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DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO - I DIREITO CIVIL I –PARTE GERAL– LUCY FIGUEIREDO [email protected]

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Page 1: 2012.1 semana 10  defeitos do negócio jurídico i

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO - I

DIREITO CIVIL I –PARTE GERAL– LUCY FIGUEIREDO

[email protected]

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A declaração de vontade é elemento

estrutural do negócio jurídico. Para que seja

válido, todavia, é necessário que a vontade

seja manifestada livre e espontaneamente.

Pode acontecer , no entanto, que ocorra

algum defeito na sua formação ou na sua

declaração, em prejuízo do próprio

declarante, de terceiro ou da ordem pública.

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Defeitos do negócio jurídico são imperfeições que nele

podem surgir decorrentes de anomalias na formação da

vontade ou da declaração.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei,

é anulável o negócio jurídico:

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de

perigo, lesão ou fraude contra credores.

Defeitos do Negócio Jurídico

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“Tais defeitos, exceto a fraude contra credores, são chamados

de vícios de consentimento porque provocam uma

manifestação de vontade não correspondente com o íntimo e

verdadeiro querer do agente. Criam uma divergência, um conflito

entre a vontade manifestada e a real intenção de quem a

exteriorizou.

A fraude contra credores não conduz a um descompasso entre

o íntimo querer do agente e a sua declaração, é exteriorizada

com a intenção de prejudicar terceiros. Por isso é chamada de

vício social “(Carlos Roberto Gonçalves)

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• Vícios de consentimento: Provocam uma manifestação de

vontade não correspondente com o íntimo e verdadeiro

querer do agente. Criam uma divergência, um conflito entre a

vontade manifestada e a real intenção de quem exterioriza.

São eles: o erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão.

• Vícios sociais: fraude contra credores

Não conduz a um descompasso entre o querer íntimo do

agente e a sua declaração, mas é exteriorizada com a

intenção de prejudicar terceiros,

Defeitos do negócio jurídico

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Quando o negócio jurídico se apresenta de forma irregular, defeituosa, tal irregularidade ou defeito pode ser mais ou menos grave, e o ordenamento jurídico pode atribuir reprimenda maior ou menor.

•Ora a lei simplesmente ignora o ato, pois não possui mínima consistência, nem mesmo aparece como simulacro perante as vistas do direito, que não lhe atribui qualquer eficácia (ato inexistente)

•ora a lei fulmina o ato com pena de nulidade, extirpando-o do mundo jurídico (ato nulo)

•ora a lei o admite, ainda que viciado ou defeituoso, desde que nenhum interessado se insurja contra ele e postule sua anulação (ato anulável).

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INVALIDADE E INEFICÁCIA

INEFICÁCIA: o vocábulo ineficácia é empregado para

todos os casos em que o negócio jurídico se torna passível

de não produzir os efeitos regulares.

INVALIDADE: Quando o negócio jurídico é declarado

judicialmente defeituoso, torna-se inválido. Nesse sentido,

há que se tomar o termo invalidade

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A invalidade, “é aquela falta de idoneidade para produzir, por

forma duradoura e irremovível, os efeitos essenciais do tipo”,

como sanção à inobservância dos requisitos essenciais

impostos pela lei.

A ineficácia qualifica-se, ao contrário, como característica de

um ato “em que estejam em ordem os elementos essenciais e

os pressupostos de validade, quando, no entanto, obste à sua

eficácia uma circunstância de fato a ele extrínseca” .

Distinção entre invalidade e ineficácia

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O terreno dos defeitos do negócio jurídico oferece material

para observar e adequar as discutidas teorias da vontade e

da declaração e suas variantes.

Teoria da vontade real – prevalência da vontade

Teoria da declaração- prevalência da declaração

Teoria da responsabilidade – responsabilidade(vicio ou

dolo) de quem declarou.

Teoria da confiança – comportamento pautado na boa-fé.

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Posição do novo Código brasileiro - O sistema geral

dos vícios de consentimento, na evolução do Código de

1916, para o atual submeteu-se, predominantemente, à

teoria da confiança, onde o destaque maior é conferido a

boa-fé, à lealdade, e à segurança das relações jurídicas.

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ERRO, IGNORÂNCIA, DOLO E COAÇÃO

ERRO (138 a 144,CC)- é a falsa idéia ou falso sentido que

se tem de alguma coisa. Em regra erro não se presume.

Alegado, deve ser mostrado, isto é, provado.

