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Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM-1º RegiãoDiretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP“O Biomédico e a Toxicologia”,pág. 14

NESTA EDIÇÃOConfira a opinião dos nossos colunistas

Dr.Yussif Ali Mere JrPresidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SIN-DHOSP) e do SINDRibeirão.“O redescobrimento do Brasil”, pág. 28

Ligia Maria Mussolino CamargoSócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa.Ocupa a cadeira nº 24 da AcademiaSantarritense de Letras. “Mas, foi tudo um Sonho... Acordei”,pág. 22

Pedro Silvano GuntherDiretor da Hotsoft“Liberte seu laboratório”,pág. 34

Jerolino Lopes AquinoProfessor Titular de Parasitologia Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UFMT (Aposentado); Presidente da Sociedade Brasi-leira de Análises Clínicas (SBAC) 2015/2016; Presidente do Grupo LCA- Laboratórios Clínicos Associados (SP); Diretor Presidente do Laboratório Carlos Chagas – Cuiabá/MT.“Certificação Digital”, pág. 10

Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tec-nologia de São José do Rio Preto-SP “Questão de Ordem”, pág. 14

Maria de Lourdes Pires NascimentoMD, Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBa, MD“Séries de interpretações dos exames básicos para avaliação da defesa e oxigenação”, pág. 36

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Medicina personalizada e o laboratório; Critério de qualidade para testes genéticos; Zika, dengue e chikun-gunya: mitos e verdades; A gestão do laboratório clíni-co nos dias de hoje e perspectivas futuras; entre muitos outros temas - incluindo abordagens estratégicas para o negócio e técnico-científicas -, compõem a programa-ção do 50º Congresso da Sociedade Brasileira de Pato-logia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), que ocorre entre os dias 27 e 30 de setembro, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.

O presidente do Congresso da SBPC/ML, Armando Fonseca, destaca para este ano a comemoração das 50 edições do Congresso de fomento ao conheci-mento e tecnologia para a Medicina Laborato-rial. O congresso detém a maior feira de novi-dades laboratoriais da América Latina e reúne a maior quantidade de conteúdo voltado para a área laboratorial, este ano com 100 exposi-tores nacionais e inter-nacionais, mais de 400 pôsters científicos apre-sentados de forma eletrônica, mais de 200 conferencis-tas e 5 mil visitantes durante os quatro dias de evento.

De acordo com Fonseca, o congresso tem contribu-ído para a maior visibilidade da especialidade no Brasil. “Nem todos se dão conta de que por trás de toda decisão médica tem um exame de laboratório. A SBPC/ML re-presenta uma classe muito dinâmica, instrumentaliza-da e informatizada”, ressalta Fonseca, lembrando que o segmento foi precursor na integração da informática com a medicina.

Cerca de 70% das decisões clínicas atualmente se baseiam em informações contidas em resultados de exames laboratoriais, sendo que os 16.657 laboratórios existentes no Brasil realizam mais de 1,2 bilhão de exa-mes anuais.

Magnitude - Além do congresso principal, outros quatro eventos são realizados concomitantemente e en-riquecem ainda mais a programação, são eles: 2º Con-gresso Brasileiro de Informática Laboratorial (CBIL), 23º Congresso da ALAPAC/ML (Associação Latino-a-mericana de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial) e os simpósios SBPC/ML & IFCC Joint Symposium 2016 , com International Federation of Clínical Che-mistry and Laboratory Medicine (IFCC), importante instituição internacional da qual a SBPC/ML é filiada, e o The Best of AACC 2016, com a American Associa-tion for Clinical Chemistry.

Outra atração de destaque deste ano será a exposição interativa que vai permitir ao público navegar na história

dos congressos da SBPC/ML, desde o primei-ro, que aconteceu em 1964, em São Paulo. “Foi construído uma espécie de museu para que todos tenham acesso à história da Sociedade e da Me-dicina Laboratorial no Brasil”, diz Fonseca.

Sustentabilidade - Todas as atrações do megaevento estão sendo pensadas sob uma ótica sustentável, com a meta de neutralizar ao máximo as emissões de carbono e os impactos ao meio ambiente. Desde 2011 Fonseca é o grande idealizador das ações sustentáveis, en-tre elas o projeto “Carbonômetro”, que mede e exibe em tempo real números relacionados à emissão de gases de efeito estufa produzidos pelo evento. Essas emissões são compensadas pela SBPC/ML na compra de créditos de car-bono de projetos implantados no Brasil que geram esses créditos pro meio de suas ativi-dades.

Pela primeira vez o congresso traz uma composteira para o reaproveitamento da maté-

Orientações

ria orgânica gerada durante o evento. Todos os restos de alimentos são processados em tempo real e transformados em adubo para fertilizar a grama do centro de convenções SulAmérica. “A ideia é jogar menos de 10% do material orgânico em aterros sanitários”, ressalta o presidente.

Além disso, os expositores são orienta-dos a construir estandes com materiais reci-cláveis e que consomem menos energia elé-trica, água e recursos naturais, e a contratar fornecedores locais para diminuir as distân-cias percorridas pelos veículos de transporte, com a consequente redução na emissão de CO2. Todo o material reciclável será enca-minhado a cooperativas locais e instituições interessadas no reuso.

SBPC/ML comemora 50 edições de Congressos em favor do conhecimento

na prática clínicaEvento espera cinco mil visitantes, 100 expositores nacionais e internacionais, 400 pôsters

científicos apresentados de forma eletrônica e mais de 200 conferencistas

Cerca de 100 em-presas brasileiras e estrangeiras participam da ExposiçãoTécnico-científica

As palestras são apresentadas por mais de 200 especialistas do Brasil, América Latina, Europa e Estados Unidos

Estima-se a presença de 5 mil participantes

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Congresso

A segunda edição do Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial (CBIL) ocorre nos dias 28 e 29 de setembro, durante o 50º Congresso Brasileiro de Pato-logia Clínica/Medicina Laboratorial, no Rio de Janeiro. Sucesso em sua primeira edição, o 2º CBIL oferece aos inscritos visitas guiadas a data centers na cidade do Rio de Janeiro, além de programação ampla que inclui apresentação de casos, con-ferências e mesas redondas. “As visitas guiadas aos centros de comando de gover-no, centros de tecnologia de empresas da área de saúde e hospitais permitirão que os congressistas visualizem na prática a aplicabilidade da tecnologia no atendimento ao paciente e à população”, explica o médico patologista clínico e ex-presidente da SBPC/ML Carlos Ballarati, responsável pela coordenação do evento.

A programação inclui também o TIID (Tecnologia, Informática, Inovação e Disrupção), em que empresas podem apresentar serviços de impacto no mercado, além de conferências e mesas redondas envolvendo temas como: business inteli-gence aplicada ao laboratório, como a informática identificou o vírus Zika e suas consequências, bioinformática na prática do laboratório e como a computação

2º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial (CBIL) oferece visitas guiadas a data centers no Rio de Janeiro

Não é comum encontrar instituições de serviços laboratoriais que usem seu LIS (sistema de informação para labo-ratório) para fazer também a gestão do estoque dos insumos utilizados na produção de exames. O Motion LIS, sistema completo distribuído pela Inovapar Soluções e desenvolvido pela Touch Health, além de permitir o gerenciamento dinâ-mico das rotinas laboratoriais desde a abertura de fichas na recepção até o faturamento e a disponibilização dos laudos na internet, agrega o controle completo desse estoque.

A utilização do módulo de Estoque do Motion LIS é vantajosa para a instituição porque evita a duplicação de infor-mações e incentiva a adesão dos funcionários, que irão alimentar um único sistema. Além disso, permite que os gestores conheçam o consumo real de cada área, de forma a entender melhor os custos de produção e balizar o processo de aquisi-ção desses insumos, reduzindo custos e aumentando o capital de giro.

Os gastos desnecessários e o armazenamento em excesso de materiais podem ser o gargalo silencioso de um labo-ratório. Com o monitoramento e controle desses materiais feito pelo módulo de Estoque, é possível calcular o estoque mínimo e negociar o prazo de entrega e de pagamento com os fornecedores. O sistema ainda fornece sugestão de compra de acordo com os limites definidos no estoque e permite a requisição de materiais via web, através da integração com os fornecedores.

O controle por lote ou identificação unitária, através da identificação por códigos de barras, com alerta de vencimen-to, evita perdas de validade por mau uso. O módulo de estoque também pode trabalhar com a gestão de distribuição de materiais para os centros de custo através de processos ágeis, como a metodologia Kanban - sistema de gestão visual com o uso de cartões de identificação.

Com a expertise de mais de 15 anos atuando na área da saúde, a equipe do Motion LIS atualmente trabalha no desen-volvimento dos drivers de comunicação que permitirão a integração do módulo de Estoque com os equipamentos analíti-cos, para possibilitar um controle automático do consumo de reagentes e insumos. Além do módulo de Estoque, o Motion LIS contempla os módulos de Anatomia Patológica e Biologia Molecular, para atender as especificidades dessas áreas, e o módulo de Business Intelligence, que fornece os indicadores necessários para a escolha das melhores estratégias de gestão.

Gestão de estoque integrada à produção de exames

Solução de LIS da Inovapar concentra a gestão das áreas técnica e administrativa em um único sistema

cognitiva vai mudar o mundo. De acordo com Ballarati, “o 2º CBIL oferece uma progra-mação de destaque, que envolve, de modo geral, as maneiras com que a tecnologia pode aumentar a produtividade dos laboratórios, facilitar o acesso do paciente ao médico e ao laboratório e harmonizar os serviços e equipamentos de saúde”, afirma.

Vale ressaltar que as inscrições para o 2º CBIL não são vinculadas ao 50º Congres-so da SBPC/ML. Para participar, é necessário inscrever-se exclusivamente no evento. Associados da SBPC/ML, residentes de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e estu-dantes da área de saúde ou de Tecnologia da Informação têm desconto na taxa de inscri-ção. As inscrições devem ser feitas por meio do site: www.cbpcml.org.br.

A coordenação do 2º CBIL ressalta que, em caso de fatores ambientais ou de outros eventos inesperados, as organizações que receberão as visitas guiadas podem impedir a entrada do público, por conta da segurança necessária nesses ambientes.

