nesta ediÇÃo enrolaÇÃo até quando vamos acredit ar nas

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NESTA EDIÇÃO Debates sobre o pré-sal e a nova legislação do setor Pág. 6 COREN/PR MANIFESTAÇÃO EDITORIAL COLUNA CULTURAL Posse do novo conselho Pág. 2 Marcha lembra um ano de con- fronto na Syngenta Pág. 4 Solidariedade ao povo boliviano Pág.4 Escolhas Pág. 2 Filme: A Vida dos Outros Pág. 8 ENROLAÇÃO O PRÉ-SAL É DO POVO DESCASO SISMUC - Rua Monsenhor Celso, 225 - 9º andar - Centro - 80.010-150 - Curitiba/PR JORNAL 4 6 N O V E M B R O D E 2 0 0 8 Servidores da guarda municipal precisam de valorização Pág. 6 Até quando vamos acreditar nas promessas da prefeitura? Pág. 3 ATO CONFLITO CONQUISTA Tirem as tropas do Haiti Pág. 5 POSSE Nova diretoria do SINSEP Pág. 7 Projeto de Lei que regulamenta as profissões de ACD e THD Pág. 7 FINANCEIRO Demonstrativo de receitas e despesas Pág. 7

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Page 1: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

NESTA EDIÇÃO

Debates sobre opré-sal e a novalegislação do setorPág. 6

COREN/PR

MANIFESTAÇÃO

EDITORIAL

COLUNA CULTURAL

Posse do novo conselhoPág. 2

Marcha lembra um ano de con-fronto na SyngentaPág. 4

Solidariedade ao povo bolivianoPág.4

EscolhasPág. 2

Filme: A Vida dos OutrosPág. 8

ENROLAÇÃO

O PRÉ-SAL É DO POVO

DESCASO

SISMUC - Rua Monsenhor Celso, 225 - 9º andar - Centro - 80.010-150 - Curitiba/PR

J O R N A L 4 6 N O V E M B R O D E 2 0 0 8

Servidores da guardamunicipal precisam devalorizaçãoPág. 6

Até quando vamosacreditar naspromessas daprefeitura?Pág. 3

ATO

CONFLITO

CONQUISTA

Tirem as tropas do HaitiPág. 5

POSSENova diretoria do SINSEPPág. 7

Projeto de Lei que regulamenta asprofissões de ACD e THDPág. 7

FINANCEIRO

Demonstrativo de receitas edespesasPág. 7

Page 2: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

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Editorial

SISMUC

jornal do

EXPEDIENTEDIRETORIA SISMUCGestão Reconstruir pela Base

Presidente:Irene Rodrigues dos Santos

Secr. Geral:Jucimara do Rocio

Secr. de Finanças:Ilma Bomfim

Secr. de Administração eInformática:Suely Terezinha de Souza Araújo

Secr. de Assuntos Jurídicos:Marilena Silva

Secr. de Formação Sindical / Est.Sócio Econômicos:Delourdes de Barros Franco

Secr. de Imprensa e Comunicação:Alessandra Claudia de Oliveira

Secr. de Assuntos Culturais:Pedro da Silva Moreira

Secr. de Organização:Vera Lúcia Armstrong, Marcela AlvesBomfim, Rosilene dos Santos da Cruze Suely Aparecida do Prado

Conselho Fiscal:Ivanira Bianchi, Lindaci Rodrigues deSousa, Benedita Maria de FátimaSousa e Augusto Luiz da Silva

Suplentes da DiretoriaSalvelina Borges, Ângela RochaMontagner, Geraldo Batista Gonçal-ves, Mauro César Nogueira Diniz,Paulo Canova Filho, Fabiana José daSilva, Mariana Colbert e PatrickLeandro Baptista

SISMUCSindicato dos Servidores PúblicosMunicipais de Curitiba.Endereço: Rua Monsenhor Celso,225 - 9º andar - Centro - 80.010-150 -Curitiba/PR.

