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Neurofisiologia Doença de Parkinson

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Neurofisiologia

Doença de Parkinson

Santana de Parnaíba2013

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NeurofisiologiaDoença de Parkinson

Ana Beatriz Miranda Piveta RA.: Deborah Oliveira RA.:

Elaine Mattos RA.:Jaqueline Borges RA.: B54148-2

Eduardo Rosa RA.:

Psicologia 3°/4º semestre – manhã

Prof.ª Abigail

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1. Introdução

A Doença de Parkinson ou Mal de Parkinson é um distúrbio neurológico do

movimento, progressivo e degenerativo, que afeta muitos brasileiros. Conforme

avança torna-se cada vez mais incapacitante, transformando atividades

simples do dia-a-dia, difíceis ou impossíveis. Essencialmente, os sintomas da

doença de Parkinson envolvem o controle motor, a capacidade de controlar

seus músculos e seu movimento. Em 1817, o doutor James Parkinson publica

um ensaio que trata sobre os sintomas da patologia, “Um Ensaio na Paralisia

de Agitação”, posteriormente a doença ficou conhecida por seu nome.

Trata-se basicamente da degeneração de uma parte do cérebro chamada

substância negra, onde está inserida a maior parte de neurônios produtores de

um neurotransmissor, a dopamina, importante para o controle do movimento,

para a motivação e a cognição. A deficiência de dopamina pode acarretar em

problemas motores, além de ansiedade, depressão, distúrbios do sono, entre

outros. Conforme os neurônios da substância negra morrem, o cérebro começa

a se privar da dopamina.

A dopamina é um neurotransmissor liberado pelo cérebro, que opera

determinadas tarefas nos seres humanos. Algumas de suas funções notáveis

estão em:

movimento

memória

recompensa agradável

comportamento e cognição

atenção

inibição de produção do prolactin

sono

humor

aprendizagem

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O excesso ou a deficiência deste produto químico vital são a causa de diversas

condições da doença. A desregulação da dopamina está relacionada a

transtornos neuropsiquiátricos como Mal de Parkinson, no qual ocorre

escassez na via dopaminérgica nigro-estriatal, e na Esquizofrenia, no qual

ocorre excesso de dopamina na via dopaminérgica no mesolímbico e escassez

na via mesocortical.

No controle dos movimentos ela faz a comunicação entre as células cerebrais

envolvidas, sendo assim, os baixos níveis deste neurotransmissor levariam aos

sintomas da doença de Parkinson. Segundo a National Parkinson Foundation

(Fundação Nacional para a Doença de Parkinson), grande parte das células

produtoras de dopamina são perdidas antes mesmo que os sintomas motores

da doença de Parkinson apareçam. O diagnóstico principal da doença ainda é

clínico, isto é, descoberto pelo médico em consultório pela apresentação dos

sintomas. Não há necessidade de exames complementares para se fazer o

diagnóstico de certeza da doença.

Por ser uma doença progressiva a doença evolui, algumas pessoas precisam

usar uma cadeira de rodas ou ficar permanentemente acamadas, por terem

dificuldades em apresentar atividades comuns como levantar-se ou andar por

uma sala. Embora afete indivíduos, geralmente, após os 65 anos de idade,

aproximadamente 15% das pessoas com o problema desenvolvem a doença

de Parkinson de início precoce antes de atingirem os 50 anos de idade.

Usualmente acarreta incapacidade grave após 10 a 15 anos, tem elevado

impacto social e financeiro, particularmente na população mais idosa. Estima-

se que o custo anual mundial com medicamentos antiparkinsonianos esteja em

torno de 11 bilhões de dólares, sendo o tratamento cerca de 3 a 4 vezes mais

caro para pacientes na fase avançada da doença.

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2. Prováveis causas e Fatores de risco

Não existe uma causa exata para o aparecimento da Doença de Parkinson,

porém existem algumas hipóteses e teorias.

O fator genético pode exercer certa influência, mas em números, é pouco

representativo neste mal. Como também o uso exagerado e contínuo de

medicamentos. Um exemplo de substância que pode causar parkinsonismo é a

cinarizina, usada frequentemente para aliviar tonturas e melhorar a memória,

pois pode bloquear o receptor que permite a eficácia da dopamina.

