSDS – Comportamento sedentário durante a semana
CSFS – Comportamento sedentário no final de semana
NAFLFS – Nível de atividade física de lazer no final de semana
NAFLtotal – Nível de atividade física de lazer total
NAFDesl – Nível de atividade física de deslocamento
NAFEsc – Nível de atividade física na escola
NAFtotal – Nível de atividade física total
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados serão apresentados inicialmente pelos valores do
dispêndio energético representados em METs com subdivisão fornecido pelo
próprio instrumento. A partir dos valores em METs foi feito o cálculo da média e
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percentuais, separadamente, sendo: meninas, meninos e total da amostra com
as respectivas classificações do nível de atividade física: sedentário,
irregularmente ativo, ativo e muito ativo.
TABELA 01 – Média de Dispêndio energético (METs minuto/semana), de
moças e rapazes e a soma dos dois divididos em blocos específicos do
questionário NAF.
BLOCO DE DIVISAO DO NIVEL DE
ATIVIDADE
MOÇAS RAPAZES TOTAL
NAFDop - Nível de atividade física desportiva
orientada por profissionais
210,2 324 267,1
NAFLDS - Nível de atividade física de lazer
durante a semana
800,7 1285,5 1043,1
CSDS - Comportamento sedentário durante a
semana
40,2 34,2 37,2
CSFS - Comportamento sedentário no final de
semana
11,4 5 8,2
NAFLFS - Nível de atividade física de lazer no
final de semana
234,1 237,9 236,0
NAFLtotal - Nível de atividade física de lazer
total
1034,9 1523,4 1279,1
NAFDesl - Nível de atividade física de
deslocamento
63,7 86,6 75,1
NAFEsc - Nível de atividade física na escola 496,0 435,8 465,9
NAFtotal - Nível de atividade física total 1804,9 2369,8 2087,3
Tabela de nível de atividade física em METS (minutos/semana).
É importante observar que o nível de atividade física na escolar e maior que as
orientas por profissionais e que e ainda maior as atividades físicas de lazer
sem orientação de profissionais, que nos remete a importância cada vez mais
da atividade física escolar por diversos fatores.
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0
500
1000
1500
2000
2500
MOÇAS RAPAZES TOTAL
NAFDop - Nível de atividade físicadesportiva orientada por profissionais
NAFLDS - Nível de atividade física de lazerdurante a semana
CSDS - Comportamento sedentáriodurante a semana
CSFS - Comportamente sedentário nofinal de semana
NAFLFS - Nível de atividade física de lazerno final de semana
NAFLtotal - Nível de atividade física delazer total
NAFDesl - Nível de atividade física dedeslocamento
NAFEsc - Nível de atividade física naescola
NAFtotal - Nível de atividade física total
FIGURA 1 – Esta figura mostra a média de METs dos alunos divididos em
gênero e total que se encontra em cada classificação de nível de Atividade
Física.
TABELA 02 - Dispêndio de comportamento sedentário em horas/dias durante a
semana, dividido em total, moças e rapazes, e das dimensões específicas do
questionário NAF, nas aplicações. Foram avaliadas como comportamento
sedentário as horas gastas em vídeo game, computador e TV.
DURANTE A SEMANA
Vídeo game/Computador Assistir TV
Freq. Sem Tempo (h) Freq. Sem Tempo (h)
MOÇAS 3,81 3,26 6,3 3,74
RAPAZES 3,53 2,77 5,51 2,93
TOTAL 3,8 3,1 6,1 3,5
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FIGURA 2 – Esta figura mostra o comportamento sedentário em horas/dias
durante a semana, dividido em total, moças e rapazes.
Segundo Tenório et al, (2010) foram considerados expostos a
comportamentos sedentários aqueles que prefeririam assistir televisão por três
horas ou mais dias. Os resultados deste estudo mostra que tanto os rapazes
quanto as moças tiveram um comportamento sedentário com a média de 6 dias
na semana com duração de mais de 3 horas diárias e isso somado ao vídeo
game e computador tem um relativo aumento no comportamento sedentário.
