nbr 8039 nb 792 - projeto e execucao de telhados com telhas ceramicas tipo francesa
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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas
Palavras-chave: Telhado. Telha francesa 5 páginas
NBR 8039JUN 1983
Projeto e execução de telhados comtelhas cerâmicas tipo francesa
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o projeto e aexecução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa,conforme especificadas na NBR 7172.
2 Documento complementar
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 7172 - Telha cerâmica tipo francesa - Especi-ficação
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de3.1 a 3.9 ilustradas na Figura 1.
3.1 Água
Superfície plana inclinada de um telhado.
3.2 Beiral
Parte do telhado fora do alinhamento da parede.
3.3 Cumeeira
Aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas,geralmente localizada na parte mais alta do telhado.
3.4 Espigão
Aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águasque formam o ângulo saliente, isto é, o espigão é um di-visor de águas.
3.5 Fiada
Seqüência de telhas no sentido da sua largura.
3.6 Peça complementar
Componente cerâmico ou de qualquer outro material, quepermite a solução de detalhes do telhado, podendo ser usa-do em cumeeiras, encontros com paredes, ventilação,iluminação e arremates.
3.7 Rufo
Peça complementar de arremate entre o telhado e umaparede.
3.8 Telha translúcida tipo francesa
Telha de vidro com o mesmo formato e dimensões da telhacerâmica tipo francesa, empregada para possibilitar ilu-minação natural.
3.9 Telhado
Parte da cobertura de uma edificação, constituída pelastelhas e peças complementares .
Origem: ABNT - 02:002.04-056/1983CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção CivilCE-02:002.04 - Comissão de Estudo de Telhas de Barro CozidoNBR 8039 - Project and execution of tiling with french type ceramic tiles - ProcedureDescriptors: Tiling. French tile
Procedimento
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Figura 1 - Designação das partes do telhado
4 Condições gerais
4.1 Generalidades
4.1.1 Os telhados devem ser estanques, com um nívelsatisfatório de segurança, satisfazendo às condições destaNorma.
4.1.2 O telhado deve ser projetado para empregar telhascom dimensões padronizadas.
4.1.3 A quantidade de telhas no plano de água do telhado éde 15 ± 0,5 unidades por m2.
4.1.4 Recomenda-se que as águas pluviais incidentes so-bre o telhado sejam recolhidas através de calhas e con-dutores.
4.2 Manuseio e estocagem dos componentes
4.2.1 As telhas e as peças complementares devem sermanuseadas individualmente, com cuidado, para evitarquebras.
4.2.2 As telhas e as peças complementares devem serestocadas em terreno plano e firme, o mais próximo dolocal onde serão utilizadas.
4.2.3 As telhas devem ser armazenadas na vertical,conforme a Figura 2.
4.2.4 Todos os componentes necessários (telhas, peçascomplementares, arames e materiais constituintes daargamassa) devem estar no local da obra antes do início daexecução do telhado.
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4.3 Declividade
4.3.1 Os telhados devem ser executados com declividadecompreendida entre 32% e 40%.
4.3.2 A declividade pode ser maior, se as telhas forem fixadascom arame, através da orelha de aramar, à estrutura deapoio do telhado.
4.4 Colocação dos componentes
4.4.1 A colocação das telhas deve ser feita por fiadas,iniciando-se pelo beiral e prosseguindo-se em direção àcumeeira.
4.4.2 Na colocação das telhas ou na manutenção do telhado,os montadores não devem pisar diretamente nas telhas,devendo utilizar tábuas que distribuam os esforços.
4.4.3 As telhas devem apoiar-se sobre elementos co-planares, isto é, nas faces superiores das ripas.
5 Condições específicas
5.1 Telha translúcida tipo francesa
5.1.1 Deve apresentar uma resistência mecânica compatívelcom a resistência da telha cerâmica.
5.1.2 A telha translúcida tipo francesa deve ajustar-se àstelhas cerâmicas de tal forma que seja garantida aestanqueidade do telhado.
5.2 Cumeeira
5.2.1 A cumeeira deve ser executada, de preferência, compeças de material cerâmico especialmente projetadas paraeste fim.
5.2.2 O recobrimento entre a cumeeira e a telha deve ser nomínimo de 30 mm.
5.2.3 A cumeeira deve ser emboçada com uma argamassacom capacidade de retenção de água, impermeável, insolúvelem água e que garanta uma boa aderência; consideram-secomo adequadas as argamassas de traço 1:2:9 ou 1:3:12(cimento, cal e areia, em volume) ou quaisquer outras arga-massas com propriedades equivalentes.
5.2.4 Não devem ser empregadas argamassas de cimentoe areia.
5.3 Espigão
5.3.1 O espigão deve ser executado, de preferência, commaterial cerâmico.
a) perfil b) elevação
c) planta d) perspectiva
Figura 2 - Armazenamento das telhas
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5.3.2 O recobrimento entre o espigão e a telha deve ser nomínimo de 30 mm.
5.3.3 O espigão deve ser emboçado com a argamassadefinida em 5.2.3, não devendo ser empregada argamassade cimento e areia.
5.4 Beiral
Em beirais desprotegidos, recomenda-se emboçar as te-lhas com a argamassa definida em 5.2.3, conforme a Fi-gura 3, ou fixá-las com arames de aço ou de cobre, atravésda orelha de aramar, à estrutura de apoio do telhado.
5.5 Arremates
5.5.1 O encontro do telhado com paredes paralelas aocomprimento das telhas pode ser executado conforme aFigura 4, empregando-se rufos metálicos ou componentescerâmicos, de modo a garantir-se a estanqueidade dotelhado.
5.5.2 O encontro do telhado com paredes transversais aocomprimento das telhas pode ser executado conforme aFigura 5, empregando-se rufos metálicos ou componentescerâmicos.
Figura 3 - Detalhe de arremate em beiral desprotegido
Figura 4 - Detalhe de rufos laterais às telhas
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Figura 5 - Detalhe de rufo transversal às telhas