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MAR 2000 NBR 9207 Cal hidratada para argamassas - Determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômetro de Voss Origem: Projeto NBR 9207:1999 ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados CE-18:406.02 - Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Cal Virgem e Cal Hidratada NBR 9207 - Hydrated lime for mortars - Incorporation capacity determination Descriptors: Mortar. Lime. Hydrated lime Esta Norma substitui a NBR 9207:1985 Válida a partir de 02.05.2000 Palavras-chave: Argamassa. Cal 3 páginas Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definição 4 Aparelhagem 5 Execução do ensaio 6 Resultados Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo Esta Norma prescreve o método de determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômetro de Voss, o qual permite determinar a quantidade máxima de areia-padrão que pode ser misturada a uma cal hidratada para argamassas, sem prejudicar as características de trabalho da mistura resultante. NOTA - Neste ensaio, uma série de misturas areia-cal, em massa, contendo proporções crescentes de areia, é forçada através de um tubo com ponta tronco-cônica, com força e velocidade constantes, por meio de uma manivela que imprime um torque máximo determinado. Como a proporção de areia é aumentada, alcança-se um estágio onde um aumento no conteúdo de areia resulta em um aumento desproporcionalmente grande no torque necessário para extrudar a mistura toda, resultando no tubo uma porção de argamassa não extrudada. A altura dessa porção que sobra no tubo não pode exceder 37,0 mm. 2 Referências normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 7214:1982 - Areia normal para ensaio de cimento - Especificação NBR 7215:1996 - Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

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Page 1: NBR 9207- 2000 - cal hidratada para argamassas - determinação da capacidade de incorporação de ar

MAR 2000 NBR 9207

Cal hidratada para argamassas -Determinação da capacidade deincorporação de areia noplastômetro de Voss

Origem: Projeto NBR 9207:1999ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e AgregadosCE-18:406.02 - Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Cal Virgem eCal HidratadaNBR 9207 - Hydrated lime for mortars - Incorporation capacity determinationDescriptors: Mortar. Lime. Hydrated limeEsta Norma substitui a NBR 9207:1985Válida a partir de 02.05.2000

Palavras-chave: Argamassa. Cal 3 páginas

SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências normativas3 Definição4 Aparelhagem5 Execução do ensaio6 Resultados

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendoparte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre osassociados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma prescreve o método de determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômetro de Voss, o qualpermite determinar a quantidade máxima de areia-padrão que pode ser misturada a uma cal hidratada para argamassas,sem prejudicar as características de trabalho da mistura resultante.

NOTA - Neste ensaio, uma série de misturas areia-cal, em massa, contendo proporções crescentes de areia, é forçada através de umtubo com ponta tronco-cônica, com força e velocidade constantes, por meio de uma manivela que imprime um torque máximodeterminado. Como a proporção de areia é aumentada, alcança-se um estágio onde um aumento no conteúdo de areia resulta em umaumento desproporcionalmente grande no torque necessário para extrudar a mistura toda, resultando no tubo uma porção de argamassanão extrudada. A altura dessa porção que sobra no tubo não pode exceder 37,0 mm.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para estaNorma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as ediçõesmais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 7214:1982 - Areia normal para ensaio de cimento - Especificação

NBR 7215:1996 - Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereço eletrônico:www.abnt.org.br

ABNT - AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Copyright © 2000,ABNT–Associação Brasileira deNormas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

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NBR 9207:20002

3 Definição

Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte definição:

3.1 capacidade de incorporação de areia: Máxima quantidade de areia, em relação à cal, com a qual uma mistura, nascondições especificadas, acarreta uma altura de argamassa não extrudada, no plastômetro igual ou inferior a 37,0 mm, deacordo com esta Norma.

4 Aparelhagem

4.1 Plastômetro (ver figura 1) dotado de dispositivo para extrusão da argamassa e êmbolo movido por manivela provida dedispositivo que impeça imprimir pressões superiores a 0,414 MPa. A uma volta completa de manivela deve corresponderum deslocamento do êmbolo de 4,0 mm.

4.2 Misturador de argamassa, aparelho de consistência e soquete, especificados na NBR 7215.

4.3 Areia-padrão composta de partes iguais em peso das frações nos 30, 50 e 100 de areia normal brasileira para ensaiosde cimento (NBR 7214).

4.4 Balança com resolução de 0,1 g.

5 Execução do ensaio

5.1 Proporções dos materiais

5.1.1 O ensaio é realizado por tentativas em argamassas de cal e areia-padrão, acrescentando-se ou retirando-se areia naproporção areia/cal, em massa, igual a 0,1.