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o mercado atual

A Alere, multinacional do seg-mento de diagnóstico e Point of Care, levou mais de seis mil testes de perfil lipídico para a população durante as Olimpíadas. A ação itinerante ocorreu entre os dias 11 e 15 de agosto em di-versos pontos da Cidade Maravilhosa e atendeu um total de 1050 pacientes durante o período, entre moradores do Rio e turistas do Brasil e do mundo que acompanhavam os jogos.

A campanha contou com o apoio da Sociedade de Cardiologia do Esta-do do Rio de Janeiro (Socerj) e teve o objetivo de utilizar a praticidade do Point of Care (POC) para levar esse tipo de informação importante à população, visando estimular hábitos saudáveis e, mais importante, uma cultura de prevenção e diagnóstico precoce.

Segundo Cyrille Schroeder, vice-presidente de Marketing da empresa na América Latina, esse tipo de ação itinerante ainda serve para mostrar a capacidade do POC como ferramenta para ampliar a cons-ciência da população a temas importantes como a prevenção de doenças. “Indo de encontro ao paciente com esse tipo de campanha nós conseguimos transformar desinformação em informação e idealmente ação. Uma pessoa que raramente se consulta pode ser sensibilizada graças a um resultado rápido e passar a procurar o apoio de um médico especialista, além de receber informações sobre a importância de mo-nitorar indicadores como colesterol e triglicérides e ser incentivada a hábitos mais saudáveis”, explica.

Mais do que isso, a campanha Torcida Alere também marcou a estreia da Alere Van, unidade móvel para a realização de ações itinerantes. Para o VP de marketing, o sucesso da ação serve como combustível para a realização de outras atividades como esta, seja em farmácias, clínicas, empresas ou outros lugares de grande circulação, permitindo acesso maior à testagem com orientações diagnósticas e terapêuticas.

“Além do benefício de exposição da marca, conseguimos mostrar o que é o Point of Care, seus be-nefícios, praticidade, acessibilidade, segurança e rapidez”, finaliza.

Alere realiza mais de seis mil testes em ação durante

Olimpíadas do RioAlém de levar informações sobre dislipidemias para a população, campanha ressaltou impor-

tância de hábitos saudáveis e diagnóstico precoce

www.alere.com

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O assunto não chega a ser uma novidade e já foi abordado nesta coluna em outubro de 2015: Certificação Digital para laudos laboratoriais. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 30 que altera a RDC 302/2005 determina que o laboratório clínico e o posto de coleta devem garantir a autenticidade e a integridade do laudo emitido usando, para tanto, a assinatura manuscrita ou em formato digital com processo de certificação, o que é bem diferente da assinatura digitalizada. O processo de assinatura por certificação digital deve ser na forma disciplinada

pela Medida Provisória (MP) nº 2.200/2001.Não acreditamos que, em geral, estejamos longe desse

processo, mas ele envolve, principalmente, profissionais de tecnologia da informação para implementação do sistema de liberação de laudos integrado com a certificação. Junto à isso, temos outras grandes e importantes questões:

• Quantidade de certificados a serem implantados. Cada profissional de laboratório responsável por laudo deverá ter sua assinatura certificada digitalmente. Isso poderá onerar de forma significativa o laboratório.

• Fluxos de operações laboratoriais que envolvem mais de um laboratório no diagnóstico. É cada vez mais comum que laboratórios menores usem laboratórios de apoio para processamento de exames. Até então, ambos laboratórios assinavam o laudo, mas com a certificação, como isso procederá? Ainda terão as duas assinaturas? Apenas o laboratório de apoio que processa o exame ou apenas o que recebeu o exame e realizou a coleta e encaminhamento?

• Os agentes de vigilância sanitária estaduais e municipais estarão preparados para essas mudanças?

Apesar das dúvidas e dos prazos curtos para adaptação, acreditamos que a medida é importante para dar segurança não só

Certificação DigitalOpinião

JEROLINO LOPES AQUINO- Professor Titular de Parasitologia Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UFMT (Aposentado).- Presidente da Sociedade Brasi-leira de Análises Clínicas (SBAC) 2015/2016- Presidente do Grupo LCA- Labo-ratórios Clínicos Associados (SP)- Diretor Presidente do Laboratório Carlos Chagas – Cuiabá/MT

aos pacientes, mas também aos laboratórios que ficam resguardados de fraudes e ainda diminuindo processos burocráticos. Mas ainda assim, é preciso atentar para a situação dos pequenos e médios laboratórios, em especial, já que este processo deve impactar de forma direta em suas finanças, uma vez que é necessário investir em tecnologia, infraestrutura e manutenção das certificações dos profissionais. Isso tudo num setor que já vem há tempos lutando para sobreviver às crises econômica e política, à falta de reajustes nos valores de procedimentos pela tabela SUS e ainda a outras exigências regulatórias da ANVISA que buscam melhorar a qualidade dos serviços mas são incompatíveis com a rentabilidade dos laboratórios.

Somos a favor e buscamos trazer mudanças e modernizações para o setor das Análises Clínicas, defendemos o atendimento ao paciente cada vez mais seguro e humanizado, sabemos da importância do setor já que os procedimentos laboratoriais são responsáveis por 70% dos diagnósticos clínicos e por 90% dos critérios terapêuticos, de cura ou alta hospitalar. No entanto, ficaremos sempre zelando pelos profissionais e laboratórios que tornam tudo isso possível, num esforço gigantesco para prestar serviços de alta qualidade ainda que sem a devida remuneração e apoio dos setores públicos e regulatórios.

o mercado atual

www.laborclin.com.br

Laborclin Recebe em Curitiba seus Parceiros Comerciais

Nos dias 12 e 13 de agosto a Laborclin reuniu em Curitiba os seus parceiros comerciais de todo o Brasil.

O objetivo do evento foi apresentar as novidades, trocar idéias e realizar a premiação da Campanha Nacio-nal de vendas “Parceiro Nota 10”, onde foram entregues os prêmios e já lançados os desafios para o próximo se-mestre.

Foi ministrada palestra com o Consultor Paulo Arau-jo, grande profissional da área de vendas e motivação, em seguida foram apresentados os lançamentos e no-vidades para o segundo semestre, com especial desta-que para a linha de meios Cromoclin Vigilância, que são

meios cromogênicos prontos para uso, a linha é compos-ta pelos meios VRE, MRSA, KPC e ESBL.

A parte da tarde foi reservada para apresentação da linha de produtos da Copan, maior produtor mundial de materiais para coleta e transporte com ênfase nos swabs, a Copan é perceira da Laborclin há mais de uma década.

Também foi realizada a premiação da Campanha Na-cional de vendas Parceiros Nota 10, onde com muito or-gulho a Laborclin premiou a todos os participantes com especial destaque para:

Enzipharma – São Gonçalo – 1º Lugar Welldone – Ribeirão Preto - 2º Lugar

Maiores informações: SAC 0800410027

Standard Diagnóstico – Duque de Caxias, 3º Lugar

Destaques especiais:Centerlab Belo HorizonteDécio Camargo – Santa

Rita do Passa QuatroDislab Maringá m- mairo

Mix de produtos comerciali-zados.

O dia 13 pela manhã foi reservado para visita a fábrica onde todos os parceiros pude-rem ver in loco todo o cuidado com a produção, embalagem e despacho, foram ainda apre-sentados os setores automati-zados de fabricação de placas, laminocultivos e linha engar-rafada, além dos novos prédios destinados a ampliação da ca-pacidade produtiva.

Palestra

1º lugar

2º lugar

3º lugar

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Maurício Vale [email protected]+55 (35) 3214-4646

CalibradoresPodemos definir calibração em ser um processo de ajuste em um de-

terminado instrumento, kit, ou sistema de teste, para prover uma relação conhecida entre a resposta obtida e a concentração da substância sendo medida pelo procedimento adequado.

O Calibrador ou Padrão é um material destinado a definir, realizar, conservar, reproduzir uma unidade ou vários valores conhecidos de uma grandeza a fim de transmiti-los por comparação a outros.

Esses analítos devem ter sua rastreabilidade a padrões de referên-cias, de modo a assegurar a confiabilidade necessária para se obter exa-tidão e precisão nos ensaios.

Os materiais calibradores podem ser estratificados conforme a com-posição da matriz que pode ser aquosa ou protéica e quanto à apresenta-ção podendo ser líquida ou liofilizada.

Calibradores de matriz proteica possuem as propriedades físico-quí-

o mercado atual

micas (viscosidade e densidade) mais similares as amostras humanas e são recomendados para uso em sistemas automatizados.

Calibradores de matriz aquosa possuem as propriedades diferentes da amostra humana e sendo assim, são mais apropriados a sistemas ma-nuais ou semi-automatizados.

Os calibradores líquidos são prontos para uso, evitando possíveis causadores de erro como volume de reconstituição e qualidade da água.

Calibradores liofilizados são mais estáveis, tendo a capacidade de manter um maior numero de analítos em sua composição.

Com base nas informações e necessidades dos sistemas, cabe ao usuário avaliar os benefícios e limitações de cada calibrador no momen-to de inseri-lo em sua rotina.

Com metodologias rastreáveis e variadas opções, a linha se adequa as necessidades dos sistemas analíticos e consequentemente irá direcio-

Diagnóstico rápido para Troponina

A Wama Diagnóstica, empresa líder de testes rápidos no merca-do brasileiro, possui um aliado no diagnóstico da Síndrome Coronária Aguda (SCA), caracterizada por um conjunto de condições clínicas, em que o infarto agudo do miocárdio (IAM) é o evento terminal da doença: o kit Imuno-Rápido Troponina I. O teste detecta qualitativa-mente a concentração de Troponina I em amostras de sangue total, soro ou plasma humano, identificando indivíduos com IAM.

Segundo o DATASUS o IAM é a primeira causa de morte no Brasil, com aproximadamente 100 mil mortes anuais. Dentre os sintomas, 75-85% dos pacientes apresentam dor torácica que é geralmente prolonga-da (> 20 minutos) e desencadeada por exercício físico ou por estresse, podendo ser acompanhada de dispneia, náuseas, vômitos e hiperidrose.