Fone/Fax: 3322-2475Email: [email protected]: www.sismuc.org.brJornalista Responsável: RosangelaCosta - 6183 DRT - PRDiagramação: Rosangela CostaImpressão e Fotolito: GráficaHelvéticaTiragem: 12.000 exemplares

lgumas pessoas in-sistem em se com-portar na vida

como se estivessem senta-dos num teatro a ver a peçadesenrolar na sua frente semque dela participe. Ignoramque somos todos parte dodrama e sentimos na pele ador e o prazer de viver con-forme as nossas escolhas. Parece comum dialogar-mos com pessoas que com-partilham inertes uma espé-cie de gosto azedo pela vida.Seja na sociedade e suas re-lações com os fatos cotidia-nos, na convivência com oscolegas no local de trabalho,com a política, com a açãosindical, com a luta pela so-brevivência, com a disputaentre os que tem poder e osque querem poder viver li-vremente.

Esta inércia envenena.Tanto comodismo se aglutinaem tumores que embotam obrilho da vida, ofuscam suaretina fazendo enxergar so-mente as tristezas e fracas-sos das relações baseadasem trocas ilícitas, negocian-do a própria dignidade. Paranossa própria saúde, quemvive e pulsa precisa de do-ses maiores de ação. Nossoestar no mundo não pode seralgo a ser suportado e nãogozado. Sonhamos acorda-dos pelo tempo em que a do-minação se transforme emcompanheirismo e a solida-riedade seja mais que umapalavra.

É preciso mudar os fatose fazer uma corrente pelatransformação. Se é mesmoque desejamos ver mudar oestado de coisas que nos

envolvem. Para enfrentaresta situação é necessária acompreensão consistente donosso lugar no mundo. É crí-tico fazer um exame da nos-sa real participação na vidaem sociedade, do nosso pe-queno pedaço de mundo,começando pelo o que estáem nosso alcance.

Queremos chamar aten-ção para recuperar em nos-sos pares sua convicção, suacapacidade de organizar-se,seu poder transformador deexpressar sua revolta diantede um quadro de injustiçassociais cada vez mais sufo-cantes, e muitas vezes impu-nes com nossa colaboraçãoinerte.

Acrescente esperançaem sua luta. Enfrente a dore a dificuldade para recupe-rar em você sua credibilidadecomo ser humano, que tema capacidade de se indignare transforma sua indignaçãoem ação. Queremos vervocê pulsar por dias melho-res, passo a passo conquis-tados, com o prazer e a dorde ter coragem para gozar avida e não apenas suportá-la. Bem vind@ a luta!

Escolhas

Participem do jornal da gestão “Reconstruir pela Base”.Mande sua sugestão, crítica ou colaboração. Cartas para oendereço eletrônico [email protected], pelo fax (41)3322 2475 ou pelo correio: Rua Monsenhor Celso, 225, 9°andar – CEP 80.010-150 - Centro. E se preferir, venha pes-soalmente.A direção do Sismuc aguarda sua visita.

Marilena Silva,

diretora do Sismuc

Posse do novo conselhoA categoria de enfermagem tem nova

direção a partir de outubro

O Conselho Regional de En-fermagem do Paraná (Coren-PR) definiu em Plenária, nodia 20 de outubro, os cargosda nova Diretoria que estarácomandando a Entidade noperíodo de 31 de outubro de2008 a 30 de outubro de 2011.A solenidade de posse e aPlenária foram realizadas na

sala de reuniões da sede do Coren. No dia 31 de outubroacontecerá a posse definitiva da nova diretoria.

A nova gestão foi eleita no mês de junho pela categoriae vai assumir a direção do Coren respaldada para realizaras mudanças necessárias. Com a maioria absoluta dosvotos, a chapa única, tendo Montgomery Pastorelo Benitescomo cabeça-de-chapa, recebeu 74% dos votos válidosna eleição presencial em Curitiba. No interior do Estado,onde a eleição foi feita por correspondência, a chapa teve53% dos votos.

O processo eleitoral foi tumultuado. No dia da eleição,extensas filas se formaram no local de votação. Desdeentão, as entidades representativas da categoria se mobi-lizaram para garantir que o pleito fosse mantido, além derespeitar a democracia e o desejo de se construir um novomomento para a Enfermagem Paranaense. Por isso, oSismuc esteve presente nas reuniões do Fórum em defesada Enfermagem e estará acompanhando a nova gestão.Esperamos contar com o apoio do Coren-PR nas lutas dacategoria, bem como no controle social do SUS.

