não é brincadeira nenhuma · o meio ambiente em que os bebés ... 70% das pessoas na África ao...

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Não é brincadeira nenhuma:O Estado das Latrinas no Mundo 2015

WaterAid/Poulomi Basu

1

IntroduçãoTodos nos rimos das anedotas sobre casas debanho, mas o estado das latrinas no mundo narealidade não tem graça nenhuma.

Para as pessoas nos países desenvolvidos, puxarum autoclismo e abrir uma torneira são coisasconsideradas perfeitamente normais. Mas maisde 650 milhões de pessoas no mundo não têmacesso à água limpa, e mais de 2,3 mil milhõesnão têm acesso a uma latrina segura e privada.1

A diarreia é uma das três principais causas demorte infantil a nível global, juntamente com apneumonia e a malária.2 A maioria destas mortes– 58% – poderia ser evitada com água limpa,saneamento e uma boa higiene, incluindo lavaras mãos com sabão.3

Desse modo, seria possível salvar mais de314.000 crianças jovens4 todos os anos.

É um problema técnico que se pode resolver.

Em Setembro, a ONU adoptou os novos ObjectivosGlobais para o desenvolvimento sustentável. Todo o mundo se reuniu para chegar a acordo sobre ocaminho a seguir para um mundo mais justo e maissustentável – um mundo em que a pobreza extrema éeliminada e independentemente do local onde umapessoa se encontra, tem comida suficiente, águalimpa para beber, um local seguro e privado ondefazer as necessidades e sabão e água para se lavar.

O Objectivo 6 promete acesso adequado eequitativo à água, ao saneamento e à higiene paratoda a gente em todo o lado até 2030.

Agora necessitamos de trabalhar juntos pararealizar estes objectivos.

Este relatório demonstra-nos onde temos de começar.

Latrinas suspensas rodeadas de lixo em Madagáscar.WaterAid/Anna Kari

• Saúde materna Todos os dias morrem 800 mulheres em todo omundo devido a causas evitáveis associadas àgravidez e ao parto.7 Destas mortes, 99% são nospaíses em desenvolvimento, e mais de 10% sãocausadas por sépsis, uma patologia que surgequando o organismo não consegue lidar cominfecções graves.

No Sul da Ásia, quase 14% das mortes maternaspodem atribuir-se à sépsis.8 Muitas destas mortessão evitáveis. Se as mulheres puderem dar à luz em ambientes limpos e higiénicos, e os partos forem assistidos por ajudantes competentes quepuderam lavar as mãos com sabão e esterilizar osinstrumentos, é provável que se possam reduzir emgrande parte as infecções. No entanto, os resultadosde um inquérito da Organização Mundial de Saúde(OMS) nos países de rendimentos baixos e médiosmostrou que 38% das instalações de saúde não têm sequer acesso básico à água, 19% não têmsaneamento básico e 35% não têm água e sabãopara lavar as mãos.9

• Mortalidade dos recém-nascidosAs primeiras semanas da vida de um bebé são as mais vulneráveis, especialmente quando seencontram num ambiente com água suja, falta desaneamento e higiene inadequada. O meio ambienteem que os bebés nascem tem impacto importantesobre se as bactérias que causam sépsis seespalham, antes, durante ou depois do parto.

Em 2013, na África ao Sul do Saara e no Sul da Ásia,a sépsis, a meningite e o tétano – todas doençasassociadas a ambientes pouco higiénicos – matarammais de 400,000 bebés recém-nascidos.10

Depois da primeira semana de vida, a sépsis é acausa mais comum de morte de bebés com menosde um mês de vida.

• Saúde infantilAs crianças com menos de cinco anos são maissusceptíveis a infecções quando crescem num localcom água suja e falta de saneamento, do que ascrianças mais velhas, e os impactos perseguem-nasmuito para além da infância. Se as crianças viveremnuma comunidade sem latrinas, as áreas em quebrincam e vivem ficam contaminadas comdesperdícios humanos, que se espalham muitofacilmente para as mãos e os alimentos e paradentro do organismo.

As doenças diarreicas evitáveis associadas à águasuja e à falta de saneamento matam mais de314.000 crianças com menos de cinco anos porano.11 Muitas outras centenas de milhares decrianças sofrem de atrofia, sendo o desenvolvimentofísico, cognitivo e social debilitado pela desnutrição(que neste relatório significa subnutrição – a poucaabsorção de nutrientes).

A desnutrição não ocorre apenas quando não háalimentos suficientes – as infecções e a diarreiarepetidas dificultam a aborção de nutrientes pelocorpo pequeno das crianças.

Os estudos demonstram que os atrasos nocrescimento são comuns em locais com taxaselevadas de defecação ao ar livre porque osexcrementos contaminam os alimentos, a água e o ambiente em geral, de modo que as criançasficam doentes frequentemente, e podem danificarpermanentemente os intestinos das crianças, e portanto a capacidade das mesmas de absorvernutrientes.

3

O contexto: porque é que a sua latrina é tão importante

A sua latrina. Usa-a todas as manhãs sem pensar, e aideia de tentar sobreviver sem ela é quase impossívelde imaginar. Mas viver sem uma latrina tem muitasconsequências terríveis e trágicas para ascomunidades.

Não ter uma latrina adequada, quer se defeque ao arlivre ou se use um balde ou latrina de fossa rudimentarque deixa escapar o conteúdo, significa que não se temmodo de evitar que as fezes contaminem o meioambiente. É uma trajectória directa para as doenças –um grama de fezes transporta até 1 milhão de bactériase 10 milhões de vírus.5 Quando as fezes são largadasno meio ambiente, quantidades mínimas contaminamas mãos, os alimentos e a água, e espalham doenças.

Esta transmissão fecal-oral das doenças, que acontecequando não existem os obstáculos apresentados pelaslatrinas, a água segura e a higiene, pode ser ilustrada

por um diagrama “F”: partículas minúsculas de fezes,que ficam nos dedos, são espalhadas pelas moscas,apanhadas nos campos, espalhadas através doslíquidos (incluindo as vias navegáveis) e depoisingeridas, seja directamente ou quando uma pessoacome alimentos contaminados (ver o diagrama que sesegue).6 Para além do mais, as moscas que transportamfezes podem aterrar nas caras, espalhando as infecçõesou doenças que causam cegueira.

As vias de contaminação incluem a água poluída pelaslatrinas de fossa ou pela defecação ao ar livre, osalimentos preparados na presença de matéria fecal,pouca ou nenhuma lavagem de mãos depois de usar a latrina ou de mudar fraldas, e falta ou pouca limpezade tudo o que esteve em contacto com as fezes.

Esta transmissão tem um impacto muito mais extenso doque muita gente pensa.

2

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

O contexto: porque é que a sua latrina é tão importante

Fezes

Campos

Moscas

Dedos

Líquidos

Alimentos Hospedeironovo

Fonte: UN Water http://esa.un.org/iys/docs/IYS%20Advocacy%20kit%20ENGLISH/Fact%20sheet%201.pdf

Fonte: Organização Mundial de Saúde/UNICEF

19% das instalações de saúde nos países de rendimentos baixos e médios,53% das pessoas no Sul da Ásia,

70% das pessoas na África ao Sul do Saara,

e

46% das escolas nos países em desenvolvimentonão têm latrinas.

