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NEWSLETTER Nº 67 / 06 de Junho 2014 Campos do Lis Criação e Selecção do Cão de Castro Laboreiro www.camposdolis.com Esta newsletter destina-se a ser um espaço de informação e divulgação dos Cães de Castro Laboreiro, detentores do afixo de criador "Campos do Lis", bem como um es- paço de informação e intervenção técnica relativo a esta raça canina portuguesa. Todos ao artigos publicados são da inteira e exclusiva responsabilidade dos seus au- tores. 1 [email protected] Rui Viveiros PELAGEM DO CÃO DE CASTRO LABOREIRO O actual estalão e a minha proposta de alteração do estalão A questão da pelagem do cão de castro laboreiro, designadamente as suas cores, é um assunto controverso que tem sido ao longo de anos, objecto de diversas alterações no estalão oficial. Não obstante ser um assunto tecnicamente mais complexo, não pode deixar de mere- cer a nossa reflexão e busca de uma maior objectividade técnica, não perdendo de vis- ta o que vai acontecendo nas outras raças portuguesas com alguma afinidade com o cão de castro laboreiro. Não mudar aquilo que se reconhece como duvidoso ou errado, também não me parece uma atitude correcta. Será sempre mais cómodo nada mudar do que apresentar alternativas e soluções. Assumo as minhas propostas e procuro fundamentá-las o melhor possível, recorrendo à informação disponível e acima de tudo àquilo que são as pelagens dos cães em con- creto. Nesta newsletter e mercê já do contributo de diversas opiniões que considero válidas, procedi a alguns ajustamentos e pequenas alterações da minha proposta inicial, como se poderá verificar mais adiante.

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Page 1: NEWSLETTER Nº 67 / 06 de Junho 2014 Castro Laboreiro como uma característica da raça. É uma pelagem tigrada cuja cor de base é composta por diferentes tonalidades de cinzento,

NEWSLETTER Nº 67 / 06 de Junho 2014

Campos do Lis Criação e Selecção do Cão de Castro Laboreiro

www.camposdolis.com

Esta newsletter destina-se a ser um espaço de informação e divulgação dos Cães de

Castro Laboreiro, detentores do afixo de criador "Campos do Lis", bem como um es-

paço de informação e intervenção técnica relativo a esta raça canina portuguesa.

Todos ao artigos publicados são da inteira e exclusiva responsabilidade dos seus au-

tores.

1 [email protected]

Rui Viveiros

PELAGEM DO CÃO DE CASTRO LABOREIRO

O actual estalão e a minha proposta de alteração do estalão

A questão da pelagem do cão de castro laboreiro, designadamente as suas cores, é um

assunto controverso que tem sido ao longo de anos, objecto de diversas alterações no

estalão oficial.

Não obstante ser um assunto tecnicamente mais complexo, não pode deixar de mere-

cer a nossa reflexão e busca de uma maior objectividade técnica, não perdendo de vis-

ta o que vai acontecendo nas outras raças portuguesas com alguma afinidade com o

cão de castro laboreiro.

Não mudar aquilo que se reconhece como duvidoso ou errado, também não me parece

uma atitude correcta.

Será sempre mais cómodo nada mudar do que apresentar alternativas e soluções.

Assumo as minhas propostas e procuro fundamentá-las o melhor possível, recorrendo

à informação disponível e acima de tudo àquilo que são as pelagens dos cães em con-

creto.

Nesta newsletter e mercê já do contributo de diversas opiniões que considero válidas,

procedi a alguns ajustamentos e pequenas alterações da minha proposta inicial, como

se poderá verificar mais adiante.

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Esta será uma longa e exaustiva newsletter, mas o rigor e a importância do assunto

assim o determina.

Comecemos por observar o que diz o actual estalão da raça do cão de castro labo-

reiro:

O actual estalão da raça do cão de castro laboreiro (versão portuguesa)

Pelagem:

Pêlo: Curto sobre o corpo (5 cm aproximadamente); sem subpêlo. Quase baço, liso,

bem acamado em quase todo o corpo e muito espesso.

