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NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONAL Por Antônio Ribas Paiva 13/11/2008 às 09:19 , O Jornal "Folha de São Paulo", no dia 05 de novembro, noticiou que: "LULA passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da Multinacional Molycorp... A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de MG e é a maior exploradora do metal do mundo. Por meio de uma ONG a empresa financiou projetos do "Instituto Cidadania", presidido por LULA, inclusive o "Fome Zero", que integra o programa de governo do presidente eleito. (Folha de São Paulo de 05/11/02, pg. "A" 4.) A matéria obriga à reflexão, porque evidencia a aliança anterior às eleições presidenciais entre um político, supostamente de esquerda, e uma multinacional, que de acordo com os dados do I.B.G.E, da Secretaria do Comércio Exterior e da "CPRM" subfatura exportações de nióbio, causando prejuízos anuais de bilhões de dólares americanos ao Brasil. O raciocínio é simples: o Brasil, considerando as reservas de São Gabriel da Cachoeira AM, não computadas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), detém 98% (noventa e oito por cento) das reservas mundiais exploráveis de nióbio. O mundo consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente retiradas do Brasil. O nióbio bruto, é comprado no garimpo a 400 dólares americanos o quilo. Portanto, sem contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá MG e Catalão Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, 14 bilhões e oitocentos milhões de dólares, a mais, em exportações anuais, ou seja: cerca de 30% (trinta por cento) a mais no total de todas as exportações brasileiras. US$ 400 x 1000 = US$ 400.000 a ton. US$ 400.000 x 37000 ton. = US$ 14.800.000.000,00 Esses valores não aparecem no balanço comercial, logo, está provado que os exportadores estão subfaturando as exportações de nióbio, em detrimento dos interesses do país e da Nação Brasileira. Os preços do nióbio, cotados na Bolsa de Metais de Londres(50 libras esterlinas o quilo), são meramente simbólicos, porque o Brasil é o único fornecedor mundial, portanto, quem deveria determinar o preço é o vendedor (mercado do vendedor). Mal comparando, nióbio a 50 libras o

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NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONALPor Antônio Ribas Paiva 13/11/2008 às 09:19

,

O Jornal "Folha de São Paulo", no dia 05 de novembro, noticiou que: 

"LULA passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da Multinacional Molycorp... A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de MG e é a maior exploradora do metal do mundo. Por meio de uma ONG a empresa financiou projetos do "Instituto Cidadania", presidido por LULA, inclusive o "Fome Zero", que integra o programa de governo do presidente eleito. (Folha de São Paulo de 05/11/02, pg. "A" 4.) 

A matéria obriga à reflexão, porque evidencia a aliança anterior às eleições presidenciais entre um político, supostamente de esquerda, e uma multinacional, que de acordo com os dados do I.B.G.E, da Secretaria do Comércio Exterior e da "CPRM" subfatura exportações de nióbio, causando prejuízos anuais de bilhões de dólares americanos ao Brasil. 

O raciocínio é simples: o Brasil, considerando as reservas de São Gabriel da Cachoeira AM, não computadas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), detém 98% (noventa e oito por cento) das reservas mundiais exploráveis de nióbio. O mundo consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente retiradas do Brasil. O nióbio bruto, é comprado no garimpo a 400 dólares americanos o quilo. 

Portanto, sem contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá MG e Catalão Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, 14 bilhões e oitocentos milhões de dólares, a mais, em exportações anuais, ou seja: cerca de 30% (trinta por cento) a mais no total de todas as exportações brasileiras. 

US$ 400 x 1000 = US$ 400.000 a ton. 

US$ 400.000 x 37000 ton. = US$ 14.800.000.000,00 

Esses valores não aparecem no balanço comercial, logo, está provado que os exportadores estão subfaturando as exportações de nióbio, em detrimento dos interesses do país e da Nação Brasileira. 

Os preços do nióbio, cotados na Bolsa de Metais de Londres(50 libras esterlinas o quilo), são meramente simbólicos, porque o Brasil é o único fornecedor mundial, portanto, quem deveria determinar o preço é o vendedor (mercado do vendedor). Mal comparando, nióbio a 50 libras o quilo é o mesmo que petróleo a três dólares o barril. No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do mineral, equilibrando os interesses dos consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma "questão de Estado". 

O mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem estabelece o preço de venda do produto são os compradores, em conluio com as empresas que exploram o minério no Brasil e que nessa ação deletéria contam com a conivência "oficial", de políticos cujas campanhas e "projetos" financiam.Tanto os preços de venda como as quantidades exportadas são subfaturados, há décadas. 

Os dados sobre o nióbio fornecidos pelo DNPM estão eivados de vício, porque tanto as quantidades do minério quanto os preços apontados pelo departamento 

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são subfaturados, fornecidos pelos próprios interessados, da conspiração Araxá/Catalão. 

Uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio "exportado" seria suficiente para erradicar a subnutrição da população carente, e livrar o Brasil da desfavorável condição de devedor, além de financiar o desenvolvimento. 