IGNORÂNCIA é o completo desconhecimento da realidade,

embora tanto o erro como a ignorância acarrete efeitos

iguais, quais sejam, a anulabilidade do negócio jurídico,

não obstante possuírem conceitos distintos.

O erro só é admitido como causa de anulabilidade se for

essencial.

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Espécies de erro

Erro substancial ou essencial: é o que recai sobre circunstâncias

e aspectos relevantes do negócio. Há de ser causa determinante,

ou seja, se conhecida a realidade do negócio. Se o agente

conhecesse a verdade, não manifestaria vontade de fazer o

negócio.

Erro acidental: é o que se opõe ao substancial, porque se referem

a circunstâncias de menor importância. È aquele erro que ainda se

fosse conhecido, o negócio jurídico seria realizado, como o erro de

cálculo por exemplo – art 143 CC. Quando as duas partes têm

conhecimento do exato valor do négócio, é permitida a retificação.

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ATENÇÃO

Não é qualquer espécie de erro que

torna anulável o negócio jurídico.

Para tanto, deve ser substancial,

escusável e real.

Obs.: Escusável no sentido de ter uma razão plausível para ter acontecido e real no sentido de ser palpável, de ter provocado efetivo prejuízo para o interessado.

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Além de ser essencial e escusável conforme o padrão do

homo medius, e o caso concreto, há ainda de ser efetivo e

real, sendo a causa do negócio jurídico.

Há a possibilidade de convalescimento do erro conforme

se prevê o art. 144 do C.C. em razão do princípio da

conservação dos atos e negócios jurídicos (pás de nullité

sans grief) e ainda pelo princípio da segurança jurídica.

No erro o agente incorre sozinho, se houver indução

ao erro caracterizar-se-á o dolo.

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Art. 139. O erro é substancial quando:

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da

declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da

pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde

que tenha influído nesta de modo relevante;

III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação

da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

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O erro substancial pode ser:

Erro sobre a natureza do negócio (error in negotio) – é

aquele em que uma das partes manifesta a sua vontade,

pretendendo e supondo celebrar determinado negócio

jurídico, e, na verdade, realiza outro diferente. Ex.: quer alugar

e escreve vender; pessoa empresta uma coisa e a outra

entende que houve doação; pessoa que quer alugar e a outra

supõe tratar-se de venda a prazo.

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Erro sobre o objeto principal da declaração ( error in

corpore) – é o que incide dobre a identidade do objeto. A

manifestação de vontade recai sobre objeto diverso

daquele que o agente tinha em mente.

Ex. Pessoa que adquire um quadro de um aprendiz,

supondo tratar-se de tela de um pintor famoso; o indivíduo

se propõe a alugar a sua casa da cidade e o outro

contratante entende tratar-se de sua casa de campo.

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Erro sobre algumas das qualidades a ele essenciais

do objeto principal (error in substantia ou error in

qualitate) – ocorre quando o motivo determinante do

negócio é a suposição de que o objeto possui determinada

qualidade que, posteriormente, verifica-se inexistir.

Ex. pessoa que compra relógio dourado, mas apenas

folheado a ouro, como se fosse de ouro maciço.

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Erro quanto à identidade ou à qualidade da pessoa a quem se

refere a declaração de vontade (error in persona) – concerne aos

negócios jurídicos intuitu personae. Pode referir-se tanto à

identidade quanto às qualidades da pessoa. Exige-se no entanto,

para ser invalidante, que tenha influído na declaração de vontade

”de modo relevante”. Ex. doação ou deixa testamentária a pessoa

que o doador supõe, equivocadamente, ser seu filho natural, ou

ainda a que lhe salvou a vida. Essa modalidade de erro tem

importância no casamento e nas liberalidades, como na doação e no

testamento. Somente é considerado essencial quando não se tem

como apurar quem seja realmente a pessoa ou coisa.

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ANULAÇÃO DE CASAMENTO - Erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge. Mulher que tinha comportamento sexual promíscuo e ignorado do seu parceiro, muito mais velho que ela e com quem veio a se casar. Comportamento que se evidenciou ao aparecer ela grávida dois meses após o casamento, certa a impotentia generandi do marido. Negatória de paternidade. Filho adulterino a matre. Registro de nascimento feito pela mãe, declarando o marido como pai da criança. Marido portador de impotentia generandi, tornando certa a impossibilidade da paternidade que lhe foi atribuída, tal como se confirmou em prova pericial. Presunção de paternidade que não pode prevalecer e que não encontra limite temporal para a sua contestação. (TJRJ - AC 3.767/90 - 2ª C . - Rel. Juiz Murilo Fábregas - DJ 18.06.91) (RJ 175/61)

Anulação de casamento por erro essencial

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Constitui crime contra a família contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro cônjuge. Nesta passagem, o termo é aplicado para indicar engano quanto às qualidades de outro cônjuge, cuja realidade enseja a anulação do casamento.