Em geral o pêlo é mais curto e mais denso na cabeça e nas orelhas, onde é mais

fino e macio, e nos membros debaixo do cotovelo e do jarrete.

É espesso e comprido sobre as nádegas as quais são muito peludas; é resistente e

até rude ao toque.

Cor: A cor cinzenta-lobo (lobeiro) é a mais difundida e a cor preferida é a “cor do

monte”, assim denominada pelos autóctones e considerada pelos criadores da região

de Castro Laboreiro como uma característica da raça. É uma pelagem tigrada cuja

cor de base é composta por diferentes tonalidades de cinzento, cor de carvão mais

ou menos escuro. É típico dum pêlo que comporta três cores, desde a cor da pinha

(pinheiro), ao vermelho e ao mogno. Os raios podem ser mais ou menos escuros

sobre as diferentes partes do corpo: mais escuros sobre a cabeça, dorso e ombros,

moderadamente escuras sobre o tronco, a garupa e as coxas, depois mais claro so-

bre o ventre e por baixo dos membros.

É admitida uma pequena marca branca sobre o peitoral.

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O actual estalão da raça do cão de castro laboreiro (versão inglesa)

COAT

HAIR : Short hair on body (approximately 5 cm); without undercoat. Slightly dull,

smooth, flat on most of the body and very thick; in general it is shorter and denser on

the head and ears, where it is thin and soft, and on the limbs below the elbow and

hock. The hair is thick and long on the buttocks, which are very hairy; thick, resistant

and somewhat harsh to touch.

COLOUR : The most common is the wolf colour and the most preferred colour is the

“mountain colour”, so called by the locals and considered as an ethnic trait by the

breeders in Castro Laboreiro. It is a brindle coat with a base colour of different shades

of grey overlaid with lighter and darker shades of black brindling. It is typical with hair

of three different colours; ranging from pine-nut to reddish and mahogany. The

brindling can be of lighter and darker shades on different parts of the body; darker on

head, back and shoulders; medium dark on body, croup and thighs and lighter on

belly and lower parts of the limbs. A small white spot is permitted 0n the chest.

A versão portuguesa está publicada no site do CPC ( www.cpc.pt). A versão inglesa consta do site da FCI www.fci.be e está datada de 05.01.2011.

Uma análise detalhada das mesmas permite verificar que a versão portuguesa não

está, nalguns pormenores, exactamente conforme o original da FCI.

A versão em português fala na cor cinzento-lobo que é um conceito de que se fala

pela primeira vez num estalão da raça, cujo significado se desconhece verdadeira-

mente, e que certamente não é equivalente ao conceito de pelagem lobeira.

A própria versão final da FCI, por razões que eu e a generalidade dos criadores des-

conhecemos é também muito diferente da proposta final que foi aprovada na Assem-

bleia Geral do CPC em 2005.

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Por curiosidade, e para que se possa comparar, transcrevo na integra a redacção da

proposta final que foi aprovada na Assembleia Geral do CPC em 2005:

Proposta final que foi aprovada na Assembleia Geral do CPC em 2005

Pelagem:

Pêlo: Predominante o pêlo curto (5 cm aproximadamente); ligeiramente baço, liso,

bem assente em quase toda a superfície do corpo e muito basto; em regra é mais

curto e basto na cabeça, orelhas, onde se apresenta fino e macio, e nas extremida-

des,

codilhos e curvilhões abaixo, é espesso e longo nas nádegas, que são muito cabelu-

das; grosso, resistente um tanto rude ao tacto; não tem subpêlo.

Cor: É vulgar o lobeiro nas suas tonalidades, claro, comum e escuro, vendo-se mais

esta última; a preferida é a cor do monte, assim denominada pelos autóctones, consi-

derada pelos criadores das regiões castrenses como característica étnica: pelagem

composta, alobatada, pardusca, com cambiantes mais ou menos carregadas,

no preto, tendo à mistura, no todo ou em parte, pêlos castanhos, cor de pinhão, ou

avermelhados, cor de mogno; excepcionalmente, podem aparecer no mesmo indiví-

duo

estas três variedades em regiões diferentes: o lobeiro escuro na cabeça, dorso e es-

páduas, o lobeiro comum no tórax, garupa e coxas e o lobeiro claro no ventre, terços

e bragadas.