Estados Unidos, Europa e Japão são 100%(cem por cento) dependentes das reservas brasileiras de nióbio, minério que é tão essencial como o petróleo, só que muito mais raro. 

Sem nióbio não existiria a indústria aeroespacial, de armamentos, de instrumental cirúrgico, de "gilete azul", de ótica de precisão e etc... Os foguetes não iriam à lua e os vetores atômicos transcontinentais seriam ficção científica, assim como a "Guerra nas Estrelas" dos americanos. 

Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam para garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a complacência de governantes, cujas campanhas políticas e projetos são previamente financiados. 

O governo FHC tentou "privatizar" as reservas de nióbio "a céu aberto", de São Gabriel da Cachoeira AM, em outubro de 1.997, pelo miserável "preço mínimo" de R$ 600.000,00(seiscentos mil reais), quando a avaliação da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) é, pasme-se, 1 trilhão de dólares americanos(Fio da Meada V e VII- Revista Carta Capital de 19/3/97, pg. 70/72)" 

Tudo isso comprova, irrefutavelmente, que existe uma conspiração internacional antiga, para espoliar o Brasil de seus minérios, que impede o acesso da Nação Brasileira às riquezas do seu território. É o paradoxo do povo pobre de país riquíssimo. 

A intimidade de vários governos com a "Conspiração de Araxá"(Collor já era assíduo freqüentador da cidade), sinaliza que a estrutura político-institucional vigente é incompatível com a autodeterminação do país. 

O "tratamento VIP"(segundo a Folha de São Paulo) dispensado a Lula e ao seu vice, em Araxá, bem como os financiamentos que sua campanha presidencial e seus "projetos" mereceram, são exemplos marcantes dessa falha institucional. 

Evidenciando a "conspiração Araxá", Lula, após hospedar-se na CBMM, reuniu-se com governadores do PSDB, em Araxá, entre os quais Aécio Neves-MG, cujo tio, Gastão Neves é a "eminência parda" dos minérios no Brasil. 

"ARAXÁ - Foi produtiva a primeira reunião de trabalho do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, com os 7 novos governadores do PSDB, feita ontem em Araxá. Os governadores de sete Estados(SP, MG, CE, PB, PA, GO e RO) acenaram com proposta de parceria e apoio de suas bancadas no Congresso para aprovar propostas de interesse do futuro governo, como a que mantém a arrecadação nos níveis atuais, sem reduzir de 27,5% para 25% a alíquota do imposto de renda pessoa física. Me senti numa reunião de amigos, diz o Presidente eleito" (O Estado de São Paulo - 26/11/2002). 

Lula pode até não esposar a ideologia esquerdista, mas o seu partido objetiva estatizar a economia através do confisco tributário, ação que conta com a complacência do Poder Judiciário, que depende do aumento da arrecadação para custear os seus orçamentos. É o mesmo processo comunizante aplicado na Romênia em 1947/48. 

Todo esse retrocesso histórico poderia ser evitado observando-se os erros de países que viveram essa amarga experiência político-econômica e adotando-se os acertos

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das economias capitalistas, rincipalmente, aproveitando-se, adequadamente, o potencial de recursos naturais do território brasileiro, ao invés de exaurir a população e as empresas com impostos e juros escorchantes. 

Por outro lado, se o Brasil receber pelo nióbio que é contrabandeado e subfaturado pelos exportadores, poderá autofinanciar o seu desenvolvimento sem dívidas, garantindo empregos, renda, alimentação e oportunidades a todos os brasileiros. 

Nessa medida, o programa "Fome Zero", cujos "estudos" foram financiados pela CBMM, não passa de manobra diversionista da "CONSPIRAÇÃO ARAXÁ", com claro objetivo de manter a dominação do NIÓBIO, a custa de outros segmentos econômicos e sociais brasileiros, que serão demonizados e tributados, ao exaurimento, pelo governo supostamente esquerdizante do PT, que já demonstrou, com a "aliança ARAXÁ", que está a serviço de interesses transnacionais. 

O mesmo pode-se dizer do MST(apêndice guerrilheiro do PT) que está a serviço do agronegócio internacional e tem como missão desestabilizar o agronegócio no Brasil, país com vocação agrícola e mineral insuperável. 

Essas estratégias não são novidade histórica. O Império Britânico, por exemplo, ganhou a "guerra fria" contra a Rússia Czarista, pelo domínio da Ásia, financiando a Revolução Bolchevic de 1.917. O único caminho para a nação brasileira é autodeterminar-se, reintegrando-se na exploração dos seus recursos. 

O subsolo é propriedade da UNIÃO FEDERAL, os recursos minerais estão sendo desviados, em detrimento do interesse nacional, logo, o governo federal, por dever de ofício, deverá encampar a comercialização e a exportação do nióbio, ficando a cargo das mineradoras apenas a extração e a transformação do minério, remunerando-se-as, pelos mesmos preços que praticam atualmente. 

Coordenando as exportações de NIÓBIO, terras raras e outros minérios(quartzo), a administração federal poderá alavancar as exportações brasileiras, para a Europa, E.U.A e Japão que são os maiores mercados mundiais em poder aquisitivo. 