A anulação do casamento, de acordo com o Código, só é possível se for comprovado erro essencial do cônjuge, como ignorância de crime anterior ao casamento, doenças mentais, graves ou transmissíveis, ou outros erros que tornem insuportável a vida em comum do casal.

Erro essencial de pessoa - Erro de um dos nubentes que se verifica nos casos em que a descoberta da identidade do outro, sua honra ou boa fama, possa causar dificuldades intransponíveis para a convivência em comum, tornando insuportável a vida de casados.

Anulação de casamento por erro essencial

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Erro de direito (error juris) – É o falso conhecimento,

ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica

aplicável a uma situação concreta e não implicando

recusa à aplicação da lei, ou seja, o agente emite a

declaração de vontade no falso pressuposto de que

procede segundo o preceito legal.

Ex. pessoa que contrata a importação de determinada

mercadoria ignorando existir lei que proíba tal importação.

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Há a possibilidade de convalescimento do erro conforme se

prevê o art. 144 do C.C. em razão do princípio da

conservação dos atos e negócios jurídicos (pás de nullité

sans grief) e ainda pelo princípio da segurança jurídica.

Tal oferta, afasta o prejuízo do que se envanou, deixando o

erro de ser real e, portanto, anulável.

Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

Convalescimento do erro

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Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.

Repetição do indébito

Art. 877. Àquele que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro.

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DOLO - Indica toda a espécie de artifício, engano

promovido por uma pessoa, com a intenção de induzir

outrem à prática de um ato jurídico, em prejuízo deste

e proveito ou de outrem.

O dolo no âmbito civil não se confunde com aquele

previsto no âmbito penal ( art. 18, I do CP) onde

agente atua com a vontade predestinada a causar o

delito ou assumiu o risco de produzi-lo.

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A grande maioria das ações anulatórias em geral é mesmo

com base no dolo em face da grande dificuldade de se provar

processualmente o erro.

Distinção entre erro e dolo: o erro é sempre espontâneo a

vítima se engana sozinha, enquanto no dolo o equívoco é

provocado por outrem.

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Dolo positivo: praticado por meio de ação

Dolo negativo: omissão dolosa (art.94)

Dolo de terceiro: praticado por pessoa diversa dos contratantes.Se existe cumplicidade do beneficiado ou mesmo seu conhecimento, anula-se o negócio. Se, era desconhecido do beneficiado, cabe ao terceiro indenizar as perdas e danos.

Dolo Recíproco ou Bilateral: Gera a neutralização do delito cometido, por que há compensação entre os dois ilícitos, como consta no dispositivo do art. 97 do atual código civil : "Se ambas as partes procederam com dolo, nenhuma pode alegar, para anular o ato, ou reclamar indenização

DOLO: classificação

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Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

Dolo do Representante de uma das Partes: A responsabilidade civil é cobrada conforme o proveito que tirou do negócio celebrado, através de uma ação regressiva contra o representante pela quantia que tiver desembolsado para ressarcimento do dano causado, salvo se com este estava mancomunado. Como consta nos arts. 96 e 1445 do atual código civil.

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Dolus Bonus: É aquele geralmente empregado no comércio informal e até mesmo no formal. Consiste em exageros nas vantagens e boas qualidades da mercadoria oferecida pelo comerciante, sendo que tal categoria não induz anulabilidade do negócio jurídico.

Ex.o camelô que vende relógios afirmando que são todos provenientes da Suíça. Assim, percebe-se que é um tipo de dolo que não é capaz de viciar a vontade, por não prejudicar a segurança das relações comerciais, pois não é justificável que uma pessoa de sã consciência seja enganada por tal manobra.

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Dolus malus: É o dolo que prejudica efetivamente a vítima, capaz de viciar sua vontade, tornando o negócio anulável. É um artifício fraudulento que consegue enganar até mesmo as pessoas mais cautelosas e instruídas. Consiste numa fraude comissiva (decorrente de uma ação) ou numa omissão intencional de fatores essenciais ao conhecimento da vítima para que esta constitua sua vontade de acordo com seus interesses reais.

ATENÇÃOO dolo anulador do negócio jurídico é sempre o dolo principal, é o dolo malus. Porque o dolus bônus é moderadamente aceitável, embora o CDC condene explicitamente a propaganda enganosa.

