ncrf 22 subsidios apoios governo
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NCRF 22 Contabilizao dos Subsdios do Governo e Divulgao de Apoios do Governo1/7
NORMA CONTABILSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 22
CONTABILIZAO DOS SUBSDIOS DO GOVERNO E DIVULGAO DE APOIOSDO GOVERNO
Esta Norma Contabilstica e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade
IAS 20 Contabilizao dos Subsdios do Governo e Divulgao de Apoios do Governo, adoptada pelo
texto original do Regulamento (CE) n. 1126/2008 da Comisso, de 3 de Novembro.
Sempre que na presente norma existam remisses para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem s adoptadas pela Unio Europeia, nos termos do Regulamento (CE)
n. 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de J ulho e, em conformidade com o texto
original do Regulamento (CE) n. 1126/2008 da Comisso, de 3 de Novembro.
INDICE (designao pargrafos)
Objectivo ( 1) 1mbito ( 2e 3) ........................................................................................................................................... 1Definies ( 4 a 7) .................................................................................................................................... 2Subsdios do Governo ( 8 a 25) .............................................................................................................. 3
Subs dios do Governo no monetrios ( 21) 5
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3. Esta Norma no trata:
(a) os problemas especiais que surgem da contabilizao dos subsdios do Governo em
demonstraes financeiras que reflictam os efeitos das alteraes de preos ou na informaosuplementar de uma natureza semelhante;
(b) o apoio do Governo que seja proporcionado a uma entidade na forma de benefcios que ficam
disponveis ao determinar o rendimento colectvel ou que sejam determinados ou limitados na
base de passivos por impostos sobre o rendimento (tais como isenes temporrias do imposto
sobre o rendimento, crditos de impostos por investimentos, permisso de depreciaes
aceleradas e taxas reduzidas de impostos sobre o rendimento);
(c) a participao do Governo na propriedade (capital) da entidade; e
(d) os subsdios do Governo cobertos pela NCRF 17 - Agricultura.
Definies ( 4 a 7)
4. Os termos que se seguem so usados nesta Norma com os significados especificados:
Apoio do Governo: a aco concebida pelo Governo para proporcionar benefcios econmicosespecficos a uma entidade ou a uma categoria de entidades que a eles se propem segundo certos
critrios. O apoio do Governo, para os fins desta Norma, no inclui os benefcios nica e
indirectamente proporcionados atravs de aces que afectem as condies comerciais gerais, tais
como o fornecimento de infra-estruturas em reas de desenvolvimento ou a imposio de restries
comerciais sobre concorrentes.
Governo: refere-se ao Governo, agncias do Governo e organismos semelhantes sejam eles locais,
nacionais ou internacionais.
J usto valor: a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras e dispostas a isso, numa transaco em que no exista relacionamento entre elas.
Subsdios do Governo: so auxlios do Governo na forma de transferncia de recursos para uma
entidade em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condies relacionadas com as
actividades operacionais da entidade. Excluem as formas de apoio do Governo s quais no possa
razoavelmente ser-lhes dado um valor e transaces com o Governo que no se possam distinguir
das transaces comerciais normais da entidade.
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Subsdios no reembolsveis: so apoios do governo em que existe um acordo individualizado da
sua concesso a favor da entidade, se tenham cumprido as condies estabelecidas para a sua
concesso e no existam dvidas de que os subsdios sero recebidos.
ubsdios relacionados com activos: so subsdios do Governo cuja condio primordial a de que a
entidade que a eles se prope deve comprar, construir ou por qualquer forma adquirir activos a longo
prazo. Podem tambm estar ligadas condies subsidirias restringindo o tipo ou a localizao dos
activos ou dos perodos durante os quais devem ser adquiridos ou detidos.
Subsdios relacionados com rendimentos: so subsdios do Governo que no sejam os que esto
relacionados com activos.
5. O apoio do Governo assume muitas formas variando quer na natureza da assistncia dada quer nas
condies que esto geralmente ligadas a ele. O propsito dos apoios pode ser o de encorajar uma
entidade a seguir um certo rumo que ela normalmente no teria tomado se o apoio no fosse
proporcionado.
6. A aceitao de apoio do Governo por uma entidade pode ser significativa para a preparao das
demonstraes financeiras por duas razes. Primeira, porque se os recursos tiverem sido
transferidos, deve ser encontrado um mtodo apropriado de contabilizao para a transferncia.
Segunda, porque desejvel dar uma indicao da extenso pela qual a entidade beneficiou de tal
apoio durante o perodo de relato. Isto facilita as comparaes das demonstraes financeiras da
entidade com as de perodos anteriores e com as de outras entidades.