Utilizando, adequadamente, suas potencialidades minerais, como "moeda de troca", o Brasil poderá exportar, rapidamente, 300 bilhões de dólares anuais e importar 250 bilhões, por exemplo, criando empregos e fortuna na mesma proporção. 

Partindo-se da premissa que o aprimoramento institucional é um processo de outorga, é imprescindível que os brasileiros responsáveis dediquem toda a sua capacidade, na busca de soluções, que adequem as instituições à preservação dos interesses nacionais.

A questão do nióbio e a reserva Raposa do Sol

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Está explicado porque tantos interesses internacionais na demarcação da Reserva Raposa do

Sol. Lá existe a  maior reserva de diamantes do mundo e também grandes reservas de

Nióbio ( talvez a maior do mundo). Após a demarcação, as terras serão solicitadas pelos

índios como área independente do Brasil, formando um novo país. O governo Lula, através

do seu ministro de Relações Exteriores, Celson Amorim,  ratificou em 2007 a concordância do

Brasil com a Declaração dos Direitos dos povos índigenas  que concede poderes aos índios

para solicitar a sua indepedência.  Jorge Roriz

A questão do nióbio. Diga não à doutrina da subjugação nacional

Por Ronaldo Schlichting – 04/10/2008

O Brasil durante toda a sua história teve as sucessivas gerações de seus cidadãos

escravizados pela abominável doutrina da subjugação nacional.

Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica,

humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica,

assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um

inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus “testas de ferro” locais.

Salvo raríssimas exceções, tanto no Império quanto na República, todos os homens e

mulheres das elites que serviram ou servem aos poderes constituídos trabalharam e vêm

trabalhando, conscientemente ou não, para que esta doutrina se mantenha e se fortaleça.

Ao longo do tempo foi disseminada e implementada também, através do uso de “inocentes”

organizações, como as ONGS, fundações, igrejas, empresas, sociedades, partidos políticos,

fóruns, centros de estudo e outras arapucas.

Para se poder entender o alcance ilimitado e a potência do poder do braço dessa doutrina,

vamos nos reportar ao século passado, mais precisamente até a segunda metade dos anos

50.

A AVRO, fabricante do famoso bombardeio lancaster, usado durante a II Guerra Mundial, era

uma próspera indústria aeronáutica estatal canadense, assim como a Embraer.

Em 1955, com o recrudescimento da “guerra fria”, o governo canadense encomendou à

AVRO, para a sua Força Aérea, o projeto, desenvolvimento e a construção de um caça a jato,

totalmente nacional, capaz de interceptar e destruir quaisquer tipos de aviões soviéticos

“que tentassem um ataque contra o Canadá ou aos EUA” via seu território.

Assim, nasceu o Arrow, milagre tecnológico, um jato 30 anos avançado no tempo, fruto do

gênio e do patriotismo dos canadenses.

Fuselagem, motores, computadores de bordo, sistema de armas, todos nacionais.

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Foi o primeiro avião no mundo a voar pelo sistema fly by wire e com velocidade superior a

mach 2, isto é, duas vezes superior à velocidade do som, aproximadamente 2400 km por

hora.

Porém, em 19 de fevereiro de 1959, a terrível mão da Doutrinaesmagou a soberania do país

com toda a sua força.

Canadá também

Intempestivamente, o primeiro-ministro do Canadá decretou o cancelamento do

projeto Arrow. Com uma ordem determinou a destruição imediata de todos os protótipos,

motores, plantas, informações, ferramentas, patentes e a demissão de milhares de

engenheiros, técnicos e operários para que o botim fosse repartido entre a França, a

Inglaterra e os EUA, que obviamente ficou com a parte do leão.

Assim, a nova tecnologia adquirida com o desenvolvimento do Arrowfoi totalmente rapinada

e aplicada, de graça, pelos franceses e ingleses na fabricação do primeiro avião supersônico

de passageiros, oconcorde.

Uma tragédia, com prejuízos incalculáveis para a economia, para o desenvolvimento e para o

destino do povo canadense.

Entretanto, a construção desta maravilha tecnológica não teria sido possível sem a utilização

de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, o nióbio: o mais leve dos metais

refratários.

Descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett — na época o denominou de

colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose, pensando haver encontrado um

novo elemento ao separá-lo do metal tântalo, deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a

Níobe, filha do mitológico rei Tântalo.

Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito a procura pelo nióbio.

Ligas de nióbio, foram desenvolvidas para utilização na indústria espacial, nuclear,

aeronáutica e siderúrgica.

A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir melhoria de

propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta resistência e baixa liga,

além de superligas que operam a altas temperaturas em turbinas das aeronaves a jato.

O nióbio também é utilizado na produção do aço inoxidável, na de ligas supercondutoras

usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de ressonância magnética. Encontra

aplicação, da mesma forma, em cerâmicas eletrônicas, em lentes para câmeras, na indústria

naval e, na ferroviária para a fabricação dos “trens bala”.

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Dezenas de superligas estão em uso nos mais diversos meios abrasivos ou operando em

altas temperaturas.

