Índice · 2013. 6. 21. · 9.1 - bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.a - ativos...
TRANSCRIPT
-
5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado 32
5. Risco de mercado
4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes 23
4.4 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos cujas partes contrárias sejam administradores, ex-administradores, controladores, ex-controladores ou investidores
27
4.1 - Descrição dos fatores de risco 18
4.2 - Comentários sobre expectativas de alterações na exposição aos fatores de risco 22
4.7 - Outras contingências relevantes 30
4.8 - Regras do país de origem e do país em que os valores mobiliários estão custodiados 31
4.5 - Processos sigilosos relevantes 28
4.6 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos, não sigilosos e relevantes em conjunto
29
4. Fatores de risco
3.9 - Outras informações relevantes 17
3.8 - Obrigações de acordo com a natureza e prazo de vencimento 16
3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras 8
3.4 - Política de destinação dos resultados 9
3.1 - Informações Financeiras 6
3.2 - Medições não contábeis 7
3.7 - Nível de endividamento 12
3.6 - Declaração de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas 11
3.5 - Distribuição de dividendos e retenção de lucro líquido 10
3. Informações financ. selecionadas
2.1/2.2 - Identificação e remuneração dos Auditores 2
2.3 - Outras informações relevantes 5
2. Auditores independentes
1.1 - Declaração e Identificação dos responsáveis 1
1. Responsáveis pelo formulário
Índice
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes - outros 86
9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.a - Ativos imobilizados 87
9. Ativos relevantes
8.2 - Organograma do Grupo Econômico 83
8.1 - Descrição do Grupo Econômico 82
8.4 - Outras informações relevantes 85
8.3 - Operações de reestruturação 84
8. Grupo econômico
7.7 - Efeitos da regulação estrangeira nas atividades 79
7.6 - Receitas relevantes provenientes do exterior 78
7.9 - Outras informações relevantes 81
7.8 - Relações de longo prazo relevantes 80
7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades 49
7.2 - Informações sobre segmentos operacionais 45
7.1 - Descrição das atividades do emissor e suas controladas 44
7.4 - Clientes responsáveis por mais de 10% da receita líquida total 48
7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais 46
7. Atividades do emissor
6.3 - Breve histórico 40
6.1 / 6.2 / 6.4 - Constituição do emissor, prazo de duração e data de registro na CVM 39
6.5 - Principais eventos societários ocorridos no emissor, controladas ou coligadas 41
6.7 - Outras informações relevantes 43
6.6 - Informações de pedido de falência fundado em valor relevante ou de recuperação judicial ou extrajudicial 42
6. Histórico do emissor
5.3 - Alterações significativas nos principais riscos de mercado 37
5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado 34
5.4 - Outras informações relevantes 38
Índice
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
12.4 - Regras, políticas e práticas relativas ao Conselho de Administração 136
12.5 - Descrição da cláusula compromissória para resolução de conflitos por meio de arbitragem 137
12.3 - Datas e jornais de publicação das informações exigidas pela Lei nº6.404/76 135
12.1 - Descrição da estrutura administrativa 125
12.2 - Regras, políticas e práticas relativas às assembleias gerais 133
12.6 / 8 - Composição e experiência profissional da administração e do conselho fiscal 138
12.7 - Composição dos comitês estatutários e dos comitês de auditoria, financeiro e de remuneração 147
12.9 - Existência de relação conjugal, união estável ou parentesco até o 2º grau relacionadas a administradores do emissor, controladas e controladores
152
12. Assembléia e administração
11.1 - Projeções divulgadas e premissas 123
11.2 - Acompanhamento e alterações das projeções divulgadas 124
11. Projeções
10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do auditor 105
10.5 - Políticas contábeis críticas 109
10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações financeiras 104
10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais 92
10.2 - Resultado operacional e financeiro 102
10.6 - Controles internos relativos à elaboração das demonstrações financeiras - Grau de eficiência e deficiência e recomendações presentes no relatório do auditor
114
10.9 - Comentários sobre itens não evidenciados nas demonstrações financeiras 118
10.10 - Plano de negócios 119
10.11 - Outros fatores com influência relevante 122
10.7 - Destinação de recursos de ofertas públicas de distribuição e eventuais desvios 116
10.8 - Itens relevantes não evidenciados nas demonstrações financeiras 117
10. Comentários dos diretores
9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.b - Patentes, marcas, licenças, concessões, franquias e contratos de transferência de tecnologia
89
9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.c - Participações em sociedades 90
9.2 - Outras informações relevantes 91
Índice
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
14.2 - Alterações relevantes - Recursos humanos 176
14.1 - Descrição dos recursos humanos 174
14.3 - Descrição da política de remuneração dos empregados 177
14. Recursos humanos
13.13 - Percentual na remuneração total detido por administradores e membros do conselho fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores
170
13.12 - Mecanismos de remuneração ou indenização para os administradores em caso de destituição do cargo ou de aposentadoria
169
13.14 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal, agrupados por órgão, recebida por qualquer razão que não a função que ocupam
171
13.16 - Outras informações relevantes 173
13.15 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal reconhecida no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de sociedades sob controle comum e de controladas do emissor
172
13.4 - Plano de remuneração baseado em ações do conselho de administração e diretoria estatutária 161
13.5 - Participações em ações, cotas e outros valores mobiliários conversíveis, detidas por administradores e conselheiros fiscais - por órgão
162
13.3 - Remuneração variável do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal 160
13.1 - Descrição da política ou prática de remuneração, inclusive da diretoria não estatutária 156
13.2 - Remuneração total do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal 159
13.6 - Remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária 163
13.9 - Informações necessárias para a compreensão dos dados divulgados nos itens 13.6 a 13.8 - Método de precificação do valor das ações e das opções
166
13.10 - Informações sobre planos de previdência conferidos aos membros do conselho de administração e aos diretores estatutários
167
13.11 - Remuneração individual máxima, mínima e média do conselho de administração, da diretoria estatutária e do conselho fiscal
168
13.7 - Informações sobre as opções em aberto detidas pelo conselho de administração e pela diretoria estatutária 164
13.8 - Opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária
165
13. Remuneração dos administradores
12.11 - Acordos, inclusive apólices de seguros, para pagamento ou reembolso de despesas suportadas pelos administradores
154
12.10 - Relações de subordinação, prestação de serviço ou controle entre administradores e controladas, controladores e outros
153
12.12 - Outras informações relevantes 155
Índice
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
18.3 - Descrição de exceções e cláusulas suspensivas relativas a direitos patrimoniais ou políticos previstos no estatuto
204
18.4 - Volume de negociações e maiores e menores cotações dos valores mobiliários negociados 205
18.5 - Descrição dos outros valores mobiliários emitidos 206
18.1 - Direitos das ações 202
18.2 - Descrição de eventuais regras estatutárias que limitem o direito de voto de acionistas significativos ou que os obriguem a realizar oferta pública
203
18.6 - Mercados brasileiros em que valores mobiliários são admitidos à negociação 207
18. Valores mobiliários
17.3 - Informações sobre desdobramentos, grupamentos e bonificações de ações 199
17.4 - Informações sobre reduções do capital social 200
17.5 - Outras informações relevantes 201
17.1 - Informações sobre o capital social 197
17.2 - Aumentos do capital social 198
17. Capital social
16.1 - Descrição das regras, políticas e práticas do emissor quanto à realização de transações com partes relacionadas
187
16.2 - Informações sobre as transações com partes relacionadas 188
16.3 - Identificação das medidas tomadas para tratar de conflitos de interesses e demonstração do caráter estritamente comutativo das condições pactuadas ou do pagamento compensatório adequado
196
16. Transações partes relacionadas
15.3 - Distribuição de capital 182
15.4 - Organograma dos acionistas 183
15.1 / 15.2 - Posição acionária 180
15.7 - Outras informações relevantes 186
15.6 - Alterações relevantes nas participações dos membros do grupo de controle e administradores do emissor 185
15.5 - Acordo de acionistas arquivado na sede do emissor ou do qual o controlador seja parte 184
15. Controle
14.4 - Descrição das relações entre o emissor e sindicatos 179
Índice
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
22.2 - Alterações significativas na forma de condução dos negócios do emissor 226
22.1 - Aquisição ou alienação de qualquer ativo relevante que não se enquadre como operação normal nos negócios do emissor
225
22.4 - Outras informações relevantes 228
22.3 - Contratos relevantes celebrados pelo emissor e suas controladas não diretamente relacionados com suas atividades operacionais