Admite-se uma pequena malha branca no peito.

Recuemos no tempo até 1935, e vamos observar o que estava escrito na versão ori-

ginal do estalão inicial de 1935.

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Versão original do estalão inicial de 1935

in estalão 1935

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in estalão 1935

Interessante é também a comparação entre os estalões do cão de castro laboreiro

(1935) e o estalão do cão da serra da estrela (1933), existente na sinopse compara-

tiva entre as duas raças, e que é parte integrante do estalão original de 1935.

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Comparação entre os estalões do cão de castro laboreiro (1935) e o es-

talão do cão da serra da estrela (1933)

in estalão 1935

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in estalão 1935

Nesta sinopse é curioso salientar algumas questões interessantes, como por exem-

plo:

Comprimento do pêlo

O Prof. Manuel Marques afirma que o cão da serra da estrela tem pêlo curto (cão da

serra da estrela de pêlo curto) e pêlo comprido (cão da serra da estrela de pêlo com-

prido).

De forma inequivoca, o Prof. Manuel Marques afirma que o cão de castro laboreiro

tem o pêlo meio-curto (5 cm aproximadamente).

Assim, segundo o Prof. Manuel Marques o comprimento do pêlo do cão de castro

laboreiro estaria entre o pêlo curto do serra da estrela de pêlo curto e o pêlo compri-

do do serra da estrela de pêlo comprido.

Paradoxalmente, foi definido em posteriores versões do estalão oficial que o pêlo do

castro laboreiro era um pêlo curto, mantendo-se, todavia, o seu comprimento médio

de 5 cm aproximadamente.

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Cores da pelagem

É também referido que as cores mescladas e as mesclas raiadas são as mais fre-

quentes, predominando os tons escuros.

Presença de branco nos membros

É referido também que os princípios de calça e os baixo-calçados eram quase ge-

rais.

Toda a informação que atrás foi referenciada é muito importante para entender ver-

dadeiramente tudo aquilo que tem sido a evolução das redacções dos diversos esta-

lões ao longo do tempo, no que respeita à pelagem do cão de castro laboreiro.

Também toda esta informação é relevante para perceber os fundamentos da minha

proposta de alteração do actual estalão, no que se refere à pelagem desta raça.

Antes de apresentar e fundamentar a minha proposta de alteração do estalão do cão

de castro laboreiro, no que se refere à pelagem, julgo também ser importante trans-

mitir a todos aqueles que lêem o presente artigo, o que está escrito nos actuais esta-

lões de outras raças portuguesa mais próximas.

Actuais estalões de outras raças portuguesa mais próximas

Cão da Serra da Estrela

Pêlo: Forte, muito abundante, ligeiramente grosseiro, sem demasiada aspereza, fa-

zendo lembrar o pêlo de cabra.

O sub-pêlo é constituído por pêlos finos, curtos, abundantes e emaranhados, normal-

mente mais claros que a pelagem.

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- Variedade de pêlo comprido: Pêlo liso ou ligeiramente ondulado de comprimento

desigual em certas partes do corpo.

Nos membros, abaixo dos cotovelos e dos jarretes, é mais curto e denso, assim co-

mo na cabeça; nas orelhas, o pêlo diminui de comprimento da base à sua extremida-

de, tornando-se mais fino e macio.

É mais comprido na cauda, que é farta, espessa e franjada, em volta do pescoço,

nas nádegas que são abundantemente franjadas, bem como na face posterior dos

antebraços.

- Variedade de pêlo curto: Pêlo liso, de comprimento igual em todo o corpo, ligeira-

mente mais curto na cabeça, e membros, sem franjas.

Côr: São admitidas e consideradas típicas as seguintes cores:

- Unicolores: amarelo, fulvo e cinza em todas as suas tonalidades

- Lobeiros: tonalidades de fulvo, amarelo e cinzento, muitas vezes em tons

pálidos e escuros

- Tigrados: fulvo, amarelo e cinza, cor de carvão

Na região crânio-facial é típica a máscara de cor negra.

