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O NASCIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA Os filósofos pré-socráticos

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O nascimento da filosofia na grcia

O nascimento da filosofia na grciaOs filsofos pr-socrticosndiceA Origem da FilosofiaOs Filsofos Pr-Socrticos2.1. Escola Jnica: Tales, Anaximandro, e Anaxmenes2.2. Escola Pitagrica: Pitgoras 2.3. Herclito de feso2.4. Escola Eleata: Parmnides e Zeno2.5. Empdocles de Agrigento2.6. Os Atomistas: Leucipo e Demcrito3. ConclusesDescreve-se como a passagem do mito ao logos.

Trata-se de encontrar explicaes sobre o que nos rodeia, utilizando a razo em substituio das explicaes mitolgicas.

ORIGEM DA FILOSOFIAMapa da Grcia no tempo dos pr-socrticos

feso:Cidade de HerclitoEleia:Cidade de ParmnidesMapa da Grcia no tempo dos pr-socrticosO mundo grego expandiu-se por quase todo o mar Mediterrneo: feso fica na atual Turquia; Eleia na Itlia. Filosofia: origemFoi em Mileto, na regio grega da Jnia (atual Turquia), que, no sculo VI a.C., se efetuaram os primeiros esforos de carter racional para descrever a natureza (physis).

Filosofia: origemO quadro poltico, social e econmico da Jnia favoreceu o aparecimento da filosofia, uma nova conceo lgica e racional do mundo afastada do pensamento mtico.No Sculo VI a.C., a atual Grcia era constituda por diferentes polisA ORIGEM DA FILOSOFIA Deve-se a diversos fatoresComrcioLiberdade religiosa O contato com outras culturas permitiuo intercmbio de ideias. Por no haver monoplio religioso, existia tolerncia e respeito pelas diferentes opinies e interrogaesA diviso da sociedade

1 nascimento da filosofia grega2 nascimento da filosofia gregaOs pr-socrticos e os seus modelos de explicao da NaturezaA filosofia na e da cidadePROBLEMA COSMOLGICOO tema predominante a explicao do cosmos atravs de uma substncia una que explique a multiplicidade do real, ordenando-o.PROBLEMA ANTROPOLGICOO homem torna-se o centro de toda a problemtica filosfica.FILOSOFIA PR-SOCRTICAO problema fulcral o da origem do cosmos. Busca do elemento primordial, ou substncia original de todas as coisas.A procura de um princpio de unidade do real a partir da multiplicidade das coisas existentes , ento, a preocupao dominante neste perodo.Os primeiros filsofos procuram o fundamento primordial, aquilo que permanece e se define como uno, universal e imutvel.Este princpio de unidade a substncia primordial de que tudo emerge e qual tudo regressa, a matria de que todas as coisas se compem.

Pensadores pr-socrticosOs primeiros fsicos enfrentaram o problema da origem, evoluo e estrutura do universo (physis).Os primeiros fsicos procuraram a substncia primordial (arch).

Tales de MiletoTradicionalmente considerado o mais antigo filsofo grego, Tales era um fsico ou investigador da natureza das coisas como um todo.

Tales de MiletoAtribui a origem do real a uma substncia sensvel a gua, justificando esta afirmao pelo papel da gua na vida das plantas e dos animais e pela importncia dos rios nas civilizaes que conhecia (Egipto e Mesopotmia).

A gua foi considerada como o princpio (arch) de tudo.Tales de MiletoA gua o elemento primordial, o substrato que est na origem de todas as coisas.

A terra flutua na gua.

Tales de MiletoPreviu um eclipse (585 a.C.).

Procurou explicar racionalmente as cheias do Nilo.

Fez diversas descobertas matemticas.Anaximandro de MiletoTambm cidado de Mileto, mas mais jovem do que Tales, foi a segunda grande figura da histria da filosofia. anaximandroA vida de Anaximandro to obscura, como o fragmento que dele sobreviveu. Nasceu em Mileto, filho Praxdes, onde teria sido discpulo de Tales. Apesar da raridade das informaes biogrficas, so-lhes atribudos notveis feitos cientficos. Foi, entre outras coisas, um notvel criador de instrumentos de medida do tempo, sendo-lhe atribuda a descoberta do gnmon, a construo de indicadores de horas para assinalar os solstcios e equincios. Anaximandro de MiletoTeria sido o primeiro a traar os contornos da Terra e do mar, e a construir uma esfera celeste. Foi o autor da primeira obra filosfica grega; Anaximandro foi historicamente o primeiro a expor a teoria da evoluo dos animais: o homem e todas as atuais espcies precedem de um ser marinho escamoso comum.AnaximandroAdmite como elemento primordial uma substncia no observvel o infinito ou ilimitado (apeiron).

Na origem de todos os seres est um elemento no determinado que no , nem se confunde com nenhuma das substncias j determinadas, mas contm em si todas as possibilidades de determinao.

Atribui ao apeiron imperecvel e imortal um carcter divino.ANAXIMANDROOBRAS: Em Torno da Natureza, de que apenas sobreviveu um fragmento citado por Simplcio, e algumas frases recordadas por Aristteles.

O apeiron (infinito ou indeterminado) a fonte ou origem de todas as coisas.

