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NEEJA- NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS- CULTURA POPULAR, CONSTRUÍNDO UM MUNDO NOVO. APOSTILA DE HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL

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NEEJA- NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS- CULTURA POPULAR,

CONSTRUÍNDO UM MUNDO NOVO.

APOSTILA DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL

CONCEITO DE HISTÓRIA

História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História

analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período

histórico, cultura ou civilização.

Objetivos

Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado

povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também

é importante para a compreensão do presente.

Fontes

O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento

da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C). Para analisar a Pré-

História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de

cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos). Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registro s orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

Ciências auxiliares da História

A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos

citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis),

Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas),

Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos

antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.

Periodização da História

Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos: - Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.

- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano) - Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla

pelos turcos otomanos). - Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa). - Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

Outras informações:

- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o ―pai da História‖ e primeiro

historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico. - A historiografia é o estudo do registro da História. - O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta

ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos .

A PRÉ-HISTÓRIA

Talvez a tarefa mais complexa das ciências humanas, principalmente para a história,

arqueologia e antropologia, é definir onde começa o ―humano‖, isto é, como datar a origem da

humanidade? Dentro dos estudos escolares de história há um recurso para ponderar esse impasse,

adequando o que pode ser aprendido com aquilo que é pesquisado por especialistas. Trata-se da

divisão entre Pré-História e História. A ―História‖, didaticamente falando, tem seu início com o

aparecimento das primeiras civilizações, ou seja, com o surgimento das primeiras cidades, os

primeiros sistemas políticos e sistemas de escrita. Já a Pré-História corresponderia ao período anterior

às primeiras civilizações, mas que apresenta elementos e aspectos que, de uma forma ou de outra,

prepararam o terreno para o advento desta.

Nesse sentido, a Pré-História é uma área do conhecimento partilhada entre várias disciplinas,

que, cada uma a seu modo, formam um mosaico de compreensão do passado pré-civilizacional do

homem. Além da arqueologia e da antropologia, a biologia (especialmente a Paleontologia) também

se insere no conjunto dessas disciplinas. É dela que provém as nomenclaturas que classificam os

hominídeos, isto é, os grupos de seres pré-históricos que se assemelhavam ao Homem atual. Os

gêneros de hominídeos variaram em alguns seguimentos principais e sua temporalidade também

variou de cinco milhões de anos até, aproximadamente, 120 mil anos, como destacaremos abaixo.

Os hominídeos mais antigos são do gênero Ardipithecus e Australopitecos. O Ardipithecus

ramidus, por exemplo, tem sua presença na Terra, confirmada por especialistas, variando entre 5 e 4

milhões de anos. Já a do Australopitecos afarensis varia entre 3,9 e 3 milhões de anos. As feições e

modos de comportamento desses hominídeos eram bem menos versáteis que do gênero Homo que

viria depois. A atuação do Homo habilis, por exemplo, variou entre 2,4 a 1,5 milhões de anos. A do

Homem erectus, entre

1,8 milhão a 300 mil de anos. Já a do sucessor desse último, Homo neandertalenses, variou entre 230

e 30 mil anos. O Homo sapiens, que constitui o ser humano tal como o conhecemos hoje,

apareceu, provavelmente, há cerca de 120 mil anos, como uma variação do Homo neandertalenses.

De forma geral, esses grupos de hominídeos são classificados como caçadores e coletores, isto

é, não possuíam fixidez de território. Eram, basicamente, praticantes do nomadismo. A arqueologia e

a história costumam, por meio de sistemas de datação, como o do Carbono 14 e da

termoluminescência, dividir a ação desses hominídeos nas seguintes fases: o Paleolítico, ou Idade da

Pedra Lascada, e o Neolítico, ou Idade da Pedra Polid a. Essas divisões ocorrem também por meio

do grau de domínio da tecnologia rústica. O uso de artefatos como pedra, madeira, pedaços de ossos e

cerâmica é determinante para tal classificação.

A última fase da Pré-História seria a Idade dos Metais, que corresponde ao período em que o

homem passou a ter um pleno domínio do fogo e começou a fazer a fusão de metais, obtendo o

bronze, por exemplo. Esse período data de 6 a 5 mil anos atrás e coincide com o aparecimento

das primeiras civilizações.

Outro ponto a destacar-se com relação à Pré-História e aos documentos estudados por

especialistas dessa área é a Arte Rupestre (ver imagem no topo da página), que comporta os

primeiros símbolos e registros da ação do Homem, possuindo assim um valor inestimável.

EXERCÌCIOS 1- Dê um conceito de História?

2- Qual o Objetivo da História?

3- O que são fontes Históricas?

4- Cite as Ciências auxiliares da História:

5- Cite os períodos da História:

6-Quem é conhecido como Pai da História?

7-Como é dividida a Pré-história:

8- O que é Arte Rupestre?

POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

Ao longo da Idade Média, a concepção de mundo do homem europeu o impelia ao isolamento e o

reforço do pensamento religioso. Influenciados pela estabilidade dos valores cristãos e a instabilidade

das invasões bárbaras da Alta Idade Média, os homens viviam reclusos no interior dos feudos. O

desconhecido e o inusitado seriam palavras que causariam o mal-estar de uma realidade sustentada

pela harmonia das ordens clerical, nobiliárquica e servil.

Com a ascensão da burguesia mercantil e as grandes navegações, muitos desses valores medievais

foram revistos e abandonados. No entanto, muitas narrativas míticas que falavam de terras paradisíacas

cercadas de um exotismo e da fartura construíram-se ao longo de muitos anos no ideário das

sociedades europeias. Além disso, vários relatos míticos também faziam menção sobre as bestas

selvagens habitantes dos mares e terras até então desconhecidas pelos povos europeus. Esse misto de fascínio e terror encontrado nas narrativas e representações

iconográficas fez com que o homem moderno ainda guardasse muito desses valores em seu imaginário.

Com o advento da descoberta da América, os colonizadores europeus depararam-se com um mundo onde

muitas daquelas situações imaginadas em nada traduziam a situação das chamadas civilizações pré-

colombianas. Ao mesmo tempo, essa preconcepção do outro acabou fazendo do nativo americano

algo a ser repudiado e civilizado pelo europeu.

No entanto, toda essa condição de estranhamento, admiração e repúdio deixou para trás toda uma

rica gama de valores culturais desenvolvidas pelos povos que aqui já existiam. No fim do século

XV, período que marca a chegada dos espanhóis ao continente, o continente contava com três grandes

civilizações: maias, astecas e incas.

Muitas das cidades criadas por essas civilizações faziam frente a qualquer centro urbano europeu

do século XVI. Mesmo contando com um amplo leque de características e conhecimento, o contato dos

nativos com os europeus marcou um dos maiores genocídios que se tem registro.Mesmo que diversos

traços dessa cultura fossem perdidos com o processo de colonização, vemos no estudo das

sociedades pré-colombianas um rico campo de reflexão sobre a questão da relatividade cultural.

Conhecendo um pouco mais desses povos podemos repensar o antigo valor que nos impõe a

Europa como o berço das mais complexas e avançadas civilizações da História.

PRINCIPAIS POVOS

Na região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios, acádios, babilônios, assírios e caldeus,

entre outro. Ao longo da história, esses povos confrontaram-se em vários momentos. Grupos

nômades e seminômades, das montanhas ou do deserto, atacavam as populações sedentárias que viviam

nos vales e nas planícies, onde havia áreas fért eis para plantar e para criar rebanhos.

EGITO ANTIGO

A SOCIEDADE QUE CONTROLOU O NILO

O Egito antigo localizava-se no nordeste da África. O aproveitamento do rio Nilo favoreceu a

fixação de grupos humanos nessa região cercada por desertos. Para levar às águas do Nilo as regiões mais distantes de suas margens, os egípcios construíram

grandes canais de irrigação. Também ergueram diques e barragens para proteger vilas e casas das inundações mais violentas.

Com esse sistema de diques e canais, os egípcios dominaram, em grande medida, as águas do Nilo, conseguindo, assim, plantar e obter colheitas abundantes.

Os egípcios eram politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses, que simbolizavam forças e fenômenos da natureza. Muitas divindades eram representadas em fo rma de animal. No

período das cheias, as águas do Nilo inundavam as terras de suas margens e depositavam Húmus (

substancia fertilizante que resulta da decomposição de restos vegetais e animais). Quando o rio

retornava ao nível normal, o solo que tinha sido inundado estava adequado para o cultivo agrícola.

SOCIEDADEUMA VISÃO DOS GRUPOS SOCIAIS

O faraó era o rei supremo do Egito, considerado um deus vivo, responsável pela proteção e

prosperidade de seu povo. No entanto, essa crença na ―condição divina do rei ―sofreu variações ao longo

da história egípcia, ora sendo reforçada, ora enfraquecida‖. Os egípcios acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que

os mortos seriam julgados por esse deus e poderiam retornar aos seus corpos se fossem absolvidos. Para

isso, seus corpos precisariam ser conservados. Desenvolveram, então, a técnica da mumificação.

FEUDALISMO

O feudalismo consiste em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social

e política. Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitaram

o surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do

mundo feudal está vinculada a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as

Invasões Bárbaras.

A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de

circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano

tinha favorecido um processo de ruralização das populações que não mais podiam empreender atividades

comerciais. Isso ocorreu em razão das constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos

centros urbanos constituídos durante o auge da civilização clássica.

A ruralização da economia também atingiu diretamente as classes sociais instituídas no interior de

Roma. A antes abrangente classe de escravos e plebeus veio a compor, junto com os povos germânicos, uma

classe campesina consolidada enquanto a principal força de trabalho dos feudos. Trabalhando em regime de

servidão, um camponês estaria atrelado à vida rural devido às ameaças dos conflitos da Alta Idade Média e a

relação pessoal instituída com a classe proprietária, ali representada pelo senhor feudal.

O senhor feudal representaria a classe nobiliárquica detentora de terras. Divididos por

diferentes títulos, um nobre poderia ser responsável desde a administração de um feudo até pela cobrança de

taxas ou a proteção militar de uma determinada propriedade. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na

prática, era superior a dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de

um senhor feudal no interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo

promotor de um poder político descentralizado.

Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas se transformavam nesse

período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto. O clero entraria em

acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão da classe

nobiliárquica deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou

um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também

se tornou uma grande ―senhora feudal‖.

No século X o feudalismo atingiu o seu auge tornando-se uma forma de organização vigente

em boa parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção

agrícola e o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das

atividades comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura

hermética que marcou boa parte da Idade Média.

A IGREJA NA IDADE MÉDIA

No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano. A partir

deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo

a invasão dos povos bárbaros (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo.

A influência da Igreja:

Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica conquistou e manteve grande poder.

Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava nas decisões políticas dos reinos (poder político),

interferia na elaboração das leis (poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a

sociedade (poder social).

Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus

dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram

perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no

século XIII, para combater os hereges (contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e

mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam às ordens da Igreja.

Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a

preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se à copiar e guardar os conhecimentos das

civilizações antigas, principalmente, dos sábios gregos. Graças aos monges, esta cultura se preservou, sendo

retomada na época do Renascimento Cultural.

Enquanto parte do alto clero (bispos, arcebispos e cardeais) preocupavam-se com as questões

políticas e econômicas, muitos integrantes da Igreja Católica colocavam em prática os fundamentos do

cristianismo. Os monges franciscanos, por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se aos

pobres.

A cultura na Idade Média foi muito influenciada pela religião católica. As pinturas, esculturas e

livros eram marcados pela temática religiosa. Os vitrais das igrejas traziam cenas bíblicas, pois era uma

forma didática e visual de transmitir o evangelho para uma população quase toda formada por analfabetos.

Neste contexto, o papa São Gregório (papa entre os anos de 590 e 604) criou o canto gregoriano. Era uma

outra forma de transmitir as informações e conhecimentos religiosos através de um instrumento simples e

interessante: a música.

A Igreja Católica Hoje:

Atualmente, a Igreja Católica é muito diferente do que era na Idade Média. Hoje, ela não tem mais

todo aquele poder e não pratica atos de violência. Pelo contrário, posiciona-se em favor da paz, liberdade

religiosa e do respeito aos direitos dos cidadãos. O papa, autoridade máxima da Igreja, pronuncia-se contra

as guerras, terrorismo e atos violentos. Defende também a união das pessoas, principalmente dos países mais

ricos, na luta contra a pobreza e a miséria.

RENASCIMENTO

Quando se estuda a transição da Idade Média, especificamente a Baixa Idade Média, para a Idade

Moderna, percebe-se que ainda vigora em muitos livros didáticos de história, revistas e blogs de educação

uma certa perspectiva reducionista que compreende o Renascimento Cultural dos séculos XIV, XV e XVI

como um fenômeno de ruptura radical e definitiva com a Idade Média. Essa visão supõe ser a Idade Média

um período decadente e obscuro que nada ofereceu de significativo ao universo cultural que sobreveio com

o Renascimento.

Mas muito pelo contrário, no período compreendido como Renascimento confluíram vários

elementos da cultura cristã florescida na Idade Média, como elementos da cultura clássica (greco-latina), que

passou a ter uma dimensão maior na Europa Ocidental, sobretudo em regiões de intenso comércio marítimo,

como a Itália (ao sul) e a Holanda e os Países Baixos (ao norte), que também tiveram um intenso

desenvolvimento urbano ainda no período medieval.

Para o historiador Thomas Woods, o Renascimento, mais do que uma ruptura total com o passado

medieval, pode ser considerado o auge da Idade Média. Diz ele que ―os medievais, tal como uma das figuras

exponenciais do Renascimento, tinham um profundo respeito pela herança da antiguidade clássica, ainda

que não a aceitassem de modo tão acrítico como o fizeram alguns humanistas: e é na Idade Média que

encontramos as origens das técnicas artísticas que viriam a ser aperfeiçoadas no período seguinte.‖

(WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental. São Paulo: Quadrante, 2008.

p. 119)

A confluência entre a cultura clássica e a cultura cristã viu-se expressa na obra de vários autores do

Renascimento, desde artistas como Michelangelo e Leonardo da Vinci até escritores como Erasmo de

Rotterdan, Nicolau de Cusa e Thomas Morus. Uma característica que se tornou, sim, uma identidade

renascentista no âmbito dos estudos intelectuais foi a redescoberta dos textos clássicos originais, sobretudo

os gregos. Filósofos como Aristóteles e Platão eram lidos na Idade Média por meio de traduções latinas com

pouca precisão. Eruditos do Renascimento, como Leonardo Bruni – tradutor da Política e da Ética a

Nicômaco, de Aristóteles –, foram responsáveis por esse resgate das fontes primárias dos textos gregos e

pela feitura de traduções criteriosas e comentadas.

Além disso, outras características também contribuíram para compor uma identidade própria ao

Renascimento. A concepção antropocêntrica do mundo, que aos poucos se impôs, divergiu da perspectiva

teocêntrica medieval, ainda que vários elementos doutrinais tenham sido preservados. O humanismo, isto é,

a valorização das potencialidades humanas, da faculdade racional, da capacidade de criação artística, de

observação, registro e cálculo dos fenômenos naturais e de organização política, também contribuiu para

definir essa época que antecedeu o século XVII – século da Revolução Científica operada por Galileu

Galilei.

As grandes navegações e a descoberta do ―novo mundo‖ (o continente americano) e das civilizações

e culturas que nele se desenvolveram também foram decisivas para configurar o Renascimento como uma

época de experiências novas e enriquecimento cultural. Somou-se a isso a teoria heliocêntrica de Nicolau

Copérnico, que também passou a ajustar-se ao antropocentrismo e à capacidade do homem de descobrir os

mistérios da ―harmonia do mundo‖, isto é, os mistérios cosmológicos.

No mais, foi no início do século XVI, já no auge do Renascimento, que ocorreram dois

acontecimentos decisivos no âmbito intelectual, religioso, moral e político da Europa:invenção da imprensa,

por Joannes Gutenberg, e a Reforma Protestante, desencadeada por Martinho Lutero. Esses dois

acontecimentos combinados mudaram, aos poucos, a relação dos homens com o conhecimento intelectual

antes restrito ao domínio da língua latina. Matinho Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, enquanto a

invenção de Gutenberg facilitou a reprodução e a leitura de livros (como a Bíblia) pelo público leigo.

REFORMA PROTESTANTE

Reforma Protestante e Contra-Reforma.

As Reformas Religiosas, surgimento das religiões protestantes, luteranismo calvinismo,

anglicanismo, Contra-Reforma Católica, Tribunal da Inquisição, Concílio de Trento, resumo, causas.

Martinho Lutero: criador da religião Luterana.

Causas:

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas

reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento

renascentista.

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e

preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam

desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam

rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.

A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois

os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo

emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.

Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com

a venda das indulgências (venda do perdão).

No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos

comandos que eram próprios da realeza.

O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem

renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com

mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na

ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

A Reforma Luterana

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja

Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina

católica.

As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do

luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados

em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época.

Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.

Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de Worms, convocada pelo

imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não so defendeu suas teses como mostrou a necessidade

da reforma da Igreja Católica.

A Reforma Calvinista

João Calvino: reforma na França.

Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a

salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e

banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar

em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua

vida definida).

A Reforma Anglicana

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento

do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja

Católica uma grande quantidade de terras.

A Contra-Reforma Católica

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na

cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de

Trento ficou definido:

- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;

- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição : punir e condenar os acusados de heresias;

- Criação do Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de

ideias contrárias à Igreja Católica.

Intolerância

Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas

ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e

protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar milhares de

calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.

Você sabia?

- É comemorado em 31 de outubro o Dia da Reforma Protestante. A data é uma referência ao 31 de

outubro de 1517, dia em que Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg

(Alemanha).

EXPANSÃO MARÍTIMA

No século XV, início da Idade Moderna, a Europa via sua economia cada vez mais comprometida

com a queda de consumo dos bens produzidos na zona rural e agrícola. O mercado interno europeu passava

por sérias complicações. Para abastecer o consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do

Oriente, como especiarias, objetos raros e pedras preciosas.

Entretanto, para comprar este material os europeus tinham que negociar com os mercadores árabes,

pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar Mediterrâneo, passando pelas cidades italianas de

Gênova e Veneza. Muitos mercadores envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais

caros, o que acabou contribuindo para a crise econômica europeia.

Mapa da expansão marítima das nações europeias.

Para evitar gastos com impostos sobre mercadorias, os europeus procuraram rotas alternativas para

encontrar as Índias (de onde vinham os metais preciosos) e comprar os produtos de forma direta. Assim,

estariam livres dos altos impostos cobrados.

As Expansões Marítimas eram caras e nenhum comerciante rico era capaz de se embrenhar pelos

mares sem recursos do rei. A figura do monarca era essencial para este empreendimento, pois ele conseguia

captar recursos públicos de toda a nação para investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as

primeiras bússolas e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um importante avanço foi

o surgimento da primeira caravela, que tornava possível longas viagens marítimas.

A primeira nação europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal, graças a sua consolidação

como Estado bem organizado militarmente e independência das demais nações do continente. Com o poder

centralizado nas mãos do rei Dom João I, os portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações

marítimas, na busca dos produtos das Índias. Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios e

novas possibilidades de atingir seus interesses.

Outro país que teve acentuada importância na Expansão Marítima foi a Espanha que, junto com

Portugal, investiu na colonização dessas novas terras exploradas.

Dentre os principais fatores ligados à Expansão Marítima está o descobrimento do Brasil e da

América, no final do século XV. Este novo continente foi crucial para que a economia da Europa se

estabilizasse novamente.

COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

Em 1492, ano da própria descoberta da América, foi estabelecida a primeira colônia

permanente na ilha de Hispaniola, por Cristóvão Colombo, o descobridor. Em poucas décadas muitas outras

colônias foram estabelecidas, se espalhando pelas ilhas do Caribe e ainda pela Flórida e pelo Peru. Pouco

depois Portugal estabeleceu colônia no Brasil, assim como a Inglaterra colonizou as Honduras Britânicas

(atual Belize) e a Jamaica. A ocupação holandesa se fez presente na Guiana e ainda em Curaçau, enquanto

os franceses tomaram posse do Haiti, de Guadalupe e da Martinica. A união do Novo e do Velho Mundo foi

responsável por uma mudança radical nos destinos da história de ambos. O potencial de recursos naturais

americanos alterou significativamente os quadros econômicos da Europa. As doenças físicas do Velho

Mundo foram um dos fatores responsáveis pela dizimação da população americana nativa. Por outro lado, os

conquistadores europeus tornaram-se os senhores das terras que outrora eram de posse dos povos Astecas,

dos Maias além de outros povos nativos.

Os espanhóis foram, sem dúvida, os colonizadores mais atuantes.

Ao final do século XVIII, eles haviam estabelecido colônias nas regiões onde atualmente estão as

cidades de San Francisco, Cidade do México e Los Angeles, além de Buenos Aires e Lima. Muitos metais

nobres foram enviados das terras americanas para a Espanha, extraídos das minas americanas. Ao contrário

das colônias britânicas, que eram governadas por poderes representativos locais desde o princípio, as

colônias espanholas eram governadas a partir de Madri. A Igreja Católica Romana desempenhou uma

importante influência na colonização da América. Havia muitas catedrais católicas que foram construídas

nas diversas regiões da América Latina. Tal fato auxiliou na criação de influências locais por parte da

instituição religiosa. Os objetivos da própria Companhia de Jesus, em sua criação, eram a expansão da fé (e

da ideologia) cristã através da catequização e doutrinação religiosa dos nativos. O cumprimento de tais

objetivos acarretava na expansão dos domínios da igreja pelas colônias, além de facilitar as relações de

dominação entre o povo católico colonizador e o povo ―gentio‖ colonizado.

CIVILIZAÇÃO AMERICANA

As Primeiras Civilizações Da América

Muito antes da chegada de Cristóvão Colombo, a América já era ocupada por vários povos, que

viviam de variadas formas, as quais iam da organização tribal- como os povos que habitavam a região onde

hoje é o Brasil- até vastos impérios, como era o caso dos Incas, Maias e Astecas. Muitas dessas civilizações

desapareceram em conseqüência da colonização, que se iniciou no final do século XV, mas deixaram

heranças históricas que marcam o nosso continente até os dias de hoje.

A Civilização Maia

A Civilização Maia desenvolveu-se na península de Iucatã, na região que hoje corresponde aosul do

México, Guatemala e Belize. Na economia, a agricultura foi a atividade fundamental. Além do milho, que

era o principal produto, plantavam também o algodão, o tomate, o feijão, a batata e o cacau. A terra

pertencia ao Estado e era cultivada coletivamente. A caça e a pesca eram atividades econômicas

complementares e desconheciam a pecuária. No artesanato realizaram notáveis trabalhos: tecidos, objetos de

cerâmica, lapidação de pedras preciosas, etc. Desenvolveram um importante comércio com os povos

vizinhos.A sociedade estava dividida em quatro camadas sociais:

Nobres: eram os chefes guerreiros que lideravam a administração pública

Sacerdotes: tinham o controle da religião;

Povo: compunha a grande maioria da população e eram os trabalhadores que se dedicavam à

agricultura, às construções e ao artesanato;

Escravos: em pequeno número, geralmente prisioneiros de guerra ou condenados por algum delito

cometido. Na política, não chegaram a constituir um Estado centralizado. As cidades eram independentes,

governadas por um chefe, que dirigia a política e recebia impostos, assessorado por um conselho formado

por nobres e sacerdotes. Na religião, havia um grande número de divindades, que representavam a chuva, o

trovão, horário, a seca, a guerra, a tempestade, e para elas foram construídos grandes templos. Nas artes, os

Maias destacaram-se na arquitetura, com a construção de templos e palácios. Também desenvolveram a

pintura e a escultura. Nas ciências, desenvolveram a matemática e a astronomia.

A Civilização Inca

Os Incas formaram seu império dominando as várias civilizações que habitavam a região dos Andes,

na América do Sul. Compreendia os atuais territórios do Peru, Equador, parte da Colômbia, do Chile,da

Bolívia e da Argentina.

CONQUISTAS PORTUGUESAS

As Navegações Portuguesas foram pioneiras na era das Grandes Navegações

Portugal foi um país pioneiro em várias medidas entre a Idade Média e a Idade Moderna. Ainda

no século XIII, tornou-se o primeiro Estado formalizado na Europa, o que lhe favoreceu em vários aspectos.

Com uma unificação política garantida, a condição de primeiro país incentivou novos investimentos dentro

do panorama que se tinha no Velho Mundo. Naquela época, o comércio era muito fundamentado nas

negociações de produtos feitas no Mar Mediterrâneo. Entretanto, com a conquista dos turcos nessa rota,

houve a necessidade de se buscar novos caminhos para se obter as especiarias oriundas do Oriente, que tanto

agradava ao mercado europeu. Portugal reunia condições favoráveis para os negócios que marcavam o

momento, era um país já unificado, dispunha de uma condição geográfica favorável para se lançar ao mar e

contava com um grupo de investidores interessados nos negócios marítimos.

As Navegações Portuguesas para o comércio começaram muito cedo em relação aos outros países.

Buscando quebrar o domínio que havia sido estabelecido sobre o comércio de especiarias no Mar

Mediterrâneo, Portugal traçou uma nova e arriscada que consistia em contornar o continente africano para se

chegar ao Oriente. Uma viagem que ninguém havia feito antes ou mesmo conhecia suas possibilidades. Esse

trajeto que se seguiria ganharia o nome de Périplo Africano. Naturalmente, esse contorno do continente não

aconteceu em uma única viagem, pois tudo ainda era muito inovador e misterioso.

A estratégia dos portugueses foi contornar o continente africano fazendo entrepostos ao longo da

costa da África. Desta forma, Portugal evoluiu gradativamente pelo entorno do continente e conquistou

diversos territórios, tomando posse das terras todas as vezes que fazia paradas e estabelecendo novas regiões

para usufruir de seus produtos e negócios. Embora isso tenha retardado a chegada dos portugueses ao

Oriente, foi importante para estabelecer suas colônias. Uma das grandes conquistas de todas essas viagens

foi cruzar pela primeira vez o chamado Cabo das Tormentas, nomeado posteriormente de Cabo da Boa

Esperança.

Essas navegações pelos mares permitiram uma série de descobrimentos entre 1415 e 1543. O

resultado foi a grande expansão do império marítimo português e uma remodelação da real dimensão do

mundo. Buscando uma nova rota para comércio que superasse o monopólio estabelecido no Mar

Mediterrâneo, os portugueses foram responsáveis por grandes avanços tecnológicos para encarar as

condições de navegação no Oceano Atlântico e grandes avanços culturais. Após muito tempo de

investimento, os portugueses finalmente chegaram às Índias em 1498, firmando uma nova rota para

comércio de especiarias e conquistando uma grande remessa de lucros sobre os produtos que seriam

comercializados.

Dois anos depois, após indicações da existência de terras também a Oeste do continente africano, a

expedição de Pedro Álvares Cabral estendeu sua rota no Atlântico para alcançar e tomar posse dessas terras.

É o que se chama de descobrimento do Brasil, em 1500. Com o passar dos anos, esse novo território no novo

continente, que seria chamado de América, tornar-se-ia a mais importante colônia portuguesa. Entretanto,

mais dois marcos importantes ainda seriam estabelecidos, a chegada na China, em 1513, e ao Japão, em

1543. Este último é considerado, inclusive, como o marco final desse período de Navegações Portuguesas e

suas descobertas e colonização., região ao sul do continente africano que estabelece a entrada no Oceano

Índico.

EXERCÍCIOS

1- O que foi o feudalismo e quais as principais características?

2- Qual o papel da Igreja durante a Idade Média?

3- O que foi o Renascimento?

4- O que foi a Reforma Protestante?

5-Quais as principais causas da Reforma Protestante?

6- Qual a doutrina Básica do Luteranismo?

7- O que foi a Contra Reforma?

8-Qual foi a primeira Nação europeia a se lançar á Navegação?

9- Porque Portugal e demais países europeus sentiram necessidade de se lançar á Navegação?

10- Qual o Navegador conhecido como o ―descobridor‖ da América? E em que ano?

11-Quais os povos conhecidos como pré-colombianos?

12-Quais os países Americanos habitados pelos povos Maias?

13- Em quais os países eram encontrados os povos Incas?

AS GRANDES NAVEGAÇÕES

As grandes viagens marítimas dos séculos XV-XVI foram uma continuação natural do renascimento

do comércio na Europa, iniciado ainda na Idade Média. Esse renascimento deu origem ao capitalismo, cujo

elemento impulsionador é o lucro. Era natural então que, esgotadas as possibilidades de desenvolvimento

comercial na Europa, novas regiões passassem a ser exploradas, mesmo à custa de muito esforço e

sacrifício.

Entre os fatores que motivaram as grandes navegações marítimas, o principal foi sem dúvida a busca

de lucros pela burguesia comercial e financeira da Europa. Por isso, a burguesia europeia investia vultosos

recursos para armar esquadras, remunerar tripulações, para financiar, enfim, as expedições oceânicas. Neste

mesmo sentido, foi importante também o apoio de alguns monarcas, com os de Portugal e Espanha, que

partilhavam os lucros dos empreendimentos comerciais.

As navegações portuguesas

Como vimos, Portugal foi o primeiro país a empreender sistematicamente a navegação atlântica.

Mesmo antes do bloqueio do Mediterrâneo pelos turcos, os portugueses já haviam iniciado a exploração das

costas da África.

Sem dúvida, a posição geográfica de Portugal contribuiu para o seu pioneirismo. Com todo o litoral

voltado para o Atlântico, o país tinha nas atividades marítimas uma importante base econômica: a pesca

ocupava boa parte de sua população e seus portos serviam No entanto, esse não foi o principal fator do

pioneirismo português nas grandes navegações. O mais importante foi o fato de Portugal ter um governo

forte, centralizado na pessoa do rei, e cujo interesse fundamental eram as atividades comerciais. A partir da

Revolução de Avis, a vida política portuguesa passou a girar em torno do rei. E os reis da dinastia de Avis,

conduzida ao trono com o apoio dos comerciantes, empenharam-se principalmente em levar adiante

empreendimentos de natureza essencialmente comercial.de escala para os navios que faziam o percurso de

ida e volta entre o Mediterrâneo e o mar do Norte.

Também contribuíram para o êxito português os estudos desenvolvidos em Sagres, no sul de

Portugal. Ali, o Infante Dom Henrique, filho do Rei Dom João I, reuniu numerosos pilotos, cartógrafos e

astrônomos, cujos trabalhos favoreceram o avanço da arte de navegar e impulsionaram a expansão marítima

portuguesa.

DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Pouco depois do retorno de Vasco da Gama a Portugal, o Rei Dom Manuel, o Venturoso, mandou

organizar uma esquadra com o objetivo de garantir a supremacia portuguesa na Índia. Outra finalidade da

expedição era difundir a religião cristã entre os pagãos.

A esquadra, a maior até então organizada em Portugal, era composta de treze navios e tinha uma

tripulação de aproximadamente 1200 homens. Para comandá-la, o rei escolheu Pedro Álvares Cabral,

fidalgo de uma das mais tradicionais famílias portuguesas.

Cabral partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1500. Em 22 de abril de 1500, tendo-se afastado, para

oeste, da rotas estabelecida por Vasco da Gama, avistou terra. Não se sabe ao certo o que teria levado Cabral

a se afastar da rota estabelecida. Alguns autores admitem que ele teria instruções de Dom Manuel para

procurar terra no lado ocidental do Atlântico. O estabelecimento da linha de Tordesilhas -- recuada para

oeste, em relação à da bula Inter Coetera, por insistência de Portugal -- reforça essa hipótese, pois parece

indicar que os portugueses suspeitavam da existência de terras no Atlântico Sul. No entanto, a escassez de

documentos sobre o assunto impede que se afirme categoricamente a intencionalidade ou não do

descobrimento.

EXPLORAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO

A primeira exploração do litoral do território descoberto foi feita pela própria esquadra de Cabral,

que seguiu paralelamente à costa em direção norte, procurando um porto onde os navios ficassem abrigados.

O lugar escolhido recebeu o nome de Porto Seguro e hoje chama-se baía Cabrália, localizada no atual estado

da Bahia.

Durante uma semana os portugueses ficaram na região -- batizada de Ilha de Vera Cruz--- e

mantiveram alguns contatos com os habitantes. Para assinalar a posse da terra, Cabral mandou erguer uma

cruz com o brasão do rei de Portugal. O nome Ilha de Vera Cruz foi substituído por Terra de Santa Cruz,

mais tarde abandonado em favor do nome Brasil, que se tornou definitivo.

No dia 2 de maio, a esquadra retomou seu caminho para a Índia. Um dos navios, comandados por

Gaspar de Lemos, foi enviado de volta a Portugal. Levava a notícia dos acontecimentos e várias cartas, entre

elas a de Pero Vaz de Caminha, que relatava a viagem e o descobrimento da nova terra. Antes de realizar a

travessia do Atlântico, esse navio explorou parte do litoral ao norte de Porto Seguro.