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COAÇÃO (151 a 155 CC) - representa toda ameaça ou

pressão exercida sobre a pessoa para obrigá-la, contra

sua vontade, a praticar ato ou realizar negócio jurídico.

Ha a coação física (vis absoluta) e a coação

psicológica (vis compulsiva) que diferem não só pelo

meio empregado, mas sobretudo, por seus efeitos.

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Coação Física – pressão física suficiente para tolher os

movimentos do agente fazendo desaparecer sua vontade.

Não há a manifestação livre da vontade. O Ato é

inexistente. Ex. tomar a mão do declarante para assinar o

ato contra sua vontade.

Coação psicológica – caracteriza-se pela existência de

uma ameaça séria e idônea de algum dano ao declarante, o

que certamente redunda num negócio anulável. Ex. ameaça

de revelar segredos pessoais ou profissionais.

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É possível que a coação seja exercida por terceiro sem

que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter

conhecimento (art. 154,CC), mas nessa hipótese

prevista no art. 155 do C.C., o negócio subsistirá não

sendo anulado.

Não se considera coação a simples ameaça, o

exercício normal de direito e nem temor reverencial

(artigo 153 do Código Civil).

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Esmeralda precisa fazer um pagamento ao seu credor, Cláudio, por meio de depósito em conta bancária. Por engano, faz o depósito em conta de outra pessoa, Júlio. Este, feliz, saca o dinheiro de sua conta e o gasta. Mais tarde, quando Esmeralda exige o dinheiro de volta, Júlio alega que não coagiu ninguém a fazer o depósito e que o que aconteceu foi uma doação. Cláudio, por sua vez, cobra o dinheiro de Esmeralda.

Pergunta-se:1) Houve algum defeito do negócio jurídico na hipótese? Em caso afirmativo, qual?2) Como ficam, respectivamente, as situações de Esmeralda, Cláudio e Júlio diante do ocorrido?

Caso Concreto 1

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Estevão, jovem de 19 anos, adquire com o produto de seu trabalho uma motocicleta e fica muito satisfeito com a compra. Sua mãe, Almerinda, não partilha de seu entusiasmo. Exige que o filho venda a moto, chora e ameaça deixar de falar com ele. Depois de muitos conflitos, Estevão cede aos pedidos da mãe e vende a fonte dos problemas a outro jovem, Ezequiel. Meses depois, Estevão, aluno do curso de Direito, aprende que os negócios jurídicos praticados por coação são anuláveis e começa a pensar em maneiras de reaver a motocicleta vendida.Pergunta-se:1) Houve, na venda efetuada entre Estevão e Ezequiel, algum defeito do negócio jurídico?2) O negócio jurídico em questão é válido?3) Estevão pode fazer algo para reaver a motocicleta de Ezequiel?

Caso Concreto 2

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O dolo é vício de vontade que torna anulável o negócio jurídico. Argüida a prática do dolo num determinado negócio, é INCORRETO afirmar que: (A) a intenção de quem pratica o dolo é a de induzir o declarante a celebrar um negócio jurídico;(B) a utilização de recursos fraudulentos graves pode se dar por parte do outro contratante ou de terceiros, se forem do conhecimento daquele;(C) o silêncio intencional de uma das partes sobre fato relevante ao negócio também constitui dolo;(D) o dolo recíproco impede a anulação do negócio jurídico sobre o qual incidiu;(E) o dolo do representante de uma das partes obriga o representado a responder civilmente por todo o prejuízo do outro contratante, independentemente do proveito que o mesmo representado experimentar.

Questão Objetiva 1

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O Código Civil exige, para a validade do ato jurídico, que o agente seja capaz. Tal disposição legal configura a exigência de que o agente:

A) tenha capacidade de gozo, a capacidade de direito, a capacidade de aquisição.B) tenha capacidade de fato, a capacidade de ação, a capacidade de exercício.C) pessoa física, seja dotado de personalidade jurídica.D) tenha sempre mais de 18 anos de idade. E) nenhuma das respostas anteriores está correta.

O Código Civil exige, para a validade do ato jurídico, que o agente seja capaz. Tal disposição legal configura a exigência de que o agente:

A) tenha capacidade de gozo, a capacidade de direito, a capacidade de aquisição.B) tenha capacidade de fato, a capacidade de ação, a capacidade de exercício.C) pessoa física, seja dotado de personalidade jurídica.D) tenha sempre mais de 18 anos de idade. E) nenhuma das respostas anteriores está correta.

Questão Objetiva 2