5

Parte 1: Os dez piores locais no mundo para encontrar uma latrina

As implicações vão paraalém da saúde

• Igualdade entre os génerosSão as mulheres e as crianças que sentem maisseriamente o impacto da falta de saneamento. Sem um local seguro e privado para fazerem asnecessidades, frequentemente as raparigas e asmulheres não têm escolha se não sair de madrugadaou ao pôr-do-sol para encontrar um local onde ir àcasa de banho, num campo, à beira de uma estrada,de uma linha de caminho de ferro ou por detrás deum arbusto. Estas condições pouco higiénicas e pouco seguras podem contribuir para as infecçõese deixam-nas mais vulneráveis a serem assediadasou atacadas.

O modo como as raparigas e as mulheres cuidam desi próprias durante a menstruação é também umagrande preocupação – não somente por causa dorisco de infecções mas devido à falta de dignidadeque uma mulher sofre quando não tem um localseguro e privado onde gerir a menstruação.

• EducaçãoImagine se a sua escola primária não tivesse latrinas afuncionar, ou se houvesse somente uma ou duas numaescola de 600 ou mais alunos. Esta é a realidade paramuitas escolas primárias nos países em desenvolvimento, e tem um impacto grave sobre se os estudantes podemcontinuar a frequentar a escola. As crianças ausentam-sefrequentemente com doenças devido às infecções queapanham em escolas pouco higiénicas e têm maioresprobabilidades de ficar atrasadas ou de desistir. A UNICEF

descobriu que nos países de rendimentos baixos somente46% das escolas, em média, têm latrinas para osestudantes.12

O impacto das latrinas inadequadas na escola é maior paraas raparigas que começam a menstruar. Sem provisõessanitárias adequadas, ou um local seguro e privado naescola para se lavarem e se cuidarem, muitas raparigasficam em casa durante essa semana todos os meses;rapidamente ficam para trás e frequentemente deixam de ir à escola pouco tempo depois.

• Desenvolvimento económicoO custo das camas de hospital cheias de pessoasque sofrem de doenças evitáveis associadas à águasuja e à falta de saneamento impede o progresso da mão-de-obra de um país e o desenvolvimentoeconómico do mesmo. Calcula-se que as perdaseconómicas globais anuais associadas à falta deprovisão de água e de saneamento equivalem a USD260 mil milhões,13 quase o dobro da ajuda líquidaao desenvolvimento estrangeiro – USD 135,2 milmilhões – doado pelas nações doadoras em 2014.14

Manter as comunidades saudáveis aumenta aprodutividade e as oportunidades. O investimentoem sistemas de água e de saneamento temcompensações económicas tremendas – pelo menosum lucro de USD6 por cada dólar gasto a eliminar adefecação ao ar livre, e USD3 por cada dólar gastono saneamento.15

Infelizmente, muitos países ainda têm um longocaminho a percorrer antes de a visão de uma latrinasegura e privada para todos os agregados familiaresse tornar realidade.

4

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

Parte 1:Os dez piores locais no mundopara encontrar uma latrinaNo fundo da classificação: Sudão do SulSegundos classificados: Níger, Togo, Madagáscar

11

12

13

14

15

16

17

18

19

10

País

Sudão do Sul

Níger

Togo

Madagáscar

Chade

Serra Leoa

Gana

Congo

Tanzânia

Eritreia

% dapopulaçãosem acesso auma latrina“melhorada”(2015)16

93,3

89,1

88,4

88,0

87,9

86,7

85,1

85,0

84,4

84,3

Produto Nacional Bruto percapita($)(2014)17

940

420

570

440

980

710

1.600

2.710

930

680

Expectativa média devida aonascer18

(2013)

55

58

56

65

51

46

61

59

61

63

Taxa de mortalidadematerna,associada asépsis (por100.000partos)19

75,2

64,9

46,4

45,3

100,1

113,3

39,1

42,2

42,2

39,1

Mortes infantis, commenos decinco anos,de diarreia(por 1.000):2013)20

9,8

11,8

7,1

5,2

17,9

21,4

6,0

2,5

3,8

5,1

% decrianças com atrofia(indicador dedesnutrição)21

31

44

28

49

39

38

19

25

35

50

Uma latrina em mau estado numa zona rural do Níger.WaterAid Niger

Ibrahim Soumana, 15, a sixth-grader, in front of a WaterAid schoollatrine in the village of Sinder in the Tillaberi Region of Niger. ‘We students no longer have to leave the school and go into thebush to relieve ourselves, now that the latrine has been built.’WaterAid/Nyani Quarmyne/Panos

WaterAid/Nyani Quarmyne/Panos

Ibrahim Soumana, 15 anos, no sexoano de escolaridade, à frente de umalatrina de escola da WaterAid na aldeiade Sinder na região de Tillaberi noNíger. “Nós, os alunos já não temos dedeixar a escola e ir aos arbustos parafazer as nossas necessidades, agoraque a latrina foi construída.”

Clas

sific

ação

A Índia, a segunda nação mais populosa do mundo, tem um problema de saneamento bem conhecido. As cidades a crescer a um ritmo incrível com bairrosdegradados não oficiais e sem serviços, juntamentecom uma preferência cultural pela defecação ao ar livre nos campos em vez de em espaços fechados,significam que a Índia tem as Filas Mais Longas doMundo para as Latrinas.

Se se esticassem todos os 774 milhões de pessoas na Índia que estão à espera de latrinas nos agregadosfamiliares, a fila iria da Terra até à Lua – e mais!A fila levaria 5.892 anos a solucionar, assumindo

que cada pessoa necessita de cerca de quatro minutosna latrina.

A crise de saúde que daí resulta é um problema grave.Mais de 140.000 crianças com menos de cinco anos deidade morrem de diarreia todos os anos na Índia.32

Quase 40% das crianças na Índia sofrem de atrofia, o que irá afectar tanto as suas possibilidades na vidacomo a prosperidade da Índia. A Índia também temtaxas elevadas de mortalidade materna e dos recém-nascidos associados à sépsis. O equipamentonecessário para evitar infecções durante e depois doparto é simples e barato, mas exige água limpa e sabão,

7

Parte 2: Os dez principais locais com maiores filas para as latrinas

O país mais jovem de África, o Sudão do Sul, tem otítulo duvidoso de ser o local do mundo onde é maisdifícil encontrar uma latrina num agregado familiar.

