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Ano XII - nº 18 Agosto/Setembro/Outubro 2014 NESTA EDIÇÃO Não temos tempo a perder! O futuro do nosso bairro está em nossas mãos! Veja a opinião de Rodrigo Mauro na página 2. Alguns fatos importantes da nossa região comentados no Balaio e as fotos da Festa das Crianças. Confira na página 3. Para cuidar melhor do nosso bairro, criamos as microrregiões. Descubra o que são e à qual você pertence nas páginas 4 e 5. A moradora dos “Alpes” do Pacaembu abriu sua casa e mostrou a vista que tem para o nosso vale. O Capitão Benites se apresenta aos moradores. Leia na página 6. A bonita erva-de- passarinho é um perigo para árvores. As regras que definem as construções nos bairros da Cia City. Veja na página 7. Você já fez um balanço da herança deixada pela Copa do Mundo? Leia na página 8. PLANOS DE BAIRRO, JÁ! As leis que garantiriam a qualidade de vida em São Paulo, infelizmente, não estão ‘dando certo’. O Plano Diretor, exigência da Constituição Federal, deveria produzir instrumentos de planejamento e regras de utilização dos imóveis da cidade para que todos morassem, trabalhassem e passeassem com conforto, segurança e transporte público à disposição. Os Planos Diretores aprovados para São Paulo assemelham-se a carta de boas intenções, restando à Lei de Zoneamento definir os índices urbanísticos os quais, evidentemente, são sempre mais permissivos em locais da cidade sem condições para receber o novo adensamento. As audiências públicas para discussão da Lei de Zoneamento, promovidas pelo Poder Público, são sempre simbólicas: a população e as entidades representativas dos Bairros são ouvidas, suas demandas exibidas na internet para, depois, serem cruelmente arquivadas. O número de participantes é alardeado pela Secretaria de Desenvolvimento, na tentativa de mostrar que a Prefeitura debate, democraticamente, os temas urbanos. Agora, com a aprovação de mais um Plano Diretor da cidade, não foi diferente. Porém, criou-se outro instrumento de planejamento pelo qual temos que lutar muito para que saia do papel: é o Plano de Bairro. O Plano de Bairro tem um caráter local e sua legitimidade se efetiva pela participação de moradores de uma determinada “unidade de vizinhança”, os quais discutem e definem o futuro do seu Bairro. O Pacaembu saiu na frente. Assim que foi aprovado o Plano Diretor, a Viva Pacaembu Por São Paulo chamou os moradores que compareceram em peso e começou- se o verdadeiro processo democrático de participação. Estão sendo debatidos temas relevantes como o tombamento, as restrições contratuais, a vegetação exuberante, o trânsito, a segurança e muitos outros aspectos visando garantir e ampliar a qualidade de vida no Pacaembu. Todos os moradores devem participar dessa ação, mostrar os erros, dar sugestões e, imprescindivelmente, responder ao questionário que será distribuído, garantindo, assim, a participação de todos. O resultado das discussões será traduzido num Projeto de Lei a ser enviado à Câmara Municipal. Caso o Plano de Bairro seja aprovado, será a qualidade de vida do Pacaembu transformada em Lei! Por isso, vamos participar e acompanhar todo o processo até a aprovação da Lei do Plano de Bairro do Pacaembu. Regina Monteiro

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Page 1: NESTA EDIÇÃO - Viva PacaembuAno XII - nº 18 Agosto/Setembro/Outubro 2014 NESTA EDIÇÃO Não temos tempo a perder! O futuro do nosso bairro está em nossas mãos! Veja a opinião

Ano XII - nº 18 Agosto/Setembro/Outubro 2014

NESTA EDIÇÃONão temos tempo a perder! O futuro do nosso bairro está em nossas mãos! Veja a opinião de Rodrigo Mauro na página 2.

Alguns fatos importantes da nossa região comentados no Balaio e as fotos da Festa das Crianças. Confira na página 3.

Para cuidar melhor do nosso bairro, criamos as microrregiões. Descubra o que são e à qual você pertence nas páginas 4 e 5.