227
22. Negócios extraordinários
21.2 - Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas
222
21.1 - Descrição das normas, regimentos ou procedimentos internos relativos à divulgação de informações 218
21.4 - Outras informações relevantes 224
21.3 - Administradores responsáveis pela implementação, manutenção, avaliação e fiscalização da política de divulgação de informações
223
21. Política de divulgação
20.2 - Outras informações relevantes 217
20.1 - Informações sobre a política de negociação de valores mobiliários 216
20. Política de negociação
19.2 - Movimentação dos valores mobiliários mantidos em tesouraria 213
19.1 - Informações sobre planos de recompra de ações do emissor 212
19.4 - Outras informações relevantes 215
19.3 - Informações sobre valores mobiliários mantidos em tesouraria na data de encerramento do último exercício social
214
19. Planos de recompra/tesouraria
18.8 - Ofertas públicas de distribuição efetuadas pelo emissor ou por terceiros, incluindo controladores e sociedades coligadas e controladas, relativas a valores mobiliários do emissor
209
18.7 - Informação sobre classe e espécie de valor mobiliário admitida à negociação em mercados estrangeiros 208
18.10 - Outras informações relevantes 211
18.9 - Descrição das ofertas públicas de aquisição feitas pelo emissor relativas a ações de emissão de terceiros 210
Índice
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
Cargo do responsável Diretor Presidente
Cargo do responsável Diretor de Relações com Investidores
Nome do responsável pelo conteúdo do formulário
Braselino Carlos da Assunção Sousa da Silva
Nome do responsável pelo conteúdo do formulário
Augusto Sérgio Amorim Costa
Os diretores acima qualificados, declaram que:
a. reviram o formulário de referência
b. todas as informações contidas no formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº 480, em especial aos arts. 14 a 19
c. o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira do emissor e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ele emitidos
1.1 - Declaração e Identificação dos responsáveis
PÁGINA: 1 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
Tipo auditor Nacional
Código CVM 210-0
Possui auditor? SIM
2.1/2.2 - Identificação e remuneração dos Auditores
PÁGINA: 2 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
Nome/Razão social BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES
PÁGINA: 3 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
José Luiz de Souza Gurgel 07/06/2010 918.587.207-53 Rua: Bela Cintra, 756, 3º Andar, Conj. 32, Cerqueira Cesar, São Paulo, SP, Brasil, CEP 01415-000, Telefone (011) 31385000, Fax (011) 31385182, e-mail: [email protected]
Razão apresentada pelo auditor em caso da discordância da justificativa do emissor
Nome responsável técnico Período de prestação de serviço CPF Endereço
CPF/CNPJ 52.803.244/0001-06
Descrição do serviço contratado Prestação de serviços técnicos de auditoria independente das demonstrações contábeis, de todas as modalidades de operações do Banco, inclusive sua responsabilidade no auxílio pós-emprego, seus sistemas informatizados, os controles internos, gerenciamento de risco e o componente organizacional de ouvidoria, com a emissão de parecer técnico e relatórios de auditoria, compreendendo:
- Auditoria das demonstrações contábeis:
1 - Do Banco do Estado do Pará S.A. – BANPARÁ.
2 - Do fundo Banco do Produtor.
- Revisão especial dos seguintes relatórios:
1 - Informações Trimestrais - ITR.
2 - Informações Financeiras Trimestrais - IFT.
3 - Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS.
4 - Ouvidoria.
5 - Demais revisões exigidas pelo Banco Central do Brasil – BACEN e ou Comissão de Valores Mobiliários – CVM durante o processo licitatório ou na vigência do contrato, limitados ao número de 5 (cinco) novas revisões.
- Revisão dos cálculos e procedimentos mensais para apuração e recolhimento dos tributos e contribuições, em especial do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro, bem como do preenchimento da declaração do Imposto de Renda do BANPARÁ, antes da entrega à Receita Federal do Brasil, referentes aos períodos-base a encerrar-se em 31 de dezembro de cada exercício social em que perdurar a contratação.
- Assistência total na elaboração das Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas, e na adequação de tais demonstrativos aos pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), na forma estabelecida na Resolução CMN nº 3.786, de 24.09.2009, destinadas à publicação.
- Auditoria dos sistemas do controle interno, de gerenciamento de risco, inclusive sistemas de processamento eletrônico de dados, e do componente organizacional de ouvidoria.
- Tradução para a língua inglesa e espanhol, ou na forma definida, ou que vier a ser, pelo Banco Central do Brasil e/ou pela Comissão de Valores Mobiliários, das Demonstrações Contábeis, Notas Explicativas e respectivo parecer de auditoria.
Período de prestação de serviço 07/06/2010
Justificativa da substituição
Montante total da remuneração dos auditores independentes segregado por serviço
Valor global estimado em R$ 284.000,00 (duzentos e oitenta e quatro mil reais).
PÁGINA: 4 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
2.3 - Outras informações relevantes
2.3. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes.
Não há.
PÁGINA: 5 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
Resultado Líquido por Ação 4,589028 8,233519 2,329076
Valor Patrimonial de Ação (Reais Unidade)
22,189472 18,780851 11,121500
Número de Ações, Ex-Tesouraria (Unidades)
9.521.649 9.521.649 9.521.649
Resultado Líquido 43.695.112,17 78.396.682,60 22.176.642,52
Resultado Bruto 245.400.330,80 188.008.425,55 140.232.825,73
Rec. Liq./Rec. Intermed. Fin./Prem. Seg. Ganhos
340.331.793,12 303.043.854,28 238.005.076,63
Ativo Total 1.773.464.636,25 1.537.896.293,25 1.392.391.412,43
Patrimônio Líquido 211.280.367,00 178.824.667,00 105.895.017,17
3.1 - Informações Financeiras - Individual
(Reais) Exercício social (31/12/2009) Exercício social (31/12/2008) Exercício social (31/12/2007)
PÁGINA: 6 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
3.2 - Medições não contábeis
3.2. Caso o emissor tenha divulgado, no decorrer do último exercício social, ou deseje
divulgar neste formulário medições não contábeis, como Lajida (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) ou Lajir (lucro antes de juros e imposto de renda),
o emissor deve:
Não há.
PÁGINA: 7 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras
3.3. Identificar e comentar qualquer evento subsequente às últimas demonstrações
financeiras de encerramento de exercício social que as altere substancialmente.
Não há.
PÁGINA: 8 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
3.4 - Política de destinação dos resultados
3.4. Descrever a política de destinação dos resultados dos 3 últimos exercícios sociais,
indicando:
De acordo com o Estatuto Social, dos anos de 2007, 2008 e 2009, do lucro líquido verificado
em cada exercício, serão destinados:
- 5% (cinco por cento) para Reserva Legal, não podendo exceder o valor correspondente a
20% (vinte por cento) do Capital Social;
- dividendo aos acionistas, a ser fixado pela Assembléia Geral Ordinária mediante proposta da
Diretoria, ouvidos o Conselho de Administração e Conselho Fiscal, dividendo esse que não
poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido;
- até 67% (sessenta e sete por cento) para constituição de uma reserva para aumento de
capital, cujo montante não excederá ao valor do capital social;
- até 3% (três por cento) para manutenção da Caixa de Previdência e Assistência aos
Funcionários do BANPARÁ; e,
- 50% (cinqüenta por cento) do valor dos dividendos do Acionista Majoritário serão destinados
ao pagamento dos encargos do financiamento do PROES, nos termos do artigo 15, III, da
Medida Provisória n.º 1612-20, e os restantes 50% (cinqüenta por cento) serão mantidos em
reservas para a capitalização do BANPARÁ, até o atingimento da meta de rentabilidade
prevista no item VI do Termo de Compromisso de Gestão firmado entre o Banco Central do
Brasil, o Estado do Pará e o BANPARÁ.
O saldo que remanescer terá destinação que a Assembléia Geral Ordinária determinar,
mediante proposta da Diretoria, ouvido o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal.
Sobre os dividendos atribuídos, na forma do Inciso II, serão deduzidos os valores pagos a título
de juros sobre o capital próprio, a cada exercício.
PÁGINA: 9 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
0,00
Ordinária 36.034.090,08 14/04/2010 15.603.349,46 27/03/2009
Outros
Ordinária 5.476.266,46 15/01/2010 6.347.721,67 27/03/2009
Juros Sobre Capital Próprio
Lucro líquido retido Montante Pagamento dividendo Montante Pagamento dividendo Montante Pagamento dividendo
3.5 - Distribuição de dividendos e retenção de lucro líquido
Dividendo distribuído em relação ao lucro líquido ajustado 95,000000 28,000000 0,000000
Lucro líquido ajustado 43.695.112,15 78.396.682,60 22.176.642,52
(Reais) Exercício social 31/12/2009 Exercício social 31/12/2008 Exercício social 31/12/2007
Taxa de retorno em relação ao patrimônio líquido do emissor 22,400000 29,500000 22,700000
Data da aprovação da retenção
Lucro líquido retido 0,00 0,00 0,00
Dividendo distribuído total 41.510.356,54 21.951.071,13 0,00
PÁGINA: 10 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
3.6 - Declaração de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas
3.6. Informar se, nos 3 últimos exercícios sociais, foram declarados dividendos a conta
de lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios sociais anteriores.
