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INFORMATIVO CCL Este artigo tem como objetivo demonstrar a importância do controle interno nos procedi- mentos licitatórios para aquisição de bens e serviços pela Coordenação Central de Licita- ção – CCL da Secretaria da Administração – Saeb. O controle interno foi instituído na Admi- nistração Pública Estadual através da Lei nº 13.204, de 11 de dezembro de 2014. Por seu turno, o Decreto Estadual de nº 16.059, de 30 de abril de 2015, disciplina as atividades a serem realizadas pelas Coordenações de Con- trole Interno – CCI's, como, também, estabelece que serão desen- volvidas de forma integrada e em atuação sistêmica com a Audito- ria Geral do Estado – AGE. A implantação do controle interno na Saeb ocorreu através do Decreto Estadual nº 16.106, de 29 de maio de 2015, que aprovou o regimento da referida Secretaria e trouxe na seção IX, através do seu artigo 14, as competências do setor de controle interno no âmbi- to da mesma. As CCI's têm por finalidade desempenhar as funções de acompanhamento, controle e fiscalização da execução orça- mentária, financeira e patrimonial, buscando assegurar a conformi- dade dos atos e fatos administrativos quanto a legalidade, legitimi- dade e economicidade da gestão em relação a padrões normativos e operacionais. A interação entre a CCL e a CCI foi desenvolvida através de ações implantadas em parceria, refletindo não só em processos licitatóri- os mais seguros e dinâmicos, como, também, priorizando a utiliza- ção de pregão eletrônico. A título meramente informativo, tem-se que entre os anos de 2016 a 2018 houve uma predominância na utilização de pregão eletrônico nas licitações realizadas pela CCL, correspondendo a uma média de 94,15% dos certames, demons- trando, assim, a prioridade da CCL em realizar as licitações por esta modalidade que amplia não só o número de participantes, como, também, contribui para uma disputa maior entre os mesmos, proporcionando um menor custo para a Administração nas aquisições de bens e serviços comuns*. Em atenção ao quanto disposto na Orientação Técnica nº 004/2017, da AGE, a CCL elaborou um Código de Ética e Conduta dos Agentes de Licitação, disponibilizado no Espaço dos Pregoeiros e Comissões de Lici- tação, no site Comprasnet.BA, campo "Orientações Técnicas". Esse Código aborda os objetivos, princípi- os, deveres, vedações e condutas que devem ser observados pelos servidores da CCL na condução dos processos licitatórios. *Fonte: Sistema Integrado de Material, Patrimônio e Serviços – SIMPAS Nº 3 - ANO 1 DEZEMBRO 2019 | ARTIGO: Controle interno na SAEB: os impactos na Coordenação Central de Licitação Roberto Camacho CPLST/CCL/Saeb Editorial Estamos chegando ao final de 2019, num período de reflexão e balanço das realizações alcan- çadas. Com muito empenho e satisfação promovemos, ao longo deste ano, a formação e qualificação de 1.208 servidores através de atividades presencia- is e à distância. Também realiza- mos atendimentos in loco, por e- mail e telefone, conferindo 1.872 assessoramentos técnicos nas orientações prestadas aos agentes de licitação em todo o estado. Por fim, validamos no SIMPAS 149 servidores para atuarem como pregoeiros e outros 251 para atuarem como integrantes de equipes de apoio. Seguimos motivados para 2020 e daremos continuidade a nossa atuação junto às Comissões de Licitação e Pregoeiros do Poder Executivo Estadual, na busca do aperfeiçoamento na prestação dos serviços públicos e eficiên- cia das contratações. Fiquem atentos ao calendário de cursos e às novidades que serão disponibilizadas no Espaço dos Pregoeiros e Comissões de Licitação, no Comprasnet.Ba! A CCL deseja a todos Feliz Natal e próspero Ano Novo! pag. 01

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Page 1: News Informativo CCL nº 3 - Comprasnet.BA · 2020. 7. 21. · os mais seguros e dinâmicos, como, também, priorizando a utiliza-ção de pregão eletrônico. A título meramente