7. Os subsdios do Governo so algumas vezes denominados por outros nomes, como por exemplo,
dotaes, subvenes ou prmios.
Subsdios do Governo ( 8 a 25)
8. Os subsdios do Governo, incluindo subsdios no monetrios pelo justo valor, s devem ser
reconhecidos aps existir segurana de que:
(a) a entidade cumprir as condies a eles associadas; e
(b) os subsdios sero recebidos.
9. Um subsdio do Governo no reconhecido, at que haja segurana razovel de que a entidade
cumprir as condies a ele associadas, e que o subsdio ser recebido. O recebimento de um
subsdio no proporciona ele prprio prova conclusiva de que as condies associadas ao subsdiotenham sido ou sero cumpridas.
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10. A maneira pela qual um subsdio recebido no afecta o mtodo contabilstico a ser adoptado com
respeito ao subsdio. Por conseguinte, um subsdio contabilizado da mesma maneira quer ele seja
recebido em dinheiro quer como reduo de um passivo para com o Governo.
11. Uma vez que o subsdio do Governo seja reconhecido, qualquer contingncia relacionada ser
tratada de acordo com a NCRF 21 - Provises, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
12. Os subsdios do Governo no reembolsveis relacionados com activos fixos tangveis e intangveis
devem ser inicialmente reconhecidos nos Capitais Prprios e, subsequentemente:
(a) Quanto aos que respeitam a activos fixos tangveis depreciveis e intangveis com via til
definida, imputados numa base sistemtica como rendimentos durante os perodos necessrios
para balance-los com os gastos relacionados que se pretende que eles compensem;
(b) Quanto aos que respeitem a activos fixos tangveis no depreciveis e intangveis com vida til
indefinida, mantidos nos Capitais Prprios, excepto se a respectiva quantia for necessria para
compensar qualquer perda por imparidade.
13. Os subsdios do Governo reembolsveis so contabilizados como Passivos. No caso de estes
subsdios adquirirem a condio de no reembolsveis, devero passar a ter o tratamento referido no
ponto12.
14. fundamental que os subsdios do Governo sejam reconhecidos na demonstrao dos resultados
numa base sistemtica e racional durante os perodos contabilsticos necessrios para balance-los
com os custos relacionados. O reconhecimento nos rendimentos dos subsdios do Governo na base
de recebimentos no est de acordo com o princpio contabilstico do acrscimo (ver NCRF 1
Estrutura e Contedo das Demonstraes Financeiras) e tal s ser aceitvel se no existir qualquer
outra base para imputar os subsdios a perodos, que no seja a de os imputar aos perodos em que
so recebidos.
15. Na maior parte dos casos os perodos durante os quais uma entidade reconhece os custos ou gastos
relacionados com um subsdio do Governo so prontamente determinveis e, por conseguinte, os
subsdios associados ao reconhecimento de gastos especficos so reconhecidos como rdito no
mesmo perodo do gasto relacionado. Semelhantemente, os subsdios relacionados com activos
depreciveis so geralmente reconhecidos como rendimento durante os perodos e na proporo em
que a depreciao desses activos reconhecida.
16. Os subsdios relacionados com activos no depreciveis podem tambm requerer o cumprimento de
certas obrigaes e sero ento reconhecidos como rendimento durante os perodos que suportam o
custo de satisfazer as obrigaes. Como exemplo, temos que um subsdio de terrenos pode ser
condicionado pela construo de um edifcio no local, podendo ser apropriado reconhec-lo como
rendimento durante a vida do edifcio.
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17. Os subsdios so algumas vezes recebidos como um pacote de ajudas financeiras ou fiscais a que
esto associadas um certo nmero de condies. Em tais casos, necessrio cuidado na
identificao das condies que do origem aos custos e gastos que determinam os perodos
durante os quais o subsdio ser obtido. Pode ser apropriado imputar parte de um subsdio numa
determinada base e parte numa outra.
18. Um subsdio do Governo que se torne recebvel como compensao por gastos ou perdas j
incorridos ou para a finalidade de dar suporte financeiro imediato entidade sem qualquer futuro
custo relacionado deve ser reconhecido como rendimento do perodo em que se tornar recebvel.
19. Em algumas circunstncias, um subsdio do Governo pode ser concedido para a finalidade de dar
suporte financeiro imediato a uma entidade e no como um incentivo para levar a cabo dispndios
especficos. Tais subsdios podem ser limitados a uma entidade individual e podem no estardisponveis para toda uma classe de beneficirios. Estas circunstncias podem garantir o
reconhecimento de um subsdio como rendimento no perodo em que a entidade se qualificar para o
receber, com a divulgao necessria para assegurar que o seu efeito seja claramente
compreendido.