As marcas brancas são admitidas apenas nas extremidades das mãos e pés co-

mo numa zona muito limitada da base do pescoço e peitoral.

Rafeiro alentejano

Pêlo: Pêlo curto ou de preferência meio comprimento; espesso, liso e denso, regular-

mente distribuído até aos espaços inter-digitais.

Cor: De cor preta, lobeira, fulva ou amarela, tigradas ou não, sempre com marcas

brancas; branca com marcas das cores precedentes.

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Cão de Fila de São Miguel

Pelagem: curta, lisa, densa, com pelo de textura forte, ligeiramente franjado na cau-

da, região anal e posteriores

Cor: Fulvo, cinza ou amarelo nas tonalidades claro e escuro devendo ser sempre

raiado, podendo ter malha branca na região frontal e mento peitoral podendo

ser manalvo, podalvo ou quadralvo.

Cão de Gado Transmontano

Grossa, de comprimento médio e abundante.

Pêlo: Liso e muito denso. O sub-pêlo existe e é evidente. Na região da cabeça, ore-

lhas, focinho e membros é mais curto e fino.

Cores: As pelagens mais comuns são as brancas malhadas de preto, de amarelo, de

fulvo ou lobeiro. As pelagens unicolores são fulvas, amarelas ou lobeiras, podendo

também ser raiadas. Nestas pelagens é comum serem manalvos, pedalvos ou qua-

dralvos e com frente aberta na cabeça.

Podem também apresentar interpolação mosqueada no fundo do manto ou afoguea-

do nas regiões das faces, sobrolhos e região anal (tricolor).

É facilmente verificável que em todos os estalões das raças portuguesas que foram

mencionadas, existe uma diferença muito clara e uma separação entre pelagens lo-

beiras e pelagens raiadas ou tigradas.

No estalão do cão da serra da estrela essa distinção entre pelagens lobeiras e pela-

gens raiadas ou tigradas é inequivoca e objectiva.

Talvez seja bom olharmos para algumas fotos das pelagens do lobo selvagem para

se perceber melhor o que é uma pelagem lobeira

Apresento, de seguida, algumas fotos de lobos selvagens, cedidas gentilmente pelo

meu amigo Wil Luiijf:

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Fotos de Lobos (pelagem lobeira)

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Como se pode observar a pelagem lobeira é uma pelagem mesclada, com zonas

mais claras nos membros anteriores e posteriores, ventre e em algumas zonas da

cauda, faces e cabeça.

Observa-se também facilmente que a pelagem lobeira não é uma pelagem raiada ou

tigrada (com o factor brindle), pois não é perceptível a presença de raias ou listas.

Ponderada toda a informação e elementos enunciados até agora, passarei então a

abordar a minha proposta de alteração do estalão.

A minha proposta de alteração do actual estalão do cão de castro labo-

reiro, no que se refere à pelagem

Eis a minha proposta de alteração do estalão do cão de castro laboreiro, no que se

refere à pelagem:

PELAGEM:

Pêlo: Predominante o pêlo meio-curto (5 cm aproximadamente); Quase baço, liso,

bem acamado em quase todo o corpo e muito espesso. É resistente e até rude ao

toque. Em geral o pêlo é mais curto e mais denso na cabeça e nas orelhas, onde é

mais fino e macio, e nos membros debaixo do cotovelo e do jarrete. É espesso e

comprido sobre as nádegas, as quais são muito peludas.

Subpêlo: Tem subpêlo, o qual é constituído por pêlos finos, curtos e abundantes,

normalmente mais claros que a pelagem.

Cor: A pelagem do cão de castro laboreiro é policromática, mesclada ou mesclada

raiada.

Pelagem policromática porque apresenta uma multiplicidade de pêlos de coloração

diferente: amarelo (cor do miolo do pinhão), fulvo nas suas diversas tonalidades

(desde o amarelo-acastanhado, passando pelo castanho até aos tons avermelhados,

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Pelagem mesclada porque apresenta uma mescla ou mistura de pêlos de diferentes

colorações, mais ou menos homogénea.

Pelagem mesclada raiada ou tigrada, uma pelagem também mesclada mas com pre-

sença evidente de raiado ou tigrado.(factor brindle).

