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newsletter Novembro|2012 ouve-te! The Black Keys Pode parecer que os Black Keys entraram em cena de noite para o dia e instantaneamente se tor- naram na dupla de blues-rock americano mais falada da actualidade. Mas a verdade é que eles não são novatos no mundo da música… A banda nasceu em 2001 em Akron, Ohio. Pat- rick Carney (bateria) e Dan Auerbach (voz e gui- tarra) conheceram-se no liceu. Dan era um rapaz popular, capitão da equipa de futebol e aluno de quadro de honra. Porém, constava na lista negra do director da escola e era frequentemente casti- gado por se envolver se em brigas e por faltar às aulas para beber. Patrick não estava no grupo dos populares, mas entretanto, a mútua paixão pela música juntou os dois rapazes. O primeiro álbum, The Big Come Up (2002) foi gra- vado na cave do baterista. O álbum consistiu num rock de garagem muito cru e genuíno, com uma grande influência de blues e riffs dignos dos gigan- tes do rock da década de 70. Apesar de ter vendi- do pouco, rendeu-lhes críticas muito boas por en- tre os amantes do género. “Set You Free”, tema do segundo álbum, “Thickfreakness” (2003) chegou a figurar na soundtrack da comédia School of Rock protagonizada por Jack Black. Ao longo da década passada, a banda esteve quase constantemente em tour, dando concertos em bares e recintos de reduzida capacidade. Não foram tempos fáceis, dispunham de pouco dinhei- ro e percorriam os Estados Unidos numa mini-van. No entanto, foram ganhando uma sólida base de fãs e conseguiam editar praticamente um álbum por ano. Artista do Mês 1 design by Joana Gomes

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Newsletter NRAEFFUL Novembro '12

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newsletterNovembro|2012

ouve-te!

The Black Keys

Pode parecer que os Black Keys entraram em cena de noite para o dia e instantaneamente se tor-naram na dupla de blues-rock americano mais falada da actualidade. Mas a verdade é que eles não são novatos no mundo da música…A banda nasceu em 2001 em Akron, Ohio. Pat-rick Carney (bateria) e Dan Auerbach (voz e gui-tarra) conheceram-se no liceu. Dan era um rapaz popular, capitão da equipa de futebol e aluno de quadro de honra. Porém, constava na lista negra do director da escola e era frequentemente casti-gado por se envolver se em brigas e por faltar às aulas para beber. Patrick não estava no grupo dos

populares, mas entretanto, a mútua paixão pela música juntou os dois rapazes.O primeiro álbum, The Big Come Up (2002) foi gra-vado na cave do baterista. O álbum consistiu num rock de garagem muito cru e genuíno, com uma grande influência de blues e riffs dignos dos gigan-tes do rock da década de 70. Apesar de ter vendi-do pouco, rendeu-lhes críticas muito boas por en-tre os amantes do género. “Set You Free”, tema do segundo álbum, “Thickfreakness” (2003) chegou a figurar na soundtrack da comédia School of Rock protagonizada por Jack Black.Ao longo da década passada, a banda esteve quase constantemente em tour, dando concertos em bares e recintos de reduzida capacidade. Não foram tempos fáceis, dispunham de pouco dinhei-ro e percorriam os Estados Unidos numa mini-van. No entanto, foram ganhando uma sólida base de fãs e conseguiam editar praticamente um álbum por ano.

Artista do Mês

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Em 2010, quatro álbuns depois da estreia, chegou Brothers, que marcou o tão merecido sucesso co-mercial. Foi uma evolução naturaI; introduziram na sua sonoridade mais instrumentos, principal-mente sopros e teclados, abrandaram o ritmo e apostaram em vocais mais melódicos com letras intimistas. Tal acabou por dar ao álbum uma sen-sibilidade característica do soul, o que apelou a um público mais vasto. “Tighten Up” e “Everlasting Light” atingiram em poucos meses milhões de vi-sualizações na internet. O álbum figurou no topo de todas as listas de melhores do ano. Seguiram-se concertos como cabeças de cartaz em inúmeros festivais e espectáculos para grandes públicos por todo o mundo.Apenas um ano depois de Brothers, a banda não descansou e editou El Camino, o seu álbum mais recente. A contagiante “Lonely Boy” tornou-se na música mais popular da banda até à data. Em El Camino regressa a guitarra que foi mais contida em Brothers e o ritmo é mais dançável e acelerado do que em qualquer dos seus antecessores.