O apeiron (infinito ou indeterminado) o lugar de destruio de todas as coisas.AnaxmenesConsidera de novo uma substncia determinada, o ar, como princpio primordial, atribuindo-lhe contudo as mesmas caractersticas do apeiron de Anaximandro.

Todas as coisas nasceram do ar por condensao e rarefaco. O ar quando se rarefaz torna-se mais quente, transformando-se em fogo. Condensando-se, torna-se mais frio, engendrando o vento, as nuvens, a gua, a terra e as pedras.

PitgorasPitgoras, matemtico, filsofo, astrnomo, msico e mstico grego, nasceu entre 570 e 590 a.C., na ilha de Samos .

Pitgoras uma figura extremamente importante no desenvolvimento da matemtica, sendo frequentemente considerado como o primeiro matemtico puro. Todavia, pouco se sabe sobre as suas realizaes matemticas pois no deixou obra escrita e, alm disso, a sociedade que ele fundou e dirigiu tinha uma dimenso comunitria e secreta.A escola PitagricaA Escola Pitagrica, era uma seita de natureza cientfica e religiosa, desenvolvia estudos no domnio da matemtica, da filosofia e da astronomia. O smbolo desta sociedade era a estrela de cinco pontas (ou estrela pentagonal).

A Escola Pitagrica defendia o princpio de que a origem de todas as coisas estava nos nmeros. Aforismos Pitagricos"Tudo so nmeros

"Anima-te por teres de suportar as injustias; a verdadeira desgraa consiste em comet-las.

"A vida como uma sala de espetculos: entra-se, v-se e sai-se.

HERACLITO DE FESO

considerado o filsofo do devir e do movimento. Talvez por isso, a substncia primordial esteja para este autor materializada no fogo, devido sua extrema mobilidade. Todas as coisas so fogo e esto em constante fluir (inflamao e extino). Tudo est em movimento perptuo. Nada permanece idntico.No possvel descer duas vezes no mesmo rio; ns prprios somos e no somos.PARMNIDES DE ELEIAReduz o movimento a uma simples aparncia e afirmando simultaneamente que s a substncia verdadeira.O ser, a substncia na sua unidade e permanncia, passa a ser concebida como algo imutvel.A substncia perde o seu carcter material (gua, ar, fogo, etc.), tornando-se numa estrutura necessria e permanente. Para alm da diversidade, do movimento do real, o ser aquilo que permanece.

O ser, a substncia algo incriado, imperecvel, eterno, imutvel, indivisvel, total, uno, completo

Zeno de ElEia Paradoxos:Numa corrida, o mais lento nunca ser alcanado pelo mais rpido. Argumentos atravs de paradoxos: iniciador da dialtica.Paradoxo de Aquiles e a tartaruga, segundo o qual, o corredor nunca alcanaria o animal.Uma flecha em voo est a qualquer instante em repouso (argumentos contra o movimento).EMPDOCLES DE AGRIGENTOOs elementos originrios, substrato de todas as coisas, so quatro: o fogo, a terra, o ar e a gua.

Admitiu a existncia de duas foras responsveis pelo movimento mecnico dos quatro elementos e pelas suas combinaes: o amor que impele unio e o dio que conduz separao.

ANAXGORAS DE CLAZOMENEReconhecendo parcialmente o valor da argumentao de Parmnides, admitiu que partculas diminutas de todas as substncias existentes existiriam desde sempre numa massa compacta originria.

Reconhecendo a impossibilidade de negar a mudana, as transformaes e a pluralidade das coisas, admitiu que uma fora ou causa exterior, a que deu o nome de Entendimento ou Nous, imprimiria movimento a essa massa originria. As partculas, separando-se umas das outras e unindo-se, depois, segundo a sua natureza, deram origem aos diferentes seres.OS ATOMISTAS (LEUCIPO E DEMCRITO)A realidade originria seria constituda por elementos mnimos indivisveis (tomos), eternos, imutveis em si, que se encontram em permanente movimento, possibilitado pela existncia do vazio.

Das diferentes combinaes dos tomos, em coliso uns com os outros, que resultam todos os seres, distintos entre si no por uma matria diferenciada, mas to-s em funo do tamanho e da posio e disposio dos tomos.OS FILSOFOS PR-SOCRTICOS

Qual a origem, a matria ou princpio da Natureza?

Dependendo das escolas, haver diferentes respostas:gua, apeiron, ar, fogo, nmeros, o ser, os tomos .. etc.

Qual a autntica realidade?

Os dados dos sentidos ou o que oferece a razo?Concentraram-se, basicamente, em duas questes:CONCLUSESTema central de estudo: a NATUREZASolues:MonismoFsicos jniosParmnidesDualismoPitagricosPluralismoEmpdocles, Anaxgoras,Leucipo e DemcritoQuesto do CONHECIMENTOComea-se a levantar a distino entre verdade e aparncia.RazoSentidos+CONCLUSESA importncia destes pensadores no se deve tanto s suas respostas particulares, mas sim ao facto de que foram os primeiros a buscar resolver racionalmente a questo da Natureza ltima das coisas e a afirmar que a origem da Natureza est nela mesma.