neuropatia diabética autonômica cardiovascular- do ... · declaração de conflito de interesses...
TRANSCRIPT
Neuropatia autonômica
cardiovascular-
do diagnóstico ao tratamento
Lucianne Tannus
UERJ
II GEMD 2013
25/05/13
Declaração de conflito de
interesses
• Declaro não possuir conflitos de interesses financeiros
ou pessoais para esta apresentação.
(Resolução 1.595/2000 do Conselho Federal de
Medicina, ANVISA no 102/2000)
Introdução • Neuropatia autonômica cardiovascular (NAC)
• Subdiagnosticada
• Grande impacto em qualidade de vida e mortalidade
• Prevalência de NAC
• Varia entre 7,7-90% (25% DM1 / 34% DM2)
• Variação das taxas de prevalência:
• Amostra de pacientes diferentes ( DM1 / DM2 / idade / duração do DM)
• Critérios utilizados para definição diagnóstica de NAC
• Coexistência de neuropatia diabética (60%) e associação com nefropatia
diabética
• Apresentação clínica:
• Maioria assintomática
• Sintomas relacionados à gravidade da doença
• Menos de 1%: Hipotensão ortostática sintomática
Diabetes Spectrum,1998; 11(4): 224-227 Diabetes Care 2003;26:1553-79
Introdução
Diabetes Care 2003;26:1553-79
• Fatores de risco NAC:
• Controle glicêmico
• Duração do DM
• Idade
• Presença de neuropatia periférica, nefropatia e retinopatia
• HAS
• Obesidade
• Tabagismo
• Dislipidemia
2,2
8,5
28
4,9
19,6
65
0
10
20
30
40
50
60
70
Baseline 5 anos 10 anos
Controle
DM2
%
p = 0,224
p < 0,001
p = 0,017
Diabetes,1996; 45 (3): 308-15
Patogenia da neuropatia diabética
Fisiopatologia da NAC
Via dos Polióis
Frutose Sorbitol
EROs
Hiperglicemia
Sorbitol
desidrogenase
NAD+ NADH
Aldose
Redutase
NADPH NADP+
GSSG
Oxidado GSH
Reduzido
Glutation redutase
Adaptado de Brownlee M; Diabetes 2005; 54: 1615-25
Aldeídos
tóxicos
Alcoois
inativos
Glicose
Integrinas
Célula Endotelial
Fatores de
crescimento e
citocinas
Receptores de
PFGA
Glicose Receptores de
PFGA
Macrófago/
Célula mesangial
PFGA
Glicação de Proteína intracelular
Precursores de PFGA
Transdutores intracelulares
Fatores de Transcrição
Transcrição
Proteínas
EROs
Adaptado de Brownlee M; Diabetes 2005; 54: 1615-25
Fisiopatologia da NAC
PFGA
Fisiopatologia da NAC
PKC
Hiperglicemia crônica
eNOS / ET-1
Alterações do
fluxo sanguíneo
VEGF NF- ƙB NAD(P)H
oxidases PAI-1
Alterações da
permeabilidade
vascular/
angiogênese
Oclusão
capilar
TGF β
Colágeno
Fibronectina Fibrinólise
Oclusão
vascular
Expressão de
genes pró-
inflamatórios
EROs
Efeitos
múltiplos
DAG
PKC ( β e isoformas)
Adaptado de Brownlee M; Diabetes 2005; 54: 1615-25
Fisiopatologia da NAC
Via da Hexosamina
Adaptado de Brownlee M; Diabetes 2005; 54: 1615-25
Fisiopatologia da NAC
PARP
Adaptado de Brownlee M; Diabetes 2005; 54: 1615-25