INFORMATIVO CCL

Este artigo tem como objetivo demonstrar a importância do controle interno nos procedi-mentos licitatórios para aquisição de bens e serviços pela Coordenação Central de Licita-ção – CCL da Secretaria da Administração – Saeb. O controle interno foi instituído na Admi-nistração Pública Estadual através da Lei nº 13.204, de 11 de dezembro de 2014. Por seu turno, o Decreto Estadual de nº 16.059, de 30 de abril de 2015, disciplina as atividades a serem realizadas pelas Coordenações de Con-trole Interno – CCI's, como, também, estabelece que serão desen-volvidas de forma integrada e em atuação sistêmica com a Audito-ria Geral do Estado – AGE.

A implantação do controle interno na Saeb ocorreu através do Decreto Estadual nº 16.106, de 29 de maio de 2015, que aprovou o regimento da referida Secretaria e trouxe na seção IX, através do seu artigo 14, as competências do setor de controle interno no âmbi-to da mesma. As CCI's têm por finalidade desempenhar as funções de acompanhamento, controle e fiscalização da execução orça-mentária, financeira e patrimonial, buscando assegurar a conformi-dade dos atos e fatos administrativos quanto a legalidade, legitimi-dade e economicidade da gestão em relação a padrões normativos e operacionais.

A interação entre a CCL e a CCI foi desenvolvida através de ações implantadas em parceria, refletindo não só em processos licitatóri-os mais seguros e dinâmicos, como, também, priorizando a utiliza-ção de pregão eletrônico. A título meramente informativo, tem-se que entre os anos de 2016 a 2018 houve uma predominância na utilização de pregão eletrônico nas licitações realizadas pela CCL, correspondendo a uma média de 94,15% dos certames, demons-trando, assim, a prioridade da CCL em realizar as licitações por esta modalidade que amplia não só o número de participantes,

como, também, contribui para uma disputa maior entre os mesmos, proporcionando um menor custo para a Administração nas aquisições de bens e serviços comuns*.

Em atenção ao quanto disposto na Orientação Técnica nº 004/2017, da AGE, a CCL elaborou um Código de Ética e Conduta dos Agentes de Licitação, disponibilizado no Espaço dos Pregoeiros e Comissões de Lici-tação, no site Comprasnet.BA, campo "Orientações Técnicas". Esse Código aborda os objetivos, princípi-os, deveres, vedações e condutas que devem ser observados pelos servidores da CCL na condução dos processos licitatórios.

*Fonte: Sistema Integrado de Material, Patrimônio e Serviços – SIMPAS

Nº 3 - ANO 1 DEZEMBRO 2019|

ARTIGO: Controle interno na SAEB: os impactosna Coordenação Central de Licitação

Roberto CamachoCPLST/CCL/Saeb

Editorial

Estamos chegando ao final de

2019, num período de reflexão e

balanço das realizações alcan-

çadas. Com muito empenho e

satisfação promovemos, ao

longo deste ano, a formação e

qualificação de 1.208 servidores

através de atividades presencia-

is e à distância. Também realiza-

mos atendimentos in loco, por e-

mail e telefone, conferindo 1.872

assessoramentos técnicos nas

orientações prestadas aos

agentes de licitação em todo o

estado. Por fim, validamos no

SIMPAS 149 servidores para

atuarem como pregoeiros e

outros 251 para atuarem como

integrantes de equipes de apoio.

Seguimos motivados para 2020

e daremos continuidade a nossa

atuação junto às Comissões de

Licitação e Pregoeiros do Poder

Executivo Estadual, na busca do

aperfeiçoamento na prestação

dos serviços públicos e eficiên-

cia das contratações. Fiquem

atentos ao calendário de cursos

e às novidades que serão

disponibilizadas no Espaço dos

Pregoeiros e Comissões de

Licitação, no Comprasnet.Ba! A

CCL deseja a todos Feliz Natal e

próspero Ano Novo!

pag. 01

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Formação acadêmica: Especialista em Direito Público.