A expedição de Martim Afonso de Souza

Em 1530, Dom João III enviou ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos principais

objetivos eram verificar a existência de metais preciosos, explorar e patrulhar o litoral e estabelecer os

fundamentos da colonização do Brasil. Martim Afonso tinha poderes para nomear autoridades e distribuir

terras às pessoas que quisessem permanecer aqui para desempenhar essa missão.

Martim Afonso percorreu quase todo o litoral brasileiro. De Pernambuco, enviou dois barcos para

explorar o litoral norte; organizou expedições rumo ao sertão, partindo de Cabo Frio e de Cananéia; chegou

até a foz do rio da Prata e depois retornou ao litoral paulista, onde fundou a vila de São Vicente (1532). Ali

se organizaram alguns povoados, iniciou-se o plantio da cana e foram construídos os primeiros engenhos da

colônia. Começava assim a colonização efetiva do Brasil, apoiada na produção de açúcar para o mercado

externo.

INÍCIO DA COLONIZAÇÃO NO BRASIL

Além da defesa do território, a colonização do Brasil teve outra finalidade: transformar a colônia

num empreendimento lucrativo para Portugal.

Durante o reinado de Dom João III (1521-1557), o comércio português na Índia entrou em crise, em

virtude da concorrência de outras nações europeias, principalmente da Holanda e da Inglaterra. Ao mesmo

tempo, as enormes despesas com a montagem e a manutenção do império português na África e na Ásia --

construção de navios, pagamento de tripulações, edificação de fortalezas etc. --- arruinaram as finanças do

país. Nessa situação, tornava-se urgente o aproveitamento do Brasil, até então pouco lucrativo. Por outro

lado, os portugueses esperavam encontrar metais preciosos, incentivados pelas notícias da descoberta de

grandes jazidas de ouro e prata na América espanhola.

INSTALAÇÕES PRODUTIVAS AÇUCAREIRAS

Martin Afonso de Souza trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar da ilha da Madeira e instalou

o primeiro engenho da colônia em São Vicente, no ano de 1533. Inaugurava-se, assim, a base econômica da

colonização portuguesa no Brasil.

Os engenhos multiplicaram-se rapidamente pela costa brasileira, chegando a 400 em 1610. A

importância econômica do açúcar como principal riqueza colonial evidencia-se no valor das exportações do

produto no período do apogeu da mineração (século XVIII): superior a 3000 milhões de libras esterlinas,

enquanto a mineração, na mesma época, gerou um lucro de cerca de 200 milhões.

A produção do açúcar voltava-se exclusivamente para a exportação e, por gerar elevados lucros

comandava a economia colonial. Outra lavouras desenvolveram-se na colônia, mas geralmente

apresentavam um caráter complementar e secundário. À produção canavieira destinavam-se as melhores

terras, grandes investimentos de capital e a maioria da mão-de-obra.

O responsável pela produção -- o senhor de engenho -- usufruía de enorme prestígio social. Sobre um

latifúndio monocultor, escravista e exportador, um padrão de exploração agrícola denominado plantation,

assentava-se a agricultura brasileira no início da colonização de nosso território.

A região Nordeste, destacadamente o litoral de Pernambuco e Bahia, concentrou a maior produção

de açúcar da colônia.

As unidades açucareiras agroexportadoras, conhecidas como engenhos, eram compostas de grandes

propriedades de terra, obtidas com as doações de sesmarias pelos donatários e representantes da Coroa

(governadores-gerais) a quem se interessasse pelo empreendimento. A grande extensão dessas propriedades

impediu à formação de uma classe camponesa e o desenvolvimento significativo de atividades comerciais e

artesanais que pudessem dinamizar um mercado interno, como ocorria em algumas regiões coloniais da

América do Norte.

O engenho, que em alguns casos chegava a ter perto de 5 mil moradores, era constituído por extensas

áreas de florestas fornecedoras de madeira; plantações de cana; a casa-grande, residência do proprietário, sua

família e agregados e se da administração; a capela; e a senzala, alojamento dos escravos. A moenda, a casa

das caldeiras e a casa de purgar formavam a fábrica do açúcar, o engenho propriamente dito. O produto era

enviado para Portugal e depois para os Países Baixos, onde era refinado e comercializado.

ESCRAVOS NA SOCIEDADE AÇUCAREIRA

Diversos fatores determinaram a generalização do trabalho escravo africano no Brasil, a partir do

final do século XVI, ao mesmo tempo em que a mão-de-obra nativa deixava de ser opção viável. Epidemias

adquiridas em contato com os brancos, mortes pelo trabalho forçado, desarticulação de sua economia de

subsistência, fugas para o interior marcavam os povos indígenas.

Além disso, a luta dos jesuítas contra sua escravização levou os colonos a voltarem seus olhos cada

vez mais para os escravos africanos. Há longo tempo o trabalho já era explorado por companhias

particulares graças ao acerto, direito de explorar o tráfico negreiro cedido pelo rei, mediante pagamento.

Os negros eram capturados na África pelos portugueses que, não raramente, promoviam ou

estimulavam guerras entre as tribos africanas para poderem comprar, dos chefes vencedores, os negros

derrotados. Aos poucos, os sobas, chefes locais africanos, passaram a capturar seus conterrâneos e a

negociá-los com os traficantes, em troca de fumo, tecidos, cachaça, armas, jóias, vidros, etc.

Mesmo considerando a diversidade das cifras, entre os estudiosos, sobre o tráfico de escravos

capturados na África, alguns números finais certamente estão bem próximos do que já se chamou de

"holocausto negro". Os escravos chegavam ao Brasil amontoados nos porões de navios negreiros chamados

tumbeiros, sujeito a condições tão insalubres pela superlotação e a longa duração da viagem, que a média de

mortalidade era estimada em 20%.

Não seria exagero estimar que o número de vítimas envolvendo os escravos transportados e os que

morreram na luta contra as incursões brancas chegaria a algo próximo do dobro ou até do triplo dos

africanos deslocados para a América. Calcula-se que, até o século XIX, entre 10 e 15 milhões de africanos,

dos quais cerca de 40% vieram para o Brasil, foram capturados pelos brancos e deslocados para a América.

CULTURA AFRO NO BRASIL

Apresentar artistas afro-brasileiros pode ser um bom gancho para discutir outros temas das relações

étnico-raciais.

No passado e no presente, as manifestações culturais representam uma forma de resistência. Para os

escravizados, preservar a língua, as músicas, as histórias e a religião trazidas da África significava não

aceitar passivamente sua condição. Hoje, os movimentos negros utilizam a cultura também como uma

demarcação de sua identidade e, por consequência, de sua luta. Apesar disso, muitas de suas manifestações

não são conhecidas da maior parte da população. Por isso, é importante apresentá-las à turma.

A ideia do Brasil como um país miscigenado, que predominou durante boa parte do século 20, teve

consequências também na negação da participação negra no que se convencionou chamar cultura brasileira.

Diversas manifestações típicas dos descendentes de africanos, como o samba, foram incorporadas à

perspectiva nacional e não são reconhecidas mais como originadas em grupos específicos. ―A partir da

década de 1930 no Brasil, houve um processo de clareamento de uma série de elementos culturais

identificados com o protagonismo negro. Assim, o batuque e a feijoada deixaram de ser coisas de escravos e

se tornaram símbolos nacionais, da mesma forma a capoeira, que não mais foi reprimida pela polícia, sendo

considerada modalidade esportiva nacional‖, explica Juliano Custódio Sobrinho, professor da Universidade

Nove de Julho.

Até hoje, discute-se a existência ou não de uma cultura negra. ―A cultura não tem cor, mas é

importante discutir quem produz e também o contexto em que ela é feita‖, explica Martha Abreu, docente da

Universidade Federal Fluminense (UFF). Portanto, o material selecionado para trabalhar esse tema com as

turmas deve ser aquele produzido por artistas e intelectuais negros. (Veja exemplos de personalidades de

diversas áreas no quadro abaixo.)

EXERCÍCIOS

14- Quais os povos que trancaram o tradicional Porto do Mar Mediterrâneo (Constantinopla), obrigando os

Europeus a encontrar um novo caminho para chegar ás Índias?

15- Em que ano Vasco da Gama descobre o novo caminho para chegar ás Índias?

16- Em que ano os Portugueses chegaram ao Brasil?

17- Como era chamado o Tratado existente entre Portugal e Espanha, antes de saberem da existência das

terras Americanas?

18- Como era chamado o Tratado entre Portugal e Espanha, após Portugal descobrir sinais de terras

Americanas?

19-Logo após a chagada dos Portugueses ao território brasileiro, quais os nomes dados a nossa terra?

20- Quem trouxe os primeiros colonizadores para o Brasil, e onde fixaram a primeira vila?

21- Qual a primeira riqueza extraída do nosso território?

22- Qual a economia desenvolvida no Brasil, que favoreceu apenas o Nordeste?

23- Quais os Estados Nordestinos onde a cana de açúcar teve maior destaque?

24-Qual a mão de obra mais utilizada na produção de açúcar?

25- Quais as principais causas da escravidão ter se prolongado por tanto tempo na América?

26-Como os negros eram trazidos para o Brasil?

27-Cite algumas cultura africanas ainda cultivadas hoje no Brasil:

EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

A expansão territorial

No século XVII existiam limites territoriais que ainda não estavam bem estabelecidos, porque a

Espanha ainda não havia demarcado seu território ibérico. Mas durante toda a União Ibérica, o tratado de

Tordesilhas esteve anulado. A expansão do território brasileiro acontece a partir do descobrimento e vai até

o tratado de Madri em 1750.

Nessa época teve seu território aumentado em duas vezes. Esse aumento é decorrente do

desenvolvimento econômico e dos interesses políticos que giravam em torno da colonização.

Já no século XVI, o povoamento colonial foi avançado aos poucos, mas apenas em áreas do litoral do

nordeste e sudeste. Em meados do século XVII, houve um desenvolvimento das atividades produtivas da

colônia.

Acontece que na primeira metade do século XVII,os bandeirantes paulistas seguem para o sul, atrás

dos índios que eram protegidos pelos jesuítas, com passar do tempo, ele começam a ir em sentido contrário,

Para Goiás, Minas Gerais e Mato grosso, onde começam a procurar ouro.

O bandeirismo. Logo no principio do bandeirismo, o seu intuito era prender os índios e vendê-los em

terras que não se usavam negros como escravo, devido ao seu alto preço, assim vendiam os índios por um

custo bem mais barato e os escravizavam. A facilidade do negócio deve-se ao Tratado de Tordesilhas que

não estava em vigor devido à união Ibérica.

Esse movimento teve seu auge com a ocupação dos holandeses, com a interrupção do tráfico negreiro

a mão-de-obra escrava estava diminuindo, com isso o preço dos escravos aumentou ainda mais, lucrando o

bandeirismo com a venda dos índios escravos.

As razões do bandeirismo:

Uma das razões que motivou os bandeirantes foi à pobreza dos habitantes de São Paulo. No final do

século XVI, quando o mercado açucareiro começou a entrar em declínio. A crise teve uma proporção tão

grande, que os bandeirantes cultivavam alguns produtos, apenas para sua subsistência. Começou assim, ver

novas riquezas nos sertões, índios que poderiam ser escravizados e metais preciosos, que tanto desejavam os

portugueses.

Podemos dizer que os Bandeirantes foram homens corajosos, que os portugueses usaram para

combater contra os índios rebeldes e escravos fugitivos, tudo isso aconteceu no começo da colonização do

Brasil.

Podemos entender que o bandeirismo teve origem na obra dos Jesuítas com seu início em São Paulo,

saiam de São Vicente para o interior do país por entre as florestas e seguindo o caminho dos rios, partindo

assim rumo ao Rio grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

Estas expedições tinham como objetivo predominante capturar os índios e procurar por pedras e

metais preciosos. Contudo, estes homens ficaram historicamente conhecidos como os responsáveis pela

conquista de grande parte do território brasileiro. Alguns chegaram até fora do território brasileiro, em locais

como a Bolívia e o Uruguai.

Do século XVII em diante, o interesse dos portugueses passou a ser a procura por ouro e pedras

preciosas. Então os bandeirantes Fernão dias Pais e seu genro Manuel Borba Gato se concentraram nestas

buscas desbravando Minas Gerais. Depois outros bandeirantes foram para além da linha do Tratado de

Tordesilhas e descobriram entre muitos metais preciosos, o ouro. Muitos aventureiros os seguiram, e, estes,

permaneceram em Goiás e Mato Grosso dando início a formações das primeiras cidades. Nessa ocasião

destacaram-se: Antônio Pedroso, Alvarenga e Bartolomeu Bueno da Veiga, o Anhanguera.

Pode-se dizer que os bandeirantes foram responsáveis pela expansão do território brasileiro,

desbravando os sertões além do Tratado de Tordesilhas. Por outro lado, agiram de forma violenta na caça de

indígenas e de escravos foragidos, contribuindo para a manutenção do sistema escravocrata que vigorava no

Brasil Colônia.

A CONQUISTA DO SERTÃO

A conquista do sertão

Universalizado pelas várias linguagens da arte, o espaço sertanejo, expressão da nossa identidade, é

patrimônio geográfico e cultural do Brasil

por Flávio Aguiar publicado , última modificação 06/01/2010 13:05

Quadro da série Retirantes, de Cândido Portinari, do acervo do Masp (Foto: Masp/Divulgação)

No ano que vem comemora-se o centenário do nascimento de João Guimarães Rosa, um dos maiores

escritores de todos os tempos e de todas as línguas. Sua obra mais famosa, Grande Sertão: Veredas,

publicada em 1956, está traduzida numa dezena ou mais de línguas e é conhecida nos cinco continentes. Ela

ajudou a consagrar o sertão – inclusive no Brasil – como algo ―brasileiro‖ e como uma região geográfica

situada entre o norte de Minas Gerais e o sul do Piauí e do Maranhão, ladeada, a oeste, pelo Planalto Central,

onde fica Brasília, e a leste pela aproximação da orla litorânea da Bahia e dos estados do Nordeste. Mas nem

sempre foi assim.

Ao contrário do que se pensa, o sertão chegou de barco no (futuro) Brasil. Não havia sertão por aqui.

Os tupis e outros povos habitantes do litoral não conheciam esse conceito. Foram os portugueses que o

trouxeram, assim como trouxeram a casa, a cidade, a rua, a igreja, o galo e a galinha, os cachorros, o cavalo,

o céu, o inferno.

A primeira vez em que o sertão aportou no (futuro) Brasil foi na pena de Pero Vaz de Caminha, na

carta escrita ao rei dom Manuel dando conta de que as caravelas de Cabral tinham chegado a uma terra

desconhecida. Caminha escreveu que se olhando sertão adentro (apontando para o interior, a oeste) viam-se

terras e árvores a perder de vista. Pronto: assim como as quinas e padrões portugueses, que marcavam a

nova conquista, o sertão fora assentado nas terras que Portugal iria ocupar, para o bem e também para muito

mal, sobretudo das populações nativas e dos escravos trazidos da África.

Na carta de Caminha o sertão começava onde terminava a areia da praia. De lá para cá, o sertão pôs-

se a caminhar, indo cada vez mais para dentro da ―nova‖ terra, cada vez mais longe do litoral, e também foi

se modificando. Ainda no século 16, quando o padre José de Anchieta se referia ao ―sertón‖ (pois ele

escrevia mais em espanhol, guarani e latim do que em português), ele falava de uma terra bravia, dominada

pelos ―gentios‖ (índios não cristianizados), que começava na fímbria das montanhas da Serra do Mar e se

perdia terra adentro, sempre para oeste.

Quando o padre Vieira, em seus sermões, se referia ao sertão, já nos anos 1600, falava de uma terra

bem distante, para os lados dos interiores da Bahia, do Maranhão, até da Amazônia. Entre esse século e o 18

o sertão passou por uma grande transformação. Era a terra do gentio, de ―completamente estranho‖, ou a

terra ―por desbravar‖, ainda ―por conquistar‖. Em 1711 o padre João Antônio Andreoni tentou publicar em

Portugal seu Cultura e Opulência do Brasil. Não conseguiu. O rei achou que o livro despertaria cobiça em

outros países. A obra só foi publicada no século 19. Andreoni, cujo pseudônimo era Antonil, assim descrevia

a vinda de boiadas do interior para o litoral, na Bahia: ―Os que a trazem, são brancos, mulatos e pretos, e

também índios, que com esse trabalho procuram ter algum lucro. Guiam-se indo uns adiante cantando, para

serem desta sorte seguidos do gado, e outros vêm atrás das reses, tangendo-as, e tendo cuidado para que não

saiam do caminho e se amontoem‖.

Quer dizer, o sertão estava se tornando um mundo próprio, sim, dono de uma cultura peculiar, de

uma produção econômica própria, e do que parecia aos olhos do padre (que era italiano) uma ―gente

própria‖, acaboclada, com ―cantos próprios‖, que falava até para os animais, atraindo-os para seu destino

(que não era dos melhores).

MISSÕES JESUÍTICAS

Os primeiros padres jesuítas que chegaram ao Brasil, juntamente com os primeiros colonizadores,

integravam o sistema de colonização europeu, que tinha como lema: ―dilatar a fé e o império‖.

Deste modo, junto com as expedições vinham também padres, especialmente os padres da

Companhia de Jesus, que tinha como vocação específica a catequese de povos não-cristãos.

Fazia parte do projeto jesuíta a construção de colégios que serviriam de base catequética para os

povos recém-dominados.

Assim, em 1549, desembarcam no Brasil os padres que vinham catequizar os povos indígenas. Eles

chegam junto com o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, e têm como superior o padre

Manuel da Nóbrega.

Destaca-se na atuação jesuíta no Brasil a fundação dos colégios, o primeiro na capital do Brasil,

Salvador, e após um no Rio de Janeiro, um em Pernambuco e outro na Bahia.

Deve-se também aos jesuítas a fundação de importantes vilas e cidades em torno das missões, tal

como a cidade de São Paulo, que se originou a partir do colégio e teve como principal responsável o Padre

Anchieta, que foi beatificado pela Igreja Católica.

O padre Anchieta compôs uma gramática da língua tupi para facilitar a comunicação entre os padres

e os indígenas, além de peças de teatro e poesias de cunho catequético.

No colégio, os jesuítas ensinavam também Teologia, Religião, Letras e Filosofia.

Um importante reduto jesuíta no Brasil era a colônia de Sete Povos das Missões, no Rio Grande do

Sul, na época dominado pela Espanha.

Os jesuítas foram expulsos do Brasil no século XVIII pelo primeiro-ministro português, Marquês de

Pombal, que retirou a Igreja Católica do domínio da educação de Portugal e suas colônias.

O OURO NO BRASIL

O século do ouro

Os Setecentos

A descoberta das lavras de ouro nas Minas Gerais, nos finais do século XVII e início do século

XVIII, seguidas dos achados em Jacobina e no Rio das Contas na Bahia, nos de Forquilha e Sutil no Mato

Grosso, e o que se extraiu no sertão de Guaiás em Goiás, foi o acontecimento mais espetacular da história

econômica do Brasil colônia enquanto provocou enorme repercussão, tanto para a própria metrópole como

para boa parte do mundo. Desde os primórdios da colonização, acreditava-se que o Brasil tinha ouro e outros

metais e pedras preciosas. Só que, passados já dois séculos de ocupação, não haviam sido encontrados em

volume significativo.

Lentamente, como vimos, a economia colonial abandonou sua predominância extrativista e coletora

dos primeiros tempos, do tráfico com pau-brasil e das drogas do sertão, para uma exploração mais racional e

estável, graças à implantação dos engenhos de açúcar e das lavouras de tabaco que se espalharam por todo o

litoral do Nordeste.

População: nossa população, ao redor do final do século XVII, era estimada em uns 300 mil

povoadores (calcula-se que havia ainda 1.500.000 de índios), grande parte deles concentrados no Nordeste.

Outro pequeno núcleo populacional encontrava-se no Planalto de Piratininga, na atual São Paulo, formado

pelos bandeirantes. Tipos mamelucos que se dedicavam a prear índios pelo sertão afora, indo inclusive

atacar as missões guaranis, organizadas pelos jesuítas desde os séculos 16 e 17, no Paraguai e no atual

Estado do Rio Grande do Sul.

Foi nesse quadro, de limitado progresso econômico (os portugueses começavam a enfrentar a

concorrência da produção colonial dos holandeses, franceses e ingleses, que implantaram engenhos

açucareiros nas Antilhas ), que a Coroa determinou a pressionar seus funcionários e demais habitantes no

sentido de estimulá-los, particularmente os paulistas, a que desbravassem o sertão em busca do precioso

ouro.

REVOLUÇÃO INGLESA

Contrária ao domínio de poder político da monarquia dos Stuarts, que eram soberanos ingleses

originados da Escócia, a Revolução Inglesa ocorreu no século XVII, no ano de 1640. De acordo com alguns

historiadores, esta insurreição é considerada a primeira revolução de caráter burguês realizada no ocidente.

A origem da Revolução Inglesa pode ser explicada por uma combinação de diversos fatores. Na

época da Dinastia Tudor, o país apresentava um desenvolvimento econômico próspero e de várias

conquistas. Enquanto Henrique VIII e Elisabeth I estavam no poder, ocorreu a adoção do anglicanismo, que

trouxe grandes mudanças e era um instrumento importante do Estado. Além disso, neste período, a

Inglaterra encontrava-se unificada e começou a disputar o descobrimento de novas colônias, fazendo frente

aos espanhóis.

Dentro deste contexto, havia incentivo à liberdade de comércio, além de medidas de proteção à

propriedade. Neste momento, de grande desenvolvimento econômico, surgem os monopólios comerciais, os

Mercadores Aventureiros, grupo que desejava superar os estrangeiros no comércio e a Companhia Britânica

das Índias Orientais, união de comerciantes de Londres que tinha o monopólio comercial com as ―Índias

Orientais‖.

Porém, estes adventos tiveram como resultado a divisão burguesa britânica. De um lado estavam os

comerciantes mais abastados, favorecidos pelos monopólios e, de outro, a pequena burguesia que clamava

pela livre concorrência. Junto a isso, a situação no campo gerava diversos problemas, pois as terras

começaram a ser valorizadas após a alta dos produtos da zona rural. Assim, os representantes da burguesia

poderosa, que tinham grandes propriedades, começam a expandir suas terras desapropriando terrenos de

caráter coletivo para torná-los particulares.

Isso fez com que diversos camponeses fossem expulsos da zona rural, dando espaço para a formação

de propriedades extensas que produziam lã, um dos produtos que, posteriormente, seria a base da Revolução

Industrial no país. Para atenuar um possível conflito entre a nobreza rural e os camponeses, o governo tomou

medidas para impedir os cercamentos, mas sofreu oposição da burguesia mercantil e dos grandes

proprietários de terras.

Em 1603 tem início a Dinastia do Stuarts, simbolizada por Jaime I, substituto de Elizabeth I,

considerada a última rainha da Dinastia dos Tudors. O novo soberano inglês, além de ser protestante, iniciou

um processo de aproximação com a Espanha, país católico, mostrando que era indiferente às instituições

inglesas estabelecidas no reinado dos Tudors. Isso foi um fator de extremo descontentamento da alta

burguesia, pois, até então, o equilíbrio entre os parlamentares e os monarcas era o que equilibrava a

economia inglesa. Foi durante este período que os ingleses discordantes iniciaram um processo de

emigração rumo à América do Norte.

Com a morte de Jaime I, quem assume o poder é seu filho Carlos I. No ano de 1628, dois anos após

Carlos I tomar o poder, é votada uma Petição de Direitos pelo Parlamento Inglês, que garantiu a burguesia

comerciante contra detenções ilegais e tributos. Em contrapartida, este parlamento foi dissolvido pelo rei,

que buscou apoio na Câmara Estrelada (tribunal que era formado por nobres da confiança da realeza). Além

disso, Carlos I faz uma tentativa de imposição do anglicanismo aos presbiterianos (calvinistas da Escócia),

mas não obteve apoio da burguesia e ainda viu grupos de escoceses invadirem a região norte da Inglaterra.

Sem sustentação, o rei abriu o parlamento novamente no ano de 1640 e em 1653. Porém, os parlamentares

demonstravam mais interesse em combater a tirania de Carlos I.

Entre os anos de 1641 e 1649, ocorreu uma guerra civil que foi um episódio de extrema importância

para a Revolução Inglesa. O conflito colocou frente a frente o exército da realeza (com apoio dos senhores

feudais) e os apoiadores do parlamento, denominados cabeças-redondas, que, em sua maioria, eram

puritanos burgueses liderados por Oliver Cromwell. No primeiro ano do conflito, o rei foi apoiado pelos

aristocratas das regiões norte e sul da Inglaterra, além da burguesia abastada.

No ano de 1645, após diversos embates, os cabeças-redondas, com seu exército chamado New

ModelArmy, vencem a cavalaria real na Batalha de Naseby e fazem Carlos I fugir para a Escócia, onde

tinham muitos inimigos. O rei acabou sendo capturado e vendido ao parlamento da Inglaterra, onde foi

executado.

Após ser instituída uma nova constituição, Cromwell ganha o título de Lorde Protetor da Escócia,

Irlanda e Inglaterra. Apoiado pela classe militar e burguesa, ele iniciou uma ditadura puritana. Seu governo

ficou conhecido pelas medidas de intolerância e rigidez contra os opositores. Após a morte de Cromwell, no

ano de 1658, seu filho assume o poder, mas é deposto um ano depois.

Com isso, é iniciada a Revolução Gloriosa, que coloca os Stuarts novamente no poder, representados

por Carlos II e, posteriormente, por Jaime II. No governo de Carlos II, devido a atitudes impensadas do

soberano, ocorreu uma rixa entre dois grupos do parlamento: os whigs e os tories. Os primeiros eram contra

as medidas reais e a favor de mudanças no cenário político. Já os segundos eram ligados à aristocracia

feudal e defensores de sua continuidade.

No governo de Jaime II, foram tomadas medidas absolutistas de punição contra opositores,

destituição do habeas corpus, além de prisões despóticas. Em 1689, o parlamento promulga a Declaração

dos Direitos (Bill ofRights), estabelecendo o parlamento como poder supremo e substituindo Jaime II por

sua filha Maria Stuart e Guilherme de Orange, seu genro.

REVOLUÇÃO FRANCESA

Pode se dizer que a Revolução Francesa teve relevante papel nas bases da sociedade de uma época,

além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade contemporânea.

a Revolução Francesa. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários

movimentos ao redor do mundo, dentre eles, a nossa Inconfidência Mineira.

Esse movimento teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos

comerciantes, camponeses (estes, tinham que pagar tributos à nobreza e ao clero).

Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º

estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).

Clero

Alto clero (bispos, abades e cônicos)

Baixo clero (sacerdotes pobres)

Nobreza Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)

Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)

Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)

Povo Camponeses

Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)

Média burguesia (profissionais liberais)

Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)

Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam

os calções curtos com meias típicos da nobreza.

O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e

podiam exercer cargos públicos.

O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e

influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos

perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da

nobreza e do clero.

A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo,

porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo

com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.

Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência

com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como conseqüência, vários

trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados

elevados.

Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez

mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez

de fazer cobranças ao clero e a nobreza.

Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o rei

para convocar a Assembleia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos.

OBS: A Assembleia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos

três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos,

isso sempre somava dois votos contra um do povo.

Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque as

eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos objetivos do 3º estado, já que

este vivia na miséria e o momento atual do país era de crise econômica, fome e desemprego.

Em maio de 1789, após a reunião da Assembleia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os

privilegiados (clero e nobreza) e o povo.

A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados

juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem)

queria que o voto fosse individual.

Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero

não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados

Gerais.

Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembleia Nacional Constituinte.

O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos

revolucionários era ―Liberdade, Igualdade e Fraternidade‖.

Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder

absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A

queda da Bastilha".

O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o

povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e

os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram.

No dia 26 de agosto de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos

Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:

O respeito pela dignidade das pessoas

Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei

Direito à propriedade individual

Direito de resistência à opressão política

Liberdade de pensamento e opinião

Em 1790, a Assembleia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e

pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado

―Constituição Civil do Clero‖. Porém, o Papa não aceitou essa determinação.

Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.

Sair da França

Lutar contra a revolução

Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da

França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à revolução.

Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembleia Constituinte.

Principais tópicos dessa constituição

Igualdade jurídica entre os indivíduos

Fim dos privilégios do clero e nobreza

Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)

Proibição de greves

Liberdade de crença

Separação do estado da Igreja

Nacionalização dos bens do clero

Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)

O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso

contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O

objetivo dos contra-revolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a

monarquia absoluta (veja Absolutismo na França).

Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contra-revolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido,

capturado, preso e mantido sob vigilância.

Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na

Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da

burguesia decidir proclamar a República (22 de setembro de 1792).

Com a proclamação, a Assembleia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha

como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França.

Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:

Girondinos: alta burguesia

Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os

interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.

Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.

Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei

trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas

estrangeiras.

Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na

guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária).

Esse período ficou conhecido como ―Terror‖, ou "Grande Medo", pois os não-jacobinos tinham

medo de perder suas cabeças.

Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava

equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais

próximas das aspirações das camadas populares.

Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército

francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras.

Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:

Direito ao voto

Direito de rebelião

Direito ao trabalho e a subsistência

Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.

Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuíram, os girondinos e o grupo da

planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e guilhotinado em 1794.

Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os

interesses da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu elaborar outra

constituição para a França.

A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria controlado pelo

Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas para controlar o descontentamento popular e

afirmar o controle político da burguesia sobre o país.

Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando

a situação.

Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da burguesia e do

exército, provocou um golpe.

Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado.

Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.

Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução.

EXERCÍCIOS

1-Qual o primeiro Tratado de divisão das terras Americanas?

2-Como o Território brasileiro foi sendo conquistado para chegar na extensão que possui hoje?

3-Quem trouxe a Expressão Sertão para o Brasil, e o que significa?

4-Qual o Lema trazido pelos Jesuítas ao Brasil?

5-Qual o verdadeiro motivo da vinda dos jesuítas ao Brasil?

6-Em que período se desenvolveu o ciclo do ouro no Brasil?

7-Quais as principais consequências do ciclo do ouro para os brasileiros?

8-Qual a principal consequência da Revolução Inglesa?

9- Como era dividida a população Francesa antes da Revolução?

10-Quais os ideais usadas pelo 3º estado ou estamento Frances, quando iniciaram a Revolução Francesa?

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos

XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo

assalariado e com o uso das máquinas.

Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que

consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.

Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra,

possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas

manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma

rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a

localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a

trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram

obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e

começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como ―os quebradores de máquinas―. Outros

movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.

O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação

passando a executar apenas uma etapa.

A Primeira etapa da Revolução Industrial Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada,

primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear

mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como

Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia

elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e

o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial

Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da

Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações

dessa época.

A ERA NAPOLEÔNICA

No desenrolar da Revolução Francesa nas duas últimas décadas do século XVIII, os jacobinos

assumiram o poder e instalaram a chamada ―fase do terror‖ ou ―Terror Revolucionário‖. Nessa fase, que se

tornou crucial a partir do ano de 1793, uma série de crises começou a ocorrer na França, tanto de ordem

política quanto de ordem econômica e militar. Tais crises implicaram a insatisfação dos setores políticos

mais moderados, os quais passaram a articular o afastamento dos jacobinos do poder. Para tanto, tornava-se

necessário o estabelecimento de uma nova estrutura política que fosse gerenciada por um líder habilidoso e

com grande prestígio popular.

Napoleão Bonaparte, apesar de jovem, destacou-se como um dos mais respeitáveis generais do

exército francês durante a Revolução. Sua habilidade na guerra devia-se a variados fatores, mas

principalmente à verdadeira reforma que empreendeu com suas tropas, concedendo vantagens, motivação,

profissionalização e, sobretudo, a infusão de um espírito nacional nos soldados. O exército de Napoleão foi

o primeiro exército popular da história ligado à ideia de nação – a Nação Francesa –, ao contrário dos

exércitos tradicionais que eram eminentemente aristocráticos.

Napoleão assumiu o poder apoiado pelos setores da burguesia que queriam o fim do Diretório,

comandado pelos Jacobinos. Napoleão pôde, assim, reprimir tanto os revolucionários que estavam à

esquerda quanto os monarquistas que estavam à direita política da França à época. A manobra político-

militar que o colocou no poder ficou conhecida como golpe do 18 de brumário (nome que faz referência ao

dia e mês do calendário revolucionário) em 1799. No ano seguinte ao golpe, uma nova Constituição foi

promulgada, fortalecendo o Poder Executivo e dando a Napoleão o cargo de cônsul vitalício.