O Sudão do Sul obteve a independência em Julho de2011, como parte de um acordo de paz de 2005 queacabou com uma prolongada guerra civil, mas temdesde então sido assediado por lutas pelo poder eviolência. No meio de toda a agitação, a reconstrução é uma trajectória lenta e complicada; mais de 50% dapopulação do Sudão do Sul22 vive abaixo da linha dapobreza,23 e 91% não têm saneamento básico e seguro,o que contribui para os elevados níveis de mortalidadeinfantil e materna.24

Segundo classificado de perto em seguida ao Sudão doSul é o Níger. Este país desértico sem ligação ao martem sofrido enormes agitações e conflitos; uma décadade conflito interno deixou mais de 100.000 pessoasdesalojadas. 41% da população vive em extremapobreza e 89,1% não tem latrinas seguras e privadas.

A maioria da população do Níger é nómada, o queapresenta problemas específicos relacionados com o acesso à água e às latrinas. As distâncias até àsfontes de água são grandes, e as provisões de águaencontram-se frequentemente poluídas com arséniconatural. É pouco provável que as populações que se

mudam regularmente construam mais do que aslatrinas mais rudimentares, por isso a defecação ao ar livre, que ajuda a transmitir doenças, é comum. Nas zonas urbanas de crescimento rápido, as fontesnaturais de água estão a secar, e há pouca infra-estrutura de saneamento.

O Togo e Madagáscar completam os últimos quatro.Este último país – uma enorme ilha junto da ÁfricaAustral – é um dos países mais pobres do mundo, com mais de 75% da população a viver na pobreza,25

e 88% com falta de acesso a latrinas básicas.

Finalmente, incluímos uma menção à Papua NovaGuiné, que é o único estado fora da África ao Sul doSaara que entra na categoria dos 12 países onde é mais difícil encontrar uma latrina, por percentagem da população. Cerca de 81% dos residentes deste paísnão têm uma latrina segura e privada que possam usar.Com um produto nacional bruto médio de USD2.030 por pessoa, uma taxa de mortalidade infantil de 61 por 1.000 nados vivos e uma expectativa de vida de 62 anos, a vida para as pessoas aqui é incrivelmentedifícil. Em média, 220 mulheres de cada 100.000 irãomorrer de parto, e pelo menos uma em cada 20 dessasirá morrer de sépsis que poderia ser evitada com águasegura, bom saneamento e uma higiene rigorosa,incluindo as parteiras lavarem as mãos com sabão.

6

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

Parte 2:Os dez principais locais com maioresfilas para as latrinasFila mais comprida: ÍndiaSegundo classificado: China

11

12

13

14

15

16

17

18

19

10

País

Índia

China

Nigéria

Indonésia

Etiópia

Paquistão

Bangladesh

RepúblicaDemocráticado Congo

Tanzânia

FederaçãoRussa

Número de pessoas semacesso alatrinas“melhoradas”e privadas(2015)26

774.222.300

329.851.200

130.387.500

100.168.400

71.217.200

68.666.800

63.267.800

50.833.300

44.159.400

39.468.700

Produto NacionalBruto percapita($)(2014)27

1.570

7.380

2.970

3.630

550

1.410

1.080

380

930

13.210

Expectativa média devida aonascer(2013)28

66

75

52

71

64

67

71

50

61

71

Taxa de mortalidadematernaassociada asépsis (por100.000partos)29

26,0

0,8

57,7

10,4

43,3

23,3

23,3

75,2

42,2

1,1

Mortes infantis, commenos decinco anos,de diarreia(por 1.000):2013)30

5,5

0,5

11,0

1,6

6,0

9,0

2,6

12,3

3,8

0,1

% de crianças com atrofia(indicador dedesnutrição)31

39

9

33

36

40

45

36

43

35

Sem dados

Latrina sobre estacas em cima da praia, Barakau, Papua Nova Guiné.WaterAid/Tom Greenwood

Clas

sific

ação

9

Parte 2: Os dez principais locais com maiores filas para as latrinas

e um ambiente limpo, que são difíceis de conseguirnum ambiente contaminado pela defecação ao ar livre e sem boas práticas de higiene tais como lavagem de mãos com sabão pelos funcionários das clínicas e as parteiras.

Na Índia está-se a trabalhar para acabar com a crise. O Primeiro-Ministro, Narendra Modi, deu à questão umaprioridade política elevada, e no Outono de 2014anunciou a Missão Swachh Bharat (Limpar a Índia). O objectivo de Swachh Bharat é garantir que todos os agregados familiares têm uma latrina até 2019,

e educar as pessoas sobre as vantagens de usar umalatrina para a saúde e a economia a longo prazo.

É uma iniciativa importante e que se fazia esperar hámuito tempo, e está a trazer mudanças às comunidadesda Índia. Mas simplesmente construir latrinas não ésuficiente. O que vai ser absolutamente crucial éconseguir que os governos local, estatal e nacionaldêem prioridade a este assunto, e criem uma mudançacultural que garanta que quando as latrinas foremconstruídas, serão usadas – por toda a gente.

8

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

0“O meu nome é Tahira Devi. Tenho 40 anos e vivono Campo de Soniya em Deli Leste. Sou uma líderlocal e trabalho para melhorar as instalações deágua, de saneamento e de higiene no meu bairrodegradado. Há muitos problemas devido à latrinacomunitária. Há demasiada pressa uma vez quedemasiadas pessoas dependem dela. As pessoasnão pagam para que tenha uma manutençãoadequada. De manhã, quando temos de trabalhar,perdemos tempo em pé na fila.

As latrinas também estão sujas e não têm uma boamanutenção. Se eu tivesse a minha própria latrinana minha casa seria óptimo, especialmente seestivesse ligada aos esgotos. Poderia ajudar o meufilho e a minha filha a não dependerem da latrinacomunitária e a estudar melhor. Ter a minhaprópria latrina também ajudaria a evitar doenças e ajudaria a minha família a levar uma vidasaudável e a contribuir para melhorar a nossasituação económica.”

Tahira Devi, 40 anos, no bloco de latrinas comunitárias no bairro degradado do Campo de Soniya em Deli Leste, Índia.WaterAid/Anil Cherukupalli

0

Sarita, de 24 anos, em casa em Juhi Bamburahiya,Kanpur na Índia. A Sarita teve poliomielite quandoera criança e agora não consegue andar. O maridodela trabalha numa fábrica em Deli. O parceiro da WaterAid, Shramik Bharti construiu a latrinado agregado familiar, que partilham com outrasduas famílias.

“Sou capaz de me arrastar até à latrina. É umalatrina normal que usamos de cócoras uma vez queme posso agachar... antigamente vivíamos com osparentes do meu marido que tinham uma latrina,mas não queriam que vivêssemos com eles. Porisso falei com a Shramik Bharti (parceira daWaterAid) e ajudaram-nos a conseguir uma latrinaperto desta casa, por isso pude mudar de casa.

“Não vou buscar água todos os dias, alguém meajuda a ir buscar água ao tambor. As pessoas sãosimpáticas para mim e ajudam-me. A água do

tambor não está limpa - só a uso para lavar ecozinhar. Pago ao meu vizinho 150 rupias por mêse dão-me água potável da fonte de água deles.Ninguém vai buscar água à bomba manual paramim uma vez que é demasiado longe.