Não aplicável.
PÁGINA: 11 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
31/12/2009 1.562.184.726,82 Índice de Endividamento 7,39391044
3.7 - Nível de endividamento
Exercício Social Montante total da dívida, de qualquer natureza
Tipo de índice Índice de endividamento
Descrição e motivo da utilização de outro índice
PÁGINA: 12 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
31/12/2009 0,00 Outros índices 24,63000000 Outro índice importante para avaliar o nível de alavancagem de instituições financeiras é o índice de Basiléia, o qual mede o nível de exposições a riscos a qual está exposta, indicando o seu nível de solvabilidade.
As instituições financeiras atuam basicamente como “intermediários financeiros”, captando recursos de clientes superavitários e emprestando para clientes deficitários. Deste modo, a maior parte do passivo circulante e não-circulante da indústria bancária refere-se a passivos operacionais inerentes ao setor. Conseqüentemente, o endividamento ou alavancagem constituem importantes componentes dos negócios de uma instituição financeira. Por isso as autoridades monetárias estabelecem limites a essa alavancagem por meio de exigências de nível mínimo de capital para suportar as exposições a risco das instituições.
CAPITAL REGULATÓRIO
A implementação das regras de Basiléia II no Brasil trouxe modificações, em especial, na forma de mensurar o capital necessário para suportar os riscos próprios da atividade bancária. Em relação à exigência de capital, o cronograma de implementação de tais regras (divulgado pelo Comunicado nº 12.746 do BACEN, de 09/12/2004, e alterado pelo Comunicado nº 16.137, de 27/09/2007) prevê inicialmente a utilização de abordagem padronizada (definida pelo BACEN), e o emprego de modelos avançados no final. Em 29/10/2009, o Comunicado nº 19.028 do BACEN ajustou os cronogramas anteriormente divulgados para complementar as medidas e procedimentos necessários à adequada adoção de Basiléia II no Brasil.
Para disciplinar a transição de Basiléia I para Basiléia II (abordagem padronizada), o BACEN publicou diversas normas sobre requerimento de capital (Pilar I), processo de supervisão e transparência das informações (Pilares II e III).
PATRIMÔNIO DE REFERENCIA (PR)
Em 28/02/07, o CMN aprovou alterações nas regras de definição do PR das instituições financeiras por meio da
PÁGINA: 13 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
31/12/2009 0,00 Outros índices 24,63000000 Res. nº 3.444, revogando a Res. nº 2.837, de 30/05/2001. Na mesma data, o BACEN editou a Circular n° 3.343/2007, que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados na solicitação de enquadramento de instrumentos de captação no Nível I e Nível II do PR.
O PR é constituído pelo somatório das parcelas Nível I e Nível II, deduzidos os saldos dos ativos representados pelos seguintes instrumentos de captação emitidos pela instituição financeira: ações, instrumento híbridos de capital e dívida, instrumentos de dívida subordinada e demais instrumentos financeiros descritos na Res. nº 3.444/07, art. 12 e art. 13, § 3º.
PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO (PRE)
A Resolução CMN 3.490, de 29/08/2007, instituiu o conceito de Patrimônio de Referência Exigido (PRE), em substituição ao conceito de Patrimônio Líquido Exigido (PLE), revogando o anexo IV da Resolução CMN 2.099/1994, e demais normas sobre o assunto. O valor do PR deve ser superior ao valor do PRE, que deve ser calculado considerando, no mínimo, a soma das seguintes parcelas:
PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR
Onde:
PEPR - parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído;
PCAM - parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial;
PJUR = .PJURi , parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira de negociação, na forma da Res. nº 3.464, de 27.06.2007, onde n = número das diferentes parcelas relativas ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira de negociação;
PCOM - parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço das mercadorias (commodities);
PACS - parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 27/06/2007;
PÁGINA: 14 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
31/12/2009 0,00 Outros índices 24,63000000 POPR - parcela referente ao risco operacional.
PÁGINA: 15 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
Não há.
Justificativa para o não preenchimento do quadro:
3.8 - Obrigações de acordo com a natureza e prazo de vencimento
PÁGINA: 16 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
3.9 - Outras informações relevantes
3.9. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes.
As informações julgadas relevantes foram apresentadas nos itens anteriores.
PÁGINA: 17 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.1 - Descrição dos fatores de risco
4.1. Descrever fatores de risco que possam influenciar a decisão de investimento, em
especial, aqueles relacionados:
a. ao emissor.
a.1. possibilidade do não cumprimento do Planejamento Estratégico.
O Banpará atua junto aos governos Estadual e Municipal nas áreas de fomento ao
desenvolvimento econômico e social do Estado, administrando e operacionalizando programas
de Governo voltados à disponibilização de crédito e financiamento para atividades produtivas,
como forma de incentivar a geração de emprego e renda para o Estado, e, conseqüentemente,
atender sua missão e visão.
O Projeto Institucional é definido com base em estudos de mercado, análise do ambiente
externo, das variáveis de natureza econômica, tendo por base o mapeamento das perspectivas
de crescimento, taxas de juros, inflação, comércio internacional, com exame do
posicionamento do Banco frente à concorrência, desempenho de sua carteira de produtos e
serviços, grau de confiabilidade dos clientes. Além disso, analisa variáveis de natureza legal
com vistas ao atendimento às diretrizes dos órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional
e de Controle e as variáveis de natureza tecnológica, com inserção das novas tendências do
mercado para o setor.
O efetivo cumprimento do planejamento estratégico do Banco pode encontrar cenários
desfavoráveis os quais dependem de diversos fatores que envolvem riscos e incertezas e,
portanto podem ser impeditivo para o fiel cumprimento do desempenho futuro da Instituição,
como: não aprovação de parcerias com órgãos do Governo; não conseguir negociar seus
contratos em termos aceitáveis; cenário econômico desfavorável; aumento inesperado de
saques para compensar perdas em outras instituições; bem como demais riscos relacionados
ao Banco e ao setor Financeiro.
Desta forma o Banpará trabalha continuamente para o aprimoramento da gestão de riscos
corporativos, de forma integrada, em consonância com as melhores práticas adotadas pela
indústria financeira, recomendações de Basiléia II e as exigências do Banco Central do Brasil,
permitindo que atinja na sua plenitude os objetivos do Planejamento Estratégico mediante nível
aceitável de exposição a riscos, sem comprometer o bom desempenho dos negócios.
Ressaltamos que alguns elementos da estratégia do Banco dependem de fatores que poderão
gerar incerteza no resultado futuro acarretando impactos negativos no crescimento do negócio
e desempenho financeiro da Instituição no futuro, como mudanças nas condições de mercado
no qual atua e ações tomadas por concorrentes ou governo, os quais podem sofrer alterações
a qualquer tempo.
a.2. os resultados operacionais e a situação financeira do Banco podem não ser
satisfatórios em decorrência de possíveis fragilidades nas ações da Alta Administração.
PÁGINA: 18 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.1 - Descrição dos fatores de risco
Nossa capacidade de manter posição competitiva no mercado da indústria financeira depende
em larga escala dos serviços da Alta Administração. Possíveis impactos na situação financeira
e resultados operacionais do Banco podem ser ocasionados caso a Diretoria Colegiada se
mantenha ausente na busca de novas oportunidades para a organização por meio de
intercâmbio com outros estabelecimentos, públicos ou privados e com a Sociedade em geral,
que lhe possibilitem identificar as oportunidades, fortalecendo a marca da empresa,
desenvolvendo a responsabilidade social e comprometimento ético de forma a garantir a
credibilidade e sustentabilidade dos negócios, assim como, o cumprimento do papel social da
empresa.
Nesse sentido a Alta Administração vem reunindo esforços para fortalecer a relação com o
Governo, Sociedade, Acionistas, Clientes e Funcionários, dedicando-se em promover o
comprometimento contínuo com elas, fator indispensável à sua expansão, através de práticas
como: gestões junto ao Governo; reunião anual com gerentes de agências de todo o Estado;
expansão da empresa; lançamentos de novos produtos e serviços; workshops de produtos e
serviços; sistema de Ouvidoria; Serviço de Atendimento ao Cliente / SAC; entre outras.
a.3. a elevada flutuação do volume de recursos captados, pelo Banpará, via
Certificados de depósitos Bancários, podem gerar uma deficiência na quantidade de
estoques necessários para a rolagem de suas operações.
A principal fonte de captação de recursos do Banpará, para o final de 2009, é a captação por
Depósitos a prazo, as quais representaram aproximadamente 52,7% da totalidade de recursos
captados no mercado.