Napoleão passou de jovem general a Imperador da França, instituindo uma dinastia familiar

Entretanto, dado o enorme poder que passou a concentrar no cargo de cônsul, Napoleão coroou-se,

em 1804, na catedral de Notre-Dame, em Paris, tornando-se imperador dos franceses – esse fato tornou-se

símbolo da total independência que o novo imperador passou a ter em relação à Igreja, já que antes era o

Papa que coroava o Rei.

A partir de então, o imperador Napoleão passou a estabelecer uma série de mudanças na França,

desde a reabilitação da Igreja Católica, promovendo reformas no clero e, em certa medida, controlando-o,

até a instituição de um novo Código Civil, que veio a estruturar uma complexa legislação que até hoje tem

seu reflexo no Direito Constitucional e Internacional do mundo todo.

Além disso, Napoleão também procurou expandir seu império para várias regiões da Europa. Suas

campanhas contra a Prússia e a Rússia tornaram-se notórias. O exército nacional francês conseguiu vitórias

espetaculares contra os outros exércitos aristocráticos. Aos povos conquistados, Napoleão dava a

justificativa de que os ―libertava‖ da estrutura do absolutismo, ou do Antigo Regime, que vigorava até então

em vários países da Europa.

O principal entrave aos projetos de Napoleão foi o Império Britânico. A Grã-Bretanha, por consistir

em um conjunto de ilhas, não ficou exposta aos ataques da infantaria napoleônica e, não obstante, detinha a

marinha mais poderosa do mundo na época. Napoleão procurou, então, estabelecer uma estratégia diferente

contra os britânicos: bloqueá-los economicamente. Essa estratégia ficou conhecida como ―Bloqueio

Continental‖ e consistia em pressionar as nações europeias que estavam sob influência da França a não

estabelecerem vínculo comercial com a Inglaterra. Foi nesse contexto que o rei português, D. João VI, que

era apoiado pela Grã-Bretanha, fugiu com a sua corte para o Brasil – até então colônia – por não atender às

determinações de Napoleão.

De 1813 a 1815, Napoleão sofreu, gradativamente, desgastes em seu império, sobretudo pela grande

resistência que países como o Reino Unido, Áustria, Prússia e Rússia ofereciam ao seu domínio. A batalha

mais famosa que marcou o declínio de Napoleão foi a Batalha de Waterloo, de onde saiu derrotado. A

dinastia de Bourbon foi restaurada na França e ascendeu ao trono o rei Luís XVIII. Assim acabou o reinado

dinástico de Napoleão, que foi exilado na ilha de Santa Helena e lá morreu em 1821.

INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

A partir do século XVI, a Espanha colonizou várias regiões da América. O sistema de colonização

espanhola baseado na exploração dos recursos naturais e minerais das áreas dominadas. Os povos

americanos (incas, astecas, maias e outros nativos) foram dominados, perderam suas terras e tiveram que

seguir a cultura imposta pelos espanhóis. Estes povos nativos também tiveram que trabalhar de forma

forçada para os colonizadores da Espanha.

A administração implantada pela Espanha nas colônias americanas era totalmente controlada pela

metrópole e tinha por objetivo principal a obtenção de riquezas. As leis e suas aplicações eram definidas

pela coroa espanhola e, portanto, serviam aos seus interesses políticos e econômicos.

No campo econômico o controle da metrópole sobre as colônias americanas era rígido. Os colonos só

podiam comprar e vender produtos da Espanha. Esta espécie de pacto colonial era altamente desfavorável

aos colonos americanos, pois acabam sempre vendendo a preços baixos e comprando a preços altos, gerando

grandes lucros aos espanhóis.

As lutas pela Independência da América Espanhola.

Diante da exploração e injustiças adotas pela Espanha na América, a partir do século XVIII começa a

brotar um movimento de resistência nas colônias, liderado pelos criollos. Estes eram filhos de espanhóis

nascidos na América. Além dos laços culturais que tinham com o continente americano, viam na

independência uma forma de obtenção de poder político. Muitos destes criollos eram comerciantes e, através

da independência poderiam obter liberdade para seus negócios, aumentando assim seus lucros. Vale lembrar

também que muitos criollos estudaram na Europa, onde tomaram contato com os ideais de liberdade

propagados pelos iluministas.

No século XVIII, várias revoltas emancipacionistas ocorreram em diversas colônias americanas,

lideradas em sua maioria pelos criollos. Porém, todas elas foram reprimidas com força e violência pela

Espanha.

O processo de independência e suas principais características:

O processo de independência ganhou força no começo do século XIX, aproveitando a fragilidade

política em que se encontrava a Espanha, após a invasão das tropas napoleônicas. As lutas pela

independência ocorreram entre os anos de 1810 e 1833.

Vale ressaltar que o grau de insatisfação e revolta da população americana com o domínio espanhol

havia atingido o ponto máximo no começo do século XIX. Foi nesta época também que os criollos

conseguiram organizar movimentos emancipacionistas em todos os vice-reinos.

Ao contrário do que aconteceu no Brasil, o processo de independência das colônias espanholas foi

violento, pois houve resistência militar por parte da Espanha. As guerras de independência geraram milhares

de mortes de ambos os lados.

Os movimentos de independência, embora liderados pelos criollos, contou com a participação de

negros, mestiços, brancos das camadas mais pobres e até mesmo de indígenas.

As colônias estavam divididas administrativamente em quatro vice-reinos (Nova Granada, Nova

Espanha, Rio da Prata e Peru) e quatro capitanias-gerais (Chile, Venezuela, Guatemala e Cuba). Após o

processo de independência, estes vice-reinos foram divididos e tornaram-se países. O vice-reino do Rio da

Prata, por exemplo, transformou-se, após ser dividido, nos atuais: Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai.

Enquanto o Brasil seguiu o sistema monárquico após sua independência em 1822, os países que se

formaram com a independência das colônias espanholas adoram a República.

Anos da independência dos principais países da América Espanhola:

- México: 1821

- Peru: 1821

- Argentina: 1816

- Paraguai: 1813

- Uruguai: 1815

- Venezuela: 1811

- Bolívia: 1825

- Colômbia: 1811

- Equador: 1811

- Chile: 1818

Principais líderes

Os principais líderes das lutas pela independência nos países da América Espanhola foram Simón

Bolivar e San Martín.

- Simón

Bolivar: militar e político venezuelano, foi de fundamental importância nos processos de

independência da Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. Ganhou em 1813, na Venezuela,

o título honorífico de Libertador.

- José de San Martín: general argentino, foi decisivo nos processos de independência da Argentina,

Chile e Peru.

Consequências:

- Ascensão política dos criollos nas ex-colônias;

- Conquista da liberdade econômica, que favoreceu financeiramente e politicamente a aristocracia;

- Criação de dependência econômica com relação à Inglaterra, maior potência mercantil do século

XIX;

- Infelizmente, a independência política não significou a diminuição das desigualdades e injustiças

sociais nas ex-colônias espanholas. A pobreza e miséria continuaram como realidade para grande parte da

população;

- Instalação do sistema republicano em que, através das eleições, as elites se perpetuavam no poder.

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o

fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e

muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi

executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência

Mineira.

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno

para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a

presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de

Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois

preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte,

organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também

que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação.

Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade

que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar

uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a

Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São

Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato

ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D.

Pedro foi declarado imperador do Brasil.

Bandeira do Brasil Império. Primeira bandeira brasileira após a Independência.

Pós Independência:

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o

México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a

independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.

Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O

povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária

continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária,

que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

EXERCÍCIOS

11-Qual a fase da Primeira Revolução Industrial e qual o país pioneiro?

12- Qual a fase da Segunda Revolução Industrial, e quais os países atingidos?

13- Qual a fase da terceira revolução Industrial?

14-O que foi o Bloqueio Continental de Napoleão Bonaparte?

15-Quem eram conhecidos como povos nativos da América Espanhola?

16- Quem era os criollos na América Espanhola?

17- Entre quais os anos que os países da América Espanhola se libertaram da Espanha e se tornaram

independentes?

18- Quem era os principais líderes da Independência da América Espanhola?

PRIMEIRO REINADO

O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem

início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a

abdicação de D. Pedro I.

O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no

Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.

Reações ao processo de Independência

Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não

queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões ocorreram muitos protestos e reações

políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas

locais e oficiais.

Constituição de 1824

Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os

poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo

ano, o imperador, insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a

Assembleia. Alguns deputados foram presos.

D.Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi

outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de

definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do

imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.

A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só

poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser

candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e

800.000 réis para senador).

Guerra da Cisplatina

Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de

D.Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província

brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros

para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se

chamar República Oriental do Uruguai.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a

Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central.

A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e

fazendeiros da região com o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento.

Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou

guerra ao governo imperial.

O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos

revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém

a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou.

Bandeira do Brasil no Primeiro Reinado

Desgaste e crise do governo de D.Pedro I

Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava extremamente desgastado.

O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava

grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e

sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição

foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.

Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico

do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a

desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.

Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com

atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que

ficou conhecido como ―A Noite das Garrafadas‖. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I

entraram em conflitos de rua com os opositores.

Abdicação

Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu

que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.

Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com

apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou para a Europa.

PERÍODO REGENCIAL

O Período Regencial é uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o

imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha

apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser

governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).

Regentes que governaram o Brasil no período:

- Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de

Caravelas.

- Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho, João

Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.

- Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.

- Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.

- Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.

Um período tumultuado

O Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial.

Crise politica

A crise política deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo entre diversos grupos

políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder); Moderados (voto só para os ricos e

continuação da Monarquia) e Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e

voto para todas as pessoas).

Revoltas

As revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da

população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e serem atendidas pelo governo.

Principais revoltas do período:

- Cabanagem (1835 a 1840) – motivada pelas péssimas condições de vida em que vivia a grande

maioria dos moradores da província do Grão-Pará.

- Balaiada (1838 – 1841) – ocorreu na província do Maranhão. A causa principal foi a exploração da

população mais pobre por parte dos grandes produtores rurais.

- Sabinada (1837-1838) – ocorreu na província da Bahia. Motivada pela insatisfação de militares e

camadas médias e ricas da população com o governo regencial.

Golpe da Maioridade e fim do Período Regencial

Os políticos brasileiros e grande parte da população acreditavam que a grave crise que o país

enfrentava era fruto, principalmente, da falta de um imperador forte e com poderes para enfrentar a situação.

Em 23 de julho de 1840, com apoio do Partido Liberal, foi antecipada pelo Senado Federal a

maioridade de D. Pedro II (antes de completar 14 anos) e declarado o fim das regências. Esse episódio ficou

conhecido como o Golpe da Maioridade. Foi uma forma encontrada pelos políticos brasileiros de dar poder e

autoridade ao jovem imperador para que as revoltas pudessem ser debeladas e a ordem restaurada no Brasil.

SEGUNDO REINADO

O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II, realizada no dia 23

de julho de 1840. Na época, o jovem imperador tinha apenas quatorze anos de idade e só conseguiu ocupar o

posto máximo do poder executivo nacional graças a um bem arquitetado golpe promovido pelos grupos

políticos liberais. Até então, os conservadores (favoráveis à centralização política) dominaram o cenário

político nacional.

Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi caracterizado por uma política

conservadora e autoritária que fomentou diversas revoltas no Brasil. As disputas políticas do período e o

desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente permitiram que a manobra em favor de Dom Pedro

de Alcântara tivesse sustentabilidade política. Nos quarenta e nove anos subsequentes o Brasil esteve na mão

de seu último e mais longevo monarca.

Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a criação de dispositivos capazes de

agraciar os dois grupos políticos da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma mesma classe

socioeconômica, barganharam a partilha de um poder repleto de mecanismos onde a figura do imperador

aparecia como um ―intermediário imparcial‖ às disputas políticas. Ao mesmo tempo em que se distribuíam

ministérios, o rei era blindado pelos amplos direitos do irrevogável Poder Moderador.

A situação contraditória, talvez de maneira inesperada, configurou um período de relativa

estabilidade. Depois da Revolução Praieira, em 1847, nenhuma outra rebelião interna se impôs contra a

autoridade monárquica. Por quê? Alguns historiadores justificam tal condição no bom desempenho de uma

economia impulsionada pela ascensão das plantações de café. No entanto, esse bom desempenho conviveu

com situações delicadas provindas de uma economia internacional em plena mudança.

O tráfico negreiro era sistematicamente combatido pelas grandes potências, tais como a Inglaterra,

que buscava ampliar seus mercados consumidores por aqui. A partir da segunda metade do século XIX,

movimentos abolicionistas e republicanos ensaiavam discursos e textos favoráveis a uma economia mais

dinâmica e um regime político moderno e inspirado pela onda republicana liberal.

Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do Paraguai (1864 – 1870), foi possível observar as

primeiras medidas que indicaram o fim do regime monárquico. O anseio por mudanças parecia vir em

passos tímidos ainda controlados por uma elite desconfiada com transformações que pudessem ameaçar os

seus antigos privilégios. A estranha mistura entre o moderno e o conservador ditou o início de uma república

nascida de uma quartelada desprovida de qualquer apoio popular.

A CULTURA NEGRA NO BRASIL

A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. A

cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que

era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha

as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos.

Nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os

costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de

expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança, era praticada para ser usada

contra os inimigos (senhores de engenho).Culinária. Outra característica marcante da cultura afro no Brasil é

a questão dos diferentes temperos dados à culinária brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas

da cozinha indígena com a europeia e transformar em comida brasileira. Ora, os escravos saíram de suas

terras para um local diferente, sem trazer nada consigo. São pratos mais famosos da culinária afro-

brasileira:Acarajé;

Vatapá;

Bobó;

Feijoada (a famosa feijoada é citada como sendo um prato servido nas senzalas).

Azeite de dendê (tempero comum na culinária baiana);

Frutas e especiarias: coco, banana, pimenta malagueta e o café são produtos oriundos das terras

africanas.

Expressões Culturais

Uma coisa que chama a atenção é a alegria do povo afro-brasileiro. Além da capoeira, que já é

comum em várias partes do Brasil, mas enfaticamente no estado da Bahia. Os negros trouxeram estilos

diferentes no quesito de moda e estilo. Sempre baseado nas culturas dos ancestrais, aderem penteados

interessantes, como os dreadlocks, da cultura rastafári; o cabelo blackpower; os trançados; com balangandãs,

dentre outros.

Música

Na música, predomina o samba, bem marcante na cultura brasileira, o que é uma herança dos afro-

brasileiros. O estilo musical nasceu em meados da década de 1920; no Rio de Janeiro, surgiu e permitiu a

criação de outros ritmos, tais como: o samba enredo, o samba de breque, o samba canção e a bossa nova.

Religião

O candomblé, religião afro-brasileira, assim como a umbanda, a macumba e o omoloko, foi deixado

pelos escravos que adotavam o sincretismo para preservação desse culto. Na época do trabalho escravo, para

que a adoração aos deuses africanos não cessassem, os negros usavam os santos da igreja católica, como

forma de despistar a mão de ferro portuguesa. Por isso, se vê a mistura do candomblé com o catolicismo.

A cultura negra é algo que influenciou, não só o Brasil, mas diversas nações que usufruem da

pluralidade do movimento negro. Nos Estados Unidos, o estilo dos negros é bem característico. O rap e hip

hop são elementos que fazem parte do cotidiano do povo negro.

Em meio às lutas, pode se dizer que os negros venceram e continuam nesse processo. Embora

existam ainda casos de racismo, esse quadro tem mudado.

Dia Nacional da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra lembra a resistência à escravidão e é comemorado no dia 20

de novembro, no Brasil, homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, ícone da cultura

negra. O projeto de lei que deu vida a esse dia foi o 10.639/2003, mas só foi sancionado e considerado

quando a presidenta Dilma Rouseff sancionou a Lei 12.519/2011.

A homenagem ao dia surgiu em 1978 através do Movimento Negro Unificado. O objetivo dessa data

é refletir sobre o preconceito, mostrar ao povo a cultura africana, comemorar e lutar pelos direitos e a

igualdade do povo negro.

Zumbi dos Palmares

O líder dos negros no quilombo dos palmares, Zumbi dos Palmares, foi responsável por lutar contra a

escravidão e morreu lutando pelos direitos do seu povo. O quilombo liderado por ele encontrava-se no

estado de Alagoas e resistiu por cerca de 100 anos, abrigando entre 25 mil a 30 mil negros, segundo os

dados da Fundação Cultural Palmares.

Foram através dos quilombos que os negros preservaram a sua cultura e também formaram a

resistência contra o sistema de escravidão no período colonial. O líder que inspirou e ainda inspira a muito

negros foi um herói contra o sistema que vigorava na época e representa um momento em que eles devem

lutar e repensar sobre a identidade dos negros na sociedade brasileira.

Zumbi foi morto pelas tropas coloniais de Jorge Velho e foi assassinado em 20 de novembro de

1695. Após a sua morte, a abolição da escravatura só chegou ao Brasil em 1888.

A data é considerada ponto facultativo e não um feriado obrigatório, portanto, cabe aos municípios e

estados aderirem a data como feriado.

Nesse dia e em todo o mês de novembro várias atividades culturais são realizadas em comemoração a

data como passeatas, oficinas, cursos, seminários, oficinas, etc. Além disso, entidades e instituições ligadas

aos movimentos negros estimulam a população na comemoração dessa data.

Eventos relacionados a Cultura Afro-brasileira

Feira Preta Week ou Feira Cultura Preta

É uma das maiores feiras de cultura negra da América, possui uma agenda cultural vasta com

atividades sobre moda, dança, literatura, gastronomia, música, turismo afro e muitos outros, bem como a

comercialização de produtos afro. O objetivo do evento é mostrar que a cultura negra também faz parte da

sociedade brasileira, bem como valorizando-a diante da sociedade.

Todos os anos, a feira é realizada desde 2002, em várias cidades do país. A feira é organizada pelo

Instituto Feira Preta que atua na promoção e no desenvolvimento da cultura negra na sociedade

Mostra Internacional do Cinema Negro

É uma mostra que acontece, geralmente, na semana da Consciência Negra, realizada para mostrar à

sociedade a imagem positiva dos afrodescendentes por meio do cinema, bem como incluí-los na sociedade.

Marcha da Consciência Negra

A marcha é realizada em alguns estados para celebrar o dia da consciência negra. Os manifestantes

vestem camisetas de protestos, levam cartazes, faixas contra o preconceito à população negra. Geralmente

participam pessoas de movimentos populares, sindicatos, organizações civis, estudantes e demais indivíduos

que desejarem aderir ao movimento.

Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB)

É considerado o primeiro museu federal da cultura negra, um projeto de renovação à política cultural

do Ministério da Cultura, responsável por reunir a história do povo afro-brasileiro. Sua sede encontra-se na

Bahia, em Salvador. Os organizadores propõe ações como intercâmbios entre os continentes de origem

africana como Angola, Guiné e Moçambique, mostras e exposições.

EXERCÍCIOS

19-Qual o fato considerado o mais importante do nosso país, pois marcou o fim do domínio Português e a

conquista da autonomia?

20- Em que dia comemoramos a Independência do Brasil?

21- Qual a fase do primeiro Reinado no Brasil?

22-Porque a Constituição Imperial foi chamada de Outorgada?

23-O que foi a Confederação do Equador?

24-O que foi o Período Regencial?

25-Quais as principais Revoltas do Período Regencial?

26-Com quantos anos D. Pedro II, assumiu o Governo Brasileiro?

27-Dentro da Cultura Negra no Brasil, temos diversos pratos típicos dessa cultura. Cite alguns:

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Industrialização: Uma revolução sócia econômica

É difícil imaginar como seriam as vidas cotidianas hoje sem automóveis, eletrodomésticos, telefones

etc. Entretanto, esse mundo de máquinas e tecnologia, tal como o conhecemos, começou a tomar forma com

a Revolução Industrial, que teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII e estendeu-se para outros

países a partir, do século XIX. Ante desse período, a maioria das pessoas vivia no Campo ou em vilarejos.

Trabalhavam em pequenos grupos e produziam, em pequena escala, aquilo de que precisavam _

alimentos, roupas e objetos. Havia grandes cidades, porém eram cidades comerciais e principalmente

cidades capitais, ou seja, centros do poder político dos reinos.

Expansão Da Revolução Industrial

Etapas:

Considerando os países envolvidos e as questões técnicas, a Revolução industrial pode ser dividida

em pelo menos três momentos importantes.

Primeira etapa

No primeiro momento (1760-1860), ficou limitada, basicamente, a Inglaterra. O maior destaque foi o

desenvolvimento da indústria de tecidos de algodão, com a utilização do tear mecânico. Além disso, o

aperfeiçoamento das máquinas a vapor teve extrema importância para o progresso das fábricas.

Segunda etapa

No segundo momento (1860-1900), espalhou-se por algumas regiões da Europa Ocidental e Oriental,

atingindo países como Bélgica, França, Alemanha, Itália e Rússia, Alcançaram também outros continentes,

ganhando espaço nos Estados Unidos e no Japão. Nessa etapa, as principais inovações técnicas foram a

utilização do aço (superando o ferro), o aproveitamento da energia elétrica e dos combustíveis petrolíferos, a

invenção do motor a explosão, das locomotivas e do barco a vapor e o desenvolvimento de produtos

químicos. Além disso, foram inventados meios de comunicação, como o telegrafo, o telefone, o rádio e o

cinema. O processo tecnológico foi de tal modo significativo que este momento costuma ser caracterizado

como Segunda Revolução Industrial.

Terceira etapa

A partir de meados do século XX, grandes avanços tecnológicos vêm repercutindo intensamente na

produção econômica e no trabalho no mundo como um todo. Alguns historiadores e analistas

contemporâneos denominaram essas transformações de Terceira Revolução Industrial, que se traduz no

impacto das novas tecnologias, como o microcomputador, a microeletrônica, a robótica, a engenharia

genética, a telemática (uso combinado dos computadores e meios de telecomunicações, como fax, celular,

internet, televisão). Um dos aspectos dessa "Terceira Revolução Industrial‖ é o aumento da produtividade

com a utilização de um número cada vez menor de trabalhadores, O resultado dessa equação é o aumento

generalizado do desemprego em todo o mundo.

O debate sobre a nova ordem econômica, e social

O rápido processo de industrialização logo repercutiu em vários aspectos da vida social.

Crescia o número de operários pobres que, por meio de suas organizações, reivindicavam

condições dignas de trabalho. Já a burguesia industrial estava empenhada, principalmente, em aumentar seus

lucros e enriquecer.

O debate decorrente desse conflito de interesses contribuiu para a elaboração de varias teorias

sociais. Algumas justificavam os rumos da nova sociedade industrial capitalista.

Outras, identificadas com os interesses dos operários, denunciavam a exploração do trabalho e

pregavam uma sociedade mais livre justa.

Exploração Do Trabalhador

Para desenvolver suas empresas, os industriais ingleses queriam liberdade econômica, ampliação

dos mercados consumidores e mão de obra barata para trabalhar nas fábricas.

Com o objetivo de aumentar os lucros, o empresário industrial pagava aos operários salários

muito baixos, enquanto explorava ao máximo sua capacidade de trabalho.

Os salários eram tão reduzidos que, para sobreviver, toda a família do operário, incluindo mulheres

e crianças era obrigada a trabalhar nas fábricas.

Em diversas indústrias, eles trabalhavam mais de 15 horas por dia. Vale ressaltar que na Inglaterra,

por volta de 1780, um operário vivia, em media, 55 anos e trabalhava 125 mil horas.

Impactos Do Avanço Industrial

A Revolução Industrial consolidou o capitalismo nas sociedades em que se instalou. Aos poucos, a

indústria passou a disputar com o comércio a condição de principal setor de acumulação de riquezas. Foram

muitas as consequências sociais e transformações ocorridas com o desenvolvimento das indústrias.

Resistência operária

A exploração do trabalho humano gerou conflitos entre operários e empresários não só na Inglaterra,

como em outras regiões da Europa onde se desenvolveu o sistema fabril.

Houve casos de grupos de operários que invadiram fábricas e destruíram suas máquinas, Para eles, as

máquinas representavam o desemprego, a miséria, os salários baixos e a opressão.

O Imperialismo

Quando o assunto é Imperialismo, alguns aspectos devem sempre ser analisados em conjunto. Os

principais são: Nacionalismo, Neocolonialismo e junção entre o Capitalismo financeiro e o Capitalismo

industrial. Esses aspectos resumem o panorama político, econômico e cultural de um período que vai desde a

década de 1870 até o ano de 1914, ano em que teve início a Primeira Guerra Mundial.

O termo ―Imperialismo‖ sugere, obviamente, uma ―Era de Impérios‖; em grande parte trata-se disso

mesmo. Mas, conceitualmente falando, o Imperialismo do século XIX consistiu num tipo de política

expansionista das principais nações europeias, que tinha por objetivo a busca de mercado consumidor, de

mão de obra barata e de matérias-primas para o desenvolvimento das indústrias.

Esse fenômeno de expansão dos países europeus teve início a partir do momento em que, após as

Revoluções Burguesas dos séculos XVII e XVIII e da formação das nações modernas na Europa (como

Alemanha, Itália e França), houve um intenso processo de industrialização desses países. A industrialização

gerou, por conseguinte, uma forte concorrência entre as nações, que passaram a disputar territórios e

estabelecer as suas fronteiras com exércitos modernizados e uma sofisticada diplomacia. Esse processo

acentuou gradualmente o caráter nacionalista dos países europeus.

Ao mesmo tempo, a industrialização também exigia uma integração econômica nunca antes vista. O

capital gerado pela indústria, isto é, toda a riqueza do processo de produção – desde maquinários até

produtos para consumo –, precisava de crédito e de sustentação financeira. Os setores do capital financeiro

(bancos e bolsas de valores) passaram a se integrar com o setor das indústrias, criando assim maneiras de

estruturar a complexidade da economia mundial integrada.

E, assim como nos séculos XV, XVI e XVII, nos quais nações europeias como Portugal e Espanha

promoveram a colonização do continente americano (e dessas colônias extraíram matérias-primas e nelas

desenvolveram sistemas de organização política e administrativa), as nações imperialistas industrializadas

do século XIX promoveram a colonização de regiões da África, da Ásia e da Oceania.

O processo de expansão para essas regiões foi marcado por várias tensões e guerras. A África, por

exemplo, teve seu território divido nesta época entre as nações europeias, num evento denominado

Conferência de Berlim, ocorrido em novembro de 1884. Essa divisão caracterizou-se pela completa

arbitrariedade, tribos africanas inteiras foram desagregadas com a divisão, enquanto que algumas se

mesclaram com outras que eram suas rivais históricas. A Inglaterra, nessa época, ficou conhecida como o

grande Império ―onde o Sol não se põe‖, exatamente por conta de sua vasta expansão, que integrava grandes

países, como a Índia e a Austrália.

O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do século XX, quando as tensões

nacionalistas se tornaram mais veementes. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é fruto direto dessa

saturação.

REPÚBLICA BRASILEIRA

A Primeira República corresponde ao período que marcou o fim do Império em 1889 até a

Revolução de 1930.

A história republicana brasileira pode ser dividida em algumas fases, tendo como marcos fatos

históricos que representaram mudanças na ordem institucional do Estado. A Primeira República, também

conhecida como República Velha, constitui a primeira fase da organização republicana nacional e vai desde

a Proclamação da República em 1889 até a chamada Revolução de 1930. Pela liderança do poder de Estado,

alteraram-se confrontos e alianças entre a oligarquia rural e os militares das Forças Armadas.

Entre o fim do Império em 1889 e a posse da presidência por Prudente de Morais, em 1894, militares

ocuparam o cargo de líder na Primeira República. O primeiro foi Marechal Deodoro da Fonseca, presidente

interino desde a Proclamação da República e eleito após a aprovação da Constituição de 1891. Deodoro da

Fonseca renunciou em 1891, quando o vice-presidente Marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência até

1894, encerrando o período conhecido como República da Espada.

A adoção do presidencialismo e do federalismo como forma organizativa do Estado foram as

principais características da Constituição de 1891, o que acarretou em uma política de alianças para a

ocupação da presidência e em uma liberdade política aos governadores dos estados da Federação. O período

foi marcado por conflitos militares, dentre eles, a Revolta Federalista, no Rio Grande do Sul, e a Revolta da

Armada, no Rio de Janeiro, ambas em 1893.

As revoltas foram contidas e a estrutura liberal do Estado foi consolidada, o que possibilitou a

transição para o poder civil. O presidente Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil, eleito em 1894,

dando início a alternância entre representantes das oligarquias rurais do sudeste brasileiro até 1930.

A política do Café com Leite, assim chamada em decorrência da aliança nas indicações para

presidentes entre São Paulo e Minas Gerais, principais produtores de café e leite, respectivamente, foi o auge

da ordem oligárquica. Para manter essa alternância, o presidente Campos Sales (1898-1902) realizou uma

costura política, a política dos governadores, que proporcionou apoio regional ao poder executivo federal e

fortaleceu os coronéis oligarcas regionais. É desta aliança que surgiu o coronelismo que marcou a prática

política no interior do Brasil até a segunda metade do século XX.

Na ordem econômica, o que se viu no período foi a tentativa de conter a crise do café e o auge da

produção da borracha. Também ocorreram conflitos sociais como a Guerra de Canudos, entre 1896 e 1897, a

Revolta da Vacina, em 1904, a Revolta da Chibata, em 1910, e a Revolta do Contestado, entre 1913 e 1915.

A partir de 1914, a Primeira República entrou em declínio. Nem o surto de industrialização suportou

a crise pela qual passava a produção do café, que teve seu golpe final com a crise econômica mundial

capitalista de 1929. Por outro lado, novas classes sociais se fortaleceram, reclamando representação política.

Greves operárias foram realizadas e duramente reprimidas. A burguesia industrial entrava em conflito com a

política econômica voltada preferencialmente à agricultura. Até mesmo nos quadros médios das Forças

Armadas havia insatisfação com o controle político pelas oligarquias rurais.

O resultado foi uma instabilidade crescente dos acordos políticos que caracterizaram a Primeira

República, e a insatisfação no seio do exército proporcionou a aproximação de vários grupos estaduais que

se opunham à política do Governo Federal. As revoltas tenentistas no Rio Grande do Sul, em 1923, e em São

Paulo, em 1924, somadas à insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio Prestes, em 1930, levaram ao

impedimento do presidente eleito e, com um golpe militar, teve fim a Primeira República.

QUESTÃOES CRAVAGISTA

Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos comerciantes portugueses, espanhóis e ingleses

que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e

cruel por toda a região da América.

Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-do-mato que perseguiam os negros que

haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e ideias

defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.

Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela

vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por

seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os

começos da História.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais

pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos;

contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.

Escravidão no Brasil

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os

portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava

nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como

se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou

velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em

condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao

mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados

da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma

alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca

higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era

a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais

africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua

portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana

se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações

artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho

utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até

mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a

carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as

poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas

fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram

comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização

comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua

língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra.

Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei

Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e

aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o

tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos

filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários

que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua

abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

A vida dos negros após a abolição da escravidão.

Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia,

condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade.

Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a

viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

AS REVOLTAS DA PRIMEIRA REPÚBLICA BRASILEIRA

Aconteceram por causa do governo elitista que oprimia o povo ao mesmo tempo que enchia os

coronéis de privilégios. As manifestações populares se espalharam pelo país, tantos nas cidades, quanto no

campo.

Aconteceu na cidade de Rio de Janeiro quando o almirante Saldanha da Gama e o ministro da

marinha Custódio de Mello arquitetaram um movimento contra o presidente Floriano Peixoto, pois ele não

respeitou a Constituição brasileira que estabelecia uma nova eleição caso o candidato anterior desocupasse o

cargo antes de completar dois anos no poder. Em 13 de setembro de 1893, os navios sob o poder da revolta

abriram fogo contra a cidade do Rio de Janeiro que evitou o desembarque dos revoltosos até março do ano

seguinte. Alguns participantes da revolta abriram novas frentes de batalha na região sul junto a membros da

Revolução Federalista, mas o governo acabou sufocando os dois levantes com apoio das classes médias e

dos cafeicultores paulistas.

Revolução Federalista – Revolução da Degola (1893 - 1895)

(A Revolução da Degola)

Aconteceu no Rio Grande do Sul quando o presidente Floriano Peixoto começou a substituir os

políticos eleitos durante o governo de marechal Deodoro da Fonseca. Os gaúchos, que queriam maior

autonomia para os estados e por isso eram chamados de federalistas, foram liderados por Gaspar Silveira

Martins e Gumercindo Saraiva, assim pegaram em armas para exigir a anulação da posse de Júlio de

Castilhos como governador. O governo agiu rápido, obrigando os federalistas a recuarem para regiões do

Uruguai e da Argentina, mas logo depois eles avançaram por Paraná e Santa Catarina e receberam o apoio

da Revolta da Armada.

A revolta só terminou quando o federalista Saldanha da Gama lutou até a morte com os últimos

quatrocentos homens de sua tropa.