Essas ligas são a alma dos motores a jato e de foguetes, tanto comerciais quanto militares.

Um dos motores a jato mais comuns usado hoje em dia, contém cerca de, no mínimo, 300

quilogramas de nióbio de alta pureza. A maior parte desse precioso metal é proveniente da

mina da CBMM, em Araxá, Minas Gerais.

Talvez, por isso, o jornal Folha de São Paulo, no dia 5 de novembro de 2002, tenha noticiado:

“Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da

multinacional Molycorp…”

A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de Minas Gerais e é a maior exploradora do

metal do mundo.

O caso é antigo. Por meio de uma ONG, a empresa financiou projetos do Instituto Cidadania,

presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive oFome Zero, que integra o programa de governo

do presidente eleito.

A matéria evidencia uma aliança anterior às eleições presidenciais entre um político,

supostamente de “esquerda”, e uma multinacional.

O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio e o mundo consome

anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente retiradas do Brasil.

O minério de nióbio bruto é comprado no garimpo a 400 reais o quilograma, portanto, sem

contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos países do primeiro mundo, e

o acréscimo do preço em razão do beneficiamento do minério, feito em Araxá, Minas Gerais,

e Catalão, em Goiás, deveríamos contabilizar, pelo menos, 6 bilhões e 580 milhões de

dólares, a mais, em nossas exportações anuais.

“Eu não sabia”…

O preço do metal refinado, 99,9% puro, cotado na Bolsa de Metais de Londres a 90 dólares

o quilograma, é meramente simbólico, porque o Brasil é o único fornecedor mundial.

Portanto, é ele quem deveria determinar o seu preço. E por que não o faz?

Mal comparando, nióbio a 90 dólares o quilograma é hoje o mesmo que petróleo a menos de

um dólar o barril.

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No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do óleo, equilibrando os interesses dos

consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma “questão de Estado”. O

mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem estabelece o preço de venda do

produto são os seus compradores. Por quê?

Apenas uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio “exportado” seria suficiente

para erradicar a subnutrição da população explorada e empobrecida, e livrar o Brasil da

desfavorável condição de devedor, além de financiar o seu desenvolvimento.

Os Estados Unidos, a Europa e o Japão são 100% dependentes das reservas brasileiras de

nióbio, metal que é tão essencial como o petróleo, só que muito mais raro.

Como já demonstramos, sem nióbio não existiria a indústria aero-espacial, de armamentos,

de instrumental cirúrgico, de ótica de precisão e os foguetes e os aviões a jato não

decolariam.

Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam eles para

garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a conivência de governantes, cujas

campanhas políticas e projetos são previamente financiados, como muito bem estão a nos

provar as CPI’s em andamento no Congresso Nacional.

O “tratamento VIP”, segundo a Folha de São Paulo, dispensado a Luiz Inácio, em Araxá, bem

como o financiamento de seus “projetos” pessoais, são no mínimo suspeitos e merecem uma

investigação urgente e criteriosa por parte do Ministério Público Federal.

Porém, quem voltou ao assunto no dia 6 de julho de 2005, foi o jornal O Estado de São Paulo:

“Brasília – O empresário Marcos Valério Fernandes disse na CPI dos Correios … ‘É mentira a

afirmação de que eu discuti cargos‘, insistiu. (…) Ele (Marcos Valério) confirmou ter

agendado um encontro do banco Rural com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. ‘Não foi

um encontro comercial nem financeiro. O banco Rural foi informar ao ministro José Dirceu

que pretendia explorar uma mina de nióbio no Amazonas‘,disse. …”.

No dia 17 de julho de 2005, foi a vez da Coluna do jornalista Cláudio Humberto voltar a

carga:

— “Nióbio é a caixa-preta na CPI — Especialista na comercialização de metais não-ferrosos

alerta que a CPI dos Correios comeu mosca quando Marcos Valério disse ‘ levei o pessoal do

BMG ao José Dirceu para negociarem nióbio‘ — minério usado em foguetes, armas,

instrumentos cirúrgicos etc. Explica que 100% do nióbio consumido no mundo é brasileiro,

mas oficialmente exportamos só 40%. Suspeita de décadas de subfaturamento, com prejuízo

anual de bilhões de dólares. Fonte milagrosa — a CB MM, do grupo Moreira Salles e da

multinacional Molycorp, exporta 95% do metal retirado em Minas. Em 2002, Lula se

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hospedou na casa do diretor da CBMM, José Alberto Camargo, em Araxá, terra de Dona

Beija.”

Surpreendente foi o próprio José Dirceu, que durante o programa Roda Viva, levado ao ar, em

rede nacional ao vivo, pela TV Cultura, no dia 24 de outubro de 2005, confirmou ter tratado

“a questão do nióbio” com banqueiros mineiros…

Ato falho ou um recado para o presidente?

Na manhã de 22 de fevereiro de 2005, a comentarista econômica da Rede Globo e da rádio

CBN, Miryan Leitão, em sua “análise” matinal para as duas emissoras, fazia o tipo da mulher

desinformada sobre as constantes noticias da contínua valorização do real frente ao dólar,

não sabendo explicar o paradoxo da manutenção do ritmo das nossas exportações mesmo

com a moeda nacional super valorizada.