Por ser um agente de desenvolvimento do Governo, o fluxo de caixa do banco sofre variações
relativamente elevadas, em função das entradas e saídas de recursos para cumprimento das
obrigações da máquina governamental.
Neste sentido o banco deve manter efetivo controle sobre a quantidade de recursos
necessários para manter o plano de expansão de seus investimentos, assim como ter
disponibilidades suficientes para a rolagem de suas operações.
a.4. o foco estratégico de negócio do Banco do Estado do Pará S/A requer capital
de longo prazo para boa condução de seus negócios.
A competitividade e a implementação da estratégia de crescimento do Banpará dependem da
sua capacidade de captar recursos para realizar seus investimentos. O Banco poderá enfrentar
eventos que inviabilizem sua capacidade de obter financiamento suficiente para custear seus
investimentos de capital e sua estratégia de expansão, seja por condições macroeconômicas
adversas, seja pelo seu desempenho em seu microambiente.
Qualquer descasamento entre os vencimentos de nossas operações de crédito e de nossas
fontes de recursos potencializará o GAP entre nossos ativos e passivos ensejando em Risco
de Liquidez, caso o plano de captação não seja realizado de maneira contínua e sustentável.
PÁGINA: 19 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.1 - Descrição dos fatores de risco
b. a seu controlador, direto ou indireto, ou grupo de controle.
b.1. o Banpará é controlado pelo Governo do Estado do Pará, cujos interesses
poderão ser contrários aos interesses dos acionistas minoritários.
O Governo do Estado do Pará tem poderes para determinar as políticas operacionais e
estratégias, controlar a eleição da maior parte dos membros do Conselho de Administração e
nomear a Diretoria do Banco. O Estado, por meio do controle que exerce sobre o Conselho de
Administração do Banco do Estado do Pará, já utilizou no passado, e poderá utilizar no futuro,
sua condição de acionista controlador para determinar que o Banco se dedique a certas
atividades e efetue certos gastos destinados, principalmente, a atender seus objetivos políticos,
econômicos ou sociais e não necessariamente para aperfeiçoar os negócios e resultados
operacionais da Instituição. Dessa forma, medidas tomadas pelo Estado com relação ao
Banpará poderão ser contrárias aos interesses dos demais detentores de valores mobiliários
de emissão do Banco.
Cada novo Governador do Estado eleito, via de regra, efetua mudanças na composição do
Conselho de Administração e da Administração Executiva do Banpará, o que por sua vez
podem causar efeito material desfavorável em relação a estratégia de negócios, no resultado
operacional, na condição financeira e/ou nas perspectivas da Instituição.
c. a seus acionistas.
c.1. os acionistas do Banpará podem não receber dividendos ou juros sobre
capital próprio.
Dependendo dos resultados futuros, os titulares de ações do Banpará poderão vir a não
receber dividendos ou juros sobre o capital próprio se o Banco não apurar lucros. Se a
distribuição dos dividendos ou juros sobre capital próprio for incompatível com a situação
financeira da Companhia, os dividendos ou juros sobre capital próprio, ainda que o mínimo de
25% do lucro líquido anual, poderão não ser pagos.
d. a suas controladas e coligadas.
Não aplicável;
e. a seus fornecedores.
A terceirização de alguns serviços pode expor a imagem do Banpará perante seus
investidores, quando estes não forem bem executados. Para tanto o Banpará evolui
constantemente na mitigação das falhas e riscos operacionais, que possam vir a expor tanto a
imagem do Banco quanto comprometer o atingimento das metas institucionalizadas.
f. a seus clientes.
f.1. riscos associados à inadimplência das operações da carteira de crédito.
No atendimento de sua missão institucional o Banpará alavancou a oferta do crédito de varejo
objetivando atender sua demanda. Focando principalmente na criação de produtos que
PÁGINA: 20 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.1 - Descrição dos fatores de risco
gerassem o menor risco possível para a operação, por exemplo: crédito consignado para
servidores ativos do Governo do estado, servidores inativos, e crédito PJ para empresas com
recebíveis do governo estadual, o Banpará cresceu sobre uma base sólida de crédito com
riscos minimizados.
Apesar do banco não poder garantir que tal estratégia implica no total recebimento de suas
operações de crédito, variáveis exógenas podem contribuir para possíveis elevações do nível
de atrasos e inadimplência dessas operações.
O aumento em nossos índices de inadimplência poderá gerar um impacto financeiro
antagônico aos resultados operacionais almejados.
g. aos setores da economia nos quais o emissor atue.
g.1. a elevação da concorrência no setor de serviços bancários brasileiros pode
afetar negativamente as estimativas de realização de negócios do Banpará.
A administração do Banco concentra-se na expansão do crédito e de outros ativos. Em
particular, procura gerenciar seus ativos e passivos de forma a manter um spread positivo entre
a taxa de juros recebida sobre o ativo e o custo dos juros sobre o dinheiro captado.
A crescente competitividade no setor de serviços bancários pode afetar de modo negativo os
resultados e as expectativas dos negócios do Banpará por meio de, entre outros fatores, limitar
a capacidade de expandir nossa base de clientes e operações; reduzir nossas margens de
lucro sobre os serviços e produtos bancários oferecidos pelo Banco.
As modificações no ambiente concorrencial não dependem apenas de ações da autoridade
monetária. O Banpará acompanha os movimentos do sistema financeiro ampliando o escopo
de atividades e produtos ofertados, tanto geograficamente como em inovações propriamente
ditas.
h. à regulação dos setores em que o emissor atue.
As operações do Banpará estão sujeitas a extensa e cada vez mais rigorosas leis e
regulamentos em vigor. A impossibilidade em atender essas exigências poderá resultar em
sérias conseqüências para o Banco, inclusive penalidades cíveis, criminais, administrativa, bem
como publicidade negativa. A estrutura regulamentar que rege os Bancos brasileiros está em
constante evolução, onde leis e regulamentos podem ser alterados, bem como novas
aplicações ou interpretações podem ser adotadas. Essas mudanças poderão afetar
substancialmente de modo negativo as nossas operações e o resultado caso o banco não
realize o efetivo acompanhamento interpretação e implementação destas normas.
Para minimização deste tipo de risco o Banco possui estrutura de controles internos adequada
à complexidade dos negócios com vistas a manter o fiel cumprimento das regulações vigentes.
PÁGINA: 21 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.2 - Comentários sobre expectativas de alterações na exposição aos fatores de risco
4.2. Em relação a cada um dos riscos acima mencionados, caso relevantes, comentar
sobre eventuais expectativas de redução ou aumento na exposição do emissor a tais
riscos.
Não há.
PÁGINA: 22 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes
4.3. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais em que o emissor ou
suas controladas sejam parte, discriminando entre trabalhistas, tributários, cíveis e
outros: (i) que não estejam sob sigilo, e (ii) que sejam relevantes para os negócios do
emissor ou de suas controladas, indicando:
PROCESSOS JUDICIAIS DO EMISSOR – CÍVEIS
1. Descrição: Processo nº 1998.1.025938-6
a. juízo: 1ª Vara de Fazenda da Capital
b. instância: 1ª (execução)
c. data de instauração: 25/11/1998
d. partes no processo: Ali Fassi Fihri e Banpará
e. valores, bens ou direitos envolvidos: Valor da Causa – R$ 600,00 (seiscentos reais)
f. principais fatos: Em 28/09/200, houve sentença condenatória, da qual foi interposto o recurso
de apelação, no dia 19/10/2000. Ao referido recurso foi negado provimento, tendo sido opostos
embargos de declaração, os quais foram rejeitados por improcedentes. Inconformado, o Banco
interpôs Recurso Especial e Extraordinário, em 02/01/2002. A ambos os recursos foi negado
seguimento pela corte a quo. Em 17/06/2002, foram interpostos Agravos de Instrumento para o
STF e para o STJ. Os Tribunais Superiores, em análise dos agravos interpostos, negaram-lhes
seguimento, o que motivou a interposição de agravos regimentais. No dia 25/06/2004, foi
negado provimento ao recurso que tramitava no STF, sendo o banco condenado em 5% do
valor atualizado da causa, com fulcro no art. 557, § 2º do CPC. Atualmente, o processo
encontra-se em execução.
g. chance de perda: Possível
h. análise do impacto em caso de perda do processo: Atualmente, o Banco somente discute os
cálculos apresentados pelo autor. No mérito não há mais o que ser feito.