Síntese de óxido
nítrico
Fisiopatologia da NAC- Hipótese unificada
Regeneração do
Glutation reduzido
Alteração na
expressão
gênica
e na função de
proteínas
Transcrição
de TGF-α, TGF-β e
PAI-1
TGF-β
PG
VEGF
FNA
PAI-1
Na+K+ ATPase
NOS
• Alteração na função de proteínas
• Redução nos níveis de NO
• Adesão de leucócitos ao endotélio
PARP
O2
Adrenal
Glicocorticóide
Ligantes
endógenos e
exógenos ativam
a resposta imune
Macrófago Receptor de Ach
Gânglio celíaco
Nervo esplênico
Nervo vago
Eixo HHA
Citoquinas
Células
glômicas em
paragânglios
Centro de
integração
SNS
+
Journal of Diabetes Investigation 2013; 4: 4-18
-
Motoras Sensitivas Autonômicas
Mielínica Mielínica Finamente
Mielinizada
Amielínica Finamente
Mielinizada
Amielínica
A A/ A C A C
CONTROLE
MUSCULAR
TATO,
VIBRAÇÃO
PROPRIOCEPÇÃO
PERCEPÇÃO
DO FRIO E DOR
PERCEPÇÃO
DO CALOR
E DOR QUÍMICA
FC, PA, SUDORESE, FUNÇÕES
DOS SISTEMAS GI E GU
Fibras nervosas
Journal of Diabetes and Its complications, 2009 In Press
Alteração de fibras A e C: mais precoces
Sistema nervoso
autonômico cardiovascular
Sistema nervoso autonômico cardiovascular
Sistema
nervoso
parassimpático
(nervo vago)
Norepinefrina
Abertura canal Na+/Ca++
Despolarização
FC e força contração
Velocidade de remoção lenta
Sistema
nervoso
simpático
Acetil colina
Abertura canal K+
Hiperpolarização
Bradicardia
Velocidade de remoção rápida
Microcirculação
(resistência
periférica total)
Imbalanço simpatovagal Redução parassimpática com
aumento do tônus simpático
Redução do tônus simpático e
parassimpático
Diagnóstico de
DM1 ou DM2
NAC subclínica NAC clínica
VFC
Imbalanço simpatovagal
Taquicardia de
repouso
Intolerância ao
exercício
Hipotensão
ortostática
Cardiomiopatia autonômica
Diabetes/Metabolism Reviews, 1994; 10:339-383 SRAA: sistema renina angiotensina aldosterona
NAC e nefropatia
• Alteração parassimpática (↓ Razão E:I):
• Fator de risco independente para microalbuminúria
• NAC: fator permissivo para desenvolvimento de microalbuminúria constante/persistente
Nefropatia (microalbuminúria) e
macroangiopatia
Ausência de descenso noturno PA
Queda pressão glomerular diurna
(alterações posturais)
NAC
N Engl J Med, 2002;347:797-805 Diabetic Medicine, 2003;21:852-58
Manifestações clínicas da NAC
Neuropatia autonômica
cardiovascular
Taquicardia de repouso
Hipotensão ortostática
Síncope
Intolerância ao exercício físico
Instabilidade peroperatória
Disfunção sistólica e diastólica
VE
Ausência de descenso
noturno PA
Maior risco de nefropatia, IRC, AVE
Isquemia e IAM assintomáticos
Hipoglicemia assintomática
Morte súbita
Aumento QT
Isquemia miocárdica silenciosa
Diabetes Care 2003; 26: 1553-79
