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22/04/2015
Letícia Coutinho Lopes 1
PhD Letícia C. L. Moura
Neoplasias
Tópicos da Aula
Letícia C. L. Moura
A. Neoplasia
B. Carcinogênese
C. Tipos de neoplasia
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A. Neoplasia
Letícia C. L. Moura
Definição
Epidemiologia
Oncogênese
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1. Definição
Alteração genética
Quantidade excessiva de células autônomas
Proliferação descontrolada
Neoplasma: massa tecidual anormal
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2. Epidemiologia
Número de casos em 2010 INCA/Brasil
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3. Oncogênese
Fatores
Ambiental, genético, geográficos, culturais e raciais
Etiologia do câncer:
Fatores externos (90% casos) - agentes carcinogênicos: Carcinógenos químicos (ação direta ou indireta)
Carcinogênese por radiação
Vírus oncogênicos de RNA e DNA
Bactéria Helicobacter pylori – inflamação crônica (úlceras
pépticas) – carcinomas gástricos ou linfomas gástricos
Fatores genéticos (10% casos) Ex. 40% retinoblastomas são herdados
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B. Carcinogênese
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Formação dos tumores
Mutações moleculares determinantes
Mutações de genes reguladores
Alterações na fisiologia celular
Potencial replicativo ilimitado
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4. Formação dos tumores
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5. Alterações Moleculares Determinantes
Tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que sofreu lesão genética
Mutações em 4 classes de genes reguladores normais:
Pro-oncogenes promotores do crescimento
Genes supressores do tumor
Genes que regulam a morte celular (apoptose)
Genes envolvidos no reparo do DNA
Carcinogênese processo em múltiplas etapas (fenótipo e genótipo), resultante do acúmulo de múltiplas mutações
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6. Alterações na fisiologia celular 1. Auto-suficiência nos sinais de
proliferação celular
2. Insensibilidade aos inibidores de crescimento celular – quiescência ou senescência
3. Evasão apoptose
4. Potencial replicação ilimitado
5. Angiogênese
6. Capacidade invasão e metástase
7. Defeitos nos reparos do DNA – instabilidade genômica e mutações em proto-oncogenes ou em genes supressores de tumor
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7. Potencial replicativo ilimitado Perda da telomerase – perda da senescência celular
Potencial replicativo ilimitado
Evitam a senescência e a catástrofe mitótica (morte celular)
Sobrevivência e tumorogênese
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8. Esquema: bases moleculares do câncer
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C. Tipos de Neoplasia
Letícia C. L. Moura
Tipos de tumores
Nomenclatura dos tumores
Tumores mistos multifacetados
Teratomas
Diferença entre tumor benigno e maligno
Pólipo colônico – tumor benigno
Tumores de mama
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9. Tipos de tumores
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10. Nomenclatura dos tumores Tumores benignos
Designados com sufixo – OMA Epitélio glandular – adenOMA Tumor de cartilagem – condrOMA Tumor de tecido fibroso – fibrOMA Tumor de músculo liso – leiomiOMA
Tumor de músculo esquelético - rabdomiOMA Epiteliais benignos com projeções (verrucosas) - papilOMAS
Tumores malignos Origem mesenquimal - SARCOMAS
Tecido ósseo – osteosSARCOMA fibrosSARCOMA LeiomiosSARCOMA RabdomiosSARCOMA
Origem na células epiteliais – derivados de qualquer um dos folhetos embrionários – CARCINOMAS Epiderme de origem ectoderme Células dos túbulos renais de origem mesoderme Células de revestimento trato gastrointestinal de origem endoderme
Células tumorais lembram epitélio escamoso estratificado – carcinoma de células epiteliais escamosas Epitélio com crescimento em padrões glandulares – adenoCARCINOMA
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11. Tumores mistos multifacetados Diferenciação divergente de um clone em dois tipos de linhagens
celulares
Único clone neoplásico de uma única camada germinativa Adenoma pleomórfico - tumor misto de glândula parótida (ductos e