“Gostaria de ter uma torneira para me facilitar a vida. Também gostaria que esta zona estivessemais limpa e organizada. Todas as noites limpotoda a área, mas de manhã já está suja outra vez.Há tanto lixo. As pessoas queimam o lixo.”

“Quero trabalhar uma vez que quero fazer algumacoisa. Sem duas pessoas a ganhar é difícil geriruma casa adequadamente. Tentei conseguir umtrabalho no início, mas é difícil uma vez que nãotenho força da cintura para baixo, por isso sóposso arrastar-me.... não me interessa que tipo de trabalho, só quero fazer alguma coisa, desdeque não seja um trabalho sujo.”

WaterAid/Poulomi Basu

11

Parte 3: Maior número de pessoas a defecar ao ar livre, por quilómetro quadrado

A Índia ganha o título nesta categoria, com 173 pessoasa defecar ao ar livre por cada quilómetro quadrado nopaís. Essa taxa seria o mesmo que 500 pessoas teremde defecar ao ar livre na Milha Quadrada da Cidade de

Londres, ou 15.000 pessoas em Manhattan, na Cidade de Nova Iorque. A defecação ao ar livre deixa as comunidades sujas e as crianças doentes e desnutridas.

10

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

Parte 3:Maior número de pessoas a defecar aoar livre, por quilómetro quadradoPior transgressor: ÍndiaSegundos classificados: Haiti, Togo

11

12

13

14

15

16

17

18

19

10

País

Índia

Haiti

Togo

Nepal

Benin

Nigéria

Camboja

Burkina Faso

Paquistão

Indonésia

Número de pessoas quepraticamdefecação aoar livre(2015)33

569.397.200

2.011.100

3.710.000

8.973.700

5.800.200

46.017.300

7.439.800

9.876.500

25.100.200

52.252.400

Área de superfície(km2)34

3.287.260

27.750

56.790

147.180

114.760

923.770

181.040

274.220

796.100

1.910.930

Número médio depessoas quepraticamdefecação aoar livre porkm235

173

72

65

61

51

50

41

36

32

27

Expectativa média devida aonascer(2013)36

66

63

56

68

59

52

72

56

67

71

Taxa de mortalidade maternadevido asépsis (por100,000nascimentos37

26,0

31,5

46,3

26,0

35,0

57,7

9,3

41,2

23,3

10,4

Mortes infantis, commenos decinco anos,de diarreia(por 1.000):2013)38

5,5

8,7

7,1

2,8

7,7

11,0

2,8

9,6

9,0

1,6

% decrianças comatrofia(indicador dedesnutrição39

39

22

28

37

34

33

32

33

45

36

A missão “Swachh Bharat” (Limpar a Índia) na Índia.Em Outubro de 2014, o Primeiro Ministro indiano,Narendra Modi, anunciou a missão “Limpar aÍndia” para prover uma latrina a todos osagregados familiares e para acabar com adefecação ao ar livre até 2019. Num país onde 560 milhões de pessoas ainda defecam ao ar livre,não é uma tarefa pequena.

Depois de um ano, já se proveram latrinas a 8 milhões de agregados familiares – um começoprometedor. Mas, para ter êxito, é necessáriofinanciamento adicional, maior atribuição deprioridade por parte do governo a todos os

Níveis, e concentrar a atenção em mudar ocomportamento das pessoas para garantir quetoda a gente usa estas latrinas novas. Basta umapessoa continuar a defecar ao ar livre para oambiente continuar poluído para todos.

Para que Limpar a Índia tenha êxito, o saneamentotem de ser considerado um direito humanofundamental juntamente com os alimentos, osmeios de subsistência e a saúde, para toda a genteno país – incluindo as pessoas mais pobres e maismarginalizadas.

Uma área de defecação ao ar livre à frente à Colónia deDeepak, Deli Leste, na Índia.WaterAid/Anil Cherukupalli

Clas

sific

ação

13

Parte 4: Os piores dos melhores: problemas de latrinas nos países desenvolvidos

12

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

11

12

13

14

15

16

17

18

19

10

País

FederaçãoRussa

República daMoldova

Roménia

Bulgária

Letónia

Irlanda

FYROM (Macedónia)

Lituânia

Albânia

Bielorrússia

RU

EUA

Canadá

Suécia

Japão

Austrália

% dapopulaçãosem latrinasseguras eprivadas(2015)40

27,8

23,6

20,9

14,0

12,2

9,5

9,1

7,6

6,8

5,7

0,8

0

0,2

0,7

0

0

Número de pessoas semacesso alatrinasseguras eprivadas.2015)41

39.468.700

810.200

4.515.100

997.000

248.000

449.900

191.700

228.000

216.300

525.600

504.100

36.100

65.200

67.200

0

0

Produto NacionalBruto percapita($)(2014)42

13.210

2.550

9.370

7.420

15.660

44.660

5.150

15.380

4.460

7.340

42.690

55.200

51.690

61.600

42.000

64.680

Expectativa média devida aonascer(2013)43

71

69

74

74

74

81

75

74

78

72

81

79

81

82

83

82

Taxa de mortalidadematernaassociada asépsis (por100.000partos)44

1,1

1,0

1,5

0,2

0,6

0,4

0,3

0,5

1,0

0

0,4

1,3

0,5

0,2

0,3

0,3

Mortes infantis, commenos decinco anos,de diarreia(por 1.000;2013)45

0,1

0,2

0,1

0,1

0

0

0,1

0

0,1

0

0

0,1

0

0

0,1

0

Parte 4:Os piores dos melhores: problemas de latrinas nos países desenvolvidosPiores casas de banho nos países desenvolvidos: RússiaSegundos classificados: Moldova, RoméniaMenções desonrosas: Irlanda, Reino Unido, Suécia

Somente 17 países no mundo – incluindo a Austrália, o Japão, a Coreia do Sul, Singapura e a Arábia Saudita –participaram que praticamente todos os agregadosfamiliares no país têm uma latrina segura e privada.46

Talvez surpreendentemente, os EUA, o Canadá, o RU e a Suécia não se encontram entre esses países. Os números sem latrinas são bastante maiores naRússia e em toda a Europa de Leste.

Apesar das proporções serem pequenas emcomparação com os países em desenvolvimento, todasestas nações têm números mensuráveis de pessoas quevivem sem acesso privado a latrinas nas próprias casas.Isso inclui os dormitórios de estudantes, quartos dealuguer, e os abrigos para os sem casa, assim como osblocos de apartamentos, em tempos comuns na Europade Leste, onde mais de um agregado familiar teria departilhar uma casa de banho.

No Canadá, 65.200 residentes rurais não têm acessoprivado às latrinas nas próprias casas – em partereflectindo o fraco estado da infra-estrutura e doalojamento em muitas comunidades aborígenes.47

O que é mais difícil de capturar nas estatísticas é onúmero de pessoas que têm dificuldade até em teracesso a latrinas partilhadas decentes – por exemplo,as pessoas que dormem nas ruas das grandes cidades,ou em campos para refugiados e emigrantes, oficiais e improvisados, que surgiram através da Europa para alojar as pessoas que tentam escapar à pobrezaou aos conflitos.