O IAM reflete a morte celular provocada pela isquemia miocárdi-ca, decorrente do desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio. A necrose miocárdica é acompanhada pela liberação de macromolécu-las intracelulares e proteínas estruturais no interstício cardíaco. A de-finição clínica do IAM sofreu importantes modificações nos critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Conforme a redefinição instituída em 2007, pode-se estabelecer o diagnóstico de

Roche lança no Brasil o novo teste Elecsys® HTLV-I/II Reafirmando o seu comprometimento com a inovação e expansão

do portfólio de soluções para doenças infecciosas, a Roche Diagnós-tica Brasil Ltda acaba de lançar no mercado brasileiro o novo teste Elecsys® HTLV-I/II em rotina automatizada, disponível nas apresen-tações de 100 e 200 testes. Trata-se de um teste de terceira geração que utiliza marcadores precoces da infecção (gp21 e p24) com as in-dicações de uso para o diagnóstico e para a triagem de doações de sangue, entregando excelência no diagnóstico da doença e segurança para os bancos de sangue. A sensibilidade do ensaio é de 100%. E a

www.roche.com.br

www.wamadiagnostica.com.br

IAM se houver aumento característico da concentração da troponina acompanhado de pelo menos um dos seguintes fatores: sintomas is-quêmicos, alterações eletrocardiográficas indicativas de isquemia, desenvolvimento de ondas Q patológicas no eletrocardiograma, evi-dência em exames de imagem de perda de viabilidade miocárdica ou contratilidade segmentar anormal.

As Troponinas são proteínas presentes nos filamentos finos dos músculos estriados formando um complexo com três polipeptídeos: a troponina C (cTnC), a troponina I (cTnI) e a troponina T (cTnT). Como existem diferenças antigênicas entre as troponinas dos múscu-los esqueléticos e cardíacos, o uso de anti-soros específicos permite a identificação e quantificação de cada uma delas. As troponinas T (cTnT) e I (cTnI) são consideradas como os marcadores mais especí-ficos e sensíveis para o diagnóstico de lesão isquêmica do miocárdio.

A elevação dos níveis de cTnI no soro ocorre entre 4 e 8 horas após o início dos sintomas, atinge um pico em 12 horas e permanece elevado por 3 a 10 dias após um evento isquêmico único. Um segundo pico de menor intensidade ocorre entre o terceiro e o quarto dia após o infarto. Uma diferença significativa entre as troponinas e a isoenzima

Wama Diagnóstica disponibiliza kit para detecção de proteínas Troponina I (cTnI) em amostras de sangue total, soro ou plasma humano.

Acesso venoso seguro com controle visual Com a Agulha VISIO PLUS VACUETTE® o flebotomista vi-

sualiza o fluxo sanguíneo através do eixo transparente da agulha garantindo total segurança na correta punção venosa.

A rotina da coleta de sangue exige cada vez mais rapidez e eficácia dos flebotomistas durante o procedimento. Por se tratar de uma fase primordial para o sucesso do resultado dos exames, a Greiner Bio-One oferece as Agulhas VISIO PLUS VACUETTE® com o objetivo de torná-la mais fácil e segura.

Quando a punção venosa é realizada, o fluxo sanguíneo é di-recionado para agulha que está conectada por um eixo. Na Agulha VISIO PLUS VACUETTE® este eixo é transparente, característica que permite o usuário ver a passagem de sangue, ou seja, indica que a agulha está na posição ideal para dar continuidade na coleta. Evita também a busca desnecessária de um novo acesso. É uma seguran-ça para o flebotomista, a técnica continua a mesma, a vantagem adicional é o controle visual seguro.

O benefício também se estende aos pacientes. Uma das difi-

culdades é o doloroso movimento durante a procura do acesso que pode ser evitado com a Agulha VISIO PLUS VACUETTE® graças ao controle visual do fluxo sanguíneo. Além disso, o corte especial na ponta da agulha facilita a penetração na pele. O resultado é uma experiência com o mínimo de dor e estresse possível.

Desenvolvida com tecnologia de alto padrão, o design é ex-clusivo. Diferente de similares que montam a partir de duas peças separadas, a fabricação envolve uma única peça. O risco de hemóli-se, que pode ocorrer devido à aspiração pelo vácuo, é praticamente eliminado.

As agulhas estão disponíveis em dois tamanhos diferentes (21 e 22 G) e em dois comprimentos (38 e 25 mm). As tampas são transparentes para se destacar das Agulhas Padrão VACUETTE®.

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Equipamento com baixo consumo de água: nossa obrigação com o meio ambiente

A demanda por recursos hídricos para a indústria brasileira contará com um aumen-to de 400%, entre 2000 e 2050, segundo estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Na América Latina, o principal desafio é promover ações susten-táveis entre a gestão do consumo de água e o desenvolvimento socioeconômico.

Aspectos referentes à economia e ao tratamento de água não são levados em consideração e isto pode onerar no custo da máquina e também os gastos do labo-ratório.

Referência em economia de consumo de água, o Humastar 600 utiliza apenas 3,5L/ hora, podendo gerar uma economia para o laboratório de aproximadamente 60 mil reais por ano.

• Analisador de química clínica com acesso randômico de alta velocidade

• Até 600 testes/hora• Bandeja de reagentes refrigerada para ate 48 reagentes• 160 cuvetas de reação em 2 bandejas separadas• Código de barras para reagentes, amostras e racks• Frascos dedicados e exclusivos;• Fácil manuseio• Alimentação contínua

nar os laboratórios à obtenção de resultados confiáveis.A Biotécnica disponibiliza em seu portfólio calibradores nas linhas

de bioquímica, turbidimetria e testes rápidos, onde são desenvolvidos e aferidos para proporcionar ao usuário a excelência em calibração e desempenho do teste realizado.

CK-MB é que esta só se eleva após lesão isquêmica irreversível, en-quanto as troponinas, por terem menor peso molecular e por apresen-tarem uma fração livre no citoplasma celular, são liberadas mesmo em situação de isquemia reversível, caracterizada clinicamente por angina instável.

O Imuno-RÁPIDO Troponina I da WAMA é um teste imuno-cromatográfico de duplo anticorpo altamente sensível e específico que detecta qualitativamente a presença de proteínas Troponina I no sangue total, soro ou plasma humano, com a finalidade de identificar indivíduos com Infarto Agudo do Miocárdio. Dessa forma, a WAMA Diagnóstica oferece a seus clientes mais um kit certificado pelo rígi-do controle de qualidade ao qual o produto é submetido, justificando assim sua crescente participação no cenário nacional e internacional.

especificidade é de 99,83% em amostras de rotina clínica e 99,85% em amostras de doadores de sangue (informações dos estudos estão disponíveis na bula do produto). Entre as vantagens e benefícios, des-tacam-se os seguintes tópicos: - IgM/IgG teste total (gp21 e p24); - Volume de apenas 30 ul e resultados rápidos em 18 min; - Alta sen-sibilidade e especificidade com IgM especialmente desenvolvido para detecção precoce; - Nenhuma zona cinzenta, interpretação clara dos resultados; - Disponível em apresentações de 100 e 200 testes; O teste é compatível com os analisadores Modular Analytics E170, cobas®

Molecular BiotecnologiaA partir do dia 2 de março 2016, entrou em vigor a Resolu-

ção 517, criada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), e que exigirá de motoristas de caminhões, ônibus e vans a apre-sentação de exames toxicológicos de larga janela de detecção, juntamente com os demais exames médicos obrigatórios, como condição para obter ou renovar a carteira de habilitação nas ca-tegorias C, D e E.

MOLECULAR BIOTECNOLOGIA em sintonia com as novas oportunidades mercadológicas apresenta ao mercado bra-sileiro sua nova linha de testes rápidos para drogas de abuso. Produtos de alta qualidade e preços competitivos serão novas al-ternativas de consumo e parcerias comerciais. Venha fazer parte da equipe MOLECULAR BIOTECNOLOGIA!

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O BIOMÉDICO E A TOXICOLOGIA

Dr. Dácio Eduardo Leandro CamposPresidente do CRBM - 1ª RegiãoDiretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP

A toxicologia é uma das habilitações biomédicas regula-mentada pelo Conselho Federal de Biomedicina desde 2007. Nos últimos anos presenciamos um crescente interesse dos nossos profissionais pela área pelas possibilidades e evi-dência que a toxicologia vem mostrando. A Deliberação nº 145/15 do CONTRAN regulamentou a exigência do exame toxicológico para todos os condutores que possuam carteira nacional de habilitação – CNH, nas categorias C, D e E,

assim como para a renovação e mudança para uma dessas categorias, e de imediato ocorreu o interesse dos laborató-rios nos exames toxicológicos de larga janela de detecção para consumo de substâncias psicoativas, podendo contri-buir como uma das saídas para a crise que vivemos na área.

Aos interessados o melhor a fazer é observar os requisitos para credenciamento e coleta de material biológico destinado a estes exames. Com a implementação desta resolução não houve previsão logística capaz de atender a demanda dos exa-mes oriunda dos motoristas profissionais e apenas seis labora-tórios estão credenciados para a realização dos exames.

A distribuição destes laboratórios nos estados brasileiros é ainda mais alarmante; São cinco laboratórios em São Pau-lo. Deste modo, entre muitos problemas, fica evidente que o número de laboratórios de toxicologia, que atendem aos requisitos exigidos pelo Portaria MTPS Nº 116 de 13 de no-vembro de 2015, tal como à aplicação da ABNT NBR ISO/

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IEC 17025 para acreditação forense de exames toxicológi-cos de larga janela de detecção (NIT DICLA 069), é peque-no, e necessita ser ampliado. Serão necessárias dezenas ou centenas de laboratórios para atender a demanda e colocar a medida em prática, por enquanto dois dos maiores labo-ratórios espalharam milhares de postos de coleta pelo país.

Além de fomentarmos várias discussões sobre o tema no Conselho Federal e Regionais estamos implantando progra-mas de capacitação para os Biomédicos através de cursos específicos de coleta e dos resultados obtidos nas análises. Outro importante investimento educacional que estamos projetando são os aspectos jurídicos da atividade, a avalia-ção dos riscos e o entendimento de resoluções e normativas. Os biomédicos proprietários de laboratórios clínicos e de to-xicologia poderão obter outras informações junto aos conse-lhos de biomedicina, utilizando as comissões de toxicologia.

Saudações Biomédicas.

Prof. Dr. Paulo Cesar NaoumProfessor Titular pela UNESPDiretor da Academia de Ciên-cia e TecnologiaAcadêmico da [email protected]

Um antigo provérbio italiano aconselha que ao necessitar de um médico procure-se o mais velho, pois este tem mais experiência, e quando precisar dos serviços de um advogado procure-se o mais jovem, pois este tem mais vitalidade para ir a tribunais, cartórios, etc.. Nos dias atuais é óbvio que essas considerações podem ser contestadas, pois há médicos jovens e advogados idosos competentes.