“Governantes” nossos, prepostos deles

Dizia que não tinha explicações para o fenômeno, mas, gaguejando, dava a entender que a

política econômica do “governo” estaria no rumo certo, etc.

No cassino das finanças internacionais o jogo da moda é chamado demico preto, cujo

perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do mico, denominada dólar.

A vítima, aqui no Brasil, é o povo por causa da má fé, da incompetência ou da burrice do seu

jogador, o ministro da Fazenda.

O mico preto, também conhecido como papel pintado, moeda sem lastro, dinheiro falso,

massa podre, etc., emitida, sem lastro e sem limites, por 12 bancos particulares “norte-

americanos” — de que as grandes economias do mundo como a chinesa, a japonesa, a

coreana, inglesa, são possuidoras de gigantescas somas desse “dinheiro”, tanto na forma de

reservas líquidas como em títulos do tesouro norte-americano —, estando portanto com a

carta fatal nas mãos.

Uma corrida intempestiva em direção à conversão dessa “moeda” em euros, por exemplo, ou

à venda antecipada desses títulos precipitaria rapidamente o fim do jogo, não dando tempo

suficiente para se passar adiante o “mico” para os outros players.

Então, sem chamar a atenção, se valendo do artifício da compra de matérias primas,

insumos básicos, etc, usando o “papel pintado”, estão, inteligentemente, transformando

esterco em ouro. Por isso, no momento, pouco importa o valor relativo do dólar frente ao real

porque, mesmo assim, eles vão continuar importando tudo o que puderem.

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Perante ao apresentado não restam dúvidas, podemos afirmar que o Brasil está pagando

para ter todo o seu nióbio roubado e que os nossos últimos “governantes”, para não

perderem os seus assentos em Davos, Washington, Zurick, Frankfurt, Nova Iorque, Amsterdã

e…, vão continuar fiéis discípulos e feitores da pavorosa doutrina da subjugação nacional.

Ronaldo Schlichting – Administrador de empresas e membro da Liga da Defesa Nacional.

_______________________________________________________________________________________________

Nióbio: riqueza desprezada pelo Brasil

Edvaldo Tavares.’. (*)

Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo enquanto o Brasil

dispensa pouca importância a esse mineral com tão vastas qualidades e

de incontáveis aplicações.

O nióbio, símbolo químico Nb, é muito empregado na produção de ligas de

aço destinadas ao fabrico de tubos para condução de líquidos. Como

curiosidade, o nome nióbio deriva da deusa grega Níobe que era filha de

Tântalo que foi responsável pelo nome de outro elemento químico,

tântalo.

O nióbio é dotado de elasticidade e flexibilidade que permitem ser

moldável. Estas características oferecem inúmeras aplicações em alguns

tipos de aços inoxidáveis e ligas de metais não ferrosos destinados a

fabricação de tubulações para o transporte de água e petróleo a longas

distâncias por ser um poderoso agente anti-corrosivo, resistente aos

ácidos mais agressivos, como os naftênicos.

Inúmeras são as aplicações do nióbio, indo desde as envolvidas com

artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego

em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na

produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes,

devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades

do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.

O elemento nióbio recebeu inicialmente o nome de “colúmbio”, dado por

seu descobridor Charles Hatchett, em 1801. Não é encontrado livre no

ambiente, mas, como niobita (columbita). O Brasil com reserva de mais de

97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o

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consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do

minério totalmente brasileiro.

 

As pressões externas que subjugam o povo brasileiroRonaldo Schlichting, administrador de empresas e membro da Liga da

Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do

desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a “Questão

do Nióbio” e convoca todos os brasileiros para que diga não à doutrina da

subjugação nacional. Menciona que a história do Brasil foi pautada pela

escravidão das sucessivas gerações de cidadãos submetidos à vergonhosa

doutrina de servidão.

Schlichting, de forma oportunista, desperta na consciência de todos que

“qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza

tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética,

de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna

importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo

de transferência para outras mãos ou para seus ‘testas de ferro’ locais”.

Identificam-se, nos dizeres do membro da Liga de Defesa Nacional, as

estratégias atualmente aplicadas contra o Brasil nesta guerra dissimulada

com ataques transversais, característicos dos combates desfechados

durante a assimetria de “4ª. Geração”.  Os brasileiros têm que ser

convencidos que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um

país pacífico. Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo

brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica,

de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e

bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-

reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas,

corruptos, lobistas e traidores. O povo na sua esmagadora maioria

desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não

esboça algum tipo de reação. Por trás, os países hegemônicos, mais ricos,

colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações

nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas)

para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais

para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade

popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.

 

As ações objetivas efetuadas

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A sobretaxação do álcool brasileiro nos USA; as calúnias internacionais

sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de

carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês “The

Guardian” de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a

Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da

Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII),

96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2,

em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de

Roraima; e, incontáveis números de outras tentativas, algumas

ostensivas, outras insidiosas, deixam claro que estamos no meio de uma

guerra assimétrica de quarta geração, que para o desfecho poderá ser o

ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados

Unidos da América do Norte.