A moradora dos “Alpes” do Pacaembu abriu sua casa e mostrou a vista que tem para o nosso vale. O Capitão Benites se apresenta aos moradores. Leia na página 6.

A bonita erva-de-passarinho é um perigo para árvores. As regras que definem as construções nos bairros da Cia City. Veja na página 7.

Você já fez um balanço da herança deixada pela Copa do Mundo? Leia na página 8.

PLANOS DE BAIRRO, JÁ!As leis que garantiriam a qualidade de vida em São Paulo, infelizmente, não estão ‘dando certo’. O Plano Diretor, exigência da Constituição Federal, deveria produzir instrumentos de planejamento e regras de utilização dos imóveis da cidade para que todos morassem, trabalhassem e passeassem com conforto, segurança e transporte público à disposição.

Os Planos Diretores aprovados para São Paulo assemelham-se a carta de boas intenções, restando à Lei de Zoneamento definir os índices urbanísticos os quais, evidentemente, são sempre mais permissivos em locais da cidade sem condições para receber o novo adensamento.

As audiências públicas para discussão da Lei de Zoneamento, promovidas pelo Poder Público, são sempre simbólicas: a população e as entidades representativas dos Bairros são ouvidas, suas demandas exibidas na internet para, depois, serem cruelmente arquivadas. O número de participantes é alardeado pela Secretaria de Desenvolvimento, na tentativa de mostrar que a Prefeitura debate, democraticamente, os temas urbanos.

Agora, com a aprovação de mais um Plano Diretor da cidade, não foi diferente. Porém, criou-se outro instrumento de planejamento pelo qual temos que lutar muito para que saia do papel: é o Plano de Bairro. O

Plano de Bairro tem um caráter local e sua legitimidade se efetiva pela participação de moradores de uma determinada “unidade de vizinhança”, os quais discutem e definem o futuro do seu Bairro.

O Pacaembu saiu na frente. Assim que foi aprovado o Plano Diretor, a Viva Pacaembu Por São Paulo chamou os moradores que compareceram em peso e começou-se o verdadeiro processo democrático de participação. Estão sendo debatidos temas relevantes como o tombamento, as restrições contratuais, a vegetação exuberante, o trânsito, a segurança e muitos outros aspectos visando garantir e ampliar a qualidade de vida no Pacaembu.

Todos os moradores devem participar dessa ação, mostrar os erros, dar sugestões e, imprescindivelmente, responder ao questionário que será distribuído, garantindo, assim, a participação de todos.

O resultado das discussões será traduzido num Projeto de Lei a ser enviado à Câmara Municipal. Caso o Plano de Bairro seja aprovado, será a qualidade de vida do Pacaembu transformada em Lei! Por isso, vamos participar e acompanhar todo o processo até a aprovação da Lei do Plano de Bairro do Pacaembu.

Regina Monteiro

Page 2: NESTA EDIÇÃO - Viva PacaembuAno XII - nº 18 Agosto/Setembro/Outubro 2014 NESTA EDIÇÃO Não temos tempo a perder! O futuro do nosso bairro está em nossas mãos! Veja a opinião

Janeiro/ Fevereiro/Março 20142 3www.vivapacaembu.com.br

ABSURDO! TEM GENTE QUE AINDA LAVA CALÇADA TODA SEMANA!

Por favor, Vizinhos, parem com isso! Deem o exemplo: hoje, inteligente e elegante é quem tem a calçada suja...

Barry Parker: o povo pediu é a Se limpou

Foi difícil e levou algumas semanas, mas, com a ajuda dos moradores e usuários cativos da Praça Arquiteto Barry Parker, conseguimos que a limpeza, poda de árvores e manutenção do lugar fosse executada pela Subprefeitura da Sé.

Wendell Wilkie: o povo pediu, pediu, pediu e foi atendido

Após notificação pelo SAC da PMSP e reforço no Conselho de Segurança do Distrito, a Praça Wendell Wilkie viu-se livre do pequeno acampamento de moradores em situação de rua. Além de espalhar muito lixo pelo jardim todo, ficavam à mercê de torcedores que se juntam no local para beber e fazer ‘aquele churrasquinho’ enquanto esperam a hora do jogo.