Ou então um trauma craniano repetitivo. Os lutadores de boxe, por exemplo,

podem desenvolver a doença devido às pancadas que recebem

constantemente na cabeça. E consequentemente isso afetaria o bom

funcionamento cerebral.

Podendo ser também desenvolvido devido uma isquemia cerebral, que seria

quando a artéria que leva sangue à região do cérebro responsável pela

produção de dopamina entope, e dessa forma as células parariam de

funcionar. Alguns dizem que frequentar ambientes tóxicos, como indústrias de

manganês (de baterias, por exemplo), de derivados de petróleo e de inseticidas

pode ser uma das prováveis causas.

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3. Tratamento

Embora atualmente a doença de Parkinson não tenha cura, existem algumas

opções de tratamento, incluindo medicação e cirurgia. Cada uma das opções

possui suas vantagens e desvantagens. Os tratamentos para a doença de

Parkinson incluem:

Terapia com Fármacos

Fármacos dopaminérgicos (incluindo levodopa) – uma classe de

fármacos com ação semelhante à dopamina usada para se tratar os

sintomas da doença de Parkinson;

Inibidor de decarboxilase – um fármaco usado com levodopa para se

tratar os sintomas da doença de Parkinson;

Agonistas de dopamina – uma classe de fármacos que se une aos

receptores de dopamina e imita a sua ação;

Anticolinérgicos – uma classe de fármacos que relaxa músculos lisos e

é usada primariamente para se tratar o tremor na doença de Parkinson;

Inibidores de MAO-B – uma classe de fármacos usada para se tratar

todos os sintomas da doença de Parkinson. Esses fármacos bloqueiam

uma enzima que quebra a dopamina, permitindo que ela permaneça no

receptor por mais tempo;

Inibidores de COMT – uma classe de fármacos que se une aos

receptores de dopamina e imita a sua ação;

Os medicamentos para a doença de Parkinson são usados para se melhorar a

função motora, mas eles podem perder sua eficiência com o tempo, e também

causar efeitos colaterais intoleráveis.

Palidotomia

Envolve a destruição de uma região do cérebro envolvida no controle do

movimento, pode ser uni ou bilateral. Os efeitos adversos podem incluir

hemorragia, fraqueza, deficiências de visão e fala, e confusão.

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Terapia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS – Deep Brain Stimulation)

A Terapia de Estimulação Cerebral Profunda é uma terapia que oferece um

tratamento ajustável, e se necessário, reversível, para a doença de Parkinson.

A terapia usa um dispositivo médico implantado semelhante a um marca-passo

para fornecer estimulação elétrica a regiões precisamente almejadas dentro do

cérebro. A estimulação dessas regiões permite que os circuitos do cérebro que

controlam o movimento funcionem melhor.

A estimulação dessas regiões bloqueia os sinais que causam os sintomas

motores incapacitantes da doença de Parkinson. A estimulação elétrica pode

ser não-invasivamente ajustada para se maximizar os benefícios da terapia. O

resultado disso é que muitas pessoas conseguem ter maior controle sobre seus

movimentos corporais.

Um sistema de DBS consiste de três componentes implantados:

Eletrodo – Um cabo-eletrodo é constituído de quatro finos fios isolados e

enrolados com quatro eletrodos em sua ponta. O cabo-eletrodo é

implantado no cérebro.

Extensão – Uma extensão conecta-se ao cabo-eletrodo e passa sob a

pele desde a cabeça através do pescoço até a parte superior do peito.

Neuroestimulador – O neuroestimulador conecta-se à extensão. Esse

dispositivo pequeno e hermeticamente fechado contém uma bateria e

componentes eletrônicos. O neuroestimulador é geralmente implantado

sob a pele, no peito, abaixo da clavícula (dependendo do paciente, um

cirurgião poderá implantar o neuroestimulador no abdômen).

Esses pulsos elétricos são transportados através da extensão, e levados

às regiões desejadas do cérebro. Os pulsos podem ser ajustados

remotamente para se verificar ou modificar os ajustes do aparelho.

As pessoas que recebem um sistema de DBS geralmente descrevem o

procedimento cirúrgico como exigente e exaustivo. Pode haver algum

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desconforto durante os estágios iniciais da cirurgia. Entretanto, a colocação

do eletrodo não é dolorida.

Haverá mudanças no nível de controle dos sintomas com o tempo. Essas

mudanças podem incluir: alívio reduzido dos sintomas, nenhum alívio de

sintoma, ou perda de estimulação efetiva.