É importante a chamada de atenção dos brasileiros que a RII é para 5.000

indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas

reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias

diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e

não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam

256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma

população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.

Esta subserviência do Brasil vem de longa data conforme o administrador

de empresas Ronaldo pontifica, desde “o Império”, sendo adotada já no

alvorecer da “República”.  Exemplifica com as “ONGs, fundações, igrejas,

empresas, sociedades, partidos políticos, fóruns, centro de estudos e

outras arapucas”.

 

As diversas aplicações do nióbioEntre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a

siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear.

Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de

superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre

nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima

importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida

moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas

eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-

bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos,

e óticos de precisão.

 O descaso nas negociações internacionais

Page 12: NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONAL.docx

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior

exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional

Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.

Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de

São Paulo, 5 de novembro de 2003: “Lula passou o final de semana em

Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional

Molycorp…” E, complementa que “uma ONG financiou projetos do Instituto

Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o ‘Fome Zero’, que

integra o programa de governo do presidente eleito”.

O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no

mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a 90

dólares o quilograma na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que

totalmente bruto, no garimpo o quilograma é de 400 reais. Na cotação do

dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 – $ 90,00

= $ 138,57. Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações

é “sucesso de enganação”. O brasileiro é totalmente ludibriado com

propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos

negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus

negócios.

Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa

228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é

que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a

população do país, é muito descaso com as questões do país e o

desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e

o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único

fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação

total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente

resolvidos.

Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do

desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas

deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões

externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições

brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas

políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às

universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de

valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem

do país. Uma gama extensa de processos que permitam os traidores

obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença,

anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.

A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo

consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram

Page 13: NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONAL.docx

como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem

acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.

Ronaldo Schlichting, no seu artigo publicado, ressalta que “no cassino das

finanças internacionais o jogo da moda é chamado de ‘mico preto’, cujo

perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do mico,

denominada dólar”. É, devido à incompetência do governo brasileiro e do

ministro da Fazenda, quem ficou com o mico preto foi o povo brasileiro, o

papel pintado, falso, sem valor, chamado de dólar.

O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo todas as suas riquezas

de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem

qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo

brasileiro.

Fonte:http://www.roraimaemfoco.com/site/content/view/1043/50

 (*)Tenente-Coronel Médico do Exército Brasileiro. Especialista e Perito em Medicina de

Tráfego (ABRAMET). Autor do livro “Sucesso na vida é para qualquer um. Inclusive para

você!”. Ex-diretor do Hospital de Guarnição de Tabatinga, Tabatinga/

“A criação da Reserva Indígena Balaio foi feita depois que o Serviço Geológico do Brasil

(CPRM), órgão do Ministério de Minas e Energia, identificou Seis Lagos, um imenso depósito

de nióbio logo a norte de São Gabriel da Cachoeira. Esse depósito pode ser até maior que o

maior depósito de nióbio hoje conhecido no mundo, que é o de Araxá, em Minas Gerais, que

produz 95% do nióbio consumido no mundo. Aliás, antes mesmo de criar a reserva indígena

foi criado um parque nacional sobre o depósito, para impedir seu estudo. A quem interessa

isso?”

Page 14: NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONAL.docx

Avro Arrow, como seria o supersônico em vôo

O Brasil durante toda a sua história teve as sucessivas gerações de seus

cidadãos escravizados pela abominável doutrina da subjugação nacional.

Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica,

científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de

transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é

imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência

para outras mãos ou para seus "testas de ferro" locais.

Salvo raríssimas exceções, tanto no Império quanto na República, todos os

homens e mulheres das elites que serviram ou servem aos poderes constituídos

trabalharam e vêm trabalhando, conscientemente ou não, para que esta

doutrina se mantenha e se fortaleça.

Ao longo do tempo foi disseminada e implementada também, através do uso de

"inocentes" organizações, como as ONGS, fundações, igrejas, empresas,

sociedades, partidos políticos, fóruns, centros de estudo e outras arapucas.

Para se poder entender o alcance ilimitado e a potência do poder do braço

dessa doutrina, vamos nos reportar ao século passado, mais precisamente até a

segunda metade dos anos 50.

A AVRO, fabricante do famoso bombardeio lancaster, usado durante a II Guerra

Mundial, era uma próspera indústria aeronáutica estatal canadense, assim

como a Embraer.

Em 1955, com o recrudescimento da "guerra fria", o governo canadense

encomendou à AVRO, para a sua Força Aérea, o projeto, desenvolvimento e a

construção de um caça a jato, totalmente nacional, capaz de interceptar e

Page 15: NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONAL.docx

destruir quaisquer tipos de aviões soviéticos "que tentassem um ataque contra

o Canadá ou aos EUA" via seu território.

Assim, nasceu o Arrow, milagre tecnológico, um jato 30 anos avançado no

tempo, fruto do gênio e do patriotismo dos canadenses.

Fuselagem, motores, computadores de bordo, sistema de armas, todos

nacionais.