20. Um subsdio do Governo pode tornar-se recebvel por uma entidade como compensao por gastos
ou perdas incorridos num perodo anterior. Um tal subsdio reconhecido como rendimento do
perodo em que se tornar recebvel, com a divulgao necessria para assegurar que o seu efeito
seja claramente compreendido.
Subsdios do Governo no monetrios ( 21)
21. Um subsdio do Governo pode tomar a forma de transferncia de um activo no monetrio, tal como
terrenos ou outros recursos, para uso da entidade. Nestas circunstncias usual avaliar o justo valor
do activo no monetrio e contabilizar quer o subsdio quer o activo por esse justo valor. Caso este
no possa ser determinado com fiabilidade, tanto o activo como o subsdio sero de registar por uma
quantia nominal.
Apresentao de subsdios relacionados com activos ( 22 a 23)
22. Os subsdios do Governo no reembolsveis relacionados com activos fixos tangveis e intangveis,
incluindo os subsdios no monetrios, devem ser apresentados no balano como componente do
capital prprio, e imputados como rendimentos do exerccio numa base sistemtica e racional
durante a vida til do activo.
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23. A compra de activos e o recebimento dos subsdios relacionados pode causar movimentos
importantes no fluxo de caixa de uma entidade. Por esta razo, e a fim de mostrar o investimento
bruto em activos, tais movimentos devem ser divulgados como itens separados na demonstrao de
fluxos de caixa.
Apresentao de subsdios relacionados com rendimentos ( 24)
24.Os subsdios que so concedidos para assegurar uma rentabilidade mnima ou compensar deficits de
explorao de um dado exerccio imputam-se como rendimentos desse exerccio, salvo se se
destinarem a financiar deficits de explorao de exerccios futuros, caso em que se imputam aos
referidos exerccios. Estes subsdios devem ser apresentados separadamente como tal na
demonstrao dos resultados.
Reembolso de subsdios do Governo ( 25)
25. Um subsdio do Governo que se torne reembolsvel deve ser contabilizado como uma reviso de
uma estimativa contabilstica (ver NCRF 4 - Polticas Contabilsticas, Alteraes nas Estimativas
Contabilsticas e Erros). O reembolso de um subsdio relacionado com rendimentos ou relacionado
com activos deve ser aplicado em primeiro lugar em contrapartida de qualquer crdito diferido no
amortizado registado com respeito ao subsdio. Na medida em que o reembolso exceda tal crdito
diferido, ou quando no exista crdito diferido, o reembolso deve ser reconhecido imediatamente
como um gasto.
Apoio do Governo ( 26 a 30)
26. Certas formas de apoio do Governo que no possam ter um valor razoavelmente atribudo so
excludas da definio de apoio do Governo dada no pargrafo 4, assim como as transaces com o
Governo que no possam ser distinguidas das operaes comerciais normais da entidade.
27. So exemplos de apoio que no podem de uma maneira razovel ter valor atribudo os conselhos
tcnicos e de comercializao gratuitos e a concesso de garantias. Um exemplo de apoio que no
pode ser distinguido das operaes comerciais normais da entidade o da poltica de aquisies do
Governo a qual seja responsvel por parte das vendas da entidade. A existncia do benefcio pode
ser indiscutvel mas qualquer tentativa de segregar as actividades comerciais das do apoio do
Governo pode muito bem ser arbitrria.
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28. O significado do benefcio nos exemplos atrs pode ser tal que a divulgao da natureza, extenso e
durao do apoio seja necessria a fim de que as demonstraes financeiras no sejam enganosas.
29. Os emprstimos sem juros ou a taxas de juros baixos so uma forma de apoio do Governo, mas obenefcio no quantificado pela imputao de juros.
30. Para efeitos da presente Norma, o apoio do Governo no inclui o fornecimento de infra-estruturas
atravs da melhoria da rede de transportes e de comunicaes gerais e o fornecimento de meios
melhorados tais como irrigao ou rede de guas que fiquem disponveis numa base contnua e
indeterminada para o benefcio de toda uma comunidade local.
Divulgaes ( 31)
31. Devem ser divulgados os assuntos seguintes:
(a) a poltica contabilstica adoptada para os subsdios do Governo, incluindo os mtodos de
apresentao adoptados nas demonstraes financeiras;
(b) a natureza e extenso dos subsdios do Governo reconhecidos nas demonstraes financeiras e
indicao de outras formas de apoio do Governo de que a entidade tenha directamente
beneficiado; e
(c) condies no satisfeitas e outras contingncias ligadas ao apoio do Governo que tenham sido
reconhecidas.
Data de eficcia ( 32)
32. Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do primeiro perodo que se inicie em ou aps 1 de
J aneiro de 2010.