A presidente do Sismuc Irene Rodrigues dos Santosfalou sobre a necessidade de uma maior valorização dacategoria nesse novo tempo. “Estamos otimistas quantoao trabalho a ser realizado pela nova Diretoria à frente doConselho. Por isso, apoiamos a legitimidade da votação”.

Coren/PR

Page 3: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

Jornal 4 6 / N o v e m b r o de 2008 3

PMC promete, mas não cumpre!

uitos servidoresainda não acre-ditam na possi-bilidade de

extinção do ICS. O sindica-to tem feito diversas açõesem defesa do instituto, maspercebemos que o númerode servidores presentes nes-sas mobilizações poderia sermuito maior. Será que a ca-tegoria já se esqueceu daspromessas não cumpridaspela administração?

A última promessa acon-teceu no dia 14 de agosto,onde o secretário de gover-no Rui Hara, em audiênciapública com os servidores, secomprometeu em agendaruma reunião com as asses-sorias jurídica do ICS e dossindicatos para discutir sobrea ação do instituto. Já se pas-saram dois meses e até ago-ra a administração não semanifestou.

A administração des-cumpriu várias vezes o quefoi acordado em mesa denegociação. E quando umainstituição não cumpre comum acordo, não merece aconfiança e o respeito dacategoria. Por isso, não po-demos mais aceitar esta fal-ta de compromisso.

Queremos lembrar a to-dos os servidores e servido-ras, algumas promessas quea prefeitura não cumpriu nosúltimos quatro anos.

Em 2005

– Prometeu zerar a inflação - Em 19 de maio, a adminis-tração municipal representada por seus secretários de go-verno e finanças, assinou acordo comprometendo-se a re-cuperar as perdas ao longo da gestão do prefeito Beto Richa.Fato que nunca ocorreu. Conforme estudos do Dieese emmarço de 2008 acumulamos uma perda de 15,23%.

– Jornada de 30 horas para a saúde – O secretáriomunicipal da saúde disse que a partir de agosto de 2005seria implantado a jornada de trabalho de 30 horas para osservidores da saúde. Até agora isso não aconteceu. Todosos anos a categoria coloca em pauta esta reivindicação.

Em 2006

– Comissão de análise da alimentação – Ficou acorda-do na mesa de negociação a criação de uma comissão paraacompanhar a lei 11650 (alimentação), a partir de maio domesmo ano. Os sindicatos cumpriram sua parte e oficia-ram o nome dos seus representantes. Mas até o momentoa administração não homologou a comissão.

Em 2007

– Faltas dos educadores - “Como forma de continuar-mos o diálogo e as negociações temos a informar a todosos servidores que os dias não trabalhados durante a parali-sação não terão reflexo (desconto) na folha de pagamentodo mês de fevereiro. Esperamos contar com o voto de con-fiança de todos os servidores para o retorno ao trabalhomantendo o dia 05 de março como reinício das reivindica-ções já existentes, assim como da medida cautelar deferida

E você, continuará acreditando até quando?

pela justiça”. Este foi o conteúdo do documento encami-nhado à categoria. Mas a PMC novamente não cumpriucom sua palavra. Todos os servidores que aderiram à gre-ve tiveram os dias descontados e foram prejudicados nosprocedimentos do Plano de Carreira. E no dia 5 de marçonão houve negociação dos dias parados, mesmo com a ca-tegoria disposta a repor esses dias.

Em 2008

– Assedio moral - Na mesa de negociação, a administra-ção responde que o tema assédio moral é de competênciada Câmara Municipal, Diante da resposta os Sindicatosprocuraram o Legislativo que aprovou o projeto de lei apre-sentado pela vereadora professora Josete. Mas o prefeitoBeto Richa vetou o projeto alegando ser competência daadministração.Até agora a PMC não tomou nenhuma ati-tude para inibir o assédio moral no serviço público.

– Remuneração variável – Secretaria Municipal de Ur-banismo e Fundação Cultural se comprometeram em im-plantar o PPQ ainda em 2008. Até o momento não saiu odecreto.