A estreia dos Black Keys em Portugal é a 27 de No-vembro no Pavilhão Atlântico e podemos assegu-rar que será um dos concertos do ano!

Mila Mikovic

Álbum do Mês

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Olympia, Minta & the Brook Trout

Após o lançamento do seu primeiro álbum, um homónimo, em 2009, e de Carnide, uma aventura musical, com a colaboração de outros músicos e amigos, eis que os Minta & the Brook Trout lançam o seu segundo álbum de estúdio, intitulado Olym-pia, que foi gravado em Paço de Arcos e finalizado em Phoenix, no estado do Arizona, nos Estados Unidos.A banda, chefiada por Francisca “Minta” Cortesão (voz e guitarra) e composta por Mariana Ricardo (voz, baixo e ukulele), Manuel Dordio (guitarra eléctrica e lap steel) e Nuno Pessoa (bateria e per-cussão), esperou estes três anos para escrever as dez músicas que compõem o álbum.Todo o álbum está competentemente planeado e composto, começando com um estilo mais pop-clássico que está bem vivo na canção Falcon, que nos remete para um alguém que tenta dar um ar corajoso de si mesmo, tentando ao mesmo tem-po lidar com o desespero de uma separação. Esta canção, bem como o resto do álbum, revela o que a vocalista refere como o resultado de uma pro-miscuidade (no bom sentido) entre os músicos portugueses, pois está inerente o contributo de nomes como Afonso Cabral e Salvador Menezes (You Can’t Win Charlie Brown), Madalena Palmei-rim (Nome Comum), João Cabrita, entre outros.À medida que avançamos no álbum, a música dos Minta vai adquirindo um tom mais calmo, suave-mente convidando-nos para relaxarmos enquanto

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ser alargados a sete concertos. A 7 de Março, é anunciada a sua presença no Festival Paredes de Coura. E foi precisamente na bela vila de Paredes de Coura que começou este final feliz, onde de-ram, provavelmente, o concerto mais aguardado de todo o festival. Num 20º aniversário de Paredes de Coura com poucos nomes sonantes, o regresso de Ornatos Violeta aos palcos foi uma bonita pren-da de aniversário.

Milhares deslocaram-se até ao norte do país para assistir ao regresso aos palcos de Manel Cruz e companhia – a expectativa era elevadíssima e, como seria de esperar, ninguém saiu desiludido. Como prometido, tocaram, na íntegra O Monstro Precisa de Amigos e não houve um minuto em que Manel cantasse sozinho – um dos momentos mais bonitos de uma vida foi ver toda a colina can-tar em português. No dia 25 de Outubro, foi a vez de Lisboa receber Ornatos Violeta. O alinhamento podia ter sim um qualquer – os sentimentos, esses, viriam ao de cima em qualquer que fossem as músicas. Prome-tiam-se sorrisos de quem tanto esperou por este momento e, por outro lado, de quem há muito es-perava por os rever; lágrimas de alegria e lágrimas de saudade, pois seria, afinal, a despedida. Mas mesmo após 10 anos – e tanto acontece em 10 anos – eles reencontram-se e é como se recuás-semos no tempo, como “antigos amantes que, de regresso aos braços um do outro, descobrem que tudo faz ainda sentido”.