Entretanto, há algo incontestável neste exemplo, qual seja, a necessidade de ambos terem diplomas de graduação univer-sitária, além de registros aprovados em seus respectivos con-selhos, para exercerem suas atividades. Portanto, a questão de ordem é a seguinte: Por que presidentes, governadores, sena-dores, deputados, prefeitos e vereadores podem administrar os destinos de uma nação, estado, município, e até o destino de um povo, sem ter um curso universitário de políticas públicas?

O que advogado, médico, professor, sindicalista, garçom, metalúrgico, economista, administrador, etc. entendem de po-líticas públicas? Os que afirmam entender, certamente tem as mesmas noções dos charlatões. O mundo mudou radicalmen-te nos últimos 50 anos e exige-se mais de políticas públicas, principalmente saúde, educação e segurança. O dinamismo financeiro se movimenta de acordo com o que cada país oferece e também exige a organização de ideias em políti-cas públicas. Dessa forma, o comportamento político deve se adequar a um novo momento em que não há espaços para erros grotescos cometidos por pessoas que desconhecem os corretos manejos de dirigir um bem público. Não há lugar para administrações ignorantes! Necessitamos, agora, sem meias palavras, de promover a moralidade além da legalida-de. Execrar a legalidade funcional, aquela que é elaborada por políticos falaciosos e que livra da cadeia pessoas sabida-mente deletérias ao bem da sociedade.

A maioria das pessoas que elegemos para legislar e admi-nistrar deseja um Brasil dependente de seus favores, e por isso não querem mudar. Resta, enfim, estimular as entida-des de representações profissionais, de setores produtivos da comunidade, entre outras, além do poder judiciário. Deste

QUESTÃO DE ORDEM

Opinião

último, entre os três poderes que dirigem a nação, exigem-se a graduação universitária de seus componentes para fazer parte das seletas juntas de decisões.

E volto à questão de ordem: Por que o Judiciário só fun-ciona com pessoas graduadas enquanto que os poderes exe-cutivos e legislativos podem eleger pessoas que não tenham a organização de ideias de políticas públicas adquiridas em cur-sos universitários? Cursos de política públicas também seriam necessários para dirigentes de empresas que prestam serviços aos governos federal, estadual e municipal. Com certeza, os cálculos de obras públicas não precisariam ser refeitos com a constância viciada que se verifica atualmente. As organizações administrativa e legislativa se tornariam mais efetivas se pre-tensos políticos passassem a saber como se interpretam leis, organizam licitações, elaboram requerimentos, expressam suas ideias em português adequado, obedecem contratos, tenham posturas no tratamento dos bens públicos e privados, etc..

Para finalizar, qual será a questão de ordem das gerações que brotam das violências das favelas, das avenidas e ruelas das capitais e das grandes cidades? Qual será a questão de ordem das gerações que se acostumam com a corrupção e a impunidade?

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Com o intuito de oferecer inovações tecnológicas e grandes ne-gociações na área da saúde, um grupo de empresários com mais de 25 anos de experiência em gestão de feiras e áreas hospitalares cria-ram a SAHE - South America Health Exhibition.

O evento será voltado a empresários, empresas do segmento e profissionais da saúde. Com investimento inicial de R$9 milhões, a feira, que ocorrerá entre os dias 13 a 16 de março de 2017, no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo, conta com uma infraestrutura de 14mil m², adequados para 180 expositores nacionais e internacio-nais e cerca de 15mil visitantes. “A Sahe surge para proporcionar a realização de negócios logo no primeiro trimestre do ano, sendo um marco de início de fechamento de objetivos e relacionamentos. Que-remos motivar as empresas a mostrarem novas tendências tecnoló-gicas, estimulados pela proporção de R$200 milhões em negócios” ressalta, Katherine Shibata, diretora executiva da Sahe.

Dados recentes da União Brasileira dos Promotores de Feiras - Ubrafe revelaram que, em 2015, foram realizadas mais de 2.200 feiras de negócios no País, sendo que a região Sudeste é a que mais sedia este tipo de evento, com 1.074 deles, o que representa 48% do

total. Em São Paulo, por exemplo, este mercado foi responsável pela movimentação da economia de R$ 16 bilhões.

Além da data estratégica, a South America Health Exhibition oferece layout com estudo analítico realizado para o expositor, me-lhor custo por metro quadrado do setor, conforto e tecnologia para expositores e visitantes, área com estacionamento para mais de 1mil veículos e completa assessoria para obtenção de resultados.

Com formato dinâmico e exclusivo, a Sahe, inicia um novo conceito, proporcionando inovações tecnológicas, gestão de ser-viços e produtos ligados ao segmento da saúde hospitalar, ofere-cendo espaço e projetos adequados para instalação e prospecção de negócios.

Toda a diretoria da Sahe busca diferenciais em atendimento, flexibilidade na tomada de decisões para o evento e, principalmen-te, proporcionar alta visibilidade para cada expositor da feira. “O mercado está sentindo falta de ser ouvido e de conseguir atrair seu público mais direto, num ambiente mais qualitativo do que quan-titativo. Desta forma, a Sahe nasceu desta necessidade e tem hoje essa premissa”, conclui Katherine.

Novo evento focado em negócios na área da saúde promete movimentar R$ 200 milhões em sua primeira edição

Nova Feira

Dando mais um passo importante em sua estratégia de inter-nacionalização, a Fanem, multinacional brasileira que fabrica pro-dutos inovadores nas áreas de neonatologia e de laboratórios, está investindo cerca de US$ 800 mil em uma nova fábrica no México. Inicialmente, o objetivo da companhia é atingir o expressivo mer-cado local que, devido à elevada taxa de natalidade, consome cerca de US$ 40 milhões por ano em equipamentos neonatais. Posterior-mente, a ideia é atender também a América Central, Caribe e Ásia, quer seja pelas facilidades logísticas ou em função de tratados de livre comércio. A indústria médica do México exporta US$ 7.7 bi-lhões por ano, sendo que 76% deste total correspondem a equipa-mentos médicos, cirúrgicos, odontológicos e veterinários.

De acordo com José Flosi, responsável pela operação no Mé-xico, atualmente, 75% das compras de equipamentos neonatais são realizadas pelo governo mexicano. Instalar-se fisicamente será fundamental para ampliar os negócios da Fanem no País, especial-mente diante das normativas que determinam que apenas empresas

locais ou provenientes de regiões com tratado de livre comércio participem dos processos licitatórios. Desta forma, a Fanem ganha também condições de atender a esse significativo mercado.

“Temos know-how e produtos de elevado valor agregado e grau tecnológico, o que nos coloca em condições favoráveis para competir com grandes players. Acreditamos que os custos de fabri-

Fanem investe em nova fábrica de equipamentos médicos no MéxicoNova Unidade Internacional

cação, incluindo mão de obra, nos permitirão praticar preços com-petitivos. Todos estes fatores, somados ao fato de ingressarmos em uma fatia importante de mercado que até este momento não explo-rávamos, me autoriza a prever um aumento significativo na receita atual de exportações da Fanem, já no próximo ano”, enfatiza Flosi.

Está é a terceira fábrica da Fanem e a segunda fora do país. Com sede em São Paulo, a empresa conta com uma unidade industrial no Brasil, em Guarulhos (SP), e outra em Bangalore, na Índia. Possui também um escritório na Jordânia, em Amã, e uma rede organizada de representantes em todos os países em que está presente. Aliando pio-neirismo e tradição, a Fanem atua neste segmento desde 1924, sendo uma das mais importantes indústrias nacionais de equipamentos mé-dicos, líder de mercado em produtos neonatais e com know-how em equipamentos para laboratórios desde a sua fundação. Várias vezes premiada por sua atuação como exportadora, comercializa seus equi-pamentos para mais de 100 países. Cerca de 7% de seu faturamento são investidos anualmente em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Ainda pouco conhecida, a medicina nuclear (MN) utiliza quan-tidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para visualizar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos em pleno funcionamento. Dessa forma a especialidade pode realizar imagens, diagnósticos e até ser usada como opção de trata-mento para doenças crônicas e até oncológicas.

A diretora do serviço especializado da MND Campinas, Elba

Etchebehere, explica que entre os principais avanços desse tipo de medicina estão exames como a cintilografia do miocárdio e óssea, além da densitometria. “A MN é capaz de diagnosticar diversas do-enças, que incluem embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções renais, demências e outras”, conta.

Por mais que não seja nova, ainda existem muitos mitos acer-ca da especialidade, que é visto com receio por parte da população. Para mudar esse cenário, a médica fala sobre os seis principais mitos da especialidade:

- A radioatividade dos procedimentos da MN é perigosa para o organismo

Mito. De maneira alguma. As quantidades de radiação utilizadas tanto para diagnósticos tanto para terapias em medicina nuclear são muito pequenas e utilizam substâncias que são rapidamente elimina-das pelo corpo (meia-vida muito curta).

- A radioatividade dos radiofármacos tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima

Mito. No caso de acidentes como esses há a liberação de enor-mes quantidades de radiação sem controle. Essas sim podem ter efeitos nocivos no organismo. Quando pequenas quantidades são utilizadas de maneira controlada, como na MN, não há dano.

- Alguém que se trata com radiofármacos pode ficar radioativoMito. Além da baixa radioatividade presente nestes medicamen-

6 mitos e verdades sobre a Medicina NuclearDiagnóstico certo

tos, os radiofármacos não são indicados para serem utilizado com frequência. Esse tipo de tratamento, de maneira geral, é feito em dose única ou com poucas doses, diferente de medicamentos habitu-ais em que é feito uso contínuo.

- O médico é quem toma a decisão de inserir a medicina nuclear como terapêutica ou diagnóstico

Verdade. Essa decisão é tomada sobretudo levando em conside-ração os procedimentos minimamente invasivos, capazes de preser-var a saúde do paciente e evitar intervenções desnecessárias.

- Os radiofármacos podem ser utilizados com outros medica-mentos

Verdade. Dependendo do tratamento, os radiofármacos são usa-dos muitas vezes em concomitância com outros tratamentos (terapia alvo).

