negócio jurídico

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JUSTIFICATIVA: JUSTIFICATIVA: os negócios jurídicos se justificam pela fonte negocial. Professor Milton Corrêa Filho “A obrigatoriedade das normas jurídicas criadas por meio de negócios jurídicos privados deve-se única e exclusivamente a que o ordenamento jurídico estatal prescreve a sua observância e ordena ao juiz que, em caso de violação, deve recorrer a coercitividade” (Hans Nawiasky)

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Negócio Jurídico. Professor Milton Corrêa Filho. JUSTIFICATIVA: os negócios jurídicos se justificam pela fonte negocial. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Negócio Jurídico

JUSTIFICATIVA: JUSTIFICATIVA: os negócios jurídicos se justificam pela fonte negocial.

Professor Milton Corrêa Filho

“A obrigatoriedade das normas jurídicas criadas por meio de negócios jurídicos privados deve-se única e exclusivamente a que o ordenamento jurídico estatal prescreve a sua observância e ordena ao juiz que, em caso de violação, deve recorrer a coercitividade” (Hans Nawiasky)

Page 2: Negócio Jurídico

Relação com o ordenamento jurídico:Relação com o ordenamento jurídico:

1. Proibição da prática do negócio1. Proibição da prática do negócio

2. NJ é permitido com restrição2. NJ é permitido com restrição

3. NJ é disciplinado pelo ordenamento3. NJ é disciplinado pelo ordenamento

4. Existência de normas dispositivas4. Existência de normas dispositivas

Professor Milton Corrêa Filho

Page 3: Negócio Jurídico

ELEMENTOS:ELEMENTOS:

1. Essenciais:1. Essenciais:a) agente capaza) agente capazb) objeto lícito, possivel, determinadob) objeto lícito, possivel, determinadoc) forma prescrita ou não defesa em leic) forma prescrita ou não defesa em lei

2. Acidentais:2. Acidentais:a) condição a) condição (suspensiva e resolutiva) art.121

b) termo b) termo (dies a quo e dies ad quem)art.131 ....

c) modo c) modo (encargo)art. 136-137

Professor Milton Corrêa Filho

Page 4: Negócio Jurídico

DEFEITOS:DEFEITOS:

1. Vícios da Vontade:1. Vícios da Vontade:a) erro ou ignorância a) erro ou ignorância -art.138 a 144-art.138 a 144

b) dolo - b) dolo - art. 145 a 150 art. 145 a 150

c) coação - c) coação - art. 151 a 155

2. Vícios sociais:2. Vícios sociais:a) do estado de perigo - a) do estado de perigo - art. 156

b) da lesão - b) da lesão - art. 158

c) fraude contra terceiros - c) fraude contra terceiros - art. 158/166

Professor Milton Corrêa Filho

Page 5: Negócio Jurídico

INVALIDEZ:INVALIDEZ: O CC estabelece 7 situações de O CC estabelece 7 situações de

nulidade dos negócios jurídicos nulidade dos negócios jurídicos (art. 166)..

1.1. Celebrado por pessoa absolutamente incapazCelebrado por pessoa absolutamente incapaz

2.2. For ilícito, impossível ou indeterminado o seu objetoFor ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto

3.3. O motivo determinado, a ambas as partes, for ilícitoO motivo determinado, a ambas as partes, for ilícito

4.4. Não revestir a forma prescrita em leiNão revestir a forma prescrita em lei

5.5. For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validadesua validade

6.6. Tiver por objeto, fraudar lei imperativaTiver por objeto, fraudar lei imperativa

7.7. A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibindo-lhe a prática, sem A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibindo-lhe a prática, sem cominar sanção.cominar sanção.

Professor Milton Corrêa Filho

Page 6: Negócio Jurídico

INVALIDEZ:INVALIDEZ:

2. É nulo o NJ simulado, mas subsistirá o que se 2. É nulo o NJ simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma dissimulou, se válido for na substância e na forma (art. 167)

3. É de 4 anos o prazo de decadência para pleitear-se a 3. É de 4 anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulabilidade do NJ. anulabilidade do NJ. -art.178

3. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

4. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio.

Professor Milton Corrêa Filho

Page 7: Negócio Jurídico

ATO JURÍDICO NULOATO JURÍDICO NULO

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto; II - for ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto; III- o motivo determinante, comum a ambas as partes, for III- o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;ilícito; IV – não revestir a forma prescrita em lei;IV – não revestir a forma prescrita em lei;

V – for preterida alguma solenidade que a lei V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;considere essencial para a sua validade; VI – tiver por objeto fraudar lei imperativa; VI – tiver por objeto fraudar lei imperativa; VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.prática, sem cominar sanção.