As pelagens admitidas no cão de castro laboreiro são as seguintes: lobeiras, raiadas

ou tigradas e a cor do monte.

As pelagens lobeiras são pelagens mescladas e podem apresentar-se nas suas di-

versas tonalidades: lobeiro negro, lobeiro cinza e lobeiro fulvo.

Lobeiro negro em que a cor dominante é o negro.

Lobeiro cinza em que a cor dominante é o cinza

Lobeiro fulvo em que a cor dominante é o fulvo.

Não será de excluir eventualmente uma designação de lobeiro amarelo, em que a

cor dominante seja o amarelo.

A cor amarela é a cor típica, por exemplo, do retriver labrador creme. Pode apresen-

tar tonalidade mais pálidas (amarelo esbranquiçado) e tonalidades mais escuras, até

ao amarelo-acastanhado.

De referir que todas as pelagens lobeiras devem apresentar de forma evidente pêlos

de cor negra, com distribuição significativa, mesmo nos lobeiros cinza e nos lobeiros

fulvos.

As pelagens mescladas raiadas podem apresentar-se nas seguintes tonalidades:

negros raiados, fulvos raiados, cinza raiados e eventualmente amarelos raiados, em

que as cores dominantes são, respectivamente, o negro, o fulvo, o cinza e o amarelo.

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Existe ainda uma outra pelagem na raça do cão de castro laboreiro, a “Cor do Mon-

te”, preferida dos autóctones e considerada pelos criadores da região de Castro La-

boreiro como uma característica étnica da raça.

A “Cor do Monte” é uma pelagem policromática, mesclada ou mesclada raiada, de

cor dominante amarelo-acastanhado, alobatada, apresentando obrigatoriamente, no

todo ou em parte, todas as cores de pêlos existentes na raça: amarelo (cor do miolo

do pinhão), fulvo nas suas várias cambiantes de cor (desde o amarelo-acastanhado,

passando pelo castanho até aos tons avermelhados, mogno), cinza e o preto. Não

obstante a coloração dominante da “Cor do Monte” ser o amarelo-acastanhado, os

pêlos pretos devem ser abundantes e significativos.

A “Cor do Monte” será tanto mais rica e espectacular quanto mais rica for a mescla

de todas estas cores.

É admitida uma pequena marca branca sobre o peito, sendo ainda admissíveis os

princípios de calça (marcas brancas nas extremidades das mãos e pés).

Pêlo:

No que respeita ao pêlo, defendo, tal como na versão original do estalão da raça,

que este deva ser considerado de meio-curto (5 cm aproximadamente).

Uma pelagem de comprimento médio de 5cm não corresponde a uma pelagem de

pêlo curto.

Trata-se de uma definição mais exacta, pois muitos exemplares da raça apresentam

pelagens médias dentro do comprimento médio de 5cm, não obstante haver exem-

plares de pelagem mais curta e outros de pelagem mais comprida.

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Sub-pêlo

É verdadeiramente anedótico que continue a constar no estalão que o cão de castro

laboreiro não tem sub-pêlo, e que o apresenta de forma muito evidente em determi-

nados períodos do ano.

Nunca vi nenhum exemplar que não tivesse sub-pêlo e desafio alguém que me apre-

sente um exemplar da raça com essa característica, nomeadamente no inverno.

Perguntar-me-ão então porque é que consta tal no estalão original de 1935? Por uma

razão muito simples. Em 1935 a região de Castro Laboreiro era uma região inóspita

e quase inacessível. Ao Prof. Manuel Marques só foi possível aceder à região na

estação do Verão. Nesta estação do ano, os cães já mudaram o sub-pêlo e não o

aparentam de forma evidente.

Como poderiam os cães de castro laboreiro adaptar-se ao frio e à neve que ocorre

na Região de Castro Laboreiro se não tivessem sub-pêlo?

Alterar esta questão no estalão da raça é, para além de uma questão de bom senso,

uma questão de verdade e rigor.

Presença de branco

É admitida uma pequena marca branca sobre o peito.

São ainda admissíveis os princípios de calça (marcas brancas nas extremidades das

mãos e pés), os quais ocorrem frequentemente.