- A medicina nuclear é utilizada sobretudo no campo do diag-nóstico

Verdade. Pode-se dizer que é a capacidade de diagnósticos fun-cionais é um dos principais pontos da especialidade. A tecnologia empregada permite a visualização de tecidos e órgãos em pleno fun-cionamento. Dentre os exames disponíveis estão análises do funcio-namento do coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, além da avaliação de doenças nos ossos e o diagnóstico de tumores nos principais órgãos do corpo.

Importância de medir magnésio iônico em pacientes em cuidados críticos

A Nova Biomedical convida toda a comunidade médica e pro-fissionais de saúde para palestra “Importância de medir magnésio iônico em pacientes em cuidados intensivos”

O Magnésio Ionizado (iMg) é o segundo cátion intracelular mais abundante, e tem um papel crítico em várias vias enzimáticas que são responsáveis por processos celulares. A hipomagnesemia está associada a várias condições clínicas, que vão desde distúrbios cardiovasculares à fraqueza dos músculos respiratórios e esqueléti-cos. Tradicionalmente, o magnésio total é solicitado como um tes-te de laboratório para identificar pacientes com hipomagnesemia. Existem vários estudos que mostram o significado clínico da me-dição de iMg (ao contrário de magnésio total) em identificar corre-tamente os pacientes com hipomagnesemia, e estes serão revisadas na apresentação. No final da apresentação os participantes serão ca-

pazes de: descrever a fisiopatologia do magnésio, descrever o papel do magnésio em processos biológicos, listar as condições que estão associadas com hipomagnesemia, descrever a distribuição das fra-ções de magnésio em fluidos corporais, identificar a utilidade clí-nica da medição de magnésio ionizado em vários cenários clínicos

Palestrante: Dr Evangelos (Evan) Ntrivalas, MD, PhD, HCLD / CC (ABB), D (ABMLI) – Diretor Médico e de Assuntos Científi-cos Nova Biomedical Estados Unidos

Data/Local: 28/09/2016 - quarta-feira – 13:00 às 14:00 hs 50º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina La-

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o mercado atual

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A detecção de um câncer de mama através da ma-mografia gira em torno dos 75%. Introduzida nos últimos anos, a tomossíntese – também conhecida como mamografia 3D – conseguiu aumentar a preci-são diagnóstica do câncer de mama em 15%, sendo importante aliada na detecção precoce da doença. Es-tudo publicado recentemente na revista Lancet On-cology revela que o uso de software que utiliza as imagens da tomossíntese e produz imagens mamográ-ficas em duas dimensões, sintetizadas, traz vantagens e desvantagens. Enquanto é possível melhorar o diag-nóstico da doença – especialmente em pacientes jo-vens e com mamas densas – o exame também aumenta a quantidade de resultados falsos-positivos – que é quando a paciente é convocada novamente para fazer exames complementares com suspeita de câncer de mama, quando na verdade não tem a doença.

O estudo, realizado por pesquisadores italianos e australianos, avaliou 9.672 pacientes assintomáticas durante determinado período. Nesses exames, a taxa de detecção de câncer foi maior com o uso da tomos-síntese. A combinação de mamografia com tomossín-tese também detectou tumores menores. A imagem sintetizada foi comparável à da mamografia, permi-tindo reduzir a dose de radiação nos exames.

Para Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Medicina Diagnóstica e uma das pioneiras na in-trodução da tomossíntese com mamografia sintetizada no Brasil, a superioridade nas imagens mamográficas quando se faz o uso do software é notável, mas exi-

ge, de outra parte, um aperfeiçoamento profissional para que a interpretação não deixe margem a dúvidas. A médica diz que esse método diagnóstico permite a visualização de tumores menores, mais agressivos e provavelmente mais precocemente, quando compara-

Tomossíntese encontra mais câncer de mama, mas também mais falsos-positivos

Saúde

da à mamografia convencional. “Quando a mamografia convencional (2D) é rea-

lizada isoladamente, a sobreposição de estruturas da mama pode simular lesões suspeitas, obrigando a pa-ciente a fazer mais radiografias para esclarecimento, ou até mesmo uma biópsia. A tomossíntese elimina a sobreposição dos tecidos. Com isso, temos melhor de-finição das bordas das lesões, melhor detecção de le-sões sutis e melhor localização da lesão na mama. Em média, o exame leva quatro segundos para ser realiza-do, pouco mais que a mamografia convencional. En-tretanto, permite a detecção do câncer numa fase mui-to precoce e em mamas densas e heterogêneas. Além disso, com o uso do software, a exposição à radiação – que é um fator a ser considerado – cai pela metade. Sendo assim, é muito vantajoso para a paciente com suspeita de câncer de mama”, diz a médica.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para quase 60 mil novos casos de câncer de mama todos os anos. A doença corresponde a 22% de todos os tipos de câncer e ainda tem elevada taxa de mortalidade porque muitas mulheres não fazem a ma-mografia anual depois dos 40 anos. Ou seja, o diag-nóstico geralmente é realizado quando o tumor já está num estágio avançado. Com os avanços da medicina, quando diagnosticada e tratada logo no início, a doen-ça tem boas chances de cura.

Dra. Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Medicina Diagnóstica (CDB Premium), espe-cialista em diagnóstico da mama – www.cdb.com.br

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Era um tempo feliz no planeta Terra, apesar de algumas dificuldades inerentes aos seres humanos. Havia harmonia e a população trabalhava, se organizava para que tudo ocorresse da melhor forma possível.

A paz, antes artigo de luxo, começou a tomar a consciência humana e se espalhou pelos quatro cantos do mundo, conta-giando a todos.

A estrela da esperança refulgiu como nunca, parece que ha-víamos chegado a um novo tempo!

Crianças, jovens, idosos enfim todos passaram a ser respei-tados, cuidados e orientados, acabaram os preconceitos de raça, cor, religião, nacionalidade, todos éramos irmãos.

Não se ouviu mais falar em guerras, terrorismo, corrupção,

tráfico. Quase não se ouvia falar em casos de estupros, nem em estupros coletivos, no estado do Piauí com três estupros coleti-vos ao mês viu esta taxa reduzir-se a zero.

Crianças abandonadas, famintas, doentes, refugiados eram acolhidas com amor, carinho e respeito, que se deve a todo ser humano, elas aprenderiam o significado do amor des-de sempre.

A Educação era considerada o mais valioso capital humano. Os dirigentes das nações investiriam maciçamente em Educa-ção, porque entendiam que só ela diminui as diferenças econô-mica e sociais e intelectuais.

A escravidão, especialmente, a infantil acabaria porque ha-veria creches, escolas bem equipadas com orientadores voca-cionais, que ajudariam às crianças e os jovens a procurar seu destino profissional, sua vocação.

A Natureza, a biodiversidade, os biomas eram respeitados e sagrados porque ali estavam o segredo e o mistério da Vida na Terra.

Naquele mundo, a mortalidade infantil e a concentração de rendas diminuíram muito.

“Mas, foi tudo um Sonho... Acordei”

[email protected]

Ligia Maria Mussolino CamargoSócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa.Ocupa a cadeira nº 24 da AcademiaSantarritense de Letras

Para diminuir o flagelo da fome no Planeta, o desperdício imen-so de alimentos começou a ser controlado, pois as estatísticas eram terríveis. Segundo a “FAO” (órgão da ONU). Somente na América Latina 348 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas por dia.

A saúde física, mental, psicológica da população, especial-mente, a das crianças era cuidadosamente controlada e tratada.

As novas e extraordinárias tecnologias eram voltadas para o benefício do ser humano em geral.

De repente, acordei e vi que o sonho acabara, mas a espe-rança não.

Lembrei-me de uma música do ex-Beatles John Lennon: “Imagine”, que fala se todos sonhássemos juntos o sonho pode tornar-se realidade:

Opinião

“Você pode dizerQue eu sou um sonhadorMas não serei o únicoTenho a esperança de que um diaVocê se unirá a nósE o mundo inteiro viverá comoSe fossemos um só”.

A biópsia é um procedimento extremamente comum na prática médica que ainda é pouco entendido pela maioria da população. Por conta disso, uma grande parcela dos pacientes nutre certo te-mor a respeito do exame, imaginando que ele seja dolorido, traga riscos à saúde ou que sua solicitação esteja sempre associada à suspeita de alguma doença grave. Segundo a médica patologista e diretora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Gerusa Bia-gione, a falta de informação figura como principal causa para esse medo infundado.

“O procedimento é feito para a coleta de fragmentos de um determinado órgão ou tecido para análise posterior por um mé-dico patologista. Quando solicitada, a biópsia é parte importante do processo de investigação de uma doença, o que possibilita o diagnóstico e fornece informações que contribuem para a escolha da conduta terapêutica adequada”, explica Gerusa.

Para melhorar a informação sobre o que é o exame e como ele é realizado, ela enumera os 10 principais fatos sobre o procedimen-to que todo paciente deveria saber:

1º) A solicitação de uma biópsia não significa suspeita de cân-cer. Grande parte dos pacientes fica assustada quando o médico pede esse tipo de exame, imaginando que isso só ocorra quando existe uma suspeita de câncer. Entretanto, muitas outras patolo-gias menos graves também podem ser diagnosticadas via biópsias, como dermatite e outras doenças de pele. Via de regra, esse proce-dimento é indicado sempre que há necessidade de algum tipo de esclarecimento.

2º) A biópsia não precisa de um anestesia geral para ser reali-zada. Esse tipo de sedação só é usado quando a coleta de material precisa ser feita em uma cirurgia. Na maioria dos casos, contudo, essa retirada é mais simples, sendo feita por meio de procedimen-tos ambulatoriais, dentro do consultório médico.

3º) Ela não é um procedimento dolorido. O nível de dor é re-lativo, depende do órgão e do local a ser biopsiado. Em alguns casos pode ser necessária anestesia local, enquanto em outros mais simples não há dor alguma.

4º) A biópsia de medula óssea não é perigosa. Esse é um proce-dimento simples que é encarado com terror por muitos pacientes. A obtenção de material da medula óssea apenas requer alguns cui-dados que justificam sua realização em ambiente hospitalar, como assepsia. Ainda assim, a retirada não representa riscos à saúde do paciente.

5º) A biópsia sozinha não é o suficiente para diagnosticar o tipo de câncer e fornecer seu prognóstico. O exame histológico de uma amostra de tecido é parte importante da investigação clí-nica de uma doença. Ainda assim, a investigação completa inclui o exame clínico, além de exames de sangue, imagem e até outras biópsias, sempre que houver necessidade para o esclarecimento do diagnóstico.