Em qualquer local onde o acesso ao saneamento é difícil, as mulheres, as crianças, as pessoas idosas, e as pessoas portadoras de deficiência são as que mais provavelmente irão sofrer mais. Para as raparigas e as mulheres, gerir a higienemenstrual torna-se uma luta constante, devido à falta de latrinas e de materiais sanitários económicos.

Os novos Objectivos Globais da ONU pedem o acesso à água, ao saneamento e à higiene para toda a gente em todo o lado e a eliminação dasdesigualdades. Nos países desenvolvidos onde estes serviços não são realizados, é uma questão de prioridade política.

Casa de banho em desuso no quintal traseiro de 68 Dean Street,Londres, fotografada como parte da exposição da WaterAid, GreatBritish Stink (Grande Fedor Britânico) mostrando a história dosaneamento no RU.WaterAid/Thomas Bell

Clas

sific

ação

Nepal também significa ultrapassar as crenças culturaistradicionais de que é melhor defecar longe de casa.

As campanhas públicas contra a defecação ao ar livreno Nepal tiveram êxito – as comunidades celebraram o estatuto de “Livre de Defecação ao Ar Livre” como sefossem casamentos, com bandeiras cheias de orgulho,música e comida.

No entanto, este progresso sofreu um grande golpe comos terramotos devastadores de Abril e Maio de 2015que mataram mais de 8.000 pessoas e arrasaramaldeias inteiras.

Os danos atrasaram o desenvolvimento de muitasaldeias que anteriormente tinham demonstrado ter feito bom progresso no acesso à água e às latrinas.

As aldeias que celebraram as declarações de Livre deDefecação ao Ar Livre descobriram que o estatuto estavaameaçado, e aumentou o receio de que surgissemdoenças transmitidas pela água, incluindo a cólera.

Há ainda muito a reconstruir no Nepal, e a reparação da provisão de água e de saneamento irá desempenhar um papel crucial. A importância de ter acesso à água limpa e a uma latrina segura e privada foi destacada vivamente nos diasimediatamente a seguir ao terramoto. Estasnecessidades simples podem fazer toda a diferençapara as famílias que tentam sobreviver os dias iniciaisdo choque e receio – a diferença entre ser capaz debeber, cozinhar, tomar banho e fazer as necessidadesem privado com uma certa boa higiene, ou ficar-sedoente e sofrer ainda mais.

15

Parte 5: As maiores melhorias no acesso ao saneamento, 1990-2015

Os dois países que fizeram maiores progressos em relaçãoao saneamento são a pequeníssima nação ilha de Tokelauno Pacífico (população 1.400 pessoas), um território daNova Zelândia que agora tem mais de 90% cobertura desaneamento, e o Vietname que já alcançou quase 80% daspessoas com saneamento e se tornou uma das economiasde crescimento mais rápido do Sudeste asiático.

O Nepal tem tido um progresso quase correspondenteao impressionante progresso do Vietname. Esse paísmontanhoso e sem saída para o mar tem feitoprogressos incríveis tanto em questões de água comode saneamento nos últimos anos. Como no caso do país vizinho, a Índia, não se trata apenas de umproblema de infra-estrutura. Realizar o saneamento no

14

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

Parte 5:As maiores melhorias no acesso aosaneamento, 1990-2015Com maiores melhorias: TokelauSegundos classificados: Vietname, Nepal

11

112

13

14

15

16

17

18

19

10

País

Tokelau

Vietname

Nepal

Paquistão

Camboja

Micronésia

Paraguai

Honduras

Fiji

Butão

Melhoria, pontos), napopulação quevive semlatrinas, 1990em comparaçãocom 201548

45,3

41,8

41,3

39,8

39,5

37,7

36,3

34,5

34,3

31,5

Número de pessoassemsaneamento,1990 (e%)49

900 (54,8%)

43.945.800(63,8%)

17.297.200(95,5%)

84.790.300(76,3%)

8.791.600(97,1%)

77.600(80,6%)

2.025.500(47,7%)

2,541.000(51,8%)

314.500(43,2%)

434.300(81,1%)

Número de pessoas semsaneamento(2015) (e%)50

100 (9.5%)

20.555.200(22%)

15.416.800(54,2%)

68.666.800(36,5%)

9.025.400(57,6%)

44.800(42,9%)

801.900(11,4%)

1.461.800(17,3%)

79.300(8,9%)

385.100(49,6%)

Produto NacionalBrutopercapita($)2014)51

Sem dados

1.890

730

1.410

1.020

3.270

4.380

2.280

4.540

2.390

Expectativa média devida aonascer(2013)52

Sem dados

76

68

67

72

69

72

74

70

68

Taxa de mortalidade maternaassociadaa sépsis(por100.000partos)53

Sem dados

2,7

26,0

23,3

9,3

4,8

9,1

10,0

2,9

16,4

Mortes infantis, commenos decinco anos, dediarreia (por100,000;2013)54

Semdados

2,9

2,8

9,0

2,8

2,8

1,2

1,4

1,1

2,6

% de crianças com atrasos nocrescimento(indicador dedesnutrição)55

Sem dados

19

37

45

32

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Sarmila Shrestha, 26 anos, nalatrina. Ugrachandi Nala 2, Kavre,Nepal.WaterAid/Mani Karmacharya

A Sarmila e a sua família, incluindo o filho pequeno, ficaram numa tenda na quinta da família durante um mêsdepois do terramoto, mas continuaram a usar a latrina velha que era difícil dealcançar e tinha ficado danificada peloterramoto. Eventualmente, conseguiramconstruir um abrigo temporário demadeira e metal corrugado, e abordaramo parceiro local da WaterAid Nepal, CIUD,pedindo ajuda para construir uma latrinatemporária segura.

“Não consigo explicar o alívio enormeque foi ter uma latrina no nosso abrigotemporário. Hoje em dia é muitoconfortável. A latrina no abrigo poupou-nos imenso tempo – agora não tenho de me preocupar em levar o meu filho à latrina.

“Uma latrina é essencial para a nossavida. Se não houver uma latrinaficaríamos pouco saudáveis e o nossomeio ambiente seria muito sujo, porquequando não há latrinas as pessoasdefecam numa área ao ar livre o que é muito arriscado para a nossa saúde. Polui o rio directamente e outras fontesde água, e quando consumimos água tãocontaminada ficamos definitivamentedoentes.”