– Risco Social da FAS – Comissão de servidores e admi-nistração estão realizando reuniões e estudos para areimplantação do risco social, mas a administração da FASaté o momento não se manifestou.

– Cursos de 180 horas – Foi acordado na mesa de nego-ciação que os cursos de aperfeiçoamento com carga horá-ria de 180 horas seriam aceitos no procedimento de cresci-mento vertical. Com o descumprimento da PMC o sindi-cato tomou as medidas cabíveis e a prefeitura voltou atrás.

Promessa vai,Promessa vai,Promessa vai,Promessa vai,Promessa vai,

promessa vem,promessa vem,promessa vem,promessa vem,promessa vem,

e minha carae minha carae minha carae minha carae minha cara

continua àcontinua àcontinua àcontinua àcontinua à

mesma!!!mesma!!!mesma!!!mesma!!!mesma!!!

Desrespeito

Promessas não cumpridasRelacionamos abaixo algumas promessas que não foram cumpridas pela administração

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ntegrantes da ViaCampesina e do Movi-mento dos Trabalhado-res Rurais Sem-Terra

(MST) promoveram um atona manhã de terça-feira, 21de outubro, para relembrarum ano da morte do lídersem-terra Valmir Mota deOliveira, conhecido comoKeno, em Santa Tereza doOeste, no Paraná.

Keno foi executado no dia21 de outubro de 2007, poruma milícia armada contra-tada pela multinacional suiçaSyngenta Seeds, após areocupação da área onde aempresa fazia experimentosilegais com organismos ge-neticamente modificados.

Além de Keno, o segu-rança particular Fábio

Marcha lembra um ano de confronto na Syngenta

Ferreira de Souza tambémmorreu durante o conflitoentre os sem-terra e os se-guranças. Outras cinco pes-soas ficaram feridas.

Cerca de mil pessoas par-ticiparam do evento, que co-meçou com uma passeatasaindo pela BR-277 e seguiuaté o local da morte de Keno.Na entrada da fazenda, oscamponeses enterraramuma cruz de cedro, que pelatradição popular, brota umanova árvore, simbolizando acontinuidade da vida. Porvolta das 12h40, uma cele-bração ecumênica ministra-da por reverendos da IgrejaAnglicana e da Igreja Cató-lica de Cascavel, também noOeste, encerrou o ato.

No dia 14 de outubro,

ovimentos soci-ais, sindicatos,partidos políticose entidades liga-

das à luta social realizamatos por todo o país em so-lidariedade ao povo bolivia-

no Evo Moralese retomar o con-trole absoluto so-bre o país vizinho,e em especial so-bre o gás e os de-mais hidrocar-bonetos.

Escritórios dogoverno federalforam atacados,destruídos e rou-bados, feiras emercados popu-lares de indíge-nas foram saque-ados. No maisagressivo dos

ataques, pelo menos 30 pes-soas foram mortas por gru-pos armados.

A situação ainda seguetensa e até agora não se che-gou a nenhum acordo quepusesse fim às ameaças de

retomar as ondas de saquese violência que geraram osmassacres anteriores daspopulações pobres.

A história do povo, que éem sua maioria indígena, émarcada pela fome e pelamiséria frutos da exploraçãoburguesa, associada àsmultinacionais do gás, porpecuaristas e fazendeiros, osquais detêm o monopólio daterra.

Por isso, apoiamos a lutapopular boliviana e do gover-no Evo Morales em implementar as mudançassociais necessária  na cons-trução de uma sociedade li-vre da exploração, mais jus-ta e fraterna.

Em CuritibaEntidades sindicais e a

Coordenação dos Movimen-

tos Sociais - CMS, promo-veram no mês de setembrodiversos atos em solidarieda-de ao povo boliviano. As ma-nifestações aconteceram naBoca Maldita, onde foramdistribuídos panfletos con-tendo um manifesto das or-ganizações populares. O documento afirma quea luta pela integração eemancipação dos povos emcurso no continente sul-ame-ricano, que impulsiona a as-censão ao governo de lide-ranças progressistas, comode Evo na Bolívia, contrariaos interesses de grandes gru-pos capitalistas nacionais etransnacionais, principal-mente dos Estados Unidos,que enriqueceram as custasda exploração dos povos edos seus recursos naturaisestratégicos.