Ornatos Violeta

Eles têm dois álbuns e estiveram 10 anos ausen-tes. Agora, voltam para esgotar sete coliseus – para não falar dos milhares que encheram o palco principal de Paredes de Coura no dia 17 de Agosto – para se despedirem definitivamente dos palcos. “Uma das coisas que me faziam não querer dar o concerto é não querer, de repente, estragar uma história bonita.”, diz Manel Cruz. Mas a verdade é que encontraram à sua espera uma legião de fãs que há anos esperavam por este momento – e apareciam em todas as os tamanhos, gerações e feitios. A banda formou-se em 1991, mas só seis anos depois, editaram o seu primeiro álbum, Cão!. Em 1999, lançaram O Monstro Precisa de Amigos. Apenas três anos depois, separam-se e daí surgem vários projectos pelas mãos dos vários elementos da banda.

A 9 de Fevereiro de 2012, após 10 anos de hiato, anunciaram a realização de dois concertos, nos Coliseus de Lisboa e do Porto, que acabaram por

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escutamos a beleza que ecoa nos nossos ouvidos, roçando mesmo um epicurismo de cariz onírico.Para quando se quer estudar/trabalhar com músi-ca e não se sabe o que ouvir, aqui fica uma escolha acertada.

Eduardo Costa

O que é nacional também se papa...

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E todo o Coliseu explodia a cada acorde, a cada palavra. Mesmo nos inéditos apresentados, que o público não conhecia, ninguém esmoreceu e acompanhou a banda neste passeio feliz. Era, no fundo, o melhor “Dia Mau” da vida de qualquer um que ali marcava lugar. Chega a ser impossível definir o ponto alto de um concerto destes, mas quando um fã sobe ao palco para tocar a canção “Deixa morrer”, uma das mais bonitas d’ O Monstro, os primeiros versos ecoam no Coliseu e nada poderia fazer mais sentido: “E aparece assim, acendeu-se a luz, estão vivos outra vez” . Não foi a celebração de um regresso, nem tão pouco a celebração de uma despedida – foi a celebração da vida. Da vida dos Ornatos, eles que preencheram tantas vidas em 21 anos. Da nossa vida. A mesma celebração decorreu, ainda em Lisboa, nos dias 26 e 27, para além do concerto no Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada, no dia 19. Chegam, nos dias 30, 31 e 1 de Novembro, finalmente, ao Porto, a cidade que os viu nascer, para mais três concertos completamente esgotados. A mesma emoção que havia sido vivida em Lisboa, transpõe-se agora para o norte do país, onde, canção após canção, as palavras de Manel Cruz são desenhadas nos lábios daqueles que se encontravam na plateia. “O amor nunca acaba”, dizia Manel Cruz. Chegamos, inevitavelmente, ao “Fim da Canção”, após mais de três horas de emoções fortes, “sexo, suor e lágrimas”. Qualquer palavra, por esta altura, não daria para explicar minimamente o sentimento que batia mais forte do que nunca dentro de cada um. Era agora. Era o fim. Ou apenas, um até sempre, Ornatos.

Joana Vieira

Virgem Suta, Showcase Fnac

No dia 19 de Outubro, num ambiente bastante informal, os Virgem Suta, banda nacional com ori-gem no Alentejo, tomaram conta do Café FNAC Al-mada, num dinâmico showcase. Num convite de boa disposição, o bejense Jorge Benvida e o por-tuense Nuno Figueiredo, promoveram o seu mais recente e segundo álbum de originais Doce Lar com os temas “O Galdério”, “Maria Alice”, “Bárbara e Ken”, “Se Deus Quiser”, e o possivelmente auto-biográfico “Luso Gentleman”. Este seu segundo ál-bum está à venda desde meados de Maio, tendo sido apresentado no Café FNAC Chiado, contando ao momento com dois videoclips: “Maria Alice” e “Beija-me na Boca”. Entre várias trocas de palavras da dupla e do público, houve ainda tempo para uma sentida homenagem à cantora e atriz luso-brasileira Carmen Miranda, através da interpreta-ção de “Absolutamente”, versão também incluída neste seu segundo álbum. Anunciaram ainda a saída breve do calendário dos próximos concertos pelos vários palcos de norte a sul a ser divulgado na sua página do facebook http://www.facebook.com/#!/virgemsuta?fref=ts. Para finalizar em grande e ao estilo dos Suta, can-taram um dos seus mais emblemáticos temas “Dança de Balcão”, brindando assim ao público. Um brinde em Suta!