O branco dos princípios de calça com o evoluir da idade tendem a desaparecer, mes-

clando-se com pêlos de tonalidade negras e cinzenta.

Admitir os princípios de calça no estalão da raça, como constava no estalão original

de 1935, é apenas a constatação de uma evidência, até porque o branco é uma cor

que faz parte do património genético da raça do cão de castro laboreiro.

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Cores

Vários amigos e criadores pediram-me que apresentasse fotos que evidenciassem o

melhor possível as diferentes pelagens do cão de castro laboreiro que apresento

nesta minha proposta de alteração do estalão.

O actual estalão apenas prevê as pelagens lobeiras e a cor do monte, o que, no meu

entender, não reflete a realidade da raça.

Como se pode verificar nos estalões de outras raças portugueses com alguma afini-

dade com o cão de castro laboreiro, nomeadamente, no cão da serra da estrela, a

distinção entre pelagens lobeiras e pelagens raiadas ou tigradas é muito clara.

Na raça do cão de castro laboreiro ocorre também, no meu entender, essa distinção,

pelo que há chamar pelagens lobeiras àquelas que são efectivamente pelagens lo-

beiras, e pelagens raiadas ou tigradas àquelas que são efectivamente raiadas ou

tigradas.

A pelagem de um lobo (pelagem lobeira) não apresenta raiado ou tigrado, estando o

factor brindle, por norma, ausente ou praticamente ausente numa pelagem lobeira,

como se pode observar facilmente nas fotos apresentadas anteriormente.

Por outro lado, o estalão actual infere que a pelagem cor do monte é uma pelagem

raiada ou tigrada.

Pelo conhecimento dos muitos exemplares que tenho observado, de fotos de cães

antigos, a pelagem cor do monte pode também ser uma pelagem mais lobeira, mais

mesclada e com pouco ou quase nenhum raiado ou tigrado.

Todas as fotos que apresento correspondem a cães reais que existem ou já existi-

ram, sem qualquer manipulação ou recurso a photoshop.

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Pelagens lobeiras

O actual estalão da raça refere que são comuns as pelagens lobeiras, mas deixou de

as caracterizar, ao invés do que acontecia no estalão anterior e na proposta que foi

aprovada na Assembleia Geral do CPC, de 2005.

Nesses documentos classificavam-se as pelagens lobeiras em: lobeiro escuro, lobei-

ro comum e lobeiro claro.

A denominação lobeiro escuro parece-me imprecisa, pois escuro poderá ser o negro,

o castanho, o cinzento, etc.

Considero mais exacta a definição de lobeiro negro, pois é de negro ou preto que se

trata.

A denominação de lobeiro comum também é pouco exacta e precisa. O que é uma

pelagem comum? Qual é exactamente a sua cor?

A denominação de lobeiro claro corresponde a que cores diluídas? Amarelo, fulvo,

cinza? Chamar-se pelagem lobeiro claro a cães com pelagens de cor diferente tam-

bém não me parece correcto e rigoroso.

Assim, proponho o seguinte:

Lobeiro negro

Trata-se de uma pelagem lobeira e consequentemente uma pelagem mesclada, mais

homogénea e praticamente com ausência de raiados ou tigrados.

O lobeiro negro tem como cor dominante o negro, podendo apresentar pêlos de cor

fulva, de amarelo (cor do miolo de pinhão) e cinza.

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Vejamos exemplos:

1 - Lobeiro negro

2 - Lobeiro negro

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3 - Lobeiro negro

Lobeiro cinza

Trata-se de uma pelagem lobeira e consequentemente uma pelagem mesclada, mais

homogénea e praticamente com ausência de raiados ou tigrados.

A cor dominante é o cinza que pode estar mesclado com o negro, o fulvo e o amare-

lo.

Vejamos exemplos:

4 - Lobeiro cinza

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5 - Lobeiro cinza

A pelagem do exemplar da foto marca bem a diferença entre uma pelagem lobeiro

cinza e uma pelagem cinza raiada que veremos adiante.