Centenas de pessoas participaram do ato que aconteceu na cidade de Santa Tereza do Oeste

durante a Escola de Gover-no do Paraná, a Syngentacedeu a área de 123 hecta-res, palco do confronto, ao

no. No mês de setembro,uma escalada de violênciatomou o leste da Bolívia.Grupos civis da direita fas-cista tentaram impor um gol-pe separatista ao país, comvistas à derrubada do gover-

Luto

Estado do Paraná. A ViaCampesina informa que con-sidera um avanço a entregada área, mas acredita que

somente isso não é suficien-te para resolver o conflito epunir os responsáveis peloassassinato.

Manifestantes seguem em passeata até o local da morte de Keno (foto ao lado)

Ato em solidariedade ao povo boliviano

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Page 5: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

Jornal 4 6 / N o v e m b r o de 2008 5

esde 2004, o Haitiestá sob a ocupa-ção militar de tro-pas da ONU,

encabeçada pelo exércitobrasileiro. Longe de cumprirum papel humanitário, a pre-sença das tropas vem signi-ficando um maior sofrimen-to para a população miserá-vel deste país.

O Haiti é o país mais po-bre da América Latina. 80%da sua população vive abai-xo da linha da pobreza, 47%da população é analfabeta,3,4% possuem o vírus daAIDS, 75% das crianças nãosão vacinadas, e a expecta-tiva de vida é de 51 anos (amédia na América Latina éde 69 anos).

A movimentação doexército brasileiro para inva-

dir o Haiti é a maior desde asegunda guerra mundial. São1200 efetivos entre soldadose fuzileiros navais, que juntocom tropas do Uruguai,Paraguai, Argentina e Chile,mantêm o território haitianoocupado.

As Tropas de “Paz” daONU chegaram ao país cer-cada de mitos. Afirmavamque seria uma missão de pazpara controlar a violência egarantir a segurança da po-pulação. Não precisou mui-to tempo para os haitianosperceberem que o objetivodos invasores era outro.Após três anos de ocupaçãoda Minustah (Missão de Es-tabilização das Nações Uni-das no Haiti) os problemasdo país e do povo se agrava-ram.

Para combater supostasgangues, a Minustah faz in-cursões nas favelas e bair-ros populares do Haiti, levan-do mais violência e terror àpopulação. Crianças têmmorrido vítimas de tirosindiscriminados. A falta derespeito é maior nas zonasrurais e periferias.

A situação das mulheresé ainda mais vulnerável. Sãomuitos casos de estupro eassédio sexual feitos por sol-dados estrangeiros. Muitassão chefes de família, masestão impossibilitadas de ga-rantir seu sustento, pois, di-ante da ameaça das tropas,ficam impedidas de selocomover com segurançapara trabalhar. Diversos ór-gãos internacionais de direi-tos humanos já se pronunci-

Tirem as tropas do Haiti!aram qualificando degenocídio a ação das tropasda ONU no Haiti.

Outro aspecto do papelrepressivo contra a popula-ção cumprido pelos “capace-tes azuis” da Minustah é emrelação às manifestaçõespopulares. Com a ajuda das

Jornada de LutasA Semana Antiimperialista na América Latina e no

Caribe aconteceu dos dias 10 a 18 de outubro. O objetivofoi realizar mobilizações coordenadas em toda a AméricaLatina contra a exploração imperialista, combinando comlutas específicas em cada país.

Durante toda a semana ocorreram atos, protestos, se-minários e outros eventos. As manifestações acontece-ram simultaneamente em várias cidades do Brasil e emoutros países latino-americanos e caribenhos, como Ar-gentina, Bolívia, Paraguai e Haiti.

Bandeiras de Luta

- Aumento Geral dos Salários, Contra a Carestia!

- Redução da Jornada de Trabalho, Sem Banco de Ho-ras!

- Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais!

- O Petróleo Tem que ser Nosso. Petrobrás 100% Esta-tal!

- Fora as Tropas do Haiti!