Aconteceu na cidade de Rio de Janeiro quando o médico Oswaldo Cruz se tornou diretor de saúde

pública e começou a ordenar demolições de moradias pobres e autorizar invasões domiciliares para buscar

pragas. O estopim foi a obrigatoriedade da vacina contra a varíola, quando o povo se rebelou por dez dias

causando alvoroço nas ruas até ser sufocado pela polícia com o apoio da Guarda Nacional, Bombeiros,

Exército, Marinha e algumas tropas de SP e MG. Para evitar novo confronto o governo revogou a vacinação.

Aconteceu no RJ quando o marinheiro Marcelino Menezes recebeu 250 chicotadas por ter levado

cachaça ao navio. Os marinheiros tomaram os barcos e apontaram os canhões para a capital exigindo o fim

dos maus tratos e melhor alimentação dentro da corporação além de anistia aos envolvidos. Conseguiram o

que pediram, mas duas semanas depois

começaram uma nova revolta, assim a maioria dos participantes foi morta, alguns foram degredados

no Acre ou A

Amazônia em serviços forçados, enquanto que o líder João Candido foi internado num hospício

como indigente sendo anistiado em 2008 pelo presidente Lula.

Aconteceu por causa das más condições de trabalho enfrentadas pelos brasileiros moradores das

cidades. Os trabalhadores se organizaram em sociedades beneficentes, sindicatos e tidos comunistas que

levaram a greves e espalharam jornais nas ruas dos estados industriais como SP e RJ.

Canudos (1893 – 1897)

(Representação da peregrinação de Antônio Conselheiro)

Antônio Mendes Maciel (o Conselheiro) peregrinou o interior de Pernambuco, Bahia e Sergipe

pregando, ajudando as pessoas e conseguindo seguidores, o que ameaçava a Igreja Católica. Em 1893

fundou Canudos, um povoado numa fazenda da Bahia que chegou há 10.000 moradores que seguiam suas

próprias leis sem obedecer à igreja nem aos coronéis. Três expedições com metralhadores e canhões não

conseguiram vencer a comunidade, somente a quarta com 14.000 soldados teve sucesso. Para garantir a

vitória prenderam poucos, amararam muitos, degolaram outros e destruíram tudo.

Contestado (1912 – 1916)

(Representação do movimento e seu líder)

Aconteceu em terras de SC e PR aonde os moradores foram expulsos para a construção de uma

estrada de ferro. Essas pessoas começaram a seguir José Maria combatendo o governo e os empresários que

ganhariam muito com a instalação desses trens. Foram derrotados com violência por uma tropa de 8.000

soldados que os mataram de sede e fome durante um cerco desonesto.

Cangaço (XIX – 1940)

(Exposição com os artefatos, armas e vestimentas dos cangaceiros junto das cabeças decapitados do grupo

de Lampião)

Aconteceu no sertão nordestino com a formação de grupos armados e violentos que eram sustentados por

um político para protegê-lo. Mais tarde esses bandos começaram a trabalhar para si próprios atacando

povoados e fazendas para roubar. Geralmente eram combatidos pelas volantes. Os lideres cangaceiros mais

famosos foram Virgulino (Lampião) e Courisco.

GUERRA DO PARAGUAI

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul no

século XIX. Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o confronto, que destruiu a

economia e a população paraguaias.

É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na Argentina e Uruguai

e de Guerra Grande, no Paraguai.

A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no

ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.

Francisco Solano López, ditador do Paraguai.

Causas

Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na

região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco

Solano López.

Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas,

invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de

Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus

interesses.

Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês

de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio

de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de

conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o

Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.

Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país

independente das nações europeias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais

países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses

ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era

interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América

Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de

desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

INDUSTRIALIZAÇÃO E CRESCIMENTO URBANO

Os processo de industrialização e urbanização estão intrinsecamente interligados. Foi com os

avanços e transformações proporcionados, por exemplo, pelas Revoluções Industriais na Europa que esse

continente concebeu o crescimento exponencial de suas principais cidades, aquelas mais industrializadas. Ao

mesmo tempo, o processo de urbanização intensifica o consumo nas cidades, o que acarreta a produção de

mais mercadorias e o aumento do ritmo da atividade industrial.

A industrialização é um dos principais fatores de transformação do espaço geográfico, pois interfere

nos fluxos populacionais, reorganiza as atividades nos contextos da sociedade e promove a

instrumentalização das diferentes técnicas e meios técnicos, que são essenciais para as atividades humanas.

A atividade industrial, por definição, corresponde ao arranjo de práticas econômicas em que o trabalho e o

capital transformam matérias-primas ou produtos de base em bens de produção e consumo.

Com o avanço nos sistemas de comunicação e transporte – fatores que impulsionaram a globalização

–, praticamente todos os povos do mundo passaram a consumir produtos industrializados,

independentemente da distância entre o seu local de produção e o local de consumo. Estabelece-se, com

isso, uma rede de influências que atua em escalas que vão do local ao global.

Graças ao processo de industrialização e sua ampla difusão pelo mundo, incluindo boa parte dos países

subdesenvolvidos e emergentes, a urbanização também cresceu, a ponto de, segundo dados da ONU, o

mundo ter se tornado, pela primeira vez, majoritariamente urbano, isto é, com a maior parte da população

residindo em cidades, feito ocorrido no ano de 2010 em diante.

Mas como a industrialização interfere na urbanização?

É errôneo pensar que a industrialização é o único fator que condiciona o processo de urbanização. Afinal, tal

fenômeno está relacionado também a outros eventos, que envolvem dinâmicas macroeconômicas, sociais e

culturais, além de fatores específicos do local. No entanto, a atividade industrial exerce uma influência quase

que preponderante, pois ela atua tanto no espaço das cidades, que apresentam crescimento, quanto no espaço

rural, que vê uma gradativa diminuição de seu contingente populacional em termos proporcionais.

No meio rural, o processo de industrialização interfere com a produção e inserção de modernos maquinários

no sistema produtivo, como tratores, colheitadeiras, semeadeiras e outros. Dessa forma, boa parte da mão de

obra anteriormente empregada é substituída por máquinas e técnicos qualificados em operá-las. Como

consequência, boa parte dessa população passa a residir em cidades, por isso, elas tornam-se cada vez

maiores e mais povoadas. Vale lembrar que a mecanização não é o único fator responsável pelo processo de

migração em massa do campo para a cidade, o que chamamos de êxodo rural, mas é um dos elementos mais

importantes nesse sentido.

A mecanização do campo contribui para o crescimento das cidades

Além disso, a industrialização das cidades faz com que elas se tornem mais atrativas em termos de

migrações internas, o que provoca o aumento de seus espaços graças à maior oferta de empregos, tanto na

produção fabril em si quanto no espaço da cidade, que demandará mais trabalho no setor comercial e

também na prestação de serviços.

Não por acaso, os primeiros países a industrializem-se foram também os primeiros a conhecer a

urbanização em sua versão moderna, tornando-se territórios verdadeiramente urbano-industriais.

Atualmente, esse processo vem ocorrendo em países emergentes e subdesenvolvidos, tal qual o Brasil, que

passou por isso ao longo de todo o século XX. Segundo a ONU, até 2030, todas as regiões do mundo terão

mais pessoas vivendo nas cidades do que no meio rural.

O grande gargalo desse modelo é o crescimento acelerado das cidades, que contribui para fomentar

amacrocefalia urbana, quando há o inchaço urbano, com problemas ambientais e sociais, além da ausência

de infraestruturas, crescimento da periferização e do trabalho informal, excesso de poluição, entre outros

problemas. Estima-se, por exemplo, que até 2020 quase 900 milhões de pessoas estarão vivendo em favelas,

em condições precárias de moradia e habitação.

EXERCÍCIOS

1-O que foi a Revolução Industrial?2-Onde se desenvolveu a1ª Etapa da Revolução Industrial?

3-Quais os Países Atingidos pela 2ª Etapa da Revolução Industrial?

4-Qual a principal característica da 3ª Etapa da Revolução Industrial?

5-Qual o principal impacto da Revolução Industrial?

6-Em que ano foi Proclamada a República Brasileira?

7-Quem Proclamou a República Brasileira?

8-Como era chamada a 1ª fase da República Brasileira e porque?

9- Como e porque os Negros foram trazidos para o Brasil?

10-Cite as Principais Leis Abolicionistas?

11-Quais as Leis que proibiram o Tráfico de Negros?

12-Onde aconteceu a Revolução das Degolas?

13-Onde aconteceu a Guerra de Canudos, quem era o líder e qual a contravenção cometida por eles para

serem mortos pelas tropas do governo?

14- Qual a principal causa da Guerra do Paraguai? A quem interessava a destruição do Paraguai?

15-Como se deu a grande Urbanização Brasileira?

16-Quais as consequências da grande Urbanização Brasileira?

REVOLUÇÃO RUSSA

Revolução Russa de 1917

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da

autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético

sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que

durou até 1991.

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura,

pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a

base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava

poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que

desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido

Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado

Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de

Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Situação conflituosa

As tensões europeias no inicio do século XX

No inicio do século XX, havia enorme tensão e rivalidade entre os governos das grandes potências

europeias, como Alemanha, Inglaterra e França. Essa tensão resultava de disputas territoriais e por

mercados, tanto na Europa quanto fora dela.

Os empresários buscavam novos mercados que consumissem seus produtos, o que levou os governos

dos países industrializados europeus a disputar colônias na África e na Ásia.

Ao mesmo tempo, o governo de cada país industrializado procurava dificultar a expansão econômica

dos demais fechando seus mercados aos produtos importados e tentando impedir a expansão do império

colonial dos concorrentes. Essa disputa econômica envolveu principalmente interesses ingleses e alemães.

Movimentos nacionalistas

Ligados a essas disputas econômicas e por colônias, havia os movimentos nacionalistas, que

pretendiam agrupar sob um mesmo Estado povos de matrizes culturais semelhantes, o que levava a um

desejo de expansão territorial. Entre os principais movimentos nacionalistas que se desenvolveram na

Europa no início do século XX, destacaram-se o pan-eslavismo e o pangermanismo. Os pan-eslavistas,

liderados em certa medida pelo governo russo, queriam unir todos os povos eslavos da Europa Oriental.

Os pangermanistas pretendiam anexar a Alemanha os territórios da Europa Central onde viviam

germânicos. Além disso, havia o revanchismo francês, movimento nacionalista pelo qual o governo francês

visava recuperar os territórios da Alsácia Lorena, região rica em minério de ferro e carvão que os franceses

foram obrigados a entregar aos alemães depois da derrota na Guerra Franco Prussiana, em 1870.

O clima de rivalidades deu origem a chamada paz armada: diante do risco de guerra, as potências

iniciaram uma corrida armamentista, fortaleceram seus exércitos e formaram alianças políticas.

POLÍTICA DE ALIANÇAS

O governo das grandes potência firmaram tratados de aliança entre si, com o objetivo de somar

forças para enfrentar os rivais.

Depois de muitas negociações e tratados bilaterais, a Europa, em 1907, ficou dividida em dois

grandes blocos:

- Tríplice Aliança - formada inicialmente por Alemanha, Áustria e Itália;

-Tríplice Entente - formada inicialmente por Inglaterra, França e Rússia.

As alianças originais sofreram alterações e, conforme seus interesses, algumas forças acabaram

mudando de lado. Exemplo disso foi o governo da Itália, que, em 1915, passou para o lado da Entente por

ter recebido a promessa de compensações territoriais.

As tensões entre os dois blocos foram aumentando, a ponto de qualquer incidente poder dar inicio a guerra.

O FIM DA GUERRA

O apoio financeiro e material dado pelo governo dos Estados Unidos ao entrar na guerra foi decisivo

para a vitoriada Entente de seus aliados. Os recursos da Entente eram muito superiores aos da Tríplice

Aliança. No inicio de 1918, as forças da Alemanha ficaram isoladas e sem condições de sustentar os

combates. Em 11 de novembro daquele ano, o governo alemão assinou o armistício (acordo de Paz) em

situação bastante desvantajosa. Aceitava, por exemplo, retirar suas tropas de todos os territórios ocupados

durante a guerra (Parte das tropas alemãs estavam, no momento, em território francês), devolver aos

adversários materiais de guerra pesados e submarinos apreendidos e pagar indenizações pelos territórios

ocupados.

Nos diversos locais onde foram travados combates, eram comuns as cenas de destruição de

plantações, Casas, edifícios, pontes e estradas. Uma grave crise sócio econômica atingiu os países já

abalados pelas perdas de bens materiais e pelos gastos de guerra. Além disso, foram imensos os sacrifícios

humanos: milhões de mortos, feridos e inválidos. Alguns historiadores estimam que essa guerra deixou um

saldo de aproximadamente 10 milhões de mortos e 30 milhões de feridos.

O sentimento de patriotismo eufórico que, em multos países, havia marcado o início da guerra

(Sempre estimulado pela propaganda governamental) transformou-se, em 1918, num clima geral de

profunda desolação e desesperança. Afinal, para que serviu tanta violência e brutalidade?

O PÓS- GUERRA

A paz dos vencedores

Após a rendição alemã, no período de 1919 a 1920, realizou-se no palácio de Versalhes, na França,

uma série de conferências com a participação de representantes de 27 nações vencedoras da guerra. Dessas

conferências, sob a liderança dos representantes dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França, nasceu o

Tratado de Versalhes, que impôs duras condições aos alemães.

TRATADO DE VERSALHES

O Tratado de Versalhes estipulava, por exemplo, que a Alemanha deveria:

·Restituir a região da Alsácia Lorena a França;

·Ceder outras regiões a Bélgica, a Dinamarca e a Polônia;

·Entregar quase todos os seus navios mercantes a França, a Inglaterra e a Bélgica;

·Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos parses vencedores;

·Reduzir o poderio militar de seus exércitos, sendo proibida de constituir aviação militar.

O conjunto de decisões impostas aos alemães provocou, em pouco tempo, uma intensa reação das

forças políticas que se organizavam em seu país. Os alemães consideravam injustas, vingativas e

humilhantes as condições do Tratado de Versalhes. Anos mais tarde, o desejo de mudar essas condições

motivaria o ressurgimento do nacionalismo alemão.

Além do Tratado de Versalhes, foram assinados outros acordos entre os representantes dos países

envolvidos no conflito. Por meio desses tratados desmembrou-se o império Austro Húngaro, alguns países

ganharam territórios e outros perderam. Surgiram assim novos países, como Checoslováquia, Hungria,

Polônia, Iugoslávia, Áustria, Letônia, Lituânia e Estônia.

Desde o final do século XIX, a produção industrial norte-americana vinha se expandindo e

ampliando seu Campo de ação econômica em diferentes partes do mundo. A eclosão da Primeira Guerra

Mundial na Europa estimulou ainda mais o crescimento agrícola e industrial dos Estados Unidos.

Conservando-se, a princípio, numa posição de neutralidade, os norte-americanos forneciam seus

produtos aos países envolvidos no conflito. Além disso, enquanto as potências europeias concentravam seus

esforços na guerra, as indústrias norte-americanos aproveitavam para ocupar e suprir outros mercados na

Ásia e na América Latina.

Possuindo aproximadamente a metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros do

mundo, os bancos e o governo dos Estados Unidos saíram da Primeira Guerra como credores da Europa,

arrasada, projetando-se como grande potência mundial. O país viveu, durante quase toda década de 1920,

um período de euforia e prosperidade, que ficou conhecido como ―anos felizes".

FASCISMO NA ITÁLIA

Após a Primeira Guerra mundial, a Itália teve de enfrentar o saldo doloroso do conflito: 700 mil

mortos, 500 mil feridos e dividas enormes contraídas junto aos bancos dos Estados Unidos e da Inglaterra.

Além disso, a fome, a inflação e o desemprego afetavam os operários e os camponeses, provocando grande

agitação social.

Foi nesse clima de instabilidade que Benito Mussolini (1883-1945) fundou, em 1921, o Partido

Nacional Fascista. Mussolini e seus companheiros de partido apresentavam-se como solução para a crise

italiana. Afirmavam ser capazes de acabar com as greves operarias e com a agitação dos socialistas e de

encaminhar a economia do país ao crescimento. Muitos industriais acreditaram nessas propostas e

financiaram a ascensão fascista. Em 1922, Mussolini conquistou o poder na Itália.

O movimento fascista, segundo o próprio Mussolini, não tinha, em 1919, uma doutrina claramente

elaborada. Representava uma enérgica vontade de ação de cunho nacionalista dirigida contra o liberalismo e

o socialismo.

Sendo também ante proletário, atraiu as classes médias conservadoras e a alta burguesia.

Aos poucos, definiram-se as concepções fascistas sobre a sociedade- modelo a ser construída. Nessa

sociedade, o individuo deveria ser totalmente submisso as necessidades do estado, que se tornaria, então,

uma entidade poderosa, capaz de controlar a vida social. Como dizia Mussolini: ―Tudo no estado, nada

contra o Estado, nada fora do Estado‖.

NAZISMO NA ALEMANHA

Vencida na Primeira Guerra Mundial e humilhada pelas duras condições impostas pelo Tratado de

Versalhes, a sociedade alemã enfrentou os anos 1920 com imensas dificuldades econômicas e sociais.

Mesmo retomando o desenvolvimento industrial, a população do país ainda sofria com o elevado número de

desempregados e as altas taxas de inflação.

Entusiasmados com o exemplo da Revolução Russa, diversos setores do operariado protestavam

contra a exploração capitalista em greves organizadas pelo Partido Comunista Alemão (KPD) e pelo Partido

Social-democrata (SPD).

Temendo a expansão do socialismo, considerável parcela da elite política e econômica alemã passou

a apoiar o Partido Nazista -autoritário e antidemocrático -, liderado por Adolf Hitler.

A Grande Depressão da década de trinta do século XX fez com muitos países tivessem suas

economias arrasadas. As democracias liberais foram abaladas, favorecendo a expansão das ideias socialistas

e a instalação de regimes totalitários.

A indústria bélica foi a solução encontrada por vários governos para aumentar o nível de emprego em

seus países. Sem duvida, a Depressão foi um dos motivos que favoreceu a eclosão da Segunda Guerra

Mundial. Além desse, devem ser considerados: a ineficiência da Liga das Nações, os conflitos da década de

trinta do século XX, a busca do espaço vital e o expansionismo alemão.

Após promover a industrialização alemã, Hitler necessitava conseguir mercados consumidores. Para

concretizar seu projeto, de conquistar o espaço vital, desconsiderou as disposições do Tratado de Versalhes:

restabeleceu o serviço militar obrigatório, organizou a Marinha e a Aeronáutica, desenvolveu a indústria

bélica, reincorporou à Alemanha o território do Sarre e ocupou a Renânia.

A doutrina do espaço vital consistia, de um lado, na integração de populações alemãs que viviam na

Áustria, na região dos Sudetos (Checoslováquia) e em Dantzig, na Polônia, e, de outro, na conquista de

regiões férteis e ricas em recursos minerais, necessárias ao desenvolvimento do país.

Em 1938, com o apoio de grande parte da população austríaca, Hitler incorporou a Áustria a

Alemanha e, nesse mesmo ano, anexou a região dos Sudetos. Essa anexação foi reconhecida pela Inglaterra

e França, na conferência de Munique Em 1939, Hitler tomou toda a Tchecoslováquia.

Em seguida, planejou a invasão do Corredor Polonês, faixa de terra que dava à Polônia acesso ao

mar, pelo porto de Dantzig. Por meio da propaganda controlada, o Führer afirmava que o governo polonês

oprimia os alemães que moravam nessa região. Os poloneses prepararam seus exércitos e esperavam contar

com o apoio da Inglaterra e da França.

Como a Alemanha não queria enfrentar duas frentes de batalha, em agosto de 1939 assinou com a

URSS o Pacto de Não-Agressão.

O exército alemão, em 12 de setembro de 1939, invadiu a Polônia, provocando a reação da Inglaterra

e da França, que abandonaram a política de apaziguamento e declararam guerra a Alemanha. Estava

deflagrada a Segunda Guerra Mundial.

A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A partir da segunda metade do século XIX, com a segunda fase da Revolução Industrial e as suas

inovações técnicas e tecnológicas (produção do aço, produção da energia elétrica, invenção do telégrafo e do

telefone e fabricação dos automóveis), financiadas pelos capitalistas industriais, o mundo passou por

intensas transformações.

A concentração de capitais e a ascensão das grandes indústrias (dos monopólios) tornaram viável o

aumento da produção industrial e da industrialização pelo mundo. Porém, o enriquecimento de poucos

capitalistas industriais ocasionou o empobrecimento de grande parcela da classe trabalhadora.

Nos meios urbanos e nos meios rurais, nas fábricas e nos campos, as máquinas passaram a substituir

a mão de obra humana. Consequentemente, o número de desempregados cresceu acentuadamente; e os

salários dos trabalhadores diminuíram. Dessa maneira, grande parcela da população que ficou desempregada

e com baixos salários passou a consumir mercadorias industrializadas com menor frequência, retraindo o

mercado consumidor.

Nos campos, muitos camponeses empobrecidos passaram a migrar para as cidades em busca de

melhores condições de vida. De 1873 a 1896, o sistema capitalista viveu sua primeira grande crise, chamada

de Grande Depressão.

A Grande Depressão Capitalista, no século XIX, configurou-se como uma crise decorrente da

evolução do sistema capitalista. Essa crise gerou um descompasso entre a superprodução de mercadorias nas

indústrias e uma população de trabalhadores sem poder aquisitivo para consumir essas mercadorias

(decorrente do aumento do desemprego entre os trabalhadores e da redução dos seus salários).

Em virtude da Grande Depressão Capitalista no século XIX, ocorreram duas principais

consequências na economia dos países industrializados: a primeira foi a falência das pequenas e médias

empresas e a concentração do capital nas mãos de poucos capitalistas industriais. A segunda consequência

da depressão foi a busca de mercados consumidores externos, ou seja, fora da Europa, nos continentes ainda

não industrializados, como a Ásia e a África.

Esse fato deu início ao Neocolonialismo europeu, isto é, à partilha do continente asiático e africano

pelas grandes potências industriais no século XIX. Era o início da exploração capitalista, da espoliação dos

trabalhadores e dos recursos ambientais mundiais.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Na Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), ocorreram diversas frentes de luta que atingiram todos

os mares e Continentes.

As origens da guerra

A Grande Depressão da década de trinta do século XX fez com muitos países tivessem suas

economias arrasadas. As democracias liberais foram abaladas, favorecendo a expansão das ideias socialistas

e a instalação de regimes totalitários.

A indústria bélica foi a solução encontrada por vários governos para aumentar o nível de emprego em

seus países. Sem duvida, a Depressão foi um dos motivos que favoreceu a eclosão da Segunda Guerra

Mundial. Além desse, devem ser considerados: a ineficiência da Liga das Nações, os conflitos da década de

trinta do século XX, a busca do espaço vital e o expansionismo alemão.

Após promover a industrialização alemã, Hitler necessitava conseguir mercados consumidores. Para

concretizar seu projeto, de conquistar o espaço vital, desconsiderou as disposições do Tratado de Versalhes:

restabeleceu o serviço militar obrigatório, organizou a Marinha e a Aeronáutica, desenvolveu a indústria

bélica, reincorporou à Alemanha o território do Sarre e ocupou a Renânia.

A doutrina do espaço vital consistia, de um lado, na integração de populações alemãs que viviam na

Áustria, na região dos Sudetos (Checoslováquia) e em Dantzig, na Polônia, e, de outro, na conquista de

regiões férteis e ricas em recursos minerais, necessárias ao desenvolvimento do país.

Em 1938, com o apoio de grande parte da população austríaca, Hitler incorporou a Áustria a

Alemanha e, nesse mesmo ano, anexou a região dos Sudetos. Essa anexação foi reconhecida pela Inglaterra

e França, na conferência de Munique Em 1939, Hitler tomou toda a Tchecoslováquia.

Em seguida, planejou -a invasão do Corredor Polonês, faixa de terra que dava à Polônia acesso ao

mar, pelo porto de Dantzig. Por meio da propaganda controlada, o Führer afirmava que o governo polonês

oprimia os alemães que moravam nessa região. Os poloneses prepararam seus exércitos e esperavam contar

com o apoio da Inglaterra e da França.

Como a Alemanha não queria enfrentar duas frentes de batalha, em agosto de 1939 assinou com a

URSS o Pacto de Não-Agressão.

O exército alemão, em 12 de setembro de 1939, invadiu a Polônia, provocando a reação da Inglaterra

e da França, que abandonaram a política de apaziguamento e declararam guerra a Alemanha. Estava

deflagrada a Segunda Guerra Mundial.

O Equilíbrio Das Forças: 1942-1943

A partir de 1942, os aliados passaram a obter vitórias em várias frentes. Os norte-americanos

obrigaram os japoneses a recuar e, no norte da África, as tropas inglesas venceram as alemãs.

Na URSS, os alemães foram derrotados na Batalha de Stalingrado. Entre 1942 e 1943 os nazistas

passaram a usar métodos de extermínio em massa para eliminar o povo judeu. Em princípios de 1945 Hitler

já havia eliminado mais de 6 milhões de judeus.

Nos países ocupados pelos nazistas, começava a surgir diversos movimentos de resistência, que

atuavam através da sabotagem ou guerrilha.

De 1944 A 1945, OS ANOS DECISIVOS PARA OS ALIADOS

Em 1943, os aliados, Inglaterra, França, União Soviética e os Estados Unidos desembarcaram na

Sicília e o rei Vitor Emanuel III destituiu Mussolini do poder, que se refugiou no norte da Itália, onde

resistiu até 1945.

A 6 de junho de 1944, ocorreu o desembarque aliado na Normandia, que ficou conhecido como ‖Dia

D", Ao mesmo tempo, os alemães foram obrigados a retroceder e a abandonar Paris. A França foi libertada

do domínio nazista.

Iniciava-se a decadência da Alemanha. Suas fábricas já não produziam armas suficientes e os

recursos se esgotavam. O país inteiro sofria as consequências dos bombardeios aliados.

Em 2 de maio de 1945, os aliados chegaram a Berlim. Dias antes, Hitler havia se suicidado, No dia 8,

a Alemanha se rendeu coma assinatura do armistício. A guerra na Europa havia terminado.

A guerra no Pacifico, entre os Estados Unidos e o Japão, durou até agosto, quando o presidente

Harry Truman tomou a decisão de largar bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

O Japão rendeu-se a 15 de agosto de 1945, terminando a Segunda Guerra Mundial.

EXERCÍCIOS

17-Em que ano aconteceu a Revolução Russa?

18-Como era chamado o Líder Russo?

19- Quem era o Czar Russo em 1917, e quais as medidas tomadas pelo mesmo em 1905?

20-O que eram os Movimentos Nacionalista, causadoras da 1ª Guerra Mundial?

21- Quais os dois principais grupos rivais que se formaram para a 1ª Guerra Mundial e qual o período da

Guerra?

22-Qual a principal consequência da 1ª Guerra Mundial?

23-O que foi o Tratado de Versalhes?

24-Quais os países onde se desenvolveu o Nazismo e o Fascismo?

25- O que foi a grande Depressão Capitalista ou Quebra da Bolsa de Valores de Nova Yorque?

26-Qual o período da Segunda Guerra Mundial?

27- Qual a principal causa da 2ª Guerra Mundial?

A ERA VARGAS

A Revolução de 30, originada dos conflitos internos das oligarquias, da crise da agricultura cafeeira e

das pressões políticas de setores da burguesia, da classe media e das classes populares, foi um movimento de

enorme importância para a História do Brasil contemporâneo. Rompeu o círculo vicioso dos governos

oligárquicos e abriu caminho para a ascensão e atuação de novas forças sociais. Deu inicio a importantes e

profundas reformas econômicas, políticas e institucionais que representaram o começo da modernização

brasileira nos anos 30 e 40.

Getúlio Vargas governou o Brasil por período de quinze anos:

De 193O até 1934, ficou como presidente provisório:

Em 1934, foi eleito pela Assembleia Constituinte para governar por mais quatro anos

Em 1937, através de um golpe de Estado, aumentou muito seu poder, permanecendo como presidente

da Republica até 1945.

O governo provisório (1930- 1934)

Durante o governo provisório, os principais problemas enfrentados pelo novo presidente foram:

Reorganizar a vida política do país;

Solucionar a crise econômica.

Getúlio Vargas nomeou imediatamente seus ministros, dissolveu o Congresso Nacional, as

Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais, e afastou os governadores de seus cargos. A

Constituição de 1891 também foi suspensa, e os partidos políticos foram proibidos.

Também foram postas em prática no Governo Provisório as medidas seguintes:

Nomeação de interventores para substituir os governadores estaduais;

Criação dos novos ministérios, como o da Educação e Saúde Publica, e do Trabalho, Indústria e

Comércio;

Convocação de uma Assembléia Constituinte para elaboração de uma nova constituição federal;

Centralização completa da política econômica financeira e da administração do comércio exterior.

Os tenentes, por sua vez, influenciaram bastante na escolha dos interventores. Assim, do Espírito

Santo para o norte, quem nomeou os interventores para os Estados foi o tenente Juarez Távora, apelidado,

por isso, de vice-rei do Norte,

No campo econômico, o maior problema estava ligado a crise do café. Para resolvê-la, Getúlio criou

o Conselho Nacional do Café, em 1931; em 1933 esse conselho foi transformado no Departamento Nacional

do Café, que era inteiramente controlado pelo governo federal.

A frente do governo Provisório; Getúlio Vargas justificava essas medidas pela necessidade de

―remover os obstáculos que impediam a ação do governo‖ e de ajustar a nova realidade político-institucional

aos ―propósitos moralizadores‖ da revolução. Constituído por representantes das diversas forças que

participaram ou apoiaram a Revolução de 30, o Governo Provisório procurava, combinar o atendimento a

asses diferentes grupos sociais com as necessidades de sua própria atuação centralizadora. Começava, enfim,

na prática, a execução de uma estratégia política populista, que iria marcar toda a era Vargas, de 1 930 e

1945. Uma estratégia difícil e complicada com a qual Getúlio procuraria firmar o Estado no duplo papel de

árbitro dos conflitos sociais, econômicos, e políticos e de principal agentes da modernização geral do país.

A Era Vargas, que ocorreu entre os anos de 1930 e 1945, foi o período em que Getúlio Vargas esteve

no poder.

Na História do Brasil República, um dos períodos mais decisivos ficou conhecido sob o nome de Era

Vargas. Sabe-se que Vargas foi o político que, por mais tempo, exerceu o cargo de chefe do poder executivo

da República brasileira. Inicialmente, por 15 anos (de 1930 a 1945), e, depois, por mais 4 anos (de 1950 a

1954). A ―Era Vargas‖ compreende a primeira fase apontada.

A Era Vargas, ou Período Getulista, como também ficou conhecida, teve início com a Revolução de

1930, que deu fim à República dos Oligarcas, afastando o então presidente Washington Luís e uma série de

governadores do poder. Essa era teve seu fim em 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial e

Vargas foi pressionado pelos militares a deixar o cargo e retirar-se para o Rio Grande do Sul, sua terra natal.

Esse arco temporal pode ser dividido em três fases: o Governo Provisório, o Governo Constitucional e o

Governo Ditatorial (ou Estado Novo).

Nas fases dos Governos Provisório e Constitucional, uma série de eventos decisivos ocorreu,

mudando radicalmente a estrutura do poder republicano, além de promover transformações econômicas de

grande lastro também. Tudo começou com a já mencionada Revolução de 1930, que empossou Vargas no

poder. As primeiras medidas tomadas tinham em vista o desmantelamento do ―mandonismo‖ regional e da

polaridade política em estados como Minas Gerais e São Paulo. Uma dessas medidas consistia no envio de

interventores para certos estados, que ocuparam o lugar dos respectivos governadores.

Passados dois anos do exercício da política de intervenção, houve uma reação liderada por um dos

estados mais poderosos da nação, São Paulo. A reação tinha com motivo principal a não convocação de uma

constituinte para a elaboração de uma nova Carta Constitucional (a última era de 1891). O impasse resultou

em guerra e ficou conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932.

Passada a guerra de 1932, finalmente, em 1934, uma Constituição foi elaborada e teve início o

período do Governo Constitucional, que durou até 1937. Nesse espaço de tempo, Vargas teve de enfrentar

outras formas de organização política, sobretudo o comunismo e o integralismo. A chamada Intentona

Comunista, inclusive, foi um dos eventos usados como justificativa para o golpe que foi dado em 1937, por

meio do qual foi instituído o Estado Novo.

Com o Estado Novo, Vargas limitou as liberdades individuais, poder que o exército lhe conferiu em

virtude de sua capacidade administrativa e de sua habilidade de condução populista da massa de

trabalhadores. A criação da CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, foi um dos feitos desse período. A

estrutura simbólica da ditadura varguista emulava muitas características

do fascismo italiano e do nazismo alemão. Durante essa fase, Vargas, inclusive, esteve muito próximo a

esses dois. Além disso, do ponto de vista econômico, uma das medidas mais importantes foi o

desenvolvimento das indústrias de base, como a metalurgia, a siderurgia e a extração de petróleo.