Risco de isquemia miocárdica silenciosa 1,96 (1,53-2,51) p < 0,001
Meta análise 12 estudos N = 1468 pacientes
110 108
399
1069
0
200
400
600
800
1000
1200
NAC + NAC -
Presente
Ausente
28% 10%
Diabetes Care, 2001;24:339-343
• Follow up 3-7 anos:
• 10,3% evento cardiovascular maior
• Isquemia miocárdica silenciosa
• 24% pacientes com isquemia miocárdica silenciosa = evento CV
• 10% pacientes sem isquemia miocárdica silenciosa = evento CV
• NAC OR 4,16 (95% IC 1,01-17,19); p=0,03
• 24,2% pacientes com diagnóstico de NAC = evento CV
• 7,1% pacientes sem diagnóstico de NAC = evento CV
NAC E MORTALIDADE
Adaptado de Dan Ziegler Diabetes/Metabolism Reviews, 1994; 10:339-383
NAC E MORTALIDADE
Diabetes Care 2003; 26: 1895-1901
,5-16 anos
RR 3.45
95% IC 2.66-4.47
RR 1.20
95% IC 1.02-1.41
Total: RR 2.14
95% IC 1.83-2.51
15 estudos
Follow up: 0,5-16 anos
NAC - DIAGNÓSTICO
Diabetes Care 2011: 34: S11-S61 / Diabetes Care 2010;332285-2293
Rastreamento:
Ao diagnóstico de pacientes com DM2
Após 5 anos do diagnóstico de DM1
< 5 anos se fase inicial da puberdade
Sinais e sintomas autonômicos
Descontrole glicêmico
Presença de outros fatores de risco cardiovascular
Complicações micro ou macrovasculares
Diabetes Care 2011: 34: S11-S61 / Diabetes Care 2010;332285-2293
Sinais e sintomas
1. Ao levantar-se: tonturas, distúrbios visuais, pré-síncope
2. Taquicardia de repouso (FC: 90-100 bpm)
3. Com exercícios: dispnéia, náuseas, sudorese, dor
4. Disfagia, náuseas, saciedade precoce, anorexia
5. Diarréia, incontinência fecal, constipação, vômito pós-alimentar
6. Disfunção sexual: erétil, lubrificação vaginal
7. Incontinência, polaciúria, urgência, retenção, infecção urinária de repetição
8. Anidrose, hiperidrose, intolerância ao calor, sudorese gustatória
NAC - DIAGNÓSTICO
Como investigar
neuropatia autonômica
cardiovascular?
• Testes diagnósticos
1. Variabilidade da frequência cardíaca (VFC):
• Domínio de tempo
• Domínio de frequência ( FMB, FB e FA)
2. Testes reflexos cardiovasculares
• Razão expiração/inspiração
• Razão de valsalva
• Razão máximo/mínimo (razão 30:15)
• Alterações de pressão arterial após ortostatismo
Diabetes Care 2003,26:1553-1579
NAC - DIAGNÓSTICO
Parâmetro Descrição Estímulo Correlação com
análise espectral
RRNN Média dos intervalos RR normais
Variabilidade
global
(atividade do
SNS e SNPS)
TP
SDNN Desvio-padrão da média de todos
os intervalos RR normais TP
RMSSD* Desvio-padrão das diferenças entre
intervalos RR normais adjacentes Vagal
(atividade do
SNPS)
FA
pNN50* Percentual de intervalos RR
adjacentes com diferença de
duração superior a 50 ms
FA
*Índices baseados na comparação entre a duração de 2 ciclos adjacentes.