- Todo Apoio a Luta do Povo Boliviano!

tropas, todas as passeatassão interrompidas e ataca-das, sob a justificativa de quesão gangues que organizamas manifestações contra osinvasores.

Com informações do site da

Conlutas

O Haiti não precisa de tropas de ocupação e sim de brigadas de saúde, alfabetização e de ajuda com infra-estrutura

Conflito

Page 6: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

6F

oto

: D

avi

Mac

edo

s mega reservas depetróleo descober-tas na costa brasi-

leira farão do nosso país umadas três maiores nações pe-trolíferas do mundo. Locali-zadas em águas ultra-profun-das, abaixo da camada de sal

– o chamado Pré-Sal, essasreservas deveriam ser inte-gralmente do povo brasilei-ro, não fosse a açãoentreguista dos neoliberais,que acabaram com o mono-pólio estatal e abriram a ex-ploração das nossas jazidaspara as empresas priva-das. A atual legislação (Lei9.478/97) permite quemultinacionais explorem eproduzam o petróleo e gás doBrasil, se apropriem das nos-sas riquezas e façam o quequiser com elas.

Imaginem quantos bi-lhões estas empresas têmlucrado, explorando nossosrecursos minerais! Um pre-juízo imenso para a nação!Por isso, é URGENTE uma

Sindicatos e Movimentos Sociais intensificam debates sobre o pré-sal e a nova legislação do setor

nova legislação para regulara indústria de petróleo, ga-rantindo que as reservas gi-gantescas recém descober-tas sejam controladas peloEstado e que as riquezas pro-duzidas sejam utilizadasprioritariamente em benefí-cio do povo brasileiro. 

A FUP (Federação Úni-ca dos Petroleiros) e os sin-dicatos filiados também lan-çaram no primeiro dia de suacampanha um abaixo assina-do para apresentar ao Con-gresso Nacional um projetode lei de iniciativa popular,visando a consolidação domonopólio estatal do petró-leo, o fim das concessõespara exploração das reser-vas, a destinação social dos

recursos gerados por estasatividades e o fortalecimen-to da Petrobras enquantoempresa eminentemente pú-blica.

A meta é coletar 1,3 mi-lhão de assinaturas para en-caminhar o projeto de lei deiniciativa popular. Para isso,a FUP participou no dia 3 deoutubro de um debate com aCoordenação dos Movimen-tos Sociais (CMS),  na sededa CUT, em São Paulo. No

O que é pré-sal?O pré-sal é uma camada de reservatórios que se encon-tram em camada de sal que abrange o litoral do EspíritoSanto a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros deextensão por até 200 quilômetros de largura, em lâminad’água que varia entre 1,5 mil e 3 mil metros e soterramentoentre 3 mil e 4 mil metros.

O Pré-Sal é do povo!

A guarda municipal precisa de investimentosValorização

Baixos salários e carga horária excessiva são alguns dos problemas enfrentados pela categoria

debate, as lideranças doMST, UNE, Via Campesina,Ubes e Coletivo Intervozes,entre outras, decidiram for-talecer o movimento nacio-nal em defesa da soberania.

O Sismuc participa destacampanha e já está coletan-do assinaturas. Em breve oabaixo-assinado estarádisponivel para impressão nosite do sindicato. Participe!

Com informações da FUP

Mobilização

população curiti-bana reconhece evaloriza o trabalho

da guarda municipal. As fun-ções da categoria vão alémdas suas atribuições. E é porisso que muitas vezes atésubstituem o trabalho da po-lícia militar. Mas será esseo seu papel? Qual é o efeti-vo da guarda hoje? Eles sãovalorizados por isso?

O triste é saber que o re-conhecimento só vem da po-pulação e não da administra-ção pública. A guarda hojenecessita de formação,capacitação, reciclagem detiro, acompanhamento psico-lógico, acompanhamento ju-rídico, ou seja, uma ouvidoriaque funcione a seu favor.

O salário inicial de umguarda é de R$ 661,19. Mui-to abaixo do salário de umvigilante. E para engordar osvencimentos, os servidorescumprem uma carga horáriade até 11 horas diárias e comescalas nos finais de sema-na. E mesmo com essa car-ga horária excessiva, quan-do convocados para algumaatividade, os trabalhadoressão obrigados a comparecermesmo que já tenham cum-prido seu horário de traba-lho.