Foi o primeiro avião no mundo a voar pelo sistema fly by wire e com velocidade

superior a mach 2, isto é, duas vezes superior à velocidade do som,

aproximadamente 2400 km por hora.

Porém, em 19 de fevereiro de 1959, a terrível mão da Doutrina esmagou a

soberania do país com toda a sua força.

CANADÁ TAMBÉM

Intempestivamente, o primeiro-ministro do Canadá decretou o cancelamento do

projeto Arrow. Com uma ordem determinou a destruição imediata de todos os

protótipos, motores, plantas, informações, ferramentas, patentes e a demissão

de milhares de engenheiros, técnicos e operários para que o botim fosse

repartido entre a França, a Inglaterra e os EUA, que obviamente ficou com a

parte do leão.

Assim, a nova tecnologia adquirida com o desenvolvimento do Arrow foi

totalmente rapinada e aplicada, de graça, pelos franceses e ingleses na

fabricação do primeiro avião supersônico de passageiros, o concorde.

Uma tragédia, com prejuízos incalculáveis para a economia, para o

desenvolvimento e para o destino do povo canadense.

Entretanto, a construção desta maravilha tecnológica não teria sido possível

sem a utilização de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil,

onióbio: o mais leve dos metais refratários.

Descoberto na Inglaterra em 1801, por Charles Hatchett — na época o

denominou de colúmbio. Posteriormente, o químico alemão Heinrich Rose,

pensando haver encontrado um novo elemento ao separá-lo do metal tântalo,

deu-lhe o nome de nióbio em homenagem a Níobe, filha do mitológico rei

Tântalo.

Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito a procura

pelo nióbio. Ligas de nióbio, foram desenvolvidas para utilização na indústria

espacial, nuclear, aeronáutica e siderúrgica.

A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir

melhoria de propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta

resistência e baixa liga, além de superligas que operam a altas temperaturas

em turbinas das aeronaves a jato.

Page 16: NIÓBIO E A SEGURANÇA NACIONAL.docx

O nióbio também é utilizado na produção do aço inoxidável, na de ligas

supercondutoras usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de

ressonância magnética. Encontra aplicação, da mesma forma, em cerâmicas

eletrônicas, em lentes para câmeras, na indústria naval e, na ferroviária para a

fabricação dos "trens bala".

 Avro Arrow sendo desmontado com o fim do projeto

Dezenas de superligas estão em uso nos mais diversos meios abrasivos ou

operando em altas temperaturas.

Essas ligas são a alma dos motores a jato e de foguetes, tanto comerciais

quanto militares.

Um dos motores a jato mais comuns usado hoje em dia, contém cerca de, no

mínimo, 300 quilogramas de nióbio de alta pureza. A maior parte desse

precioso metal é proveniente da mina da CBMM, em Araxá, Minas Gerais.

Talvez, por isso, o jornal Folha de São Paulo, no dia 5 de novembro de 2002,

tenha noticiado:

"Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira

Salles e da multinacional Molycorp..."

A Companhia exporta 95% do Nióbio que retira de Minas Gerais e é a maior

exploradora do metal do mundo.

O caso é antigo. Por meio de uma ONG, a empresa financiou projetos do

Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o Fome Zero,

que integra o programa de governo do presidente eleito.

A matéria evidencia uma aliança anterior às eleições presidenciais entre um

político, supostamente de "esquerda", e uma multinacional.

O Brasil detém 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio e o mundo

consome anualmente cerca de 37.000 toneladas do minério, totalmente

retiradas do Brasil.

O minério de nióbio bruto é comprado no garimpo a 400 reais o quilograma,

portanto, sem contar a necessidade de formação de reservas estratégicas dos

países do primeiro mundo, e o acréscimo do preço em razão do beneficiamento

do minério, feito em Araxá, Minas Gerais, e Catalão, em Goiás, deveríamos

contabilizar, pelo menos, 6 bilhões e 580 milhões de dólares, a mais, em nossas

exportações anuais.

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"EU NÃO SABIA"...

O preço do metal refinado, 99,9% puro, cotado na Bolsa de Metais de Londres a

90 dólares o quilograma, é meramente simbólico, porque o Brasil é o único

fornecedor mundial. Portanto, é ele quem deveria determinar o seu preço. E por

que não o faz?

Mal comparando, nióbio a 90 dólares o quilograma é hoje o mesmo que

petróleo a menos de um dólar o barril.

No caso do petróleo, a OPEP estabelece o preço do óleo, equilibrando os

interesses dos consumidores e produtores, porque o preço do petróleo é uma

"questão de Estado". O mesmo não ocorre com o nióbio; absurdamente, quem

estabelece o preço de venda do produto são os seus compradores. Por quê?

Apenas uma fração dos valores e quantidades reais do nióbio "exportado" seria

suficiente para erradicar a subnutrição da população explorada e empobrecida,

e livrar o Brasil da desfavorável condição de devedor, além de financiar o seu

desenvolvimento.

Os Estados Unidos, a Europa e o Japão são 100% dependentes das reservas

brasileiras de nióbio, metal que é tão essencial como o petróleo, só que muito

mais raro.