MUNDO BIPOLAR E A GUERRA FRIA

A Guerra Fria começa a ser contada com o envio das bombas atômicas às cidades de Hiroshima e

Nagasaki e a consequente rendição japonesa na Segunda Guerra, o mundo parecia finalmente se encaminhar

para um cenário mais pacífico. Em meados de 1945, o conflito fora oficialmente finalizado através da

assinatura de acordos de paz que decretaram o triunfo dos Aliados e, portanto, a derrota das nações fascistas

do Eixo. Muitos foram aqueles que proclamavam, então, a vitória da ―democracia‖ ante o autoritarismo da

―extrema-direita‖.

No entanto, nesse mesmo cenário, iniciava-se outro conflito que, embora não declarado, viria a ser

travado nas mais diversas esferas sociais, impactando nos destinos de todos os países do mundo. Liderados

pelas duas grandes potências vitoriosas da 2ª Guerra, esse novo combate colocava em lados opostos dois

regimes político-econômicos antagônicos, o capitalismo e o socialismo, então conduzidos, respectivamente,

por Estados Unidos e União Soviética.

Após uma aliança momentânea no combate ao nazi fascismo, URSS e EUA passavam a se entender

como inimigos. Esta luta, porém, não viria a ser combatida numa guerra convencional. Como as duas

potências dominavam a tecnologia nuclear, o risco da ―destruição mútua‖ limitava as ações militares de

ambos os lados, construindo um cenário marcado por uma espécie de ―Equilíbrio pelo Terror‖. É justamente

a partir de tais referências que podemos determinar o início da Guerra Fria.

EXPANSÃO CAPITALISTA

Conflito de abrangência internacional, a Guerra Fria serviu como palco de uma intensa e constante

disputa entre as potências envolvidas. Aos Estados Unidos, competia desenvolver estratégias com o intuito

de ampliar a área de influência da economia capitalista. Para tanto, mostrava-se fundamental estabelecer

alianças com o maior número possível de nações. É, neste sentido, que podemos localizar a formação da

―Doutrina Truman‖ e do ―Plano Marshall‖.

Baseada nas diretrizes estabelecidas pelo então presidente norte-americano Harry Truman, a

Doutrina Truman previa a intervenção dos EUA em áreas ameaçadas pelo comunismo. Tal ingerência

baseava-se no apoio militar e financeiro a essas regiões. Concomitantemente, o Plano Marshall

fundamentava-se no auxílio econômico aos países europeus destruídos pela Segunda Guerra. Buscava, com

isso, revitalizar a economia de mercado nessas localidades.

Com o mesmo intuito de bloquear a expansão vermelha, foram criadas ainda a OTAN (Organização

do Tratado do Atlântico Norte) e a OEA (Organização dos Estados Americanos). Internamente, o governo

estadunidense realizou uma verdadeira ―caça às bruxas‖, com a perseguição de ―simpatizantes comunistas‖

presentes no território norte-americano. Liderado pelo senador Joseph McCarthy, tal ―caçada‖ ficou

conhecida como Macarthismo.

URSS E O MURO DE BERLIM

Do outro lado da ―Cortina de Ferro‖, as diretrizes socialistas eram estabelecidas, em sua maioria,

pela União Soviética. Já nos primeiros momentos da Guerra Fria, o governo de Joseph Stalin liderou a

criação do ―Comecon‖ (Conselho Econômico de Assistência Mútua), que buscava aumentar a interação

econômica entre as nações socialistas. Buscava-se, assim, fragilizar o mercado capitalista, notadamente no

Leste Europeu.

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA

Imagem: Reprodução

O contexto do processo de descolonização da Ásia se dá quase que simultaneamente ao da Segunda

Guerra Mundial, um dos maiores conflitos armados da história. Ao fim da Segunda Guerra, quando se inicia

a Guerra Fria, o capitalismo, encabeçado pelos Estados Unidos e o socialismo, liderado pelos Soviéticos

tinham grandes pretensões de expandir seus domínios e disseminar suas ideologias e doutrinas para outros

territórios. Esses sistemas viram naquele momento uma oportunidade para atingir seus objetivos, e

prestaram apoio a várias colônias que queriam se tornar independentes.

As colônias asiáticas alcançaram sua independência em datas próximas, formando quase que uma

onda de libertação no continente asiático e quebrando o longo domínio europeu sobre seus territórios,

defendendo seus interesses e suas crenças.

Resumo sobre a descolonização da Ásia

A China deu início à revolução socialista em seu território, impedindo assim que forças inglesas,

alemãs e japonesas continuassem a comandar a região.

As Filipinas tornam-se independentes em 12 de junho de 1946 tendo sua República proclamada por

Manoel Roxas.

O Irã consegue a retirada das tropas do exército soviético em 15 de junho de 1947 tornando-se assim

independente.

O Paquistão e a Índia põem fim ao domínio britânico em seu território em 15 de agosto também de

1947.

Siri Lanka (antigo Ceilão) e Brimânia tornam-se independentes em 4 de janeiro de 1948.

O Camboja torna-se independente no ano de 1954, sendo já autônomo dentro da União Francesa

desde o ano de 1946. Insatisfeitos com a declaração do príncipe NorodonSihanuk, que declara-se neutro, a

extrema direita das forças armadas lançam um golpe de Estado e derrubam o príncipe em 13 de março de

1970, comandado pelo general LonNol que permite a entrada de tropas americanas no país com a finalidade

de combater o temido Khmer Vermelho, movimento de extrema que agia na clandestinidade.

O subcontinente da Índia era a parte central do império britânico no século XX, cujos territórios

formam hoje Paquistão e Bangladesh. Sua independência iniciou-se de sob o comando do advogado hindu

Mohandas Gandhi, que posteriormente passaria a ser conhecido como Mahatma (que significa ―grande

alma‖) Gandhi. Ele pregava resistência de forma pacífica e reformas socioeconômicas que dariam melhores

condições de vida aos 60 milhões de pessoas que tinham posição contra ao monopólio britânico.

No ano de 1947 Índia e Paquistão, lideradas por JauaharlalNehru e Liaqat Ali Cã (como primeiro

ministro) respectivamente tornam-se independentes, contudo, o alto custo dos conflitos entre hindus e

mulçumanos continuam a causar vítimas e os estados de Jammu e Cachemira, mesmo o cessar fogo

decretado pela ONU (Organização das Nações Unidas) não dá resultado. Assim no ano de 1957 a Índia tem

anexado ao seu território sua parte ocupada do estado da Cachemira, contrariando a Assembleia Geral.

Apesar das dificuldades o continente asiático conseguiu se sobrepor a dominação Européia e fazer-se

independente, com apoio de capitalistas e socialistas, várias colônias se libertaram e puderam seguir com

suas próprias culturas e sistemas de sociedade.

A DITADURA NA AMÉRICA

O processo de independência das nações latino-americanas, ao longo do século XIX, deu origem a

uma série de Estados independentes em sua maioria influenciados pelo ideário iluminista. No entanto, a

obtenção dessa soberania política não foi capaz de dar fim à dependência econômica que submetia tais

países aos interesses das grandes potências econômicas da época. Ao mesmo tempo, a consolidação da

democracia ainda era prejudicada pela ação de governos tomados por uma elite conservadora e entreguista.

No século XX, a desigualdade social e a exclusão econômica ainda eram questões que permaneciam

pendentes nas várias nações latino-americanas. Contudo, a ascensão de forças reformistas e nacionalistas

passou a se contrapor à arcaica hegemonia caudilhista das elites. A insistência em manter as classes

populares excluídas do jogo político e, ao mesmo tempo, preservar a economia nacional atrelada aos

interesses dos grandes centros capitalistas começou a sofrer seus primeiros abalos.

Após a Segunda Guerra Mundial, a instalação da ordem bipolar e o sucesso do processo

revolucionário cubano inspiraram diversos movimentos de transformação política no continente americano.

Em contrapartida, os Estados Unidos – nação que tomava a dianteira do bloco capitalista – preocupava-se

com a deflagração de novas agitações políticas que viessem a abalar a hegemonia política, econômica e

ideológica historicamente reforçada nos combalidos Estados latino-americanos.

Nesse contexto, ao longo das décadas de 1960 e 1970, os diversos movimentos de transformação que

surgiram em nações americanas foram atacados pelo interesse das elites nacionais. Para tanto, buscavam o

respaldo norte-americano para que pudessem dar fim aos movimentos revolucionários que ameaçavam os

interesses da burguesia industrial responsável por liderar essas ações golpistas. Com isso, a ingerência

política dos EUA se tornou agente fundamental nesse terrível capítulo da história americana.

A perseguição política, a tortura e a censura às liberdades individuais foram integralmente

incorporadas a esses governos autoritários que se estabeleceram pelo uso da força. Dessa forma, os clamores

por justiça social que ganhavam espaço no continente foram brutalmente abafados nessa nova conjuntura.

Ainda hoje, as desigualdades sociais, o atraso econômico e a corrupção política integram a realidade de

muitos desses países que sofreram com a ditadura.

A DITADURA NO BRASIL

Ditadura Militar no Brasil - 1964 – 1985.

O Regime militar foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país. Essa época

ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em

prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e

a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.

A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando

no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco.

Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma

ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o

golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.

Golpe Militar de 1964

O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e

que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim ao governo do

presidente João Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito vice-

presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o

mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular mandatos legislativos,

interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar

compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a

probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República.

Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo,

caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos

outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a

controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso

Nacional.

A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos,

agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram

interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela

censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do

Brasil,de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital

estrangeiro e do endividamento externo.

Governo Castello Branco (1964-1967)

Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15

de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo,

assume uma posição autoritária.

Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários

parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos

e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.

Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois

partidos: Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a Aliança Renovadora Nacional ( ARENA ).

Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.

O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste

mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

A DEMOCRACIA NO BRASIL

A história da democracia no Brasil é conturbada e difícil. Vencida a Monarquia semi-autocrática e

escravista, e após a fase democratizante mas turbulenta da República da Espada de 1889-1894, a República

Velha conhece relativa estabilidade. É, porém, a estabilidade oligárquica dos coronéis e eleições a bico de

pena, que após 22 entra em crise. Com frequência sofre o trauma dos estados de sitio, ante movimentos

armados contestatórios ou disputas intra-oligárquicas que fogem ao controle, para não falar da repressão a

movimentos populares.

• A Revolução de 30 não efetiva sua plataforma de liberalização e moralização política. Vargas fica

15 anos à frente do Executivo, sem eleição. A ordem constitucional tardiamente instaurada com a

Assembleia de 34 dura apenas 3 anos. Segue-se em 37-45 a ditadura do Estado Novo, com Parlamento

fechado, partidos banidos, uma Constituição outorgada e ainda assim desobedecida, censura, cárceres

cheios, tortura.

• A democratização de 45 sofre o impulso externo da derrota do nazismo. Internamente não enfrenta

maior resistência, até porque o antigo ditador adere a ela, decreta a anistia, convoca eleições gerais, legaliza

os partidos. A seguir, o golpe de 29/10/45 e o empenho conservador do gen. Dutra impõem-lhe limites. O

regime instituído pela Constituinte de 46 é uma democracia formal. As elites governantes da ditadura estado

novista reciclam-se, aglutinam-se no PSD e conservam sua hegemonia. O gov. Dutra é autoritário: intervém

em sindicatos, devolve o PC à ilegalidade, atira a policia contra manifestações.

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• A instabilidade é a outra marca da democracia pós-45

Após o golpe militar de 29/10/45, vêm os ensaios de ago/54, nov/55, ago./61 e outros menores. A

UDN contesta as posses de Getúlio, JK e Goulart com apelos à intervenção das Forças Armadas.

Confirmasse a imagem, criada na Constituinte pelo udenista João Mangabeira, que compara a democracia a

"uma planta tenra, que exige todo cuidado para medrar e crescer".

• O golpe de 64 trunca a fase democrática ao derrubar pela torça o pres. Goulart. Pela 1a vez no

Brasil, as Forças Armadas não se limitam a uma intervenção pontual; assumem o poder político enquanto

instituição, dando início a 2 décadas de ditadura.

• A ditadura militar de 64-85 é a mais longa e tenebrosa fase de privação das liberdades e direitos em

um século de República. Caracteriza-se pelo monopólio do Executivo pêlos generais, o arbítrio, a sujeição

do Legislativo e do Judiciário, as cassações, a censura, a repressão militar-policial, a prisão, tortura,

assassinato e "desaparecimento" de opositores. Sua 1a fase, até 68, conserva resquícios de ordem

constitucional e impõe certos limites à ação repressiva; a 2a, de 68-78, à sombra do Al-5, leva ao extremo o

arbítrio e a repressão; a 3a, crepuscular, é de paulatino recuo, sob os golpes de uma oposição que passa da

resistência à contrao fensiva.

• A consciência democrática surgida na resistência à ditadura introduz um elemento novo na vida

política. Pela 1a vez transborda de setores urbanos minoritários para as grandes massas, enraíza-se nos

movimentos de trabalhadores das cidades e do campo, estudantes, moradores, intelectuais e artistas, ação

pastoral da Igreja, órgãos de imprensa e outras áreas de uma sociedade civil que se organiza. Cria um

vinculo em grande parte inédito entre direitos políticos e direitos econômico-sociais, um patamar novo de

cidadania, mais abrangente e exigente. Sua expressão mais visível é a Campanha das Diretas-84. Depois

dela, a ditadura negocia apenas as condições e prazos do seu desaparecimento.

• A democratização de 85 é conduzida pelos moderados do PMDB e a dissidência do oficialismo que

forma o PFL. Após a derrota da Campanha das Diretas, adota a via de vencer o regime dentro do Colégio

Eleitoral que ele próprio criou. Negociada com expoentes do Sistema de 64, traz o selo da conciliação, típico

das elites brasileiras desde 1822. Mas traz também a marca da ebulição político-social de massas que na

mesma época rompe os diques erguidos desde 64. O resultado, expresso na Constituição de 88, é uma

democracia mais ousada e socialmente incisiva, se comparada à de 45, embora sua regulamentação e

aplicação permaneçam sempre aquém do texto constitucional.

•O impeachment de Collor põe à prova as instituições da Nova República. Estas passam no teste sem

quebra da ordem constitucional democrática, graças a intensa mobilização da opinião pública e a despeito do

apego do presidente a seu cargo. Porém a emenda constitucional que institui a reeleição (28/1/97) e várias

outras cogitadas pelo bloco de apoio ao gov. FHC (volta do voto distrital, fidelidade obrigatória, restrições à

liberdade partidária) indicam que o regime político está longe de estabilizar-se.

• O sistema de governo, presidencial ou parlamentarista. é submetido a plebiscito em 21/4/93, por

determinação da Carta de 88. Embora as elites se apresentem às urnas divididas, o eleitorado reafirma o

presidencialismo em todos os estados e por expressiva maioria (mais de 2/3). motivado em especial pela

defesa da eleição direta para presidente.

•O Brasil pós-30, visto em perspectiva, alterna longos períodos de ditadura e instabilidade e

momentos, bem mais curtos e não menos conturbados, de certo revigoramento democrático (30-35, jan-

out/45, 56-64). Em 7 décadas. apenas um presidente (Juscelino) consegue a proeza de eleger-se pelo voto,

cumprir o mandato e empossar um sucessor também eleito, A democratização pós-85 ainda é apenas uma

promessa de superação desse ciclo histórico.

• As Forças Armadas intervêm pela violência na vida política da República, com frequência e

desenvoltura crescentes, até estabelecerem seu monopólio sobre o poder com o regime de 64.0 jacobinismo

republicano florianista desdobra-se no tenentismo dos anos 20 e desagua na Revolução de 30, já cindido em

2 vertentes opostas. Uma, nacionalista e com sua ala esquerda, engaja-se na campanha do Petróleo é Nosso,

garante a posse de JK em 55 e Goulart em 61, forma o dispositivo militar do gov. Jango. Outra cria estreito

vinculo com os EUA após a Campanha da Itália, assume a ideologia da Guerra Fria, empenha-se nos

pronunciamentos militares de 45-61, protagoniza a conspiração anti-Jango e o golpe de 64. Entre outras

coisas, 64 representa um ajuste de contas entre as 2 tendências, com a derrota estratégica embora não

definitiva da 1a.

• O regime militar degrada seriamente a imagem das Forças Armadas. Afora o desgaste inerente ao

exercício de uma função alheia à sua natureza, o estamento militar arca com os revezes econômico sociais e,

sobretudo, com o ónus da repressão, das torturas e assassinatos. Embora a maioria dos oficiais e praças não

se envolva diretamente na ação repressiva, toda a corporação acaba afetada pela conduta dos órgãos de

segurança e seu comando, que se confundem com ó regime.

• A volta aos quartéis inicia longa e muda purgação. Porta-vozes militares opinam durante a

Constituinte sobre o papel das Forças Armadas; mais tarde propõem o esquecimento do passado repressivo

nos anos de chumbo; mas em geral silenciam, mesmo no delicado episódio do impeachment. Entretanto, o

fim da Guerra Fria e a globalização sob a égide dos EUA reabrem o debate sobre Forças Armadas e

soberania nacional em países como o Brasil, ao proporem, por exemplo, a internacionalização do combate

ao narcotráfico, da preservação ambiental e em especial da Amazónia. Os militares brasileiros enfrentam, ao

lado do peso do passado, do corte de verbas e da rebaixa dos soldos, o desafio de formular um pensamento

estratégico pós-Guerra Fria.

• Uma humilhante derrota macula os 1" passos do parlamento brasileiro: a 12/11/1823 d. Pedro l

dissolve pela força a 1a Assembleia Constituinte aberta 6 meses antes; o dep. António Carlos de Andrada, ao

deixar o prédio cercado pela tropa, tira o chapéu com ironia para "Sua majestade, o canhão". Cria-se ai um

padrão: a submissão do legislador ao canhão.

• O parlamento é débil desde o Império, onde o monarca nomeia os senadores e dissolve a Câmara

quando lhe convém. Vinda a República, o pres. Deodoro decreta em 3/11/1891 o fechamento do Congresso,

não efetivado porque o governo cai em seguida. A República Velha mantém o legislativo aberto, mas

degrada-o com as degolas que manipulam sua composição. Após a Revolução de 30 o Brasil fica 3 anos sem

Congresso [3.2], volta a tê-lo por outros 4 e passa mais 8 sem ele. A República de 45 em certa medida

fortalece o legislativo. Mas o regime de 64 submete-o aos piores vexames, do simulacro de eleição de

Castelo ao Pacote de Abril, passando pelo Al-5.

• Os partidos políticos refletem essa debilidade, a vida democrática precária, intermitente ou

inexistente, e certo pragmatismo da elite governante, avesso a engajamentos ideológicos ou programáticos.

O sistema partidário brasileiro é frágil e instável inclusive em confronto com outros países latino-

americanos.

•Os 1° partidos assim chamados, das vésperas do Grito do Ipiranga ao início das Regências, não são

organizações. nem sequer agremiações, mas correntes de pensamento, fluidas e imprecisas. Só no debate do

Ato Adicional de 1834 formam-se o Partido Liberal e o Conservador, a 1a geração de partidos propriamente

ditos.

•A República varre com as agremiações da Monarquia e produz a 2a geração partidária. Sua

característica é a fragmentação em legendas estaduais, acompanhando o federalismo centrífugo da época.

Predominam os Partidos Republicanos, alguns formados antes de 1889 (o de SP é de 1873), todos (exceto,

em parte, o do RS) com precária nitidez programática e estruturas fluidas, descentralizadas, assemelhadas a

confederações de coronéis.

• O Partido Comunista foge a esta e outras regras. Fundado em 22. como seção da 3a Internacional,

com bases no movimento operário, tem caráter nacional e perfil programático e ideológico incisivo

(revolucionário, marxista). Mesmo proibido, clandestino, perseguido, às vezes selvagemente (35-42, 64-79).

mesmo assim atravessa as sucessivas gerações partidárias da República.

• Os revolucionários de 30 não conseguem estruturar um partido próprio, permanecendo no estágio

mais rudimentar dos clubes (Legião Revolucionária, Clube 3 de Outubro). As siglas criadas em 31-37

chegam a centenas, mais uma vez com abrangência estadual (a Ação Integralista é a exceção mais notável).

O golpe do Estado Novo dissolve a todas, sem maior resistência, e assume o discurso de que os partidos são

uma ameaça à unidade nacional.

•A democratização de 45 introduz novidades. Os partidos da 4a geração ]têm, na maioria, caráter

nacional, um mínimo de consistência programática e identidade própria. No entanto, as tensões políticas que

se agravam levam ao seu esgarçamento, acelerado nos anos 60. As principais legendas se dividem em

questões decisivas, cristalizando alas que atuam e votam à revelia das deliberações partidárias. A vida

política e polarizada por coligações e frentes informais, que não coincidem com as siglas existentes, que

João Mangabeira considera "mais partidas e partilhas do que propriamente partidos". Uma reestruturação de

vulto parece iminente quando sobrevêm o golpe de 64, preparado e desfechado à margem dos partidos; no

ano seguinte, o Al-2 encerra a experiência pluripartidária.

•O bipartidarismo imposto pelo Al-2 (27/10/65) realiza um antigo sonho conservador ao unificar na

Arena o PSD e a UDN, sob a batuta do regime militar e com a tarefa de dar-lhe sustentação politico-

parlamentar e eleitoral. No PMDB ficam os que se opuseram ao golpe, depurados pelas cassações. Seus

defensores invocam o modelo dos EUA, e/ou a instabilidade derivada de um número excessivo (13) de

siglas. Mas a experiência bipartidária acaba voltando-se contra seus autores, tendendo progressivamente a

transformar cada eleição em um julgamento plebiscitário do regime de 64. A Arena, criada para ser governo,

reflui, enquanto avança o MDB, a começar pelos grandes centros urbanos. Antes de confrontar-se com uma

derrota eleitoral decisiva que parece inelutável, o regime muda novamente as regras do jogo: encerra a 5a

geração partidária, impõe a extinção compulsória da Arena e do MDB e a volta do pluripartidarismo.

• O quadro partidário atual forma-se a partir da reforma de 22/11/79, em um quadro de acesso dos

movimentos político-sociais de massas, fim do Al-5, anistia e retorno de certas franquias democráticas; o

regime militar resiste, mas já em seu crepúsculo. Nesta 6a geração o corte não é tão abrupto: o PMDB é em

essência continuação do MDB; o PDS-PPR-PPB dá sequência à Arena: o PDT recupera em parte a herança,

o perfil e os quadros do PTB pré-65. O novo leque partidário sobrevive à democratização de 85, mas sofre

deslocamentos de vulto: o PMDB, após as dissidências originadas pela reforma de 79. sofre em 88 outro

cisma, que dá origem ao PSDB; o PSD divide-se na crise de 84, quando surge o PFL; em 85 o n° de siglas

sobe bruscamente, para mais de 40, mas em geral sem maior expressão: os comunistas alcançam afinal uma

legalidade relativamente estável; em 97 o PT, PDT e PCdoB formalizam na Câmara um bloco oposicionista.

•As gerações partidárias brasileiras, em resumo, são; a fase preliminar dos partidos inorgânicos,

somando 14 anos (1820-1834); a 1a geração, do Império, com 55 anos (1834-1889); a 2a, da República

Velha, 41 anos (1889-1930); a 3a, pós-30, 7 anos (30-37); superado o interregno estado novista, vem a 4a

geração, com 20 anos (45-65); a 5a.pós-AI-2, dura 14 anos (65-79); e há a 6a, a partir da reforma de 79,

ainda em curso.

•O Congresso dos anos 90 funciona sem interrupções desde 15/4/77, um recorde não atingido desde

30. Forma o núcleo do Colégio Eleitoral que encerra em 15/1/85 o ciclo de 64. Atendendo a forte pressão da

opinião pública, decide o impeachment de Collor (29/9-30/12/92). Entretanto, vive problemas estruturais e

de imagem que permitem falar em uma crise do Legislativo.

•A distorção nas bancadas estaduais na Câmara, acentuada pela ditadura e mantida pela Constituinte,

dá ao eleitor de RR peso 18 vezes superior ao do de SP. Os estados menores são super-representados em

detrimento dos maiores, também os mais urbanizados, com sociedade civil mais organizada e reivindicativa:

SP conta 70 deps. federais (o teto permitido) quando a proporcionalidade indicaria uma bancada de 110.

•A relação com o Executivo, vencida a coação ditatorial. não evolui para a independência e

harmonia, O Executivo, na falta dos Decretos-Leis aprovados por decurso de prazo sob a ditadura, substitui-

os pelas medidas provisórias, editadas e reeditadas com crescente sem cerimônia pelos presidentes da Nova

República. Estes garantem maiorias parlamentares governistas em um balcão de negócios que vai do

fisiologismo aético ao suborno ilegal; a gestão Sarney vale-se da outorga de 1.091 concessões de rádio e TV;

em 16/4/97 vem à luz a denúncia, abafada mas não desmentida, da compra de votos de deputados do AC

para votarem a emenda constitucional que permite a reeleição de FHC. A imagem do parlamento e dos

parlamentares (malgrado as exceções) se degrada, associada à inoperância, oportunismo e corrupção, mas o

descrédito, paradoxalmente, apenas reforça o status-quo.

A NOVA ORDEM MUNDIAL

Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico

internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.

Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o

mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se

estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se

consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava

na denominada ―Ordem Bipolar‖ da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano

político.

A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a uni polaridade,

uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de

qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.

A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio

militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um

Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os

EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento,

sobretudo a partir do final da década de 2000.

Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a uni multipolaridade. Tal expressão é

utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: ―uni‖ para designar a supremacia militar e

política dos EUA e ―multi‖ para designar os múltiplos centros de poder econômico.

Mudanças na hierarquia internacional

Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da

reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em

1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo

(países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada.

A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul

(subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul

cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.

Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder

É possível perceber, no mapa acima, que a divisão entre norte e sul não corresponde à divisão

estabelecida usualmente pela Linha do Equador, uma vez que os critérios utilizados para essa divisão são

econômicos, e não cartográficos. Percebe-se que alguns países do hemisfério norte (como os Estados do

Oriente Médio, a Índia, o México e a China) encontram-se nos países do Sul, enquanto os países do

hemisfério sul (como Austrália e Nova Zelândia), por se tratarem de economias mais desenvolvidas,

encontram-se nos países do Norte.

No mapa acima também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais atores

econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se estender para além

da divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua nas mais diversas áreas do

mundo, com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.

A ―Guerra ao terror‖

Como vimos, após o final da Guerra Fria, os Estados Unidos se viram isolados na supremacia bélica

do mundo. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do arsenal nuclear da União Soviética, o país

mergulhou em uma profunda crise ao longo dos anos 1990 e início dos anos 2000, o que não permitiu que o

país mantivesse a conservação de seu arsenal, pois isso custa muito dinheiro.

Em face disso, os Estados Unidos precisavam de um novo inimigo para justificar os seus estrondosos

investimentos em armamentos e tecnologia bélica. Em 2001, entretanto, um novo inimigo surgiu com os

atentados de 11 de Setembro, atribuídos à organização terrorista Al-Qaeda.

A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem ainda

mais com armas. ¹

A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem ainda

mais com armas. ¹

Com isso, sob o comando do então presidente George W. Bush, os Estados Unidos iniciaram uma

frenética Guerra ao Terror, em que foram gastos centenas de bilhões de dólares. Primeiramente os gastos se

direcionaram à invasão do Afeganistão, em 2001, sob a alegação de que o regime Talibã que governava o

país daria suporte para a Al-Qaeda. Em segundo, com a perseguição dos líderes dessa organização terrorista,

com destaque para Osama Bin Laden, que foi encontrado e morto em maio de 2011, no Paquistão.

O que se pode observar é que não existe, ao menos por enquanto, nenhuma nação que se atreva a

estabelecer uma guerra contra o poderio norte-americano. O ―inimigo‖ agora é muito mais difícil de

combater, uma vez que armas de destruição em massa não podem ser utilizadas, pois são grupos que atacam

e se escondem em meio à população civil de inúmeros países.

O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA

A queda do governo de Stálin trouxe à tona uma série de transformações que abriu portas para o fim

da centralização política promovida pelo stalinismo. No governo de Nikita Kruchev, várias das práticas

corruptas e criminosas do regime stalinista foram denunciadas. Depois de seu governo, Leonid Brjnev

firmou-se frente a URSS de 1964 a 1982. Depois desse período, Andropov e Constantin Tchernenko

assumiram o governo russo.

Nesse período, os problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram piorando a

situação social, política e econômica do país. O fechamento do país para as nações não-socialistas forçou a

União Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a indústria soviética em situação de

atraso. Além disso, os gastos gerados pela corrida armamentista da Guerra Fria impediam que a União

Soviética fosse capaz de fazer frente às potências capitalistas.

A população que tinha acesso ao ensino superior acabou percebendo que o projeto socialista

começava a ruir. As promessas de prosperidade e igualdade, propagandeadas pelos veículos de comunicação

estatais, fazia contraste com os privilégios a uma classe que vivia à custa da riqueza controlada pelo

governo. Esse grupo privilegiado, chamado de nomenclatura, defendia a manutenção do sistema

unipartidário e a centralização dos poderes políticos.

No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético

com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a

perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira visava modernizar a economia russa

com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia. A glasnost tinha como

objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis.

Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria. As tropas

russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto

aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações

capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.

A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética.

Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado

soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das

mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo. Em agosto de

1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.

O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto

de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na

Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus

territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência. No final

daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do

Turcomenistão.

No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando

diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o

futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem

condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo.

Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais

de recuperação.

O PODERIO DOS ESTADOS UNIDOS

As duas guerras contra o Iraque, conduzidas pelos Estados Unidos, demonstram sua força na nova

ordem mundial.

Com o fim da União Soviética, os Estados Unidos se converteram na única super potência do

planeta. O domínio norte-americano baseia-se em sua força econômica, militar, cultural e científico-

tecnológica.

Poderio econômico: O dólar é a moeda-padrão nas transações comerciais. As empresas

transnacionais norte-americanas lideram boa parte do comércio mundial. O Produto Internacional Bruto

(PIB) do país, de 13,8 trilhões de dólares (2007), é maior que o da França, o do Japão e o da Alemanha

somados.

Poderio militar: Os Estados Unidos são donos de um exército poderoso e do maior artesanal nuclear

e espacial do mundo. O orçamento militar norte-americano para o ano de 2007, de 600 bilhões de dólares, é

um exemplo da força bélica desse país.

Poderio cultural e científico-tecnológico: O inglês é a língua internacional, e os filmes de Hollywood

fazem sucesso em quase todo o mundo. Outra fonte de poder dos Estados Unidos são a engenharia e a

ciência. Apesar da crise econômica, suas universidades seguem liderando grandes inovações tecnológicas.

A força norte-americana ficou evidente em 2008. A quebra de instituições bancárias importantes nos

Estados Unidos provocou quedas generalizadas nas bolsas de todo o mundo e uma crise econômica global.

AS GUERRAS CONTRA O IRAQUE

O primeiro conflito entre Estados Unidos e Iraque aconteceu em 1991, durante o governo de George

Bush, o pai. As tropas iraquianas, lideradas pelo ditador Saddam Hussein, invadiram o vizinho Kuwait. Uma

coligação de trinta países, liderada pelos Estados Unidos e apoiada pela ONU, atacou o Iraque e forçou

Saddam Hussein a retirar as tropas do Kuwait.

O segundo conflito começou em 2003. O governo de George W. Bush acusava o Iraque de participar

dos atentados contra o World Trade Center, em 2001, e de possuir armas químicas de destruição em massa.

Representantes da ONU inspecionaram os depósitos de armas iraquianos e nada encontraram, condenando o

ataque. Mesmo assim, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha atacaram o país e depuseram Saddan Hussein.

Em 2009, as tropas norte-americanas ainda ocupavam o Iraque. O novo governo, constituído por uma

coalizão xiita, encontrava forte oposição dos sunitas (grupo ao qual pertencia Saddan Hussein). As várias

manifestações populares, nos Estados Unidos e em todo mundo, que pediam a saída das tropas norte-

americanas, e os frequentes ataques terroristas contra soldados norte-americanos e seus aliados no governo

do Iraque foram fatores decisivos no desgaste do governo de George W. Bush e na eleição do democrata

Barack Obama.

A GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura

do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração

entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de

comunicação e transporte.

Mas o que é globalização exatamente?

O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em

Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma

tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade

das relações sócio espaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do

globo terrestre.

Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou

acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato

de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada

vez maior ao longo do tempo.

Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até

existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser

considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas

próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais globalizado.