i. valor provisionado: R$ 1.081.260,13
2. Descrição: Processo nº 1991.1.007756-1
a. juízo: 2ª Vara de Fazenda da Capital
b. instância: 1ª
c. data de instauração: 28/11/1991
PÁGINA: 23 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes
d. partes no processo: BETUBEL – Betumes de Belém Ltda e Banpará
e. valores, bens ou direitos envolvidos: Valor da Causa – CrS 15.000.000,00 (quinze milhões
de cruzeiros)
f. principais fatos: Em 04/01/2000, houve sentença condenatória. Desvendou-se a cadeia
recursal visando à impugnação do referido ato decisório, entretanto, todos os recursos
manejados pelo Banpará foram julgados improcedentes. Com o improvimento, por
unanimidade, do Agravo Regimental em sede de R. Extraordinário, esgotou-se a via recursal
cabível na ação. Atualmente, o processo encontra-se em execução.
g. chance de perda: Possível
h. análise do impacto em caso de perda do processo: Atualmente, o Banco somente discute os
cálculos apresentados pelo autor. No mérito não há mais o que ser feito.
i. valor provisionado: R$ 300.813,83
3. Descrição: Processo nº 2005.39.01.000101-6
a. juízo: TRF 1ª Região
b. instância: 2ª
c. data de instauração: 28/01/2005
d. partes no processo: Ministério Público Federal e Banpará
e. valores, bens ou direitos envolvidos: Valor da Causa – R$ 1.000.000,00 (hum milhão de
reais)
f. principais fatos: Houve sentença condenatória, da qual foi interposta apelação, no dia
20/10/2006. Até o presente momento, o referido recurso não foi julgado.
g. chance de perda: Provável
h. análise do impacto em caso de perda do processo: O objeto da ação, na época, o tempo
exagerado de espera dos clientes para serem atendidos nas agências de todas as instituições
financeiras sediadas no município de Marabá. Considerando a falta de estrutura na época, a
consolidação da condenação em segundo grau é provável, porém o risco de acontecer
novamente é ínfimo em razão da existência de lei que regula o tempo de espera em filas e
ainda em razão de uma melhor estrutura de atendimento.
i. valor provisionado: R$ 197.649,10
4. Descrição: Processo nº 1998.1.024406-1
a. juízo: STF
PÁGINA: 24 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes
b. instância: 2ª
c. data de instauração: 06/11/1998
d. partes no processo: Lavínia Lamartine Nogueira Garcia e Banpará
e. valores, bens ou direitos envolvidos: Valor da Causa – R$ 100,00 (cem reais)
f. principais fatos: Publicada sentença condenatória, em 30/05/2000. Interposta apelação, foi a
mesma improvida. Foram então, manejados Recurso Especial e Extraordinário para o STJ e
STF. Ao R. Extraordinário foi negado seguimento, sendo, por conseguinte, interposto Agravo
de Instrumento para o STF, o qual encontra-se pendente de julgamento.
g. chance de perda: Possível
h. análise do impacto em caso de perda do processo: A indenização deriva de erro operacional
do sistema de conta corrente do Banco. Considerando o valor arbitrado a título de danos
morais, entende-se que ainda poderemos reverter o quantum, principalmente por ocasião do
julgamento do Recurso Especial pelo STJ.
i. valor provisionado: R$ 187.474,82
PROCESSOS JUDICIAIS DO EMISSOR – FISCAIS
1. Descrição: Processo nº 2006.39.00.008483-4
a. juízo: 1ª Vara Federal de Belém
b. instância: 2ª
c. data da instauração: 20/10/2006
d. partes no processo: Banpará e Fazenda Nacional
e. valores, bens ou direitos envolvidos: Valor da Causa – R$ 980.123,98
f. principais fatos: O Banco ajuizou ação anulatória de débito fiscal com pedido de depósito. O
objeto da causa é a aplicação de multa por descumprimento de obrigação acessória no que se
refere à apresentação de declarações periódicas de CPMF. A sentença julgou improcedente o
pedido do Banco, a qual foi atacada via Apelação que pende de julgamento junto ao TRF da 1ª
Região.
g. chance de perda: Provável
h. análise do impacto em caso de perda do processo: A perda será no máximo o valor já
provisionado considerando que foi efetuado o depósito do montante integral e portanto não
haverá acréscimos no valor discutido.
i. valor provisionado: R$ 1.700.276,78
PÁGINA: 25 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes
2. Descrição: Processo nº 2005.39.00.000150-3
a. juízo: 5ª Vara Federal de Belém
b. instância: 2ª
c. data da instauração: 12/01/2005
d. partes no processo: Banpará e Fazenda Nacional
e. valores, bens ou direitos envolvidos: Valor da Causa – R$ 3.454.042,34
f. principais fatos: O Banco impetrou Mandado de Segurança para fins de garantir a
compensação de créditos tributários oriundos do recolhimento dos tributos CSLL e IR do ano
de 1995. A base do mandado foi a interpretação do STJ de que a prescrição do crédito só se
dava no prazo de dez anos, seguindo a tese dos 5 + 5. Em sentença o juízo reconheceu o
direito do Banco. A fazenda nacional apelou estando o recurso pendente de julgamento
perante o TRF da 1ª Região.
g. chance de perda: Remota
h. análise do impacto em caso de perda do processo: Considerando a vasta jurisprudência
sobre o tema não existe possibilidade de perda.
i. valor provisionado: R$ 0,00
PÁGINA: 26 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.4 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos cujas partes contráriassejam administradores, ex-administradores, controladores, ex-controladores ouinvestidores
4.4. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais, que não estejam sob
sigilo, em que o emissor ou suas controladas sejam parte e cujas partes contrárias
sejam administradores ou ex-administradores, controladores ou ex-controladores ou
investidores do emissor ou de suas controladas, informando:
Não há.
PÁGINA: 27 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.5 - Processos sigilosos relevantes
4.5. Em relação aos processos sigilosos relevantes em que o emissor ou suas
controladas sejam parte e que não tenham sido divulgados nos itens 4.3 e 4.4 acima,
analisar o impacto em caso de perda e informar os valores envolvidos.
PROCESSOS JUDICIAIS RELEVANTES QUE ESTÃO SOB SIGILO POR EXPRESSA
DETERMINAÇÃO JUDICIAL.
1. Existe um processo judicial de natureza cível em trâmite perante a Comarca de Ananindeua
– Pará, onde o Banco foi condenado ao pagamento de R$ 2.477.380,53 em razão da suposta
participação de uma funcionária em um esquema montado com servidores da Secretaria de
Finanças da Prefeitura de Ananindeua que tinha por objetivo o desvio de dinheiro da
municipalidade. O Banco entende que a responsabilidade dos danos deve ser suportada meio
a meio já que está provada a participação concomitante com funcionários da Prefeitura. A
provisão para uma perda possível é de R$ 1.723.701,92. Atualmente estamos aguardando o
julgamento dos embargos declaratórios pelo juízo de primeiro grau.
PÁGINA: 28 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.6 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos, não sigilosose relevantes em conjunto
4.6. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou
conexos, baseados em fatos e causas jurídicas semelhantes, que não estejam sob sigilo
e que em conjunto sejam relevantes, em que o emissor ou suas controladas sejam parte,
discriminando entre trabalhistas, tributários, cíveis e outros, e indicando:
Não há.
PÁGINA: 29 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.7 - Outras contingências relevantes
4.7. Descrever outras contingências relevantes não abrangidas pelos itens anteriores.
Não há.
PÁGINA: 30 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
4.8 - Regras do país de origem e do país em que os valores mobiliários estão custodiados
4.8. Em relação às regras do país de origem do emissor estrangeiro e às regras do país
no qual os valores mobiliários do emissor estrangeiro estão custodiados, se diferente do
país de origem, identificar:
Não aplicável.
PÁGINA: 31 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado
5.1. Descrever, quantitativa e qualitativamente, os principais riscos de mercado a que o
emissor está exposto, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros.
O Banpará, no curso de suas operações, assume exposições ao risco de mercado nos fatores
de risco:
1. Pré;
2. TR;
3. IGP-M;
4. Dólar EUA - USD;
5. Euro - EUR;
O volume de exposição ao Risco de Mercado assumido em cada fator de risco está
representado na tabela abaixo:
Para o gerenciamento da flutuação no valor dos ativos e passivos, causada por mudanças nos
preços e taxas de mercado, mudanças na correlação (interação) entre eles e nas suas
volatilidades, o Banpará utiliza Sistema de Gerenciamento de Risco de mercado como
ferramenta de apoio para cálculo, análise e avaliação das suas posições/exposições no
mercado, onde o nível de detalhamento das informações pode ser estratificado e consolidado,
por unidades gestoras de ativos/passivos, por fatores de riscos e por produtos.
Risco de Taxas de Juros:
A flutuação das curvas de juros a que o banco mantém exposições ativas e passivas pode
gerar alterações relevantes no contexto da marcação a mercado de seu portfólio e elevar
consideravelmente o Valor em Risco da carteira podendo gerar perdas em caso de realização
das posições em ambiente volátil.