Clas

sific

ação

17

Parte 6: Os mais atrasados no acesso ao saneamento

16

Running head

Parte 6:Os mais atrasados no acesso ao saneamentoOs mais atrasados no acesso ao saneamento: DjibutiSegundos classificados: Geórgia, Nigéria

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15

16

17

1

18

19

10

País

Djibuti

Geórgia

Nigéria

Tonga

Zimbábue

Qatar

PapuaNova Guiné

Samoa

Aruba

Bielorrússia

Aumento(% pontos),na populaçãoque vive semlatrinas,2015 emcomparaçãocom 199056

18,7

11,5

9,1

3,4

3,1

1,9

1,3

1,2

0,9

0,8

Número de pessoas semacesso asaneamento (e %),201557

472.900(52,6%)

591.600(13,7%)

130,387.500(71,0%)

9.600 (9,0%)

9.504.400(63,2%)

46.600 (2,0%)

6.187.500(81,1%)

16.400 (8,5%)

2.400 (2,3%)

525.600(5,7%)

Número de pessoassem acessoaosaneamento(e %)199058

199.800(33,9%)

120.600(2,2%)

59.206.600(61,9%)

5.400(5,6%)

6.290.600(60,1%)

600 (0,1%)

3.319.400(79,8%)

11.800(7,3%)

900 (1,4%)

504.700(4,9%)

Produto NacionalBrutoporcapita(USD)(2014)59

Semdados

3.720

2.970

4.290

830

94.410

2.030

4.050

Semdados

7.340

Expectativa média devida aonascer(2013)60

62

74

52

73

60

79

62

73

75

72

Taxa de mortalidade maternadevido asépsis (por100,000nascimentos61

23,7

3,5

57,7

6,0

48,4

0,3

11,0

2,9

Semdados

0

Mortes infantiscom menosde 5 anos,de diarreia(por100.000;2013)62

6,3

0,1

11,0

0,2

7,7

0

5,4

0,6

Semdados

0

% de crianças com atrasosnocrescimento(indicador dedesnutrição)63

34

Sem dados

33

Sem dados

28

Sem dados

50

Sem dados

Sem dados

Sem dados

Uma latrina pouco usada no distrito de Panna, Madhya Pradesh, Índia,usada como suporte para uma antena parabólica. A construção fraca ea incapacidade de convencer as pessoas a mudar os comportamentospodem levar a que as latrinas deixem de ser usadas.WaterAid/Andrés Hueso

Clas

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ação

(pio

res

no m

undo

)

Appendix 1 –access tosanitation, sub-saharan Africa,highest to lowestCountry % of population without access(2015)Seychelles 1.6Réunion 1.7Mauritius 6.8Equatorial Guinea 25.5Cape Verde 27.8South Africa 33.6Botswana 36.6Rwanda 38.3Gambia 41.1Swaziland 42.5Angola 48.4Burundi 52.0Senegal 52.4Djibouti 52.6Cameroon 54.2Zambia56.1Gabon 58.1Malawi 59.0Mauritania 60.0Zimbabwe 63.2Comoros 64.2Sao Tome and Principe 65.3Namibia 65.6Lesotho 69.7Kenya 69.9Nigeria 71.0Democratic Republic of the Congo 71.3Ethiopia 72.0Mali 75.3Côte d’Ivoire 77.5Central African Republic 78.2Guinea-Bissau 79.1Mozambique 79.5Guinea 79.9Burkina Faso 80.3Benin 80.3Uganda 80.9

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Parte 6: Os mais atrasados no acesso ao saneamento

O Djibuti encontra-se na infeliz posição de país maisretrógrado em relação ao saneamento. O Djibuti é umpaís pequenino na fronteira com a Etiópia, a Eritreia e a Somália. Atormentado por uma guerra civil até 2000,quase um quarto da população vive em pobrezaextrema. Tem poucos recursos naturais, pouca terraarável e pouca chuva; as principais fontes de receitasderivam da posição que tem à entrada sul para o MarVermelho, que faz dele a principal entrada comercialpara a Etiópia.

A Geórgia encontra-se em segunda posição. Esta antigarepública soviética esteve em guerra com a Rússia em2008, o que destruiu a infra-estrutura e paralisou aeconomia. Apesar de estar agora a recuperar, os danosainda se fazem sentir. Apesar do acesso geral do paísao saneamento ser de 86,3%, diminuiu de 97,8% noinício dos anos noventa.

A terceira nação nesta lista é a maior economia naÁfrica ao Sul do Saara e que é agora classificada comoum país de rendimentos médios baixos. Apesar disso, a Nigéria não está a conseguir progredir em relação àprovisão de saneamento para os próprios cidadãos.Cerca de 71% das pessoas na Nigéria não têm acesso a latrinas básicas seguras; e o que é mais preocupante,o número de agregados familiares sem acesso aosaneamento na realidade diminuiu em nove por centodesde 1990,o que tem tido consequências graves parao povo nigeriano. Calcula-se que 11 crianças em cada1.000 morrem de doenças diarreicas todos os anos naNigéria, e 58 em cada 100.000 partos têm comoresultado a mãe morrer de sépsis.

Para alterar esta situação, será necessáriocompromisso político e financiamento desde o topo. A Nigéria tem de estar à altura de estatuto de país derendimentos médios e financiar a própria infra-estruturaem conformidade, o que significa mobilizar os recursosnacionais, incluindo através de impostos e tarifas, e utilizar eficazmente a ajuda tradicional para visar aspessoas pobres.

Outro obstáculo à melhoria das práticas de saneamentona Nigéria, incluindo a utilização de latrinas, é convencer as pessoas a aceitar a utilização dasmesmas. Em algumas áreas rurais, as pessoas podempreferir encontrar um local num campo em vez de usarum compartimento pequeno e possivelmente malcheiroso em casa. É essencial promover os benefíciosdo saneamento para a saúde.

O que vem a seguir?O acesso à água, ao saneamento e à higiene é umdireito humano básico. Estes serviços são essenciaispara uma boa saúde, para o progresso em termos de igualdade entre os géneros, para o desenvolvimentoeconómico e para a nossa dignidade como sereshumanos.

No entanto, quer se seja uma criança a crescer na Índiarural, uma pessoa sem casa em Londres, um refugiado a escapar a conflitos ou uma mulher jovem a dar à luzno Mali, a impossibilidade de ter acesso a latrinasseguras e privadas tem consequências humilhantes e por vezes devastadoras.

Quer se esteja em casa, na escola, ou numa clínica,uma pessoa deve ter o direito a um local seguro e privado onde fazer as necessidades.

Este ano, todos os estados membros da ONUadoptaram os novos Objectivos Globais para odesenvolvimento sustentável. O objectivo destaestrutura de 15 anos é erradicar a pobreza extrema elidar com as desigualdades e as mudanças climáticasaté 2030, criando um mundo mais saudável, mais justoe mais sustentável.

O Objectivo 6 visa concretizar o acesso à água, aosaneamento e à higiene para toda a gente em todo olado. Sem conseguir este objectivo, o mundo não podealcançar muitos dos outros objectivos – não podeacabar com a fome e a desnutrição, ou garantir aigualdade entre os géneros, a educação e vidassaudáveis para todos. Finalmente, não poderá realizar o objectivo global – um mundo livre de pobreza extremaaté 2030. Portanto é um enorme desafio. Mas podeacontecer, porque já aconteceu antes. No RU, naEuropa, na Coreia do Sul, em Singapura, e em muitosoutros países, liderança robusta, vontade política efundos suficientes para o saneamento alteraramdramaticamente a saúde pública e modernizaramsociedades.