estroma mixóide que lembra cartilagem)
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12. Teratomas
Representativos de mais de uma linhagem germinativa
Origem células totipotentes
Ovários e testículos Teratoma cístico ovariano –
cisto dermoide – diferenciação em linhagens ectodérmicas (tumor cístico revestido de pele, repleto de pêlos, glândulas sebáceas e estruturas dentárias)
Raro em restos embrionários
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11. Diferença entre tumor benigno e maligno Tumores benignos
Permanece localizado – não invade e não se dissemina Bem diferenciados Bem delimitados podem apresentar cápsula fibrosa de tecido conjuntivo Taxa de crescimento, geralmente, progressiva e lenta (pode paralisar e regredir) –
figuras mitóticas raras e normais Palpável, massas coesivas Pode ser removido por cirurgia Metástase ausentes, mas podem promover nódulos localizados – doenças graves
Tumores malignos - cânceres Aderem em qualquer região Certa falta de diferenciação Não há um plano de clivagem bem definido – infiltra tecido circunjacente,
algumas vezes pode ser coesivo Taxa de crescimento instável (desde lenta à rápida) – figuras mitóticas podem ser
numerosas e anormais Ressecção cirúrgica difícil Metástase frequentemente presente – neolplasma infiltrante (quanto maior e
mais indiferenciado o primário – maior a probabilidade de metástase
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11.1. Pólipo colônico - tumor benigno
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11.2. Tumores de mama Benigno - fibroadenoma
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Maligno – carcinoma ductal invasivo
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D. Características das Neoplasias
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Diferenciação e anaplasia dos tumores
Tumores malignos bem diferenciados
Tumores benignos bem diferenciados
Alterações morfológicas em tumores anaplásicos
Taxas de crescimento
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12. Diferenciação e anaplasia dos tumores Tumores bem diferenciados Semelhança com parênquima normal – difícil de distinguir Normalmente são benignos Mitoses reduzidas
Tumores indiferenciados ou anaplásicos Malignos – ampla gama de diferenciação (de bem
diferenciados até totalmente indiferenciado Anaplasia – células pouco diferenciadas - relacionado a
malignidade Perda da capacidade de diferenciação – surgem de células
menos maduras (reversão da diferenciação para um nível mais primitivo)
Podem perder as funções das células do tecido, novas funções emergem (ex. carcinomas de origem não endócrina com produção hormonal; ex. carcinomas broncogênicos produzindo glucagon e insulina)
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12.1 Tumores malignos bem diferenciados Adenocarcinoma do cólon (A)
Glândulas irregulares em sua forma e tamanho
Glândulas malignas invadiram a camada muscular do cólon
Carcinoma de células epiteliais escamosas (B)
Similares citologicamente às células epiteliais escamosas normais – difícil de distinguir
Ninhos de queratina (seta)
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A B
12.2 Tumores benignos bem diferenciados Leiomioma do útero (A)
Feixes de células musculares lisas semelhantes morfologicamente às células normais no músculo liso do miométrio
Adenoma da tireóide (B)
Folículos tireoidianos de aspectos normais, preenchidos por coloide
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A B
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13. Alterações morfológicas em tumores anaplásicos
Pleomorfismo celular e nuclear (A) – células e núcleos gigantes (polimórficos), multinucleares, hipercromáticas
Morfologia nuclear anormal Figuras mitóticas bizarras, atípicas – fusos mitóticos
tripolares (B) Perda de polaridade
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A B
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14. Taxas de crescimento Três fatores principais da taxa de crescimento
Tempo de duplicação
Fração de células tumorais no grupo replicativo
Taxa de células perdidas ou mortas
Determinada pelo excesso de produção celular em relação à perda celular
Tumores malignos, geralmente, cresce mais rapidamente – relacionado com nível de diferenciação