Furtos e roubos não podem tornar-se rotina no bairro.

Tivemos informações de furtos/roubos a residências do nosso bairro, além de

tentativas que não se concretizaram. Os casos semelhantes induzem crer que se trata de uma ou mais quadrilhas especializadas nesses tipos de crimes, aleatórios e oportunistas. O acesso às casas é feito durante o dia, quando acredita-se não haver ninguém no local. São cerca de 5 pessoas, bem trajadas:uma fica num carro popular, enquanto as demais entram com a ajuda de uma chave mestra. Reviram a casa toda à procura de valores. Fiquem atentos!

Iluminação para quem não tem farol

A PMSP vem instalando iluminação de calçada que privilegia o pedestre e não somente o espaço do automóvel. Com essa claridade, não só fica mais seguro o caminhar noturno - ficam visíveis possíveis obstáculos -, como também ajuda na segurança de eventuais aproveitadores: a luz inibe ações de malfeitores.

Rodrigo Mauro

É TEMPO DE DECISÃO SOBRE O NOSSO BAIRROAté o momento foram realizadas 3 reuniões com o tema “Plano de bairro”, sob a coordenação da arquiteta e urbanista Regina Monteiro. Tivemos a presença de 170 moradores interessados no futuro de nosso bairro, conseguindo, assim, delinear o que queremos para a região na próxima década. Distribuímos os participantes em 7 grupos, cada um dos quais abordará um tema específico visando sempre o Pacaembu. São eles: concessionárias; vegetação arbórea; parcelamento/uso e ocupação do solo; Estádio do Pacaembu; superfícies verdes; trânsito e segurança.

A partir daí, esses assuntos serão estudados com mais critério para posterior discussão junto com toda

a comunidade. Finalizados os trabalhos, haverá a apresentação à Câmara dos Vereadores, em janeiro de 2015. Ainda é possível ampliar as equipes. Contamos com a presença e a colaboração de todos os moradores nas próximas reuniões de novembro e dezembro.

A hora de pensar em nosso bairro é agora, pois, depois, será tarde.

Quem tiver sugestões, favor enviar email à [email protected]

Rodrigo Mauro

Editorial

EXPEDIENTE Boletim Informativo Viva Pacaembu Por São Paulo

• Conselho editorialRodrigo Mauro, Iênidis Benfati , Cláudia Sodré, Maria AméliaPerrone, Elisângela Borges, Alberto Milani Jr

• Colaboraram nessa ediçãoRodrigo Mauro , Iênidis Benfati, Regina Monteiro, Cláudia Sodré, Maria Amélia Perrone, Elisângela Borges, Alberto Milani, José Pereira W. Bicudo, Cap Gabriel R. Benites Alves

• Projeto Gráfico : Juan José Balzi

• Jornalista Responsável: Silvio Henrique Barbosa (MTB 19258)

• Diagramação: Rodrigo Cheruti Caetano

• Fotografia : Miriam Rezende Fotografia

• Tiragem: 2800 exemplares

• Gráfica Activa: Fone – 3255-6718

Agosto/Setembro/Outubro 2014

TELEFONES ÚTEISGCM: 153PM: 190Prefeitura: 156Defesa Civil: 199Corpo de Bombeiros: 193LIMPURB: 0800-727-0211CET: 1188SAMU: 1920800-175-717COMGÁS: 08000 110 197ANATEL: 1331ILUME: 0800-779-0156FALTA DE LUZ: 0800 72 72 196

SACPrefeitura:www.prefeitura.sp.gov.brSubprefeitura Lapa:[email protected] Sé:[email protected]

AS CRIANÇAS TOMARAM AS RUAS E FIZERAM A FESTA!A Primavera que enfeita o bairro envolveu o encontro dos vizinhos, no domingo ensolarado de 12 de outubro.