Para o conseguirmos, necessitamos de determinação e compromisso. Temos de responsabilizar os líderesmundiais e fazer de modo que cumpram as promessaspara alcançar toda a gente, incluindo as pessoas maispobres, mais vulneráveis e mais marginalizadas nonosso mundo.

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Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

Kadoon Tilenen, 21 anos, uma agricultora em Agaku, Nigéria,no campo com a latrina de fossa da comunidade. A WaterAidplaneia trabalhar nesta área com o apoio do Programa Hídricodo HSBC.WaterAid/Andrew Esiebo

Kadoon Tilenen, de 21 anos, é uma agricultora emAgaku, no estado de Benue, na Nigéria. É casada e tem um filho pequeno e outro a caminho. Esta é a latrina de fossa da comunidade deles; ela e toda a sua família alargada usam o campo para as suasnecessidades quando a latrina não é suficiente para todos.

“Uso a latrina que temos em casa mas tambémdefeco nos arbustos se houver alguém na latrina etiver pressa. A família é grande por isso uma ouduas latrinas não são suficientes.

“É inconfortável, mas por vezes não tenho escolha.Na minha condição, por vezes dói-me a barrigaquando estou de cócoras nos arbustos e o capimajuda a cobrir-me.

De noite, tenho medo mas não vou muito longe de casa. Há picos que magoam, e paus que meferem. Defecar nos arbustos enoja-me e faz-mevomitar bastante, especialmente na minha condiçãode grávida.

“Água limpa e uma latrina significariam que aspessoas deixariam de ficar doentes. O ambienteficará limpo e já não vamos ver fezes ao ar livre.Também nos ajudará a poupar dinheiro e a nãogastar em facturas hospitalares. Acho que aspessoas usariam latrinas se as tivessem.

“As tradições que conheço é que não é bom verfezes ao ar livre, mas hoje em dia não importaporque as pessoas têm de fazer as suasnecessidades.

País % da população sem acesso

Seychelles 1,6Reunião 1,7Maurícias 6,8Guiné Equatorial 25,5Cabo Verde 27,8África do Sul 33,6Botsuana 36,6Ruanda 38,3Gâmbia 41,1Suazilândia 42,5Angola 48,4Burundi 52,0Senegal 52,4Djibuti 52,6Camarões 54,2Zâmbia 56,1Gabão 58,1Malawi 59,0Mauritânia 60,0Zimbábue 63,2Comoros 64,2São Tomé e Príncipe 65,3Namíbia 65,6Lesoto 69,7Quénia 69,9Nigéria 71,0

País % da população sem acesso

República Democrática do Congo 71,3Etiópia 72,0Mali 75,3Costa do Marfim 77,5República Centro-Africana 78,2Guiné Bissau 79,1Moçambique 79,5Guiné 79,9Burkina Faso 80,3Benim 80,3Uganda 80,9Libéria 83,1Eritreia 84,3República Unida da Tanzânia 84,4Congo 85,0Gana 85,1Serra Leoa 86,7Chade 87,9Madagáscar 88,0Togo 88,4Níger 89,1Sudão do Sul 93,3Mayotte sem dadosSomália sem dadosSudão sem dados

Liberia 83.1Eritrea 84.3United Republic of Tanzania 84.4Congo 85.0Ghana 85.1Sierra Leone 86.7Chad 87.9Madagascar 88.0Togo 88.4Niger 89.1South Sudan 93.3Mayotte no dataSomalia no dataSudan no data

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Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

É necessário actuar urgentemente. O que se deve fazer?• Tendo chegado a acordo sobre os ambiciosos novos Objectivos Globais para acabar com

a pobreza até 2030, os líderes mundiais têm agora de passar à acção para financiar,implementar e responder pelo progresso para a realização destes objectivos. O Objectivo 6 – água, saneamento e higiene para todos – é fundamental para acabar com a fome egarantir vidas saudáveis para toda a gente, e tem de ser uma prioridade fundamental.

• O Estado das latrinas do mundo não vai melhorar sem um aumento dramático e a longoprazo no financiamento para a água, o saneamento e a higiene tanto por parte dosgovernos nacionais como dos países doadores como o RU.

• Para reduzir as mortes maternas, dos recém-nascidos e infantis, os governos nacionaistêm de garantir que as escolas, as instalações de saúde e as maternidades têm latrinasseguras, água corrente limpa e lavatórios que funcionam com sabão para lavar as mãos.

• Para que os programas de saúde e nutrição sejam mais eficazes, os governos nacionaisdevem garantir que os serviços de água, saneamento e higiene são incluídos nos planospara reduzir a subnutrição, a desnutrição aguda, as doenças da infância e as mortes dosrecém-nascidos.

• Muitos dos países mais pobres do mundo, que são os que mais necessitam de ajuda para osaneamento e a higiene, são ignorados, seja porque o país, ou o sector, não se encaixa nasestratégias prioritárias dos doadores. A ajuda tem de ser direccionada para onde é maisnecessária, aos níveis exigidos e em conformidade com os sistemas e os planos dos países.

• Os governos nacionais também têm de mobilizar as receitas internas para dar prioridade à água, ao saneamento e à higiene.

Sobre a WaterAidA visão da WaterAid é a de um mundo em que toda a gente em todo o lado tem acesso à águasegura e ao saneamento. Esta organização internacional trabalha em 37 países na África, na Ásia, na América Central e na região do Pacífico para transformar vidas melhorando oacesso à água segura, à higiene e ao saneamento em algumas das comunidades mais pobresdo mundo. Desde 1981, a WaterAid já alcançou 23 milhões de pessoas com água segura e,desde 2004, 21 milhões de pessoas com saneamento. Se desejar informação adicional, visitewww.wateraid.org, siga@WaterAidUK no Twitter, ou visite-nos no Facebook emwww.facebook.com/wateraid.

• Cerca de 860 crianças morrem todos os dias de doenças causadas por água suja e falta de saneamento.

• Mais de 650 milhões de pessoas (cerca de uma em dez) não têm água segura.

• Mais de 2,3 mil milhões de pessoas (cerca de uma em três) vivem sem saneamento melhorado.