O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e

consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum

a expressão ―aldeia global‖. O termo ―aldeia‖ faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão

próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional

tornou o planeta metaforicamente menor.

A origem da Globalização

Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só

veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e

o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a

partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no

qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.

De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo

incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções

industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução

Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase

de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de

informação, com destaque para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior

evolução nos meios de transporte.

Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco

séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos

50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.

Características da globalização / aspectos positivos e negativos

Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que

sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde

e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados

Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as

sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.

Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora

existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda forma, considera-se que o

principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em

que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a

questão às contradições do capitalismo.

Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os

diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros são reproduzidos

obedecendo a uma ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma hegemonia

em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões

economicamente menos favorecidas, obliterando, assim, suas matrizes tradicionais.

Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados pela evolução

dos meios tecnológicos, bem como a maior difusão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para

uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto social e

econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos considerados vantajosos da globalização é a

maior difusão comercial e também de investimentos, entre diversos outros fatores.

É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização depende da

abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo,

portanto, deste texto entrar no mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou prejudicial para a

sociedade e para o planeta.

Efeitos da Globalização

Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da globalização no

mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em

redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais

especulativos. Elas formam-se por pontos fixos – sendo algumas mais preponderantes que outras – e pelos

fluxos desenvolvidos entre esses diferentes pontos.

Outro aspecto que merece destaque é a expansão das empresas multinacionais, também chamadas de

transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seus países de origem ou, simplesmente,

expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor,

de isenção de impostos, de evitar tarifas alfandegárias e de angariar um menor custo com mão de obra e

matérias-primas. O processo de expansão dessas empresas globais e suas indústrias reverberaram no avanço

da industrialização e da urbanização em diversos países subdesenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.

Outra dinâmica propiciada pelo avanço da globalização é a formação dos acordos regionais ou dos

blocos econômicos. Embora essa ocorrência possa ser inicialmente considerada como um entrave à

globalização, pois acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental

no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações

conjunturais em grupos.

Por fim, cabe ressaltar que o avanço da globalização culminou também na expansão e consolidação

do sistema capitalista, além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a maior integração mundial, o

sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas econômicas

nacionais, difundindo-se a ideia de que o Estado deve apresentar uma mínima intervenção na economia.

A globalização é, portanto, um tema complexo, com incontáveis aspectos e características. Sua

manifestação não pode ser considerada linear, de forma a ser mais ou menos intensa a depender da região

onde ela se estabelece, ganhando novos contornos e características. Podemos dizer, assim, que o mundo vive

uma ampla e caótica inter-relação entre o local e o global.

EXERCÍCIOS

28-Em que ano Vargas tomou o Poder no Brasil?

29-Qual o Período do Governo de Vargas conhecido como Provisório?

30- Qual o período de Vargas conhecido como Constitucional?

31- Em que ano Vargas instituiu a Ditadura do Estado Novo?

32- A CLT, foi instituída por qual governo no Brasil?

33-O que foi a Guerra Fria ou Mundo Bipolar?

34-Qual o Período da Ditadura Militar Brasileira?

35- Como os Militares tomaram o Poder em 1964?

36- Quais os dois Partidos políticos que permaneceram durante a Ditadura Militar no Brasil?

37- Durante a Ditadura Militar foram instituídos vários Ais, o que eram e qual o mais violento?

38- Durante a Guerra Fria o Mundo era Bipolar, e hoje como estão as forças no mundo?

39-O que é Globalização?

CONFLITOS NO MUNDO ATUAL

Se o século XX deu origem à era da guerra total, como afirmou o historiador inglês Eric Hobsbawm,

o século XXI inaugura a era da insegurança e da eminência mundial de uma nova onda de guerras. Esse

receio diante da possibilidade de novos conflitos tem início com a simbólica data de 11 de Setembro de

2001, com o atentado terrorista de Osama Bin laden às torres gêmeas do World Trade Center. Dessa forma,

o primeiro ano do terceiro milênio começou com uma grande catástrofe, em que o medo trouxe instabilidade

na defesa da paz mundial.

As relações entre os Estados tornaram-se mais complexas a partir do atentado nos Estados Unidos, e

a tensão militar adquiriu força nos últimos anos. Essa instabilidade entre as nações é exemplificada, por

exemplo, na política nuclear do Irã, que descumprindo medidas de seguranças investe pesado na produção

de armas nucleares, com a justificativa de que essa produção será exclusivamente utilizada para fins

pacíficos. Todavia, existe uma insegurança entre vários países, principalmente do Ocidente, de que essa

narrativa iraniana seja coberta de interesses para uma suposta guerra nuclear.

Nessa era da insegurança, destaca-se recentemente o atentado à capital da Noruega, Oslo, realizado

por um empresário nacionalista que motivado por ideologias xenofóbicas causou a morte de pelo menos 76

pessoas. Anders Behring Breivik, autor dessa violência, adotou um discurso fundamentalista em seu

julgamento, apoiando-se em ideias que vão contra a diversidade cultural e religiosa em seu país,

principalmente em relação aos cidadãos muçulmanos.

Outras tensões vêm acontecendo na atualidade, como os conflitos entre os países árabes que

representam historicamente as divergências políticas e religiosas. A divisão do mundo islâmico em duas

perspectivas – sunitas e xiitas – pode ser entendida como uma dessas divergências que contribui para o

distanciamento entre governo e população. Um exemplo dessas diferenças de cunho religioso são as

manifestações na Síria contra o governo de Bashar al-Assad, que, sendo ele um membro xiita, realiza

perseguições contra os muçulmanos sunitas.

Conflitos civis no Norte da África também ganharam força nos últimos anos. A história nos mostra

que grande parte do continente africano tem sua identidade construída através do sofrimento e das práticas

coloniais que impediram o crescimento da região. O resultado dessa herança colonial é caótico para a

população civil que, através de reivindicações, tenta suprimir a ausência de liberdade e democracia, como a

resistência civil na Líbia, que derrubou o ditador Muammar Gaddafi, no poder desde 1969.

Portanto, para compreender mais sobre os conflitos e tensões ocorridos no mundo atual, acompanhe

os textos destacados por esta seção e obtenha informações necessárias para uma análise criteriosa dessas

complexas relações políticas.

BLOCOS ECONÔMICOS

Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos.

Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou

isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais.

Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera

crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que

possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio

entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver

isolado do mundo comercial.

Veremos abaixo uma relação dos principais blocos econômicos da atualidade e suas características.

UNIÃO EUROPEIA

A União Europeia ( UE ) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este

bloco é formado pelos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,

Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia,

Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca,

Romênia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário

comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto, podem

circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia.

A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de

imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos : Comissão Europeia, Parlamento Europeu e

Conselho de Ministros.

NAFTA

Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes países:

Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros

vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras

comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio,

porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

MERCOSUL

O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado

pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Venezuela. Futuramente,

estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é

eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é

estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única.

PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES

Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Foi

criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os

países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro

econômico do bloco.

APEC

A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de

Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômicos os seguintes países: Estados Unidos

da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região

administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália,

Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções

industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno

funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo.

ASEAN

A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de 1967. É

composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei,

Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja).

SADC A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi criada em 17 de outubro de

1992 e é formada por 15 países da região sul do continente africano.

MCCA

Criado em 1960, o MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) é o bloco econômico da região da

América Central, cujo principal objetivo é a integração econômica entre os países-membros (Nicarágua,

Guatemala, El Salvador, Honduras e Costa Rica).

Aliança do Pacífico

Criado em junho de 2012, este bloco econômico latino-americano é composto por México,

Colômbia, Peru e Chile.

BENELUX

Considerado o embrião da União Europeia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e

Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960.

UEAA União Euroasiática Bloco de integração política e econômica composto por Rússia, Belarus e

Cazaquistão. Tem como fundamento principal a união aduaneira entre estes três países, estabelecendo a livre

circulação de serviços, produtos e pessoas. O mais novo bloco econômico entrou em vigor a partir de 1 de

janeiro de 2015.

SITUAÇÃO POLÌTICA, ECONÔMICA E SOCIAL DA AMÉRICA

Apoiado no tema ―América Latina: revendo a arte, política e os movimentos sociais‖, o professor de

Teoria da Comunicação e Realidade Sociopolítica Brasileira da ECA-USP, Waldenyr Caldas, ministra um

curso no Anexo dos Congressistas, do dia 21 de agosto a 27 de novembro, no Memorial da América Latina.

Ao todo serão 14 aulas, realizadas às terças-feiras, das 19h às 22h. O custo para adesão é de R$200.

O curso é voltado para os estudantes de ciências humanas, políticas e sociais, historiadores,

acadêmicos e a todos que têm interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre a realidade político-

econômica e social da América Latina, tanto no plano interno, quanto internacional. Certificados serão

concedidos aos alunos com presença igual ou superior a 75% da carga horária total (42 horas-aula).

As aulas serão sustentadas pela apresentação de documentários, fotos, filmes, depoimentos de

personagens que fizeram e fazem parte da história recente da América Latina (intelectuais, políticos e

artistas), citação de bibliografia e canções pertinentes ao tema.Devido à crise econômica que assola a União

Europeia e os EUA, está em ascendência uma nova ordem mundial. O Brasil, em companhia dos outros

países que compõem o BRICS (Índia, Rússia, China e África do Sul) aparece como uma potência emergente

nesse novo panorama mundial, como afirma Waldenyr.

―A partir de 94, com a estabilização da moeda, queda da inflação e declínio econômico da Argentina,

o Brasil se fortaleceu muito, assumindo um papel de liderança econômica e política não só na América

Latina, mas mundialmente, devido a uma política internacional muito bem feita. Hoje, a renda per capita é

muito maior do que era há 15 anos e o país está muito menos pobre‖, contou o especialista.As inscrições

para o curso podem ser realizadas de segunda a sexta, das 10h às 18h, no Anexo dos Congressistas/CBEAL

– Memorial da América Latina. O curso tem vagas limitadas e depende de um número mínimo de adeptos

para que seja realizado. Caso esse número não seja atingido, o evento pode ser cancelado, sendo a taxa de

adesão (R$200) devolvida integralmente.

BRASIL ATUAL

Quando falamos de Brasil Atual, geralmente nos referimos a temas que dizem respeito aos últimos

trinta anos de nossa história, isto é, desde o fim dos Governo Militares até os dias de hoje. Nesse sentido,

comentaremos temas relativos a esse período, que vai desde a abertura democrática, começada com a Lei de

Anistia (de 1979), até as manifestações populares que ocorreram nos anos de 2013 e 2015.

Nesse arco temporal, diversos temas interpõem-se. O Movimento pelas Diretas Já é um dos

primeiros e mais significativos. Com a abertura política articulada entre civis e militares, entre os anos de

1979 e 1985, a população vislumbrou a possibilidade de voltar a exercer o direito ao voto direto na eleição

de seus representantes. Entretanto, o primeiro presidente civil, após o longo período militar, foi eleito

indiretamente em 1985. Seu nome era Tancredo Neves, que faleceu antes de tomar posse. José Sarney, eleito

vice, assumiu o cargo, exercendo-o até 1989.

O governo Sarney foi um dos mais conturbados da chamada ―Nova República‖, sobretudo pelos

transtornos econômicos pelos quais o país passou. Todavia, foi durante o governo Sarney que foi reunida a

constituinte para a elaboração da nova Constituição Federal. O processo de elaboração da carta

constitucional foi encabeçado por Ulisses Guimarães, um dos líderes do novo partido herdeiro do MDB, o

PMDB. A versão oficial da Constituição ficou pronta em 1988. Nela havia o restabelecimento da ordem

civil democrática e das liberdades individuais, bem como a garantia das eleições diretas.

Em 1989, as primeiras eleições diretas ocorreram e foi eleito como presidente Fernando Collor de

Melo. Collor também desenvolveu um governo com forte instabilidade econômica, porém permeado

também com grandes escândalos políticos, que desencadearam contra ele um processo de impeachment,

diante do qual preferiu renunciar ao cargo de presidente. O vice de Collor, Itamar Franco, continuou no

poder até o término do mandato, na passagem de 1993 para 1994. Nesse período, um importante dispositivo

financeiro foi criado para resolver o problema das sucessivas crises econômicas: o Plano Real, elaborado e

efetivado por nomes como Gustavo Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Esse último, parlamentar e sociólogo por formação, candidatou-se à presidência, vencendo o pleito e

ocupando esse cargo de 1994 a 1998. Depois, foi reeleito e governou até 2002. Nas eleições de 2002, um

dos partidos que haviam nascido no período da abertura democrática, o PT – Partido dos Trabalhadores,

conseguiu eleger seu candidato: Luís Inácio Lula da Silva, que, a exemplo de Fernando Henrique, governou

o país por oito anos, de 2002 a 2010. De 2010 até o momento presente (2015), a sucessora de Lula, a

também filiada ao PT, Dilma Rousseff, vem governando o país.

PRIMEIRO GOVERNO DE DILMA

A presidente eleita e seu vice-presidente, Michel Temer, foram diplomados pelo Tribunal Superior

Eleitoral (TSE) em solenidade realizada no dia 17 de dezembro de 2010, às 17 horas, na sede do TSE, em

Brasília, com a presença de 250 convidados, entre parentes e políticos. Dilma disse que iria "honrar as

mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos". Os diplomas foram confeccionados na Casa da

Moeda do Brasil.

Este é o teor da diplomação:

Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em 31 de outubro de 2010, a candidata pela

coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Vana Rousseff, foi eleita presidente da República

Federativa do Brasil. Em testemunho desse fato, a Justiça Eleitoral expediu o presente diploma, que a

habilita à investidura do cargo perante o Congresso Nacional no dia 1º de janeiro de 2011, nos termos da

Constituição.

— Texto do diploma conferido a Dilma Rousseff pelo Tribunal Superior Eleitoral

Ver artigo principal: Posse de Dilma Rousseff em 2011

Dilma Rousseff discursa no Congresso Nacional do Brasil como presidente.

Dilma Rousseff tomou posse como Presidente do Brasil em 1 de janeiro de 2011. O evento - que foi

organizado pela sua equipe de transição, pelos Ministérios das Relações Exteriores e Defesa e pela

Presidência da República - foi aguardado com alguma expectativa, visto que ela se tornou a primeira mulher

a presidir o país. Figuras femininas importantes na história do Brasil foram homenageadas com painéis

espalhados por todo o Eixo Monumental. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, em torno de

30 mil pessoas compareceram ao evento.

Dilma Rousseff recebe a faixa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 1 de janeiro de 2011.

Até 21 de dezembro de 2010, a editora do Senado tinha impresso 1 229 convites para a posse de

Dilma Rousseff.[11] O Congresso Nacional recebeu um total de 2 mil convidados para a cerimônia.

Conforme relatado pela imprensa, entre 14 e 17 chefes de Estado e de governo confirmaram a sua

presença.[12] [13] Entre eles estavam José Sócrates, Juan Manuel Santos, Mauricio Funes, Alan García,

José Mujica, Hugo Chávez, Álvaro Colom, Alpha Condé, Sebastián Piñera, Evo Morales[12] (mas não pôde

comparecer devido a protestos de última hora em seu país) e Boyko Borisov. O Presidente dos Estados

Unidos, Barack Obama, enviou a Secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, para representá-lo. O ex-

primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, também participou da cerimônia.

Além da cerimônia formal, a posse de Dilma Rousseff também contou com apresentações de cinco

cantoras brasileiras: Elba Ramalho, Fernanda Takai, Zélia Duncan, Mart'nália e Gaby Amarantos. O

Ministério da Cultura organizou a parte cultural do evento, com um orçamento estimado em 1,5 milhão de

reais. Os concertos começaram às 10h00 e terminaram às 2:00 horas, com o início da cerimônia oficial. As

apresentações continuaram entre 6:00-21:00. Rousseff não participou, já que ela realizou uma recepção no

Palácio do Itamaraty para as autoridades estrangeiras que participaram da cerimônia de posse. Cada

autoridade estrangeira teve a oportunidade de falar com ela por 30 segundos.

EXERCÍCIOS

40- Qual o principal Objetivo da criação dos Blocos Econômicos no Mundo?

41-Qual o Bloco Econômico que representa os países Europeus?

42- O Bloco NAFTA representa quais países?

43- Qual o Bloco Econômico que representa os países da América do Sul?

44- Qual o período conhecido como Brasil Atual?

45- Quem foi eleito Presidente e Vice em 2011 e que foram reeleitos em 2014?

PALESTINA

A região da Palestina, onde viviam os hebreus, corresponde hoje ao Estado de Israel.

Patriarcado

O patriarca possuía autoridade máxima sobre o povo.

Patriarcas:

Abraão: conduziu o povo de Ur, na Caldéia, para Canaã (Palestina), a Terra

Prometida.

Isaac: sucessor de Abraão.Jacó (Israel): conduziu o povo hebreu para o Egito, onde vivia seu filho

José. Êxodo: saída dos hebreus de Egito, liderados por Moises, por volta de 1250, a.c.

As Tábuas da Lei: mandamentos para nortear a vida do povo em relação a Javé, segundo a

bíblia, recebidos por Moises no monte Sinai.

Os hebreus vagaram 40 anos pelo deserto. Moises morreu antes de chegar a

Palestina

O juizado

Governo exercido por lideres militares e políticos.

Samuel, o Ultimo juiz, instituiu a monarquia. A monarquia

Rei com poder centralizado.

Rei Davi: expandiu o território, unificou as tribos e estabeleceu a capital em

Jerusalém.

Rei Salomão: durante o seu reinado houve o desenvolvimento do comercio e do

artesanato, a construção de festas religiosas: Sabá: comemoração do sétimo dia da criação. Páscoa: comemoração do Êxodo. Pentecostes: comemoração do recebimento das Tabuas da Lei.

Tabernáculos: comemoração da permanência no deserto.

Cimma: ocorrido após a morte de Salomão. Separação das tribos hebraicas em dois

Religião: monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus.

O salvacionismo, a crença na vinda de um messias ou salvador para libertar opovo hebreu. Fenícios: comércio era sua principal atividade econômica. Desenvolveram a maior simplificação

da escrita (22 consoantes). Mais tarde os Gregos acrescentaram as vogais e difundiram o alfabeto que

usamos hoje. PERSAS: Foi no campo religioso que se deu a contribuição mais original dos

Persas. Zoroastro (incessante luta entre o deus do bem e deus do mal) valorizava o livre arbítrio do homem

GRECIA: No mais diversos dos setores do saber humano, os gregos deixaram valiosa herança de

realizações culturais. Herança que representa uma das estruturas fundamentais da civilização ocidental. Já

houve quem afirmasse que ― nada existe movendo-se em nosso mundo, que não seja grego em sua

origem‖ vejamos alguns aspectos dessa cultura: Filosofia e Cultura: formularam as primeiras explicações racionais para a

realidade do mundo Literatura: Prosa, poesia, novelas, romance, teatro. Arquitetura e esculturas: Destaque para estatuas humanas Religião e Mitologia: series de Deuses Religião: Politeísmo (vários Deuses) Império romano; Desde 753ª. C., data da fundação de Roma ate o século VI a. c

Roma já possuía cerca de 100 mi habitantes. Desde então a evolução polít ica de Roma dividiu-se três períodos: Monarquia, República e império.

Ao atingir o ponto máximo de sua expansão territorial, o Império Romano também encontrou o seu ponto culminante de suas contradições, que iriam, ocasionar o processo de decadência. São muitas as causas que podem ser apontadas para explicar sua decadência. Entre elas destacamos a crise econômica, crise social. ( desigualdade social, o comércio das cidades entro em decadência, tensões, rebeliões, etc).

POVOS ROMANOS

A Civilização Romana:

Civilização histórica que formou um dos maiores impériosque o Mundo já viu. Segundo a lenda, Roma teria sido fundada pelos irmãos Rômulo e Remo que

fundaram a cidade em homenagem a loba que os amamentou quando ainda eram crianças. A História da Civilização Romana teve início na Península Itálica. Por volta de

2000 a.C. esta região foi invadida pelos italiotas (sabinos, latinos e volscos). Eles misturaram-se com os

povos primitivos locais e passaram a povoar o centro da região dando origem aos romanos.símbolo

romano

Divisão da História de Roma Monarquia Romana (753 a.C - 509 a.C)

No início da monarquia, Roma foi governada por reis de origem etruscas. Neste período os gregos

tiveram grande influência sobre a realeza. Na monarquia a sociedade estava dividida em:

Patrícios - os grandes proprietários de terras e de gado. Somente eles poderiam ocupar os cargos politico, militar e religioso.

Plebeus - homens livres mas sem direitos políticos. Eram maioria em Roma. Clientes - plebeus que prestavam serviços a um patrício em troca de dinheiro ou deerra.

Escravos - pessoas escravizadas por dívidas ou oriundas dos povos conquistadoselos romanos Os reis de Roma eram escolhidos pela Assembleia Curial, grupo de patrícios

encarregados de escolher o rei de Roma e de criar leis. O Senado Romano, também conhecido como Conselho dos Anciãos, eram

composto também por patrícios idosos. Eles tinham a tarefa de aprovar ou não as leis sancionadas pelos reis.

Em 509 a.C., um choque de interesses entre o Rei e a Aristocracia deu fim a Monarquia. Tarquínio, último monarca de Roma, foi deposto pelo Senado.

A República Romana (509 a.C - 27 a.C)

A República Romana foi marcada por agitações sociais. Ao mesmo tempo em que

Roma crescia, aumentava as diferenças sociais entre patrícios e plebeus. O Senado Romano deu um golpe de Estado e criou uma República Oligárquica que

atendia somente aos desejos dos patrícios. Os plebeus descontentes com a situação social em que viviam, rebelaram-se e exigiram reformas políticas.

Conscientes de sua importância na sociedade, os plebeus passaram a exigir os seus direitos políticos. Como os patrícios dependiam dos plebeus nas atividades econômicas e militares, tiveram que atender aos pedidos. Foram criadas leis e instituições que atendiam os desejos dos plebeus. Dentre estas instituições destaca-se:

Tribunos da Plebe - Conselho formado por plebeus que tinham o trabalho de vetar as decisões do Senado que se mostrassem ameaçadoras aos interesses da Plebe.

Lei das Doze Tábuas - leis escritas que valiam tanto para os plebeus quanto para os patrícios. Os plebeus também conquistaram o direito de se candidatarem aos cargos de Magistrados, antes formado apenas por patrícios. O Direito Romano foi a maior contribuição que Roma deixou de herança para o mundo ocidental. Na República, o poder passou a ser exercido pelos magistrados que exerciam

diversos cargos.Os principais eram:

Cônsules - Magistrados encarregados de comandar o Exército Romano. Pretores - Magistrados encarregados de fazer a justiça. Censores - Responsáveis pelo censo populacional. Questores - Encarregados pela administração das finanças. Edil - Responsável pela ordem pública e abastecimento das cidades. Senador - Magistrado pertencente ao Senado Romano. Os Senadores eram responsáveis por um grande número de decisões políticas. Dentre as

mais importantes destaca-se a nomeação dos Cônsules. Foi no período republicano que Roma lançou-se em guerras de conquistas. A mais difícil delas

foi a guerra contra Cartago e suas províncias, as chamadas Guerras Púnicas. Com a conquista do Mediterrâneo, antes controlado pelos fenícios de Cartago, os romanos continuaram a lutar com outros povos. Valendo-se de exércitos poderosos, os romanos conquistaram terras que antes pertenciam aos gregos, egípcios, mesopotâmios e persas.

Os Generais Romanos, maiores liderança do Exército, passaram a interferir nas

decisões politicas da República. Em 60 a.C., o poder foi divido entre os cônsules Pompeu, Crasso e Júlio

César. A divisão do poder entre os 3 generais ficou conhec ida como o Primeiro Triunvirato. Com a morte de Crasso, Pompeu e Júlio César passaram a disputar o cargo de

Cônsul único. Na disputa pelo poder, César saiu vitorioso, mas anos depois foi assassinado por uma conspiração formada por senadores.

Em 43 a.C., novamente o poder é divido entre 3 Cônsules. Formou-se o Segundo Triunvirato composto por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Após afastar Lépido e derrotar Marco Antônio, Otávio tornasse líder supremo de Roma, iniciando assim a fase imperial de

Roma.

O Império Romano (27 a.C - 476 d.C) Otávio recebeu o título de Augusto a passou a ter total controle sobre as decisões

políticas de Roma. A partir do governo do Imperador Otávio Augusto, Roma viria expandir seu controle sobre o mundo antigo.

O Senado que antes da formação do Império decidia os rumo da política, agora exercia o simples papel de conselho imperial para o Imperadores de Roma. Com a morte de Otávio Augusto em 14 d.C, sucederam-se 4 dinastias de Imperadores que são: Dinastia Julius

Cláudia (14 - 69) Desta família vieram os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. No reinado desta Dinastia

houve conflitos entre o Senado e os Imperadores. Dinastia dos Flávio (69 a 96) Família que colocou no poder Vespasiano, Tito e Dominicano. Com o apoio do

Exército, a Dinastia Flaviana conseguiu controlar o Senado. Dinastia dos Antoninos ( 96 a 192) Nerva, Trajano, Adriano, Antonino, Pio, Marco Aurélio e Cômodo foram os imperadores desta

dinastia. Os Antoninos buscaram a reconciliação do Senado com a figura Imperial. Nesta dinastia Roma

chegou ao seu apogeu com uma expansão territorial nunca antes alcançada por qualquer outra civilização.

Dinastia dos severos (193 - 235) Teve como imperadores Sétimo Severo, Caracala, Heliogabalo e Severo Alexandre. A Dinastia

Severa marca o início do baixo Império Romano onde o império foi afetado por uma crise econômica e

pelas invasões de povos bárbaros.

A Religião Romana

No início da Civilização Romana, as crenças etruscas deu início a pratica religiosa em Roma. Os

romanos faziam culto aos seus antepassados. Com o tempo passaram a adorar as divindades gregas

que foram rebatizadas como nomes latinos. No período imperial, no reinado Otávio Augusto, nasceu Jesus

Cristo, Fundador do Cristianismo. Com o passar dos séculos a Religião Cristã foi sendo difundida e

aceita por todo o território romano. Em 391 o Cristianismo passou a ser a Religião oficial do Império

Romano.

A Arte Romana

A produção artística de Roma inicia-se com a arte etrusca do arco e a abóbada. Com a

expansão territorial, Roma assimilou em muito a cultura grega e posteriormente a cultura helenística. O Declínio do Império Romano

Em 284 d.C. o Imperador Diocleciano procurando melhor defender o império das Invasões

Barbaras criou a Tetrarquia. O território romano foi divido em 4 partes, cada uma com governo próprio.

Os Hunos, povo guerreiro vindos do Oriente, eram os mais temidos de todos os povos bárbaros

Em 395 d.C. Teodósio dividiu o Império em duas partes: O Império Romano do Ocidente com

capital em Roma e o Império Romano do Oriente com capital em Constantinopla. A parte ocidental do império seria destruído em 476 d.C. pelos povos germânicos.

Odoacro, líder dos Hérulos, depôs Rômulo Augusto, último Imperador de Roma e tornou- se rei da Itália. No Ocidente foram formados um grande número de reinos bárbaros.

O Império Romano do Oriente que passou a ser chamado de Império Bizantino, durou ate 1453, ano em que os muçulmanos liderados por Maomé II conquistaram a Cidade de Constantinopla.

O POVO GREGO

Os gregos (ou helenos) viveram na extremidade meridional da península balcânica e sua

civilização se desenvolveu a partir da mistura das diversas populações que lá se estabeleceram nos

últimos 8000 anos, no entanto, as mais antigas características culturais que se pode chamar de ―gregas‖

apareceram somente depois de 2000 a.C.

A Grécia Antiga abrangia os povos que habitavam a bacia do mar Egeu e as ilhas ao redor,

e durou desde o surgimento da civilização minoana, na Idade do Bronze, até a sua tomada pelos romanos,

em 146 a.C. A partir de 500 a.C. a cultura grega influenciou de tal forma o mundo

mediterrâneo que, sem exagero, acabou por constituir um dos mais sólidos fundamentos de toda a Civilização Ocidental.

As primeiras populações que falavam grego ocuparam, por volta de 2000 a.C., várias regiões da península balcânica, território de topografia irregular localizado no sudeste da Europa. Posteriormente, em sucessivas fases de expansão marítima, os gregos se estabeleceram em outros locais, notadamente nas ilhas do Egeu e nas margens do Mar Mediterrâneo e do Mar Negro.

Grécia Antiga Na Antiguidade, as mais importantes comunidades gregas se concentravam na própria

península balcânica, nas ilhas do Mar Egeu, na costa ocidental da península acatólica (Ásia Menor), no

sul da península italiana e nas grandes ilhas da Sicília, a oeste, e de Creta, ao sul.

Os gregos antigos constituíram a primeira civilização duradoura da Europa, que foi a base da

cultura ocidental de tempos posteriores. Deram importantes contribuições nos campos das artes,

literatura, filosofia e ciência, apesar de nunca terem conseguido a unificação política. Enfim, as

maisvastas experiências sociais ocorreram na Grécia, berço de filósofos, sábios e literatos famosos. História da Civilização Grega A cerca de 2600 a.C., povos da Anatólia, que sabiam trabalhar o ferro e aperfeiçoaram a navegação e a agricultura, invadiram o território grego. A partir de 2000 a.C., a região foi novamente invadida, desta vez por povos indo-europeus (aqueus, eólios, dórios e jônios), que destruíram a civilização existente, absorvendo seus hábitos e cultura.

Civilização na Grécia Antiga

Primeiro os aqueus invadiram (2000 a.C.). destruíram o Império de Creta, assimilaram sua cultura

e estabeleceram seu reino no Peloponeso, construíram as cidades de Micenas Tirino. Período Arcaico séc. VIII a.C. a VI a.C.

Durante esse período, o território grego se expandiu de maneira surpreendente, principalmente devido

ao aumento desenfreado da população das cidades-estados já existentes e do surgimento da propriedade

privada o que estimulou muitas pessoas a migrarem em buscas de novas terras. Das mais de cem

cidades-estados gregas, várias se mantiveram oligárquicas, e muitas outras desfrutaram de uma

democracia. Na história Grega este período foi o mais longo e é dividido em três partes.

A primeira fase se tem notícia através dos poemas de Homero, a Ilíada e a Odisséia. É conhecida

como Tempos Heróicos ou Tempos Homéricos. Foi a fase anterior a ao século VIII a.C. O domínio do Império Alexandrino pelos soldados de Roma, no século II a.C.,

ficando a Grécia submissa aos romanos. Além do estabelecimento de um dos mais duradouros padrões de beleza artística, os

atenienses nos deram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de Heródoto e

Tucídides e um sistema político original, a democracia (literalmente, ―o poder do povo‖), talvez a maior

de todas as contribuições. Período Helenístico 323 a 30 a.C. Os povos Macedônicos (Felipe II e Alexandre) conquistaram o povo grego e misturaram

sua cultura com a cultura dos povos do Oriente, sendo que Alexandre, amante da cultura grega, queria

formar um Império Universal onde a cultura grega fosse o ponto unificador dos povos conquistados,

formando assim uma nova cultura, o Helenismo.

Do ponto de vista político o continente grego afastou-se do centro dos acontecimentos. Com o

estabelecimento do Império Romano em 27 a.C., a Macedônia e os territórios da Grécia Continental

tornaram-se simples províncias romanas.

As antigas pólis, agora meros centros municipais, beneficiaram-se da Pax Romana e cessaram

suas eternas disputas armadas. Os jogos continuaram sendo disputados e os festivais celebrados; muitas

instituições políticas tradicionais conservaram os nomes e a influência local. Atenas manteve o status de

cidade universitária

A cultura grega foi adotada pela elite romana e a cidade de Roma se tornou o mais novo e mais

importante centro de cultura helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da retórica, tão

prezada pelos romanos, estava na mão de gregos (às vezes simples escravos); escultores de origem

grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais romanos liam, falavam e escreviam

fluentemente em grego.

Cidades-Estado

As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e ficavam mais independentes. As principais cidades-estados foram: Esparta e Corinto, no Peloponeso; Atenas, na Ática; Tebas, na Beócia; Delfos, no Monte Parnaso;

Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor. Durante o século V a.C. o poder político se polarizou entre atenienses e espartanos. Atenas agregou diversas pólis a uma poderosa aliança política e econômica conhecida por Liga de

Delos; os espartanos, por sua vez, organizaram a igualmente poderosa Liga do Peloponeso.