Parecia até uma volta no tempo: nada de aparatos eletrônicos! As brincadeiras tradicionais, que exigem a interação, seduziram as crianças – e também os adultos. Houve muita alegria e animação: amarelinha, pular corda, corrida, jogos com bola...

Como é bom morar no PACAEMBU!

Balaio de Notícias

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Janeiro/ Fevereiro/Março 20144 5www.vivapacaembu.com.brAgosto/Setembro/Outubro 2014

Regiões do Pacaembu e seus Representantes

Avenida Pacaembu:Joy Bar

Cardoso de Almeida:Claudia Sodré

Traipu:Fabrízio Rigout

Araçá:Regina Zaidan

Estádio:Alberto Milani Jr

MICRORREGIÕESConhecer a personalidade de cada região para entender suas necessidades, carências e ressaltar suas qualidades – tarefa que se faz com olhar aguçado, atento às particularidades de cada canto. E muita dedicação!

AS VÁRIAS FACES DO PACAEMBU

Por isso, o nosso bairro foi subdividido, extraoficialmente, em microrregiões. Cada uma delas ficou sob a responsabilidade de um morador local, que tem a responsabilidade de – atuando junto com os Representantes de Rua - ser o zelador e o contato mais próximo dos vizinhos; ele deverá recolher as queixas, observar as irregularidades de uso e ocupação do solo, avaliar a poda de uma árvore, checar a falta de iluminação pública, combater aquele ruído fora do horário permitido e ajudar a encaminhar as solicitações aos órgãos competentes.

A sua participação continua sendo muito importante: registre sua solicitação através do telefone 156 da Prefeitura, anote o número do protocolo e o repasse para a Viva Pacaembu por email: [email protected]

Confira, pelo mapa, com quem você pode colaborar diretamente para que o Pacaembu continue sendo a nossa opção para morar bem.

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Janeiro/ Fevereiro/Março 20146 7www.vivapacaembu.com.br

Segurança

EcologiaPerfil

Meus caros membros da comunidade do Pacaembu!

Sou o Cap PM Benites e há pouco tem-po, especificamente em março, assumi o comando da 3ª Cia do 4º BPM/M, unidade policial que engloba a região do Pacaembu.

O Presidente da Viva Pacaembu con-tou que a comunidade está alarmada com o relato de 18 casos de furtos a residências entre março e outubro. Na verdade, aparecem nos programas es-tatísticos que a PM utiliza apenas 6 casos, ficando notória a subnotificação de algumas ocorrências, o que atrapa-lha em muito o planejamento policial, pois acabamos por não saber do furto em determinados locais; mesmo assim, tentaremos aumentar a sensação de se-gurança no bairro. Para tanto, gostaria de solicitar a colaboração da comuni-dade para adotarmos ações que criem dificuldades contra a atuação desses marginais, haja vista que em sua maio-ria são oportunistas, ou seja, aguardam

o momento mais propício para atuarem - geralmente utilizando-se do fator sur-presa para invadir casas e furtar. Estes meliantes adotam posturas que podem ser facilmente identificadas, principal-mente pelo morador atento, que sabe quem são os frequentadores do local onde mora e, quando aparece alguém diferente, este se torna suspeito; em havendo o acionamento da Polícia Mi-litar, o furtador já não tem a seu favor o fator surpresa e aumenta-se o grau de dificuldade da atuação do meliante o qual, na maioria das vezes, desiste dela.

Portanto, quanto maior for o número de cidadãos engajados nesta árdua missão de adotar posturas de segurança, vigiar ruas e locais que frequentam e acionar a Polícia Militar em casos suspeitos, melhores serão os resultados em rela-ção à nossa tão sonhada sensação de segurança.

Antes de encerrar, seguem três dicas para evitar furtos em suas casas:

1 - Instale e teste periodicamente alar-mes sonoros e/ou luminosos e câmeras de monitoramento que permitam afu-gentar a ação de marginais;

2 - Tenha especial atenção ao trancar portas e janelas quando sair de casa, mesmo por pequenos intervalos;

3 - Quando for viajar, peça para que um vizinho ou amigo recolha a corres-pondência, instale dispositivos auto-máticos para luzes externas e internas, programe aparelhos eletrônicos para serem acionados, sempre procurando dar a impressão de que sua casa está ocupada.