NAC- DIAGNÓSTICO
VFC no domínio de tempo
•EIXO Y
•Magnitude da VFC
• Oscilações em
diferentes frequências
FMB:
0,01 a 0,04 Hz:
Térmica
Vasomotora
(SNS )
FB:
0,04 a 0,15 Hz:
Barorreceptor
(Modulação vagal com controle simpático)
FA:
0,15 a 0,5 Hz:
Arritmia
sinusal
SNPS
NAC – DIAGNÓSTICO
VFC no domínio de frequência
Frequência, Hz
0,40,350,30,250,20,150,10,05
Am
plit
ude, m
s^2
/Hz *
1000
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Frequência, Hz
0,40,350,30,250,20,150,10,05
Am
plit
ude, m
s^2
/Hz *
1000
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Análise espectral
Controle Diabético + NAC
NAC - DIAGNÓSTICO
Teste da respiração profunda (razão E:I):
O ECG foi realizado durante uma inspiração e
expiração profundas com duração mínima de 5
segundos (cada)
Componente parassimpático do sistema nervoso
autônomo (SNA) cardiovascular (aferência vagal)
Razão E:I= Intervalo RR mais longo (expiração)
Intervalo RR mais curto (inspiração)
*Recomendados pela ADA e ANA ao diagnóstico em DM2 e após 5 anos de diagnóstico em DM1
Especificidade 91% e sensibilidade 93% ( ortostatismo e respiração profunda) e 98% (valsalva)
NAC - DIAGNÓSTICO
Teste de Valsalva :
• Esforço respiratório: manter uma pressão de 40 mmHg por 15 segundos (14º segundo: taquicardia máxima fisiológica)
• Após esse esforço, é realizado um eletrocardiograma (ECG) durante 30 a 45 segundos (bradicardia máxima fisiológica)
• Componente simpático com modulação vagal: mais sensível
Razão de Valsalva= Intervalo RR mais longo
Intervalo RR mais curto
NAC - DIAGNÓSTICO
Teste ortostático ( Razão 30:15 ) :
Após se levantar (ortostatismo), avalia-se a relação entre os intervalos RR correspondentes à taquicardia máxima em torno do 15º batimento e à bradicardia máxima em torno do 30º batimento.
Componente parassimpático do sistema nervoso autônomo cardiovascular (aferência vagal)
Razão 30:15 = Intervalo RR mais longo (20-40 segundo)
Intervalo RR mais curto (5-25 segundo)
NAC - DIAGNÓSTICO
Teste da hipotensão ortostática (HO) :
Foi verificada a PA nos tempos basal, 1 e 3 minutos após
mudança de decúbito dorsal para o ortostatismo
Componente simpático do SNA
Teste da HO alterado: queda ≥ 20 mmHg na PAS
*Recomendados pela ADA e ANA ao diagnóstico em DM2 e após 5 anos de diagnóstico em DM1
Especificidade 91% e sensibilidade 93% ( ortostatismo e respiração profunda) e 98% (valsalva)
NAC - DIAGNÓSTICO
Tempo
0:100:090:080:070:060:050:040:030:020:010:00
R-R
, s
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
Tempo
0:100:090:080:070:060:050:040:030:020:010:00
R-R
, s
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
Controle Diabético + NAC
Tempo
1:051:000:550:500:450:400:350:300:250:200:150:100:050:00
R-R
, s
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
Tempo
1:051:000:550:500:450:400:350:300:250:200:150:100:050:00
R-R
, s
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
Tempo
2:502:402:302:202:102:001:501:401:301:201:101:000:500:400:300:200:100:00
R-R
, s
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
Tempo
2:502:402:302:202:102:001:501:401:301:201:101:000:500:400:300:200:100:00
R-R
, s
1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
NAC - DIAGNÓSTICO
Testes reflexos cardiovasculares (teste da respiração profunda, testes de Valsalva, teste do ortostatismo e teste da hipotensão ortostática):
NAC incipiente: 1 teste alterado
NAC definida: 2 testes alterados
Testes reflexos cardiovasculares + análise da VFC (FMB, FB e FA)
NAC incipiente: 2 testes alterados
NAC definida: 3 testes alterados
NAC grave: hipotensão postural
NAC - DIAGNÓSTICO
63,4
21,1
15,5
36,6
52,1
12,7
35,2
47,9
60,6
11,3
28,2
39,4
0
10
20
30
40
50
60
70
Normal NAC incipiente NAC definida Total
Frequência de NAC entre 71 pacientes com DM1
Teste reflexo cardiovascular Análise espectral Teste reflexo cardiovascular + análise espectral
%
Como tratar a neuropatia
autonômica
cardiovascular?