A guarda municipal é umadas categorias que prestamserviço em todas as secre-tarias. E na maioria das ve-zes não possuem lugar paraguardar os seus pertences e

muito menos para descansar.Suas condições de trabalhosão tão precárias que já fo-ram alojados até em jaula deleão.

A alimentação tambémfica a desejar. Alguns ser-vidores recebem marmita eoutros o auxílio pecúnia. Amarmita é de péssima qua-lidade, como já foi denun-ciado diversas vezes pelosindicato. Outro problemaenfrentado pela categorianos locais de trabalho sãoas perseguições e o assé-dio moral.

Todos esses problemaspoderiam ser resolvidos sea administração valorizas-se seus servidores. A pre-feitura de Curitiba poderia

contribuir melhor com a se-gurança pública, mas nes-ta administração não se in-veste em estrutura, muitomenos em salário.

A Guarda tem que servalorizada, em benefício daprópria comunidade quepede por segurança. Porisso, o Sismuc continuarálutando intensamente pelavalorização desses profis-sionais, que prestam umserviço essencial à popula-ção.

E as portas do sindicatoestarão sempre abertaspara discussões, dúvidas,denúncias e sugestões.Vamos continuar juntos,buscando caminhos de for-talecimento da categoria.

Page 7: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

Jornal 4 6 / N o v e m b r o de 2008 7

Nova diretoria do SINSEP

nova diretoria doSindicato dos Ser-vidores Públicos

Municipais de São José dosPinhais- SINSEP, eleita emagosto, tomou posse no dia5 de setembro no Ginásio NeiBraga, no Centro de SãoJosé. O evento contou coma participação de militantesda categoria e dirigentes deentidades sindicais.

vidores municipais da baseda CUT, como o Sismmac eo Sismuc, lutaram e conquis-taram direitos nos debatessobre revisão ou implemen-tação do plano de cargos esalários, em São José dosPinhais nossa categoria per-deu direitos. Esse é apenasum exemplo da atuaçãoomissa que era perpetradano Sinsep”, destacou.

 Ainda de acordo comCastanho, a nova gestão vaidar prioridade às seguinteslutas: revisão do estatuto dosservidores, do plano de car-gos e salários e do enquadra-mento; instauração de umsistema de saúde para osservidores públicos de SãoJosé dos Pinhais; transparên-cia no processo de avaliaçãodos servidores, com critéri-os objetivos e garantia dedefesa.

Matéria de Davi Macedo adapta-

da para o jornal do Sismuc

Eleição

Chapa que teve apoio do Sismuc toma posse em São José dos Pinhais

Chapa 2 - Ação e Transformação: Por um Sinsep de luta!

Demonstrativo de Receitas e Despesas - Abril a Julho de 2008

Curitiba - PR, 15 de Setembro de 2008

PAULO ANTONIO DE ARAUJO E SILVA CRC-PR CO- 31445/0

IRENE R.DOS SANTOS

A Chapa 2 - Ação eTransformação: Por umSinsep de luta!, liderada pelocompanheiro Nelson Casta-nho Mafalda, teve vitória es-magadora sobre a Chapa 1.   Para Castanho, novo pre-sidente do Sindicato, o resul-tado reflete o despertar deuma outra visão desindicalismo na categoria.“Enquanto sindicatos de ser-

Foi aprovado no dia 15 de outubro de 2008,  na Co-missão de Cidadania e Justiça do Senado Federal o PLC003/2007, que regulamenta as profissões de Auxiliar deConsultório Dentário e Técnico em Higiene Dental. Agorao projeto vai à votação no plenário do Senado  e em se-guida para sancionamento do presidente Lula.

Com a aprovação do projeto, o exercício profissionalsofrerá algumas modificações. Entre elas a exigência de2° grau para os profissionais auxiliares de consultóriodentário. E isto terá reflexo direto no Plano de Carreirasda PMC, que classifica ACD como profissional de nívelbásico. A nomenclatura da profissão também irá mudare passará a se chamar “Auxiliar de Saúde Bucal e Téc-nico em Saúde Bucal”.