Lobeiro Fulvo Trata-se de uma pelagem lobeira e consequentemente uma pelagem mesclada, mais

homogénea e praticamente com ausência de raiados ou tigrados.

A cor dominante é o fulvo, que pode ir desde os cambiantes amarelo-acastanhado

até ao avermelhado, podendo estar mesclado com o negro, amarelo e cinza.

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Vejamos exemplos:

6 - Lobeiro fulvo

7 - Lobeiro fulvo

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8 - Lobeiro fulvo

Pelagens mescladas raiadas ou tigradas

Nestas pelagens mescladas é evidente o factor brindle, tornando visíveis as raias ou

listas

Negro raiado ou tigrado

O negro raiado apresenta uma cor dominante negra, podendo apresentar listas ou

raias amarelas, cinza ou de cor fulva

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9 – Negro raiado ou tigrado

10 - Negro raiado ou tigrado

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11 - Negro raiado ou tigrado

Cinza raiado ou tigrado

O cinza raiado ou tigrado apresenta uma cor dominante cinza, podendo apresentar

listas ou raias negras, fulvas ou amarelas.

12 - Cinza raiado ou tigrado

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13 - Cinza raiado ou tigrado

14 - Cinza raiado ou tigrado

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Fulvo raiado ou tigrado

O fulvo raiado ou tigrado apresenta uma cor dominante fulva, nas suas várias tonali-

dades, podendo apresentar listas ou raias negras, cinza e amarelas.

15 - Fulvo raiado ou tigrado

16 - Fulvo raiado ou tigrado

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17 - Fulvo raiado ou tigrado

18 - Fulvo raiado ou tigrado

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19 – Fulvo raiado

O fulvo raiado, que apresenta uma cor fulva dominante nas suas várias tonalidades,

pode ser confundida com a “cor do monte” que também tem uma cor fulva dominan-

te.

No meu entender, há diferenças claras entre um fulvo raiado e um exemplar “cor do

monte”.

No fulvo raiado, a cor fulva é pouco rica, apresentando -se mais homogénea, haven-

do uma tonalidade fulva quase única, havendo pouca presença de negro e das ou-

tras cores existentes na pelagem do cão de castro laboreiro.

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Cor do Monte

A “Cor do Monte” é uma pelagem policromática, mesclada ou mesclada raiada, de

cor dominante amarelo-acastanhado, alobatada, apresentando obrigatoriamente, no

todo ou em parte, todas as cores de pêlos existentes na raça: amarelo (cor do miolo

do pinhão), fulvo nas suas várias cambiantes de cor (desde o amarelo-acastanhado,

passando pelo castanho até aos tons avermelhados, mogno), cinza e o preto. Não

obstante a coloração dominante da “Cor do Monte” ser o amarelo-acastanhado, os

pêlos pretos devem ser abundantes e significativos.

A “Cor do Monte” será tanto mais rica e espectacular quanto mais rica for a mescla

de todas estas cores

Cor do Monte mesclada

Na pelagem cor do monte mesclada existe uma mescla de cores mais ou menos ho-

mogénea, sendo ausente ou quase ausente a presença de raias ou listas.

20 – Cor do monte mesclada

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21 – Cor do monte mesclada

22 – Cor do monte mesclada

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23 – Cor do monte mesclada

Cor do Monte mesclada raiada

Na pelagem cor do monte mesclada raiada observa-se de forma evidente a presença

de raias ou listas.

24 – Cor do monte mesclada raiada

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25 – Cor do monte mesclada raiada

26– Cor do monte mesclada raiada

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Viveiros. O seu download, reprodução ou reenvio, é estritamente proibido e a sua mo-

dificação não é permitida.

Rui Viveiros

Espero que esta minha newsletter tenha sido objectiva e suficientemente clarificado-

ra quanto ao sentido e conteúdo da minha proposta de alteração do actual estalão da

raça do cão de castro laboreiro.

Desejo que aqueles que, não concordando no todo ou em parte com esta minha pro-

posta, sejam capazes de formular e apresentar as suas alternativas, de forma a in-

centivar e consolidar o diálogo e o debate sobre uma próxima alteração do estalão

do cão de castro laboreiro.

Rui Alberto da Costa Viveiros