Gabriel Rodrigues Benites Alves Capitão PM – Comandante da 3ª Cia

do 4º BPM/M

É assim, na pequenina Rua Novo Horizonte, nos limites da área tombada do Pacaembu, onde são guardados horizontes de muitas épocas. É lá que mora Thereza Nickelsburg Brandão Teixeira, cujas raízes familiares se confundem com o próprio loteamento da região: a família da sua avó – Burchard - foi responsável pelo loteamento de Higienópolis. Residiu na esquina das ruas Bahia com Piauí.

- Nasci e criei-me no bairro de Higienópolis. Casei-me em 1943 e fomos morar na rua Maranhão. Depois, mudamo-nos, pelo período de dois anos, para o Jardim Europa. Mas, já em 45, voltamos para a região e nos estabelecemos nessa nossa casa, com frente para a Itápolis...

Com um sorriso espirituoso, completou:

- Trocamos o brejo pelos’ Alpes’... Aqui estamos há, praticamente, 70 anos.

Thereza fez ótima parceria com Guita Mindlin, que conheceu no Curso de Restauro do Museu Paulista: ambas fundaram, em 1988, a Associação Brasileira de Encadernação e Restauro, além de montarem cursos para o SENAI e manterem cursos particulares capacitando profissionais de suma importância para preservação da memória do Brasil: encadernação e restauro de livros. Num dos painéis da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, ela comenta sua amizade com Guita:

- Foi uma vivência gostosa.

Aos 94 anos, Thereza é ativa: dirige, faz academia e dá aulas particulares de restauro de livros. No passeio pela

casa, mostrou seu escritório com vista para o vale: o topo verde das árvores do Cemitério do Araçá que ficam ao fundo é entrecortado pela pitangueira do seu jardim.

Após o café, me dou conta que o tempo voou entre as risadas e tantas outras histórias que não couberam aqui.

Alberto Milani Jr.

Espaço Cia City

A Cia. City já quando do desenvolvimento de seu primeiro bairro, em 1915, entendia que o parcelamento de solo deveria colaborar para a melhor ocupação do espaço e promover no curto, médio e longo prazo, o desenvolvimento equilibrado de uma região, e porque não dizer, da cidade.

Inspirando-se no conceito Garden-City, ou bairros-jardim, a City incorporou em seus projetos parâmetros que se vêm modernos, até os dias atuais, tal como, valorização do solo permeável, estímulo à criação de espaços públicos, respeito à topografia e, não menos importante, o registro de regras, em escritura, que regulamentam a ocupação do terreno, bem como o seu uso.

E assim os bairros - jardins, tal como

são conhecidos, perpetuam-se como ilhas verdes no meio do cinza da cidade de São Paulo.

Tais regras, conhecidas como restrições edilícias do loteador, são as bases que regulamentam o crescimento orgânico dos bairros City. Algumas vezes questionadas, as restrições foram corroboradas pela instância máxima judicial, o Superior Tribunal de Justiça, num movimento de defesa à qualidade das regiões urbanizadas pela companhia.

Cada bairro possui, portanto, regras urbanísticas gerais. Alguns lotes, de acordo com suas condições topográficas ou localização, podem ter regras de ocupação específicas. Todas estas informações estão cravadas nas escrituras primárias dos terrenos. Como - com o passar dos anos e

da transmissão dos imóveis entre gerações - tais informações podem se perder, a Cia. City disponibiliza aos interessados o seu acervo histórico que contém as escrituras primitivas dos imóveis de cada bairro.

Aos moradores que quiserem consultar o acervo City, favor encaminhar uma mensagem eletrônica para [email protected]. Teremos enorme prazer em compartilhar a história de seu terreno e de sua casa, inseridos em espaços públicos e comunitários qualificados.