6º) O tamanho e o local de onde a amostra foi retirada são importantes. Os patologistas estudam seis anos de medicina e pelo menos três de residência e especialização para conseguir avaliar tipos diferentes de tecidos com base nas imagens do mi-croscópio. Para tanto, a amostra deve ser grande o suficiente para ser analisada. Outro ponto é o local de onde ela é retirada, que deve ser exatamente aquele em que as alterações celulares e do tecido fornecerão as informações que possibilitarão um diagnóstico preciso.

10 fatos sobre a biópsia que todo paciente precisa saberAlerta

7º) O tempo para chegar a um diagnóstico pode variar. O tem-po até a emissão do laudo é influenciado por fatores como o tipo de amostra a ser analisada e até a disponibilidade de serviços de pa-tologia no hospital ou clínica. Como esse material precisa chegar até o microscópio do patologista para ser analisado, o período pode ser muito diferente de uma região, estado ou serviço para outros.

8º) O patologista deve garantir que a amostra utilizada é cor-reta para o melhor diagnóstico possível. Como os fragmentos de órgãos e tecidos são seu instrumento de trabalho, esse profissional os avalia com atenção e cuida de sua preservação. Mais do que uti-lizar a biópsia para diagnosticar o câncer, o patologista pode usar a mesma amostra para identificar outros fatores que podem influen-ciar no tratamento e recuperação do paciente, como alterações ge-néticas relacionadas ao desenvolvimento de tumores.

9º) Sua biópsia é guardada em segurança para ajudar em trata-mentos futuros. Os laboratórios são obrigados por lei a guardar as amostras por um determinado período de tempo. Esse material é valioso porque fornece informações importantes sobre um tumor primário, ajudando a identificar, por exemplo, se outras manifes-tações cancerígenas são reincidências dessa primeira lesão ou se são um novo câncer. O paciente ainda pode dar autorização para que essas amostras sejam incluídas em bancos de tumores ou para outras pesquisas científicas.

10º) Todo diagnóstico tem por trás de si um processo quase artesanal. Para emitir seu laudo, o patologista precisa analisar as amostras minuciosamente no microscópio. Longe de ser um diag-nóstico automatizado impresso rapidamente por uma máquina, ele leva tempo e envolve etapas como exame da amostra a olho nu (macroscopia), processos químicos para preservação e coloração dos tecidos e de corte para que as lâminas fiquem prontas para serem analisadas. Depois disso o especialista utiliza anos de expe-riência e estudo para comparar as imagens obtidas para emitir seu parecer. Só assim ele consegue indicar qual é a doença em questão, seu estágio e a melhor conduta terapêutica que o restante da equipe médica deve utilizar.

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Ribeirão Preto, entidade beneficiada na cidade pelo McDia Feliz, recebeu a visita do gerente executivo do Instituto Sabin, Fábio Deboni, e do consultor de relacionamento do Grupo Sabin, Felipe Rodrigues, apoiadores da maior campanha contra o câncer infantojuvenil do país em Ribeirão Preto, com a aquisição de tíquetes antecipados de Big Mac e ações especiais na Corrida da Solidariedade, que aconteceu

GACC Ribeirão Preto recebevisita do Instituto Sabin

Ribeirão Preto-SP

no dia 21 de agosto. O Grupo Sabin chegou a cidade no início de 2016, quando o Laboratório Dr. Coutinho passou a fazer parte do Grupo. Na ocasião, participaram da visita o presidente do GACC, Antônio Carlos Marsiglia, a coordenadora da campanha na cidade, Marina Fagionato, o McAmigo da entidade, Denis Mansur, os coordenadores da corrida da Solidariedade, Evaldo Gomes, Evandro, Fábio Soares, a nutricionista Úrsula Sgarbieri e a assistente social Tânia Sandrin.

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Mesmo com a crise econômica global que afe-tou inúmeros setores da economia, no Brasil in-clusive, a Câmara Brasileira de Diagnóstico Labo-ratorial (CBDL), entidade que reúne 40 empresas do setor de diagnóstico in vitro, que corresponde a 70% do total deste mercado, faz um balanço po-sitivo do seu segmento de atuação.

“Além dos números acima mencionados, a área de Diagnóstico Laboratorial manteve tam-bém um crescimento da força de trabalho de cerca de 13% no comércio atacadista, o que per-mitiu crescer 7% na área de serviços de comple-mentação diagnóstica e terapêutica. Isso repre-senta um total de 122 mil empregos diretos, de acordo com dados do IBGE, apenas no âmbito laboratorial”, afirma Liliana Perez, presidente da CBDL.

A dirigente relata que o mercado de diagnóstico in vitro no Brasil é formado por 88% de laborató-rios clínicos, 11% de bancos de sangue e 1% de point of care. As empresas que compõem o setor atuam nas áreas de imunologia/virologia, hormô-nios/marcadores tumorais, bioquímica, imunotera-pia, alergia, proteínas plasmáticas, microbiologia, hematologia, drogas, uroanálise, biologia molecu-lar, hemostasia, marcadores cardíacos, gasometria e citologia.

“São exames que se utilizam da análise de san-gue ou urina, ou mesmo de outros fluidos, para chegar a um diagnóstico. É o caso dos exames para detectar a gripe suína (H1N1), dengue, febre ama-rela, entre outras doenças”, explica.

Liliana avalia que o crescimento do setor labo-ratorial pode ser atribuído a algumas característi-cas que lhe são peculiares. Entre elas, ressalta a dependência de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com altos custos para inovar, o que determina a concentração produtiva em poucas fábricas ao redor do mundo, justamente para tentar se buscar algum tipo de economia de escala.

Tal fato faz com que a inovação tecnológica tenha papel fundamental de revigorar a própria indústria, ao mesmo tempo em que traz soluções cada vez mais eficazes e precoces para o paciente. Porém, “sempre com uma atenção especial à oferta de soluções a custos decrescentes”, destaca a pre-sidente da CBDL.

Ela esclarece que hoje, no Brasil, as áreas de imunologia/virologia, hormônios/marcadores tu-morais e bioquímica concentram 60% do mercado de exames laboratoriais, mas que o setor continua buscando evoluir não apenas com novas tecnolo-gias, mas também por meio de investimentos em novos mercados. “Entre eles, podem ser citados, além da área de NAT (Biologia Molecular) e Auto-mação, segmentos quase que inexplorados como a área de Diagnóstico Veterinário”, finaliza Liliana.

Mesmo com a crise, crescimento acumulado ficou em torno de 10% nos últimos 12 meses

Diagnóstico laboratorial

Valor importado estásituado em

US$ 413,5 milhões

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Para falar de saúde é preciso lembrar sua definição : bem estar fisico , mental e social. Cuidar da saúde de 200.000.000 de doentes é muito para um estado pobre como o nosso. O programa medico de família constituído por equipe de medico, farmacêutico, enfermeira, psicólogo, dentista, advogado, assistente social, etc. Elaborado pelo competente médico Adib

Jatene, além de ser o mais eficiente era também o mais barato para a nação.Como não foi feito pelo partido dos trabalhadores o ex-presidente

Lula o substituiu pelo mais médicos. Mesmo que coloque uma população de médicos e que tenha até um medico para cada paciente jamais teremos um povo saudável porque a doença não é só o mal estar físico. Não basta ao doente curado é preciso ver como esta a família.

Em uma família pode haver problemas com dentes, adolescente

com drogas, prostituição, separação, convivência desnorteada, desconhecimento de higiene e saúde pública, crenças diversas, etc, etc. Como o medico vae curar esse conjunto sem auxilio de uma equipe?

Daí eu não acreditar que vamos ter um povo saudável a longo prazo. Mesmo que tenham acesso a hospitais , remedios , exames laboratoriais , imagem , DNA, etc. E até saneamento e água potável.

João Jorge Sobrinho - Laboratório Ituiutaba

Infelizmente, dentro de nossa cultura, somos conheci-dos pela nossa capacidade de improvisar. Damos um jei-tinho aqui, outro acolá, tratamos o amanhã como se este não fosse interferir muito nas nossas vidas e nas vidas de todos que nos são caros.

Brasileiro em geral não pensa no futuro. Não planeja sua aposentadoria. Não faz planejamento familiar nem se educa

financeiramente. Se perguntarmos para um cidadão quais são seus planos para um futuro de dez ou vinte anos, provavelmente ele dirá que não fez esse tipo de exercício de pensamento.

É cultura. Ou a falta dela. Vide nossos vexames diários, estampados nas manchetes dos jornais. As Olimpíadas são o maior exemplo da completa falta de planejamento do país. Víamos, há 15 dias dos Jogos Olímpicos, obras ainda sendo concluídas. Assistimos ao episódio vexatório da chegada de delegações para ocuparem uma vila olímpica ainda inacabada e sem condições de uso confortável. A desorganização é um exemplo que vem de cima para baixo, e nos atinge de maneira severa, vide os exemplos que estamos vivendo no país como um todo.

Na saúde é a mesma coisa. Sabemos há anos que a po-pulação está envelhecendo. Que as doenças crônicas estão

O redescobrimento do Brasil

Yussif Ali Mere JrPresidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirã[email protected]

Opinião

se sobrepondo às doenças infecciosas e que isso trará um custo adicional ao sistema. Mas o SUS continua a tapar buracos, a tratar a doença, a não olhar para o cuidado pri-mário com a atenção de quem enxerga daqui a vinte, trinta anos. Na saúde suplementar a receita não é muito dife-rente. Trata-se a doença, ao invés de preveni-la. O acesso também se dá de maneira equivocada, gerando desperdí-cio, e tratamentos ineficazes.

Felizmente, acredito que estamos vivendo um momen-to único de desconstrução. Estamos apontando o dedo para nossas feridas, desvendando e redescobrindo nossas ma-zelas. Estamos prestando mais atenção ao que está errado, denunciando à exaustão nossa maneira torta de gerenciar as coisas de maneira emergencial. Creio que esta seja uma oportunidade valiosa para virarmos o jogo e mudarmos de time. As eleições municipais estão aí. Fica o alerta.

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A Associação Brasileira de Hematologia, Hemotera-pia e Terapia Celular (ABHH), entidade sem fins lucra-tivos cuja missão é representar a comunidade de profis-sionais da área de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, manifesta por meio de nota oficial sua preocu-pação quanto ao armazenamento do sangue de cordão umbilical para uso autólogo (células-tronco do sangue de cordão do próprio indivíduo transfundido para ele mesmo), em casos que não haja indicação médica.