NAC - TRATAMENTO
DIABETES ALTERAÇÃO DO
METABOL DOS AGL DISLIPIDEMIA
Transição livre de metais
iônicos
Auto oxidação
Formação de PFGA
Scavengers endógenos
EROs
DAG/ PKC
Ag II
ET-1
NO
PGI2
EDHF
Disfunção vascular Isquemia/ reperfusão
Fluxo sanguíneo neural
Hipóxia endoneural
ONOO
Inibidor
PKC
VIA DOS
POLIÓIS
Inibidor da
aldose redutase
Antioxidantes
Shunting A-V
NEUROPATIA
Inibidor
AGE
Aminoguanidina
IECA
BRA
BBLOQ
HIPERGLICEMIA 1
• Controle glicêmico intensivo e precoce
• Retardar o aparecimento de NAC e reversão de algumas alterações
STENO 2
• Tratamento intensivo multifatorial em DM2
• Redução de 68% no risco de progressão de NAC
DCCT
Tratamento intensivo x convencional
Redução de 53% na prevalência de NAC
DCCT /EDIC 13-14 anos
Tratamento intensivo x convencional em DM1
Redução de 31% na prevalência de NAC (OR 0,69- 0,51-0,93)
ADDICTION 6 anos
Tratamento intensivo X convencional em DM2 recém diagnosticados
NAC incipiente ( 15.5 vs 15.1%) e NAC definida ( 7.1 vs 7.3%)
The Lancet,1999; 353:617-22 / Diabetologia, 1998;41:416-23 / Diabetes Care 2010; 33: 434-441/ Circulation. 2009;119:2886-2893)
NAC – TRATAMENTO 1
• Atividade física
• DPP: melhora da NAC
foi maior com modificação
do estilo de vida vs
metformina ou placebo
• Avaliação de isquemia miocárdica silenciosa
• Aumento do tempo de percepção de dor anginosa permite manutenção do
exercício a despeito do aumento da isquemia
• Não utilizar FC máxima para prescrição de atividade física
• Evitar exercícios em dias muito quentes ou frios: alteração da
termorregulação
• Metformina
• Ácidos graxos livres: piora do balanço simpato vagal (razão FB/FA)
• Melhora do balanço simpato vagal associado com redução dos níveis de AGL
Am J Hypertens 2004; 17: 223-227 / Diabetes Care 2006; 29: 914-919 / Diabetes Care 2003; 26: 986 -990
NAC - TRATAMENTO 1
NAC - TRATAMENTO
DIABETES ALTERAÇÃO DO
METABOL DOS AGL DISLIPIDEMIA
Transição livre de metais
iônicos
Auto oxidação
Formação de PFGA
Scavengers endógenos
EROs
DAG/ PKC
Ag II
ET-1
NO
PGI2
EDHF
Disfunção vascular Isquemia/ reperfusão
Fluxo sanguíneo neural
Hipóxia endoneural
ONOO
Inibidor
PKC
VIA DOS
POLIÓIS
Inibidor da
aldose redutase
Antioxidantes
Shunting A-V
NEUROPATIA
Inibidor
AGE
Aminoguanidina
IECA
BRA
BBLOQ
HIPERGLICEMIA 1
2
Diabetes Care 2006;29: 1538-1544 / Arq Bras Endocrinol Metabol 2007;51/2: 232-243
• Inibidores de aldose redutase
• Redução do fluxo de glicose pela via dos polióis
• Alrestatin, sorbinil e tolrestat
• Hepatotoxicidade, anafilaxia, linfadenopatia, febre e pancitopenia
• Epalrestat
• 3 anos de tratamento com 150 mg/dia com melhora dos parâmetros
utilizados para avaliação de variabilidade de frequência cardíaca (p NS)
• Fidarestat and ranirestat: sem efeitos adversos /neuropatia periférica
NAC - TRATAMENTO 2
NAC - TRATAMENTO
DIABETES ALTERAÇÃO DO
METABOL DOS AGL DISLIPIDEMIA
Transição livre de metais
iônicos
Auto oxidação
Formação de PFGA
Scavengers endógenos
EROs
DAG/ PKC
Ag II
ET-1
NO
PGI2
EDHF
Disfunção vascular Isquemia/ reperfusão
Fluxo sanguíneo neural
Hipóxia endoneural
ONOO
Inibidor
PKC
VIA DOS
POLIÓIS