A aprovação desse projeto é fruto de processo denegociação entre o Ministério da Saúde e entidades re-presentativas da odontologia. A presidente do Sismuc epresidente da Câmara Técnica de Registro ACD/THDdo Conselho Federal, Irene Rodrigues dos Santos, temacompanhando o andamento do projeto e não tem medi-do esforços para que a aprovação aconteça o mais rápi-do possível.

A regulamentação destes profissionais é uma luta demais de 20 anos de história e conta com o apoio e parti-cipação do Sismuc no processo de mobilização.

Projeto de lei que regulamentaas profissões de ACD e THD

está pronto para votação

Conquista

Page 8: NESTA EDIÇÃO ENROLAÇÃO Até quando vamos acredit ar nas

8Jornal 4 6 / N o v e m b r o de 2008

AGENDE-SE

Filme: A Vida dos Outros

Novembro

Dia 05AssembléiaRegional BoqueirãoIgreja Batista Vila HauerEndereço: Rua MariaAssumpção, 911 – 3 qua-dras do terminal VilaHauer

Dia 10Coletivo de SaúdeHorário: 19hLocal: Sismuc

Dia 12AssembléiaRegional CajurúParóquia São JoséEndereço: Rua Raul deOliveira, 38 / Vila Ofici-nas – próximo ao terminal

Dia 13AssembléiaRegional PortãoColégio Estadual Pedrode Macedo

Tanto Adeus, Lênin!(2003) quanto Um AmorAlém do Muro (2006) bus-caram na antiga AlemanhaOriental a fonte para históri-as ora tragicômicas, ora ro-mânticas. O drama em ques-tão, vencedor do Oscar 2007de melhor filme estrangeiro,vasculha a história recentecom as tintas cinzentas dasdécadas passadas. Em nar-rativa pontilhada de tensão,o diretor fez pesquisas em ar-quivos e entrevistou histori-adores para a confecção deum roteiro exemplar.

Em 1984, a Stasi, políciasecreta da então Alemanhacomunista, passa a espionar,

a mando de um ministro, osnamorados Christa (MartinaGedeck), uma famosa atriz,e Georg Dreyman(Sebastian Koch), escritor edramaturgo. O político des-confia que eles estariam tra-indo os ideais da pátria. In-terpretado pelo excelenteator Ulrich Mühe, morto emjulho de 2007, o capitão GerdWiesler fica encarregado degrampear o telefone do apar-tamento, escutar e anotartodas as conversas do casal.Aos poucos, o solitárioWiesler percebe que a vidanão se resume a persegui-ções políticas e oculta infor-mações comprometedoras.

Ficha TécnicaTítulo Original: Das Lebender AnderenGênero: DramaDuração: 137 minutosLançamento (Alemanha):2006Direção e roteiro: FlorianHenckel von Donnersmarck

ElencoMartina Gedeck (Christa-Maria Sieland)Ulrich Mühe (Gerd Wiesler)Sebastian Koch (GeorgDreyman)Ulrich Tukur (AntonGrubitz)Thomas Thieme (MinistroBruno Hempf)Hans-Uwe Bauer (PaulHauser)

Endereço: Av. RepúblicaArgentina 2373 – em fren-te ao tubo Morretes

Dia 19AssembléiaRegional Boa VistaCasa da VizinhançaRua Alberto Potier – aolado do Cmei Cassiopéia

Dia 24Coletivo dosaposentadosHorário: 15hLocal: Sismuc

Dia 25Reunião derepresentantesHorário: 9h e ás 14h

Dia 26AssembléiaRegional SantaFelicidadeLocal: Igreja SantoAntônio de OrleansEndereço: Rodovia doCafé, Km 4 – esq. com aRua João Falmarz

Dezembro

Dia 03AssembléiaRegional MatrizLocal: SismucEndereço: RuaMonsenhor Celso, 225, 9°andar/Centro

Dia 06Confraternização dosRepresentantes porlocal de trabalhoAguardem maiores infor-mações

Imposto sindical

A CUT prega o fim doimposto sindical. A dire-ção do Sismuc vai come-çar a ampliar essa discus-são com a categoria. Fi-quem atentos!