3,81 3,26
6,3
3,74 3,53 2,77
5,51
2,93 3,8
3,1
6,1
3,5
Freq Sem Tempo (h) Freq Sem Tempo (h)
Comp./video game Assistir TV
DURANTE A SEMANA
PERFIL DE COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO
MOÇAS RAPAZES TOTAL
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TABELA 3 - Dispêndio energético (METs minuto/semana) total, moças e
rapazes, e das dimensões específicas do questionário NAF, nas aplicações. As
linhas abaixo representam à média. Neste caso, a estimativa de dispêndio
energético em atividades físicas como esporte, brincadeiras, educação física
escolar e meio de transporte não inclui o tempo gasto usando veículos a motor
(carro, ônibus, moto e trem).
Classificação do
nível de atividade
Masculino
Feminino
Total
N % N % N %
Muito Ativo 14 35 7 16,28 21 25,30
Ativo 11 27,5 8 18,60 19 22,89
Irregularmente Ativo 11 27,5 23 53,49 34 40,96
Sedentário 4 10 5 11,63 9 10,84
TOTAL 40 100 43 100 83 100
Tabela de nível de atividade física em METS (minutos/semana)
O sedentarismo no Estado de São Paulo segundo (MATSUDO et al.,
2001), usando como critério a falta de realização de atividade física durante a
semana, está em torno de 8,8%, tendo praticamente a mesma distribuição
entre meninos e meninas. Resultados similares aos encontrados nesse estudo
sendo de 10,8% dos escolares entrevistados. A porcentagem de indivíduos
classificados como irregularmente ativos atinge 35,9% dos meninos e 39,3%
das meninas no estudo de Matsudo contra 27,5% dos meninos e 53,4% das
meninas, resultados 14,1% das meninas maior que na população de São
Paulo. A porcentagem de sujeitos que conseguem atingir a recomendação de
atividade física para a saúde no Estado de São Paulo foi de, aproximadamente,
42,5% no sexo masculino e 48,6% no feminino contra 62.5% meninos e 34,9%
meninas resultados foram maiores que as médias em comparação ao estudo
de (MATSUDO et al, 2001), mas muito desse fato se dá pela diferença de
idade das amostras que só foram comparadas pela a falta de estudo com
escolares.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A porcentagem dos escolares do presente estudo atingiu o nível da
recomendação atual de atividade física para promoção da saúde que é, de
aproximadamente 48% na escola, sendo que estes dados variam conforme o
gênero.
De acordo com estes resultados pode-se concluir que: o nível de
atividade física apresentou uma diferença significativa entre os sexos com
maior envolvimento em atividade física regular no sexo masculino; houve uma
importante diferença nos escolares irregularmente ativos com 53% feminino
para 27% masculino, maior porcentagem total de escolares se encontram em
irregularmente ativos, porcentagem de indivíduos que não atingiram a
recomendação de atividade física é de 51%.
A porcentagem de indivíduos que atingiram a recomendação de
atividade física foi maior entre aqueles que eram muitos ativos com percentual
total de 25%. Assim, os dados evidenciam que ainda precisa-se continuar com
estratégias de promoção de atividade física para atingir os 51% dos escolares
que não realiza atividade física dentro das recomendações atuais para a saúde
e que estas ações devem levar em conta fatores como: o gênero, a idade e o
nível socioeconômico para serem mais efetivas.
Partindo do princípio que o subprojeto de Educação Física do PIBID na
UCB acontecerá nos próximos três anos, tendo como tema: “Aptidão Física e
Hábitos Saudáveis na Escola” torna-se necessária a continuidade deste
estudo, bem como o acompanhamento do nível de atividade física dos
escolares combatendo assim com o sedentarismo visando à melhoria da
saúde.
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REFERÊNCIAS
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avaliação do nível de atividade física e comportamento sedentário de escolares
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20
ANEXO 1.
Questionário De Avaliação Do Nível De Atividade Física E Comportamento
Sedentário Para Adolescentes Com Faixa Etária 10 – 13 Anos.