Professor Milton Corrêa Filho

Page 8: Negócio Jurídico

ATO JURÍDICO ANULÁVELATO JURÍDICO ANULÁVEL

Art. 171. Além dos casos expressamente Art. 171. Além dos casos expressamente declarados em lei, é anulável o negócio declarados em lei, é anulável o negócio jurídico:jurídico:

I – por incapacidade relativa do agente; I – por incapacidade relativa do agente;

II – por vicio resultante de erro, dolo, II – por vicio resultante de erro, dolo, coação,estado de perigo, lesão ou fraude coação,estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. contra credores.

Professor Milton Corrêa Filho

Page 9: Negócio Jurídico

A diferença entre NULIDADE e A diferença entre NULIDADE e ANULABILIDADE não é de substância, mas ANULABILIDADE não é de substância, mas apenas de intensidade ou grau.apenas de intensidade ou grau. No caso da NULIDADE considera-se No caso da NULIDADE considera-se ultrajado um preceito de ordem pública, ultrajado um preceito de ordem pública, portanto um interesse de ordem pública. portanto um interesse de ordem pública. Já na ANULABILIDADE o que se Já na ANULABILIDADE o que se tem violado é um preceito de ordem privada, tem violado é um preceito de ordem privada, logo em jogo um interesse particular.logo em jogo um interesse particular.

Professor Milton Corrêa Filho

Page 10: Negócio Jurídico

Outra diferença entre NULIDADE e Outra diferença entre NULIDADE e ANULABILIDADE é que aquela se opera por ANULABILIDADE é que aquela se opera por força de lei, automaticamente; mas a força de lei, automaticamente; mas a anulabilidade só se opera impulsionada pela anulabilidade só se opera impulsionada pela vontade da parte prejudicada. vontade da parte prejudicada.

A nulidade é reconhecida por sentença A nulidade é reconhecida por sentença declaratória;enquanto a anulabilidade é por declaratória;enquanto a anulabilidade é por sentença constitutiva, que acolhe a sua sentença constitutiva, que acolhe a sua arguição.arguição.

Professor Milton Corrêa Filho

Page 11: Negócio Jurídico

DISTINÇÃO ENTRE NULIDADE E ANULABILIDADE:DISTINÇÃO ENTRE NULIDADE E ANULABILIDADE:

1.1. A NULIDADE decorre de ofensa a interesse público. A A NULIDADE decorre de ofensa a interesse público. A anulabilidade atinge interesse privado.anulabilidade atinge interesse privado.

2.2. A NULIDADE não se sujeita a prazo extintivo, A NULIDADE não se sujeita a prazo extintivo, prescricional ou decadencial, podendo ser arguida e prescricional ou decadencial, podendo ser arguida e reconhecida a qualquer tempo. A anulabilidade se reconhecida a qualquer tempo. A anulabilidade se extingue em curto prazo de natureza decadencial.extingue em curto prazo de natureza decadencial.

3.3. A NULIDADE é insuprível e insanável,quer pelo juiz ou A NULIDADE é insuprível e insanável,quer pelo juiz ou pelas partes. A anulabilidade, ao contrário, é sanável pelas partes. A anulabilidade, ao contrário, é sanável

Professor Milton Corrêa Filho

Page 12: Negócio Jurídico

NULIDADE DO NEGOCIO E DO INSTRUMENTO:NULIDADE DO NEGOCIO E DO INSTRUMENTO:

1.1. Há vícios que atingem a substância da declaração de Há vícios que atingem a substância da declaração de vontade e outros que atingem apenas a sua forma de vontade e outros que atingem apenas a sua forma de exteriorização.exteriorização.

EM CONCLUSÃO:EM CONCLUSÃO:

O Direito procura evitar, quando possível,a destruição dos O Direito procura evitar, quando possível,a destruição dos negócios jurídicos. Há, segundo TRABUCCHI, uma negócios jurídicos. Há, segundo TRABUCCHI, uma tendência legislativa, social e economicamente conveniente tendência legislativa, social e economicamente conveniente voltada para conservar a eficácia dos atos jurídicos, e, por voltada para conservar a eficácia dos atos jurídicos, e, por via de consequencia, dos negócios jurídicos.via de consequencia, dos negócios jurídicos.

HumbertoTheodoro Junior, in Comentários ao Novo Código Civil,VOl. III, TomoI, Ed. Forense, 2003.HumbertoTheodoro Junior, in Comentários ao Novo Código Civil,VOl. III, TomoI, Ed. Forense, 2003.

Professor Milton Corrêa Filho