A inflação e as medidas do Governo brasileiro para combatê-la poderão contribuir para a
incerteza econômica no Brasil, e conseqüentemente poderá impactar as atividades
financeiras do Banco.
PÁGINA: 32 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado
O Brasil já apresentou historicamente índices de inflação extremamente elevados. A inflação e
as medidas do governo brasileiro para combatê-la produziram efeitos negativos consideráveis
sobre a economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica e para o aumento da
volatilidade dos mercados de valores mobiliários brasileiros. As medidas do Governo brasileiro
para controlar a inflação incluem freqüentemente na manutenção de uma política monetária de
contenção inflacionária, com altas taxas de juros, reduzindo, assim, a disponibilidade de crédito
e o crescimento econômico.
A taxa básica de juros do Brasil, no fim dos anos de 2007, 2008 e 2009, se manteve em linha
com a meta básica de juros estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM),
registrando respectivamente 11,18% ao ano, 13,66% ao ano e 8,65% ao ano.
A inflação anual apurada pelo Índice Geral de Preços do Mercado (“IGPM”) caiu de 9,95% em
2000 para 3,83% em 2006 e aumentou para 7,75% em 2007. Até 31 de dezembro de 2009, a
deflação acumulada apurada pelo IGPM foi de 1,71%. Se ocorrerem aumentos sucessivos na
inflação, os custos e despesas poderão aumentar e o seu desempenho financeiro, como um
todo, poderá ser adversamente afetado. A inflação anual apurada pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,46% em 2007, 5,90% em 2008 e 4,31%, em 31
de dezembro de 2009.
Caso as taxas de inflação e os juros venham a aumentar, não há como garantir que esses
aumentos serão repassados aos preços dos produtos ofertados pelo Banpará, pois a carteira
de crédito já formada é em sua grande maioria pré-fixada o que inibe o banco em reagir a estas
oscilações para os créditos já contratados. Como efeito o banco perceberá um encurtamento
do spread de suas operações e redução do resultado esperado.
PÁGINA: 33 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado
5.2. Descrever a política de gerenciamento de risco de mercado adotada pelo emissor,
seus objetivos, estratégias e instrumentos, indicando:
A implementação da Política de Risco de Mercado, estabelecida em conformidade ao plano
estratégico, regulação interna e externa e às boas práticas de governança corporativa, permite
à Alta Administração identificar o comprometimento do capital para fazer frente aos riscos
inerentes aos produtos e operações, avaliar os impactos sobre os resultados e decidir sobre
limites de exposição aceitos.
Dentre os objetivos da política destacam-se: i) identificar e monitorar os níveis de risco de
mercado da Instituição, referentes às suas operações nas carteiras de títulos para negociação
(trading) e títulos não classificados para negociação (banking); ii) determinar limites de VaR
(Value-at-Risk), definidos em valores percentuais, calculados em horizontes de tempo
preestabelecidos e c
avaliação do sistema utilizados para medir e monitorar os riscos de mercado, no mínimo, com
periodicidade anual; iv) elaborar cenários de estresse baseados em parâmetros
preestabelecidos, considerando as exposições aos diversos fatores de riscos de mercado e
variações em posições detidas pela Instituição, com periodicidade trimestral, no mínimo; v)
identificar previamente os riscos inerentes às novas atividades e produtos e analisar sua
adequação aos procedimentos e controles estabelecidos nesta Política; dentre outros.
a. riscos para os quais se busca proteção.
O Banpará até a data deste Formulário não apresenta intenção de operar com derivativos.
Excepcionalmente realizará operações de Swap (hedge) para garantir o resultado das
operações de crédito.
b. estratégia de proteção patrimonial (hedge).
Apesar de estar previsto em política a realização de operações de swap de taxas de juros, o
Banpará não está realizando este tipo de operação.
c. instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge).
O Banpará para as operações prefixadas, em função do cenário da economia e do prazo da
operação, deverá proceder análise da necessidade de realizar operação de swap para garantir
a rentabilidade.
PÁGINA: 34 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado
d. parâmetros utilizados para o gerenciamento de riscos.
O Banpará utiliza como abordagem para o gerenciamento dos riscos de mercado o VaR
Paramétrico que faz uso do decaimento exponencial ou EWMA (Exponentially Weighted
Moving Average) tanto para o cálculo do valor em risco quanto para o cálculo de volatilidades
de vértices, o que vale para spots e para curvas de mercado. Além disso, é realizado o
acompanhamento do VaR Histórico (não paramétrico), identificado através do teste backtesting
através da técnica de replicação da carteira em estratégia com vistas à eliminar as perdas ou
ganhos decorrentes de alterações da composição da carteira Global do Banco.
Por meio de elaboração de cenários de estresse, baseados em estudos históricos de
comportamento das taxas, preços, prazo e de acordo com metodologia definida, o Banco avalia
mensalmente os prováveis impactos nas carteiras de operações quantificando os choques
desfavoráveis às posições mantidas, baseados em parâmetros preestabelecidos, considerando
as exposições aos diversos fatores de riscos de mercado. Avalia também o intervalo de
oscilação do valor de mercado (MtM) da carteira Banking (Backtest Range - Banking),
considerando um holding period de 1 ano. Utiliza também como item de avaliação de risco das
carteiras administradas as parcelas de alocação de capital, definidas pelo órgão regulador.
O tratamento a ser dado pela Instituição no Gerenciamento do Risco de Mercado está
associado à identificação e conseqüentemente à classificação das suas carteiras de títulos, ou
especificadamente, produtos e operações, de acordo com as necessidades de liquidez,
estratégias e metas de rentabilidade esperadas em seus negócios e características específicas
desses produtos e operações, em seguida o mapeamento das exposições detidas
considerando fatores de risco de mercado. Após o mapeamento dos valores expostos em
função dos fatores de risco, considerando os fluxos de vencimentos das operações, é realizada
a alocação dos valores mercado a mercado, nos vértices diários em conformidade com o órgão
regulador.
e. se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção
patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos.
O Banpará até a data deste Formulário não opera instrumentos financeiros com objetivo de
realizar hedge.
f. estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos.
O Gerenciamento de Risco de Mercado é uma atividade realizada por um conjunto de áreas
administrativas da Instituição, contemplando a Diretoria de Controladoria e Planejamento -
Dicop, cujo Diretor é o responsável perante o Banco Central no que diz respeito ao Risco de
Mercado; a Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor, área
responsável pelo gerenciamento dos riscos globais assumidos pelo Banpará; a Gerência de
PÁGINA: 35 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado
Riscos, cuja função básica é estabelecer, implementar, executar e administrar as atividades
necessárias para o gerenciamento dos riscos corporativos do Banco; Comitê de Risco de
Mercado e Liquidez – Comliq, responsável em analisar as posições em risco e sugerir à
Diretoria Colegiada a realização de ações que visem à mitigação/redução das exposições; bem
como as áreas cujas atividades são geradoras de exposições ao risco de mercado.
A estrutura do risco de mercado é responsável pela medição, monitoramento e controle das
exposições aos riscos de mercado, identificação prévia dos riscos inerentes às novas
atividades e produtos, análise tempestiva de suas adequações aos procedimentos e controles
adotados pela Instituição, realização de testes de estresse, inclusive contemplando quebra de
premissas, cujos resultados sejam considerados no estabelecimento ou revisão das políticas e
limites para adequação de capital. A estrutura é compatível com a natureza das operações, a
complexidade dos produtos e a dimensão das exposições aos riscos de mercado assumidos
pelo Banco.
g. adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da
efetividade da política adotada.
A Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor realiza o cálculo, análise
do VaR, monitoramento e controle dos limites aprovados na Política Institucional de
Gerenciamento de Risco de Mercado, bem como as conformidades destes com os limites
estabelecidos nas Políticas de Crédito, Política de Gestão Financeira e Política de Risco de
Liquidez. Realiza identificações prévias dos riscos inerentes às novas atividades e produtos,
analisa tempestivamente suas adequações aos procedimentos e controles adotados pela
instituição, por meio da realização de teste de stress, inclusive contemplando quebra de
premissas, cujos resultados consideram o estabelecimento ou revisão dos limites para
adequação de capital. Realiza periodicamente em nível mais detalhado a análise por produto
ou por carteira, para confirmar se os valores gerados pelo sistema de gerenciamento de risco
de mercado estão em conformidade com os fluxos de caixa originais. Além disso, é realizado o
acompanhamento do VaR Histórico (não paramétrico), identificado através do teste backtesting
através da técnica de replicação da carteira em estratégia com vistas à eliminar as perdas ou
ganhos decorrentes de alterações da composição da carteira Global do Banco.