Esparta

Esparta era a capital da Lacônia e se distinguiu pelo seu espírito guerreiro. Foi conquistada pelos

aqueus, mas progrediu mesmo com a chegada dos dórios. Sua organização social era dividida em três classes: Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios, era a classe dominante; Periecos: formada por camponeses que apoiaram a dominação dórica, tinham alguns

privilégios, mas não podiam ocupar cargos políticos por serem considerados como estrangeiros. Ilotas: eram os escravos por no passado terem se revoltado contra os dórios, não podiam se afastar das terras em que produziam. Organização em Esparta Esparta era governada por dois reis, em caso de guerra um ia para o combate enquanto o outro

ficava na cidade. Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais: Gerúsia: câmara formada por pessoas com mais de sessenta anos, que legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo.Apela: Assembleia do Povo, formada por cidadãos com mais de trinta anos, eles aprovavam ou não as leis da Grecia Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados eleitos pelo povo. Podia fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto aos militares e administrar justiça.

Educação em Esparta Os espartanos eram preparados acima de mais nada para a guerra, crianças que

nascessem com problemas físicos eram jogadas no desfiladeiro. As que nasciam bem, ficavam com os pais até os sete anos, a partir daí o Estado tratava de educá-los.

As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos vinte anos eram obrigadas a casarem-se, embora os homens só pudessem casar depois dos trinta anos.

Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos, leitura e canto. Cuidavam rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o exército aos vinte e um anos, de onde saiam aos sessenta.

Esparta representava o poder absoluto, ditatorial, onde os filhos eram educados dentro de leis rígidas, que por severas demais, terminava por favorecer a corrupção.

Atenas

A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos. Cidade formada por jônios, com sua localização próxima ao mar exerceu grande

influencia na sua formação, contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e

desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior, votada para ciências e

artes. Tinha sua população dividida em três classes: Cidadãos: eram os filhos de atenienses. Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao comércio e a indústria. Não tinham direitos públicos, eram livres e bem tratados. Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento humano e podiam conquistar a liberdade. Organização em AtenasNo inicio Atena era governada por aristocratas que mais tarde escolheram governantes que receberam o nome de Arcondes, eram magistrados, sendo uns vitalícios, outros não. Depois, ao invés de 3 eles escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam por um ano. Escolheram também membros da assembléia chamada A erópago, semelhante a Gerúsia de Esparta. Como tinha pouca participação do povo nesse governo, os atenienses, em maioria comerciante e artesões, clamavam por leis escritas com melhores condições de vida e como queriam atuar no governo, formaram uma nova classe social.

Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e foi a grande exceção no mundo antigo,quanto

a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o povo amava a liberdade e se

dedicavam à cultura, às artes, à beleza. Foi desta cidade que saíram grandes legisladores, filósofos e

poetas. As Leis

Com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram leis formando o Código atribuído a Drácon. Que por serem leis muito severas, acabaram por descontentar o povo e os aristocratas

Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos sete sábios gregos, para a Arcontado, que realizou por sua vez, importantes reformas na democracia, favorecendo os direitos de todos:

1º. Liberou, em parte, os devedores que por isso eram, anteriormente, escravizados. 2º. Deu garantia a liberdade individual. 3º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai tinha que ensinar um oficio ao filho.

4º. Dividiu o povo em quatro classes de acordo com seu rendimento. Conservou oAerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era formado por cidadãos escolhidos entre os membros das três primeiras classes sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por vinte mil cidadãos, havendo entre eles pessoas sem posses.

Educação em Atenas. Diferente de Esparta, as crianças ficavam em casa até os seis anos, e depois os

meninos iam à escola para aprender leitura, cálculo, escrita, poesia, canto e ginástica. Cultivavam o amor a pátria, às letras e às artes.

Os rapazes, aos dezoito anos entrava no exercito. Freqüentavam o liceu ou a academia. Tornavam-se cidadãos.

As meninas ficavam no lar, onde aprendiam a tecer, fiar, e bordar. Só poderiam freqüentar festas religiosas e não poderiam comer à mesa na presença de pessoas estranhas.

As Guerras As Guerras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas

A primeira guerra começou quando Dario I mandou emissários render as cidades gregas

pacificamente. Várias cidades gregas cederam, menos Esparta e Atenas, que mataram os emissários

persas.

EXERCÍCIOS

9- Quem eram os principais povos Pré- colombianos?

10-Qual o povo que conforme a lenda fundaram sua cidade em homenagem a loba que amamentou os gêmeos Romulo e Remo?

11- Como era dividida a sociedade Romana?

12-O que eram as Leis das Doze Tábuas?13- Qual o

maior legado deixado pelos Gregos para os povos

atuais?

14- Quais as principais cidades-estados Gregas?

15-Em qual das cidades Gregas nasceu a Democracia?

HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL

Capitanias Hereditárias – Resumo

As Capitanias Hereditárias, resumo, criação, objetivos, donatários, administração colonial As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).

Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).

O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para

administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas. O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto

pelo Marquês de Pombal. Capitanias Hereditárias criadas no século XVI: Capitania do Maranhão Capitania do

Ceará Capitania do Rio Grande

Capitania de Itamaracá Capitania de

Pernambuco Capitania da Baía de Todos os Santos Capitania de Ilhéus Capitania de Porto

Seguro Capitania do Espírito Santo

Capitania de São Tomé Capitania de São

Vicente Capitania de Santo Amaro

Capitania de Santana

OS GOVERNOS GERAIS NO BRASIL

Respondendo ao fracasso do sistema das capitanias hereditárias, o governo português

realizou a centralização da administração colonial com a criação do governo - geral, em 1548. Entre as

justificativas mais comuns para que esse primeiro sistema viesse a entrar em colapso, podemos destacar o

isolamento entre as capitanias, a falta de interesseou experiência administrativa e a própria resistência

contra a ocupação territorial oferecida pelos índios.

Em vias gerais, o governador-geral deveria viabilizar a criação de novos engenhos, a integração

dos indígenas com os centros de colonização, o combate do comércio ilegal, construir embarcações,

defender os colonos e realizar a busca por metais preciosos. Mesmo que centralizadora, essa experiência

não determinou que o governador cumprisse todas essas tarefas por si só. De tal modo, o governo-

geral trouxe a criação de novos cargos administrativos.

O ouvidor-mor era o funcionário responsável pela resolução de todos os problemas de natureza

judiciária e o cumprimento das leis vigentes. O chamado provedor-mor estabelecia os seus trabalhos na

organização dos gastos administrativos e na arrecadação dos impostos cobrados. Além destas duas

autoridades, o capitão-mor desenvolvia ações militares de defesa que estavam, principalmente, ligadas ao

combate dos invasores estrangeiros e ao ataque dos nativos.

Na maioria dos casos, as ações a serem desenvolvidas pelo governo-geral estavam subordinadas a

um tipo de documento oficial da Coroa Portuguesa, conhecido como regimento. A metrópole expedia

ordens comprometidas com o aprimoramento das atividades fiscais e o estímulo da economia colonial.

Mesmo com a forte preocupação com o lucro e o desenvolvimento, a Coroa foi alvo de ações ilegais em

que funcionários da administração subvertiam as leis em benefício próprio.

Entre os anos de 1572 e 1578, o rei D. Sebastião buscou aprimorar o sistema de Governo Geral

realizando a divisão do mesmo em duas partes. Um ao norte, co m capital na cidade de Salvador, e outro

ao sul, com uma sede no Rio de Janeiro. Nesse tempo, os resultados pouco satisfatórios acabaram

promovendo a reunificação administrativa com o retorno da sede a Salvador. No ano de 1621, um novo

tipo de divisão foi organizado com a criação do Estado do Brasil e do Estado do Maranhão.

Ao contrário do que se possa imaginar, o sistema de capitanias hereditárias não foi prontamente

descartado com a organização do governo-geral. No ano de 1759, a capitania de São Vicente foi a última

a ser destituída pela ação oficial do governo português. Com isso, observamos que essas formas de

organização administrativa conviveram durante um bom tempo na colônia.

ESCRAVIDÃO INDÍGENA E NEGRA

No século XVI, assim que os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia

um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de

contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga

escala sustentada por um grande número de trabalhadores. Desse modo, os colonizadores se dispuseram a

promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do

oceano.

Mesmo sendo mais acessível, a escravização dos indígenas mostrava-se problemática por uma

série de fatores conjunturais. Primeiramente, devemos destacar que os índios não eram acostumados a

uma rotina de trabalho extensa, tendo em vista que privilegiavam uma economia de subsistência. Por

outro lado, muitos deles morriam ao contrair as doenças trazidas pelo europeu, e aqueles que eram

escravizados articulavam facilmente a sua fuga mediante o conhecimento do território.

Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso

para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato

de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios

fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do

colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o

apresamento indígena. Por outro lado, a escravidão africana mostrava-se como uma alternativa mais

viável, tendo em vista que os portugueses já tinham fixado, desde o século XV, vários entrepostos do

litoral africano. Ao mesmo tempo em que já dominavam essas rotas, o governo português logo percebeu

que o tráfico de escravos para a América seria interessante, já que essa atividade também poderia gerar

divisas para os cofres do Estado.

Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava

um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se

bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a

escravidão africana seria um ―castigo de Deus‖ contra os vários povos daquele continente, tomado pelas

crenças politeístas e a própria religião islâmica.

Dessa forma, vemos que a escravidão africana se tornou predominante no espaço

colonial brasileiro. Contudo, em certas regiões de menor desempenho econômico, vemos que a

escravidão indígena se tornou em uma alternativa bastante comum. Geralmente, um escravo índio

custava metade de um escravo vindo da África. Com isso, percebemos que os dois tipos de escravidão

acabaram se mantendo ao longo de nossa história.

MISCIGENAÇÃO DO POVO BRASILEIRO

A população brasileira é bastante miscigenada. Isso ocorreu em razão da mistura de diversos

grupos humanos que aconteceu no país. São inúmeras as raças que favoreceram a formação do povo

brasileiro. Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos.

Povos indígenas: antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por povos nativos,

nesse caso, os índios. Existem diversos grupos indígenas no país, entre os principais estão: Karajá,

Bororo, Kaigang e Yanomani. No passado, a população desses índios era de quase 2 milhões de pessoas.

Povos africanos: grupo humano que sofreu uma migração involuntária, pois foram capturados e

trazidos para o Brasil, especialmente entre os séculos XVI e XIX. Nesse período, desembarcaram no

Brasil milhões de negros africanos, que vieram para o trabalho escravo. Os escravos trabalharam

especialmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café.

Imigrantes europeus e asiáticos: os primeiros europeus a chegarem ao Brasil foram os

portugueses. Mais tarde, por volta do século XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada de um grande

número de imigrantes europeus e também asiáticos. Na primeira metade do século XX, pelo menos

quatro milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil. Dentre os principais grupos humanos europeus,

destacam-se: portugueses, espanhóis, italianos e alemães. Em relação aos povos asiáticos, podemos

destacar japoneses, sírios e libaneses. Tendo em vista essa diversidade de raças, culturas e etnias, o resultado só poderia

ser uma miscigenação, a qual promoveu uma grande riqueza cultural. Por esse motivo, encontramos

inúmeras manifestações culturais, costumes, pratos típicos, entre outros aspectos.

EXERCÍCIOS

16- Porque a escravidão indígena não deu bons resultados, conforma a descrição

Portuguesa?

17- Por que os Portugueses optaram pela busca de negros na África?

18- Cite algumas manifestações culturais africanas em nosso país:

19- O que eram as Capitanias Hereditárias- Em quantas

Capitanias o Brasil foi dividido?

20- Com o fracasso das Capitanias, qual o outro sistema de governo implantado no Brasil?

FEUDALISMO

O feudalismo consiste em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social

e política. Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitaram

o surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do

mundo feudal está vinculada a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as

Invasões Bárbaras.

A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de

circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano

tinha favorecido um processo de ruralização das populações que não mais podiam empreender atividades

comerciais. Isso ocorreu em razão das constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos

centros urbanos constituídos durante o auge da civilização clássica.

A ruralização da economia também atingiu diretamente as classes sociais instituídas no interior de

Roma. A antes abrangente classe de escravos e plebeus veio a compor, junto com os povos germânicos, uma

classe campesina consolidada enquanto a principal força de trabalho dos feudos. Trabalhando em regime de

servidão, um camponês estaria atrelado à vida rural devido às ameaças dos conflitos da Alta Idade Média e a

relação pessoal instituída com a classe proprietária, ali representada pelo senhor feudal.

O senhor feudal representaria a classe nobiliárquica detentora de terras. Divididos por

diferentes títulos, um nobre poderia ser responsável desde a administração de um feudo até pela cobrança de

taxas ou a proteção militar de uma determinada propriedade. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na

prática, era superior a dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de

um senhor feudal no interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo

promotor de um poder político descentralizado.

Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas se transformavam nesse

período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto. O clero entraria em

acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão da classe

nobiliárquica deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou

um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também

se tornou uma grande ―senhora feudal‖.

No século X o feudalismo atingiu o seu auge tornando-se uma forma de organização vigente

em boa parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção

agrícola e o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das

atividades comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura

hermética que marcou boa parte da Idade Média.

A IGREJA NA IDADE MÉDIA

No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano. A partir

deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo

a invasão dos povos bárbaros (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo.

A influência da Igreja:

Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica conquistou e manteve grande poder.

Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava nas decisões políticas dos reinos (poder político),

interferia na elaboração das leis (poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a

sociedade (poder social).

Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus

dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram

perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no

século XIII, para combater os hereges (contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e

mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam às ordens da Igreja.

Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a

preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se à copiar e guardar os conhecimentos das

civilizações antigas, principalmente, dos sábios gregos. Graças aos monges, esta cultura se preservou, sendo

retomada na época do Renascimento Cultural.

Enquanto parte do alto clero (bispos, arcebispos e cardeais) preocupavam-se com as questões

políticas e econômicas, muitos integrantes da Igreja Católica colocavam em prática os fundamentos do

cristianismo. Os monges franciscanos, por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se aos

pobres.

A cultura na Idade Média foi muito influenciada pela religião católica. As pinturas, esculturas e

livros eram marcados pela temática religiosa. Os vitrais das igrejas traziam cenas bíblicas, pois era uma

forma didática e visual de transmitir o evangelho para uma população quase toda formada por analfabetos.

Neste contexto, o papa São Gregório (papa entre os anos de 590 e 604) criou o canto gregoriano. Era uma

outra forma de transmitir as informações e conhecimentos religiosos através de um instrumento simples e

interessante: a música.

A Igreja Católica Hoje:

Atualmente, a Igreja Católica é muito diferente do que era na Idade Média. Hoje, ela não tem mais

todo aquele poder e não pratica atos de violência. Pelo contrário, posiciona-se em favor da paz, liberdade

religiosa e do respeito aos direitos dos cidadãos. O papa, autoridade máxima da Igreja, pronuncia-se contra

as guerras, terrorismo e atos violentos. Defende também a união das pessoas, principalmente dos países mais

ricos, na luta contra a pobreza e a miséria.

RENASCIMENTO

Quando se estuda a transição da Idade Média, especificamente a Baixa Idade Média, para a Idade

Moderna, percebe-se que ainda vigora em muitos livros didáticos de história, revistas e blogs de educação

uma certa perspectiva reducionista que compreende o Renascimento Cultural dos séculos XIV, XV e XVI

como um fenômeno de ruptura radical e definitiva com a Idade Média. Essa visão supõe ser a Idade Média

um período decadente e obscuro que nada ofereceu de significativo ao universo cultural que sobreveio com

o Renascimento.

Mas muito pelo contrário, no período compreendido como Renascimento confluíram vários

elementos da cultura cristã florescida na Idade Média, como elementos da cultura clássica (greco-latina), que

passou a ter uma dimensão maior na Europa Ocidental, sobretudo em regiões de intenso comércio marítimo,

como a Itália (ao sul) e a Holanda e os Países Baixos (ao norte), que também tiveram um intenso

desenvolvimento urbano ainda no período medieval.

Para o historiador Thomas Woods, o Renascimento, mais do que uma ruptura total com o passado

medieval, pode ser considerado o auge da Idade Média. Diz ele que ―os medievais, tal como uma das figuras

exponenciais do Renascimento, tinham um profundo respeito pela herança da antiguidade clássica, ainda

que não a aceitassem de modo tão acrítico como o fizeram alguns humanistas: e é na Idade Média que

encontramos as origens das técnicas artísticas que viriam a ser aperfeiçoadas no período seguinte.‖

(WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental. São Paulo: Quadrante, 2008.

p. 119)

A confluência entre a cultura clássica e a cultura cristã viu-se expressa na obra de vários autores do

Renascimento, desde artistas como Michelangelo e Leonardo da Vinci até escritores como Erasmo de

Rotterdan, Nicolau de Cusa e Thomas Morus. Uma característica que se tornou, sim, uma identidade

renascentista no âmbito dos estudos intelectuais foi a redescoberta dos textos clássicos originais, sobretudo

os gregos. Filósofos como Aristóteles e Platão eram lidos na Idade Média por meio de traduções latinas com

pouca precisão. Eruditos do Renascimento, como Leonardo Bruni – tradutor da Política e da Ética a

Nicômaco, de Aristóteles –, foram responsáveis por esse resgate das fontes primárias dos textos gregos e

pela feitura de traduções criteriosas e comentadas.

Além disso, outras características também contribuíram para compor uma identidade própria ao

Renascimento. A concepção antropocêntrica do mundo, que aos poucos se impôs, divergiu da perspectiva

teocêntrica medieval, ainda que vários elementos doutrinais tenham sido preservados. O humanismo, isto é,

a valorização das potencialidades humanas, da faculdade racional, da capacidade de criação artística, de

observação, registro e cálculo dos fenômenos naturais e de organização política, também contribuiu para

definir essa época que antecedeu o século XVII – século da Revolução Científica operada por Galileu

Galilei.

As grandes navegações e a descoberta do ―novo mundo‖ (o continente americano) e das civilizações

e culturas que nele se desenvolveram também foram decisivas para configurar o Renascimento como uma

época de experiências novas e enriquecimento cultural. Somou-se a isso a teoria heliocêntrica de Nicolau

Copérnico, que também passou a ajustar-se ao antropocentrismo e à capacidade do homem de descobrir os

mistérios da ―harmonia do mundo‖, isto é, os mistérios cosmológicos.

No mais, foi no início do século XVI, já no auge do Renascimento, que ocorreram dois

acontecimentos decisivos no âmbito intelectual, religioso, moral e político da Europa:invenção da imprensa,

por Joannes Gutenberg, e a Reforma Protestante, desencadeada por Martinho Lutero. Esses dois

acontecimentos combinados mudaram, aos poucos, a relação dos homens com o conhecimento intelectual

antes restrito ao domínio da língua latina. Matinho Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, enquanto a

invenção de Gutenberg facilitou a reprodução e a leitura de livros (como a Bíblia) pelo público leigo.

REFORMA PROTESTANTE

Reforma Protestante e Contra-Reforma.

As Reformas Religiosas, surgimento das religiões protestantes, luteranismo calvinismo,

anglicanismo, Contra-Reforma Católica, Tribunal da Inquisição, Concílio de Trento, resumo, causas.

Martinho Lutero: criador da religião Luterana.

Causas:

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas

reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento

renascentista.

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e

preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam

desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam

rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.

A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois

os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo

emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.

Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com

a venda das indulgências (venda do perdão).

No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos

comandos que eram próprios da realeza.

O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem

renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com

mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na

ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

A Reforma Luterana

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja

Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina

católica.

As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do

luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados

em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época.

Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.

Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de Worms, convocada pelo

imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não so defendeu suas teses como mostrou a necessidade

da reforma da Igreja Católica.

A Reforma Calvinista

João Calvino: reforma na França.

Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a

salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e

banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar

em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua

vida definida).

A Reforma Anglicana

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento

do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja

Católica uma grande quantidade de terras.

A Contra-Reforma Católica

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na

cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de

Trento ficou definido:

- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;

- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição : punir e condenar os acusados de heresias;

- Criação do Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de

ideias contrárias à Igreja Católica.

Intolerância

Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas

ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e

protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar milhares de

calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.

Você sabia?

- É comemorado em 31 de outubro o Dia da Reforma Protestante. A data é uma referência ao 31 de

outubro de 1517, dia em que Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg

(Alemanha).

EXPANSÃO MARÍTIMA

No século XV, início da Idade Moderna, a Europa via sua economia cada vez mais comprometida

com a queda de consumo dos bens produzidos na zona rural e agrícola. O mercado interno europeu passava

por sérias complicações. Para abastecer o consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do

Oriente, como especiarias, objetos raros e pedras preciosas.

Entretanto, para comprar este material os europeus tinham que negociar com os mercadores árabes,

pois a única rota para fazer essa transação vinha pelo Mar Mediterrâneo, passando pelas cidades italianas de

Gênova e Veneza. Muitos mercadores envolvidos na exportação de produtos acabavam tornando-os mais

caros, o que acabou contribuindo para a crise econômica europeia.

Mapa da expansão marítima das nações europeias.

Para evitar gastos com impostos sobre mercadorias, os europeus procuraram rotas alternativas para

encontrar as Índias (de onde vinham os metais preciosos) e comprar os produtos de forma direta. Assim,

estariam livres dos altos impostos cobrados.

As Expansões Marítimas eram caras e nenhum comerciante rico era capaz de se embrenhar pelos

mares sem recursos do rei. A figura do monarca era essencial para este empreendimento, pois ele conseguia

captar recursos públicos de toda a nação para investir em embarcações mais resistentes. Foram criadas as

primeiras bússolas e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um importante avanço foi

o surgimento da primeira caravela, que tornava possível longas viagens marítimas.

A primeira nação europeia a realizar uma expansão marítima foi Portugal, graças a sua consolidação

como Estado bem organizado militarmente e independência das demais nações do continente. Com o poder

centralizado nas mãos do rei Dom João I, os portugueses começaram a enviar as primeiras embarcações

marítimas, na busca dos produtos das Índias. Nessas empreitadas, acabou descobrindo outros territórios e

novas possibilidades de atingir seus interesses.

Outro país que teve acentuada importância na Expansão Marítima foi a Espanha que, junto com

Portugal, investiu na colonização dessas novas terras exploradas.

Dentre os principais fatores ligados à Expansão Marítima está o descobrimento do Brasil e da

América, no final do século XV. Este novo continente foi crucial para que a economia da Europa se

estabilizasse novamente.

COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

Em 1492, ano da própria descoberta da América, foi estabelecida a primeira colônia

permanente na ilha de Hispaniola, por Cristóvão Colombo, o descobridor. Em poucas décadas muitas outras

colônias foram estabelecidas, se espalhando pelas ilhas do Caribe e ainda pela Flórida e pelo Peru. Pouco

depois Portugal estabeleceu colônia no Brasil, assim como a Inglaterra colonizou as Honduras Britânicas

(atual Belize) e a Jamaica. A ocupação holandesa se fez presente na Guiana e ainda em Curaçau, enquanto

os franceses tomaram posse do Haiti, de Guadalupe e da Martinica. A união do Novo e do Velho Mundo foi

responsável por uma mudança radical nos destinos da história de ambos. O potencial de recursos naturais

americanos alterou significativamente os quadros econômicos da Europa. As doenças físicas do Velho

Mundo foram um dos fatores responsáveis pela dizimação da população americana nativa. Por outro lado, os

conquistadores europeus tornaram-se os senhores das terras que outrora eram de posse dos povos Astecas,

dos Maias além de outros povos nativos.

Os espanhóis foram, sem dúvida, os colonizadores mais atuantes.

Ao final do século XVIII, eles haviam estabelecido colônias nas regiões onde atualmente estão as

cidades de San Francisco, Cidade do México e Los Angeles, além de Buenos Aires e Lima. Muitos metais

nobres foram enviados das terras americanas para a Espanha, extraídos das minas americanas. Ao contrário

das colônias britânicas, que eram governadas por poderes representativos locais desde o princípio, as

colônias espanholas eram governadas a partir de Madri. A Igreja Católica Romana desempenhou uma

importante influência na colonização da América. Havia muitas catedrais católicas que foram construídas

nas diversas regiões da América Latina. Tal fato auxiliou na criação de influências locais por parte da

instituição religiosa. Os objetivos da própria Companhia de Jesus, em sua criação, eram a expansão da fé (e

da ideologia) cristã através da catequização e doutrinação religiosa dos nativos. O cumprimento de tais

objetivos acarretava na expansão dos domínios da igreja pelas colônias, além de facilitar as relações de

dominação entre o povo católico colonizador e o povo ―gentio‖ colonizado.

CIVILIZAÇÃO AMERICANA

As Primeiras Civilizações Da América

Muito antes da chegada de Cristóvão Colombo, a América já era ocupada por vários povos, que

viviam de variadas formas, as quais iam da organização tribal- como os povos que habitavam a região onde

hoje é o Brasil- até vastos impérios, como era o caso dos Incas, Maias e Astecas. Muitas dessas civilizações

desapareceram em conseqüência da colonização, que se iniciou no final do século XV, mas deixaram

heranças históricas que marcam o nosso continente até os dias de hoje.

A Civilização Maia

A Civilização Maia desenvolveu-se na península de Iucatã, na região que hoje corresponde aosul do

México, Guatemala e Belize. Na economia, a agricultura foi a atividade fundamental. Além do milho, que

era o principal produto, plantavam também o algodão, o tomate, o feijão, a batata e o cacau. A terra

pertencia ao Estado e era cultivada coletivamente. A caça e a pesca eram atividades econômicas

complementares e desconheciam a pecuária. No artesanato realizaram notáveis trabalhos: tecidos, objetos de

cerâmica, lapidação de pedras preciosas, etc. Desenvolveram um importante comércio com os povos

vizinhos.A sociedade estava dividida em quatro camadas sociais:

Nobres: eram os chefes guerreiros que lideravam a administração pública

Sacerdotes: tinham o controle da religião;

Povo: compunha a grande maioria da população e eram os trabalhadores que se dedicavam à

agricultura, às construções e ao artesanato;

Escravos: em pequeno número, geralmente prisioneiros de guerra ou condenados por algum delito

cometido. Na política, não chegaram a constituir um Estado centralizado. As cidades eram independentes,

governadas por um chefe, que dirigia a política e recebia impostos, assessorado por um conselho formado

por nobres e sacerdotes. Na religião, havia um grande número de divindades, que representavam a chuva, o

trovão, horário, a seca, a guerra, a tempestade, e para elas foram construídos grandes templos. Nas artes, os

Maias destacaram-se na arquitetura, com a construção de templos e palácios.Também desenvolveram a

pintura e a escultura. Nas ciências, desenvolveram a matemática e a astronomia.

A Civilização Inca

Os Incas formaram seu império dominando as várias civilizações que habitavam a região dos Andes,

na América do Sul. Compreendia os atuais territórios do Peru, Equador, parte da Colômbia, do Chile,da

Bolívia e da Argentina.

CONQUISTAS PORTUGUESAS

As Navegações Portuguesas foram pioneiras na era das Grandes Navegações

Portugal foi um país pioneiro em várias medidas entre a Idade Média e a Idade Moderna. Ainda

no século XIII, tornou-se o primeiro Estado formalizado na Europa, o que lhe favoreceu em vários aspectos.

Com uma unificação política garantida, a condição de primeiro país incentivou novos investimentos dentro

do panorama que se tinha no Velho Mundo. Naquela época, o comércio era muito fundamentado nas

negociações de produtos feitas no Mar Mediterrâneo. Entretanto, com a conquista dos turcos nessa rota,

houve a necessidade de se buscar novos caminhos para se obter as especiarias oriundas do Oriente, que tanto

agradava ao mercado europeu. Portugal reunia condições favoráveis para os negócios que marcavam o

momento, era um país já unificado, dispunha de uma condição geográfica favorável para se lançar ao mar e

contava com um grupo de investidores interessados nos negócios marítimos.

As Navegações Portuguesas para o comércio começaram muito cedo em relação aos outros países.

Buscando quebrar o domínio que havia sido estabelecido sobre o comércio de especiarias no Mar

Mediterrâneo, Portugal traçou uma nova e arriscada que consistia em contornar o continente africano para se

chegar ao Oriente. Uma viagem que ninguém havia feito antes ou mesmo conhecia suas possibilidades. Esse

trajeto que se seguiria ganharia o nome de Périplo Africano. Naturalmente, esse contorno do continente não

aconteceu em uma única viagem, pois tudo ainda era muito inovador e misterioso.

A estratégia dos portugueses foi contornar o continente africano fazendo entrepostos ao longo da

costa da África. Desta forma, Portugal evoluiu gradativamente pelo entorno do continente e conquistou

diversos territórios, tomando posse das terras todas as vezes que fazia paradas e estabelecendo novas regiões

para usufruir de seus produtos e negócios. Embora isso tenha retardado a chegada dos portugueses ao

Oriente, foi importante para estabelecer suas colônias. Uma das grandes conquistas de todas essas viagens

foi cruzar pela primeira vez o chamado Cabo das Tormentas, nomeado posteriormente de Cabo da Boa

Esperança.

Essas navegações pelos mares permitiram uma série de descobrimentos entre 1415 e 1543. O

resultado foi a grande expansão do império marítimo português e uma remodelação da real dimensão do

mundo. Buscando uma nova rota para comércio que superasse o monopólio estabelecido no Mar

Mediterrâneo, os portugueses foram responsáveis por grandes avanços tecnológicos para encarar as

condições de navegação no Oceano Atlântico e grandes avanços culturais. Após muito tempo de

investimento, os portugueses finalmente chegaram às Índias em 1498, firmando uma nova rota para

comércio de especiarias e conquistando uma grande remessa de lucros sobre os produtos que seriam

comercializados.

Dois anos depois, após indicações da existência de terras também a Oeste do continente africano, a

expedição de Pedro Álvares Cabral estendeu sua rota no Atlântico para alcançar e tomar posse dessas terras.

É o que se chama de descobrimento do Brasil, em 1500. Com o passar dos anos, esse novo território no novo

continente, que seria chamado de América, tornar-se-ia a mais importante colônia portuguesa. Entretanto,

mais dois marcos importantes ainda seriam estabelecidos, a chegada na China, em 1513, e ao Japão, em

1543. Este último é considerado, inclusive, como o marco final desse período de Navegações Portuguesas e

suas descobertas e colonização., região ao sul do continente africano que estabelece a entrada no Oceano

Índico.

EXERCÍCIOS

1- O que foi o feudalismo e quais as principais características?

2- Qual o papel da Igreja durante a Idade Média?

3- O que foi o Renascimento?

4- O que foi a Reforma Protestante?

5-Quais as principais causas da Reforma Protestante?

6- Qual a doutrina Básica do Luteranismo?

7- O que foi a Contra Reforma?

8-Qual foi a primeira Nação europeia a se lançar á Navegação?

Os primeiros padres jesuítas que chegaram ao Brasil, juntamente com os primeiros colonizadores,

integravam o sistema de colonização europeu, que tinha como lema: ―dilatar a fé e o império‖.

Deste modo, junto com as expedições vinham também padres, especialmente os padres da

Companhia de Jesus, que tinha como vocação específica a catequese de povos não-cristãos.

Fazia parte do projeto jesuíta a construção de colégios que serviriam de base catequética para os

povos recém-dominados.

Assim, em 1549, desembarcam no Brasil os padres que vinham catequizar os povos indígenas. Eles

chegam junto com o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, e têm como superior o padre

Manuel da Nóbrega.

Destaca-se na atuação jesuíta no Brasil a fundação dos colégios, o primeiro na capital do Brasil,

Salvador, e após um no Rio de Janeiro, um em Pernambuco e outro na Bahia.

Deve-se também aos jesuítas a fundação de importantes vilas e cidades em torno das missões, tal

como a cidade de São Paulo, que se originou a partir do colégio e teve como principal responsável o Padre

Anchieta, que foi beatificado pela Igreja Católica.

O padre Anchieta compôs uma gramática da língua tupi para facilitar a comunicação entre os padres

e os indígenas, além de peças de teatro e poesias de cunho catequético.

No colégio, os jesuítas ensinavam também Teologia, Religião, Letras e Filosofia.

Um importante reduto jesuíta no Brasil era a colônia de Sete Povos das Missões, no Rio Grande do

Sul, na época dominado pela Espanha.

Os jesuítas foram expulsos do Brasil no século XVIII pelo primeiro-ministro português, Marquês de

Pombal, que retirou a Igreja Católica do domínio da educação de Portugal e suas colônias.

O OURO NO BRASIL

O século do ouro

Os Setecentos

A descoberta das lavras de ouro nas Minas Gerais, nos finais do século XVII e início do século

XVIII, seguidas dos achados em Jacobina e no Rio das Contas na Bahia, nos de Forquilha e Sutil no Mato

Grosso, e o que se extraiu no sertão de Guaiás em Goiás, foi o acontecimento mais espetacular da história

econômica do Brasil colônia enquanto provocou enorme repercussão, tanto para a própria metrópole como

para boa parte do mundo. Desde os primórdios da colonização, acreditava-se que o Brasil tinha ouro e outros

metais e pedras preciosas. Só que, passados já dois séculos de ocupação, não haviam sido encontrados em

volume significativo.