José Pereira W. BicudoCia City

Agosto/Setembro/Outubro 2014

PRESERVAR A MEMÓRIA PARA ENRIQUECER O TEMPO

Regras Edilícias: parâmetros de ocupação do bairro

Os índios já conheciam esta hemiparasita de árvores, erva de passarinho - nome científico é Psittacanthus robustus. Tem ampla distribuição no bioma do Cerrado e atacam, principalmente, representantes da família Vochysiaceae (de nomes populares como cinzeiro, gomeira, pau-terra, pau-terra-roxo).

O nome - erva de passarinho - provavelmente se originou da palavra indígena Tupi güirá repoti que quer dizer, literalmente, excremento de pássaro. Nos meses de inverno, quando o alimento fica mais escasso, as aves se alimentam da semente dessa planta; algumas dessas sementes contém uma substância purgante, iniciando assim a disceminação da hemiparasita, que suga, através de suas raízes, a seiva elaborada das árvores e acaba por matá-las, se não houver o cuidado adequado.

Essa erva é uma planta atraente por

sua floração amarela, com abundante néctar para os pássaros. Porém, ela ainda abriga uma espécie de percevejo em suas raízes e ramos; esse animalzinho produz exudato açucarado que é utilizado como alimento pelas formigas e fornece defesa, durante o dia, para os predadores de percevejos.

Esta hemiparasita contribui para o equilibrio da biodiversidade. No entanto, nos espaços urbanos, tornou-se um problema, pois acabam matando os espécimes arbóreos em que se alojam.

A única maneira de acabar com a infestação é procedendo a poda do ser infestado. O manejo com melhor resultado é pegar a infestação no início, porque as podas mais severas pode matar a árvore.

Ressalte-se a importância do cuidado com a vegetação; por isso insistimos tanto com as Subprefeituras da Sé e da

Lapa para que melhorem os cuidados com as árvores do bairro.

Maria Amélia Perrone

ERVA DE PASSARINHO

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REUNIÕES VIVAPAC

03/11/201401/12/201405/01/2015

Sala de Imprensa, Estádio

do Pacaembu, Portão 23 -

Rua Capivari, às 20hs

O CONTEÚDO DAS MATÉRIAS ASSINADAS É DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.

Cartas à redação: [email protected]

CADÊ A HERANÇA?

A Copa do Mundo de Futebol é passado. Aos trancos e barrancos, acabou dando tudo certo. Na época, justificavam-se os custos afirmando que o povo receberia uma herança rica. Verdade? Acho que não.

Na época, o entorno do Pacaembu parecia primeiro mundo: trânsito fluía, não havia estacionamento irregular, os flanelinhas haviam desaparecido e os gatos sobreviviam pois não viravam mais churrasco. Os muros e jardins das residências - apesar da seca e de não poderem ser lavados para economizar água – não fediam... Provou-se que, com boa vontade e empenho, é possível

pôr ordem no caos!

Agora que as luzes se apagaram, vive-se o fim de festa, maquiagem borrada, roupas desalinhadas, pés doídos, sujeira no chão... Três meses depois, o que se vê em São Paulo? As ruas recomeçam a ficar com o calçamento esburacado, as placas indicativas dos caminhos que deveriam ser retiradas continuam a balançar nos postes (aliás, nada contra as tais placas, é tão somente uma questão de cumprir o acordado) e a segurança escorregou ladeira abaixo.

Hoje, o bairro está entregue aos ratos; eles circulam pelas ruas, em carne e

osso e também metaforicamente: os roedores têm a companhia das baratas e os moradores, que não pagam IPTU barato, estão sozinhos lutando contra os camelôs (que, sem licença, vendem em suas portas comidas de providência duvidosa) e, em dias de jogos, tentam entrar/sair de suas garagens (impedidos que são pelos carros deixados em frente aos seus portões).

As autoridades? Estão surdas, mudas, cegas... A herança trazida pela Copa? Um conto de fadas: era uma vez! Acredito que nunca existiu!

Cláudia Sodré

SER INTELIGENTE É ECONOMIZAR ÁGUA. PRESERVE A VIDA.