David DiasMicaela Marcos

O núcleo de rádiopelos concertos...

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Bon Iver, Campo Pequeno

No dia 26 de Outubro, a banda Bon Iver actuou na praça de touros do Campo Pequeno. A aber-tura coube a 3 irmãs de Watford, Inglaterra, as The Staves. Com um estilo tendencialmente folk, voz-es melodiosas, música fácil de ouvir, de se gostar, e com um sentido de humor próprio dos britânicos, desempenharam muito bem o seu papel, levando certamente na bagagem novos fãs.Pois bem, vamos a factos. Justin Vernon e os seus muchachos encheram por completo o Campo Pequeno. O palco onde actuaram estava adorna-do com várias lâmpadas que emergiam do chão, emanando um azul que engolia a escuridão da sala de espectáculos. Um emaranhado de malhas brancas servia como fundo do palco, onde o azul se dissolvia nos raios de luz de pequenos holo-fotes. Este cenário adivinhava o espectáculo que aí viria. Um concerto com uma atmosfera muito íntima e uma banda que deu tudo o que podia dar ao seu público.

Houve tempo para uma confissão de amor de Jus-tin Vernon por Lisboa, tempo para ouvir ao vivo grande parte das canções do álbum homónimo, o último da banda, para a canção “Blood Blank”, do EP com o mesmo nome e para um final de concer-to com “Skinny Love”, talvez a mais conhecida das músicas de Bon Iver, do primeiro album For Emma, Forever Ago. Esta actuação espelhava a preocu-pação da banda em dar um concerto o mais dife-rente possível do vivenciado há cerca de 3 meses atrás no coliseu. Pois bem, o público não estava saciado e houve tempo para bis com mais duas canções do pri-meiro álbum, Re: Stacks e For Emma. Muito en-ganados estavam Bon Iver se pensavam que isso chegava para acalmar a fome de música do públi-co. Houve direito a tris. Por uma terceira vez Bon Iver entraram em palco e acabaram em grande com outra do primeiro álbum, Creature Fear.Assim se completou um espectáculo único, que envolveu todos os presentes com uma atmosfera visual cativante e com uma atmosfera musical que não desiludiu ninguém. A 26 de Outubro em Lis-boa cantou-se a nostalgia do amor perdido por todos nós, do novo amor vivido por alguns e sen-tiu-se a paixão entre Bon Iver e Lisboa, claramente correspondida pelo público alfacinha.

Tiago Cláudio

O núcleo de rádiopelos concertos...

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Professora Maria Manuel Lopes

O NRAEFFUL inicia, a partir deste mês, a nova rubrica da nossa newsletter! Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas personalidades da FFUL...

Qual/quais o seu estilo de música preferido/s?

Jazz, pelo swing, pela criatividade, interacção, liberdade. Música clássica, pela densidade, profundidade, paleta instrumental, ambiente.

Uma música que lhe deixe com um sorriso de ‘orelha-a-orelha’?

Durante e após um concerto ou mesmo numa simples audição caseira, posso esboçar um sorriso de satisfação pelo turbilhão de emoções provoca-do pela música ouvida e sentida na sua plenitude. Também aprecio, e faz bem à saúde, uma boa gar-galhada provocada por uma boa piada, uma boa comédia, uma situação hilariante, mas a grande Música não tem esse efeito, salvo raras excepções, nomeadamente na “ópera-bufa” (por exemplo, na cena de abertura de “As bodas de Fígaro” de Mo-zart).

Um festival/concerto a que tenha ido e a tenha marcado?