Anexo 1: Acesso ao saneamento,64

África ao Sul do Saara, do mais alto ao mais baixo65

Anexo 1: Acesso ao saneamento,África ao Sul do Saara, do mais alto ao mais baixo

21

País % da população sem acesso

Cuba 6,8Maurícias 6,8Tailândia 7,0Lituânia 7,6Territórios Palestinianos Ocupados 7,7Bahamas 8,0Tunísia 8,4Trinidade e Tobago 8,5Samoa 8,5Fiji 8,9Tonga 9,0FYROM (Macedónia) 9,1Santa Lúcia 9,4Belize 9,5Irlanda 9,5Tokelau 9,5Irão (República Islâmica do) 10,0Guam 10,2Arménia 10,5Azerbaijão 10,7Paraguai 11,4Letónia 12,2Argélia 12,4Geórgia 13,7Bulgária 14,0Iraque 14,4México 14,8Equador 15,3República Dominicana 16,0Guiana 16,3Brasil 17,2Honduras 17,3República PopularDemocrática da Coreia 18,1Jamaica 18,2Colômbia 18,9Líbano 19,3Ilhas Mariana do Norte 20,3Myanmar 20,4Suriname 20,8Roménia 20,9Vietname 22,0Ilhas Marshall 23,1Marrocos 23,3China 23,5República de Moldova 23,6

País % da população sem acesso

Peru 23,8Panamá 25,0El Salvador 25,0Guiné Equatorial 25,5Filipinas 26,1Federação Russa 27,8Cabo Verde 27,8República Democrática Popular de 29,1Nicarágua 32,1África do Sul 33,6Nauru 34,4Guatemala 36,1Paquistão 36,5Botsuana 36,6Samoa Americana 37,5Ruanda 38,3Indonésia 39,2Bangladesh 39,4Mongólia 40,3Gâmbia 41,1Vanuatu 42,0Suazilândia 42,5Micronésia (Estados Federais da) 42,9Angola 48,4Butão 49,6Bolívia (Estado Plurinacional da) 49,7Burundi 52,0Senegal 52,4Djibuti 52,6Camarões 54,2Nepal 54,2Zâmbia 56,1Camboja 57,6Gabão 58,1Malawi 59,0Timor Leste 59,4Mauritânia 60,0Kiribati 60,3Índia 60,4Zimbábue 63,2Comoros 64,2São Tomé e Príncipe 65,3Namíbia 65,6Afeganistão 68,1Lesoto 69,7Quénia 69,9

23

Anexo 2: Acesso ao saneamento no mundo, do mais alto ao mais baixo, 2015

País % da população sem acesso

Andorra 0Austrália 0Áustria 0Chipre 0Groenlândia 0Israel 0Japão 0Kuwait 0Malta 0Mónaco 0Nova Caledónia 0Niue 0Palau 0República da Coreia 0Arábia Saudita 0Singapura 0Uzbequistão 0Estados Unidos da América 0Suíça 0,1Espanha 0,1Canadá 0,2Portugal 0,3Dinamarca 0,4Itália 0,4Bélgica 0,5Suécia 0,7Porto Rico 0,7Alemanha 0,8Reino Unido 0,8Bahrein 0,8República Checa 0,9Eslovénia 0,9Chile 0,9Grécia 1,0Eslováquia 1,1Islândia 1,2França 1,3Jordânia 1,4Polinésia francesa 1,5Seychelles 1,6

País % da população sem acesso

Reunião 1,7Noruega 1,9Qatar 2,0Grenada 2,0Hungria 2,0Maldivas 2,0Anguilla 2,1Países Baixos 2,3Aruba 2,3Finlândia 2,3Ilhas de Cook 2,4Luxemburgo 2,4Emiratos Árabes Unidos 2,4Cazaquistão 2,4Ilhas Virgens Britânicas 2,5Estónia 2,8Polónia 2,8Croácia 3,0Omã 3,2Jamahiriya Árabe Líbia 3,4Uruguai 3,6Sérbia 3,6Ilhas Virgens dos EUA 3,6Argentina 3,6Barbados 3,8Malásia 4,0Ucrânia 4,1Montenegro 4,1República Árabe Síria 4,3Ilhas Caimão 4,4Sri Lanka 4,9Tajiquistão 5,0Turquia 5,1Bósnia e Herzegóvina 5,2Egipto 5,3Costa Rica 5,5Venezuela (República Bolivariana) 5,5Bielorrússia 5,7Quirguizistão 6,7Albânia 6,8

22

Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

Anexo 2: Acesso ao saneamento nomundo,66 do mais alto ao mais baixo, 201567

País % da população sem acesso

Ilhas de Salomão 70,2Nigéria 71,0República Democrática do Congo 71,3Etiópia 72,0Haiti 72,4Mali 75,3Costa do Marfim 77,5República Centro-Africana 78,2Guiné Bissau 79,1Moçambique 79,5Guiné 79,9Burkina Faso 80,3Benim 80,3Uganda 80,9Papua Nova Guiné 81,1Libéria 83,1Eritreia 84,3República Unida da Tanzânia 84,4Congo 85,0Gana 85,1Serra Leoa 86,7Chade 87,9Madagáscar 88,0Togo 88,4Níger 89,1Sudão do Sul 93,3Antígua e Barbuda sem dadosBermuda sem dados

País % da população sem acesso

Brunei Darussalam sem dadosIlhas Anglo-Normandas sem dadosChina, Hong Kong, SAR sem dadosChina, Macau SAR sem dadosDominica sem dadosIlhas Faroe sem dadosIlhas Malvinas sem dadosGuiana Francesa sem dadosGuadalupe sem dadosIlha de Man sem dadosLiechtenstein sem dadosMartinica sem dadosMayotte sem dadosMontserrat sem dadosAntilhas Holandesas sem dadosNova Zelândia sem dadosSaint Kitts and Nevis sem dadosSaint Vincent and the Grenadines sem dadosSan Marino sem dadosSomália sem dadosSudão sem dadosTurquemenistão sem dadosIlhas Turcas e Caicos sem dadosTuvalu sem dadosSaara Ocidental sem dadosIémen sem dados

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Não é brincadeira nenhuma: o Estado das latrinas no mundo 2015

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Saúde sobre Provisão de Água e Saneamento, 2015, wssinfo.orgMaryam Terkuma, 28 anos , junto da latrina da família em OryuaNyam, Nigéria. A WaterAid tem trabalhado com parceiros paraconstruir um ponto de água e latrinas com o apoio do ProgramaHídrico do HSBC. WaterAid/Andrew Esiebo

A WaterAid é uma obra de beneficência registada: Austrália: ABN 99 700 687 141 Canadá: 119288934 RR0001.Suécia: Org.nr:802426, PG: 90 01 62-9, BG: 900-1629RU: 288701 (Inglaterra e País de Gales) e SC039479 (Escócia).EUA: A WaterAid America é uma organização com fins não lucrativos 501( c ) (3)

Novembro de 2015www.wateraid.org #StateofToilets #ItsNoJoke

Global/RU: Fiona Callister, [email protected]; ou Carolynne Wheeler,[email protected]; ou [email protected]

EUA: Alanna Imbach, [email protected]

Canadá: Graham Milner, [email protected]

Austrália: Kirrily Johns, [email protected]

Suécia: Magdalena Olsson, [email protected] ou Petter Gustafsson, [email protected]

Elaborado por: Carolynne Wheeler com o apoio deFiona Callister, Andrés Hueso, Elisa Dehove, Dan Jones, Fleur Anderson, Rebecca Heald, Megan Wilson-Jones, WaterAid Índia, WaterAid Nigéria, WaterAid Nepal, WaterAid Níger.

Capa da frente: Mulheres na fila para a latrina. Juhi Bamburahiya, Kanpur, Uttar Pradesh, Índia.