Em muitos casos, o clínico pode corrigir essas mudanças reprogramando o

sistema de DBS. Entretanto, pode ser necessário executar-se uma cirurgia

para reposicionar ou substituir-se o cabo-eletrodo, substituir o sistema ou

removê-lo. Como a doença muda com o tempo, a condição poderá melhorar,

piorar ou permanecer inalterada com a estimulação.

Mudar a dieta e a rotina para aumentar os níveis de dopamina

Comer alimentos ricos em tirosina, como os abacates, as amêndoas, os

produtos lácteos, o feijão, as abóboras e as sementes de gergelim. As frutas e

as verduras são ricas em antioxidantes e ajudam a proteger os

neurotransmissores.

As maçãs, as beterrabas, melancia e vegetais de folhas verdes são os blocos

de construção da dopamina. Não ingerir alimentos que contenham altas

quantidades de colesterol, gorduras saturadas, açúcar e aqueles alimentos

refinados, uma vez que interferem com o funcionamento do seu cérebro e

podem fazer com que os níveis de dopamina caiam. Evite a cafeína, uma vez

que apenas aumenta o seu estado de ânimo de forma temporária, o que resulta

em níveis de dopamina mais baixos de que anteriormente.

Tome um suplemento, pois a dieta por si só não lhe proporcionará a

capacidade de construir suficientes neurotransmissores como a dopamina, em

níveis elevados, e torna-se impossível para o cérebro produzir os níveis

necessários. Suplementos simples como a vitamina C e a vitamina E, e outros

suplementos antioxidantes complementam uma dieta saudável e ajudam

a aumentar os níveis de dopamina.

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Fazer exercícios físicos é essencial. Os níveis de transmissores, incluindo a

dopamina, aumentam após o exercício vigoroso, o que ajuda a aumentar a

sensação de calma e a capacidade de concentração.

A meditação também pode aumentar a libertação de dopamina. A ioga também

tem alguns movimentos que ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo para o

cérebro. Junto com o aumento do sangue vem o oxigênio e glicose, que são os

componentes básicos dos neurotransmissores, como é o caso da dopamina.

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4. Papel do Psicólogo

Neste caso, a principal tarefa do psicólogo se dará a partir de um tratamento

com o objetivo de suavizar as dificuldades psíquicas e emocionais do indivíduo

com Parkinson. Visto que, além das perturbações físicas, devido a deficiência

de dopamina, ele poderá apresentar comportamento depressivo, distúrbios do

sono e do humor, e ainda a angústia e a dor proveniente da doença. Cabe ao

profissional de psicologia atuar a fim de atenuar os efeitos psicológicos da

patologia e ainda atentando às possíveis reações a medicamentos e técnicas

de tratamento utilizadas pelo paciente. A orientação e o apoio à família também

é fundamental, sendo necessário instruí-los acerca dos sintomas tanto físicos

quanto psicológicos, como lidar com as dificuldades e limitações do paciente,

enfim, ensinar como lidar com a doença. Mostrando que é possível viver bem

com Parkinson.

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5. Considerações Finais

Do ponto de vista patológico, a Doença de Parkinson é uma patologia

degenerativa cujas alterações motoras decorrem principalmente da morte de

neurônios dopaminérgicos da substância negra. Suas principais manifestações

motoras incluem o tremor, constituindo-se na movimentação involuntária e

rítmica de um membro, da cabeça ou do corpo todo, a rigidez ou inflexibilidade

dos membros ou juntas, eventualmente causando dor ou dureza, bradicinésia

ou acinésia, sendo a lentidão do movimento ou a total ausência dele,

instabilidade postural, tendo o equilíbrio e a coordenação prejudicados. Para o

psicólogo este conceito se estende, englobando os sintomas psíquicos

apresentados pelo paciente, como depressão, problemas de sono, mudanças

de humor, entre outros. Auxiliando o indivíduo e seus familiares a compreender

e lidar com sintomas da doença, físicos e psicológicos, juntamente com as

reações do tratamento, a fim de proporcionar uma melhora na qualidade de

vida destas pessoas.

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6. Referências Bibliográficas

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_doenca_parkinson_livro_2010.pdf

http://saude.umcomo.com.br/articulo/como-aumentar-os-niveis-de-dopamina-1366.html#ixzz2efuqvrtt