Não existe justificativa para armazenar o sangue de cordão umbilical para uso autólogo. No Brasil, os ban-cos privados de sangue de cordão têm alimentado um comércio baseado em propaganda enganosa, uma vez que vendem a ideia de que com esse ato é possível ga-rantir qualidade de vida e salvamento em casos de do-enças no futuro. Sangue de cordão não é seguro de vida.

A leucemia, por exemplo, principal causa de câncer em crianças, é a mais citada como argumentação dos bancos privados junto aos pais, como forma de pre-venção à saúde. Mas a utilização do próprio sangue de cordão para o transplante desta criança será inútil. Trabalhos na literatura médica demonstram que a carga genética para a leucemia já se encontra presente desde o nascimento.

Portanto, em vez de a família pagar a taxa para co-letar as células durante o parto, seu congelamento e manutenção, ela pode, se precisar no futuro, acionar a rede pública para realizar o transplante com células de outro doador – já que a compatibilidade necessária para o transplante de células-tronco do sangue de cordão um-bilical é menor do que a requerida pelo transplante de medula óssea.

No Brasil não há regulamentação para o uso do san-gue de cordão umbilical e placentário para fins terapêu-ticos. A Comunidade Europeia é contra o armazenamen-to privado, sendo a prática proibida em muitos de seus

países. Enquanto isso, os bancos privados de sangue de cordão umbilical brasileiros mudaram a estratégia. Ago-ra querem convencer que o congelamento é necessário porque, no futuro, este sangue pode se utilizado em Me-dicina Regenerativa.

A utilização de sangue de cordão, apesar de ser uma excelente fonte de obtenção de células-tronco, neste tipo de terapia celular ainda se encontra em fase experimen-tal e não deve ser realizada cobrança para estas coletas, já que não há respaldo científico, nem indicações clíni-cas precisas que deem suporte para este tipo de proce-dimento. Para se ter uma ideia, o sangue ainda conserva suas propriedades até 20 anos após a coleta, após esse período a “qualidade” desse sangue é reduzida.

Sangue de cordão umbilical não é seguro de saúdeABHH alerta

O país já possui bancos de armazenamento de sangue de cordão umbilical e placentário públicos, como a Rede BrasilCord, lançada pelo Ministério da Saúde em 2004, para o atendimento de pacientes que necessitam de célu-las-tronco e que aguardam transplante de medula óssea.

O material é coletado por equipes treinadas, em ma-ternidades conveniadas aos bancos públicos, sob rígi-dos critérios de seleção de gestantes. As mães assinam um termo de consentimento informado para efetivar a doação aos bancos públicos. Além disso, para ser aceita como doadora de sangue de cordão a mãe passa por uma anamnese semelhante ao doador de sangue, além de uma investigação sobre doenças familiares e maternas, que possam inviabilizar a utilização da bolsa.

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Opinião

Pedro Silvano [email protected]

Liberte seu laboratórioalternativas que precedem a escolha”.

Pensei no gestor laboratorial. Pelo que acompanho ao longo de 30 anos, vejo-o cada vez mais aprisionado. Acirramento da concorrência, novas e infindáveis normas regulatórias e encolhimento do lucro (já estaria no prejuízo?). Como poderia então o gestor libertar seu laboratório? Colocada desta forma a pergunta, acho que qualquer um chega à mesma resposta: só o conhecimento liberta. Mas qual conhecimento? Onde buscá-lo? Para essas perguntas, evidentemente, não há respostas certas. Dependem do referencial de cada um. Mas um fato é inegável: informação é um dos ingredientes do conhecimento. Procurar boas fontes de informação e raciocinar sobre os dados permite vislumbrarmos alternativas que até então não achávamos

que existiam. Compreendendo as alternativas, nossa escolha terá mais qualidade.

Nunca é demais repetir que a base da informação são os dados. Precisamos de dados confiáveis e, em muitos casos, precisamos deles rapidamente. E um motor que transforme os dados em informação. Às vezes é um computador, às vezes é o nosso intelecto.

Jornais, revistas e blogs especializados fornecem as informações externas. Sistemas e aplicativos geram e processam os dados internos. A própria escolha da fonte das informações já revela o perfil do gestor e influencia suas escolhas futuras. E aí voltamos a Descartes: “Age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas que precedem a escolha”.

A inspiração para o tema da coluna às vezes chega por via transversa. Foi o que aconteceu hoje. Caiu nas minhas mãos um email do consultor de investimentos José Castro com o título “Liberte seus investimentos”. Como preparação para os argumentos que viriam ele citou René Descartes: “Age com mais liberdade quem melhor compreende as

Segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, ao menos 27 milhões de brasileiros sentem dores na coluna. Entre as causas que tornam essas dores tão frequentes, estão: sedentarismo, obesidade e má postura. Pesquisas feitas pela OMS afirmam que 80% da população mundial sofrerá, ao menos uma vez, de dor nas costas, mas é importante saber diferenciar a dor aguda da dor crônica.

As dores crônicas afetam pelo menos um terço da população mundial e, segundo a Sociedade Bra-sileira para Estudos da Dor, essas dores atingem 60 milhões de pessoas só no Brasil. À medida que fi-camos mais velhos, os incômodos nas articulações, coluna e músculos aumentam. Muitas vezes, uma dor específica aguda é confundida com uma dor crônica, mas as duas são extremamente distintas. A primeira incomoda por pouco tempo, enquanto a segunda é contínua e pode durar mais de 6 meses.

De acordo com o Presidente da Sociedade Bra-sileira para o Estudo da Dor, Dr. Irimar de Paula, a dor não deve ser negligenciada. “Toda dor merece atenção. O paciente, independentemente da idade, deve ser crítico quanto aos sintomas percebidos”, explica o especialista.

Uma das dores mais conhecidas é a bursite de ombro, que consiste em uma inflamação na bursa sinovial, estrutura responsável pelo amortecimento

do tecido e do osso. Essa inflamação acontece de-vido a movimentos repetitivos na região do ombro e pescoço. A dor que a bursite causa pode ser aguda ou crônica, entretanto, as duas podem ser tratadas.

Existem diversas formas de tratamento dessas dores utilizando medicamentos ou métodos alterna-tivos. Um desses métodos que chega ao mercado brasileiro é um pequeno disco de silicone fabricado com nanotecnologia japonesa que promete aliviar as dores musculares crônicas, como a bursite, por exemplo.

Sueli Suga, que utiliza o produto regularmente, fala sobre os benefícios da tecnologia. “Sofria de bursite há alguns anos, quando resolvi experimentar o produto. Após cerca de uma semana de uso, sem que eu percebesse, estava finalmente conseguindo levantar os braços, o que não acontecia antes por conta das dores. Recomendei para meus amigos e familiares”, relatou a usuária.

Esse produto não utiliza nenhum tipo de medi-camento e por não ser um dispositivo magnético, pode ser utilizado por portadores de marca-passo. De acordo com Dr. Irimar, as novas tecnologias são uma boa alternativa no tratamento de dores muscu-lares. “Os tratamentos não farmacológicos são ge-ralmente considerados seguros porque têm efeitos adversos mínimos”, afirma o especialista.

Dores crônicas afetam um terço da população mundial

Tecnologia

O mercado de equipamentos e produtos médico-hospitalares, que movimentou cerca de US$ 10 bilhões em 2015, diminuiu no primeiro semestre deste ano. O consumo aparente – que mede a produção interna mais importações e exclui exportações- recuou 16% de janeiro a junho deste ano em relação a igual período de 2015.

Segundo levantamentos da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde, com exceção das vendas, que apresentaram resultado positivo de 1%, - o que pode ser explicado pela existência de algum estoque residual nas empresas - todos os outros parâmetros registraram tendência de queda.

“O setor foi impactado pela retração econômica, houve cortes na área da Saúde e a queda de arrecadação do Governo provocou uma redução em seus investimentos. O Governo responde por cerca de 50% das compras do

setor”, analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED.

As empresas cortaram em 12% sua produção no primeiro semestre. As importações desaceleraram em cerca de 13%, totalizando U$ 2,3 bilhões, e as exportações recuaram 24%, fechando o semestre no patamar de U$ 350 milhões.

“A desvalorização do real teve impacto na queda das importações, afetando o setor, que é bastante depende de produtos vindos de fora. Por outro lado, o Brasil não aproveitou a oportunidade para aumentar as exportações e sua participação no mercado global de produtos para saúde, que é de apenas 0,2%”, explica Goulart.

Apesar da retração do consumo aparente e dos outros indicadores, o número de empregos se manteve praticamente estável e teve queda de 0,19% - bem abaixo do índice de 9,1% registrado no período pela indústria como um todo, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Mercado de equipamentos e produtos médicosencolhe 16% no semestre

Balanço

Carlos Goulat

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SÉRIE 1: PLAQUETAS B - SIGNIFICADO DOS EXAMES DO PLAQUETOGRAMAO Plaquetograma é um conjunto de exames que somente podem ser

executados através de contadores hematológicos por automação, tendo como objetivo avaliar quantitativa e qualitativamente as Plaquetas.

O Plaquetograma é constituído pelos seguintes exames: Conta-gem de Plaquetas, Volume Plaquetário Médio, Índice de Variação dos Volumes Plaquetários, Plaquetócrito e Histograma Plaquetário.

Nos últimos dez anos existe um crescimento importante das pu-blicações científicas relacionando os parâmetros plaquetários com as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares (6, 9, 12, 14, 20, 21, 22, 25, 28, 32, 38, 45, 47, 48).

Contagem de Plaquetas ou Plt /mm3 Corresponde ao número das Plaquetas que estão na circulação

sanguínea (31, 34, 41), depende:a)Do total produzido durante a Plaquetopoiese.b)Da quantidade de Plaquetas que normalmente fica “retida” no

baço, sendo geralmente em torno de 15 a 27 %. c)Do tempo médio de vida na corrente sanguínea, que em condi-

ções normais é de 7 a 10 dias.d)Algumas vezes, da intensidade de destruição plaquetária por

fatores imunológicos.Podemos observar que no valor final de Plt/mm3 existem fatores

externos a produção medular que podem interferir no resultado.No sangue circulante de indivíduos saudáveis, o número de Pla-

quetas está entre 150.000/mm3 a 400.000/mm3, permanecendo na circulação (vida média sanguínea) em torno de +10 dias (16, 27, 30).

