naturalismo e realismo na pintura
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História da Cultura e
das Artes
12.º ano
Naturalismo e Realismo
Prof. Carlos Pinheiro
Contexto histórico… Século XIX – década de 30
Surgem as primeiras crises económicas do capitalismo industrial e liberal.
O problema dos operários era um dos mais importantes na sociedade do
século XIX;
Organização do movimento operário começava, traduzindo-se em várias
greves e manifestações;
A situação política complicara-se em quase todos os países (revoluções
liberais e nacionalistas que ora apoiavam alas mais conservadoras ora
apoiavam alas mais liberais);
Desenvolvimento bastante acentuado na Imprensa, principalmente com os
jornais que se aproveitam destes acontecimentos para encher as suas páginas
e para conseguir fazer chegar mais rápido, as notícias ao maior número de
pessoas;
As pessoas estão cada vez mais instruídas o que leva à laicização do
pensamento e das mentalidades;
Dá-se um interesse pela realidade, pelo racionalismo, pragmatismo e
materialismo na vida quotidiana, na sociedade, na economia, política e cultura.
O interesse manifesto na realidade, chegou também à arte e isto vai fazer notar-
se pela primeira vez em França, onde um grupo de pintores, na década de 30 do
século XIX, saiu da agitação urbana e do rigoroso academismo da época e se
instala na Floresta de Fontainebleau, na aldeia de Barbizon onde desenvolveu
um tipo de pintura.
A Escola de Barbizon iniciou de uma nova corrente estilística na pintura: o
Naturalismo, uma tendência que atravessou a 2.ª metade do século XIX.
NATURALISMO
As pequenas bisnagas de zinco inventadas pouco tempo antes e que permitiam aos
artistas levarem para toda a parte pequenas porções de tintas variadas, tinham
favorecido o aparecimento deste novo método artístico.
Sem estas bisnagas a pintura ao ar livre não tinha sido possível.
NATURALISMO
Características:
• Pintura da Natureza, captada ar livre, inaugurando a pintura fora dos ateliers.
• Maior fidelidade possível aos fenómenos da Natureza.
• Rejeição do subjetivismo e sentimentalismo exagerados dos românticos
(abandono da maior parte das temáticas relacionadas ao romantismo como as
fantasias, temas históricos e literários).
• Representação objetiva do real visível: paisagem, retrato e cenas do
quotidiano.
• A luz e a atmosfera criadas pelos efeitos da luz desempenham um papel
primordial: ar torna-se num véu suave, e a luz numa substância atmosférica, que
preenche todo o espaço pictórico.
NATURALISMO
REALISMO
Foi influenciado pela “Escola de Barbizon” e pelo Naturalismo e surgiu por volta de
1848-50 a foi até 1870.
Esteve ligado aos acontecimentos sociais e políticos que marcaram a França
dessa época visando a captação da realidade social, com toda a fidelidade
possível em relação àquilo que observa, completamente isento de subjetividade.
Para os realistas a arte é um meio de denúncia social e política.
A sua fonte de inspiração foi por isso a vida quotidiana que se transformou num
dos principais temas da sua pintura, fazendo uso de pessoas anónimas e comuns.
Os pintores realistas foram fiéis à realidade tanto do local que pretendiam retratar
como das figuras humanas e tiveram tendência para simplificar a técnica de claro-
escuro, praticando uma composição bastante natural sem alterar o enquadramento
das cenas captadas.
Charles Daubigny (1817-1878) A colheita– Daubigny, 1851
Charles Daubigny (1817-1878)
O moinho de Gobelle,Daubigny,
1852. Óleo sobre tela, 57x92 cm
Charles Daubigny (1817-1878)
A Primavera,Daubigny,
1862. Óleo sobre tela, 133 cm x240 cm
Charles Daubigny (1817-1878)
A Neve,Daubigny,
1873. Óleo sobre tela, 90 cm x 120 cm
Théodore Rousseau (1812-1867)
A floresta de inverno ao nascer do sol
1845 -1846. Óleo sobre tela,
Théodore Rousseau (1812-1867)
O Pescador
1853. Óleo sobre tela,
Théodore Rousseau (1796-1875)
Paisagem de Barbizon
Óleo sobre tela, 1850 . 24 × 32 cm
Floresta de Fontainebleau -1846
Óleo sobre tela, Jean-Baptiste-Camille Corot (1796-1875)
Recordação de Mortefontaine
Óleo sobre tela, 1864. 65 cm x 89 cm Jean-Baptiste-Camille Corot (1796-1875)
Jean-Baptiste-Camille Corot (1796-1875) A Villa d’Auray -1867-70
Óleo sobre tela, 1864. 49.3 × 65.5 cm
Gustave Courbet (1819-1877) As Peneiradoras do Trigo
1855. Óleo sobre tela .131 × 167 cm
Gustave Courbet (1819-1877) Os britadores de Pedra
1849. Óleo sobre tela . 165 × 257 cm
Gustave Courbet (1819-1877) O Ateliê
1855. Óleo sobre tela . 359 × 598 cm
Intitulada pelo artista de O Meu Ateliê – Uma Alegoria Real, ou ainda Resumo de Sete Anos da Minha Vida, esta
obra representa o pintor em frente da tela, pintando uma paisagem da sua terra natal, Ornans, rodeado por
personagens da sociedade parisiense do seu tempo: o seu núcleo de amigos e protetores (à direita); figuras da
política e da vida mundana (à esquerda). Paradoxalmente, esta multidão, que deveria estar no ateliê para ver a
obra do artista, parece distraída ou demasiado absorta nos seus pensamentos. A única figura que
verdadeiramente olha o quadro é a criança junto ao pintor.
Courbet usou esta obra como manifesto da pintura realista.
Honoré Daumier (1808-1879) O Vagão de Terceira Classe
1862. Óleo sobre tela . 67 × 93 cm
Honoré Daumier (1808-1879) Os Jogadores de Xadrez
1863. Óleo sobre tela . 24 × 32 cm
Honoré Daumier (1808-1879) A Lavadeira
1863. Óleo sobre madeira. 49 × 33 cm
Jean François Millet (1814-1875) As respigadoras do Trigo
1857. Óleo sobre tela. 83.5 × 110 cm
Jean François Millet (1814-1875) Angelus
1857-59. Óleo sobre tela. 55.5 × 66 cm
Jean François Millet (1814-1875) O Semeador
1850. Óleo sobre tela.
Jean François Millet (1814-1875) Os apanhadores de batatas
1855. Óleo sobre tela. 54 cm x 65.2 cm
Jean François Millet (1814-1875) Caçando pássaros à noite
1874. Óleo sobre tela. 74 cm x 93 cm