5.1.2 A quantidade de água deve ser suficiente para consistência de (240 ± 5) mm (NBR 7215).

5.1.3 A quantidade de cal deve ser igual a 500 g.

5.2 Mistura mecânica

5.2.1 Colocar o recipiente seco na posição de mistura do misturador.

5.2.2 Colocar uma quantidade de água no recipiente com volume conhecido.

5.2.3 Adicionar a cal e ligar o misturador na velocidade baixa (140 ± 5) rpm por 30 s.

5.2.4 Adicionar toda a quantidade de areia vagarosamente durante 30 s, com o misturador na velocidade baixa.

5.2.5 Desligar o misturador, mudar para velocidade alta (285 ± 10) rpm e misturar por mais 30 s.

5.2.6 Desligar o misturador, deixando a argamassa em repouso por um intervalo de 10 min. Durante os primeiros 30 s desteintervalo, raspar rapidamente qualquer excesso de argamassa aderida às paredes do recipiente. Em seguida, colocar umpano umedecido.

5.2.7 Terminar a mistura com o misturador na velocidade alta, durante 60 s.

NOTA - Em qualquer caso que exija uma remistura, toda a argamassa que tenha aderido às paredes do recipiente deve ser raspada erecolocada junto ao restante da argamassa no interior do recipiente antes de iniciar a nova mistura.

5.3 Preparação da argamassa com consistência normal

5.3.1 Umedecer cuidadosamente a superfície da mesa de consistência e colocar o molde tronco-cônico, com a baseapoiada na mesa, de modo bem centrado. Imediatamente após terminada a operação de mistura descrita em 5.2,preencher o molde com a argamassa, em três camadas de alturas sensivelmente iguais, com auxílio de uma espátula, eaplicar, com o soquete, em cada uma delas, golpes moderados uniformemente distribuídos. Aplicar 15 golpes na primeiracamada, 10 na segunda e 5 na terceira. Remover então o material que tenha ultrapassado o bordo superior, alisando o topocom o auxílio de uma régua metálica.

5.3.2 Remover o molde e em seguida acionar a manivela, fazendo com que a mesa dê 30 quedas em 30 s.

5.3.3 O índice de consistência, expresso em milímetros, corresponde à média de três medidas do diâmetro ortogonais dabase do tronco de cone da argamassa, após a deformação, feita com auxílio de paquímetro.

5.3.4 Se o índice de consistência estiver abaixo da consistência especificada, adicionar água à argamassa até que o índicefique dentro do intervalo especificado (intervalo em que se considera a argamassa com consistência normal).

5.3.5 A cada ajuste, recolocar a argamassa no recipiente original, adicionar água e misturar à velocidade alta durante 30 s.

5.3.6 Caso não tenha atingido o índice de consistência desejado após dois ajustes, deve-se reiniciar o processo, compreparo de nova mistura.

5.3.7 Se o índice de consistência da argamassa original for superior ao especificado, preparar uma nova mistura commenos água.

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NBR 9207:2000 3

5.4 Extrusão das misturas

5.4.1 Após a preparação da argamassa, ela deve ser introduzida no tubo com auxílio de uma espátula, com o pistãocompletamente abaixado, e adensada em três camadas com 10 golpes moderados por camada, usando-se para isso osoquete.

5.4.2 Em seguida deve ser acoplado o prato 1 no aparelho e iniciar-se a extrusão (velocidade de rotação da manivelaigual a 1 volta por segundo) até que a manivela gire em falso; isto significa que a extrusão chegou ao seu final (o materialextrudado encontra-se no prato).

5.4.3 Em seguida deve ser retirado o prato 1 e a cabeça 2 e realizada a leitura da altura de argamassa não extrudadacom régua graduada em milímetros. Para tanto, é conveniente acionar a manivela erguendo mais a cabeça do pistão 3(ver figura 1).

5.4.4 Resultados

5.5 A capacidade de retenção da areia deve ser calculada a partir da média de duas determinações e deve serapresentada na forma 1,00:M (cal:areia, em massa). Exemplo: tendo sido 3,50 a maior proporção de areia em relação àcal cuja altura de argamassa não extrudada for inferior a 37,0 mm, o resultado deve ser apresentado na forma:“Capacidade de incorporação de areia = 1,00:3,50 (cal:areia, em massa)”. Deve constar no relatório do ensaio o seguinte:

a) quantidade de água em relação à cal usada na mistura final, em gramas;

b) altura não extrudada no plastômetro para a mistura final, em milímetros;

c) capacidade de incorporação de areia, na forma acima (1,00:M).

1 - Prato retentor de argamassa extrudada2 - Cabeça de extrusão3 - PistãoP - Pressão máxima de extrusão 0,414 MPa

NOTA - Deslocamento do êmbolo: 4 mm a cada giro completo do volante

Figura 1 - Plastômetro de Voss_________________