Volume Plaquetário Médio ou VPM uu3É a soma de todos os volumes das Plaquetas que foram avaliadas,

sendo este valor dividido pelo número total das Plaquetas contadas. É um índice que vem merecendo destaque por se tratar de uma variável biológica que determina a função e as atividades das Plaquetas, sendo um indicador do estágio da ativação plaquetária (3, 19, 23, 37, 39). O resultado do VPM uu3 pode estar refletindo trocas no nível da estimu-lação e ou no índice da produção plaquetária (40, 42, 44).

Em indivíduos adultos sadios, a faixa de valor normal para VPM uu3 vai de 7.2uu3 a 11.7 uu3 (11).

Em 2002 Endler e cols. (13) observaram que o valor do VPM uu3 era um fator de risco independente para o infarto do miocárdio mas não para as doenças artérias coronarianas. Em 2010 Chu e cols. (7) referiram que o aumento do valor do VPMuu3 é um sinal de riscos cardiovasculares.

Admite-se que o tamanho das Plaquetas seja um indicador sen-sível de sua reatividade e que a sua magnitude determina a formação do trombo intracoronariano na presença de rutura da placa aterioes-clerótica (26). Justifica-se esta afirmação porque Plaquetas grandes são metabólica e enzimaticamente mais ativas que as Plaquetas pequenas (26). As Plaquetas grandes na circulação, que serão identificadas pela elevação dos valores do VPM uu3, levam a maior agregação e facili-tam a formação do trombo (17, 36, 49, 50), mostrando ser um fator de risco na angina instável (17, 20, 24, 46).

Atualmente vários autores vem referindo que os aumentos dos volu-mes plaquetários, ou seja as Macroplaquetas, já estão presentes em diver-sas doenças, tais como: tromboses, arterioesclerose, diabetes mellitus, mi-croalbuminúria dos pacientes com diabetes tipo II, hipercolesterolemias, hipertensão na gravidez, artrite reumatóide (1, 5, 7, 10, 18, 40, 44).

Sexos, Faixas Etárias e a Relação da Contagem das Plaquetas com o Volume Plaquetário

Nos Masculinos e Femininos os valores de Plt / mm3 vão dimi-nuindo após a Infância até a idade adulta, entretanto em relação aos valores de VPM uu3 nos Femininos encontramos uma elevação de valores na adolescência, enquanto que nos Masculinos os valores de VPM uu3 são semelhantes em todas as faixas etárias (33, 34).

Séries de interpretações dos exames básicos para avaliação da defesa e oxigenação

Maria de Lourdes Pires Nascimento, MDHematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBa, MD

[email protected]

que podem apresentar valores de VPM uu3 mais elevados (8, 29, 45). Consequentemente toda vez que existir comprometimento nos va-

lores do VPMuu3, também estarão alterados os valores do PDW e do PTC %, porque o cálculo dos resultados destes dois exames estão di-retamente ligados ao valor que os Volumes Plaquetários apresentaram.

Conclui-se que para a análise dos exames do Plaquetograma, em amostras colhidas com EDTA, a execução laboratorial deve ser padronizada, sendo ideal no máximo dentro de 2 horas após a coleta sanguínea, sendo o armazenamento antes da análise em temperatura ambiente ou em caixas térmicas sem refrigeração (29).

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Opinião

Índice de Variação dos Volumes Plaquetários ou PDWPDW = Platelet size Distribution Width, indica a heterogeneida-

de dos volumes plaquetários. É um marcador específico da ativação Plaquetária. O valor médio normal para PDW está entre 9 a 14. Um valor acima do normal é uma indicação da presença de Anisocitose Plaquetária ou Anisoplaquetose, significando que existem variações mais intensas nos volumes plaquetários. Associação da análise dos resultados do VPM uu3 com o PDW é útil no diagnóstico diferencial de algumas condições, tais como: Trombocitose Reativa e Trombo-citose associada a Desordens Mieloproliferativas, Anemia Aplástica e Purpura Trombocitopênica Idiopática (4, 34).

Plaquetócrito, Plateletcrit ou Ptc %Corresponde ao valor dos volumes das Plaquetas em 100 ml do

sangue circulante. No resultado deste exame interfere o número de Pla-quetas e os Volumes Plaquetários. A média normal do Ptc é de 0.20% a 0.36%. Tem sensibilidade e especificidade para detectar as Tromboci-topenias, que apresentam valores de Ptc abaixo de 0,20% e Tromboci-toses cujos valores de PTC estão acima de 0.36% (4).

Histograma PlaquetárioÉ uma curva com a distribuição de todos os Volumes Plaquetários que

foram avaliados, sendo classificados e agrupados de acordo com o valor de cada volume. As Plaquetas são registradas na faixa de 2uu3 a 20uu3, correspondendo aos Volumes Plaquetários (VPM uu3) de 2uu3 a 20uu3.

A visualização do Histograma Plaquetário facilita a identificação de algumas alterações plaquetárias, que poderão estar relacionadas principalmente com o VPMuu3 e o PDW. A observação do Histogra-ma Plaquetário também facilita a identificação da existência de Agre-gados Plaquetários, fator que pode invalidar os resultados de outros exames do Plaquetograma, especialmente Plt/mm3 e VPMuu3.

Nos Histogramas as Hemácias começam e serem registradas na fai-xa de valores a partir de 30uu3. Não é raro se encontrar curvas em que existe o registro de células, na área que corresponde ao volume celular de 20uu3, surgindo a possibilidade dos seguintes questionamentos:

- Registro de fragmentos de Hemácias? - Presença de Hemácias Microcíticas? - Presença de Agregados Plaquetários? O volume das Hemácias (VGMuu3) normais situa-se entre 80uu3

a 99uu3 e quando elas são muito microcíticas podem ter o VGM a partir de 30uu3. Existe grande diferença entre os volumes das Plaque-tas em relação ao das Hemácias, porque as maiores Plaquetas (VPM + 12uu3) serão em torno de + 3 vezes menores do que as Hemácias “intensamente” microcíticas (VGM + 30uu3).

Histogramas Plaquetários em que se encontram registros da pre-sença de células na faixa de valores de + 20 uu3, provavelmente cor-respondem aos Agregados Plaquetários.

Nos Quadros a seguir temos exemplos de Histograma Plaquetário Normal e Histograma Plaquetário com Macroplaquetas e presença de Agregados Plaquetários.

A observação do Histograma Plaquetário associado ao valor do VPMuu3, ajuda a distinguir entre Púrpura Trombocitopênica Idiopática e a Trombocitopenia Secundária por produção diminuída das Plaquetas (35).

Conclusões sobre a Execução dos Exames do PlaquetogramaAvaliação dos parâmetros plaquetários feitas por analisadores he-

matológicos automatizados é de fácil execução, baixo custo e disponível na maioria dos laboratórios clínicos. Apesar do interesse da comunidade científica estes parâmetros não estão sendo utilizados de forma rotineira, muitas vezes estão sendo omitidos, quando se emite no laudo labora-torial os resultados dos exames. Isto pode estar sendo atribuído, pelo menos em parte, à falta de padronização do método pelos laboratórios, incluindo a ausência de valores populacionais de referência (29).

Diversas marcas de equipamentos automáticos realizam exames do Plaquetograma, sendo somente necessária a padronização do tem-po de análise da amostra quando colhida em EDTA. O anticoagulante padrão para Hemograma é o EDTA que mantém ótimas condições para a contagem celular e diferencial das Hemácias e dos Leucócitos, mas quando o exame é feito após muitas horas após a coleta sanguínea, este coagulante não preserva a ultraestrutura e a capacidade funcional das Plaquetas. A exposição da Plaqueta ao EDTA após várias horas do tempo da coleta, resulta em distorção de sua morfologia, aumenta o valor do Volume Plaquetário, com progressiva tendência a mudança de forma e aglutinação plaquetária (2, 8, 12, 15, 43).

A variação do VPM é inferior a 0,5uu3, quando a análise laborato-rial é realizada no máximo dentro de + 2 horas após a coleta da amostra com EDTA. Quando o tempo de execução do exame é feito após 6 horas da coleta, já existem alterações importantes nos valores do VPM uu3 ,

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2016

SETEMBRO

62° CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA

11 a 14 de setembro de 2016 - Caxambu-MG

OUTUBRO

XV Congresso Brasileiro de Biomedi-cina e o III Congresso Internacional

de BiomedicinaDe 19 a 22 de outubro de 2016Local: Parque de Eventos da

FUNDAPARQUEBento Gonçalves/RS.

Inf: www.xvbbiomedicina.com.brxvcbbiomedicina@specialitaeventos.com.br

50º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica Medicina Laboratorial

2º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial

23º Congresso da ALAPAC/ML

O evento será no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, de 27 a 30 de setembro de 2016.

Mais informações: www.cbpcml.org.br

XV Congresso Brasileirode Controle de Infecção

e EpidemiologiaData- 9 a 12 / Minascentro-Belo Horizonte/MG

www.controledeinfecao2016.com.br

NOVEMBRO

19º Encontro Nacionalde Biomedicina

21 a 23 de outubro - Botucatu-SPMais informações: www.enbm.com.br

email: [email protected]: (14) 3880-0857

EMNovembro

2017

O evento acontecerá na sede da AMRIGS, em Porto Alegre.Informações: (51) 9388 0060, e-mail [email protected] ou www.las.org.br

30º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear

Data- 12 a 14 de novembro

Local: Hotel Caesar Business Faria Lima - Rua Olimpíadas, 205 | Vila Olímpia | São Paulo | Brasil

Informações: (11) 3849-0099.

As inscrições para a 12ª edição do Exame do Cremesp estão abertas entre 22 de agosto e 20 de setembro de 2016, e devem ser realizadas exclusivamente pelo site da Fundação Carlos Chagas, responsável pela elaboração e aplicação das provas. A avaliação acontecerá no dia 16 de outubro 2016, e é destinada aos alunos sextanistas das escolas médicas paulistas e de outros estados, re-

conhecidas pelo MEC. As provas serão realizadas nas cidades de: São Paulo, Botucatu, Campinas, Marilia, Presiden-te Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto e Taubaté. A exemplo do Cremesp, o Conselho Regional de Rondônia (Cremero) também aderiu à aplicação do exame.

INSCRIÇÕES PARA O EXAME DO CREMESP

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