Inibidor da
aldose redutase
Antioxidantes
Shunting A-V
NEUROPATIA
Inibidor
AGE
Aminoguanidina
IECA
BRA
BBLOQ
HIPERGLICEMIA 1
2
3
Acta Cardiol 1998; 53:201-209 / Lancet 1998; 352:1978-1981 / JCEM 2005;90: 5896-5903
• Vasodilatadores
• Inibidores da ECA: Resultados discrepantes • Redução de AG II e aldosterona (estímulo simpático)
• Estudo com trandolapril • Sem melhora da função autonômica cardiovascular após 1 ano de tratamento
• Estudo com quinapril • Aumento de frequência alta (FA), redução de frequência baixa (FB) e razão FB/FA
(indicadores de redução de função simpática)
• Bloqueadores de receptores de angiotensina e inibidores de aldosterona
• Resultados conflitantes com uso de losartan e espironolactona em
relação aos índices de VFC
NAC - TRATAMENTO 3
• Bloqueadores de canal de cálcio
• Verapamil
• Redução de atividade simpática
• Melhora função parassimpática após IAM em pacientes não
diabéticos
• Em diabéticos: sem efeito de melhora na VFC após IAM
• bloqueadores
• Após 6 semanas de tratamento com propranolol (após IAM):
• Melhora dos índices de FA (indicador de tônus vagal) e balanço simpato vagal (razão FB/FA)
• Adição de metoprolol (100 mg/dia por 6 semanas) em DM1 tratados com ramipril + albuminúria:
• Melhora da disfunção autonômica
NAC - TRATAMENTO
Acta Cardiol 1998; 53:201-209 / Lancet 1998; 352:1978-1981 / JCEM 2005;90: 5896-5903
3
NAC - TRATAMENTO
DIABETES ALTERAÇÃO DO
METABOL DOS AGL DISLIPIDEMIA
Transição livre de metais
iônicos
Auto oxidação
Formação de PFGA
Scavengers endógenos
EROs
DAG/ PKC
Ag II
ET-1
NO
PGI2
EDHF
Disfunção vascular Isquemia/ reperfusão
Fluxo sanguíneo neural
Hipóxia endoneural
ONOO
Inibidor
PKC
VIA DOS
POLIÓIS
Inibidor da
aldose redutase
Antioxidantes
Shunting A-V
NEUROPATIA
Inibidor
AGE
Aminoguanidina
IECA
BRA
BBLOQ
HIPERGLICEMIA 1
2
3
4
Antioxidantes
• Vitamina E
• Associada com aumento do intervalo R-R (P < 0.05), FA ( P < 0.05) e
redução de FB (P < 0.05) e razão FB/FA (P < 0.05)
• Meta análise: 400 UI/dia vitamina E: aumento de mortalidade
• Ácido -lipóico
• DEKAN STUDY:
• DM2: 800 mg/dia de ácido -lipóico por 4 meses
• Melhora do índice de FB, sem melhora dos sintomas
• DM1: 600 mg/dia IV por 10 dias + 600 mg/dia VO por 50 dias
• Melhora da razão de Valsalva, razão E/I, razão 30:15 e respostas
de PA a alterações posturais
American Journal of Clinical Nutrition 2001; 73:1052-1057
Ann Intern Med. 2005;142:37-46 / Rom J Intern Med 2004;42:457-464 / Diabetes Care 1997; 20:369-373 /
NAC - TRATAMENTO 4
Mecanismo de ação ácido Lipóico :
Potente Regenerador de Outros Antioxidantes
PDC
Carga
Energética
GSH
GSSG
R-
ALA
R-
DHLA
Função redox
Fu
nçã
o M
etab
óli
ca
Glicose
Glicose
Defesa
Endotelial
Stress oxidativo
E2
E1 E3
“Scavenger” (Varredor) de espécies Reativas de Oxigênio (ROS), que são os
radicais Livres
Regenera outros antioxidantes: - Glutation: antioxidante presente no organismo - Vitamina C - Vitamina E
Ácido lipóico
4
Ácido tióctico tem efeitos metabólicos e vasculares
Anormalidades metabólicas
Perda de
mioinositol
neuronal
Deficiência na atividade
ATPase de Na+/K+-
Ácido tióctico
