não tenhas medo de ser santo! -...
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15 ABRIL 2018 - Ano VIII - nº29
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O demónio: algo mais do que um mito...
A convicção de que este poder maligno está no meio de nós é precisamente aquilo que nos per-
mite compreender por que, às vezes, o mal tem uma força destruidora tão grande. É verdade que
os autores bíblicos tinham uma bagagem concetual limitada para expressar algumas realidades e
que, nos tempos de Jesus, podia-se confundir, por exemplo, uma epilepsia com a possessão do
demónio. Mas isto não deve levar-nos a simplificar demasiado a realidade afirmando que todos os
casos narrados nos Evangelhos eram doenças psíquicas e que, em última análise, o demónio não
existe ou não intervém. A sua presença consta nas primeiras páginas da Sagrada Escritura, que
termina com a vitória de Deus sobre o demónio. De facto, quando Jesus nos deixou a oração do Pai-Nosso, quis que a concluíssemos pedindo
ao Pai que nos livrasse do Maligno. A expressão usada não se refere ao mal em abstrato; a sua tradução mais precisa é «o Maligno». Indica
um ser pessoal que nos atormenta. Jesus ensinou-nos a pedir cada dia esta libertação para que o seu poder não nos domine. Então, não pense-
mos que seja um mito, uma representação, um símbolo, uma figura ou uma ideia. Este engano leva-nos a diminuir a vigilância, a descuidar-
nos e a ficar mais expostos. O demónio não precisa de nos possuir. Envenena-nos com o ódio, a tristeza, a inveja, os vícios. E assim, enquanto
abrandamos a vigilância, ele aproveita para destruir a nossa vida, as nossas famílias e as nossas comunidades, porque, «como um leão a rugir,
anda a rondar-vos, procurando a quem devorar».
Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate (160-161)
Entregue na Igreja
Não tenhas medo de ser Santo!
Não tenhas medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida nem alegria. Muito
pelo contrário, porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando te criou e serás fiel
ao teu próprio ser. Depender d’Ele liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhe-
cer a nossa dignidade. Isto vê-se em Santa Josefina Bakhita, que, «escravizada e ven-
dida como escrava com apenas sete anos de idade, sofreu muito nas mãos de patrões
cruéis. Apesar disso compreendeu a verdade profunda que Deus, e não o homem, é o
verdadeiro Patrão de todos os seres humanos, de cada vida humana. Esta experiência
torna-se fonte de grande sabedoria para esta humilde filha da África». Cada cristão, quanto mais se santifica, tanto mais fecundo se torna para
o mundo. Assim nos ensinaram os Bispos da África ocidental: «Somos chamados, no espírito da nova evangelização, a ser evangelizados e a
evangelizar através da promoção de todos os batizados para que assumam as suas tarefas como sal da terra e luz do mundo, onde quer que se
encontrem». Não tenhas medo de apontar para mais alto, de te deixares amar e libertar por Deus. Não tenhas medo de te deixares guiar pelo
Espírito Santo. A santidade não te torna menos humano, porque é o encontro da tua fragilidade com a força da graça. No fundo, como dizia
León Bloy, na vida «existe apenas uma tristeza: a de não ser santo».
Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate (32-34)
Horário da Santa Missa:
3.a e 5.a feira: 9h 4.a e 6.a feira: 18h
Sábado:18h15 Domingo: 10h30 e 19h
Confissões: Sexta-feira às 17h e Domingo às 18h
Cartório: depois de cada Missa
Morada: Rua das Gémeas, n.o 44, Miratejo
2855-235 Corroios
Tel: 21 254 28 50
Site: www.paroquiamiratejo.weebly.com
Contacto: [email protected]
NIB: 0033 0000 4537 8096 7110 5 «
“ Sr. Padre, quantas rotundas tem Viseu? ”
Santuário de N. Senhora dos Remédios - Lamego
O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios fica situado em Lamego no monte de
Santo Estêvão, sendo uma das principais igrejas de peregrinação do país. No centro de
Lamego, existe uma imensa escadaria que sobe até ao alto do monte, onde se encontra
o Santuário. Erguido em 1750, a sua conclusão termina apenas em 1905 e substituiu a
capela dedicada a Santo Estêvão. Com o tempo, a devoção a Santo Estêvão foi decain-
do e foi crescendo a dedicação à virgem, que era o alvo das preces de quem padecia de
males e necessitava de ajuda, o que deu origem à devoção a Nossa Senhora dos Remé-
dios. O Santuário e o longo escadório de 686 degraus que sobe o monte, estão envolvi-
dos por um denso arvoredo, o Parque de Santo Estêvão e que confere um ar místico ao
conjunto. O parque é um local muito aprazível com vários locais de descanso. Ao
longo do escadório encontramos diversos patamares, onde encontramos diversas obras
de arte. Esculturas com variados motivos, fontes, obeliscos, painéis de azulejos e uma
capela são algumas das obras que pode encontrar. Do Santuário a vista sobre Lamego é
formidável. Este é um dos locais de visita obrigatória na região. O templo apresenta na
sua fachada traços do estilo barroco e rococó. Na sua construção foi empregue a pedra
de granito. No seu interior, encontra-se no altar-mor a imagem da Nossa Senhora dos
Remédios, esculpida em madeira. Encontram-se junto dela três vitrais com as imagens
de Nossa Senhora da Conceição, do Sagrado Coração de Jesus e da Anunciação.
Passeio a Lamego e Viseu
Sábado 21 de Abril
6h45 Saída de Miratejo 13h Almoço em Lamego 15h Visita à Sé 17h Missa no Sant. N. S. Remédios 19h Saída para Viseu 20h30 Jantar em Viseu
Domingo 22 de Abril
8h Pequeno-almoço 8h45 Missa 10h Museu Grão Vasco 13h Almoço 15h Visita à Sé 17h Regresso a Miratejo
Inscrições na Secretaria Paroquial
90€ por pessoa. 45€ para menores de 18 anos.
Museu Nacional Grão Vasco - Viseu
Este espaço museológico de Viseu possui um acervo que inclui obras de arte de diversa
tipologia e cronologia. A coleção principal do Museu é constituída por um conjunto
notável de pinturas de retábulo, provenientes da Catedral, de igrejas da região e de
depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542), o Grão
Vasco, de colaboradores e contemporâneos. O acervo inclui ainda objetos e suportes
figurativos originalmente destinados à liturgia, maioritariamente provenientes da Cate-
dral e de igrejas da região, a que acrescem peças de arqueologia, uma coleção impor-
tante de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX. Situa-se no Paço dos Três Escalões,
iniciado a 6 de Julho de 1593, no local do paço episcopal, devido à necessidade de criar
na cidade um seminário ou um colégio para a formação do clero. Embora se desconhe-
ça a autoria do projeto, é legítimo apontar para uma origem castelhana, à semelhança
do que sucedeu com o desenho da fachada da Catedral.