As atividades de monitoramento dos riscos de mercado estão sujeitas a avaliação de auditoria
interna e externa, bem como a inspeções do Banco Central do Brasil.
PÁGINA: 36 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.3 - Alterações significativas nos principais riscos de mercado
5.3. Informar se, em relação ao último exercício social, houve alterações significativas
nos principais riscos de mercado a que o emissor está exposto ou na política de
gerenciamento de riscos adotada.
Não houve alterações significativas nos principais riscos de mercado a que o emissor está
exposto ou na política de gerenciamento de riscos adotada.
PÁGINA: 37 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
5.4 - Outras informações relevantes
5.4. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes.
Não há.
PÁGINA: 38 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
6.1 / 6.2 / 6.4 - Constituição do emissor, prazo de duração e data de registro na CVM
Data de Constituição do Emissor
País de Constituição
Prazo de Duração
Data de Registro CVM
Forma de Constituição do Emissor
20/07/1977
01/07/1960
Sociedade Anônima Aberta de Economia Mista
Brasil
Prazo de Duração Indeterminado
PÁGINA: 39 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
6.3 - Breve histórico
6.3. Breve histórico do emissor.
O BANPARÁ foi criado em 1959, por meio da Lei 1.819/59, mas somente em 1961 teve sua carta-patente aprovada pela Superintendência da Moeda – SUMOC, que, na época, era o órgão fiscalizador do setor bancário.
Em 26.10.1961 começou suas atividades em um prédio alugado, contando com 17 funcionários.
Em Julho de 1964 foi transferido para sua primeira sede própria.
Em 12.12.1979 foi aprovada a mudança da sigla do banco, de BEP para BANPARÁ, uma vez que era confundida com de outras instituições financeiras, e assim permitindo identificação mais imediata com o Estado do Pará.
Em 1997, o Banco desenvolveu o plano denominado Projeto Novo BANPARÁ, o qual tinha como fundamento principal o saneamento financeiro e patrimonial, redução de despesas administrativas e aporte de capital compatível.
O processo de saneamento exigiu do acionista controlador, dos diretores e dos funcionários uma série de esforços com vistas ao fortalecimento do Banco.
Hoje, com desempenho acima da média de mercado, o BANPARÁ avança para a modernidade,
inclusive com nova marca, com investimentos em tecnologia de ponta, a par da expansão da
sua rede de atendimento que já conta com 161 pontos distribuídos em locais estratégicos de
Belém e do interior do Estado.
PÁGINA: 40 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
6.5 - Principais eventos societários ocorridos no emissor, controladas ou coligadas
6.5. Descrever os principais eventos societários, tais como incorporações, fusões,
cisões, incorporações de ações, alienações e aquisições de controle societário,
aquisições e alienações de ativos importantes, pelos quais tenham passado o emissor
ou qualquer de suas controladas ou coligadas, indicando:
Não há.
PÁGINA: 41 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
6.6 - Informações de pedido de falência fundado em valor relevante ou de recuperaçãojudicial ou extrajudicial
6.6. Indicar se houve pedido de falência, desde que fundado em valor relevante, ou de
recuperação judicial ou extrajudicial do emissor, e o estado atual de tais pedidos.
Não há.
PÁGINA: 42 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
6.7 - Outras informações relevantes
6.7. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes.
Não há.
PÁGINA: 43 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.1 - Descrição das atividades do emissor e suas controladas
7.1. Descrever sumariamente as atividades desenvolvidas pelo emissor e suas
controladas.
O Banco do Estado do Pará S.A. - Banpará é um banco múltiplo com sede em Belém-PA e
presença significativa em diversos municípios do Estado do Pará, atuando, basicamente no
segmento de banco comercial.
Comprometido com a excelência no atendimento de seus clientes e com o desenvolvimento
socioeconômico do Estado do Pará, tem ampliado o número de suas unidades no Estado. Em
31.12.2009, o Banpará cobria 39% dos municípios paraenses, contando com uma rede de 161
pontos, composta por 42 agências, 35 postos de atendimento bancário, 64 pontos de
atendimento eletrônico, 11 postos de atendimento avançado e 09 caixas deslocados.
Além da sua rede própria, o Banpará disponibiliza mais de 35.000 pontos de atendimento
espalhados por todo Brasil em parceria com o Banco 24 Horas e Rede Compartilhada. Desta
maneira, o banco oferece aos clientes e correntistas de outras instituições parceiras a
possibilidade de utilizar os seus serviços em todo o território nacional.
PÁGINA: 44 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.2 - Informações sobre segmentos operacionais
7.2. Em relação a cada segmento operacional que tenha sido divulgado nas últimas
demonstrações financeiras de encerramento de exercício social ou, quando houver, nas
demonstrações financeiras consolidadas, indicar as seguintes informações:
a. produtos e serviços comercializados.
b. receita proveniente do segmento e sua participação na receita líquida do emissor.
c. lucro ou prejuízo resultante do segmento e sua participação no lucro líquido do
emissor.
As operações do Banpará abrangem diversos produtos e serviços, tais como depósitos,
operações de crédito e prestação de serviços que são disponibilizados aos clientes por meio
dos mais variados canais de distribuição.
A tabela a seguir apresenta os grandes números do Banpará nos períodos indicados.
Exercício Social encerrado em 31 de Dezembro de
Período de três meses
encerrado em 31 de Março de
2007
2008
2009
2010
Ativos Totais
1.392.391
1.537.896
1.773.464
1.710.337
Operações de Crédito
258.333
418.737
581.551
637.012
Depósitos Totais
1.168.290
1.244.442
1.409.137
1.357.152
Patrimônio Liquido
105.895
178.825
211.280
224.797
Índice de Basileia - %
30,9%
24,8%
22,5%
Lucro Líquido
22.177
78.397
43.695
13.517
Retorno sobre PL Médio Anualizado - %
17,08%
55,07%
22,40%
11,34%
Retorno sobre o Ativo Médio Anualizado - %
1,40%
5,35%
2,64%
0,82%
Índice de Eficiência (*)
66,61%
64,74%
62,03%
55,33%
(*) O Índice de Eficiência é o resultado da divisão das Despesas Administrativas pelas Receitas Operacionais.
Fonte: Informações financeiras do banco.
PÁGINA: 45 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais
7.3. Em relação aos produtos e serviços que correspondam aos segmentos operacionais
divulgados no item 7.2, descrever:
a. características do processo de produção.
b. características do processo de distribuição.
c. características dos mercados de atuação, em especial:
i. participação em cada um dos mercados.
ii. condições de competição nos mercados.
d. eventual sazonalidade.
e. principais insumos e matérias primas, informando:
i. descrição das relações mantidas com fornecedores, inclusive se estão sujeitas a
controle ou regulamentação governamental, com indicação dos órgãos e da
respectiva legislação aplicável.
ii. eventual dependência de poucos fornecedores.
iii. eventual volatilidade em seus preços.
A seguir serão apresentadas características dos principais produtos e serviços do Banpará.
Banpará Comunidade:
É uma linha de crédito destinada a financiar empreendedores de micro e pequenos negócios,
com o objetivo de fortalecer a cidadania, gerar emprego e renda e reduzir as desigualdades
sociais no Estado do Pará.
O Banpará Comunidade proporciona a inserção competitiva dos empreendedores no mercado,
contribuindo para fortalecer e ampliar suas atividades, aumentar seus ganhos financeiros e
melhorar a qualidade de vida de suas famílias, além de possibilitar a criação de novas
oportunidades de ocupação produtiva.
Atende à expressiva parcela da sociedade que atua no setor formal e informal da economia.
Tem como publico alvo as Pessoas físicas que estão exercendo atividade produtiva por conta
própria, no mínimo há 06 (seis) meses, geralmente no setor informal da economia; o
profissional liberal que deseja criar ou expandir seus negócios e o
Microempreendimento de Sucesso
Banparacard
PÁGINA: 46 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais
Modalidade de crédito rotativo, destinado as pessoas que recebem seus vencimentos no
Banco possibilitando a utilização do valor liberado, em: empréstimo emergencial; empréstimo
parcelado; compra a vista e compra a prazo com juros.
Funciona como um cartão de débito e crédito, com grande diferencial sem cobrança de
anuidade e ainda com taxa de juros fixa mantida até a última prestação.
Cheque Especial
Crédito rotativo disponibilizado em conta corrente para ser utilizado pelo cliente a qualquer
momento, com possibilidade de pagamento de contas, saque em dinheiro e utilização na Rede
de Compras, viabiliza efetuar cobertura de pequenas despesas emergenciais e ainda o
pagamento dos juros somente sobre o valor utilizado do limite.
Credcomputador
Limite de crédito extra para ser utilizado somente na Rede de Compras na aquisição de
produtos de informática (microcomputadores e periféricos).