Redução da velocidade
de condução nervosa
Aumento na atividade metabólica
dos polióis
Deficiência de insulina Resistência à insulina
Hiperglicemia
Anormalidades vasculares
Glicação das proteínas
Hipóxia
endoneurial Doença
capilar
Ácido tióctico
Radicais livres de O2 causam danos neurológicos
Redução no transporte axonal
Ácido tióctico
Atrofia axonal
Ácido tióctico Ácido tióctico
Packer L. Drug metabolism Reviews, 1999 / Jain SK Frre Radical Biology and Medicine, 2000
4
• BENDIP: benfotiamina 600 mg/dia melhora NS dos sintomas de
neuropatia diabética
• Estudo experimental: melhora dos índices de NAC
NAC - TRATAMENTO
Exp Clin Endocrinol Diabetes 2008/ Brownlee M; Diabetes 2005; 54: 1615-25
BENFOTIAMINA
4
Medidas não farmacológicas
Aumento do consumo de água
Uso de meias elásticas
Evitar rápidas mudanças posturais
Elavação da cabeceira
Evitar medicamentos agravantes da hipotensão ( antidepressivos
tricíclicos)
Refeições pequenas e frequentes
Evitar atividades físicas com muito esforço
JCEM 2005;90:5896-5903
Hipotensão ortostática
NAC - TRATAMENTO
• Fludrocortisona (Dose 0,05-0,2 mg/dia)
• Aumenta volume plasmático e aumenta a liberação de NA dos neurônios
simpáticos e a sensibilidade vascular às catecolaminas
• Efeitos colaterais: hipertensão supina, hipocalemia e hipomagnesemia,
retenção hídrica
• Midodrina (2,5 10 mg 3x/dia)
• Agonista adrenoreceptor - conctricção arterial e venosa
• Efeitos colaterais: hipertensão supina, prurido, efeitos GI e retenção urinária
• Eritropoietina (25-75 U/Kg 3x/semana SC)
• Piridostigmina:
• Inibidor de colinesterase: aumento da transmissão ganglionar sem causar
hipertensão supina
• Somatostatina
• Inibe a liberação de hormônios GI vasoativos, aumento do débito cardíaco e
aumento da resistência vascular esplâncnica
• DDAVP
• Retenção hídrica
JCEM 2005;90:5896-5903
NAC – HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA
• Indometacina
• Inibição dos efeitos vasodilatadores das prostaglandinas
• Aumento da sensibilidade às aminas circulantes
• Cafeína
• Bloqueio dos receptores de adenosina (vasodilatadores)
• Melhora da hipotensão ortostática e pós prandial
• Clonididna
• - 2 antagonista: efeito simpatolítico central=> PA
• Efeito - 2 antagonista pós sináptico predomina: aumento do retorno venoso
sem aumentar resistência vascular periférica
• Antagonistas dopaminérgicos
• Metoclopramida e domperidona: inibem efeito vasodilatador e natriurético da
dopamina e aumentam liberação de NA
• Fluoxetina (Aumento do controle barorreflexo simpático)
• Diidroergotamina (Efeito venoconstrictor)
JCEM 2005;90:5896-5903
NAC – HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA
Conclusão NAC é um marcador de mau prognóstico
Sintomas de NAC ocorrem muito tardiamente na evolução do DM1
• Detecção precoce da NAC (incipiente) por meio de testes reflexos
cardiovasculares e de sistemas computadorizados (VFC por análise
espectral)
• Tratamento adequado e possibilidade de reversão das alterações
autonômicas cardiovasculares
Conclusão
Obrigada !
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