Descreva sua experiência pro-fissional:

Iniciei como menor aprendiz na Representação da Procuradoria Geral do Estado - PGE, na Secre-taria de Governo, hoje Casa Civil. Lá permaneci por quase oito anos, quando ingressei na Coor-denação Central de Licitação (CCL/Saeb), começando, assim, minha vivência em licitações e atuando como pregoeira. Em 2014, fui nomeada para a Secre-taria do Trabalho - Setre, desem-penhando atividades como pre-goeira e membro da Comissão na Coordenação de Licitações, até chegar na Secretaria de Educa-ção - SEC, como Coordenadora de Licitações.

Há quanto tempo exerce a ativi-dade de pregoeira?

Há sete anos.

Ainda se lembra do primeiro pregão realizado? E o último?

O primeiro pregão foi um Registro de Preços de Gêneros Alimentíci-os e o último foi a contratação de infraestrutura para um evento.

Quais os maiores desafios para o exercício da atividade?

Acompanhar as atualizações das legislações, contar com um termo de referência completo do que se deseja contratar e explicar aos interessados que na licitação exis-tem prazos legais que devem ser cumpridos, de forma que o pro-cesso deve ser formalizado com a maior antecedência possível.

O que gosta de fazer quando não está trabalhando?

Passar o tempo com a família e os amigos, viajar, ir a shows, assistir filmes e futebol.

INFORMATIVO TCU 376

A apresentação de amostra não é procedimento obrigatório nas licitações, mas, uma vez prevista no instrumento convocatório, não se deve outorgar ao gestor a faculdade de dispensá-la, sob pena de violação dos princípios da isonomia e da impessoalidade (art. 3º, caput e § 1º, inciso I, da Lei 8.666/1993).

INFORMATIVO TCU 379

Para fins de habilitação técnico-operac iona l , em cer tames visando a contratação de obras e serviços de engenharia, devem ser exigidos atestados emitidos em nome da licitante, podendo ser solicitadas as certidões de a c e r v o t é c n i c o ( C AT ) o u a n o t a ç õ e s / r e g i s t r o s d e r e s p o n s a b i l i d a d e t é c n i c a

(ART /RRT) e m i t i d a s p e l o c o n s e l h o d e fi s c a l i z a ç ã o profissional competente, em n o m e d o s p r o fi s s i o n a i s v i n c u l a d o s a o s r e f e r i d o s atestados, como forma de c o n f e r i r a u t e n t i c i d a d e e veracidade às informações constantes nos documentos emitidos em nome das licitantes.

DIRETO DOS TRIBUNAIS

VOCÊ PREGOEIROCURTAS E RÁPIDAS

- Em setembro de 2019, foi

publicado o Decreto Esta-

dual nº 19.252/2019, que

regulamenta o art. 33 da

Lei nº 9.433/2005, sobre o

Sistema de Registro de

Preços na administração

estadual. Foram significati-

vas mudanças, como com-

pra interfederativa; forma-

ção de cadastro de reserva;

adesão a RPs mantido pela

administração pública,

entre outras. Dúvidas: (71)

3115-1781 / 1673 ou

[email protected].

- A Escola Nacional de

Administração Pública -

ENAP oferece curso on-line

sobre aspectos normativos

do Decreto nº 10.024/2019,

que regulamenta a licita-

ção, na modalidade pregão

eletrônico, e dispõe sobre o

uso da dispensa eletrônica,

no âmbito da administração

pública federal. Confira:

https://suap.enap.gov.br/por

tal/curso/715/. Não é

necessária a inscrição.

Taiza da

Silva Cabé

Coordenadora

de Licitações

e Pregoeira da

Secretaria de

Educação - SEC

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No ano de 2012 realizei um Pregão Eletrônico

com três empresas participantes. Analisando

previamente as cópias da habilitação, uma vez

que a análise da proposta pela área técnica

estava em curso, percebi alguns dados

semelhantes na documentação de duas

empresas. Ambas tinham um dos sócios e um

representante técnico em comum.

Nesta senda, verifiquei que havia manifestação

do TCU como no Acórdão nº 2.136/2006-TCU-

1ª Câmara, recomendando que quando da realização de licitações

fosse avaliado“ o quadro societário e o endereço dos licitantes com

vistas a verificar a existência de sócios comuns, endereços idênticos

ou relações de parentesco, fato que, analisado em conjunto com

outras informações, poderá indicar a ocorrência de fraudes contra o

certame”.