Como já demonstramos, sem nióbio não existiria a indústria aero-espacial, de

armamentos, de instrumental cirúrgico, de ótica de precisão e os foguetes e os

aviões a jato não decolariam.

Ora, se por petróleo as potências vão à guerra, imagine-se o que não fariam

eles para garantir o nióbio grátis, que retiram do Brasil, com a conivência de

governantes, cujas campanhas políticas e projetos são previamente

financiados, como muito bem estão a nos provar as CPI's em andamento no

Congresso Nacional.

O "tratamento VIP", segundo a Folha de São Paulo, dispensado a Luiz Inácio, em

Araxá, bem como o financiamento de seus "projetos" pessoais, são no mínimo

suspeitos e merecem uma investigação urgente e criteriosa por parte do

Ministério Público Federal.

Porém, quem voltou ao assunto no dia 6 de julho de 2005, foi o jornal O Estado

de São Paulo: "Brasília - O empresário Marcos Valério Fernandes disse na CPI

dos Correios ... ‘É mentira a afirmação de que eu discuti cargos', insistiu. (...)

Ele (Marcos Valério) confirmou ter agendado um encontro do banco Rural com o

ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. ‘Não foi um encontro comercial nem

financeiro. O banco Rural foi informar ao ministro José Dirceu que pretendia

explorar uma mina de nióbio no Amazonas',disse. ...".

No dia 17 de julho de 2005, foi a vez da Coluna do jornalista Cláudio Humberto

voltar a carga:

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— "Nióbio é a caixa-preta na CPI — Especialista na comercialização de metais

não-ferrosos alerta que a CPI dos Correios comeu mosca quando Marcos Valério

disse ‘levei o pessoal do BMG ao José Dirceu para negociarem nióbio' — minério

usado em foguetes, armas, instrumentos cirúrgicos etc. Explica que 100% do

nióbio consumido no mundo é brasileiro, mas oficialmente exportamos só 40%.

Suspeita de décadas de subfaturamento, com prejuízo anual de bilhões de

dólares. Fonte milagrosa — a CB MM, do grupo Moreira Salles e da

multinacional Molycorp, exporta 95% do metal retirado em Minas. Em 2002,

Lula se hospedou na casa do diretor da CBMM, José Alberto Camargo, em Araxá,

terra de Dona Beija."

Surpreendente foi o próprio José Dirceu, que durante o programa Roda Viva,

levado ao ar, em rede nacional ao vivo, pela TV Cultura, no dia 24 de outubro

de 2005, confirmou ter tratado "a questão do nióbio" com banqueiros

mineiros...

Ato falho ou um recado para o presidente?

Na manhã de 22 de fevereiro de 2005, a comentarista econômica da Rede

Globo e da rádio CBN, Miryan Leitão, em sua "análise" matinal para as duas

emissoras, fazia o tipo da mulher desinformada sobre as constantes noticias da

contínua valorização do real frente ao dólar, não sabendo explicar o paradoxo

da manutenção do ritmo das nossas exportações mesmo com a moeda nacional

super valorizada.

"GOVERNANTES" NOSSOS, PREPOSTOS DELES

Dizia que não tinha explicações para o fenômeno, mas, gaguejando, dava a

entender que a política econômica do "governo" estaria no rumo certo, etc.

No cassino das finanças internacionais o jogo da moda é chamado de mico

preto, cujo perdedor será aquele que ao fim do carteado ficar com a carta do

mico, denominada dólar.

A vítima, aqui no Brasil, é o povo por causa da má fé, da incompetência ou da

burrice do seu jogador, o ministro da Fazenda.

O mico preto, também conhecido como papel pintado, moeda sem lastro,

dinheiro falso, massa podre, etc., emitida, sem lastro e sem limites, por 12

bancos particulares "norte-americanos" — de que as grandes economias do

mundo como a chinesa, a japonesa, a coreana, inglesa, são possuidoras de

gigantescas somas desse "dinheiro", tanto na forma de reservas líquidas como

em títulos do tesouro norte-americano —, estando portanto com a carta fatal

nas mãos.

Uma corrida intempestiva em direção à conversão dessa "moeda" em euros,

por exemplo, ou à venda antecipada desses títulos precipitaria rapidamente o

fim do jogo, não dando tempo suficiente para se passar adiante o "mico" para

os outros players.

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Então, sem chamar a atenção, se valendo do artifício da compra de matérias

primas, insumos básicos, etc, usando o "papel pintado", estão,

inteligentemente, transformando esterco em ouro. Por isso, no momento, pouco

importa o valor relativo do dólar frente ao real porque, mesmo assim, eles vão

continuar importando tudo o que puderem.

Perante ao apresentado não restam dúvidas, podemos afirmar que o Brasil está

pagando para ter todo o seu nióbio roubado e que os nossos últimos

"governantes", para não perderem os seus assentos em Davos, Washington,

Zurick, Frankfurt, Nova Iorque, Amsterdã e..., vão continuar fiéis discípulos e

feitores da pavorosa doutrina da subjugação nacional.