Carlos Santana cujo som da sua guitarra é incon-fundível, a sua música contagiante, o reflexo de uma frase sua “O som de Santana é uma melodia que simboliza a mulher e ritmo que simboliza o homem. Bem, quando um homem e uma mulher se juntam, criam vida”. A mistura de ritmos e uma guitarra que “fala, cho-ra, sorri, grita” recriam ambientes, sensações ine-briantes, fazendo com que a vida pulse de uma forma apaixonante, nostálgica, misteriosa, eterna. Santana disse ainda numa entrevista “Descobri há muito tempo a diferença entre as notas e a vida e prefiro tocar vida a notas”. Esta magnitude está patente nos concertos deste grande músico e quem o ouve não deixa de se sentir completa-mente preenchido, tocado em todos os sentidos.

A sua estação de rádio favorita?

M80 (para ouvir no automóvel) pois passa a minha música, música que continua a ter um tempo que é este.

Qual a importância da música na sua vida/ dia-a-dia?

Partilho das palavras do grande filósofo Friedrich Nietzsche “A vida sem música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio”.

Aquela música que canta no duche?

Nunca cantei no duche mas se cantasse escolheria aquela canção que jamais conseguirei cantar, “O Barco Negro”. Exige uma voz muito bem timbrada e expressiva. Mesmo sem acompanhamento, a acústica da casa de banho favorece a voz, dando-lhe reverberação e corpo.

O nosso muito obrigado à professora Maria Manuel Lopes pela colaboração e pelo tempo dispensado

Na hotte com...

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Rapidinhas do Núcleo

Eduardo Costa

- O que andas a ouvir? Minta & The Brook Trout

- Um álbum: Brothers In Arms (Dire Straits)

- Um concerto: Guns n’ Roses no Pavilhão Atlân-tico em 2010

Ana Raquel Vilela

- O que andas a ouvir? Mumford and Sons e Andrew Bird

- Um álbum: Teen Dream, Beach House, 2010

- Um concerto: Arcade Fire, Super Bock Super Rock, 2011

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AgendaNovembro

6 Skunk Anansie Coliseu dos Recreios (21h, 29€)

7 Algodão Casa Independente (21h30)

7 Coolplay Hard Rock Café (23h, livre)

7 Miúda + Savanna MusicBox (23h, livre)

8 Peter Hook Centro Cultural de Belém(21h, desde 30€)

8 a Jigsaw + Gobi Bear + Azevedo Silva + A-nimal Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (14h, livre)

8 Gobi Bear Fnac Vasco da Gama (18h30, livre)

9 John Talabot Lux (23h, 20€)

9 Balla MusicBox (0h, 8€)

9 Luan Santana Pavilhão Atlântico (21h, 22€)

10 Andrew Bird Aula Magna (22h, 28 € a 40€)

10 Rui Veloso Coliseu dos Recreios (21h30, 20 € a 50€)

12 Pablo Alborán Coliseu dos Recreios (21h30, desde 20€)

16 The Gift Coliseu dos Recreios (21h30, desde 10€)

19 Jason Mraz Pavilhão Atlântico (21h, 30€)

21 Adryana Gold MusicBox (23h, livre)

21 papercutz Ritz Clube

22 Mika Coliseu dos Recreios (21h, 25€)

24 The Poppers + Seasick Sailors MusicBox (0h, 10€)

25 Rui Drumond & Friends Hard Rock Café (23h, livre)

27 Rodrigo Leão Coliseu dos Recreios (21h, desde 25€)

27 The Black Keys + The Maccabees Pavilhão Atlântico (20h30, desde 29€)

27 Alva Noto Teatro Maria Matos (22h, desde 7,5€)

28 Ogre Ritz Clube (22h, 10€)

30 Valete Campo Pequeno (21h, 18€)

30 a Jigsaw Centro Cultural de Belém (21h, 13€)

Núcleo de Rádio AEFFUL |[email protected] http://www.facebook.com/Nucleo.de.radio.AEFFUL|http://www.myspace.com/nucleoradioaefful