Ainda que o citado Pregão tenha restado fracassado na fase das

propostas, resolvi remeter consulta à Procuradoria Administrativa

para obter orientação de como proceder nos casos em que no mesmo

certame duas empresas participantes apresentassem sócios

comuns, e outras semelhanças.

O questionamento resultou no Parecer nº PA-NLC-ALM-631/2012, da

lavra do i. Procurador André Magalhães, que entre outras

orientações, destaco:"(...) Diante, pois, dos indícios a que se reporta o

expediente inaugural, entendo que deverá ser instaurado um

incidente no curso do processo licitatório, visando à coleta e avaliação

dos elementos que possam conduzir à configuração do ilícito

administrativo, promovendo-se o exercício do contraditório e da

ampla defesa, bem assim à oitiva do órgão de assessoramento

jurídico."

Por fim, a i. Procuradora Fabiana Barreto, sugeriu as seguintes

providências:

1º) registro das suspeitas de fraude à licitação em Ata durante a

realização do certame ou no processo de contratação direta;

2º) comunicação imediata ao gestor responsável sobre os indícios

de fraude, a fim de que este avalie a possibilidade de suspensão do

andamento do certame/contratação naquele caso concreto;

ACONTECEU NA LICITAÇÃOÚLTIMAS

Foi realizado, no dia 22 de

outubro de 2019, o Encontro

de Pregoeiros do Estado da

Bahia, com a participação de

ap rox imadamente 200

servidores. Foram realiza-

das palestras do professor

Ronny Char les , sobre

pontos controversos nas

licitações públicas, e do

procurador do Estado,

André Magalhães, que

discorreu sobre o novo

Sistema de Registro de

Preços, após a edição do

D e c r e t o E s t a d u a l n º

19.252/19, em setembro

deste ano. O evento ainda

contou com oficinas sobre

e laboração de edi ta is ,

l icitações para obras e

serviços de engenharia e

recursos administrativos em

licitações públicas.

Carine Santos Cardoso

Coordenadora de Licitações e

Pregoeira da Procuradoria Geral do Estado - PGE

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ACONTECEU NA LICITAÇÃO (continuação)

pag. 04

3º) havendo possibilidade de interrupção do curso do

procedimento licitatório, seja formado expediente com as provas

documentais porventura existentes para ser encaminhado à

Procuradoria Administrativa, que, através do NCAD, analisará o

cabimento de medida cautelar preparatória pelo Secretário de

Administração e posterior deflagração de processo sancionatório

(instauração que deverá ocorrer até trinta dias depois da

determinação da tutela de urgência);

4º) Não sendo possível suspender a licitação/contratação, ainda

assim o referido expediente devidamente instruído deve ser

remetido para análise da PGE, que poderá entender:

a) Pela possibilidade de determinação de medida cautelar

preparatória e instauração de processo administrativo, a fim de

evitar que os atos fraudulentos praticados durante a licitação não

tragam mais prejuízo ao interesse público (decorrente do contrato

celebrado ou da participação da(s) firma(s) denunciadas em outras

contratações a serem promovidas);

b) Pela inexistência de fumus boni iuris e periculum in mora para

imposição de medida cautelar preparatória, mas podendo,

contudo, sugerir uma investigação mais aprofundada mediante:

b.1) realização de auditoria/sindicância para colheita de mais

provas de prática de ilícito;

b.2) instauração de processo administrativo para apurar a

existência de comportamento fraudulento pelos licitantes, hipótese

em que não está descartada a possibilidade de imposição de

medida cautelar incidental que porventura vier a se demonstrar

necessária, conforme explicado anteriormente.”

Carine Santos Cardoso

Coordenadora de Licitações e Pregoeira da Procuradoria Geral do

Estado -PGE

Coordenação Central de Licitação

2ª Avenida Centro Administrativo

da Bahia, 200 – 1º Andar, Sala 101

CEP: 41.745-003 - Salvador - BA

Tel: (71) 3115-3130 / 1781 / 1673

www.comprasnet.ba.gov.br

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