Empréstimo Consignado
Linha de crédito pessoal para correntista e não correntista que tem convenio com o Banco. O
valor do empréstimo é calculado de acordo com o saldo da margem consignável e com prazo
de pagamento. A liberação está sujeita à prévia análise de crédito.
Empréstimo Sazonal
Modalidade de crédito de antecipação de 13º salário para correntista que recebe seu salário no
Banco, com liberações em épocas diferenciadas:
• BANPARÁ VOLTA ÀS AULAS
• BANPARÁ VAI À PRAIA
• ANTECIPAÇÃO CIRIO
Multicred
Linha de crédito rotativo, disponibilizada aos clientes pessoa física*, que recebem seu salário
no Banco, com multifuncionalidades, podendo ser utilizado para sacar o valor em dinheiro,
como rotativo e cartão de débito para compras de bens e serviços nos estabelecimentos
credenciados à Rede de Compras do Banco, em até 30 dias sem juros.
PÁGINA: 47 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.4 - Clientes responsáveis por mais de 10% da receita líquida total
7.4. Identificar se há clientes que sejam responsáveis por mais de 10% da receita líquida
total do emissor, informando:
Não há.
PÁGINA: 48 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades
7.5. Descrever os efeitos relevantes da regulação estatal sobre as atividades do emissor,
comentando especificamente:
a. necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e
histórico de relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações.
A estrutura básica do Sistema Financeiro Nacional – SFN foi instituída pela Lei nº 4.595/64,
que criou o Conselho Monetário Nacional - CMN e concedeu ao Banco Central, entre outras
competências, o poder de emitir moeda e controlar o crédito.
Órgãos normativos
Conselho Monetário Nacional - CMN
O Conselho Monetário Nacional é a autoridade máxima do SFN e é responsável pela política
monetária e financeira brasileira e pela formulação e supervisão global das políticas monetária,
de crédito, orçamentária, fiscal e dívida pública.
Banco Central do Brasil
A Lei nº 4.595/64 concedeu ao Banco Central poderes para implementar as políticas monetária
e de crédito estabelecidas pelo CMN, bem como para supervisionar as instituições financeiras
públicas e privadas e aplicar as sanções previstas em lei, quando necessário. Além disso,
tornou o BACEN responsável, dentre outras atividades, por exercer o controle do crédito e dos
capitais estrangeiros, receber recolhimentos voluntários e compulsórios das instituições
financeiras, realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições bancárias, assim
como exercer a função de depositário de ouro e de moeda estrangeira.
O BACEN também é responsável pelo controle e aprovação de operações de transferência de
propriedade e de reorganização societária das instituições financeiras, bem como de
transferências de localização de sedes ou de sucursais (no Brasil e no exterior). Também,
responde pela exigência de apresentação periódica de demonstrações contábeis pelas
instituições financeiras.
O Presidente do Banco Central é nomeado pelo Presidente da República, sujeito à ratificação
do Senado Federal, para exercício do cargo por tempo indeterminado.
CVM
PÁGINA: 49 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades
A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda (Lei nº 6.385/76), tem sede no Rio
de Janeiro e jurisdição sobre todo o território brasileiro, é dotada de autoridade administrativa
independente e possui personalidade jurídica e patrimônio próprios. O órgão é responsável
pela execução das políticas do CMN para o mercado de valores mobiliários, com competência
para regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar esse mercado, em estrita conformidade
com à Lei do Mercado de Capitais e à Lei das S.A..
Compete à CVM, dentre outras atividades, regulamentar a fiscalização e inspeção das
companhias abertas (incluindo os critérios de divulgação e sanções aplicáveis às violações às
normas), a negociação e intermediação nos mercados de valores mobiliários e derivativos, a
organização, o funcionamento e operação de bolsas de valores, mercadorias e futuros e a
administração e custódia de valores mobiliários.
O conceito de valor mobiliário foi ampliado pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001, passando a
compreender, dentre outras coisas, quotas de fundo de investimento. Consequentemente, a
regulamentação e a supervisão dos serviços financeiros e fundos de investimentos foram
transferidas do BACEN para a CVM.
A CVM é administrada por um presidente e quatro diretores, nomeados, após a ratificação pelo
Senado Federal, pelo Presidente da República, entre indivíduos de reputação ilibada e
reconhecida competência em matéria de mercado de capitais. O mandato dos dirigentes da
CVM é de cinco anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto dos
membros do Colegiado.
Principais limitações e restrições sobre as Instituições Financeiras
As atividades realizadas por instituições financeiras estão sujeitas a diversas limitações e
restrições. Em termos gerais, tais limitações e restrições estão relacionadas com a concessão
de crédito, a concentração de riscos, os investimentos, operações compromissadas,
empréstimos e negociação com moeda estrangeira, microcrédito e crédito consignado.
Restrições à concessão de crédito
As instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou garantia das operações para
suas afiliadas, exceto em algumas circunstâncias limitadas. Para esse efeito, a lei define
afiliada como:
• Qualquer empresa ou pessoa que detenha mais de 10% do capital social da instituição
financeira;
• Qualquer entidade cuja diretoria executiva é composta pelos mesmos, ou substancialmente
os mesmos, diretores ou administradores da instituição financeira;
PÁGINA: 50 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades
• Qualquer empresa na qual a instituição financeira detenha mais de 10% do capital social, ou
que esteja sob controle comum; ou
• Qualquer empresa em que administradores e diretores da instituição financeira e seus
familiares detenham mais de 10% do capital social, ou na qual sejam administradores.
As restrições com relação às operações com partes relacionadas não são aplicáveis a
operações realizadas entre instituições financeiras no mercado interbancário.
Além disso, atualmente existem restrições impostas às instituições financeiras limitando a
concessão de crédito a entidades do setor público, tais como subsidiárias e agências
governamentais, que se adicionam aos limites de endividamento que essas entidades já estão
sujeitas.
Operações de recompra
Nos termos da Resolução CMN BACEN n° 3.339, de 26 de janeiro de 2006, as operações de
recompra ou compromissadas são operações que envolvem a compra e venda de ativos em
função da ocorrência de determinadas condições. Após a ocorrência de tais condições, e
dependendo dos termos do acordo, nomeadamente, o vendedor ou o comprador pode ser
obrigado a recomprar ou revender os ativos, conforme o caso. As condições que
desencadeiam a obrigação de recompra ou de revenda variam de uma transação para a outra
e, normalmente, devem ocorrer dentro de um prazo específico.
As operações compromissadas estão sujeitas a limites de capital operacional, com base no
patrimônio de referência (conforme definido na Resolução CMN n° 3.444 de 28 de fevereiro de
2007) da instituição financeira, ajustado segundo a regulamentação do BACEN. Uma
instituição financeira somente poderá realizar operações de recompra no valor de até 30 vezes
o seu patrimônio de referência. Dentro deste limite, uma operação de recompra que envolva
títulos privados não pode exceder cinco vezes o valor do patrimônio de referência. Limites para
as operações de recompra envolvendo valores mobiliários lastreados por autoridades
governamentais variam de acordo com o tipo de segurança envolvido na operação e o risco
percebido do emitente.
Empréstimos em Moeda Estrangeira
Após registro no Banco Central, as instituições financeiras podem contrair empréstimos em
moeda estrangeira de fundos nos mercados internacionais, sem prévia aprovação por escrito
do BACEN, incluindo repasse desses fundos no Brasil para empresas brasileiras e outras
instituições financeiras. Os bancos fazem essas operações de repasse por meio de
empréstimos a pagar em moeda nacional e em moeda estrangeira. Os termos do repasse
PÁGINA: 51 de 228
Formulário de Referência - 2010 - BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 6
-
7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades
devem espelhar os termos da transação original. As taxas de juros cobradas nos empréstimos
internacionais também devem estar em conformidade com as práticas do mercado
internacional. Além do custo original da operação, a instituição financeira somente poderá
cobrar uma comissão de repasse.
O Banco Central poderá estabelecer limitações ao prazo, taxa de juros e condições gerais de
empréstimos em moeda estrangeira. Essas limitações são alteradas de acordo com o ambiente
econômico e a política monetária.
O Banco Central estabelece limites para a exposição em moeda estrangeira, que pode variar
de quinze por cento a setenta e cinco por cento. A Resolução CMN 3.488 de 29 de agosto de
2007 estabeleceu o limite de exposição em trinta por cento.
Regulamentação da Gestão de Ativos
Nos termos da Lei nº 10.198, de 14.2.2001, e da Lei nº 10.303, de 31.10.2001, a regulação e
supervisão financeira dos fundos mútuos e de renda variável são de responsabilidade da CVM.
Apenas pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pela CVM podem atuar como gestores de
ativos de terceiros. As instituições financeiras devem segregar a gestão de ativos de terceiros
de suas outras