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15. Carcinoma “in situ” Alterações displásicas: Envolvem toda a espessura do epitélio (confinada à membrana
basal)
Neoplasma pré-invasivo
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E. Invasão e Metástase
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Desenvolvimento tumoral – cascata metastática
Invasão da matriz extracelular
Metástase Fígado com metástase
Visão microscópica da metástase
Aspectos clínicos dos tumores
Diagnóstico laboratorial do câncer
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16. Desenvolvimento tumoral 1. Expansão clonal, crescimento,
diversificação, angiogênese
2. Subclone metastático
3. Adesão e invasão da membrana basal 4. Passagem através da MEC
5. Entrada no vaso sanguíneo
6. Interação com células linfóides do hospedeiro
7. Adesão à membrana basal
8. Saída do vaso sanguíneo
9. Depósito metastático
10. Angiogênese
11. Crescimento - tumor metastático
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17. Invasão da matriz extracelular
1. Alterações (“relaxamento”) das interações célula-célula do tumor (ex. perda expressão caderina)
2. Degradação da MEC
3. Ligação de novos componentes da MEC
4. Migração da células tumorais
5. Disseminação vascular e instalação das células tumorais
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18. Vias de disseminação Implante em cavidades corporais ou superfícies corpóreas – penetra campo aberto natural
(ex. cavidade peritoneal - carcinomas que se originam nos ovários)
Disseminação linfática Via mais comum disseminação carcinomas Vasos linfáticos localizados nas margens tumorais propicia a disseminação
Padrão de envolvimento linfonodos segue as rotas naturais da drenagem linfática Carcinomas de mama nos quadrantes superiores externos – disseminam para linfonodos
axilares Carcinomas de mama nos quadrantes inferiores internos – drenam para os linfonodos das
artérias mamárias Carcinoma de mama dissemina-se principalmente para o osso
Carcinoma broncogênicos envolvem glândulas suprarrenais e cérebro
Disseminação hematogênica Típica de sarcomas
Artérias paredes espessas menos penetradas que veias Invasão venosa células seguem o fluxo venoso de drenagem do sítio do neoplasma
Fígado e pulmão mais frequentemente envolvidos nesse tipo de disseminação (drenagem área portal flui para o fígado e sangue da cava flui para pulmões)
Neuroblastoma dissemina-se para o fígado e ossos
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19. Metástase
Quase todos os tumores malignos podem metastatizar (exceção dos gliomas e células basocelulares da pele)
Quanto mais agressivo – mais rápido crescimento, maior a probabilidade de formar metástases
Reduz possibilidade de cura
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19.1 Fígado com metástase
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19.2 Visão microscópica da metastáse
A) Linfonodo axilar com carcinoma mamário metastático
B) Adenocarcinoma pancreático metastático no fígado
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A B
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20. Aspectos clínicos dos tumores Caquexia (perda progressiva massa corporal)
Síndromes paraneoplásicas
Graduação dos tumores Determinada pela aparência, diferenciação e comportamento
Estadiamento – valor clínico e prognóstico Determinado pela exploração cirúrgica, baseado no tamanho,
local, disseminação e metástase a distância
TNM – tumor primário (T1 a T4), envolvimento de linfonodos regionais (N1 a N3) e metástase (M0, M1 ou M2)
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21. Diagnóstico laboratorial do câncer
Métodos morfológicos
Marcadores tumorais
Diagnóstico molecular
Imunohistoquímica
Citometria de fluxo
Perfil molecular
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Referências Bibliográficas KUMAR, Vinay; ABBAS Abul k.; FAUSTO Nelson; ASTER Jon
C., Robbins & Cotran Patologia Bases Patológicas das Doenças. 8 ed. São Paulo: Elsevier, 2010.
KUMAR, Vinay; ABBAS Abul k.; FAUSTO Nelson; MITCHELL Richard, Robbins Patologia Básica. 8 ed. São Paulo: Elsevier, 2008.
RUBIN, Emanuel; Rubin Patologia: Bases Clinicopatológicas da Medicina. 4 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2006.
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