Lentamente, como vimos, a economia colonial abandonou sua predominância extrativista e coletora

dos primeiros tempos, do tráfico com pau-brasil e das drogas do sertão, para uma exploração mais racional e

estável, graças à implantação dos engenhos de açúcar e das lavouras de tabaco que se espalharam por todo o

litoral do Nordeste.

População: nossa população, ao redor do final do século XVII, era estimada em uns 300 mil

povoadores (calcula-se que havia ainda 1.500.000 de índios), grande parte deles concentrados no Nordeste.

Outro pequeno núcleo populacional encontrava-se no Planalto de Piratininga, na atual São Paulo, formado

pelos bandeirantes. Tipos mamelucos que se dedicavam a prear índios pelo sertão afora, indo inclusive

atacar as missões guaranis, organizadas pelos jesuítas desde os séculos 16 e 17, no Paraguai e no atual

Estado do Rio Grande do Sul.

Foi nesse quadro, de limitado progresso econômico (os portugueses começavam a enfrentar a

concorrência da produção colonial dos holandeses, franceses e ingleses, que implantaram engenhos

açucareiros nas Antilhas ), que a Coroa determinou a pressionar seus funcionários e demais habitantes no

sentido de estimula-los, particularmente os paulistas, a que desbravassem o sertão em busca do precioso

ouro.

REVOLUÇÃO INGLESA

Contrária ao domínio de poder político da monarquia dos Stuarts, que eram soberanos ingleses

originados da Escócia, a Revolução Inglesa ocorreu no século XVII, no ano de 1640. De acordo com alguns

historiadores, esta insurreição é considerada a primeira revolução de caráter burguês realizada no ocidente.

A origem da Revolução Inglesa pode ser explicada por uma combinação de diversos fatores. Na

época da Dinastia Tudor, o país apresentava um desenvolvimento econômico próspero e de várias

conquistas. Enquanto Henrique VIII e Elisabeth I estavam no poder, ocorreu a adoção do anglicanismo, que

trouxe grandes mudanças e era um instrumento importante do Estado. Além disso, neste período, a

Inglaterra encontrava-se unificada e começou a disputar o descobrimento de novas colônias, fazendo frente

aos espanhóis.

Dentro deste contexto, havia incentivo à liberdade de comércio, além de medidas de proteção à

propriedade. Neste momento, de grande desenvolvimento econômico, surgem os monopólios comerciais, os

Mercadores Aventureiros, grupo que desejava superar os estrangeiros no comércio e a Companhia Britânica

das Índias Orientais, união de comerciantes de Londres que tinha o monopólio comercial com as ―Índias

Orientais‖.

Porém, estes adventos tiveram como resultado a divisão burguesa britânica. De um lado estavam os

comerciantes mais abastados, favorecidos pelos monopólios e, de outro, a pequena burguesia que clamava

pela livre concorrência. Junto a isso, a situação no campo gerava diversos problemas, pois as terras

começaram a ser valorizadas após a alta dos produtos da zona rural. Assim, os representantes da burguesia

poderosa, que tinham grandes propriedades, começam a expandir suas terras desapropriando terrenos de

caráter coletivo para torná-los particulares.

Isso fez com que diversos camponeses fossem expulsos da zona rural, dando espaço para a formação

de propriedades extensas que produziam lã, um dos produtos que, posteriormente, seria a base da Revolução

Industrial no país. Para atenuar um possível conflito entre a nobreza rural e os camponeses, o governo tomou

medidas para impedir os cercamentos, mas sofreu oposição da burguesia mercantil e dos grandes

proprietários de terras.

Em 1603 tem início a Dinastia do Stuarts, simbolizada por Jaime I, substituto de Elizabeth I,

considerada a última rainha da Dinastia dos Tudors. O novo soberano inglês, além de ser protestante, iniciou

um processo de aproximação com a Espanha, país católico, mostrando que era indiferente às instituições

inglesas estabelecidas no reinado dos Tudors. Isso foi um fator de extremo descontentamento da alta

burguesia, pois, até então, o equilíbrio entre os parlamentares e os monarcas era o que equilibrava a

economia inglesa. Foi durante este período que os ingleses discordantes iniciaram um processo de

emigração rumo à América do Norte.

Com a morte de Jaime I, quem assume o poder é seu filho Carlos I. No ano de 1628, dois anos após

Carlos I tomar o poder, é votada uma Petição de Direitos pelo Parlamento Inglês, que garantiu a burguesia

comerciante contra detenções ilegais e tributos. Em contrapartida, este parlamento foi dissolvido pelo rei,

que buscou apoio na Câmara Estrelada (tribunal que era formado por nobres da confiança da realeza). Além

disso, Carlos I faz uma tentativa de imposição do anglicanismo aos presbiterianos (calvinistas da Escócia),

mas não obteve apoio da burguesia e ainda viu grupos de escoceses invadirem a região norte da Inglaterra.

Sem sustentação, o rei abriu o parlamento novamente no ano de 1640 e em 1653. Porém, os parlamentares

demonstravam mais interesse em combater a tirania de Carlos I.

Entre os anos de 1641 e 1649, ocorreu uma guerra civil que foi um episódio de extrema importância

para a Revolução Inglesa. O conflito colocou frente a frente o exército da realeza (com apoio dos senhores

feudais) e os apoiadores do parlamento, denominados cabeças-redondas, que, em sua maioria, eram

puritanos burgueses liderados por Oliver Cromwell. No primeiro ano do conflito, o rei foi apoiado pelos

aristocratas das regiões norte e sul da Inglaterra, além da burguesia abastada.

No ano de 1645, após diversos embates, os cabeças-redondas, com seu exército chamado New

ModelArmy, vencem a cavalaria real na Batalha de Naseby e fazem Carlos I fugir para a Escócia, onde

tinham muitos inimigos. O rei acabou sendo capturado e vendido ao parlamento da Inglaterra, onde foi

executado.

Após ser instituída uma nova constituição, Cromwell ganha o título de Lorde Protetor da Escócia,

Irlanda e Inglaterra. Apoiado pela classe militar e burguesa, ele iniciou uma ditadura puritana. Seu governo

ficou conhecido pelas medidas de intolerância e rigidez contra os opositores. Após a morte de Cromwell, no

ano de 1658, seu filho assume o poder, mas é deposto um ano depois.

Com isso, é iniciada a Revolução Gloriosa, que coloca os Stuarts novamente no poder, representados

por Carlos II e, posteriormente, por Jaime II. No governo de Carlos II, devido a atitudes impensadas do

soberano, ocorreu uma rixa entre dois grupos do parlamento: os whigs e os tories. Os primeiros eram contra

as medidas reais e a favor de mudanças no cenário político. Já os segundos eram ligados à aristocracia

feudal e defensores de sua continuidade.

No governo de Jaime II, foram tomadas medidas absolutistas de punição contra opositores,

destituição do habeas corpus, além de prisões despóticas. Em 1689, o parlamento promulga a Declaração

dos Direitos (Bill ofRights), estabelecendo o parlamento como poder supremo e substituindo Jaime II por

sua filha Maria Stuart e Guilherme de Orange, seu genro.

REVOLUÇÃO FRANCESA

Pode se dizer que a Revolução Francesa teve relevante papel nas bases da sociedade de uma época,

além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade contemporânea.

a Revolução Francesa. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários

movimentos ao redor do mundo, dentre eles, a nossa Inconfidência Mineira.

Esse movimento teve a participação de vários grupos sociais: pobres, desempregados, pequenos

comerciantes, camponeses (estes, tinham que pagar tributos à nobreza e ao clero).

Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º

estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).

Clero

Alto clero (bispos, abades e cônicos)

Baixo clero (sacerdotes pobres)

Nobreza Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)

Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)

Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)

Povo Camponeses

Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)

Média burguesia (profissionais liberais)

Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)

Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam

os calções curtos com meias típicos da nobreza.

O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e

podiam exercer cargos públicos.

O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e

influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos

perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da

nobreza e do clero.

A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo,

porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo

com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.

Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência

com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como conseqüência, vários

trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados

elevados.

Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez

mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez

de fazer cobranças ao clero e a nobreza.

Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o rei

para convocar a Assembleia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos.

OBS: A Assembleia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos

três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos,

isso sempre somava dois votos contra um do povo.

Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque as

eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos objetivos do 3º estado, já que

este vivia na miséria e o momento atual do país era de crise econômica, fome e desemprego.

Em maio de 1789, após a reunião da Assembleia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os

privilegiados (clero e nobreza) e o povo.

A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados

juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem)

queria que o voto fosse individual.

Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero

não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados

Gerais.

Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembleia Nacional Constituinte.

O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos

revolucionários era ―Liberdade, Igualdade e Fraternidade‖.

Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder

absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A

queda da Bastilha".

O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o

povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e

os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram.

No dia 26 de agosto de 1789 a Assembleia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos

Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:

O respeito pela dignidade das pessoas

Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei

Direito à propriedade individual

Direito de resistência à opressão política

Liberdade de pensamento e opinião

Em 1790, a Assembleia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e

pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado

―Constituição Civil do Clero‖. Porém, o Papa não aceitou essa determinação.

Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.

Sair da França

Lutar contra a revolução

Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da

França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à revolução.

Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembleia Constituinte.

Principais tópicos dessa constituição

Igualdade jurídica entre os indivíduos

Fim dos privilégios do clero e nobreza

Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)

Proibição de greves

Liberdade de crença

Separação do estado da Igreja

Nacionalização dos bens do clero

Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)

O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso

contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O

objetivo dos contra-revolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a

monarquia absoluta (veja Absolutismo na França).

Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contra-revolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido,

capturado, preso e mantido sob vigilância.

Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na

Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da

burguesia decidir proclamar a República (22 de setembro de 1792).

Com a proclamação, a Assembleia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha

como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França.

Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:

Girondinos: alta burguesia

Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os

interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei.

Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.

Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei

trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas

estrangeiras.

Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na

guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária).

Esse período ficou conhecido como ―Terror‖, ou "Grande Medo", pois os não-jacobinos tinham

medo de perder suas cabeças.

Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava

equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais

próximas das aspirações das camadas populares.

Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército

francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras.

Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo:

Direito ao voto

Direito de rebelião

Direito ao trabalho e a subsistência

Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos.

Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuíram, os girondinos e o grupo da

planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e guilhotinado em 1794.

Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os

interesses da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu elaborar outra

constituição para a França.

A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria controlado pelo

Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas para controlar o descontentamento popular e

afirmar o controle político da burguesia sobre o país.

Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando

a situação.

Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da burguesia e do

exército, provocou um golpe.

Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado.

Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.

Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução.

EXERCÍCIOS

1-Qual o primeiro Tratado de divisão das terras Americanas?

2-Como o Território brasileiro foi sendo conquistado para chegar na extensão que possui hoje?

3-Quem trouxe a Expressão Sertão para o Brasil, e o que significa?

4-Qual o Lema trazido pelos Jesuítas ao Brasil?

5-Qual o verdadeiro motivo da vinda dos jesuítas ao Brasil?

6-Em que período se desenvolveu o ciclo do ouro no Brasil?

7-Quais as principais consequências do ciclo do ouro para os brasileiros?

8-Qual a principal consequência da Revolução Inglesa?

9- Como era dividida a população Francesa antes da Revolução?

10-Quais os ideais usadas pelo 3º estado ou estamento Frances, quando iniciaram a Revolução Francesa?

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos

XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo

assalariado e com o uso das máquinas.

Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que

consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.

Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra,

possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas

manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma

rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a

localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a

trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram

obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e

começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como ―os quebradores de máquinas―. Outros

movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.

O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação

passando a executar apenas uma etapa.

A Primeira etapa da Revolução Industrial Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada,

primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear

mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como

Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia

elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e

o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial

Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da

Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações

dessa época.

A ERA NAPOLEÔNICA

No desenrolar da Revolução Francesa nas duas últimas décadas do século XVIII, os jacobinos

assumiram o poder e instalaram a chamada ―fase do terror‖ ou ―Terror Revolucionário‖. Nessa fase, que se

tornou crucial a partir do ano de 1793, uma série de crises começou a ocorrer na França, tanto de ordem

política quanto de ordem econômica e militar. Tais crises implicaram a insatisfação dos setores políticos

mais moderados, os quais passaram a articular o afastamento dos jacobinos do poder. Para tanto, tornava-se

necessário o estabelecimento de uma nova estrutura política que fosse gerenciada por um líder habilidoso e

com grande prestígio popular.

Napoleão Bonaparte, apesar de jovem, destacou-se como um dos mais respeitáveis generais do

exército francês durante a Revolução. Sua habilidade na guerra devia-se a variados fatores, mas

principalmente à verdadeira reforma que empreendeu com suas tropas, concedendo vantagens, motivação,

profissionalização e, sobretudo, a infusão de um espírito nacional nos soldados. O exército de Napoleão foi

o primeiro exército popular da história ligado à ideia de nação – a Nação Francesa –, ao contrário dos

exércitos tradicionais que eram eminentemente aristocráticos.

Napoleão assumiu o poder apoiado pelos setores da burguesia que queriam o fim do Diretório,

comandado pelos Jacobinos. Napoleão pôde, assim, reprimir tanto os revolucionários que estavam à

esquerda quanto os monarquistas que estavam à direita política da França à época. A manobra político-

militar que o colocou no poder ficou conhecida como golpe do 18 de brumário (nome que faz referência ao

dia e mês do calendário revolucionário) em 1799. No ano seguinte ao golpe, uma nova Constituição foi

promulgada, fortalecendo o Poder Executivo e dando a Napoleão o cargo de cônsul vitalício.

Napoleão passou de jovem general a Imperador da França, instituindo uma dinastia familiar

Entretanto, dado o enorme poder que passou a concentrar no cargo de cônsul, Napoleão coroou-se,

em 1804, na catedral de Notre-Dame, em Paris, tornando-se imperador dos franceses – esse fato tornou-se

símbolo da total independência que o novo imperador passou a ter em relação à Igreja, já que antes era o

Papa que coroava o Rei.

A partir de então, o imperador Napoleão passou a estabelecer uma série de mudanças na França,

desde a reabilitação da Igreja Católica, promovendo reformas no clero e, em certa medida, controlando-o,

até a instituição de um novo Código Civil, que veio a estruturar uma complexa legislação que até hoje tem

seu reflexo no Direito Constitucional e Internacional do mundo todo.

Além disso, Napoleão também procurou expandir seu império para várias regiões da Europa. Suas

campanhas contra a Prússia e a Rússia tornaram-se notórias. O exército nacional francês conseguiu vitórias

espetaculares contra os outros exércitos aristocráticos. Aos povos conquistados, Napoleão dava a

justificativa de que os ―libertava‖ da estrutura do absolutismo, ou do Antigo Regime, que vigorava até então

em vários países da Europa.

O principal entrave aos projetos de Napoleão foi o Império Britânico. A Grã-Bretanha, por consistir

em um conjunto de ilhas, não ficou exposta aos ataques da infantaria napoleônica e, não obstante, detinha a

marinha mais poderosa do mundo na época. Napoleão procurou, então, estabelecer uma estratégia diferente

contra os britânicos: bloqueá-los economicamente. Essa estratégia ficou conhecida como ―Bloqueio

Continental‖ e consistia em pressionar as nações europeias que estavam sob influência da França a não

estabelecerem vínculo comercial com a Inglaterra. Foi nesse contexto que o rei português, D. João VI, que

era apoiado pela Grã-Bretanha, fugiu com a sua corte para o Brasil – até então colônia – por não atender às

determinações de Napoleão.

De 1813 a 1815, Napoleão sofreu, gradativamente, desgastes em seu império, sobretudo pela grande

resistência que países como o Reino Unido, Áustria, Prússia e Rússia ofereciam ao seu domínio. A batalha

mais famosa que marcou o declínio de Napoleão foi a Batalha de Waterloo, de onde saiu derrotado. A

dinastia de Bourbon foi restaurada na França e ascendeu ao trono o rei Luís XVIII. Assim acabou o reinado

dinástico de Napoleão, que foi exilado na ilha de Santa Helena e lá morreu em 1821.

INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

A partir do século XVI, a Espanha colonizou várias regiões da América. O sistema de colonização

espanhola baseado na exploração dos recursos naturais e minerais das áreas dominadas. Os povos

americanos (incas, astecas, maias e outros nativos) foram dominados, perderam suas terras e tiveram que

seguir a cultura imposta pelos espanhóis. Estes povos nativos também tiveram que trabalhar de forma

forçada para os colonizadores da Espanha.

A administração implantada pela Espanha nas colônias americanas era totalmente controlada pela

metrópole e tinha por objetivo principal a obtenção de riquezas. As leis e suas aplicações eram definidas

pela coroa espanhola e, portanto, serviam aos seus interesses políticos e econômicos.

No campo econômico o controle da metrópole sobre as colônias americanas era rígido. Os colonos só

podiam comprar e vender produtos da Espanha. Esta espécie de pacto colonial era altamente desfavorável

aos colonos americanos, pois acabam sempre vendendo a preços baixos e comprando a preços altos, gerando

grandes lucros aos espanhóis.

As lutas pela Independência da América Espanhola.

Diante da exploração e injustiças adotas pela Espanha na América, a partir do século XVIII começa a

brotar um movimento de resistência nas colônias, liderado pelos criollos. Estes eram filhos de espanhóis

nascidos na América. Além dos laços culturais que tinham com o continente americano, viam na

independência uma forma de obtenção de poder político. Muitos destes criollos eram comerciantes e, através

da independência poderiam obter liberdade para seus negócios, aumentando assim seus lucros. Vale lembrar

também que muitos criollos estudaram na Europa, onde tomaram contato com os ideais de liberdade

propagados pelos iluministas.

No século XVIII, várias revoltas emancipacionistas ocorreram em diversas colônias americanas,

lideradas em sua maioria pelos criollos. Porém, todas elas foram reprimidas com força e violência pela

Espanha.

O processo de independência e suas principais características:

O processo de independência ganhou força no começo do século XIX, aproveitando a fragilidade

política em que se encontrava a Espanha, após a invasão das tropas napoleônicas. As lutas pela

independência ocorreram entre os anos de 1810 e 1833.

Vale ressaltar que o grau de insatisfação e revolta da população americana com o domínio espanhol

havia atingido o ponto máximo no começo do século XIX. Foi nesta época também que os criollos

conseguiram organizar movimentos emancipacionistas em todos os vice-reinos.

Ao contrário do que aconteceu no Brasil, o processo de independência das colônias espanholas foi

violento, pois houve resistência militar por parte da Espanha. As guerras de independência geraram milhares

de mortes de ambos os lados.

Os movimentos de independência, embora liderados pelos criollos, contou com a participação de

negros, mestiços, brancos das camadas mais pobres e até mesmo de indígenas.

As colônias estavam divididas administrativamente em quatro vice-reinos (Nova Granada, Nova

Espanha, Rio da Prata e Peru) e quatro capitanias-gerais (Chile, Venezuela, Guatemala e Cuba). Após o

processo de independência, estes vice-reinos foram divididos e tornaram-se países. O vice-reino do Rio da

Prata, por exemplo, transformou-se, após ser dividido, nos atuais: Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai.

Enquanto o Brasil seguiu o sistema monárquico após sua independência em 1822, os países que se

formaram com a independência das colônias espanholas adoram a República.

Anos da independência dos principais países da América Espanhola:

- México: 1821

- Peru: 1821

- Argentina: 1816

- Paraguai: 1813

- Uruguai: 1815

- Venezuela: 1811

- Bolívia: 1825

- Colômbia: 1811

- Equador: 1811

- Chile: 1818

Principais líderes

Os principais líderes das lutas pela independência nos países da América Espanhola foram

SimónBolivar e San Martín.

- Simón Bolivar: militar e politico venezuelano, foi de fundamental importância nos processos de

independência da Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Panamá e Peru. Ganhou em 1813, na Venezuela,

o título honorífico de Libertador.

- José de San Martín: general argentino, foi decisivo nos processos de independência da Argentina,

Chile e Peru.

Consequências:

- Ascensão política dos criollos nas ex-colônias;

- Conquista da liberdade econômica, que favoreceu financeiramente e politicamente a aristocracia;

- Criação de dependência econômica com relação à Inglaterra, maior potência mercantil do século

XIX;

- Infelizmente, a independência política não significou a diminuição das desigualdades e injustiças

sociais nas ex-colônias espanholas. A pobreza e miséria continuaram como realidade para grande parte da

população;

- Instalação do sistema republicano em que, através das eleições, as elites se perpetuavam no poder.

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o

fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e

muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi

executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência

Mineira.

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno

para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a

presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de

Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois

preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte,

organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também

que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação.

Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade

que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar

uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a

Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São

Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato

ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D.

Pedro foi declarado imperador do Brasil.

Bandeira do Brasil Império. Primeira bandeira brasileira após a Independência.

Pós Independência:

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o

México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a

independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.

Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O

povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária

continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária,

que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

EXERCÍCIOS

11-Qual a fase da Primeira Revolução Industrial e qual o país pioneiro?

12- Qual a fase da Segunda Revolução Industrial, e quais os países atingidos?

13- Qual a fase da terceira revolução Industrial?

14-O que foi o Bloqueio Continental de Napoleão Bonaparte?

15-Quem eram conhecidos como povos nativos da América Espanhola?

16- Quem era os criollos na América Espanhola?

17- Entre quaisos anos que os países da América Espanhola se libertaram da Espanha e se tornaram

independentes?

18- Quem era os principais líderes da Independência da América Espanhola?

PRIMEIRO REINADO

O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem

início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a

abdicação de D. Pedro I.

O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no

Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.

Reações ao processo de Independência

Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não

queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões ocorreram muitos protestos e reações

políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas

locais e oficiais.

Constituição de 1824

Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os

poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo

ano, o imperador, insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a

Assembleia. Alguns deputados foram presos.

D.Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi

outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de

definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do

imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.

A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só

poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser

candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e

800.000 réis para senador).

Guerra da Cisplatina

Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de

D.Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província

brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros

para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se

chamar República Oriental do Uruguai.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a

Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central.

A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e

fazendeiros da região com o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento.

Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou

guerra ao governo imperial.

O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos

revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém

a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou.

Bandeira do Brasil no Primeiro Reinado

Desgaste e crise do governo de D.Pedro I

Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava extremamente desgastado.

O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava

grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e

sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição

foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.

Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico

do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a

desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.

Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com

atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que

ficou conhecido como ―A Noite das Garrafadas‖. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I

entraram em conflitos de rua com os opositores.

Abdicação

Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu

que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.

Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com

apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou para a Europa.

PERÍODO REGENCIAL

O Período Regencial é uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o

imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha

apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser

governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).

Regentes que governaram o Brasil no período:

- Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de

Caravelas.

- Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho, João

Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.

- Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.

- Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.

- Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.

Um período tumultuado

O Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial.

Crise politica

A crise política deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo entre diversos grupos

políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder); Moderados (voto só para os ricos e

continuação da Monarquia) e Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e

voto para todas as pessoas).

Revoltas

As revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da

população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e serem atendidas pelo governo.

Principais revoltas do período:

- Cabanagem (1835 a 1840) – motivada pelas péssimas condições de vida em que vivia a grande

maioria dos moradores da província do Grão-Pará.

- Balaiada (1838 – 1841) – ocorreu na província do Maranhão. A causa principal foi a exploração da

população mais pobre por parte dos grandes produtores rurais.

- Sabinada (1837-1838) – ocorreu na província da Bahia. Motivada pela insatisfação de militares e

camadas médias e ricas da população com o governo regencial.

Golpe da Maioridade e fim do Período Regencial

Os políticos brasileiros e grande parte da população acreditavam que a grave crise que o país

enfrentava era fruto, principalmente, da falta de um imperador forte e com poderes para enfrentar a situação.

Em 23 de julho de 1840, com apoio do Partido Liberal, foi antecipada pelo Senado Federal a

maioridade de D. Pedro II (antes de completar 14 anos) e declarado o fim das regências. Esse episódio ficou

conhecido como o Golpe da Maioridade. Foi uma forma encontrada pelos políticos brasileiros de dar poder e

autoridade ao jovem imperador para que as revoltas pudessem ser debeladas e a ordem restaurada no Brasil.

SEGUNDO REINADO

O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II, realizada no dia 23

de julho de 1840. Na época, o jovem imperador tinha apenas quatorze anos de idade e só conseguiu ocupar o

posto máximo do poder executivo nacional graças a um bem arquitetado golpe promovido pelos grupos

políticos liberais. Até então, os conservadores (favoráveis à centralização política) dominaram o cenário

político nacional.

Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi caracterizado por uma política

conservadora e autoritária que fomentou diversas revoltas no Brasil. As disputas políticas do período e o

desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente permitiram que a manobra em favor de Dom Pedro

de Alcântara tivesse sustentabilidade política. Nos quarenta e nove anos subsequentes o Brasil esteve na mão

de seu último e mais longevo monarca.

Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a criação de dispositivos capazes de

agraciar os dois grupos políticos da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma mesma classe

socioeconômica, barganharam a partilha de um poder repleto de mecanismos onde a figura do imperador

aparecia como um ―intermediário imparcial‖ às disputas políticas. Ao mesmo tempo em que se distribuíam

ministérios, o rei era blindado pelos amplos direitos do irrevogável Poder Moderador.

A situação contraditória, talvez de maneira inesperada, configurou um período de relativa

estabilidade. Depois da Revolução Praieira, em 1847, nenhuma outra rebelião interna se impôs contra a

autoridade monárquica. Por quê? Alguns historiadores justificam tal condição no bom desempenho de uma

economia impulsionada pela ascensão das plantações de café. No entanto, esse bom desempenho conviveu

com situações delicadas provindas de uma economia internacional em plena mudança.

O tráfico negreiro era sistematicamente combatido pelas grandes potências, tais como a Inglaterra,

que buscava ampliar seus mercados consumidores por aqui. A partir da segunda metade do século XIX,

movimentos abolicionistas e republicanos ensaiavam discursos e textos favoráveis a uma economia mais

dinâmica e um regime político moderno e inspirado pela onda republicana liberal.

Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do Paraguai (1864 – 1870), foi possível observar as

primeiras medidas que indicaram o fim do regime monárquico. O anseio por mudanças parecia vir em

passos tímidos ainda controlados por uma elite desconfiada com transformações que pudessem ameaçar os

seus antigos privilégios. A estranha mistura entre o moderno e o conservador ditou o início de uma república

nascida de uma quartelada desprovida de qualquer apoio popular.

A CULTURA NEGRA NO BRASIL

A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. A

cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que

era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha

as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos.

Nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os

costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de

expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança, era praticada para ser usada

contra os inimigos (senhores de engenho).Culinária. Outra característica marcante da cultura afro no Brasil é

a questão dos diferentes temperos dados à culinária brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas

da cozinha indígena com a europeia e transformar em comida brasileira. Ora, os escravos saíram de suas

terras para um local diferente, sem trazer nada consigo. São pratos mais famosos da culinária afro-

brasileira:Acarajé;

Vatapá;

Bobó;

Feijoada (a famosa feijoada é citada como sendo um prato servido nas senzalas).

Azeite de dendê (tempero comum na culinária baiana);

Frutas e especiarias: coco, banana, pimenta malagueta e o café são produtos oriundos das terras

africanas.

Expressões Culturais

Uma coisa que chama a atenção é a alegria do povo afro-brasileiro. Além da capoeira, que já é

comum em várias partes do Brasil, mas enfaticamente no estado da Bahia. Os negros trouxeram estilos

diferentes no quesito de moda e estilo. Sempre baseado nas culturas dos ancestrais, aderem penteados

interessantes, como os dreadlocks, da cultura rastafári; o cabelo blackpower; os trançados; com balangandãs,

dentre outros.

Música

Na música, predomina o samba, bem marcante na cultura brasileira, o que é uma herança dos afro-

brasileiros. O estilo musical nasceu em meados da década de 1920; no Rio de Janeiro, surgiu e permitiu a

criação de outros ritmos, tais como: o samba enredo, o samba de breque, o samba canção e a bossa nova.

Religião

O candomblé, religião afro-brasileira, assim como a umbanda, a macumba e o omoloko, foi deixado

pelos escravos que adotavam o sincretismo para preservação desse culto. Na época do trabalho escravo, para

que a adoração aos deuses africanos não cessassem, os negros usavam os santos da igreja católica, como

forma de despistar a mão de ferro portuguesa. Por isso, se vê a mistura do candomblé com o catolicismo.

A cultura negra é algo que influenciou, não só o Brasil, mas diversas nações que usufruem da

pluralidade do movimento negro. Nos Estados Unidos, o estilo dos negros é bem característico. O rap e hip

hop são elementos que fazem parte do cotidiano do povo negro.

Em meio às lutas, pode se dizer que os negros venceram e continuam nesse processo. Embora

existam ainda casos de racismo, esse quadro tem mudado.

Dia Nacional da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra lembra a resistência à escravidão e é comemorado no dia 20

de novembro, no Brasil, homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, ícone da cultura

negra. O projeto de lei que deu vida a esse dia foi o 10.639/2003, mas só foi sancionado e considerado

quando a presidenta Dilma Rouseff sancionou a Lei 12.519/2011.

A homenagem ao dia surgiu em 1978 através do Movimento Negro Unificado. O objetivo dessa data

é refletir sobre o preconceito, mostrar ao povo a cultura africana, comemorar e lutar pelos direitos e a

igualdade do povo negro.

Zumbi dos Palmares

O líder dos negros no quilombo dos palmares, Zumbi dos Palmares, foi responsável por lutar contra a

escravidão e morreu lutando pelos direitos do seu povo. O quilombo liderado por ele encontrava-se no

estado de Alagoas e resistiu por cerca de 100 anos, abrigando entre 25 mil a 30 mil negros, segundo os

dados da Fundação Cultural Palmares.

Foram através dos quilombos que os negros preservaram a sua cultura e também formaram a

resistência contra o sistema de escravidão no período colonial. O líder que inspirou e ainda inspira a muito

negros foi um herói contra o sistema que vigorava na época e representa um momento em que eles devem

lutar e repensar sobre a identidade dos negros na sociedade brasileira.

Zumbi foi morto pelas tropas coloniais de Jorge Velho e foi assassinado em 20 de novembro de

1695. Após a sua morte, a abolição da escravatura só chegou ao Brasil em 1888.

A data é considerada ponto facultativo e não um feriado obrigatório, portanto, cabe aos municípios e

estados aderirem a data como feriado.

Nesse dia e em todo o mês de novembro várias atividades culturais são realizadas em comemoração a

data como passeatas, oficinas, cursos, seminários, oficinas, etc. Além disso, entidades e instituições ligadas

aos movimentos negros estimulam a população na comemoração dessa data.

Eventos relacionados a Cultura Afro-brasileira

Feira Preta Week ou Feira Cultura Preta

É uma das maiores feiras de cultura negra da América, possui uma agenda cultural vasta com

atividades sobre moda, dança, literatura, gastronomia, música, turismo afro e muitos outros, bem como a

comercialização de produtos afro. O objetivo do evento é mostrar que a cultura negra também faz parte da

sociedade brasileira, bem como valorizando-a diante da sociedade.

Todos os anos, a feira é realizada desde 2002, em várias cidades do país. A feira é organizada pelo

Instituto Feira Preta que atua na promoção e no desenvolvimento da cultura negra na sociedade

Mostra Internacional do Cinema Negro

É uma mostra que acontece, geralmente, na semana da Consciência Negra, realizada para mostrar à

sociedade a imagem positiva dos afrodescendentes por meio do cinema, bem como incluí-los na sociedade.

Marcha da Consciência Negra

A marcha é realizada em alguns estados para celebrar o dia da consciência negra. Os manifestantes

vestem camisetas de protestos, levam cartazes, faixas contra o preconceito à população negra. Geralmente

participam pessoas de movimentos populares, sindicatos, organizações civis, estudantes e demais indivíduos

que desejarem aderir ao movimento.

Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB)

É considerado o primeiro museu federal da cultura negra, um projeto de renovação à política cultural

do Ministério da Cultura, responsável por reunir a história do povo afro-brasileiro. Sua sede encontra-se na

Bahia, em Salvador. Os organizadores propõe ações como intercâmbios entre os continentes de origem

africana como Angola, Guiné e Moçambique, mostras e exposições.

EXERCÍCIOS

19-Qual o fato considerado o mais importante do nosso país, pois marcou o fim do domínio Português e a

conquista da autonomia?

20- Em que dia comemoramos a Independência do Brasil?

21- Qual a fase do primeiro Reinado no Brasil?

22-Porque a Constituição Imperial foi chamada de Outorgada?

23-O que foi a Confederação do Equador?

24-O que foi o Período Regencial?

25-Quais as principais Revoltas do Período Regencial?

26-Com quantos anos D. Pedro II, assumiu o Governo Brasileiro?

27-Dentro da Cultura Negra no Brasil, temos diversos pratos típicos dessa cultura. Cite alguns:

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